Polícia Federal apura responsabilidade por incêndios em todo o país

 A PF instaurou neste domingo (25/8) dois inquéritos policiais para apurar as causas dos incêndios ocorridos no estado de São Paulo nos últimos dias.
Brasília/DF. A Polícia Federal (PF) instaurou neste domingo (25/8) dois inquéritos policiais para apurar as causas dos incêndios ocorridos no estado de São Paulo nos últimos dias.

Atualmente, a PF está conduzindo investigações em várias regiões do Brasil para identificar os responsáveis por incêndios que afetam diversas áreas do país. Outras investigações podem ser abertas nos próximos dias.

As Delegacias de Meio Ambiente (DMAs) e Delegacias descentralizadas da Polícia Federal estão ativamente mobilizadas, monitorando de perto a situação dos incêndios nas suas respectivas jurisdições. A coordenação dessas ações é realizada pela Diretoria de Amazônia e Meio Ambiente, sediada em Brasília.

A PF tem atribuição de atuar em casos de incêndios provocados por ação criminosa, especialmente em áreas de especial proteção, territórios indígenas ou em situações de interesse da União, como nos casos em que haja prejuízo ao funcionamento de aeroportos.

A investigação dos incêndios conta com o suporte de imagens de satélites, disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, possibilitando a identificação dos focos e a determinação das causas dos incêndios.

A PF trabalha de forma integrada com outras agências federais, como o IBAMA e o ICMBio, e com as polícias estaduais, para garantir a eficiência das investigações.

Coordenação-Geral de Comunicação Social

Governo Lula acelera concessões de rodovias e tenta atrair empresas em meio a baixa concorrência


Com oito leilões de rodovias federais marcados ou previstos para este segundo semestre, o governo vai acelerar as concessões sob a nova modelagem de outorga, adotada no ano passado na tentativa de atrair mais concorrentes. As estradas a serem desestatizadas estão localizadas em estados como Goiás, Minas Gerais e Paraná e terão prazo de concessão de 30 anos.

No próximo dia 29 de agosto, o Ministério dos Transportes e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizarão o leilão de um trecho de 303,4 km da BR-381 que se estende de Belo Horizonte a Governador Valadares (MG). A estrada é conhecida como “rodovia da morte” por apresentar um alto índice de acidentes.

Em 2023, o governo Lula (PT) já havia tentado leiloar o trecho, que não recebeu propostas e, por isso, teve o certame adiado. No ano passado, uma série de leilões de estradas, portos e aeroportos registrou pouca concorrência, com apenas dois candidatos na maioria dos casos.

No modelo de leilões de rodovias adotado pela gestão Lula, os interessados dão lances de desconto em relação à tarifa básica de pedágio, e o pagamento de aporte (caução) é necessário, somente, quando o corte na tarifa prometido é de 18% ou mais. A partir desse patamar há a incidência de aporte de recursos para cada 1% de deságio apresentado, de forma cumulativa.

Os recursos do aporte irão inteiramente para a conta da concessão e serão utilizados, por exemplo, na execução de obras não previstas.

Procurado pela reportagem, o Ministério dos Transportes disse que os dois leilões realizados em 2023, de rodovias paranaenses, foram “muito exitosos, com a participação de dois novos entrantes, os grupos Pátria e EPR, que ainda não tinham concessões federais”. De acordo com a pasta, o primeiro leilão deste ano, o da BR-040, teve o maior número de participantes desde 2018, com quatro proponentes.

“É preciso lembrar que durante quatro anos a gestão passada realizou apenas seis leilões rodoviários”, afirmou em nota a pasta, que projeta R$ 73 bilhões em investimentos com leilões e relicitações deste ano.

Especialistas ouvidos pela Folha apontam que, apesar de a nova modelagem ser benéfica, outras medidas poderiam tornar os leilões de rodovias mais atrativos para a iniciativa privada.

Na visão de Claudio Frischtak, sócio da consultoria internacional de negócios Inter.B, uma alternativa seria aumentar o prazo do contrato, para que as concessionárias tenham mais tempo de perceber retorno dos investimentos. Ele diz que, além de estarem sujeitas a uma grande pressão do poder público, o setor rodoviário também sofre com o vandalismo nas estradas, o que eleva os gastos das concessionárias.

“A complexidade de operar uma rodovia no país é muito grande. Mesmo sistemas de mobilidade urbana de média e alta densidade têm menos interferência. Operar um metrô é relativamente mais fácil [do que uma rodovia]”, afirma Frischtak.

Segundo o advogado especialista em infraestrutura Fernando Vernalha, os atuais projetos de concessões de rodovia não têm números tão atraentes para o setor privado e se tornam menos interessantes do que outros investimentos. “Tem que dar retornos interessantes para o investidor travar o capital dele num projeto de longo prazo. Tem que ter um prêmio que seja satisfatório.”

Ele aponta como uma alternativa a concessão de trechos menores, o que ampliaria a quantidade de empresas com capacidade de concorrer pela licitação, diz.

Para Marco Aurélio Barcelos, diretor-presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), os novos contratos são mais maduros em relação a projetos de anos atrás. Ele afirma que as novas concessões já discutem riscos que as concessionárias não podem prever, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a pandemia de Covid.

“Os riscos extraordinários equivalem a incertezas que ninguém consegue identificar ou entender. Se eles vierem [a acontecer], o prejuízo não vai ser suportado pela concessionária. Você tira essa zona cinzenta do contrato e permite que as propostas sejam mais bem elaboradas e que não haja nenhuma surpresa ao longo da vigência do contrato”, diz.

O governo federal já realizou três leilões sob as novas regras de modelagem, segundo a ANTT. O primeiro deles, em agosto do ano passado, concedeu 473 km de rodovias no Paraná para o Infraestrutura Brasil Holding XXI por um prazo de 30 anos. O consórcio, controlado pelo Grupo Pátria, ofereceu um desconto de 18,25% na tarifa por quilômetro rodado.

No mês seguinte, o governo fez o leilão de mais 605 km de estradas no Paraná. Único interessado, o Consórcio Infraestrutura PR (associação entre as companhias EPR e Perfin Voyager) ofereceu 0,08% de desconto na tarifa.

Em abril deste ano, o trecho da BR-040 que liga Belo Horizonte a Juiz de Fora (MG) foi arrematado pelo Consórcio Infraestrutura MG, parte do grupo EPR.

O ganhador propôs desconto de 11,21% na tarifa de pedágio. A CCR e a Vetor Norte, outras concorrentes, ofereceram deságios de 1% e 0%, respectivamente. Como o lance da EPR foi significativamente maior, o leilão não chegou à etapa viva-voz, quando os proponentes vão aumentando suas propostas.

O consórcio Azevedo & Travassos chegou a apresentar proposta pela rodovia, mas foi inabilitado.

O governo marcou para setembro o leilão de outra parte da BR-040, chamado de Rota dos Cristais, que vai de Belo Horizonte (MG) a Cristalina (GO). Com 594 km de extensão, o trecho registra 70 mil veículos por dia, dos quais 68% são caminhões, segundo a ANTT.

Em outra frente, o Ministério dos Transportes tenta fazer a repactuação de contratos de rodovias considerados “estressados”, jargão usado para quando a remuneração do pedágio não é suficiente para a concessionária tocar os investimentos necessários.

“Essas concessões, que acabaram entrando em crise e agora estão numa agenda de repactuação, foram prejudicadas em função disso [modelo insustentável financeiramente]. Muitos investimentos em benefício dos usuários não foram feitos pela incapacidade econômica, por vários motivos, mas também por causa de lances que foram muito agressivos e em função da modelagem da licitação que foi adotada”, diz o advogado Fernando Vernalha.

Paulo Ricardo Martins, Folhapress

Governo vê indícios de crime e pede que PF investigue incêndios em SP


A Polícia Federal abriu dois inquéritos neste domingo (25) para investigar suspeita de ação criminosa nos incêndios que afetam o estado de São Paulo.

A informação foi repassada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo a ministra, o fato de os incêndios em São Paulo se intensificarem em dois dias é um sinal de ação humana.

“Nós mobilizamos nossas 15 delegacias [da Polícia Federal] no interior de São Paulo, nossa superintendência regional, para que a gente possa identificar as queimadas que ocorrem naquele estado. As conclusões finais só poderão ser trazidas ao público com a finalização dos inquéritos policiais”, disse Andrei.

Mais cedo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já havia dito que a Polícia Civil de São Paulo investigava dois casos de possíveis incêndios criminosos.

Marina Silva disse que os incêndios são atípicos porque dezenas de municípios de São Paulo registraram grandes incêndios em poucos dias. “Isso não faz parte da nossa curva de experiência, da nossa trajetória de tantos anos de abordagem do fogo”, disse a ministra.

Ela comparou o cenário atual com àquele do “dia do fogo”, de 2019, quando produtores rurais da região Norte fizeram movimento conjunto para incendiar áreas da Amazônia

“Do mesmo jeito que nós tivemos o ‘dia do fogo’, há uma forte suspeita de que agora esteja acontecendo o mesmo”, afirmou Marina.

As declarações foram dadas após visita do presidente Lula (PT) à sede do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), em Brasília. O presidente foi ao local para acompanhar a situação das queimadas em São Paulo na sala do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), a principal estrutura do instituto para o combate a incêndios.

Ele foi acompanhado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, pela primeira-dama Janja e pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Marina Silva negou que o governo tenha sido negligente com o aumento das queimadas. Ela destacou que, com o cenário climático do fim de agosto —com forte seca e baixa umidade—, o combate aos incêndios é dificultado.

“Mesmo colocando tudo que está à disposição dos governos estaduais e municipais, dos esforços privados e do governo federal: se não parar de colocar fogo em um período em que a temperatura é alta, baixa umidade relativa do ar, ventos que vão até 70 km/h, não há como conter o fogo”, disse a ministra.

Lula decidiu visitar a sede do Ibama após o estado de São Paulo registrar 21 focos ativos de incêndios neste domingo. Ele disse nas redes sociais que o Ibama não registrou nenhum incêndio por causas naturais em São Paulo.

“Significa que tem gente colocando fogo de maneira ilegal, uma vez que todos os estados do país já estão avisados e proibiram uso de fogo de manejo”, disse.

O governo brasileiro recebeu nos últimos dias pedido de ajuda do governo da Bolívia para o combate aos incêndios florestais no país. Os bolivianos convivem este ano com número recorde de queimadas.

Segundo Marina Silva, o Brasil disse que não conseguiria ajudar o país vizinho porque emprega todas suas aeronaves e pessoal nos incêndios no Brasil.

A gestão Tarcísio de Freitas emitiu alerta de queimadas em 46 municípios. A fumaça dos incêndios em São Paulo percorreu estados do Sudeste e do Centro-Oeste nas primeiras horas deste domingo. O céu de Brasília amanheceu encoberto.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a fumaça que tomou a capital federal é resultado dos incêndios em São Paulo. Houve alteração de quase 180º no vento, que empurrou os efeitos da queimada para o Centro-Oeste.

Goiânia (GO) e Uberlândia (MG) também registraram fumaça no ar em decorrência das queimadas.

Os incêndios deixaram caos em cidades paulistas, com fuligem e muita fumaça no ar. São Paulo teve neste ano, até 23 de agosto, 4.973 focos. É o maior número registrado desde 1998, quando o Inpe (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Espaciais) iniciou o monitoramento dos focos por satélite. As chamas também são registrados no Triângulo Mineiro, onde fábrica teve de ser evacuada

As Forças Armadas atuam no combate às queimadas. A Força Aérea disponibilizou a aeronave KC-390, já equipada para emprego contra queimadas, para apoio em Ribeirão Preto (SP). Dois helicópteros da Marinha e dois do Exército também foram enviados para o estado.

Algumas aeronaves, porém, ainda sequer decolaram tamanha a quantidade de fumaça no céu de São Paulo. A Força Aérea analisa em tempo real as condições meteorológicas para autorizar o voo do KC-390.

As polícias militares de São Paulo já prenderam duas pessoas suspeitas de atearem fogo em Batatais (SP) e São José do Rio Preto (SP). O primeiro caso é de um homem de 41 anos flagrado colocando fogo em mata seca no bairro de Araras, em Batatais.

O segundo caso é de um idoso de 76 anos suspeito de atear fogo em lixo. Outros suspeitos de iniciar focos de incêndio são investigados em municípios de São Paulo.

Cézar Feitoza, Folhapress

FAB cede avião para auxiliar no combate ao fogo no interior paulista

Foto: FAB/Divulgação
A Força Aérea Brasileira (FAB) designou uma aeronave KC-390 Millennium, operada pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) para auxiliar no combate às queimadas no interior de São Paulo. No final da noite de ontem o avião chegou ao Aeroporto de Ribeirão Preto, cidade mais atingida pelos incêndio.


“Hoje nós teremos helicópteros do Exército, helicópteros da Marinha, o KC, da Força Aérea, que vai ser decisivo pela capacidade que ele tem de transportar uma grande quantidade de água”, disse o governador Tarcísio de Freitas, em entrevista à imprensa. “Teremos aqui, também, militares da engenharia. Vamos atuar nas estações ecológicas, nas unidades de conservação para que a gente possa extinguir o mais rápido possível esse incêndio”, completou Tarcísio.

A aeronave é equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System), que fornece a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate ao fogo em voo.

Por conta da gravidade da situação, o governo de São Paulo decretou situação de emergência em 45 cidades por causa dos incêndios florestais e anunciou o uso de aviões das Forças Armadas para conter as chamas, principalmente em Ribeirão Preto, onde a situação é mais grave. O governo estadual montou um posto avançado de monitoramento na cidade.

Segundo o monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, 21 cidades enfrentam focos ativos de incêndio. Ao todo, são 46 municípios que estão sendo monitorados e estão em alerta máximo para queimadas. As localidades em questão sofrem com baixa umidade do ar e elevado risco devido à onda de calor que afeta todo o estado.

Segundo o governo do estado, quem teve a casa atingida pelo fogo está acomodado em abrigos. Também estão sendo enviados enviados: colchões, água, kit de higiene, cesta básica, entre outros itens.

Agência Brasil
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Intermunicipal – Acompanhe a partida entre Seleção de Ipiaú X Seleção de Ibirapitanga

A Seleção de Ipiaú recebe no estádio Pedro Caetano a equipe de Ibirapitanga pela sexta rodada do Intermunicipal 2024. É o primeiro encontro da seleção ipiauense com a sua torcida, já que as duas primeiras foram com portões fechados devido a uma punição imposta pela Federação Bahiana de Futebol. Giro Ipiaú

Cão policial encontra drogas na orla de Porto Seguro

Na tarde de sábado (24), policiais militares do 8º BPM, com apoio de um cão farejador, apreenderam drogas na Orla Norte, em Porto Seguro.

Os pms desenvolviam ações de patrulhamento ostensivo na região, quando dois suspeitos foram avistados próximo a uma cabana, e, ao perceberem a presença da polícia, fugiram. Foi realizada uma busca no local e o cão farejador Baruk, que estava na companhia da equipe, encontrou, enterradas na areia, 53 porções de crack, 18 de cocaína e 14 embalagens com maconha.

Todo o material apreendido foi encaminhado à delegacia que atende à região, para a adoção das medidas cabíveis

Crise do lixo no Brasil mistura desperdícios e oportunidades

Produção só cresce, sistema é falho e soluções geram novos negócios e proteção ambiental

No Brasil, a gestão de resíduos é uma coleção de desperdícios e danos tanto quanto de oportunidades de geração de trabalho e novos negócios que melhoram a saúde da população e do meio ambiente.
O país produz quase 80 milhões de toneladas de lixo por ano. Resíduos orgânicos são quase metade disso. Poderiam ser recuperados e transformados em adubo e fertilizantes por métodos como a compostagem.

No país das commodities agrícolas, só 76 cidades declaram ter unidades municipais de compostagem e estima-se que menos de 1% dos resíduos tenha esse destino.

O restante, misturado a outros resíduos e seus contaminantes, pode ir parar num lixão. Sem custo e com grandes danos ambientais ao solo, à água e à atmosfera (porque liberam metano, um dos gases de efeito estufa responsáveis pela crise climática), eles ainda somam mais de 1.500 no país.

Em geral, resíduos são aterrados com proteções ambientais e custo por tonelada. Nesses aterros sanitários, o metano produzido pela decomposição pode ser recuperado para a produção de energia e biocombustível, mas aqueles equipados para isso ainda são minoria no país.

Somente 4% dos resíduos são reciclados, a maioria coletada por catadores que não recebem pelo serviço ambiental prestado, e sim por quilo de material, o que leva à escolha daquele de maior valor.

É valorizado o resíduo que tem tecnologia de transformação e indústria recicladora, ainda muito restrita a Sul e Sudeste do país. A circularidade ocorre quando o produto final da reciclagem retorna para a cadeia produtiva, evitando a extração de novos recursos da natureza.

Fernanda Mena, Folhapress

Angela Dias entrevista pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal


A nutricionista e repórter Angela Dias esteve, neste domingo (23), com o pré-candidato a Prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, o qual realizou um POVOCAST com a população presente em uma das principais ruas da cidade, a Avenida Paulista.

Pablo anunciou o evento através das redes sociais. O pré-candidato esteve em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o MASP para receber e falar com a população paulistana.

Em entrevista coletiva à imprensa, o Programa Hora da Fama representado pela repórter Angela Dias da Rede TV e Emanuele Martins do SBT pode esclarecer dúvidas e saber opiniões com Pablo Marçal.

Entre os assuntos estava empreendedorismo, saúde e educação. Em resposta, o candidato falou sobre guerra política e partidária. “Não tem a ver com direita e esquerda, quem precisa de emprego não pergunta se o empresário é de direita ou de esquerda”. 

A repórter Angela Dias, como Nutricionista Integrativa e Terapeuta Quântica questionou Pablo sobre Saúde Pública no estado e como levar a longevidade com qualidade de vida para a população que utiliza do Sistema Único de Saúde, o SUS. “Não temos Ministério da Saúde, temos ministério da doença onde gasta-se bilhões para remediar problemas. Nós vamos criar duas pernas na esfera municipal: da secretaria da saúde ensinando nutrição, longevidade, importância na prática de atividade física nas escolas, aprendendo a cuidar da própria vida”.

Assista a entrevista no youtube

https://youtu.be/I4Ua46EUHQw.

Pablo Marçal

Pablo Marçal é um empresário, coach motivacional e influenciador digital. Com 37 anos ele é natural de Goiânia.

Ganhou destaque nas redes sociais por palestras e conteúdos motivacionais. Nas eleições de 2022, tentou candidatar-se à Presidência pelo PROS, mas teve a candidatura impugnada. Mais tarde, concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas não obteve sucesso devido a questões legais.

Recentemente Marçal foi oficializado como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB.
Fonte: Repórter Angela Dias da Rede TV

Israel bombardeia Líbano após detectar ataques iminentes do Hezbollah


Israel bombardeou o sul do Líbano na madrugada deste domingo (25) após identificar preparativos do grupo terrorista Hezbollah para lançar “grandes ataques”. De acordo com o jornal The Times of Israel, a mídia libanesa relatou cerca de 40 ataques israelenses na região.

Segundo informações da agência de notícias AFP, o exército israelense emitiu um alerta para que os moradores da região sul do Líbano se retirassem imediatamente de suas casas. No comunicado, a força armada disse que estava “monitorando os preparativos do Hezbollah para realizar grandes ataques em território israelense perto de suas casas”.

Horas depois, Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), disse que o país se preparava para que na sequência o grupo terrorista realizasse um ataque em larga escala, o que se confirmou no início da manhã. De acordo com as IDF, cerca de 210 foguetes e 20 drones foram lançados do Líbano em direção ao norte de Israel.

Logo em seguida, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu se manifestou dizendo que fará “tudo o que for necessário” para garantir a segurança dos habitantes da região. O conflito escala ainda mais a tensão no Oriente Médio.

Ataque de Hezbollah é retaliação por assassinato de comandante

O Hezbollah lançou centenas de foguetes e drones contra Israel no domingo em retaliação pelo assassinato de um comandante sênior em Beirute no mês passado, disse o movimento apoiado pelo Irã, enquanto o gabinete de Israel se reuniu para preparar uma resposta.

O exército israelense disse ter frustrado um ataque muito maior com ataques preventivos depois de avaliar que o Hezbollah estava se preparando para lançar a barragem.

A violência de domingo foi uma das maiores trocas de fogo desde o início das hostilidades entre Israel e o Hezbollah em paralelo com a erupção da guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas em Gaza.

Cerca de 100 jatos israelenses atingiram mais de 40 locais de lançamento do Hezbollah no sul do Líbano pouco antes dos ataques, destruindo milhares de tubos de lançamento que estavam principalmente direcionados ao norte de Israel, mas com alguns alvos em áreas centrais, disse o exército israelense em um comunicado.

O Hezbollah disse ter lançado drones e mais de 320 foguetes Katyusha em direção a Israel e atingido 11 alvos militares. Disse que a barragem completou “a primeira fase” de sua resposta ao assassinato de Fuad Shukr, um comandante sênior, em Beirute no mês passado, mas que a resposta completa levaria “algum tempo”.

Ele rejeitou a versão de Israel sobre os ataques preventivos, mas disse em um comunicado que sua operação militar foi concluída com sucesso para o dia. As expectativas de uma escalada entre os dois lados aumentaram desde que um ataque com mísseis nas Colinas de Golã ocupadas por Israel no mês passado matou 12 jovens e o exército israelense assassinou Shukr em Beirute em resposta.

O gabinete de Israel se reuniu às 7h do horário local, anunciou o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas não houve detalhes imediatos sobre qualquer resposta adicional de Israel.

“Estamos determinados a fazer tudo o que for possível para defender nosso país, devolver os residentes do norte em segurança para suas casas e continuar a manter uma regra simples: Quem nos prejudica – nós o prejudicamos”, disse Netanyahu em um comunicado.

O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que Israel responderia aos desenvolvimentos no terreno, mas não buscava uma guerra em grande escala. A maioria dos ataques israelenses atingiu alvos no sul do Líbano, mas o exército estava pronto para atacar em qualquer lugar onde houvesse uma ameaça, disse um porta-voz militar israelense.

Gallant declarou estado de emergência, e os voos de e para o aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv foram suspensos por cerca de 90 minutos, mas a autoridade dos aeroportos disse que as operações normais deveriam ser retomadas até as 7h.

Grupo anuncia que seu grande ataque para este domingo terminou
O Hezbollah libanês anunciou que sua operação militar em larga escala contra alvos militares israelenses, com o uso de drones e foguetes, “terminou” neste domingo e alcançou seus objetivos.

“Nossa operação militar terminou hoje e alcançou” seus objetivos, indicou o movimento pró-iraniano em um comunicado. As alegações israelenses “sobre as ações preventivas que realizou (…) e o fracasso do ataque da resistência são alegações vazias”, acrescentou o grupo islamita.

Conflito regional

A escalada entre Israel e Hezbollah tem gerado temores de um conflito regional mais amplo, potencialmente envolvendo tanto os Estados Unidos quanto o Irã. A Casa Branca disse que o presidente Joe Biden estava acompanhando de perto os acontecimentos.

“Sob sua direção, autoridades sêniores dos EUA têm se comunicado continuamente com seus homólogos israelenses. Continuaremos apoiando o direito de Israel de se defender, e continuaremos trabalhando pela estabilidade regional”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett.

Os ataques ocorreram enquanto negociadores se reuniam no Cairo em um esforço de última hora para concluir uma cessação dos combates em Gaza e o retorno de reféns israelenses e estrangeiros em troca de prisioneiros palestinos.

Hezbollah disparou mísseis contra Israel imediatamente após os ataques de 7 de outubro por atiradores do Hamas em Israel. Hezbollah e Israel têm trocado tiros constantemente desde então, evitando uma escalada maior enquanto a guerra continua em Gaza ao sul.

Esse equilíbrio precário pareceu mudar após o ataque nas Colinas de Golã, pelo qual o Hezbollah negou responsabilidade, e o subsequente assassinato de Shukr, um dos comandantes militares mais graduados do Hezbollah.

A morte de Shukr em um ataque aéreo foi rapidamente seguida pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, o que levou a promessas de retaliação contra Israel pelo Irã.

Vitória de Góes, Folhapress

Rússia e Ucrânia trocam 230 prisioneiros de guerra

O intercâmbio ocorre duas semanas após o Exército da Ucrânia iniciar uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk

A Ucrânia e a Rússia fizeram neste sábado, 24, a troca de 230 prisioneiros, 115 de cada lado, em uma nova negociação mediada pelos Emirados Árabes Unidos. O intercâmbio ocorre duas semanas após o Exército da Ucrânia iniciar uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk.

Segundo Kiev, os 115 militares ucranianos libertados eram recrutas, a maioria capturada nos primeiros meses da invasão da Rússia. Entre eles estão quase 50 soldados levados da siderúrgica Azovstal em Mariupol.

O Ministério da Defesa russo, por sua parte, disse que seus 115 soldados haviam sido capturados na região de Kursk e foram enviados agora para Belarus, mas devem ser transferidos para a Rússia para tratamento médico e reabilitação.

Esta foi a 55ª troca de prisioneiros desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala ao seu vizinho. A última grande operação do tipo havia sido em janeiro. Nem a Ucrânia nem a Rússia revelam quantos prisioneiros de guerra existem no total.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Associated Press, Estadão Conteúdo

Mais de 95% das armas registradas no Brasil estão nas mãos dos homens


Dados da Polícia Federal mostram que quase 100% das armas registradas no país estão nas mãos de homens no Brasil. Dados da corporação mostram que, de 1,2 milhão de armas cadastradas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas) e com registro ativo, 95,9% pertencem a homens.


A base de dados inclui armas de caçadores de subsistência, armas de cidadãos comuns para defesa pessoal, seguranças e servidores públicos.

Esse padrão se repete no caso de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) que tiveram as armas recadastradas na PF em 2023. São 468.043 homens com armas, contra 17.637 mulheres e 571 pessoas que não quiseram informar, representando um percentual similar.

O governo do presidente Lula (PT) determinou no ano passado que todas as armas de CACs, que ficam na base de dados do Exército, fossem recadastradas no Sinarm, administrado pela Polícia Federal.

A norma se aplica a todas as armas adquiridas a partir de maio de 2019, quando começaram as flexibilizações durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A análise da Folha não considerou as armas cadastradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas) que não foram compartilhadas com a PF. É nessa base de dados do Exército que estão registradas as armas das Forças Armadas, instituições de segurança pública e todos os CACs.

Enquanto essas armas se concentram nas mãos de homens, esses artefatos tanto do mercado legal quanto ilegal já foram usados em 65% dos homicídios e feminicídios de mulheres no país.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 mostram que houve 3.930 homicídios de mulheres no país em 2023, sendo 1.467 feminicídios.

Dentre esses casos, 63,6% foram causados por arma de fogo, seguidos por arma branca (18,7%), espancamento (5,1%), objeto contundente (3,3%) e outros (9,4%).

Pesquisas mostram que a presença de armas de fogo pode agravar a violência doméstica.

“Nos casos práticos, vemos que essa arma é raramente usada com sucesso para defesa patrimonial ou proteção da vida da família, mas sim para violência doméstica, cuja face mais evidente é o feminicídio, especialmente de mulheres que buscam terminar a relação”, diz Bruno Langeani, consultor sênior do Instituto Sou da Paz. “Também ocorrem agressões e ameaças silenciosas, onde a arma é usada para coagir a vítima a não procurar a polícia.”

Roberto Uchôa, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que muitos homens aderem a uma expectativa rígida da masculinidade tradicional, que inclui características como agressividade e dominância.

Segundo ele, isso pode levar muitos desses homens a buscar validação por meio de comportamentos que sigam essas normas, incluindo o uso de armas de fogo. No entanto, estatísticas indicam que a presença de armas em lares pode aumentar o risco de violência doméstica e acidentes.

“Assim, a conexão entre masculinidades frágeis e o uso de armas de fogo não apenas perpetua estereótipos perigosos, mas também pode exacerbar a violência dentro dos lares, onde mulheres e crianças tendem a ser as principais vítimas, o que pode explicar por que mulheres não aderiram às armas de fogo”, acrescenta Uchôa.

Para Langeani, o perfil dos compradores e possuidores de armas também deveria estar sendo analisada criteriosamente pelo governo para pensar em campanhas de comunicação que ajudem na redução da demanda.

O decreto de Lula (PT) deu um freio à flexibilização de normas adotada no governo Bolsonato, que resultou no aumento do número de armas e munições em circulação.

Uma das mudanças que vieram com a nova norma é a transferência dos CACs para a Polícia Federal. Um relatório recente do TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que o Exército falhou em suas atribuições.

Relatório mostrou que 5.200 condenados pela Justiça conseguiram obter, renovar ou manter o registro de CAC no Exército entre 2019 e 2022. Eles respondiam principalmente a acusações por porte ou posse ilegal de armas, lesão corporal e tráfico de drogas.

Raquel Lopes, Folhapress

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