Acervo de Dilma inundado no RS gera consternação, temor de saque e alerta para patrimônio de Lula
A inundação que atingiu o acervo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), guardado no Rio Grande do Sul, gerou consternação entre pessoas que cuidaram dos presentes recebidos pela petista à época em que ela ocupava a Presidência da República, entre 2011 e 2016.
Como revelou a coluna, os itens estavam armazenados em um galpão do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no estado gaúcho, arrasado pelas fortes chuvas e enchentes. O espaço está localizado na cidade de Eldorado do Sul, que teve mais de 90% de seu território alagado.
Pessoas familiarizadas com o conteúdo ouvidas pela coluna afirmam que podem ter sido perdidos ou danificados presentes de autoridades como o hoje presidente dos EUA, Joe Biden, uma carta enviada pela rainha Elizabeth 2ª, quadros e esculturas de artistas como Francisco Brennand e Romero Britto, tapetes cedidos por embaixadas, medalhas, condecorações e mapas, entre outros conteúdos.
O acervo de Dilma está dividido em quatro contêineres, sendo que dois deles estão em contato direto com o chão e podem ter sido mais afetados, enquanto os outros dois encontram-se empilhados. Estima-se que há neles cerca de 3.000 itens, sem contar correspondências e livros.
Cogita-se, ainda, a possibilidade de a água das enchentes ter atingido correspondências extraoficiais com outros chefes de Estado e documentos da época em que Dilma comandou os ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil. Presentes e cartas entregues por populares, apoiadores e movimentos sociais também estão lá.
Mais do que uma perda material, parte dos bastidores da história da República pode ter sido perdida ou estar encharcada neste momento, afirmam técnicos que trabalhavam no Palácio do Planalto durante o governo da petista e cuidavam do acervo.
Eles se dizem frustrados especialmente com o fato de a lei e o decreto que versam sobre os presentes não preverem condições para que os itens pessoais sejam preservados corretamente depois que o titular deixa o cargo.
Ao invés de ser tratado como parte da memória do país e até mesmo ser disponibilizado para a população, afirmam eles, todo o conteúdo fica aos cuidados dos ex-presidentes sem qualquer critério.
Atualmente, a maior parte dos itens recebidos por Lula em seus dois primeiros mandatos encontram-se guardados no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo. Há relatos de que caixas estão armazenadas de forma inapropriada.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, guardou parte dos presentes que ganhou em uma propriedade do ex-piloto Nelson Piquet. Ele optou por doar livros que ganhou à Biblioteca Nacional, e textos, discursos e cartas, ao Arquivo Nacional, fragmentando um acumulado de itens que poderiam ser unificados em uma exposição, futuramente.
Ainda não se sabe quanto da coleção de Dilma foi inundada. Pessoas familiarizadas com seu conteúdo afirmam que ela acumulou um acervo bibliográfico ainda maior que o museológico (itens diversos), somando muitos livros.
Neste momento, há ainda a preocupação de que os contêineres possam ser violados e saqueados, diante da situação de calamidade que atinge o estado e das ocorrências que têm sido registradas.
Desde que Dilma deixou a Presidência, os contêineres só teriam sido abertos em uma única ocasião, no ano de 2016, quando o TCU (Tribunal de Contas da União) fez uma auditoria e ordenou a devolução de parte dos presentes.
Não está claro ainda o que a petista, que hoje preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco do Brics, deve fazer com o material abrigado pelo MST.
Em 1991, foi sancionada a primeira lei sobre o patrimônio adquirido durante a passagem de um presidente pelo Palácio do Planalto. Em 2002, o texto foi regulado por decreto e, em 2016, o TCU firmou nova interpretação.
A corte de contas entendeu que o recebimento de presentes em qualquer cerimônia com outros chefes de Estado ou de governo deveria ser considerado patrimônio público e, por consequência, todos os itens recebidos deveriam ser catalogados junto aos bens do governo federal.
Segundo o tribunal, foram excluídos da lei apenas os itens de natureza personalíssima, como medalhas personalizadas e grã-colar, ou de consumo direto, como bonés, camisetas, gravata, chinelo e perfumes.
Água do Guaíba baixa, bairros emergem e moradores começam a voltar para casa
Depois de aumentar nos últimos dias, o nível do lago Guaíba começou a baixar nesta quarta-feira (15) em Porto Alegre. Com isso, algumas áreas da cidade que antes estavam embaixo d’água voltaram a ficar acessíveis, o que permitiu que moradores conseguissem retornar pela primeira vez a suas casas para ver o estrago causado pelas enchentes.
O cenário encontrado por eles foi de destruição, com ruas cheias de lama e cheiro de peixes mortos.
A prefeitura da capital gaúcha também começou a organizar a limpeza da cidade. Em uma primeira etapa, os trabalhos serão realizados nos 21 bairros mais atingidos pela enchente e incluirão raspagem e remoção de terra e lodo, lavagem de ruas e avenidas e recolhimento de resíduos e entulho como móveis destruídos pelas águas.
À medida que as águas baixarem, 20 equipes vão trabalhar na limpeza. Cada equipe deverá ter 25 operários, duas retroescavadeiras, três pás carregadeiras e oito caminhões para retirada de detritos, além de duas vassouras mecânicas, dois hidrojatos e um caminhão-pipa.
“Nossa prioridade agora é limpar as vias e dar acesso às pessoas”, disse o secretário municipal de Serviços Urbanos, Assis Arroyo. O maior desafio, segundo ele, está na zona norte, um local de “população densa e área muito alagada”.
O início dos trabalhos de limpeza foi possível porque o Guaíba subiu menos que o previsto. A expectativa era que ele chegasse a 5,40 metros, o que seria o maior nível já registrado, mas essa projeção não se concretizou. à meia-noite desta quarta-feira, o lago chegou a 5,22 metros; no início da noite, às 19h15, estava em 5,11 metros.
Segundo previsão do IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o nível do lago deve diminuir lentamente nos próximos dias, ficando acima dos 4 metros durante a semana —ou seja, ainda acima da cota de inundação (3 metros). A situação pode se prolongar, dependendo do volume das chuvas. Novas tempestades estão previstas a partir de sexta (17).
De acordo com balanço da Defesa Civil divulgado às 18h desta quarta, a tragédia no Rio Grande do Sul tem 149 mortos, 108 desaparecidos e 806 feridos. O total de pessoas afetadas no estado passa de 2,1 milhões.
Para a operação de limpeza, a Prefeitura de Porto Alegre prevê a contratação emergencial de 550 equipamentos, entre caminhões, carretas, pás carregadeiras e escavadeiras hidráulicas. Também já anunciou que vai precisar de ajuda de voluntários e de outros municípios, que poderão contribuir com empréstimo de máquinas.
O passo seguinte será a limpeza das residências. Nesta quarta, moradores dos bairros Cidade Baixa, Praia de Belas e Azenha já conseguiam acessar suas casas.
Na rua 17 de Junho, no bairro Praia de Belas, a jornalista Cristine Pires, 52, contou que seu prédio ficou com o térreo e parte dos degraus da escada cobertos de lama. Agora, ela e os vizinhos se planejam para iniciar a limpeza pesada.
“A ideia é reunir os moradores para fazermos uma força-tarefa, mas por enquanto não tem como, pois estamos sem luz e vamos precisar de máquinas”, disse. “Ontem só passamos um rodo para tirar o mais grosso da sujeira. O cheiro de podridão é muito forte, tem muitos peixes mortos pelo chão, alguns inclusive no pátio do meu prédio”.
Na rua José Honorato dos Santos, no bairro Azenha, a água baixou mais de 50 cm e abriu caminho para a passagem de um caminhão-guincho, que buscava um carro com lama até o teto. A água ainda transborda por bueiros próximos dali, mas o escoamento rápido das bocas de lobo impede uma nova inundação. O mau cheiro nas redondezas é forte.
Na rua André Belo, paralela à 17 de Junho, pessoas retornavam às suas casas para ver o tamanho do estrago. “A faxina não vai ser agora”, afirmou a moradora Sueli Silva. “Ainda tem muita coisa para tirar [de dentro do imóvel]”.
O alagamento no apartamento térreo chegou a pouco mais de 30 centímetros, o suficiente para estragar diversos móveis. A prioridade será primeiro remover o entulho, para daí começar a limpeza.
Também nesta quarta, o Internacional divulgou imagens do estádio Beira-Rio, que nos últimos dias foi tomado pela enchente, com as dependências cheias de lama.
O que possibilita o início da limpeza é o conserto gradativo das EBAPs (Estações de Bombeamento de Água Pluvial). Das 23 EBAPs, nove estão em funcionamento, dentre elas a que permite a captação da água na região.
Na zona norte, alguns pontos alagados podem ter redução no nível da água com o religamento, na manhã desta quarta-feira, da casa de bomba 5, que abrange o Humaitá e a Vila Farrapos. É preciso reativar ainda outras estações.
O Sarandi, que tem 91 mil habitantes, é um dos mais afetados pela enchente do Guaíba e está entre os 21 bairros priorizados para essa primeira fase de limpeza da cidade.
Moradora do bairro, a auxiliar administrativa Cíntia Kovalski, 39, espera que a água baixe de vez para poder começar a faxina. Ela disse que comprou móveis novos recentemente e que poucos não ficaram debaixo d’água. No imóvel Cíntia encontrou bastante lama e pertences boiando pelos cômodos.
“Do restante dos móveis da sala de estar e dos quartos eu acredito que não iremos conseguir salvar nada”, disse. “Não pretendemos comprar móveis novos, estava pagando ainda a maioria, mas vou precisar de pia para cozinha e armário para guardar os mantimentos”, disse. “Ainda não temos ideia de como será. Vimos um pouco da destruição, mas ainda é cedo para mensurar o estrago”.
Lucro da Caixa sobe 49%, para R$ 2,9 bilhões, no 1º trimestre
A Caixa Econômica Federal lucrou R$ 2,883 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado é 49% maior do que o apurado no mesmo período de 2023 (R$ 1,934 bilhão) e 0,5% maior do que os últimos três meses do ano passado (R$ 2,869 bilhões).
O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), que mede a rentabilidade do banco, foi de 9% no início de 2024, 1,9 ponto percentual maior do que no mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre, o aumento é de 0,55 ponto percentual.
De janeiro a março, a margem financeira do banco somou R$ 15,3 bilhões, um aumento anual de 9,9%. Na comparação trimestral, houve redução de 12,9%. Já a receita com tarifas e prestação de serviços teve alta de 6,9% no ano e queda de 1,2% no trimestre, a R$ 6,6 bilhões.
Os gastos, por sua vez, foram puxados pela alta anual de 14,8% nas despesas administrativas, que totalizaram R$ 11,5 bilhões no trimestre —em relação ao quarto trimestre de 2023, houve leve redução de 0,8%.
As provisões contra créditos duvidosos também tiveram uma alta anual expressiva, de 23,7%, para R$ 1,7 bilhão. Na comparação com o fim de 2023, houve queda de 37,1%.
A provisão contra calote cresceu mais rápido que a carteira de crédito do banco, que finalizou março com saldo de R$ 1,144 trilhão, crescimento de 10,4% sobre o mesmo mês de 2023.
A inadimplência, no entanto, teve queda na comparação anual. O índice de atrasos acima de 90 dias caiu 0,39 ponto percentual para 2,34%. Já em relação a dezembro de 2023, houve aumento de 0,18 ponto percentual.
A maior alta anual nos empréstimos foi para o agronegócio (20,7%), totalizando R$ 57,8 bilhões no primeiro trimestre.
Já as contratações de crédito imobiliário, carro-chefe da Caixa, cresceram 14,4%, para R$ 754 bilhões, ampliando a participação da estatal no mercado de crédito imobiliário para 67,7%.
No financiamento imobiliário, a modalidade que mais cresceu foi à atrelada ao FGTS, com R$ 35 bilhões de novas contratações no período, crescimento de 74,2%, impulsionada pela utilização do FGTS Futuro por famílias de baixa renda.
Já a contratação na modalidade SBPE diminuiu 23% em relação a 2023, para R$ 16,3 bilhões.
Ao todo, a Caixa financiou 183,2 mil imóveis no primeiro trimestre de 2024.
Governo Lula cria 11 cargos e prevê ministério extraordinário para RS até fevereiro de 2025
A medida provisória que cria a nova estrutura, que tem status de ministério, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
O novo ministério foi anunciado pelo presidente Lula (PT) durante viagem ao Rio Grande do Sul, para anunciar medidas para a população atingida pela calamidade climática.
A medida provisória prevê que a nova estrutura será extinta dois meses após o fim da vigência do decreto de calamidade pública —31 de dezembro de 2024, segundo texto aprovado pelo Congresso Nacional.
Ela terá como atribuições a coordenação de ações da administração pública federal, em conjunto com a Casa Civil, o planejamento de medidas junto com os ministérios e a articulação entre governo federal, estado e municípios do Rio Grande do Sul.
O texto também cita a interlocução com a sociedade civil e a promoção de estudos técnicos junto a universidades e outros órgãos público e privados.
A indicação de Paulo Pimenta, ex-ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) dividiu aliados de Lula e provocou a reação de adversários, em particular pessoas próximas ao governador Eduardo Leite (PSDB). O governo Lula está sendo acusado de politizar a tragédia climática.
Pimenta é gaúcho, tendo sido vice-prefeito de Santa Maria e eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul para mandatos em sequência. Ele é adversário político de Leite, além de ser apontado como pré-candidato ao Palácio Piratini em 2026.
Interlocutores no Planalto afirmam que um dos objetivos do presidente ao indicar um político para o cargo é tentar controlar a narrativa sobre a reconstrução do estado, defendendo as ações do governo e evitando que Leite ganhe os créditos por medidas e obras feitas com recursos federais.
Em seu discurso, Pimenta disse que pretende trabalhar em conjunto com o governo estadual.
“O trabalho do governo federal é um trabalho complementar e suplementar ao trabalho do governo do estado e das prefeituras. O presidente Lula me pediu muito que tenha essa dedicação e disposição de colaborar com governo do estado, secretários, prefeituras de todos os municípios atingidos”, afirmou o ministro.
A mesma edição extra do Diário Oficial da União também trouxe a nomeação de Paulo Pimenta para o novo cargo. O governo federal ainda analisa onde vai ser instalado o novo ministério no Rio Grande do Sul.
Também foi publicada a nomeação do substituto interino de Pimenta na Secom, o jornalista Laércio Portela.
Bahia registra redução de 8,7% em mortes violentas e 25 fuzis são apreendidos desde janeiro
<Foto: Joá Souza/GOVBA> |
O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, frisou que as forças policiais e do Corpo de Bombeiros atuam de forma incessante para garantir maior proteção para os baianos. "Ampliamos os investimentos em tecnologia e realizamos ações baseadas na inteligência com total integração, a fim de combater o crime organizado, garantindo a preservação de vidas – nosso maior patrimônio", explicou o gestor.
De janeiro a maio deste ano, foram registrados pela Polícia Civil 1.746 casos, contra 1.912 ocorrências nos primeiros meses de 2023. Em números absolutos, 166 vidas foram preservadas.
A redução do número de prisões foi de 4% em relação a 2023, com 6.141 pessoas presas – 37 delas lideranças de facções criminosas. De acordo com a SSP, das pessoas presas 320 eram foragidas da justiça e foram localizadas por câmeras de reconhecimento facial.
O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Paulo Coutinho, atribui os resultados à coragem e ao compromisso dos policiais militares com a segurança da população baiana. “Eu destaco, sobretudo, a coragem da nossa tropa, o devotamento, o compromisso com a sociedade no sentido de dia a dia. Vamos, cada dia mais, retirar armas de circulação, principalmente as ilegais, que têm trazido morte e sangue para o nosso estado”, enfatizou.
As forças de segurança já apreenderam, desde janeiro, 25 fuzis e 2.169 armas. O titular da Segurança Pública, Marcelo Werner, disse, ainda, que o trabalho integrado, não só com as forças de segurança da Bahia, mas, também, com a Polícia Federal tem ampliado as investigações para identificação das rotas de tráficos de armas no estado.
“Ano passado, a Polícia Federal fez uma operação chamada Dakovo, que identificou rotas [de armas] que vinham do leste europeu, chegavam ao Paraguai e, a partir do Paraguai, chegavam ao sudeste e nordeste. É lógico que nós temos outras investigações em andamento. Essas investigações, inclusive, foram responsáveis para que a gente pudesse alcançar 55 fuzis apreendidos em 2023”, detalhou o secretário de Estado.
Heloísa Brito, delegada-geral da Polícia Civil, reforçou: “estamos trabalhando muito na questão do bloqueio dos recursos, porque o armamento continua entrando. Nessa ação conjunta, não só com a Polícia Civil, Polícia Militar, mas, também, com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, estamos impedindo e dificultando a entrada no nosso estado tanto de drogas quanto de armas”.
A Segurança Pública também apresentou redução de 14,6% nos roubos de veículos, 10,5% no número de furtos de veículos; 27,1% nos roubos de ônibus e 85,7% em roubo a bancos.
Fonte: Ascom/SSP-BA, com informações da repórter Milena Fahel/GOVBA
Na sede da União Europeia, governadores do Nordeste estreitam relações para atrair investimentos e iniciativas de transição energética
<Foto: Eudes Benício/GOVBA> |
O comissário responsável pelo Pacto Verde Europeu, Maroš Šefčovič, foi o primeiro a receber o governador Jerônimo Rodrigues e os demais integrantes do Consórcio Nordeste. Também chamado de Green Deal, a iniciativa europeia pretende reduzir radicalmente as emissões poluidoras e estabeleceu como meta neutralizar essas emissões até o ano de 2050.
A equipe que cuida de parcerias internacionais da UE também participou do encontro. Além das colaborações e empreendimentos com empresas europeias já em andamento nos estados brasileiros, a agenda abre caminho para novos investimentos. Na ocasião, os governadores defenderam o potencial da região Nordeste para avançar na relação com a Europa.
“Ouvimos um grupo de empresários que tem o interesse de continuar investindo no Brasil. Esse encontro traz um conjunto de contatos e potencialidades de negócios entre a Bahia, o Nordeste, os empresários e os negócios da Bélgica”, pontuou Jerônimo.
Além de Jerônimo, Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande Norte e presidente do Consórcio Nordeste; os governadores Fábio Mitidieri (Sergipe) e Paulo Dantas (Alagoas); o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, e o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Alex Viana, estiveram no grupo que participou das reuniões.
Governo belga
<Foto: Eudes Benício/GOVBA> |
Diante das autoridades estrangeiras, Jerônimo destacou o restabelecimento da confiança jurídica, econômica e política do Brasil. Isso, conforme lembra, permite aos estados expandir horizontes na relação com outras partes de mundo.
“Estabelecemos aqui o nosso interesse em fortalecer as nossas relações econômicas, culturais, e de intercâmbio de ciência e tecnologia. É, ainda, uma oportunidade para demonstrar o nosso interesse em uma transição energética sustentável”, finalizou o governador baiano.
Texto: Eudes Benício/GOVBA
Petrobras perde R$ 34,7 bilhões em valor de mercado e puxa Bolsa após demissão de Prates
<Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil> |
Já o dólar, em sessão volátil, fechou com leve alta de 0,09% e ficou cotado a R$ 5,125 na venda.
A demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras na noite de ontem ofuscou os aguardados dados da inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que vieram abaixo do esperado e reforçaram apostas de corte de juros em setembro por lá.
Os papéis da estatal derreteram na sessão desta quarta. Os preferenciais (PETR4) desabaram 5,73%, a R$ 38,53 por ação; os ordinários (PETR3), 6,64%, a R$ 40,08.
A queda representa uma perda de mais de R$ 34,67 bilhões em valor de mercado desde a abertura do pregão.
Para o posto de Prates, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a engenheira Magda Chambriard, que comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).
A troca de comando foi vista com preocupação por economistas, que temem interferência política na estatal.
“O mercado nunca gosta de ingerência política sobre empresas com negócios em Bolsa. Não será diferente desta vez, até porque o Prates vinha se mostrando um conciliador entre mercado e política. O grande problema da empresa é refino: entra governo, sai governo, é sempre uma dor de cabeça”, avalia Alexandre Espirito Santo, economista da Way Investimentos.
Com Chambriard, a Petrobras terá o sexto presidente em três anos —um mau sinal para a petroleira. “Gera incerteza, e os investidores estrangeiros ficam ressabiados e vendem as ações”.
Ele pesa, ainda, a cena geopolítica no Oriente Médio, cujos conflitos têm afetado o preço do barril do petróleo. “Para piorar, teve o vai-não-vai dos dividendos. É preciso endereçar essas questões com rapidez, vamos ver como a nova presidente vai agir”.
Prates sofreu forte processo de fritura nos últimos meses, após críticas de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, à sua abstenção em votação de proposta do governo para reter dividendos extraordinários referentes ao resultado de 2024, medida que havia sido negociada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Defendida por Silveira e Rui Costa, ministro da Casa Civil, a retenção foi aprovada no início de março e derrubou o valor de mercado da estatal. O governo acabou recuando semanas depois e aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários em assembleia no fim de abril.
Na assembleia, o governo não só recuou como determinou estudos para que a Petrobras distribua os 50% restantes até o fim do ano, em movimento que tranquilizou o mercado e recuperou o valor das ações da empresa.
Prates ganhou sobrevida no cargo, mas a avaliação no Planalto era de que sua manutenção não duraria muito tempo.
Logo após a demissão, Prates mandou uma mensagem a assessores próximos. “Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Vão anunciar daqui a pouco”, escreveu.
Os dividendos são parte chave do imbróglio para o mercado, de acordo com Flávio Conde, head de renda variável na Levante Investimentos.
“[A demissão de Prates] é um sinal ruim. Significa que a ala política venceu o embate. As ações caíram, porque boa parte dos investidores estão na Petrobras por conta dos dividendos, que estavam projetados em torno de 15% no ano. Com isso, a tese de investimento da Petrobras perde força e o risco de maior intervenção aumenta, não só pela troca de presidente, mas no plano de investimentos”.
Segundo a Genial Investimentos, Prates vai fazer falta. “Apesar de todas as desconfianças iniciais, sua gestão a frente da empresa pode ser considerada muito razoável. Em nossa opinião, o principal risco ao case diz respeito a expansão de investimentos em projetos pouco interessantes e suspensão do pagamento de dividendos”, escreveu Ygor Araujo, analista da corretora.
Para a EQI Investimentos, Magda Chambriard tem experiência comprovada no setor de energia, mas a análise é que a “capacidade de implementar mudanças radicais nos tópicos realmente importantes do caso de investimentos, especialmente no curto prazo, pode ser limitada, como a de qualquer outro CEO”.
Os olhos também se voltaram à inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês).
O índice de preços subiu 0,3% no mês passado, depois de avançar 0,4% em março e fevereiro, informou o Departamento do Trabalho. Nos 12 meses até abril, o índice teve alta de 3,4%, ante 3,5% em março.
Economistas consultados pela Bloomberg previam alta de 0,4% na base mensal e 3,4% na anual. O Fed trabalha com a meta de levar a inflação a 2% em 2024.
O resultado sugere que a inflação norte-americana retomou sua tendência de queda no início do segundo trimestre.
O dado é um importante indicador para calibrar as expectativas do mercado quanto à proximidade do primeiro corte na taxa de juros norte-americana, atualmente na faixa de 5,25% e 5,50%, pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
“Todo o mercado vai precificar a possibilidade de corte de juros antes de setembro, que é o consenso neste momento, e talvez até uma chance de mais cortes de juros em 2024”, avalia Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.
Outrora destaque do dia, a inflação dos EUA se tornou mais lateral no mercado doméstico conforme investidores se voltavam para o derretimento das ações da Petrobras.
“A notícia de uma inflação mais estável nos EUA não foi capaz de reverter o viés negativo da bolsa local com a notícia da troca na Petrobras”, avalia Bruno Mori, sócio-fundador da consultoria Sarfin.
No exterior, a reação aos dados de inflação foi forte: os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam com recordes de pontos, com ambos avançando mais de 1%.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 avançou 1,18%, para 5.308,67 pontos. O Nasdaq teve alta de 1,41%, para 16.744,03 pontos. O Dow Jones subiu 0,90%, para 39.911,81 pontos.
Por aqui, na cena corporativa, JBS disparou 7,55% e conteve parte da pressão sobre o Ibovespa, após divulgação do balanço do último trimestre.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão, ante prejuízo de R$ 1,45 bilhão no mesmo período do ano passado. A maior empresa de proteínas animais do mundo superou as expectativas de analistas, que previam lucro de R$ 675,5 milhões.
A MRV também figurou na coluna positiva, com avanços de 4,40%.
Na ponta negativa, CSN perdeu 5,97%, e Vale fechou praticamente estável, com recuo de 0,05%.
Na terça-feira, o dólar encerrou a sessão em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,130 na venda. Já o Ibovespa teve alta de 0,28%, a 128.515,50 pontos, com investidores digerindo a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e o balanço da Petrobras no último trimestre.
Tamara Nassif/Folhapress
Prates chora ao se despedir de diretores da Petrobras e demonstra tristeza com Lula
O ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates, demitido por Lula nesta semana, chorou ao se despedir de diretores da empresa nesta quarta (15). De acordo com informações de mais de um deles, o ex-dirigente estava muito emocionado.
Agradeceu a colaboração de cada um deles e demonstrou, segundo relatos, estar “muito triste” pela forma como foi dispensado pelo presidente da República.
Prates é do PT e já exerceu inclusive o cargo de senador pelo partido.
Depois da conversa com diretores, ele saiu pela porta da frente do edifício-sede, no Rio, e está visitando outras instalações com petroleiros, inclusive o prédio em que iniciou sua carreira, em 1989.
De acordo com o relato dele a interlocutores, Lula o chamou para uma conversa em Brasília.
Quando entrou no gabinete do mandatário, Prates deu de cara também com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Minas e Energia, Alexandre Silveira, seus desafetos.
Em um primeiro momento, eles teriam direcionado a conversa para que Prates pedisse demissão. Isso não aconteceu, e Lula então comunicou que precisava do cargo.
Prates sofreu forte processo de fritura nos últimos meses, após críticas de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, à sua abstenção em votação de proposta do governo para reter dividendos extraordinários referentes ao resultado de 2024, medida que havia sido negociada com o presidente Lula.
Defendida por Silveira e Rui Costa, a retenção foi aprovada no início de março e derrubou o valor de mercado da estatal. O governo acabou recuando semanas depois e aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários em assembleia no fim de abril.
Na assembleia, o governo não só recuou como determinou estudos para que a Petrobras distribua os 50% restantes até o fim do ano, em movimento que tranquilizou o mercado e recuperou o valor das ações da empresa.
Prates ganhou sobrevida no cargo, mas a avaliação no Planalto era de que sua manutenção não duraria muito tempo.
Logo após a demissão, Prates mandou uma mensagem a assessores próximos. “Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Vão anunciar daqui a pouco”, escreveu.
As ações da Petrobras derreteram depois do anúncio da demissão.
Às 12h39, o Ibovespa recuava 0,42%, a 127.976 pontos.
Os investidores digerem a demissão de Prates e a indicação de Magda Chambriard para o seu lugar. Ela presidiu a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).
Os papéis preferenciais (PETR4) da companhia desabavam 5,74%, a R$ 38,52, enquanto os ordinários (PETR3) derretiam 6,73%, a R$ 40,04.
Já o dólar tinha estabilidade e operava em baixa marginal de 0,08%, cotado a R$ 5,125 na venda, com a inflação ao consumidor dos Estados Unidos como pano de fundo.
Lula anuncia medidas a famílias do RS em evento com tom de comício em meio à tragédia
Lula vista abrigo na universidade Unisinos antes de evento em que anunciou medidas para o estado
O ato ocorreu em São Leopoldo, a cerca de 35 km de Porto Alegre e um dos municípios mais afetados pelas enchentes. Trata-se do maior município governado pelo PT no estado.
O evento foi marcado por gritos da plateia geralmente usados em campanhas petistas e por elogios a Paulo Pimenta, que é potencial candidato a governador em 2026 e foi nomeado para comandar o ministério extraordinário de reconstrução do RS.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sem citá-lo nominalmente, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, lembrou que já fez campanha eleitoral para Pimenta.
Lula, por sua vez, criticou políticos que, segundo ele, disseminam fake news. “Esse tipo de gente, mais dia, menos dia, vai ser banido da política brasileira”, afirmou.
Diversas autoridades, como o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e dez ministros de Lula estavam presentes.
Antes do ato, que contou com discursos políticos, Lula visitou um abrigo e conversou com pessoas atingidas pelos alagamentos.
O ato foi realizado na Unisinos, uma das maiores universidades privadas do país.
O petista anunciou o programa batizado vale reconstrução, que dará R$ 5,1 mil a famílias atingidas para investir na compra de itens perdidos com as enchentes. Também afirmou que 21 mil novas famílias serão incluídas no Bolsa-Família.
O Executivo federal afirmou que irá oferecer domicílios a atingidos que se encaixarem nas faixas um e dois do Minha Casa, Minha Vida, que são voltadas a famílias de mais baixa renda.
Pessoas afetadas pelos alagamentos que estiverem enquadradas nesses critérios também poderão comprar imóveis à venda nos municípios, seguindo um limite de valor ainda não divulgado. O mandatário assinou, ainda, a medida que nomeia Paulo Pimenta como ministro extraordinário de Reconstrução do RS.
A ministra da Saúde lamentou a disseminação de fake news em meio à tragédia e criticou Bolsonaro.
“A partir da sua eleição [Lula] e da constituição do nosso governo, o Ministério da Saúde volta a fazer aquilo que sempre deveria ter feito e não foi feito durante a pandemia da Covid-19, que é coordenar todo esforço nacional para salvar vidas”, disse.
Rui Costa foi o responsável por detalhar as medidas. “Está garantido que as casas que foram perdidas na enchente, aquelas que se encaixam no perfil do Minha Casa Minha Vida faixas 1 e 2, dentro do padrão de renda, 100% das famílias terão suas casas garantidas de volta pelo governo federal”.
E prosseguiu: “Quem está abrigado em casas de familiares já pode procurar nas suas cidades um imóvel à venda dentro do padrão que citei [Minha Casa Minha Vida faixas 1 e 2] que o governo federal, pela Caixa Econômica Federal, vai comprar e entregar à pessoa”.
O voucher, por sua vez, deve ser pago em parcela única. Segundo um integrante do governo, o dinheiro poderá ser usado para compra de itens da linha branca, como geladeira e máquina de lavar, ou marrom, como televisores e outros eletroeletrônicos.
Ele também afirmou que “fez campanha” para Paulo Pimenta nas últimas eleições e explicou a função dele, que era chefe da Secretaria de Comunicação e agora irá comandar o Ministério Extraordinário de Reconstrução do RS.
“Ficará aqui ajudando a fazer a coordenação dos trabalhos. Não será o executor da obra, porque cada ministério o fará, mas terá a função nobre de articular com a sociedade, empresários e prefeito para fazer as coisas acontecerem”.
O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que às vezes as pessoas podem ficar “chateadas” com solenidades, mas que elas são importantes para gerar esperança no futuro e comemorar avanços para combater a crise.
Começa amanhã o Mega Feirão do Lojão da Construção
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Duas pistolas são apreendidas em Feira de Santana
As armas foram localizadas no centro daquela cidade, durante a segunda fase da Operação Satus.
As armas de calibre 9 mm e .40 foram encontradas em residências nos bairros de Gabriela e Papagaio. Os proprietários do armamento estão sendo procurados. O material apreendido foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para ser periciado.
Texto: Ascom PC
PC, PM, FICCO e PF desmontam acampamentos de traficantes em Maragogipe
Armas, munições, drogas, balanças e roupas camufladas foram encontradas nesta quarta-feira (15).
Equipes das Polícias Civil, Militar e Federal, além da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) desmontaram na manhã desta quarta-feira (15), acampamentos utilizados por traficantes de drogas, na cidade de Maragogipe.Os criminosos que integram uma facção fugiram durante a operação integrada da Forças Estaduais e Federal da Segurança Pública. Três armas, munições, carregadores, drogas, balanças e roupas camufladas foram localizados.
“O combate é incessante e diário. Nossas equipes treinadas para atuação em ambiente rural continuam no local, com suporte de aeronaves e embarcações”, destacou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.
Acrescentou ainda que informações sobre os traficantes podem ser enviadas através do telefone 181 (Disque Denúncia).Texto: Alberto Maraux
25º fuzil apreendido em 2024 é encontrado durante operação em Itaetê
Armamento calibre 5,56 foi localizado durante o cumprimento de ordens judiciais, na terça-feira (14).
O 25º fuzil apreendido pelas Forças da Segurança Pública em 2024 foi encontrado na cidade de Itaetê, na Chapada Diamantina, durante ação conjunta das Polícias Militar e Civil, deflagrada na noite de terça-feira (14).Pistola e munições também foram encontradas com dois suspeitos – um deles com mandado de prisão por integrar uma organização criminosa.
Conforme o comandante da Cipe Chapada, major Joanísio de Carvalho Estrela Júnior, ao chegar em um dos pontos indicados os criminosos conseguiram fugir. “Ficamos na localidade e, em um trecho que liga as cidades de Itaetê e Marcionílio Souza, os suspeitos confrontaram com as nossas equipes. Eles foram atingidos, mas não resistiram”, detalhou o oficial.
O levantamento de informações realizado pela Polícia Civil levou as equipes até a localização dos criminosos. O delegado Geraldo Adolfo Barreto, titular da 12a Coorpin, explicou que os materiais apreendidos seguirão para a perícia e o trabalho de investigação continuará para encontrar outros integrantes do bando. “Encaminhamos também uma das viaturas da PM para a perícia, pois foi atingida por tiros disparados pelos criminosos”, completou.
Participaram da operação equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Chapada, Rondesp Chapada e 12ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itaberaba).
Texto: Rafael Rodrigues
Governo do Estado disponibiliza novo crédito do Bolsa Presença para famílias dos estudantes beneficiados
Neste mês, o Bolsa Presença atende 395.929 estudantes, distribuídos entre 352.147 famílias, que recebem R$ 150 por parcela, acrescida de R$ 50 a partir do segundo estudante matriculado e com frequência regular. O valor pode ser utilizado na compra de alimentos e materiais de limpeza em pequenos estabelecimentos comerciais e supermercados ou em outras necessidades, a exemplo da aquisição de medicamentos.
O superintendente de Gestão da Informação da Secretaria da Educação do Estado, Rainer Guimarães, ressaltou a importância do benefício para reforçar a segurança alimentar dos estudantes e suas famílias. “Estamos certos de que o Bolsa Presença se soma ao conjunto de políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado para superar, definitivamente, o quadro de desigualdade social, com mais renda e comida na mesa dos baianos e das baianas”.
Com a iniciativa, o objetivo do Estado é assegurar que os estudantes atendidos permaneçam na escola, já que a concessão do benefício está vinculada à assiduidade nas aulas ministradas pela unidade escolar; ao cumprimento das atividades letivas; à participação da família na vida escolar do estudante; e à manutenção dos dados cadastrais atualizados na unidade escolar e de sua família no CadÚnico. Os familiares devem ficar atentos quanto à atualização cadastral para não se surpreenderem com a suspensão do programa. Caso os dados estejam desatualizados há mais de dois anos, serão retirados da base do CadÚnico e, automaticamente, desabilitados do Bolsa Presença.
Quem tem dúvidas sobre o programa deve telefonar para o 0800 071 6511, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h. As famílias também podem ser obtidas nas escolas onde estudantes estão matriculados. Já os canais de comunicação para mais orientações sobre o uso do cartão são o WhatsApp (27 2233 2000) ou o app Le Card, disponível para iOS e Android.
Extremo climático ou falha humana? Especialistas analisam inundações
A Agência Brasil conversou com especialistas em recursos hídricos, que pesquisam áreas como geologia, agronomia, engenharia civil e ambiental. Há consenso de que se trata de um evento extremo, sem precedentes, potencializado pelas mudanças climáticas no planeta. Mas quando o assunto é o papel desempenhado pelas atividades econômicas e a ocupação do território, surgem as discordâncias.
Ocupação e desenvolvimento urbano
O geólogo Rualdo Menegat, professor da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), é crítico em relação às políticas de planejamento
urbano e econômico no estado. O caso de Porto Alegre, para ele, é o
mais emblemático de que há uma desorganização generalizada do
território, causado por um conjunto de atividades econômicas. Por isso,
defende que não se pode falar apenas em grande precipitação como
causadora da tragédia, mas também de problemas graves de gestão que a
potencializaram.
“Os planos diretores da cidade foram desestruturados para facilitar a especulação imobiliária. No caso de Porto Alegre, por exemplo, toda a área central que hoje está inundada no porto, foi oferecida para ser privatizada e ocupada por espigões. Houve um sucateamento do nosso sistema de proteção, como se nunca mais fosse haver inundações”, diz Rualdo.
O desmatamento de vegetação nativa para fins imobiliários também é considerado fator que dificulta o escoamento de água da chuva.
“Há uma ocupação intensiva do solo. Em Porto Alegre, em especial na margem do Guaíba, na zona sul, ainda temos um ecossistema mais perto do que foi no passado, com estrutura de zonas de banhado, matas e morros. Mas essas áreas estão sob pressão da especulação imobiliária. E por causa das políticas de uso intensivo do solo urbano, essas áreas estão sendo expostas, em detrimento da conservação dos últimos estoques ambientais, que ajudam a regular as vazões da água”, analisa Rualdo.
O professor de recursos hídricos da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo, pondera que ainda é preciso analisar a situação com mais calma. Mas reforça que o desenvolvimento econômico e social, quando não acompanhado de medidas estruturais e preventivas, facilita inundações.
“Nós temos a convicção de que a chuva foi realmente extraordinária. Mas é claro que o progresso da região trouxe dificuldades de escoamento. Isso é a contrapartida do progresso. Criam-se as cidades, as atividades econômicas, novas moradias. Mas tem o ônus de impermeabilizar o solo e gerar mais vazão para a chuva”, avalia Paulo Canedo. “Muitas atividades econômicas podem ter sido desenvolvidas de forma não sustentável. Não criaram condições para lidar com esse aumento de impermeabilização. Isso é algo que devemos ter em mente quando formos reconstruir o Rio Grande do Sul”.
Agricultura
Outro ponto em discussão é se o investimento em determinadas atividades
agrícolas, com consequentes alterações da vegetação nativa, ajudaram a
fragilizar os solos e o processo de escoamento da água. Para o geólogo
Rualdo Menegat, esse foi um dos elementos que aumentou o impacto das
chuvas no estado.
“Grande parte do planalto meridional tem sido intensamente ocupada pelas plantações de soja no limite dos arroios, destruindo a mata auxiliar e os bosques. E também os banhados, que acumulam água e ajudam que ela não ganhe velocidade. O escoamento de água passa a ser muito mais violento e em maior quantidade, porque não há tempo para infiltração”, diz Rualdo.
O agrônomo Fernando Setembrino Meirelles discorda do peso dado à agricultura nas inundações recentes. Ele é professor de recursos hídricos na UFRGS e foi diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul entre 2015 e 2019. Meirelles defende que as atividades agrícolas não foram um fator de importância para a tragédia, que deve ser explicada pela magnitude das chuvas.
“Tivemos muitos deslizamentos em áreas de matas, que já estavam consolidadas. Na região mais alta e preservada do estado, temos milhares de cicatrizes de escorregamento. O solo derreteu, simplesmente perdeu capacidade de suporte por causa da chuva muito intensa. Na região do Vale do Taquari, a gente vê pilhas de árvores que foram arrancadas. Então, a relação da agricultura com esse evento é zero. Ela não é o motor dessa cheia”, diz Fernando Meirelles.
Doutor em recursos hídricos, o engenheiro civil e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), Jaime Federici Gomes, entende que, apesar do papel importante que a vegetação desempenha no escoamento de água, não acredita que as intervenções agrícolas tenham tido influência nas inundações.
“Os tipos de vegetação que estão no solo têm influência em uma das fases do ciclo hidrológico, que é a interceptação de água pelas raízes. Grandes plantas são um reservatório e jogam parte dessa água para atmosfera. As copas das árvores também podem interceptar a água antes de ela chegar ao solo. Mas dada a magnitude das chuvas, eu não sei como regiões mais florestadas poderiam ter diminuído o volume de escoamento. Em um evento desse, com muita água, pode não ter tido quase influência”, diz Jaime.
Sistemas de contenção
Depois de um histórico de enchentes no século 20, a cidade de Porto
Alegre desenvolveu uma série de recursos estruturais para impedir
enchentes. Nesse ponto, não há divergências: ficou claro que o sistema
de contenção de águas apresentou falhas agora.
“Os sistemas de proteção foram projetados na década de 1970, por causa das cheias de 1941 e de 1967. Ele foi o mais economicamente viável. Tecnicamente é bastante adequado e eficiente. Em Porto Alegre, tem também vários diques compatíveis com a cheia de 1941. Mas, desta vez, na hora de fechar as comportas, quando a água ficou acima de quatro metros, elas começaram a vazar, tiveram problemas de vedação e acabaram abrindo. E as casas de bombas, que drenam as águas dentro da cidade, devem ter falhado”, analisa o engenheiro Jaime Federici.
“Os sistemas de proteção falharam aqui em Porto Alegre por falta de manutenção. Ele não foi superado pela água, já que ela entrou por baixo. Agora em outros sistemas, como os das cidades de São Leopoldo e de Canoas, houve uma passagem da água por cima deles. Ou seja, os critérios de projeto que foram utilizados considerando o passado, agora não têm mais validade. Eventos estão mostrando que, por causa das mudanças climáticas, devemos considerar outras métricas e estatísticas”, complementa o professor Fernando Meirelles.
Para Rualdo Menegat, a negligência política ajudou a enfraquecer a capacidade estrutural do estado de lidar com fenômenos climáticos mais intensos.
“Nas cidades e nos campos, a infraestrutura de energia elétrica, de água e de proteção contra as inundações estão sendo sucateadas nos últimos três governos estaduais. A companhia de energia elétrica e de abastecimento de água foram privatizadas. A Secretaria de Meio Ambiente foi incorporada a outra e assumiu papel secundário. O estado não desenvolveu capacidade de inteligência estratégica para diminuir os riscos e nos tornamos mais vulneráveis”, diz Rualdo.
Conhecimento e prevenção
Quando se fala em prevenção e redução de danos, os especialistas
entendem que é possível ao menos minimizar as consequências dos
fenômenos climáticos com treinamento adequado de profissionais e da
população.
“Não temos uma Defesa Civil eficiente. O que vimos foi que ela está desestruturada, com dificuldades, mal aparelhada, sucateada. E sem mecanismos de alerta. Além disso, temos uma população que, por não haver programas estratégicos para ela, tem problemas de acesso às informações de prevenção”, diz Rualdo.
“As defesas civis de alguns municípios, principalmente desses que foram afetados, têm uma ou duas pessoas. Poucos têm uma Defesa Civil consolidada. E a população precisa de treinamento para saber se defender”, diz Jaime Federici. “Mas, economicamente, não vejo soluções definitivas para esse tipo de evento. Vamos imaginar o exemplo do Japão, que lida com furacões, terremotos e maremotos, e tem toda uma estrutura para conviver com esses eventos extremos. Isso é algo que temos que começar a estabelecer na cultura. Precisamos aprender a nos defender, lidar com essas situações e, aos poucos, fazer as adaptações estruturais”.
Troca de comando da Petrobras é sinal ruim, dizem analistas
Para o posto de Prates, o presidente indicou a engenheira Magda Chambriard, que comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).
Na avaliação do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a Petrobras segue sofrendo ingerências preocupantes por parte do governo, a política de precificação não está pacificada e há defasagens acumuladas de preços que terão que ser revistas.
“Fica um cheiro no ar de gestão ao estilo de Dilma, algo que vai ser importante acompanhar nos próximos meses. Não foi um bom sinal, considerando o que parecem ser as motivações para a troca de Prates”, diz.
Segundo o economista, o governo está criando ruídos excessivos em várias áreas nos últimos meses: fiscal, monetária e, agora, na Petrobras.
“Não se sabe também qual caminho de investimentos será seguido, mas parece se tratar de uma aposta para acelerar plantas de refino, o que justamente não deu certo nas últimas décadas”, acrescenta Vale.
“A impressão que se tem é que a decisão do presidente Lula foi no sentido de forçar a Petrobras rumo ao investimento, o que ele tem todo o direito de fazer, mas inevitavelmente o efeito de curto prazo é a perspectiva de que o preço corrente das ações deve ser descontado”, diz o economista André Perfeito.
Prates vinha sendo alvo de um processo de fritura nos últimos meses, depois de receber críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à sua abstenção em votação de proposta do governo para reter dividendos extraordinários referentes ao resultado de 2024, medida que havia sido negociada com Lula.
Em nota, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, lembra que já era evidente um desgaste significativo no âmbito político envolvendo Jean Paul Prates e os demais ministros.
Segundo ele, embora Prates tenha sido nomeado presidente da Petrobras com a expectativa de promover mudanças substanciais na gestão e no foco estratégico da empresa, “observa-se trimestre após trimestre que tais expectativas não se concretizaram”.
Também em nota, a Ativa Investimentos classificou a mudança como negativa, uma vez que Prates vinha desempenhando o que a casa classificava como um “bom papel na companhia, equilibrando os interesses econômicos e políticos da empresa com sabedoria”.
“Hoje, nos resultados do primeiro trimestre de 2024, quando participou apenas via vídeo, Prates ressaltou seu compromisso com a remuneração do investidor e o investimento em ativos de petróleo, o que voltará a ficar sob reavaliação após a nova mudança de gestão.”
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Barra do Rocha: Resistente e homicida tomba em confronto com policiais da 55ª CIPM.
Que a guarnição de imediato deslocou ate o local informado precisamente na Rua Aurelino José dos Santos , onde havia um homem caído ao solo vitima de disparo de arma de fogo, que populares informaram que um homem de camisa vermelha e short preto efetuou os disparos e posteriormente correu em direção as ruas do bairro Durval Dias de Brito, em seguida esta guarnição realizou rondas nas proximidades mas o suspeito não foi localizado.
O local foi isolado ate a chegada do DPT, que após a chegada foi feito o levantamento cadavérico e em seguida o corpo foi removido ao IML de Jequié.
Após a saída do DPT esta guarnição realizava rondas na rua do estádio onde por volta das 21:15 recebeu mais informações que no matagal acima da Rua Aurelino José dos Santos, havia outro corpo, que a guarnição de imediato retornou ao local, que no deslocamento recebemos a informação que o autor do duplo homicídio estava homiziado nos fundos de uma residência na Rua Sebastião Lima de Oliveira, no mesmo bairro e próximo ao local da ocorrência.
Que esta guarnição deslocou até o local informado e que ao se aproximar da residência informada visualizou o autor saindo da lateral da residência, que foi dada voz de prisão ao mesmo, onde o autor reagiu atirando contra a guarnição, diante da injusta agressão esta guarnição reagiu efetuando disparos, que posteriormente o resistente foi encontrado caído ao solo e junto do mesmo foi encontrado um revolver cal. 38 com 05 munições deflagradas, a guarnição prestou socorro conduzindo o resistente até o Hospital Geral de Ipiau onde ao dá entrada naquela unidade de saúde foi constatado pelo médico plantonista que o resistente estava sem sinais vitais.
Informo ainda que o resistente não possuía identificação e que a ocorrência foi apresentada na 9° Corpim em Jequié sob o n° 328088/2024
vitimas
01-Ruan Borges de Santana, Rg:23978762-56, Nascido: 26/10/2006, Endereço: Rua Ipiaú n° 101 Centro- Barra do Rocha/Ba
02-Joabson Pereira Nascimento de Jesus, Idade- 21 anos
Endereço. Rua Aurelino José dos Santos n° 64 Bairro- Durval Dias de Brito, Barra do Rocha/Ba
AUTOR/RESISTENTE
Desconhecido (Não portava documentos de identificação)
Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Com Magda Chambriard, Petrobras terá sexto presidente em três anos
Desde abril de 2021, a petroleira já foi presidida por Roberto Castello Branco, Joaquim Silva e Luna, José Mauro Coelho, Caio Paes de Andrade e Jean Paul Prates.
A substituta Prates, Magda Chambriard, é engenheira e ex-funcionária da estatal. Comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) durante o governo Dilma Rousseff.
É vista pelo mercado como um quadro de perfil mais nacionalista do que Prates, que tentou equilibrar sua gestão atendendo a promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas sem assustar investidores privados.
Relembre os últimos presidentes da Petrobras.
JEAN PAUL PRATES (JAN.23 A MAI.24)
Demitido nesta terça-feira (14), Prates sofreu forte processo de fritura
nos últimos meses, após críticas de Silveira à sua abstenção em votação
de proposta do governo para reter dividendos extraordinários referentes
ao resultado de 2024, medida que havia sido negociada com Lula.
Defendida por Silveira e Costa, a retenção foi aprovada no início de março e derrubou o valor de mercado da estatal. O governo acabou recuando semanas depois e aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários em assembleia no fim de abril.
Na assembleia, o governo não só recuou como determinou estudos para que a Petrobras distribua os 50% restantes até o fim do ano, em movimento que tranquilizou o mercado e recuperou o valor das ações da empresa.
Embora tenha conseguido “abrasileirar” o preço dos combustíveis, como prometeu Lula, o executivo vinha sendo questionado também pela demora em anunciar investimentos prometidos pelo presidente em expansão da capacidade de refino e estaleiros, por exemplo.
Começou a perder apoio também de sindicatos de petroleiros que fazem parte da base de Lula e, em outra frente, foi elogiado na última assembleia de acionistas pelo maior acionistas privado da estatal, o banqueiro José João Abdalla.
CAIO PAES DE ANDRADE (JUN.22 A JAN.23)
Nome que enfrentou maior resistência interna na estatal, Caio Paes de
Andrade ocupava uma secretaria no Ministério da Economia quando foi
indicado por Bolsonaro para “dar nova dinâmica” aos preços dos
combustíveis no país.
Sua nomeação foi questionada pelos órgãos internos de controle, diante da falta de experiência no setor de petróleo ou em empresas do mesmo porte, requisitos exigidos pela Lei das Estatais, mas Bolsonaro também elegeu um conselho de administração mais alinhado, que aprovou seu nome.
Sua gestão foi a que mais atuou em favor do governo. Ajudada pela queda nas cotações internacionais do petróleo, a Petrobras passou a anunciar uma série de reduções nos preços dos combustíveis em meio ao processo eleitoral.
Além da maior frequência dos cortes, a empresa passou também a divulgar mudanças em preços de produtos que antes não eram alvo de comunicados públicos, como querosene de aviação e asfalto. Assim, quase toda semana havia notícias positivas para a campanha do presidente.
A mesma frequência não foi vista quando as cotações internacionais voltaram a subir após a votação do primeiro turno, levando a Petrobras a passar semanas com preços defasados em relação à paridade de importação.
Paes de Andrade também acomodou na estatal pessoas próximas ao Palácio do Planalto e ao Exército, como o coronel Luiz Oávio Franco Duarte, que atuou sob o comando do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, e o militar da reserva Mario Pedroza da Silveira Pinheiro.
Com a saída de Paes de Andrade, o conselho de administração nomeou João Henrique Rittershaussen como presidente interino da empresa até a confirmação do novo comandante.
JOSÉ MAURO COELHO (ABR.22 A JUN.22)
Ex-secretário do MME (Ministério de Minas e Energia) sob Bolsonaro, José
Mauro Coelho não foi a primeira aposta para substituir Silva e Luna,
mas acabou ficando com o cargo após a desistência do consultor Adriano
Pires, questionado por prestar serviços a clientes e concorrentes da
estatal.
Mais uma vez, um presidente indicado por Bolsonaro assumiu o posto defendendo a política de paridade dos preços dos combustíveis em relação às cotações internacionais, embora o presidente da República tenha passado boa parte de seu mandato criticando a alta de preços.
“Temos que ter os preços no mercado doméstico relacionados aos preços de paridade de importação. Se assim não fosse, não teríamos nenhum agente econômico com aptidão, ou com vontade de trazer derivados para o país. E teríamos risco de desabastecimento”, afirmou, ainda em 2021.
O risco de desabastecimento foi um dos principais argumentos de seu mandato para continuar reajustando os preços. A Petrobras chegou a enviar ao MME um alerta sobre possibilidade de falta de diesel no fim do ano caso os preços permanecessem defasados.
Sua saída da estatal também foi conturbada: sua demissão e o nome de seu substituto foram anunciados por Bolsonaro no fim de maio, mas Coelho resistiu a renunciar, o que retardou o processo de transferência do comando da empresa.
JOAQUIM SILVA E LUNA (ABR.21 A ABR.22)
O segundo presidente da Petrobras sob Bolsonaro foi também o segundo
mais longevo. O general Joaquim Silva e Luna presidia Itaipu Binacional
quando foi convidado para substituir Castello Branco, em um momento de
ampliação da presença militar no setor de energia.
Sua indicação animou apoiadores do presidente, que esperavam uma guinada na gestão da empresa. Logo em sua posse, porém, Silva e Luna afagou um mercado financeiro que temia mudanças na estratégia de preços dos combustíveis, ao dizer conciliar interesses de consumidores e acionistas.
Silva e Luna manteve o ritmo do programa de venda de ativos e, embora tenha reduzido a frequência de reajustes de preços dos combustíveis, foi responsável pelos mega-aumentos de março de 2021, em resposta à disparada das cotações internacionais após o início da Guerra na Ucrânia.
Demitido após os reajustes, defendeu que a Petrobras “é fiscalizada por mais de duas dezenas de órgãos de fiscalização e controle e possui uma robusta governança em conformidade e sustentabilidade”. Disse ainda que “não há espaço para aventureiros na estatal”.
Ele também foi alvo de Bolsonaro pelo alto salário da estatal. “O diretor ganha R$ 110 mil por mês. O presidente mais de R$ 200 mil por mês e, no final do ano, ainda tem alguns salários de bonificação. Os caras têm que trabalhar!”, afirmou o presidente.
Demitido enquanto Bolsonaro já negociava um sucessor, Silva e Luna deixou a empresa dizendo-se traído pelo presidente da República.
ROBERTO CASTELLO BRANCO (JAN.19 A ABR.21)
Mais longevo presidente da Petrobras sob Bolsonaro, Castello Branco foi
indicado ainda no período de transição pelo então futuro ministro da
Economia Paulo Guedes, com quem compunha um grupo batizado ironicamente
de “Chicago Oldies”, por terem estudado na Universidade de Chicago.
Defensor da privatização da estatal, Castello Branco aprofundou estratégia iniciada no governo Michel Temer, que previa foco no pré-sal, venda de ativos em áreas consideradas não estratégicas e melhor remuneração ao acionista.
Em sua gestão, a Petrobras alterou sua política de dividendos, permitindo o pagamento mesmo em caso de prejuízo, em processo que justificou os reajustes recordes pagos em 2022.
Ele começou seu mandato com medidas polêmicas que agradaram Bolsonaro, como a indicação de um ex-candidato apoiado pelo presidente da República para gerência da estatal e um recuo em reajuste do preço do diesel.
Mas entrou na mira do ex-chefe na saída do período mais turbulento da pandemia, no fim de 2020, quando a recuperação das cotações internacionais do petróleo fez os preços dos combustíveis dispararem no país.
Bolsonaro criticou Castello Branco pelo elevado salário, por trabalhar de home office durante a pandemia e, por fim, anunciou sua demissão em uma de suas lives das quintas-feiras, levando a empresa a perder R$ 32 bilhões em valor de mercado no dia seguinte.
Antes de sair, o executivo apresentou o balanço de 2020, ano em que a empresa teve lucro de R$ 7,1 bilhões, defendendo a política de preços da companhia. “Surpreendente, em pleno século 21, estarmos dando tanta atenção a isso”, afirmou.
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