SSP encerra Curso Avançado de Nivelamento para Guardas Municipais

A Secretaria da Segurança Pública, por meio da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial (SIAP), concluiu nesta sexta-feira (27), a edição avançada do Nivelamento Interfederativo em Segurança Pública para Guardas Municipais.

O evento teve a participação de profissionais de 31 municípios baianos e contou com aulas teóricas e práticas das matérias Cadeia de Custódia de Vestígios, Sobrevivência em Situação de Risco, Estratégias de Abordagem a Veículos, Fundamentos da Inteligência, Gerenciamento de Crise, Operações Integradas, entre outras.

Certificados de participação foram entregues para os guardas municipais que concluíram a capacitação.

 O coordenador executivo da SSP, Olinto Marcelo, ressaltou a importância do Nivelamento, explicando que o maior patrimônio das instituições é o servidor.

 Vamos em paz, que Deus nos abençoe, e que façamos um mundo melhor, e lembrem-se: a vida é curta demais para ser pequena”, enfatizou Olinto, durante a entrega dos certificados.

O superintendente da SIAP, delegado André Barreto, explicou que a capacitação permitiu o compartilhamento de técnicas, recursos e estratégias com as Guardas Civis Municipais, promovendo um trabalho em conjunto de conhecimento que aborda a prevenção e autoproteção dos agentes.

“Essa abordagem integrada potencializa a eficácia das políticas de segurança pública, contribuindo para a construção de cidades mais seguras através da ação coordenada entre as Forças”, disse Barreto.

Texto: Maiara Giudice / Ascom SSP

PF em ação conjunta com BPFRON e BOPE apreendem veículo carregado com 303,5kg de maconha

Guaíra/PR. Nesta sexta-feira (27/9), durante uma operação conjunta, policiais federais e policiais militares do BPFRON e BOPE-PM/PR realizavam patrulhamento quando avistaram um indivíduo colocando um fardo de cor amarela dentro de um veículo estacionado na garagem de uma residência. Ao perceber a presença das equipes, dois indivíduos correram para o fundo da casa, pulando muros e tomando rumo desconhecido, enquanto outros dois permaneceram no local.

Após a abordagem, as equipes inspecionaram o veículo e encontraram os fardos, que continham maconha. A droga foi pesada e totalizou 303,5 kg.

Diante dos fatos, os envolvidos, juntamente com o veículo e todo o material apreendido, foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Guaíra/PR para os procedimentos subsequentes.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

‘Chegou a hora de Feira dar uma oportunidade a Zé Neto’, diz Rui Costa durante caminhada

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), reafirmou, neste sábado (28), seu apoio ao candidato a prefeito da coligação “Pra Fazer o Futuro Acontecer”, Zé Neto (PT), e conclamou que “chegou a hora de Feira de Santana dar uma oportunidade” ao petista nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

A declaração foi dada por Rui Costa durante a “Caminhada da Mudança”, no centro da cidade, ao lado de Zé Neto e do candidato a vice-prefeito Sandro Nazireu.

“Eu acho que depois de tantos e tantos anos, chegou a hora de Feira de Santana dar essa oportunidade a Zé Neto. Esse é um pedido meu, do presidente Lula, do governador Jerônimo, dos senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, para que possamos juntos cuidar ainda mais das pessoas numa aliança para fazer as coisas acontecerem em Feira com Zé Neto prefeito. Eu não tive essa oportunidade quando fui governador, mas acredito que Jerônimo e Lula merecem. Por isso, eu peço que o povo de Feira vote 13 para prefeito no próximo dia 6 de outubro, pra gente começar uma nova história de desenvolvimento na nossa Princesa do Sertão”, enfatizou o ministro.

Fuzil, submetralhadoras, espingarda e pistola são apreendidos com integrantes de facção em Santo Amaro

 Equipes da Rondesp Recôncavo e da 20a CIPM alcançaram traficantes durante tentativa de ataque.

Fuzil, submetralhadoras, espingarda, pistola, carregadores e munições foram apreendidos com integrantes de uma facção, na cidade de Santo Amaro, na região do Recôncavo Baiano. Equipes da Rondesp Recôncavo e da 20a CIPM alcançaram um “bonde” de traficantes na madrugada desta sexta-feira (27).

O grupo criminoso, com cerca de 20 homens, pretendia assassinar rivais de outra organização criminosa. Vídeos e fotos exibindo armas foram postadas pelos traficantes nas redes sociais.

Os integrantes de uma facção foram surpreendidos no bairro do Polivalente. Na tentativa de prisão houve confronto e fuga para uma região de mata fechada. Cinco criminosos acabaram feridos, chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.

Unidades ordinárias e especializadas da Polícia Militar, com suporte da FICCO Bahia, promovem varreduras na região, com o objetivo de prender outros integrantes da facção.

Informações sobre os foragidos podem ser enviadas para o Disque Denúncia da SSP, através do telefone 181. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.

Texto: Alberto Maraux

PF prende primeira-dama de João Pessoa em investigação sobre aliciamento de eleitores

Primeira-dama Lauremília Lucena e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP)
A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (28) a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, esposa do prefeito Cícero Lucena (PP).

A prisão aconteceu no âmbito da terceira fase da Operação Território Livre, que investiga o envolvimento de facções criminosas na eleição da capital paraibana e o aliciamento violento de eleitores.

Em nota, o prefeito Cícero Lucena se disse alvo de “um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição”. Também informou que Lauremília não teme as investigações e demonstrará na Justiça que é vítima de perseguição política.

Ao todo foram cumpridos dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão. Além da primeira-dama, também foi presa Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, que atuava como assessora da esposa do prefeito.

A atual fase da operação, batizada de Sementem, é resultado da análise do material apreendido nas duas fases anteriores da operação e, segundo a PF, tem como objetivo complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.

O prefeito Cícero Lucena afirmou que há um uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa. E acusou os adversários de divulgar inverdades sobre Lauremília, com o intuito de “manchar a honra de uma mulher íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano”.

“Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa”, afirmou.

A primeira fase da Operação Território Livre foi deflagrada no início do mês e cumpriu três mandados de busca e apreensão no bairro São José.

Foram apreendidos na operação R$ 35 mil em dinheiro, celulares, documentos com dados pessoais de diversas pessoas que não moravam no local da busca, além de contracheques de funcionários da prefeitura.

Na segunda fase, foi presa a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), aliada do prefeito Cícero Lucena, de quem foi secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos.

As investigações sobre o aliciamento violento de eleitores ganharam o centro do debate eleitoral na capital paraibana. Opositores acusam a gestão do prefeito e candidato à reeleição Cícero Lucena de ter relação com o crime organizado.

Candidatos de oposição afirmaram terem sido barrados em atividades de campanha em algumas comunidades. Em 15 de agosto, o deputado federal e candidato a prefeito Ruy Carneiro registrou um boletim de ocorrência no qual relata que suspendeu uma atividade de campanha no bairro do Cristo Redentor após ameaças de criminosos.

Em entrevista, Ruy Carneiro relatou outros casos de ameaças, incluindo uma apoiadora que foi avisada por criminosos que seria expulsa do bairro caso gravasse uma propaganda a seu favor.

O prefeito lamentou a atitude dos adversários e disse que eles estão unidos em um posicionamento antagônico às tradições democráticas da Paraíba.

“Mais uma vez nossos adversários tentam manchar minha imagem e, pior, a imagem da nossa cidade. João Pessoa é morada de um povo pacífico e ordeiro, uma terra de gente de bem, onde todas as eleições sempre foram tranquilas”, afirmou.

João Pedro Pitombo/Folhapress
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‘Dinheiro nenhum vai pagar dor e angústia’, diz viúva sobre suicídio de ex-diretor da Caixa

Edneide Lisboa, viúva do ex-diretor da Caixa Sérgio Batista
Exatamente 21 dias depois do escândalo de assédio sexual e moral envolvendo a gestão de Pedro Guimarães na Caixa, a vida da bancária Edneide Lisboa também entrou em crise, quando o marido dela, Sérgio Batista, cometeu suicídio na sede do banco, em Brasília.

Funcionário de carreira da Caixa, Sérgio já tinha sido assessor de três presidentes e, desde março daquele ano, estava à frente da Diretoria de Controles Internos e Integridade, área que recebia as denúncias e as encaminhava para a corregedoria.

Mais de dois anos após o episódio, Edneide falou com exclusividade ao jornal Folha de S.Paulo. A viúva tem agora ao menos três objetivos: honrar o nome do marido, deixando claro que ele não estava envolvido com eventuais crimes da gestão, garantir que isso não se repita na Caixa e ampliar a discussão sobre saúde mental.

A ação da bancária também pode ter desdobramentos inéditos na esfera trabalhista. A Justiça reconheceu em primeira instância o suicídio de Sérgio como acidente de trabalho —e condenou a empresa ao pagamento de uma das maiores indenizações da história, segundo autoridades a par do caso. O banco afirma que “fortaleceu seu sistema de governança para investigar denúncias e proteger denunciantes e colaboradores”.

É a primeira vez que você dá entrevista. Por que tomou essa decisão?

A morte do Sérgio foi algo muito silencioso. Gostaria de levar a mensagem de que não é esse o melhor caminho para resolver qualquer situação, principalmente agora que a gente está no Setembro Amarelo, em que se fala muito de suicídio. Que essa voz chegue a quem precisa de acalanto e força para continuar.

Em que momento decidiu acionar a Justiça?

A Justiça precisa ser coerente com o que aconteceu. Minha força vem da crença de que tudo vai ser resolvido e esclarecido. Busco justiça também para atingir o coletivo, para chegar a outras pessoas e até a colegas dele que podem estar passando por situação semelhante.

A informação é de que a sra. pede indenização de R$ 40 milhões à Caixa e de que houve decisão favorável, mas não nesse valor. O que a sra. pode dizer?

O processo está em sigilo. A questão não é tanto o valor. Não é simplesmente uma ação trabalhista. Porque dinheiro nenhum vai trazer o Sérgio de volta, dinheiro nenhum vai pagar a dor, a destruição de uma família. E dinheiro nenhum também vai pagar a dor que o Sérgio sentiu. A angústia. [Ver e ouvir] tudo calado ali. Foi dilacerante para ele isso, até ele tomar essa decisão de tirar a própria vida. É isso que eu posso falar.

Em que momento percebeu a gravidade do que havia acontecido na Caixa?

O Sérgio sempre foi uma pessoa muito discreta com relação ao trabalho, até pela função que ele tinha. Ele é muito ético, não comentava. Mas, no dia que estourou o escândalo, ele chegou em casa apreensivo. Ligou a TV falando: ‘Olha o que está acontecendo na Caixa. Está pegando fogo lá. Isso tudo é exatamente na minha área, o Ministério Público do Trabalho está lá dentro fazendo as investigações’. Eu falei pa ra ele: fica tranquilo. Continue trabalhando do jeito que você trabalha, é necessário que isso seja feito. Mas ele nunca comentou nada, até pelos sigilos. Mas eu via uma preocupação dele com relação ao que estava acontecendo, até por ser uma pessoa extremamente responsável.

Eu, sinceramente, não percebi que ele poderia chegar a uma atitude extrema. Não passou pela minha cabeça que ele pudesse tomar essa decisão. Por isso eu falei que ele estava sofrendo calado. Estava angustiado. E eu achava que era o dia a dia do trabalho. É normal às vezes você ter um dia mais estressante, ficar mais preocupado. Mas uma atitude extrema dessa nunca passou pela minha cabeça. Foi muito tempo de terapia e o próprio reforço da espiritualidade para eu me livrar desse sentimento de culpa.

A morte do Sérgio foi menos de um mês depois do escândalo. Como vê isso hoje?

No meu ponto de vista, ele estava sofrendo muito com tudo o que estava acontecendo, além da pressão por uma resposta, para que as coisas se resolvessem. O ambiente estava tóxico. Havia uma pressão institucionalizada ali, uma situação de assédio institucional. Era uma cadeia de assediadores. Ele provavelmente sofreu isso também, essa pressão. E a angústia de ver os colaboradores dele também angustiados.

Pressão depois que o caso veio a público? Ou acha que houve pressão anterior?

Eu não sei. Não saberia responder com precisão. Mas com certeza depois veio essa pressão toda. Os órgãos de investigação estavam dentro da diretoria dele. Ele não tinha o que temer, mas, de qualquer forma, a pessoa fica angustiada e apreensiva. Ele era diretor de Controles Internos e Integridade. Era a área por onde chegavam as denúncias, mas ele não tinha a gestão. Ele repassava para a corregedoria da Caixa. Quem fazia a investigação e todo o processo era a corregedoria.

Então para a sra. o caso do Pedro Guimarães também foi uma surpresa?

Foi uma surpresa. A gente não imaginava que o líder de uma instituição como a Caixa, uma empresa 100% pública, que tem missão e valores com que todos os empregados se identificam… Porque a gente até brinca que o empregado da Caixa trabalha por amor. É muito grande o que se faz ali; você muda a vida de famílias. Foi uma surpresa, até por eu já ter trabalhado lá, saber que a empresa chegou a uma situação dessas, incontrolável. Uma situação onde uma única pessoa, pode-se assim dizer, conseguiu transformar uma empresa em um campo de batalha, em um terror para todos que estavam ali. Um lugar de medo, de repressão. Foi uma surpresa muito grande. Eu sempre tive orgulho de falar que trabalho na Caixa. E o Sérgio também tinha.

O que espera do Pedro Guimarães?

Eu nem gostaria de falar sobre ele, até porque eu não trabalhei diretamente com ele. Em relação à Caixa, eu espero que tenha uma correção de rumos, sim. Espero que situações como essa nunca mais voltem a acontecer. Que tenham medidas de não repetição, de fato. Isso eu espero.

Quando o Sérgio morreu, surgiu a informação de que ele havia deixado o computador ligado —o que foi interpretado como um sinal de que ele queria expor algo. Isso se confirmou?

Não houve menção a isso na investigação. Mas o próprio fato de ele ter cometido suicídio na Caixa já demonstra que o problema era ali. Que ele queria chamar atenção para algo que estava acontecendo lá. E que não estava bom. Estava ruim para todos. Foram momentos realmente de muita tensão, terror, angústia, medo. Pessoas com medo de perder o emprego, a função; se sentindo ameaçadas.

Não sei se a máquina dele estava ligada ou não, mas o que eu posso afirmar é que o protesto dele foi em relação ao que estava acontecendo ali. O ambiente estava realmente adoecido para ele chegar a uma decisão como essa. No dia da morte dele, a gente almoçou juntos. E eu não percebi. Eu demorei uma semana para acreditar. Achei que eu ia morrer junto também. Fiquei recapitulando tudo.

A Caixa reconheceu alguma falha de segurança?

Não.

E a sra. identificou algo?

A falha que a gente identificou foi no acesso às janelas. Essa foi a falha no prédio da matriz. Mas eu poderia dizer também que, no momento em que estourou uma crise dessas dentro da empresa, deveria ter havido o acompanhamento psicológico e psiquiátrico para as pessoas que estavam mais envolvidas com aquela situação. Se você está em uma crise, os empregados que estão na vitrine precisam receber um olhar diferente.

Um dos meus objetivos é honrar também o nome do Sérgio. Porque, assim como tem pessoas que sabem da conduta dele, quem ele era, pode ser que tenham pessoas imaginando que tinha alguma coisa errada ali. Tem que ter esse reconhecimento de que ele era uma pessoa ética. Ele merece ser honrado assim. É um dos objetivos da minha luta na Justiça: deixar claro que o Sérgio não estava envolvido de forma nenhuma nem compactuava com o que estava acontecendo.

Há também a informação de que a Justiça já entendeu o suicídio do Sérgio como acidente de trabalho, o que talvez seja inédito.

No Brasil a gente realmente não achou nenhuma referência nesse sentido. Mas, fora do Brasil, sim. Fora do país isso já é algo muito forte, principalmente em situações de assédio. Eu estou muito confiante na nossa Justiça. A nossa ideia é que esse caso do Sérgio realmente vire uma jurisprudência.

Como está a sua vida hoje?

A minha vida hoje tem um buraco onde eu fico me dividindo entre acolher a minha sogra, a mãe dele, e a minha filha, que desenvolveu síndrome do pânico, que sente muita falta desse pai. É um buraco que nunca vai ser preenchido, mas a gente está tentando lidar com essa situação de outra maneira. Tudo tem um para quê, nada é em vão. A gente tem que seguir em frente.

De que forma gostaria que o Sérgio fosse lembrado?

Como uma pessoa amorosa, um amigo. Um pai e um marido dedicado. Um filho exemplar, que até hoje faz falta para os pais. E um empregado, um colega de trabalho com uma reputação elevadíssima. Uma pessoa extremamente ética, técnica e comprometida com o que fazia. Todos tinham o Sérgio como uma referência em alegria, aconselhamento, trabalho. Até hoje eu escuto as pessoas falarem: ‘Nossa, que falta o Serginho faz’. Ele está fazendo muita falta para todos.

Thaísa Oliveira/Folhapress

PF apreende R$ 2 milhões em espécie após denúncias de compra de voto no CE e em AL

Apreensão de R$ 500 mil durante ação da Polícia Federal, em Juazeiro do Norte, no Ceará
Faltando pouco mais de uma semana para as eleições municipais de 2024, a Polícia Federal apreendeu nos últimos dias R$ 2,37 milhões em espécie em casos no Ceará e em Alagoas, com suspeita de que o dinheiro seria usado para compra de votos na campanha.

Nesta sexta-feira (27), os agentes federais apreenderam R$ 500 mil em espécie em Ponta Verde, bairro nobre de Maceió. Um suspeito, que não teve o nome divulgado, foi levado para a sede da PF para prestar esclarecimentos. De acordo com os policiais, o homem estava com o dinheiro “sem aparente origem lícita ou justificativa plausível para o transporte”.

Um inquérito foi aberto para apurar possíveis crimes de relacionados a compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

A ação foi desencadeada após a PF receber a denúncia de que uma pessoa realizaria o saque de uma grande quantia para ser utilizada na compra de apoio eleitoral para as eleições no dia 6 de outubro.

Também foi por meio de denúncias sobre o transporte irregular de valores que a Polícia Federal apreendeu R$ 1,6 milhão, que seriam utilizadas para a compra de votos no Ceará.

Na quinta-feira (26), os agentes localizaram dois suspeitos com R$ 500 mil em espécie no município de Juazeiro do Norte (a 500 km de Fortaleza). Ambos foram conduzidos à sede da PF na cidade para prestar esclarecimentos.

No dia anterior, duas operações distintas da Polícia Federal em Fortaleza também apreenderam um suspeito com R$ 437 mil no centro da cidade. Na segunda, foram apreendidos R$ 600 mil no bairro Papicu. As duas apreensões ocorreram na quarta-feira (24).

Na cidade de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Fortaleza, os agentes federais encontraram uma quantia de R$ 150 mil escondida em uma sacola localizada aos pés do passageiro, na segunda-feira (23). A apreensão ocorreu durante uma abordagem após denúncias recebidas da população.

Além do dinheiro, foram encontrados também materiais de campanha eleitoral, uma lista de eleitores, documentos diversos e mídias digitais.

De acordo com a PF, ainda não foram confirmadas a origem e o destino dos valores, mas apreensões, estão sendo investigadas como possível crime de corrupção eleitoral.

Aléxia Sousa/Folhapress

Exército israelense anuncia morte do chefe do Hezbollah

Foto divulgada pelo Hezbollah em setembro mostra Hassan Nasrallah, à direita, ao lado de Hashem Safieddine em local desconhecido
O mega-ataque realizado na noite de sexta-feira (27) por Israel contra o QG do Hezbollah em Beirute matou Hassan Nasrallah, 64, o todo-poderoso líder do grupo extremista libanês. Forças israelenses confirmaram a morte neste sábado (28).

“Hassan Nasrallah está morto”, declarou um porta-voz do exército, Nadav Shoshani, na rede social X. Outro porta-voz, David Avraham, confirmou à AFP que o chefe do Hezbollah foi “eliminado”.

O assassinato, em uma ação que botou abaixo seis edifícios com bombas desenhadas para destruir bunkers, é o momento mais dramático em 18 anos de atrito desde que israelenses e o Hezbollah se enfrentaram na mais recente guerra entre os dois.

A operação foi a culminação de dez dias de escalada por parte de Israel, que declarou ter perdido a paciência após quase um ano de ataques fronteiriços. O Hezbollah lançou estimados 9.300 foguetes e mísseis até aqui, como forma de apoiar o Hamas.

O grupo terrorista palestino havia atacado o Estado judeu de forma inédita e bárbara em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251. Essa crise segue inconclusa, com o Hamas bastante enfraquecido, mas ainda vivo, e com ao menos 64 reféns que Tel Aviv diz estarem vivos.

Assim, a violenta ação de Israel, que começou com pagers de membros do Hezbollah explodindo em uma gigante ação coordenada e acabou com a morte de Nasrallah, é objeto de dúvidas acerca da motivação do premiê Binyamin Netanyahu —interessado em manter o poder com o apoio que tem da direita ultrarreligiosa.

Seja como for, dezenas de comandantes e seus substitutos foram mortos nas fileiras do Hezbollah, e o grupo perdeu alegados 50% de seu arsenal de mais de 150 mil mísseis e foguetes. Desde a guerra de 2006, que terminou num empate favorável ao grupo, ele nunca foi tão afetado.

Isso leva a dúvidas sobre sua capacidade de reação. Na noite de sexta, quatro horas depois do bombardeio em Beirute, que deixou ao menos outros dois mortos e 76 feridos, os extremistas dispararam 65 projeteis contra o norte de Israel.

Há ponderações de outra natureza. O Irã, que banca o Hezbollah e o Hamas, além de outros grupos da região, pode com essa degradação do Hezbollah perder um grande anteparo entre o poderio de Israel e suas forças.

Isso pode tanto levar a teocracia iraniana a ainda mais comedimento, para evitar se expor e talvez tentar salvar o arsenal restante dos aliados, ou a emular o comportamento de abril —quando lançou sem sucesso militar 330 mísseis e drones pela primeira vez na história contra Israel.

Naquela ocasião, contudo, havia uma vingança pontual em curso, devido ao ataque israelense à embaixada iraniana em Damasco, na Síria. Quando o morto era um convidado ilustre a Teerã, o então líder do Hamas Ismail Haniyeh, as promessas de dura retaliação ficaram no ar.

Nesta sexta, a diplomacia iraniana falou novamente em punir Israel, mas novamente o motivo é a morte de um aliado, não de uma autoridade iraniana. É algo a ver qual será o comportamento de Teerã.

Isso dito, Nasrallah é um peixe ainda mais graúdo do que foi Haniyeh. O clérigo ascendeu ao poder em 1992, depois que Israel matou seu antecessor, Abbas al-Musawi, com o disparo de um míssil de um helicóptero.

De um movimento lateral no caldeirão de disputas sectárias da guerra civil libanesa (1975-1990), onde mal teve papel ativo, o Hezbollah passou ao status de mais importante força armada não estatal do mundo. Nasrallah e sua proximidade com o Irã, que então começava a expansão de sua estratégia de uso de prepostos contra EUA e Israel, foram instrumentais para isso.

Ele havia escapado a diversas tentativas de assassinato antes, mas o emprego de bombas antibunker por Israel, arriscando grande condenação pela morte de inocentes, mostra que o Estado judeu não queria perder a oportunidade que lhe foi apontada pelos serviços de inteligência.

Sem Nasrallah e com toda sua cadeia de comando machucada pela ação de Tel Aviv, é incerto como será o poder de recuperação do Hezbollah.

Os próximos dias serão vitais para descobrir para onde a crise vai: se haverá uma escalada pelo que sobrou do Hezbollah e pelo Irã, ou se por outros atores como os houthis do Iêmen.

Nos últimos dias, Netanyahu manobrou entre um anúncio de proposta de paz para a região envolvendo múltiplos atores e a reafirmação de sua intenção belicista no discurso proferido na ONU poucos minutos antes do ataque a Beirute.

Resta agora saber quem piscará primeiro, e se Israel irá manter o pé no acelerador, visando talvez a invasão terrestre que anda a ameaçar contra as posições do Hezbollah no sul do Líbano. Até isso tudo se definir, a tensão ficará em nível máximo.

Igor Gielow/Folhapress

Nuvem de fumaça avança e cobre até 80% do Brasil

Fumaça toma conta das ruas de Brasília
A pluma de fumaça que encobre o Brasil não é nova, mas chegou em lugares antes improváveis, como Rio Grande do Sul, São Paulo e sul da Bahia, explica Karla Longo, especialista em química da atmosfera do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Segundo medições dos satélites observadas por ela, o país chegou a ficar, em média, 60% coberto por fumaça nos meses de agosto e setembro– até 80% em alguns dias desta semana.

A seca intensa ajudou a espalhar e prolongar a nuvem poluente. Essa camada de aerossol já é comum às populações do Norte e Centro-Oeste, sendo observada desde o início do monitoramento por satélite do Inpe, em 1998. O diferencial deste ano é a mudança no comportamento da fumaça, que agora atinge mais regiões do Brasil.

“O calor intenso que vivemos nesse inverno fez com que a forma da pluma passasse com mais frequência e intensidade pelas regiões Sudeste e Sul. Em menor escala, ela também passou por Goiás, Minas Gerais e até o sul da Bahia, eventos que normalmente não aconteciam”, diz Longo.

A pesquisadora alerta que, com estações mais quentes e secas, é possível que o território brasileiro fique cada vez mais encoberto, com o avanço das mudanças climáticas.

Nesta quinta (26), pela primeira vez desde o início da estação seca, a nuvem de fumaça se conectou com os corredores de umidade da amazônia, causando instabilidades na atmosfera desde o sul do Brasil até o noroeste do Amazonas.

Essas instabilidades produzem chuvas isoladas, que devem durar pelos próximos dias. O evento também está ligado à chuva preta, resultado da mistura da água com a fuligem carregada pela fumaça.

“Para ter queimada, são necessários dois fatores: ignição e propagação. No Brasil, a ignição é humana, e prever comportamento é bem difícil. A região central do país ainda vai permanecer seca por pelo menos mais um mês”, afirma Longo, ao ser questionada até quando irá durar a pluma de fumaça. “Vamos supor que todo mundo parasse de tacar fogo, a fumaça ainda durará cerca de uma semana”.

Este ano, a fumaça tem circulado mais intensamente. Por trás desse fenômeno está o sistema Alta Subtropical do Atlântico Sul (Asas), uma área de alta pressão que impede a formação de nuvens e aumenta as temperaturas. Esse ano, os efeitos do Asas foram mais intensos, com temperaturas acima da média em todo o Brasil e menos chuva.

Frentes frias desviam a pluma para o Atlântico, mas ela recircula e volta para o continente, espalhando-se por áreas maiores e permanecendo no ar por mais tempo. A fumaça gerada por uma queimada pode durar até dez dias na atmosfera, afetando a qualidade do ar com partículas nocivas à saúde, como as MP 2,5 (material particulado com 2,5 micrômetros, que pode penetrar camadas mais profundas do pulmão).

Ao menos 40% dos brasileiros dizem que tiveram a saúde muito afetada por queimadas em BH e São Paulo, aponta Datafolha. No Rio de Janeiro, o índice cai para 29% e, no Recife, para 27%.

Além da fumaça visível, há gases poluentes invisíveis, como monóxido de carbono e precursores de ozônio, além de CO2, principal gás de efeito estufa. Esses gases podem permanecer na atmosfera por meses ou anos.

A situação deve melhorar no Sudeste até o fim do mês, mas a amazônia não terá alívio em breve, com estiagem prevista até outubro.

Diego Alejandro/Folhapress

Solenidade de Conclusão do Curso Básico de Motociclista Policial 2024

No início da tarde desta sexta-feira, 27/09, na área cívica do 9º Batalhão, foi realizada a Solenidade de Conclusão do Curso Básico de Motociclista Policial - CBMP 2024. Curso no qual capacita Policiais Militares para a atividade de policiamento ostensivo, através de técnicas básicas de pilotagem policial, no processo  motorizado com motocicletas.
Concluíram o curso 53 alunos do Curso de Formação de Soldados PM.

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Fonte: ASCOM/9°BEIC

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