Caravana do Lazer alegrou crianças e adultos na Praça Ruy Barbosa neste sábado

Na tarde deste sábado, 18, a Praça Ruy Barbosa em Ipiaú se transformou em um grande centro de diversão e entretenimento com a realização da “Caravana da Alegria". O evento, promovido pela Prefeitura de Ipiaú através da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, em parceria com a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia, ofereceu uma variedade de atividades para todas as idades, atraindo um grande número de crianças e adultos.
Das 14h30 às 18h, a comunidade pôde desfrutar de oficinas de pintura e desenho, cama elástica, piscina de bolinhas, jogos gigantes de xadrez, dominó e damas, mini trave de futebol, jogos de salão, peteca, elástico, entre outras atividades. O evento foi pensado para promover a interação social, o lazer e o bem-estar dos participantes.
A prefeita de Ipiaú, Maria das Graças, destacou a importância de eventos como este para a promoção da cultura e do esporte na cidade. "É gratificante ver a alegria no rosto das crianças e das famílias que vieram participar do Dia do Lazer. Nossa administração, junto com nossos parceiros, está comprometida em proporcionar momentos como este, que fortalecem os laços comunitários e incentivam a prática de atividades saudáveis", afirmou.
Caio Braga, secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo também ressaltou a relevância da parceria com o governo do Estado da Bahia para a realização do evento. "A colaboração entre as esferas municipal e estadual é fundamental para a execução de projetos que beneficiam diretamente a população. Agradecemos à Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia pelo apoio e por contribuir para o sucesso deste dia", disse.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú ]

Com destaque para a importância da preservação das tradições, governadora em exercício confere abertura do 1º FENABA

A riqueza e a diversidade do artesanato brasileiro vão tomar conta da capital baiana nestes três dias. Na Arena Fonte Nova, em Salvador, acontece até domingo (19), o 1º Festival Nacional de Artesanato na Bahia (FENABA). A governadora em exercício, Cynthia Resende, participou da abertura do evento, nesta sexta-feira (17), ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França e do secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, para conferir de perto os trabalhos de diversos artesãos. 
“Esse evento é uma iniciativa de valorização da nossa cultura, do nosso artesanato, uma oportunidade para esses artesãos e artesãs mostrarem o seu trabalho, fomentar o turismo e gerar renda”, declarou a governadora em exercício, logo após assistir uma apresentação da cultura indígena. 

Além da comercialização de produtos, o festival conta com salão de negócios, desfile de moda artesanal, atividades de qualificação, espaço infantil e gastronomia. O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, destacou a contribuição do festival para a geração de emprego e renda. 

“É um estado que tem uma composição muito forte no artesanato, com muitos mestres, são mais de 17 mil artesãos que estão regularizados, e outros tantos que existem sem regularização. As feiras são uma grande exposição. Nós vamos começar agora a fazê-las também internacionalmente”, enfatizou o ministro Márcio França.

A proposta é articular políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do artesanato, com a valorização dos artesãos e ações destinadas à geração de trabalho e renda. Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, o evento consolida a política do artesanato baiano. “Já fizemos diversas feiras, nas 20 rotas que compõem as rotas do artesanato do Estado, com qualificação profissional e carteiras para os artesãos. A realização do primeiro Festival Nacional do Artesanato na Bahia é a demonstração dessa política do Estado, de fazer com que todos os artesãos e artesãs tenham essa grande vitrine, que é um projeto de exposição”, concluiu o titular da Setre.

Além da Bahia, estarão representados os estados de Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Sergipe, São Paulo e o Distrito Federal. Com toda esta pluralidade de participantes, o secretário de Turismo, Maurício Bacelar, explica a contribuição do evento para o setor. “O artesanato é a manifestação cultural de um povo, e aqui temos uma diversidade e uma riqueza muito grande na produção de artesanato nas mais diversas zonas turísticas. Um evento como esse, além de movimentar os equipamentos turísticos, é também uma promoção do destino Bahia, já que o patrimônio natural baiano é um dos pilares do turismo”.

Com manifestações culturais e apresentações musicais integrando a programação. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, pontuou que este é o momento de apoiar e festejar o artesanato brasileiro. “Eu acho fantástico. Acho realmente um momento que a gente tem que festejar e o mundo também apoiar. É importante o apoio da sociedade civil para esse projeto se fortalecer e se materializar. Porque a gente acredita nessa força de geração de emprego e renda que tem no artesanato. Não só na Bahia, mas nacionalmente tem acontecido esse movimento e é maravilhoso”.

Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA

Baixa do Guaíba revela destruição e prejuízo em Porto Alegre

<Foto: Rafa Neddermeyer/Arquivo/Agência Brasil    >
Este sábado (18) começou sem chuva e com sol em Porto Alegre. A água das ruas já baixou em boa parte da zona sul da cidade. Foi a senha para quem foi atingido começar a limpeza das casas. No bairro Menino Deus, as calçadas ficaram cheias de móveis, colchões, eletrodomésticos, livros e todo o tipo de objeto que algum dia já teve valor, mas que agora vai para o lixo.

“Eu tinha vários livros em casa e eu esqueci de levantá-los quando saí daqui. Quando eu fui lembrar, já não tinha como entrar”, disse o geólogo Evandro Oliveira. O motorista Joel Vargas não escondeu sua frustração diante dos prejuízos. “Tudo é lixo. Tudo quebrado, tudo demolido. Não se aproveita nada”.

A aposentada Marlene de Souza também lamentou a perda de seus pertences. “Está tudo com gosto, cheiro de esgoto, tudo podre”.

Com a redução no nível da água, um novo exército entra em operação. São centenas de homens e mulheres com uma única missão: retirar das ruas toneladas de lixo e de lama.

Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), 3.500 pessoas estão envolvidas no trabalho de limpeza e recuperação da cidade. Do dia 6 de maio para cá, somente onde não estava alagado, já foram recolhidas 910 toneladas. Esse número vai aumentar muito conforme as ruas forem secando. Nesta primeira etapa, estão sendo utilizados 300 veículos pesados, incluindo retroescavadeiras, pás carregadeiras e caminhões basculantes. Mas o trabalho principal, como varrição e raspagem das ruas, retirando manualmente a lama que se acumulou, é feito pelos garis.

“Temos 3.500 garis trabalhando em três turnos e um maquinário muito pesado sendo usado na remoção dos resíduos”, explicou o diretor-geral da DMLU.

Vladimir Platonov/Agência Brasil

 

Pimenta diz que apoio do PT foi fundamental para Leite ser eleito no RS e minimiza divergência política

Nomeado ministro do governo Lula para o Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta afirma que é uma visão muito “mesquinha” e “extremamente maldosa” acreditar que o presidente criou a estrutura para controlar a narrativa da reconstrução do estado.

Político gaúcho cotado como pré-candidato ao Palácio Piratini, o ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) rebate as críticas de politização da calamidade com a sua indicação.

Acrescenta que não há ruídos com o adversário político Eduardo Leite e cita que há até alguns pontos em comum, em particular nas eleições de 2022. “Eu era presidente do PT, e o nosso apoio foi fundamental para que ele fosse eleito”, afirmou à Folha.

Pimenta evita falar sobre os comentários de que a sua ida para o Rio Grande do Sul tem como efeito tirá-lo da comunicação e assim resolver um foco de críticas dentro do governo.

“É uma pergunta que deve ser feita ao presidente”, afirma.

O governo rebate críticas de politização da tragédia, mas a indicação de um político, do estado, adversário do governador não fortalece isso? Acho que é uma crítica de quem não me conhece, quem não conhece o Rio Grande do Sul, e a forma como a gente trabalha, de forma institucional, respeitosa e harmônica.

Não há nenhuma possibilidade e com certeza também não há do governador e da sua equipe, dos prefeitos, de não compreender a relação necessária nesse momento. E isso é uma crítica de pessoas que não convivem no nosso dia a dia, não conhecem a nossa realidade, e ela é totalmente infundada.

Mas só o fato de ela existir não cria ruído e divisão num momento de calamidade? Eu acredito que não. Pelo contrário. Trabalhamos hoje e ontem, o dia inteiro, de forma muito harmônica, com toda a equipe do governo do estado, com a equipe dos prefeitos. A relação está muito positiva, os resultados estão acontecendo com uma velocidade muito importante, e eu estou muito satisfeito com a forma que o trabalho está acontecendo.

O senhor fala em relação harmônica com o governador Eduardo Leite, mas nos bastidores falam o contrário. Olha, eu votei nele para governador. Eu era presidente do PT, e o nosso apoio foi fundamental para que ele fosse eleito. E acredito, inclusive, que ele votou no mesmo candidato que eu para presidente da República.

Isso mostra que nós temos muitas convergências, apesar de estarmos em partidos diferentes e termos referências sobre outras questões. Mas a minha relação com ele eu considero excelente, funcional, respeitosa, harmônica e extremamente positiva para o Rio Grande do Sul nesse momento.

A indicação do senhor não pode ser vista como uma tentativa de controlar a narrativa, contrapor um adversário que pode ser catapultado na reconstrução, com parte de recursos federais? Isso seria uma visão muito mesquinha. Seria quase incompreensível alguém pensar uma coisa dessas num momento como esse, quando o presidente Lula tem feito um esforço grande de solidariedade, de parceria, de união, de reconstrução. Então, passa longe de nós qualquer pensamento nesse sentido.

Há também uma visão de que o ministério está muito ligado ao senhor, personalista, ou mesmo à tentativa do governo federal de fortalecer imagem e marcar presença no estado. Repito que é uma visão mesquinha e extremamente maldosa imaginar que o presidente Lula montasse uma estrutura de governo num momento dramático como esse, onde é fundamental mobilizar todo esforço do governo federal para ajudar na reconstrução do Rio Grande e nós fôssemos ter como objetivo coisas tão pequenas e tão baixas como essas.

Qual será a missão do ministério? Coordenar as ações de todas as áreas do governo federal no sentido de dar agilidade, encurtar caminhos, facilitar o acesso das prefeituras e do governo do estado às políticas públicas, estabelecer relações com todos os setores da sociedade gaúcha no sentido de ouvi-los e, a partir desse diálogo, melhorar ainda mais o trabalho que a gente está fazendo e encontrar outras iniciativas necessárias para dar a resposta que o Rio Grande do Sul precisa nesse momento.

Por enquanto, esse é um ministério de duas pessoas. A estrutura dos ministérios é definida por decreto e não pela medida provisória. Os dois cargos que são necessários criar por lei é o do ministro e o do secretário executivo e os demais são definidos por decreto.

O senhor já tem uma ideia da equipe do senhor? Estamos discutindo e no decorrer da próxima semana, com certeza a gente vai, já no início, ter uma estrutura e definir claramente a equipe que a gente precisa e a forma que ela vai trabalhar.

Não tive condição de pensar porque o volume de trabalho está tão grande. Nas últimas 48 horas, eu estou 100% focado na necessidade da gente trazer para o Rio Grande do Sul bombas que consigam expulsar esse volume enorme de águas que estão aqui na região metropolitana.

Nós temos mais de 80 mil pessoas em abrigos, mais de 200 mil gaúchos e gaúchas desalojados.

Agora no estado, vai dar sequência aos esforços para combater fake news, reportando casos à PF? Se eu fosse responder a todas as fake news que foram produzidas desde o momento em que eu fui nomeado até agora, eu não teria tempo para fazer tudo o que eu preciso fazer.

É uma avalanche de mentiras, de desinformação, muitas delas de caráter criminoso, que são produzidas diariamente. Então eu não vou poder, até pelo menos por uma questão de capacidade física e de tempo, me dedicar para responder a todas as mentiras que são produzidas de forma a prejudicar o trabalho de reconstrução e de união do Rio Grande do Sul.

O governo não busca controlar a narrativa, colocando selo de fake news em fatos críticos ao governo, como o caminhão e a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] ou o caso do avião do Uruguai? O fato da ANTT é um fato mentiroso, é um fato totalmente mentiroso. Nenhum caminhão foi impedido de chegar no Rio Grande do Sul, ninguém foi impedido de transitar por exigência de nota fiscal. Essa informação de que a Polícia Rodoviária Federal e que a Polícia Federal estavam fiscalizando e exigindo nota fiscal de donativos, de doações, é uma mentira, uma fake news mentirosa que foi desmentida.

Depois, tentaram criar um factoide de que alguns caminhões que foram paralisados por excesso de peso, que logo em seguida foram liberados, tivessem a ver com a história original que era a exigência de notas fiscais para doação, o que eu repito, é mentira.

Em relação à questão do Uruguai, nós caracterizamos [como falso], mas desconheço que tenha sido feita qualquer representação criminal ou civil por conta desse episódio, o que aí é normal, são versões diferentes a respeito de um determinado fato.

Não incluo esse fato no rol das mentiras criminosas que eu imagino que devem ser investigadas pela Polícia Federal e pelos órgãos de controle.

Mas o governo cravou o selo fake news para isso e o senhor mesmo cita ‘versões diferentes’. O fato de que, de forma deliberada, o governo teria tomado uma decisão de não aceitar uma oferta de apoio do Uruguai, é falsa essa afirmação.

Então, se em determinado momento foi caracterizado como fake news, talvez por conta dessa avalanche de mentiras que tem sido divulgada, esse caso que foi simplesmente um caso falso tenha sido carimbado também como fake news.

O senhor pretende permanecer no RS por quanto tempo? Pela emergência, o prazo para que todos os convênios e contratos estejam firmados na área da saúde, da educação, da habitação, os planos de recuperação do estado, por lei, na emergência, são seis meses. Então, o prazo que eu me estabeleço é o prazo que a lei estabelece. A partir disso, cada um dos ministérios acompanha a execução.

Pretende voltar para a Secom? Olha, o presidente me pediu que eu cumprisse essa missão e que, posteriormente, retornasse para o meu trabalho 100% focado na Secom.

A comunicação do governo é criticada e uma ala considera que o remanejamento foi uma forma de mudá-la. Essa pergunta deve ser feita para o presidente da República. Mas eu particularmente acredito na política de comunicação do governo. Assim como o presidente disse que nós temos um tempo para plantar e um tempo para colher. Isso se refere também à comunicação.

Eu tenho certeza que, em pouco tempo, os índices de aprovação do governo estarão bem melhores, porque as entregas estarão chegando de forma muito mais definida. Nós temos hoje um resultado que é absolutamente dentro daquilo que nós imaginamos, do planejamento estratégico das ações do governo e das ações da comunicação.

Eu tenho certeza que, em pouco tempo, os resultados serão sentidos de uma forma muito mais efetiva.

RAIO-X
PAULO ROBERTO SEVERO PIMENTA, 59

Nascido em Santa Maria (RS), é jornalista e técnico agrícola formado pela UFSM. Foi vereador e vice-prefeito de sua cidade, deputado estadual e depois eleito para seis mandatos na Câmara dos Deputados. Assumiu em janeiro de 2023 como ministro da Secom. Foi nomeado na quarta-feira (15) como titular do Ministério Extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul

Renato Machado/Folhapress

Polícia apreende 53 kg de drogas em caminhão que levava doações ao Rio Grande do Sul

Um caminhão que levava doações ao Rio Grande do Sul, que vive tragédia causada pelas chuvas, foi apreendido com 53 quilos de drogas na rodovia estadual SC-480, na altura do município de São Domingos (SC), no oeste catarinense.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a apreensão ocorreu após trocas de informações. Foram encontrados 52 kg de cocaína e 1 kg de crack escondidos no estepe.

O veículo levava cerca de 20 toneladas de donativos arrecadados pela Defesa Civil do Paraná e tinha afixada credencial de ajuda humanitária da Defesa Civil, além de um adesivo “SOS Rio Grande do Sul”.

O motorista de 39 anos foi preso após confessar que entregaria o estepe com as drogas em um posto de gasolina antes de descarregar as doações.

A carreta foi apreendida. Outro caminhão será usado para encaminhar as doações ao Rio Grande do Sul, segundo nota da Polícia Rodoviária Federal.

Folhapress

Prefeitura de Itagibá entrega três pontes ecológicas


A Prefeitura de Itagibá, por meio da Secretaria de Infraestrutura, entregou na sexta-feira (17) a inauguração de três pontes ecológicas na região das Tesouras.
Este projeto essencial, realizado com recursos próprios no valor de mais de 450 mil reais, empregou materiais de aço e concreto de altíssima qualidade, garantindo uma vida útil de 50 anos sem corrosão.

Esta conquista é de extrema importância não apenas para a comunidade local, mas para toda a região, pois essa ponte é uma via crucial para os moradores e agricultores.
Além das pontes, desde o início da nossa gestão municipal, estamos comprometidos em melhorar as estradas vicinais, garantindo o acesso às comunidades.
#Itagibá#Infraestrutura#Desenvolvimento#Comunidade#PonteEcológica

Tragédia com as enchentes no Rio Grande do Sul soma 155 mortos

Um estudo sobre pesquisas que analisaram os impactos das ações de conservação ambiental revelou que iniciativas como criação de áreas protegidas, controle de espécies e restauração da vegetação nativa são eficientes para melhorar a biodiversidade ou desacelerar o desequilíbrio de ecossistemas. Os resultados, obtidos em escala global, foram lançados no Brasil neste sábado (18) por um dos autores, o pesquisador Martin Harper, da rede global Birdlife Internacional.

Com o título The positive impact of conservation action (O impacto positivo da ação de conservação), o estudo foi recentemente publicado na Science, um dos periódicos científicos mais conceituados no mundo. O estudo traz resultados alcançados em 2021, com base na análise de 186 pesquisas e 665 ensaios de diferentes partes do mundo, com alcance de 100 anos de investigações científicas sobre iniciativas de conservação da biodiversidade.

De acordo com o estudo, a efetividade das ações foi comprovada em mais de 50% das amostras de pesquisas e em dois terços dos casos analisados; e o declínio da biodiversidade, como perda de espécies da fauna e da flora, foi desacelerado. Outra conclusão foi de que tais ações são eficazes em diferentes localizações geográficas, biomas e sistemas políticos.

Segundo Harper, o estudo busca contribuir com evidências científicas que possam orientar a construção de políticas públicas e legislações em diferentes países. “Fundamentalmente, é preciso que governos em todo o mundo traduzam os compromissos descritos no Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal – adotado por quase 200 governos em 2022 – em estratégias nacionais e planos de ação apoiados por financiamento adequado.”

Apesar do efeito positivo das ações de conservação, a pesquisa também destaca o declínio da biodiversidade, um dado confirmado por outros estudos como o da União Internacional para Conservação da Natureza, que aponta a existência de 44 mil espécies documentadas em risco de extinção.

Insuficiência de ações
Para Harper. é possível concluir que o volume das ações de conservação ambiental ainda é insuficiente para manter os serviços ecossistêmicos equilibrados. “O Fórum Econômico Mundial sugeriu que a perda de biodiversidade e o colapso do ecossistema são o terceiro maior risco para a economia mundial na próxima década”, lembrou.

Para o diretor executivo da Save Brasil, parte integrante da Birdlife Internacional, Pedro Develey, o volume insuficiente de ações de conservação impacta negativamente de forma mais efetiva países com muita biodiversidade, como o Brasil.

Segundo o biólogo, catástrofes climáticas como a do Rio Grande do Sul evidenciam isso e reforçam a urgência de investimento. “Precisamos de mais incentivo e mais recurso para pesquisa e também mais investimento na conservação, trabalhos de conservação de ponta, que são caros, mas para restaurar é mais caro”, enfatizou Develey.

As pesquisas brasileiras usadas na amostra do estudo também apontaram efetividade da destinação de terras públicas para a criação de unidades de conservação e de territórios indígenas na Amazônia.

Para Develey, isso traz orientações importantes para o Brasil, mostrando que, apesar de o país ter uma legislação forte, ainda é necessário efetivar ações como a destinação adequada de terras públicas, a regularização da situação fundiária em áreas privadas e uma fiscalização maior sobre o manejo dos biomas. “Com vontade política, é possível tudo isso, mas é preciso também apoio da sociedade, porque conservação é importante para todo mundo, é importante para a nossa vida.”

Folhapress

Cynthia Resende sanciona abono salarial dos professores em despedida do cargo de governadora

Com a volta do governador Jerônimo Rodrigues (PT) a Salvador, nesta sexta-feira (17), a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-AB), desembargadora Cynthia Resende, deixou de ocupar interinamente o comando do Executivo baiano. O último ato da magistrada no exercício do posto foi sancionar a lei que garante o abono extraordinário de R$ 6 mil a todos os professores da rede estadual, referente aos precatórios judiciais.

O projeto foi aprovado esta semana na Assembleia Legislativa, por unanimidade. A sanção foi publicada na edição deste final de semana do Diário Oficial. A medida contempla inclusive os docentes nomeados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) e os inativos. 

Os valores que serão pagos pelo governo têm caráter indenizatório e são provenientes de 30% da parcela dos recursos encaminhados à Bahia pela União, referentes a precatórios judiciais, a título de complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) em 2024.

Cada professor terá direito a receber um valor proporcional à quantidade de horas semanais trabalhadas, sendo que aqueles que possuírem dois vínculos no magistério da rede estadual poderão receber o benefício duas vezes. O abono, no entanto, não será incorporado ao salário mensal dos profissionais da educação.

Nesta sexta (17), em último compromisso externo como governadora, Cynthia participou da abertura do 1º Festival Nacional de Artesanato na Bahia (Fenaba), na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Jerônimo, por sua vez, retornou neste mesmo dia de uma viagem pela Europa em busca de novos investimentos na área de energia limpa e renovável. Ao lado de outros governadores do Nordeste, ele visitou a Holanda, a Bélgica e a Alemanha. A viagem durou seis dias.

Política Livre

Homem é preso por mandar matar a ex-companheira

Investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) de Feira de Santana prenderam um homem apontado como mentor do feminicídio da ex-companheira. Com um mandado em aberto, ele foi localizado na manhã desta sexta-feira (17), em um condomínio no bairro Ponto Central.

O feminicídio de Adriana dos Reis Santos, de 18 anos, ocorreu no dia 6 de abril, no bairro da Conceição. O autor dos disparos está à disposição da Justiça desde o último dia 9, quando teve o mandado de prisão preventiva cumprido, no bairro do Aviário.  

A vítima, que já havia sofrido violência doméstica, tinha uma medida protetiva contra o autor, concedida pela Justiça. Por não aceitar o fim do relacionamento, o suspeito mandou matar a ex-companheira.

O mandante do feminicídio, apontado como um dos líderes do tráfico de drogas em Feira de Santana, e o executor, que integra o mesmo grupo, permanecem à disposição do Poder Judiciário. Um terceiro envolvido no crime está sendo procurado. 

Ascom – PC/Guilherme Santos dos Anjos

Polícia realiza ação em Guanambi contra criminosos do Rio

A Polícia Civil da Bahia cumpriu mandados de busca e apreensão, em residências e em um estabelecimento comercial, no município de Guanambi, na quinta-feira (16), contra suspeitos de integrar um grupo criminoso do Rio de Janeiro, responsável pela lavagem de dinheiro, oriundo do roubo de veículos cometidos por traficantes integrantes daquela organização. 

As ações realizadas em Guanambi resultaram na apreensão de dois veículos, sete aparelhos celulares, dois notebooks, dois computadores, cinco folhas de cheque em branco, sete HD's, um pendrive e a quantia de R$ 9.800, em espécie, localizados em três residências e em um estabelecimento comercial dos suspeitos.

De acordo com as investigações da Polícia Civil carioca, a lavagem de dinheiro movimentou mais de 30 milhões em um ano, gerando forte impacto nos índices de furtos e roubos de veículos no Rio de Janeiro, para onde os materiais apreendidos foram encaminhados. As investigações têm continuidade naquele estado. 

Participaram das ações as equipes do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da 8ª Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e equipes do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e a Lavagem de Dinheiro (Draco), de Vitória da Conquista, e do Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Guanambi).

Ascom-PCBA / Marcela Correia

Presos líderes de grupo criminoso que atuavam no baixo sul

Envolvidos com os crimes de tráfico de armas e de drogas, latrocínios, roubos e homicídios, uma dupla de líderes de uma ramificação de uma organização criminosa do Rio de Janeiro, com atuação no baixo sul baiano, tiveram os mandados de prisão preventivas, cumpridos por policiais civis daquele estado, na cidade de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, na quinta-feira (16). Um dos presos é suspeito de diversos ataques e homicídios ocorridos em Valença e em Cairu. 

O grupo liderado pela dupla de criminosos atuava em de Morro de São Paulo, Gamboa do Morro, Galeão, Garapoá, Cova de Onça, Torrinhas, Tapoias, Canavieiras, Taperoá e Nilo Peçanha. As prisões são o resultado de investigações da 1ª Delegacia Territorial (DT/Valença), com a 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Valença). O coordenador da 5ª Coorpin, delegado José Raimundo Neri Pinto, detalhou a integração entre as polícias, para o resultado alcançado.

"A partir de todos os dados coletados nas apurações realizadas pela Polícia Civil da Bahia, tivemos esta ação integrada com a 65ª Delegacia de Polícia (65ª/DP) e a 134ª Delegacia de Polícia (134ª/DP) e Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) do Rio de Janeiro, cujo resultado foi a retirada de dois alvos prioritários, do convívio social da nossa região", comentou.

A 5ª Coorpin/Valença segue com apurações, utilizando recursos de inteligência policial, com o objetivo de identificar e prender demais integrantes do grupo criminoso. 

Ascom-PC/Tony Silva

Dezenas de porções de K9 são apreendidas em Tancredo Neves

Trinta e três porções de K9, dois pinos de cocaína, maconha, uma pedra média de crack, R$ 204, um veículo, um celular e dezenas de embalagens para acondicionar entorpecentes foram apreendidos nesta sexta-feira (17), em Tancredo Neves, por investigadores da 11ª Delegacia Territorial do bairro. Um homem foi preso em flagrante.

As diligências fazem parte de uma operação realizada na Rua Betel, para intensificar o combate ao tráfico de drogas naquela região. Os entorpecentes apreendidos estavam dentro de um veículo conduzido pelo suspeito. Ele também é investigado por furto de fios.

O flagranteado foi submetido aos exames de lesões de praxe, ficando à disposição da Justiça. As ações terão desdobramentos, com o objetivo de identificar e localizar outros envolvidos com o tráfico de drogas em Tancredo Neves.

Ascom-PC

Leite vê tentativa de criar governo paralelo no RS, e clima com gestão Lula fica azedo

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não chegou a fazer um agradecimento nominal ao presidente Lula (PT) durante o anúncio do pacote de ações federais para enfrentamento da crise no estado.

Na solenidade, ocorrida na quarta-feira (15) em São Leopoldo, Leite enfatizou a superação de divergências ideológicas e afirmou que as necessidades urgentes da população gaúcha serão atendidas com “o maior esforço de seu presidente, de seu governador e de prefeitos”.

A ausência de um agradecimento direto a Lula não passou despercebida por integrantes do Palácio do Planalto e foi interpretada como demonstração de contrariedade do tucano com a nomeação de Paulo Pimenta (PT) para a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

Aliados do governador admitem, sob reserva, que Leite ficou muito incomodado com a designação de um político com pretensões eleitorais no estado. O governador soube pela imprensa da nomeação de Pimenta, como informou a coluna Painel, da Folha.

Segundo esses aliados, o temor de Leite é que Lula queira criar um governo paralelo no estado, em que os ministros passem a discutir medidas diretamente com Pimenta, desviando do Palácio do Piratini.

Um integrante da equipe de Leite afirmou, na condição de anonimato, que o governo do estado não se opunha à constituição de uma autoridade desde que ela se limitasse ao acompanhamento das ações federais no Rio Grande do Sul.

Segundo relato, o Ministério da Fazenda já havia apresentado uma proposta segundo a qual caberia ao governo Lula a definição do destino dos recursos oriundos da suspensão do pagamento da dívida do estado com a União.

A Fazenda chegou a elaborar o texto em que o governo Leite se comprometeria a submeter à União a aplicação do dinheiro mantido nos cofres do estado graças à suspensão do pagamento da parcela da dívida. Mas Leite não concordou e convenceu Lula de que essa fórmula seria inviável diante da urgência de medidas para reconstrução do RS.

O medo agora é que a secretaria represente nova tentativa de controle dos recursos no estado. O mal-estar poderá se acentuar caso Pimenta indique o ex-prefeito Emanuel Hassen De Jesus, conhecido como Maneco Hassen, para a secretaria-executiva da autoridade federal.

O presidente do PSDB, ex-governador de Goiás Marconi Perillo, foi um dos porta-vozes dessa insatisfação. “Causou muita estranheza o fato de o presidente ter anunciado a autoridade federal sem ter sequer falado disso com o governador, que é a principal autoridade constitucional no estado”, afirmou.

Perillo disse esperar que essa autoridade apoie a reconstrução do Rio Grande do Sul, “com recursos que precisam ser destinados ao estado”.

“A gente espera que a ajuda seja em forma de transferência gratuita, ou seja, em doação, porque o estado não suporta mais operações de crédito. Então a gente espera que realmente essa autoridade possa ajudar e não atrapalhar”, disse.

Já o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que questionará, na Câmara dos Deputados, os fundamentos legais para a constituição desse ministério. Na opinião de Aécio, abre-se um precedente perigoso. “É uma intervenção no estado não prevista na Constituição”, disse ele.

Aécio pergunta se o PT consideraria razoável se o governo Jair Bolsonaro (PL) criasse secretarias extraordinárias nos estados brasileiros para combater a pandemia da Covid-19.

Segundo Aécio, o episódio começa com uma indelicadeza de Lula ao instituir a autoridade sem avisar ao governador do Rio Grande do Sul e pode acabar com uma imprudência.

O próprio Leite, entretanto, negou incômodos na relação com Pimenta. “Não contem comigo para disputa política, não contem comigo para disputa de vaidades, de egos, é em favor da sociedade. Temos uma população nesse momento que está sofrendo”, afirmou.

“Não temos o direito de permitir que qualquer tipo de diferença ideológica, programática, divisão política ou de aspiração pessoal possa interferir na nossa missão que atender essas pessoas. Vou me reunir em breve, inclusive com o ministro [Pimenta] e vamos atuar para que possamos coordenar essas ações conjuntamente”, concluiu.

Na cerimônia de quarta, Pimenta posou ao lado de Lula e Leite após o presidente assinar medida provisória que institui o vale reconstrução, apoio financeiro destinado a famílias de desabrigados. Os três ergueram o documento para fotos.

Na avaliação de um aliado de Leite, esse foi um retrato da politização da crise. Em seu discurso, o governador reafirmou pedido de anistia parcial da dívida do estado com a União e pregou a superação de diferenças políticas.

“Não permitiremos que haja diferença que nos impeça de atender às necessidades urgentes que serão atendidas com maior esforço do seu presidente, do seu governador e dos prefeitos e de cada um daqueles que escolheram a vida pública para servir a esta sociedade”, discursou.

Já o site oficial do Governo do Rio Grande do Sul destacou, do discurso de Lula, a afirmação de que a ação do governo federal não é um favor. A frase de Lula reproduzida na página do estado foi a seguinte: “O problema de uma cidade não é apenas dela: é do estado, do governo federal, da nação. O que estamos fazendo não é nenhum favor, pois é uma necessidade ajudar todos”.

Catia Seabra/Folhapress

Às vésperas da Marcha de Prefeitos, presidente da CNM diz que ajuda a municípios deve chegar por Pix

Às vésperas da 25ª Marcha de Prefeitos a Brasília, o gaúcho Paulo Ziulkoski, presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), se equilibra nas cobranças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): conseguir mais verbas federais diretamente para as cidades do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes e diminuir o impacto da reoneração gradual da folha de pagamentos nas negociações com o governo.

ZiulKoski afirma à Folha que os municípios ficaram para trás na ajuda federal ao Rio Grande do Sul e critica a burocracia num momento crucial de enfrentamento da emergência dos efeitos da tragédia. Ele defende repasses via o sistema do Pix.

“Queremos que o dinheiro chegue no mesmo dia, por Pix, lá na prefeitura em quantidade mínima para arrumar [por exemplo] uma estrada vicinal “, diz o presidente da CNM, que considera que faltou solidariedade efetiva do governo federal, nos primeiros dias da catástrofe, quando ocorreu a maior quantidade de mortes pelas enchentes.

“A União demorou. Eu não vou culpar o Lula porque não é pessoal. Faltou exatamente a dimensão da gravidade do problema nos primeiros dias, quando houve a grande mortandade dos desaparecidos”, diz.

Já nas negociações da tributação da folha de pagamento dos servidores municipais, os prefeitos pedem que a reoneração não ultrapasse a alíquota de 14%. Elas querem que esse valor seja permanente para todos os municípios, em vez de uma alíquota de 20%.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) já aceitou manter a alíquota com a desoneração, em 8%, em 2024, mas cobra que ela volte ao patamar normal de 20% nos próximos anos. “Ele [Haddad] vai aceitar”, diz Ziulkoski.

A CNM quer um Refis (parcelamento) de débitos previdenciários, solução para precatórios e equiparação das regras da reforma da Previdência da União para os municípios com a aprovação da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 66 de sustentabilidade fiscal. Esses pontos foram acertados com o governo e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A expectativa dos prefeitos é grande com a presença, já confirmada pelo Palácio do Planalto, do presidente Lula na abertura da marcha, na próxima terça-feira (21). “O Lula vai estar lá e vai anunciar alguma coisa”, aposta o presidente da CNM.

A marcha é o maior evento anual do municipalismo brasileiro, movimento político que trabalha no Congresso para ampliar a partilha das receitas para o poder local. São esperados mais de 8.000 participantes, entre prefeitos, vereadores e auxiliares.

Durante a semana do evento, prefeitos lotam os hotéis de Brasília, e o que chama mais atenção são as filas que se formam do lado de fora do Congresso de prefeitos em romaria nos gabinetes de deputados e senadores na busca de emendas parlamentares para suas cidades. Em ano de eleições municipais, como agora, as demandas se multiplicam.

Como mostrou a Folha, o Palácio do Planalto estava preocupado com o impacto da marcha após a decisão do governo de judicializar a desoneração da folha no STF (Supremo Tribunal Federal). Uma solução foi cobrada pelo presidente até o dia 20, o que já fez o ministro Haddad ceder em manter a desoneração dos municípios em 2024, com um custo de R$ 7,2 bilhões neste ano. Falta ainda negociar a trajetória de reoneração e o patamar final da alíquota.

A decisão foi anunciada na quinta-feira (16) após reunião de Haddad com o presidente Pacheco e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Haddad não ficou para entrevista.

Ziulkoski nega que a CNM esteja aproveitando a crise no Rio Grande do Sul para pressionar pela desoneração, misturando os dois temas, para se aproveitar da situação. Segundo ele, a situação gaúcha demanda fortalecimento dos municípios.

“Ficamos bem para trás e agora estamos reagindo. O governo sabe do desgaste que está tendo com os prefeitos”, diz. “Para a prefeitura, não teve, em termos de dinheiro [do socorro de R$ 51 bilhões], praticamente nada”, aponta.

Segundo ele, dada a urgência da crise, não faz sentido neste momento requerimentos e ofícios para cadastramentos de municípios que estão completamente devastados. “Por que o município tem que requerer? É uma burocracia. A prefeitura não é um privado que vai pegar o dinheiro e beber cachaça. Ele vai ter que prestar conta depois onde botou aquele dinheiro?”, questiona. “Ficam duvidando que o prefeito é desonesto.”

O presidente da CNM diz concordar com o governo da necessidade de saber ainda quanto será preciso para a reconstrução do estado. Mas usando uma metáfora, ele diz que é preciso “almoçar” primeiro. “Não quero churrasco de picanha. Me manda pescoço que eu preciso comer me manda lá, R$ 100 mil, R$ 500 mil para os municípios”, diz.

Ele defende que sejam repassados R$ 1 milhão por município. Depois, as prefeituras terão que prestar contas do que gastaram.

No rol das negociações da desoneração, a CNM defende também a aprovação da PEC como solução para os problemas previdenciários dos municípios e quer já incluir no texto constitucional o valor da alíquota de 14%. Pelos cálculos da entidade, os municípios têm R$ 248 bilhões de dívida previdenciária e R$ 198 bilhões de débitos de precatórios.

“A reforma da previdência que fizeram para União, não fizeram para os servidores municipais”, ressalta. Um dos pleitos é estender com a PEC para os municípios as mesmas regras. ” Foi um crime [deixar os municípios de fora da reforma]. O prefeito não consegue fazer a reforma lá com a Câmara. Isso alivia 2.200 municípios”, diz.

Adriana Fernandes/Folhapress

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 30 milhões

As seis dezenas do concurso 2.726 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá a transmissão ao vivo pelo canal Caixa no YouTube e no Facebook das loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 30 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Agência Brasil

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