Bahia passa a contar com reforço de mais de 700 novos policiais civis
Aprovados no concurso da Polícia Civil, os novos delegados, escrivães e investigadores serão nomeados no DOE de quarta-feira (3).
A solenidade acontece no Centro da Cultura Cristã da Bahia, no bairro do Costa Azul e contará com as presenças do governador, Jerônimo Rodrigues, do secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, da delegada-geral, Heloísa Campos de Brito, da delegada-geral adjunta, Elâine Nogueira e demais autoridades.
Com nomeações previstas para edição do Diário Oficial do Estado (DOE) de quarta-feira (3), os novos profissionais concluíram o Curso de Formação Policial, promovido pela Academia da Polícia Civil (Acadepol), depois de aprovados no concurso do edital Saeb 02/2022. Os 127 delegados, 46 escrivães e 539 investigadores irão atuar nas diversas unidades territoriais e especializadas, da capital, Região Metropolitana e interior da Bahia.
A delegada-geral, Heloísa Campos de Brito, avalia o reforço no efetivo como mais um importante avanço. “A Polícia Civil dá mais um importante passo na sua evolução estrutural. A chegada de 700 novos delegados, escrivães e investigadores robustece os quadros da nossa Instituição. Também aperfeiçoa metodologias e renova estratégias, ações e nos aproxima da certeza de que seremos cada dia melhores na nossa honrosa missão, de proteger, servir e cuidar da população da nossa Bahia. Desejo uma carreira repleta de sucesso e realizações para cada novo policial civil. Agradeço ao Governo do Estado da Bahia, na pessoa do governador Jerônimo Rodrigues, ao secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, pela sensibilidade e apoio dispensado à Polícia Civil. Vamos em frente”, comentou.
Fonte: Ascom PC
Integrante de grupo criminoso é localizado em Sapeaçu com fuzil e pistola de fabricação turca
O ‘Gene’, Dama de Espadas do Baralho do Crime, era procurado por extorsão mediante sequestro e homicídios.
As armas e as drogas estavam em um imóvel, na zona rural daquele município, onde as equipes localizaram Genildo Amparo do Nascimento, mais conhecido como ‘Gene’, apontado como liderança de um grupo criminoso e que estava com mandados de prisão em aberto por roubo, associação criminosa, corrupção de menores, extorsão mediante sequestro e homicídios.
Durante a ação, que contou com o apoio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Comando de Operações de Inteligência da Polícia Militar, o criminoso atirou contra as equipes. Houve confronto e Gene foi atingido. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O material apreendido seguiu para a perícia.
Texto: Ascom PC
Presidente de Israel pede desculpas por ataque contra ONG em Gaza que matou 7
O presidente de Israel, Isaac Herzog |
Herzog conversou com o fundador da WCK, o chef José Andrés, e “expressou sua profunda tristeza e suas sinceras desculpas pela trágica morte da equipe da WCK”, segundo comunicado de seu gabinete. O presidente também “enviou suas condolências às famílias e amigos” das vítimas, de acordo com a nota.
Um ataque de Israel atingiu um comboio que saía de um armazém em Deir al-Balah, no território palestino, onde funcionários descarregaram mais de cem toneladas de alimentos que chegaram a Gaza por via marítima.
Além de palestinos, há entre as vítimas cidadãos da Polônia, do Reino Unido e da Austrália, além de um com dupla nacionalidade dos Estados Unidos e do Canadá. Eles viajavam em três veículos, dois deles blindados e com o logotipo da WCK, e haviam coordenado seu deslocamento com o Exército de Israel, disse a organização em um comunicado.
Mais cedo, o primeiro-ministro do Estado judeu, Binyamin Netanyahu, disse que lamentava as mortes, mas que “isso acontece em tempos de guerra”. “Estamos investigando minuciosamente o assunto, estamos em contato com os governos [dos estrangeiros entre os mortos] e faremos de tudo para garantir que isso não aconteça novamente”, afirmou o premiê em um pronunciamento por vídeo.
Após o ataque, a WCK informou que pausaria suas operações na região imediatamente. De acordo com autoridades do Chipre, de onde a ajuda humanitária partiu em direção ao território palestino, embarcações com as 240 toneladas restantes de recursos que ainda seriam desembarcadas deram meia-volta.
O presidente dos EUA, Joe Biden, falou por telefone com Andrés para prestar suas condolências, e a Casa Branca disse estar “indignada” com o ataque. Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, o governo americano espera que Israel faça uma investigação ampla e transparente sobre o ocorrido, e responsabilize os culpados.
Ele ainda classificou as imagens como “devastadoras”, considerando todas as precauções tomadas pelo grupo para se proteger.
Ex-companheira acusa filho mais novo de Lula de violência física, moral e psicológica
O filho caçula do presidente Lula (PT), Luis Claudio Lula da Silva |
A vítima registrou um boletim de ocorrência eletrônico nesta terça-feira (2), na Delegacia da Mulher em São Paulo. Ela narrou ter levado uma cotovelada na barriga em uma das brigas em janeiro deste ano ao se recusar a entregar o aparelho celular.
A reportagem procurou Luis Claudio Lula da Silva, mas não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação. O Palácio do Planalto foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
No boletim de ocorrência, do qual o portal UOL teve acesso, consta a informação de que Luis Claudio a teria manipulado para não prestar queixa. “Ser manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações”, narrou.
“Meu pai vai me proteger e você vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma. Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você”, teria dito o acusado, segundo a ex-companheira.
A vítima disse que a violência se intensificou nos últimos anos, o que coloca em risco sua integridade física e mental. Ela contou à polícia que chegou a ser afastada do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões.
A mulher relatou ter sido hospitalizada com crises de ansiedade e que recebe ameaças e ofensas constantes do acusado, que a chamou de “doente mental”, “feia” e “vagabunda”.
Ao UOL, a advogada da vítima confirmou os fatos narrados no boletim de ocorrência, disse que confia nas autoridades policiais e pediu para que o nome da cliente não seja divulgado.
A vítima afirmou que residiu com o filho de Lula por dois anos. Nesse período, relatou que ele chegava em casa “bêbado” e tentava entrar em seu quarto “de todas as formas”, mesmo que ela “pedisse para ficar distante”.
Ela denunciou ainda que ele manteve relações sexuais com outras mulheres “sem proteção”. “Contraiu infecção e me expôs em risco conscientemente.”
Nas redes sociais, a vítima pediu que o presidente Lula e sua família não sejam responsabilizados. “Parem de responsabilizar os familiares por maldades de um homem adulto de 40 anos. São pessoas totalmente diferentes”, escreveu. A publicação foi excluída minutos depois.
Luís Claudio é diretor do Parintins-AM, clube de futebol fundado em 2021.
Punições à Enel somam R$ 700 milhões em multas e compensações por falhas e apagões
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo |
Os dados são da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A agência diz que a companhia, que atua na distribuição de energia em São Paulo e no Rio de Janeiro, tem cerca de R$ 260 milhões em multas em aberto —menos que os R$ 300 milhões divulgados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta segunda.
Após a fala de Silveira, a empresa informou que pagou R$ 55 milhões em multas –dados obtidos pela reportagem apontam que o valor pago foi de R$ 59,1 milhões, referentes a punições aplicadas de 2018 a 2021.
Segundo a Aneel, os R$ 700 milhões são referentes a “penalidades administrativas de multa e compensações financeiras aos consumidores por falhas no serviço”.
A agência afirma que, em 2024, aplicou uma multa recorde à empresa, no valor de R$ 165,8 milhões.
Foram R$ 16,2 milhões em multas em 2018, R$ 14,5 milhões em 2019, R$ 12 milhões em 2020, R$ 16,2 milhões em 2021, R$ 95,8 milhões em 2023, além do valor recorde. As últimas duas penalizações, no entanto, ainda estão em aberto: a primeira teve a cobrança suspensa pela Justiça, e a segunda está em fase de recurso dentro da própria agência.
Em compensações foram, respectivamente, R$ 31,3 milhões, R$ 45,4 milhões, R$ 62,7 milhões, R$ 60,8 milhões, R$ 80,9 milhões e R$ 104,9 milhões, entre 2018 e 2024.
O pagamento de compensação financeira é imposto quando “são violados os limites de qualidade definidos agência”, diz a Aneel.
No total, foram R$ 386 milhões em compensações e R$ 320 milhões em multas.
A Aneel afirma ainda que já há duas fiscalizações em curso contra a Enel, para apurar um dos questionamentos feitos pelo Ministério de Minas e Energia: a capacidade ou não da companhia de prestar serviços à população de acordo com as exigências contratuais.
Em nota, a Enel confirmou o valor de R$ 700 milhões. “A empresa acrescenta que mudanças nas regras que definem a aplicação de multas pela agência reguladora às distribuidoras do país, ocorridas a partir de 2019, bem como mudanças nos valores médios de compensações aos consumidores, impactaram nos valores totais mencionados na reportagem”, afirmou a concessionária.
Nesta segunda, o ministério de Minas e Energia pediu que a Aneel investigue a empresa, em razão do “histórico de falhas e transgressões”.
O processo pode levar à revisão da concessão para fornecimento de energia em São Paulo, estado que sofre desde 2023 com uma série de apagões.
O objetivo da pasta é saber se a Enel descumpriu o contrato, se tem condições técnicas de seguir operando e se atendeu a ordem recente da agência para regularizar serviços.
Em entrevista à GloboNews, o ministro Alexandre Silveira afirmou que, “se apurada a possibilidade de a Enel estar descumprindo com índices mínimos de qualidade”, o processo pode levar também ao fim da concessão à empresa no Rio de Janeiro.
A ação do governo federal, que é o poder concedente das concessões de distribuição de energia elétrica, vem após a empresa mostrar uma série de problemas graves na prestação dos serviços na região metropolitana de São Paulo nos últimos meses.
Em novembro do ano passado, uma tempestade deixou cerca de 11 mil imóveis sem energia por seis dias seguidos. No total, o apagão atingiu 2,1 milhões de clientes da Enel em 24 cidades da região metropolitana.
Já no mês passado, problemas na rede elétrica subterrânea fizeram com que bairros do centro de São Paulo ficassem sem energia ou com fornecimento intermitente durante vários dias. O apagão afetou parte de bairros como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília, Vila Buarque, Campos Elíseos e República. A Santa Casa teve de remarcar procedimentos e exames. O icônico edifício Copan, na região central, também sofreu com falta de energia por dias seguidos.
O tempo de espera por equipes da Enel em São Paulo dobrou em cinco anos, segundo a Aneel . Os moradores da região metropolitana de São Paulo esperam 12 horas e meia, em média, até que a falta de energia seja resolvida.
É mais que o dobro do tempo médio desses atendimentos em relação a 2018, ano em que a companhia italiana comprou a Eletropaulo e passou a operar a distribuição energética na capital.
O ministro de Minas e Energia diz, no ofício, que este conjunto de fatos “têm levado a uma insatisfação generalizada dos consumidores de energia elétrica, tanto pela frequência como pela duração destes eventos, provocando grande impacto na vida das pessoas e na dimensão financeira decorrente das interrupções das atividades produtivas e comerciais”.
Ele diz ainda que a Aneel já foi provocada para que fiscalizasse o desempenho da Enel, e que a empresa privada já foi intimada para que reestabelecesse os serviços prestados plenamente.
O ministro pede que a agência apure se houve descumprimento do contrato de concessão, se a companhia perdeu condições técnicas para manter sua operação ou se deixou de atender à ordem para que os serviços fossem regularizados.
Comissão do Senado aprova alteração de 600 artigos do Código Civil brasil
Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ |
A expectativa do presidente da comissão, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão, é encerrar a “deliberação dos temas necessários para a composição do texto final” até esta sexta-feira, 5. Ele ressaltou na reunião que as 600 propostas da primeira versão “não tiveram nenhum destaque nem emenda”. “Portanto, estão aptos a serem aprovados”, disse.
Os especialistas aprovaram de forma unânime os artigos apresentados em fevereiro pelos relatores Flávio Tartuce e Rosa Maria de Andrade Nery. Os livros do Direito Digital, que tratam da regulamentação das plataformas digitais e ferramentas de inteligência artificial (IA), e da Responsabilidade Civil também foram aprovados.
Durante a semana, ainda serão debatidos outros 500 artigos que, para Salomão, representam “a fase mais litigiosa” da deliberação. Por isso, ele recomendou que os membros da comissão “não se empolguem” e estudem os tópicos que serão discutidos para que se chegue a um consenso.
Nesta terça-feira, 2, os juristas começam a votação dos artigos de Direito das Obrigações, que trata de contratos, Direito das Coisas, que diz respeito à posse e à propriedade dos bens móveis e imóveis, e Direito Sucessório, que regulamenta a transferência de patrimônio em caso de morte.
Juiz manda prender Protógenes Queiroz em ação apresentada por Daniel Dantas brasil
A operação, cujas investigações eram lideradas por Protógenes, foi posteriormente anulada. O ex-delegado chegou a ter outra prisão decretada em 2017, que foi revogada em segunda instância.
Protógenes, que hoje vive na Suíça, foi alvo de uma queixa-crime apresentada pelo banqueiro em 2019, que o acusa de suposto vazamento de informações sigilosas em seis ocasiões para a imprensa.
A ação, no entanto, ficou travada porque as autoridades brasileiras não conseguem citá-lo, o que é necessário para que ele responda ao processo.
Isso fez a defesa de Dantas e também o Ministério Público Federal pedirem à Justiça a prisão preventiva (sem tempo determinado) de Protógenes por entenderem que ele “estaria de maneira incessante se esquivando da citação” e que pode haver prescrição do caso.
A Justiça acatou o pedido. Segundo disse o juiz Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em sua decisão, assinada no último dia 18, “foram realizadas todas as diligências para localizar o réu”, mas não houve sucesso. Ainda assim, em um pedido de habeas corpus no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), a defesa do ex-delegado havia pedido que o processo fosse trancado.
“Conclui-se, portanto, que o réu não só teria ciência das imputações contra ele alegadas nestes autos, mas também se estaria se furtando intencionalmente de comparecer”, disse o juiz.
O magistrado determinou que fosse expedido ofício à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para inclusão na difusão vermelha, lista que reúne foragidos da Justiça em várias nações, além do bloqueio do passaporte do ex-delegado.
A primeira tentativa das autoridades de encontrarem Protógenes foi por meio de cooperação jurídica com a Suíça, mas as autoridades do país europeu disseram que era impossível localizá-lo em um suposto endereço onde ele residia.
Em uma segunda tentativa, já em 2021, a Suíça disse que não iria citar Protógenes, devido a “alegações de sérias ameaças a ele e a sua família”. “[A] veracidade [dessas afirmações], no entanto, não estamos em condições de determinar”, disseram as autoridades suíças na ocasião.
A Justiça brasileira ainda pediu que a Suíça informasse qual o email do ex-delegado, para a realização de citação por videoconferência.
Em 2023, a Justiça intimou pessoalmente advogados brasileiros de Protógenes em outro processo para que eles informassem onde vivia o ex-delegado, mas eles disseram não ter conhecimento do paradeiro do cliente.
Em dezembro passado, o juiz Lopes Júnior fez uma última tentativa de citação a Protógenes por meio de edital, que é quando se afixa, na sede da Justiça, as informações que a pessoa deveria receber. Caso o ex-delegado não comparecesse, o magistrado disse que iria deliberar sobre o pedido de prisão preventiva.
Daniel Dantas, que processa o ex-delegado, foi alvo de duas operações relacionadas no início dos anos 2000.
Em 2004, ele foi alvo da Operação Chacal, que o investigou por suspeitas de contratar uma empresa de investigações privadas para espionar a Telecom Italia em uma disputa pelo controle da Brasil Telecom.
Parte das acusações foram arquivadas. Em outra parte, ele foi absolvido.
Algumas das provas da Chacal foram usadas na Operação Satiagraha, comandada por Protógenes e que em 2008 levou à prisão de Dantas, do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (morto em 2009) e do investidor Naji Nahas.
Na Satiagraha, a PF dizia ter identificado suspeitas de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, e uma suposta organização criminosa que atuaria no mercado paralelo de moedas estrangeiras.
Em 2008, Dantas chegou a ser condenado por corrupção ativa, mas em 2011 a condenação e as provas da Satiagraha acabaram anuladas no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O tribunal considerou que a participação de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) na operação foi ilegal e que isso foi suficiente para contaminar a apuração.
Protógenes foi afastado da Satiagraha e, em 2010, se elegeu deputado federal pelo PC do B de São Paulo.
Em 2014, o ex-delegado foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a dois anos e seis meses de prisão, sob acusação do vazamento de informações -que não são as mesmas da queixa-crime de Daniel Dantas.
Essa condenação seria substituída pela prestação de serviços comunitários, mas Protógenes se mudou para a Suíça e faltou às audiências que determinariam como ele cumpriria a pena.
Por esse motivo, ele chegou a ter a prisão decretada em 2017 -que foi revogada em segunda instância. A punição do ex-delegado acabou extinta após ele ter pago prestação pecuniária (valores que substituem a pena de prisão).
Em 2019, Dantas apresentou a queixa-crime contra Protógenes e também contra um ex-sócio do banqueiro no Opportunity. A peça foi protocolada sob o argumento de que o Ministério Público Federal deixou de apresentar denúncia contra o ex-delegado a respeito de suspeitas de vazamentos.
O Ministério Público, porém, defendeu o recebimento da queixa-crime pela Justiça, o que aconteceu em 2020.
O banqueiro usa a peça para se defender dos casos do passado e alega que as operações contra ele faziam parte de uma “missão presidencial” dos primeiros mandatos do governo Lula (PT) para tirar o Opportunity do controle da Brasil Telecom.
Na peça, os advogados dizem que ele foi alvo de falsas acusações, e que o motivo disso é porque “não aderiu ao esquema corrupto do regime petista”.
A reportagem não conseguiu localizar Protógenes Queiroz. Ele sempre afirmou que não cometeu irregularidades.
Também procurada, a advogada de Daniel Dantas, Verônica Sterman, não se manifestou.
PF sob Lula acumula atritos com PRF, GSI, Exército, Abin e Promotoria do Rio
Investigações de integrantes de outros órgãos, tentativa de ampliar poderes e disputa por espaço próximo ao mandatário são alguns dos motivos que botaram a PF em rota de colisão com outras corporações com as quais, muitas vezes, a corporação precisa trabalhar em conjunto.
Com o GSI e os militares, por exemplo, as rusgas surgiram pela briga para decidir quem seria responsável por fazer a segurança pessoal de Lula e da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja.
No início do governo, o petista assinou um decreto com validade de seis meses para criar a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República, que passou para a PF a incumbência de boa parte da proteção presidencial.
Embora desde o início estivesse previsto que o formato só duraria o primeiro semestre, a cúpula da polícia tentou estender a medida.
A PF é chefiada pelo delegado Andrei Rodrigues, que fez a segurança de Lula nas eleições de 2022, ocupou cargos do alto escalão na gestão de Dilma Rousseff (PT) e é uma pessoa de confiança do chefe do Executivo.
A influência dele, porém, não foi suficiente e a coordenação da proteção de Lula voltou para o GSI, comandada pelo general Marcos Antonio Amaro.
Em relação à Abin, por sua vez, a disputa com a PF já custou até a demissão do número 2 da agência, o ex-diretor-adjunto Alessandro Moretti, em janeiro. Ele foi citado em um relatório da polícia sobre o suposto uso do órgão no governo Jair Bolsonaro (PL) para espionar adversários políticos.
No documento, é narrado que, em uma reunião com representantes de servidores da Abin, em março do ano passado, Moretti teria dito que a investigação sobre a agência tinha “fundo político” e iria passar.
Para a polícia, houve “conluio de parte dos investigados” com parte da alta gestão da Abin, que teria causado prejuízos à investigação e também à própria agência.
A PF sob Andrei Rodrigues assiste ainda ao acirramento na relação com PRF. O clima entre as duas corporações que estão no guarda-chuva do Ministério da Justiça azedou em fevereiro após a PF indiciar 23 policiais rodoviários por uma operação conjunta em Varginha (MG) que resultou na morte de 26 suspeitos.
No relatório, o delegado do caso afirmou que o órgão não tem poder para tocar apurações e fez críticas à atuação dos integrantes da PRF nesse episódio.
“Para a equipe de investigação [ficou] a certeza de que houve uma investigação ilegal perpetrada por órgão sem atribuição constitucional para tal encargo, alapardada dos órgãos de controle e sem registros oficiais”, diz o texto.
A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais reagiu e acusou a PF de abandonar a população, além de ter afirmado que bancará os custos dos acusados para contestar laudos que os comprometem pelas mortes.
O pano de fundo da briga é uma portaria assinada pelo então ministro da Justiça Sergio Moro, em 2019, que formaliza a ampliação dos poderes da PRF. Nos bastidores, a cúpula da Polícia Federal defende a revogação da norma para que o trabalho da corporação seja limitado ao patrulhamento de rodovias.
Com o Exército, a situação é ainda mais delicada. As investigações que apuram se Bolsonaro tramou um golpe de Estado mira diversos aliados do ex-presidente que pertencem às Forças Armadas, inclusive militares de alta patente.
A relação da PF com órgãos de investigação do Rio de Janeiro também está estremecida. O relatório da Polícia Federal apontou o que o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), definiu como um “ecossistema criminoso”. Segundo as investigações, o centro seria o balcão de negócios em que se transformou a Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
O distanciamento da PF e a Polícia Civil fluminense é histórico no estado. Momento marcante desse rompimento foi o indiciamento pela PF, em 2011, do então chefe de Polícia Civil Allan Turnowski. Ele foi afastado do cargo sob suspeita de vazar informações sobre uma operação da PF. O Ministério Público posteriormente acabou arquivando a investigação contra ele, gerando um afastamento das duas corporações.
Soma-se a isso a disputa pelo protagonismo no combate a facções criminosas. Como parte pela briga de espaço, delegados da Polícia Civil se queixavam do excesso de federais na estrutura da Secretaria de Segurança na gestão José Mariano Beltrame (2007-2016). O atual titular da pasta, Victor Cesar Carvalho dos Santos, também é delegado federal.
Nessa disputa, a PF acabou estreitando laços com o Ministério Público do Rio de Janeiro. As duas instituições realizaram investigações conjuntas, principalmente voltadas ao combate às milícias. Além da apuração da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), PF e MP-RJ atuaram lado a lado em inquéritos contra o Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, apontado como líder da maior milícia do estado.
Esse relacionamento institucional, porém, foi posto à prova após a divulgação na semana passada do relatório da PF sobre a morte da vereadora. A principal queixa de membros da instituição se deve ao fato de a resistência à federalização da investigação, logo após o crime, ter sido considerada agora uma forma de dificultar a apuração.
O MP-RJ divulgou nota, na quinta-feira (28), afirmando que “não medirá esforços para enfrentar as vis tentativas de desqualificar o trabalho executado”.
O texto não faz críticas diretas à PF e afirma que o posicionamento busca “refutar as alegações que têm sido ventiladas a partir do relatório” da corporação. A nota, porém, ecoa o incômodo de diferentes promotores que se envolveram no caso.
FICCO/RN prende mulher acusada de liderar organização criminosa
A prisão da mulher, que estava foragida desde o último mês de fevereiro, quando a FICCO/RN deflagrou a Operação Malvaceae, ocorreu em um imóvel no bairro de Felipe Camarão, zona oeste de Natal.
A FICCO/RN é composta pela Polícia Federal (PF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e Polícia Penal, para o enfrentamento ao crime organizado.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte
FICCO/CE prende integrante de organização criminosa
O indivíduo foi preso em uma pousada na Praia do Futuro em Fortaleza
O preso era procurado por integrar organização criminosa.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE) é composta pela Polícia Federal (PF), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).
PF prende oito pessoas por tráfico de drogas no feriado de Páscoa
Os suspeitos serão encaminhados à Justiça Federal onde poderão responder pelo crime de tráfico internacional de drogas
As ações, que resultaram nas prisões pela Polícia Federal, ocorreram em momentos distintos e contaram com a participação da Força Aérea Brasileira e Receita Federal.
Quatro passageiros, que embarcariam em voo para a França entre os dias 28/3 e 31/3, tentaram viajar com cocaína dentro de cápsulas ingeridas. Os suspeitos foram conduzidos a um hospital público, em razão do risco de morte, para que pudessem expelir a droga com segurança.
Uma mulher, nacional da Namíbia, foi flagrada por policiais federais, com apoio de oficiais da FAB, no âmbito da GLO, tentando embarcar para a África do Sul, em voo com conexão posterior para a Namíbia, com quase 10 kg de cocaína nas bagagens.
Em outra ação, realizada pelos policiais federais, um boliviano tentou burlar a fiscalização transportando um quilo da mesma droga dentro de chinelos. O homem foi preso no momento em que realizava os procedimentos migratórios.
Já em um voo para o Catar, com conexão posterior para a Turquia, um passageiro nacional da República Dominicana foi flagrado pelos policiais transportando quase três quilos de cocaína em volumes que estavam ocultos na bermuda que usava.
Por fim, servidores da Receita Federal conduziram à delegacia da PF um nigeriano, que ingressou no país com solicitação de refúgio, transportando mais de 11 kg de cocaína dentro de frascos de cosméticos. O homem embarcaria para Uganda.
Comunicação Social da Polícia Federal em São PauloOperação Átria localiza 100 suspeitos de crimes contra a mulher em 28 dias de ações
A Polícia Civil concluiu 347 inquéritos e solicitou à Justiça 425 medidas protetivas
Nos 28 dias de ações, equipes das Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e dos Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (Neams), em diversas regiões da Bahia, apreenderam 16 adolescentes e conduziram 23 pessoas às unidades. No mesmo período, as unidades especializadas registraram 635 Boletins de Ocorrência, instauraram 353 inquéritos policiais e 327 foram encaminhados ao Poder Judiciário, com o indiciamento dos autores, além da solicitação de 362 medidas protetivas de urgência e 63 outras medidas cautelares.
Para reforçar as ações de prevenção contra a violência doméstica e familiar, a Operação Átria realizou 263 atividades educativas, entre elas palestras e panfletagens. Mais de 235 mil pessoas foram alcançadas por meio das ações. As equipes das unidades especializadas da Polícia Civil também participaram de caminhadas e eventos de outras instituições sobre o tema.
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