PF prende homem com 6kg de cocaína no Aeroporto do Galeão

 O preso pretendia embarcar em um voo comercial com destino a Paris, capital da França

Rio de Janeiro/RJ. No fim da noite desta sexta-feira, 27/9, a Polícia Federal prendeu em flagrante um homem que transportava cerca de 6 kg de cocaína, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

O preso pretendia embarcar em um voo comercial com destino a Paris, capital da França.

Durante fiscalizações de rotina, policiais federais identificaram a droga oculta em um fundo falso da mala despachada pelo passageiro e efetuaram a prisão.

Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, o preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado. Ele poderá responder pelo crime de tráfico internacional de drogas.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

PF prende duas passageiras com oito quilos de cocaína no Aeroporto de Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu/PR. Na tarde deste sábado (28/9), policiais federais impediram o embarque de duas irmãs no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, que tentavam transportar mais de oito quilos de cocaína para a Europa.

Durante o trabalho de fiscalização na área do check-in do aeroporto, duas passageiras foram abordadas pelos policiais e, durante a entrevista, apresentaram nervosismo e informações desconexas. Ao vistoriarem suas bagagens no raio-x, foi possível identificar um fundo falso na mala das duas passageiras, contendo tabletes de cocaína.

As passageiras, de nacionalidade paraguaia, foram presas em flagrante com total, aproximado, de 8,4 quilos de cocaína em duas bagagens. As duas passageiras, que vieram de Assunção, capital do Paraguai, tinham como destino a cidade de Mallorca, na Espanha.

Após o flagrante, passageiras e a droga foram levados para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura da prisão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

Governador Jerônimo Rodrigues institui o Dia Estadual da Juventude Cristã na Bahia

Após aprovação na Assembleia Legislativa, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), na edição do sábado (28), o decreto que institui o último sábado do mês de setembro como o Dia Estadual da Juventude Cristã, na Bahia. 

De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, a medida é um marco importante para toda a comunidade cristã do estado. “As igrejas são instrumentos fiéis de reparação de quaisquer danos espirituais e, naturalmente, ajudam o Estado e ajudam as famílias a conduzirem um ambiente de paz”, destacou o governador, lembrando o perfil laico do Estado, respeitando as crenças e manifestações religiosas de cada cidadão.
 
A instituição do Dia Estadual da Juventude Cristã tem entre as suas finalidades a mobilização das igrejas e instituições cristãs, que podem realizar palestras, workshops, congressos, cruzadas evangelísticas, eventos de clamor ou qualquer outro que traga reflexões e ajudem a juventude cristã a enfrentar problemas sociais e criem a cultura da paz.

“Reconhecer essa juventude, construindo um dia específico para celebrações, comemorações, para que a gente possa fazer uma agenda específica para essa juventude, é muito positivo e, para nós, reforça as nossas diversidades e a nossa expressividade, como uma juventude que também é religiosa”, pontuou o coordenador-geral de Políticas para a Juventude, Nivaldo Millet. Para ele, essa sanção representa o respeito que o Estado da Bahia tem pela diversidade e pelos jovens.
 
A medida está sendo celebrada pela comunidade e pela juventude cristã. “A juventude transforma. E quando junta a fé e a ação, possibilita o horizonte de mudarmos a nossa sociedade e transformá-la para muito melhor”, comemorou Thais Isidório.

Representando a igreja Adventista, Mirela Novais destacou: “é muito importante que a juventude tenha esse espaço para atuar e fazer a diferença por onde quer que a gente passe”
Juventude Cristã - Fotos: Matheus Landim/GOVBA

Ubatã: Tinho e Lidijones arrastam multidão em visita coletiva à Francisco Xavier

A Rua Francisco Xavier, em Ubatã, ficou pequena para receber a multidão que acompanhou o prefeito Tinho do Vale (PT), candidato à reeleição e Lidijones Miranda, candidato a vice-prefeito para a Visita Coletiva do 13, na tarde do último sábado, 28.
Com muita alegria, eleitores e apoiadores seguiram os candidatos desde o Comitê, passando pela Francisco Xavier até a Comissão. A cada porta que se abria, sorrisos e olhares de afeto e gratidão receberam Tinho e Lidijones, numa verdadeira demonstração de apoio à campanha e ao projeto de governo dos candidatos para o futuro de Ubatã.

As eleições deste ano têm um significado especial para a história do município e definirão como serão os próximos anos.

“Esta eleição vai colocar ponto final em um ciclo que já não faz bem à Ubatã e vai iniciar uma era de liberdade,  de diálogo com as categorias que trabalham no município e com os moradores. Já fizemos muito e vamos fazer muito mais”, afirmou o prefeito Tinho do Vale.

Israel mata outro dirigente do Hezbollah, e Líbano fala em 1 milhão de deslocados

O Exército de Israel matou neste sábado (28) Nabil Qauq, comandante da unidade de segurança do Hezbollah
O Exército de Israel matou neste sábado (28) Nabil Qauq, comandante da unidade de segurança do Hezbollah, em um ataque na periferia sul de Beirute. A morte, confirmada pela facção, é mais um golpe para a milícia libanesa dois dias após o assassinato de seu líder, Hassan Nasrallah.

Tel Aviv intensificou a ofensiva contra o Líbano na tentativa de devolver os 60 mil moradores do norte de Israel que deixaram as suas casas após o Hezbollah passar a atacar a região em solidariedade ao Hamas, em guerra com o Estado judeu na Faixa de Gaza há quase um ano.

Os bombardeios israelenses deixaram um rastro de destruição —o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, afirmou a jornalistas neste domingo que quase um milhão de pessoas, um quinto da população, poderia ter fugido das zonas de combate, e o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas disse ter lançado uma operação de emergência para fornecer alimentos aos afetados pelo conflito.

“Esse pode ser o maior deslocamento populacional na história do Líbano”, afirmou Mikati após uma reunião de emergência com seu gabinete. De acordo com o Ministério da Saúde libanês, em duas semanas, os ataques israelenses mataram mais de mil pessoas, incluindo 14 médicos mortos nos últimos dois dias, e feriram pelo menos 6.000.

O número ainda pode aumentar, dada a escalada da tensão na região.

Também neste domingo, Israel anunciou ter atacado dezenas de alvos do Hezbollah no Líbano, e duas pessoas da área de segurança afirmaram à agência de notícias Reuters que um dos bombardeios no vale do Bekaa matou Mohammad Dahrouj, combatente de outro grupo islâmico, o Jama’a Islamiya.

O Hezbollah, por sua vez, diz que continuará lutando contra Tel Aviv —a Marinha israelense afirmou que interceptou um projétil no Mar Vermelho e que outros oito caíram em áreas abertas.

Nos mega-ataques aéreos que mataram Nasrallah, na sexta (27), diversos outros líderes da facção também foram mortos, segundo Israel. Neste domingo, o Hezbollah recuperou o corpo dele do local do ataque, segundo a Reuters, e confirmou a morte de mais um deles, o comandante da frente sul, Ali Karaki.

“Nosso trabalho não acabou. Temos dias desafiadores à frente. A eliminação de Nasrallah é um passo necessário para mudar o balanço de poder no Oriente Médio”, disse o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, após desembarcar de viagem aos Estados Unidos para falar na Assembleia-Geral da ONU.

O cenário faz as perspectivas de um conflito mais amplo aumentarem —Israel mobilizou brigadas de reservistas e diz estar pronto para todas as opções, incluindo uma operação terrestre; já o Hezbollah afirma que cessará o fogo apenas quando a ofensiva de Tel Aviv em Gaza terminar.

Os esforços diplomáticos, por sua vez, vêm tendo pouco progresso, embora o ministro da Informação do Líbano, Ziad Makary, tenha dito durante uma reunião de gabinete neste domingo que os esforços por uma trégua ainda estavam em andamento.

No Irã, que ajudou a criar o Hezbollah no início dos anos 1980, figuras de alto escalão lamentaram a morte de Abbas Nilforoushan, um membro sênior da Guarda Revolucionária iraniana, na explosão que matou também Nasrallah. O chanceler Abbas Araghchi disse em um comunicado que seu assassinato “não ficará sem resposta”.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, foi transferido para um local seguro após a morte de Nasrallah, disseram fontes à Reuters.

Folhapress

Coletes e droga são apreendidos pela PM em Candeias

Na madrugada deste sábado (28), policiais militares da 10ª CIPM apreenderam coletes balísticos e droga no bairro Santo Antônio, em Candeias.

Durante o reforço de patrulhamento na região, as guarnições se depararam com um grupo de indivíduos armados que ao perceber a aproximação policial, fugiu.

Durante as buscas nas imediações, os pms encontraram oito placas balísticas, cinco capas de colete, meio tablete e seis porções de maconha.

Diligências foram realizadas a fim de localizar os indivíduos, mas ninguém foi preso.

Todo o material apreendido foi apresentado à 20ª Delegacia Territorial, onde a ocorrência foi formalizada.

PM prende homem com drogas na Federação

Policiais militares da 41ª CIPM apreenderam crack, maconha e cocaína com um suspeito na localidade conhecida como Baixa Fria, na Federação, no final da tarde de sábado (28).

Durante a intensificação de policiamento na região, as guarnições surpreenderam um indivíduo que, ao perceber a aproximação policial, tentou fugir, mas foi alcançado, abordado e, após as buscas, imediatamente preso.

Com ele, foram apreendidas 229 porções de crack, 119 pinos de cocaína e três embalagens contendo maconha.

O detido e todo o material apreendido foram direcionados à Central de Flagrantes, onde a ocorrência foi registrada.

Edson Gomes e bandas locais celebram com paz e liberdade o Dia Municipal do Reggae em Ipiaú

A resistência do reggae prevaleceu! Foi em paz e harmonia que aconteceu na noite de sábado, 28, na Praça de Eventos Álvaro Jardim, o tão esperado show de Edson Gomes. Milhares de pessoas prestigiaram o espetáculo patrocinado pela Prefeitura de Ipiaú em parceria com a Associação da Cultura Reggae do Médio Rio das Contas.
O ritmo da Jamaica na voz do seu maior representante no Brasil, irradiou paz na multidão que em harmonia também cantou e dançou de acordo com a vontade Jah.

 Acompanhado da banda Cão de Raça e tendo como back vocal o seu filho Jeremias, Edson Gomes iniciou o show com a canção “Liberdade”, cujo refrão o público entusiasmado repetia: “Vamos, amigo, lute, vamos, amigo, lute”. Em seguida trouxe outros sucessos da sua trajetória artística.

A banda, formada pelos músicos: Adson (guitarra); Osvaldo (baixo); Valdir (bateria); Junior (trompete); Tim (trombone); Cunha (sax-alto), além dos tecladistas Nedson e Scooby, mostrou muita competência na execução de cada peça do repertório.

O evento se deu em comemoração ao Dia Municipal do Reggae, assim como celebrou a sexta edição do Encontro de Raízes e contou com a presença da prefeita Maria das Graças.

Aproximando-se do final do espetáculo, Edson Gomes lembrou que há muito tempo esteve em Ipiaú, por meio de articulações de Gilmar Santana e Zé di Assis, e elogiou o trabalho de Zé di Assis em favor da implantação do movimento do reggae nesta cidade. O artista pediu que não deixasse de regar a raiz dessa árvore que vem frutificando a boa musica em toda região

 Além de Edson Gomes, o festival contou com apresentações de bandas Leões de Jah, Roots Lion, Raiz Negra e Legionários do Reggae. Atualmente um dos maiores entusiastas do reggae na região é o músico Marcio Barreto, presidente da Associação da Cultura Reggae do Médio Rio das Contas. (Giro/José Américo Castro)

 
 

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BNDES anuncia crédito de R$ 100 bilhões para MEIs e MPMEs

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) afirma que vai disponibilizar, a partir de terça (1º), R$ 100 bilhões para MEIs (microempreendedores individuais) e MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) por meio do FGI Peac (Programa Emergencial de Acesso a Crédito).

O FGI Peac não é uma linha de crédito, mas um programa de garantias do banco que busca reduzir o risco de inadimplência para as instituições financeiras que emprestam recursos para as empresas.

Em nota sobre o anúncio, o BNDES estima que mais de 200 mil operações possam ser aprovadas nos próximos 18 meses. A instituição declara que a medida não envolve novos desembolsos da União.

Segundo o banco, uma engenharia financeira permitiu alavancar os R$ 100 bilhões a partir de recursos que não foram usados anteriormente no programa.

“Eles resultam da baixa inadimplência (5,7% até setembro de 2024), inferior ao limite previsto nas operações contratadas no ano de 2020. Naquele ano, quando o programa foi lançado, o limite de cobertura de inadimplência era de 20% para médias e grandes empresas e de 30% para pequenas empresas”, afirma o BNDES.

O banco diz que, a partir da “boa performance” do FGI Peac, quase metade dos 40 agentes financeiros que contrataram garantias do programa em 2020 optou pela renúncia de cerca de R$ 9 bilhões em limite para cobertura, o que teria possibilitado a alavancagem dos R$ 100 bilhões.

Ainda de acordo com o BNDES, uma alteração normativa permitiu a “reciclagem” dos recursos não utilizados. Com a medida anunciada, o banco projeta gerar um volume de crédito na economia superior a R$ 30 bilhões já no último trimestre de 2024.

“A boa gestão financeira e de crédito dos ativos do FGI Peac pelo BNDES garantiu, sem novos aportes do Tesouro Nacional, um volume de R$ 42 bilhões em crédito alavancado em 2023 e R$ 21 bilhões até agosto de 2024”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também em nota.

“Em torno de 70% das operações realizadas pelo programa de garantia são com micro e pequenas empresas, principal segmento gerador de emprego e renda do país e prioritário para o governo do presidente Lula”, acrescentou o petista.

Somente para as MPMEs, por meio do FGI Peac, foram aprovadas 335 mil operações no valor total de R$ 160 bilhões entre 2020 e 2024, diz o BNDES.

Conforme o banco, para ter acesso ao crédito, o empreendedor deve procurar uma das mais de 40 instituições financeiras habilitadas a operar o programa. A lista e mais informações sobre o FGI Peac estão disponíveis no site do BNDES.

Em seu terceiro mandato, Lula defende reforçar a atuação do banco como financiador de projetos em diferentes setores da economia, incluindo a indústria.

Essa estratégia costuma ser vista com ressalvas por uma ala de economistas que teme a volta de políticas adotadas por governos petistas no passado.

A atual gestão do BNDES, entretanto, já rebateu as críticas em mais de uma ocasião, dizendo, por exemplo, que mira em segmentos como empresas de menor porte, inovação e transição energética.

Leonardo Vieceli/Folhapress

SP: Debate tem Nunes e Boulos na mira de rivais, com Marçal punido

O debate entre candidatos a prefeito de São Paulo promovido neste sábado (28) pela TV Record teve Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) na berlinda e um Pablo Marçal (PRTB) menos arisco do que seu usual.

Nunes teve sua gestão atacada pelos principais rivais, e Boulos chegou a entrar na mira até mesmo de Tabata Amaral (PSB), que cobrou incoerências em seu discurso ao dizer que, antes, ele era a favor da descriminalização das drogas e escorregadio para rotular a Venezuela como uma ditadura.

Líderes nas principais pesquisas de intenção de voto, Nunes e Boulos também travaram confrontos diretos com troca de ataques entre si, enquanto Marçal esteve em segundo plano.

Este é o nono dos 11 debates previstos antes do primeiro turno, um recorde na história da cidade. Havia expectativa sobre se a belicosidade de confrontos anteriores persistiria —além do pugilato verbal, vimos nesta temporada eleitoral a cadeirada que José Luiz Datena (PSDB) deu em Marçal e o soco que um assessor do influenciador desferiu no marqueteiro de Nunes.

O debate teve troca azeda entre concorrentes, como o embate de Marçal com o prefeito, mas sem o mesmo tom de ataques pessoais pesados vistos em encontros anteriores.

Chegou a haver uma dobradinha entre o autodenominado ex-coach e Datena para atacar Nunes. Marçal escolheu o apresentador para perguntar qual foi o pior prefeito da cidade e ouviu como resposta que a lista era longa. Nunes, apontou Datena, nem sequer foi eleito, já que entrou como vice de Bruno Covas (PSDB), morto durante o mandato.

De forma geral, Marçal estava mais contido, o que não impediu que fosse punido ao tentar emplacar o apelido “Boules”, uma troça com a linguagem neutra aplicada no Hino Nacional durante um ato do adversário. Ele usou a alcunha, pediu perdão em seguida, mas o âncora Eduardo Ribeiro disse que deveria ser duro e o puniu com a perda de 30 segundos de seu tempo nas considerações finais.

Os candidatos voltaram a isolar o influenciador, ignorando suas provocações, e evitaram dirigir perguntas a ele.

Marçal cobrou que o atual prefeito explicasse o inquérito na Polícia Federal conhecido como máfia das creches, visto como um calcanhar-de-Aquiles na campanha do emedebista.

“Não quero ser injusto com você, como eu estou acompanhando [o caso] bem próximo, mas existe lá pagamento no seu nome, no nome de familiares. E queria que você desse uma explicação”, disse o candidato do PRTB.

A PF investiga o prefeito sob suspeita de lavagem de dinheiro no suposto malfeito —Nunes nega qualquer irregularidade.

Na réplica, o prefeito citou o passado do influenciador com a Justiça. “Olha, Pablo Henrique, quem fugiu da polícia foi você. Fugiu pela sua condição de ter integrado uma das maiores quadrilhas desse país para poder roubar dinheiro de pessoas humildes pela internet. Você tem esse hábito, está bem conhecido por ser um mentiroso contumaz”.

Tabata, na disputa pelos votos da esquerda, questionou Boulos sobre vaivéns em temas polêmicos. “Você abriu mão de posicionamentos históricos. Você dizia que era a favor da descriminalização das drogas, agora é contra. Nessa semana, você mudou de posição em relação à Venezuela e diz que é uma ditadura. Mas o partido mantém as mesmas posturas”.

O segundo bloco, com perguntas feitas por jornalistas, continuou de forma dura, mas bem inferior à animosidade de confrontos passados.

Começou com Nunes se esquivando de responder se Jair Bolsonaro (PL), que já indicou o coronel Ricardo de Mello Araújo para vice de sua chapa, terá influência também sobre seu secretariado, caso vença.

O prefeito, em vez de responder, elogiou Mello Araújo. Boulos, escolhido para comentar a resposta, aproveitou para relembrar que o vice de Nunes já defendeu a diferença de tratamento em abordagens policiais nos Jardins (área nobre de São Paulo) e na periferia.

O emedebista acusou o rival de normalizar a “rachadinha” ao citar suspeitas dessa prática envolvendo o deputado federal André Janones (Avante/MG). Deputado federal, Boulos fez parecer contra a cassação de Janones após acusações de uso de verba pública de seu gabinete.

Marçal associou Boulos (número 50, do PSOL) ao 13, do PT, uma possível tentativa de confundir o eleitor. “Independente em quem você vai votar, se você vai votar no 13 do PT, às vezes se é PT roxo”, disse antes de propor o “desafio” de votar nele. “Olha pra mim ali e segue seu coração”.

Tópicos tidos como ponto fraco dos candidatos emergiram mais uma vez.

Marçal, por exemplo, teve que responder sobre supostas ligações do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, com o PCC. Disse sonhar com um “futuro próximo” que dispense “partido político para ter viabilidade eleitoral”. Se eleito, afirmou, a própria legenda não terá ingerência sobre seu governo.

“Agora, o Leonardo foi o cara que resistiu a todo tipo de ataque para manter essa candidatura. E aqui vai meu respeito para você, não tirando a sua responsabilidade”, complementou.

Já Datena teve que responder sobre seu temperamento, em xeque após se descontrolar e agredir Marçal na TV Cultura. Voltou-se contra Nunes aqui. “Você sabe que eu acho gozado? Destempero é não dar segurança, saúde, educação, alimentação”, afirmou. “Não respondeu a quase nenhuma pergunta que lhe foi dirigida até agora. Isso é destempero”.

Um Marçal mais moderado era de se esperar, não só pela alta rejeição que ele registra nesta reta final de campanha, como também pelo fato de o debate acontecer na Record —uma emissora ligada ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.

O influenciador fez alguns acenos ao público evangélico, como ao dizer que está fazendo jejum, tomando só água desde segunda-feira (23). A prática é comum em várias igrejas.

As considerações finais transcorreram sem maiores problemas, um feito diante do clima de pancadaria em outros debates. Datena disse esperar que os espectadores tenham “ficado satisfeitos com nível de discussão”, Marçal propôs que o eleitor “tenha um encontro íntimo comigo aí nesta urna”, Tabata apostou na mensagem da virada e sugeriu “não ficar com o menos pior, não” e Nunes citou uma passagem bíblica.

Marina Helena (Novo) reutilizou uma frase de Marçal, que na sua vez se colocou como a fonte mais confiável para o eleitor comprar um carro usado. Boulos o provocou pela mesma fala: “Imagina comprar um carro usado do Marçal”.

No fim, o encontro teve 11 pedidos de resposta, todos negados, e a punição a Marçal.

Anna Virginia Balloussier/Arthur Guimarães/Ana Gabriela Oliveira Lima/Manoella Smith/Mariana Zylberkan/Patrícia Campos Mello/Folhapress

Hospital subterrâneo e cidades-fantasma antecipam guerra na região norte de Israel

Quarto desocupado no quarto andar do Centro Médico da Galileia, com a fronteira libanesa à vista da janela
Faltando poucos dias para o primeiro aniversário do mais mortífero ataque de sua história, o Israel encara o abismo de uma guerra regional ao encarar de forma inaudita em 18 anos um de seus mais temidos inimigos, o grupo fundamentalista libanês Hezbollah.

Em duas semanas, desestabilizou o rival e, na sexta (27), fez algo que tentava havia 32 anos: matou o líder do grupo, Hassan Nasrallah, jogando ainda mais sombras no futuro do Oriente Médio.

País forjado por guerras desde o parto, em 1948, Israel decidiu elevar a aposta e aceitar o risco do prolongamento de um conflito que já matou mais de 1.200 de seus cidadãos e soldados, 41 mil palestinos e 1.600 libaneses.

Do outro lado, o arquirrival Irã, nomeado como tal pelo premiê Binyamin Netanyahu. A inapetência por uma escalada sem controle, que moderou os momentos agudos de crise até aqui, está sob forte estresse, principalmente com a morte de Nasrallah.

Com a decisão de Israel de não deixar em banho-maria a situação de atrito com o Hezbollah, iniciada em 18 de setembro com pagers explosivos e chegando ao ataque de sexta, a tensão acerca do futuro do Oriente Médio chegou ao paroxismo.

Na última semana, a reportagem do jornal Folha de S.Paulo percorreu o norte do Estado judeu, a fronteira de um conflito que muitos analistas já veem como uma guerra aberta, faltando apenas o elemento do combate terrestre.

Ao longo da fronteira com o Líbano, país cujo governo vive sob a sombra do poderio militar do Hezbollah, a realidade da guerra diária ganhou contornos de rotina no último ano.

“Estamos prontos para tudo. Não existe nenhum outro hospital no mundo capacitado a operar no subterrâneo de uma zona de guerra como o nosso”, disse o vice-diretor do Centro Médico da Galileia, Tsvi Schelag, um oftalmologista de fala firme, que trai sua posição de chefe do hospital de campanha de Israel no quadrante ocidental da região.

Ele levou a reportagem por um tour no complexo, que fica em Nahariya, a 10 km da fronteira libanesa —o suficiente para uma de suas fachadas ter sido atingida por um míssil russo Katiúcha durante a guerra de 2006 com o Hezbollah. Fragmentos da arma estão expostos num saguão do hospital.

Por fora, o centro parece um bom hospital de médio porte, com 780 leitos. Uma olhada nos seus quatro andares mostra a realidade: estão vazios, com apenas a triagem e o pronto-atendimento cirúrgico, que durante a visita atendia três feridos por foguetes do Hezbollah, funcionando no térreo.

As salas em que isso ocorre são um grande bunker, reforçadas. No quarto andar, os leitos vazios são banhados pela luz de um sol que permite entrever, pela janela, as montanhas da fronteira libanesa. E a ameaça que vem de lá.

Ela levou, antes da guerra de 2006, para o início da transformação do hospital em um bunker. “Somos a segunda maior instalação médica da região, e a mais próxima das fronteiras. Tudo foi trazido aos poucos aqui para baixo”, diz Schelag, já guiando a visita embaixo da terra.

Nessa configuração, que está em uso desde o dia seguinte ao 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou 1.170 pessoas e sequestrou 251. “Funcionamos com 450 leitos, e temos de deixar uma capacidade ociosa para emergências”, conta o médico.

No andar inferior, há portas à prova de explosão e sistema de purificação de ar em caso de ataque químico ou biológico, como num bunker militar. “Sabemos que a próxima guerra será pior”, diz Sharon Mann, que faz as relações internacionais do hospital.

Nos corredores, mantimentos já são guardados, à espera da eventual invasão terrestre do Líbano, ameaçada por Israel. Enquanto isso, pacientes da região e também refugiados de outros pontos do norte são atendidos.

Essas 60 mil pessoas deslocadas de suas casas são a justificativa oficial de Netanyahu para a escalada —para seus críticos, apenas uma desculpa para manter sua coalizão de partidos radicais coesa, tirando foco do fato de que o Hamas ainda luta em Gaza e que há talvez 64 reféns vivos.

Essas pessoas moravam em 43 comunidades ao longo da fronteira, deixando para trás suas casas e trabalho. “Minha vida acabou em duas horas”, relata Inbal Levy, 62, que agora está em um hotel pago pelo governo na praia de Nachsholim, 60 km ao sul do hospital. Ela morava no kibutz de Bar’am, junto à fronteira libanesa no centro da Alta Galileia.

Cerca de 40 km a nordeste de lá, em She’ar Yashuv, 10% dos 700 moradores decidiram ficar. O lugar é um moshav, comunidade judia que se diferencia dos kibutzim pela liberdade econômica maior. Mas a ideia comunal é semelhante.

“Eu não iria para lugar algum. Vou defender minha casa”, diz Gidi Harari, 67, um militar aposentado que vive com a mulher no local. Ele é o chefe do equivalente à defesa civil do local, dividindo funções com a guarnição de soldados —e o reforço inusitado de manequins colocados em guaritas de concreto no portão principal do moshav.

O surrealismo daquele pedaço de Israel incrustado no sul libanês, que é grande ao circular pelas ruelas de She’ar Yashuv, aumenta quando se dirige por 10 minutos a oeste, rumo a Kiryat Shmona. A cidade era a maior da região, com 22 mil habitantes.

Hoje, é uma vila fantasma. Ruas vazias cruzadas por um outro carro, e até um soldado em patinete elétrico, são mantidas limpas por lixeiros eventuais. Tudo está fechado, com a exceção de um par de mercados que atendem aos 2% de moradores remanescentes.

O motivo é simples: no paredão montanhoso 2 km a leste, está o Hezbollah, assim como nos morros 5 km a norte.

A cidade, como a vizinha e semidestruída Metula, serve de galeria de tiro para foguetes de artilharia que, como a reportagem descobriu da pior maneira quando visitava a região na quarta, chegam antes de o sistema de alerta via celular ter tempo de avisar.

Harari não é otimista. “As forças de Israel estão cansadas. Elas têm que ganhar o público de novo”, diz, acerca de uma eventual guerra terrestre.

Se ela vier, a avaliação do ex-militar não parece fora de foco: pesquisa divulgada pelo Instituto para Estudos de Segurança Nacional divulgada nesta semana vê uma confiança de 65% dos israelenses em vitória, não exatamente um triunfo parar o contestado Netanyahu.

Igor Gielow/Folhapress

‘Cenário de pesadelo’ assombra PT se Boulos ficar fora do 2º turno em SP

A simples possibilidade de Guilherme Boulos (PSOL) não ir ao segundo turno na eleição para prefeito de São Paulo, embora considerada remota, tem provocado calafrios no PT, pelas consequências negativas que teria.

Um eventual vexame seria uma das maiores derrotas políticas da longa carreira de Lula, que investiu todo o seu capital político na aliança e sofreria um baque rumo à eleição de 2026. Já Boulos perderia muita força como representante da renovação da esquerda pós-lulista.

No PT, este cenário levaria a um duro debate interno sobre a decisão de abrir mão da cabeça de chapa na maior cidade do país. Novos gestos neste sentido em eleições futuras enfrentariam dificuldades.

Na campanha de Boulos, a avaliação predominante é que a esquerda tem força para chegar ao segundo turno e que o voto nele é o mais consolidado da atual corrida.

Mas a resiliência de Marçal, mesmo após o episódio em que um assessor agrediu o marqueteiro de Ricardo Nunes, impressiona os aliados do psolista, o que gera preocupação.

Um efeito já se faz sentir: Boulos viu frustrada sua estratégia de, na reta final, concentrar suas energias em Nunes e precisará também mirar no coach, para não correr riscos de morrer na praia já no próximo domingo (6).

Segundo o Datafolha, Boulos e Marçal estão empatados no limite da margem de erro, com 25% para o candidato do PSOL e 21% para o do PRTB. Nunes aparece com 27%.

Fábio Zanini/Folhapress

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