Donald Trump lota o Madison Square Garden, em Nova York, e eleitores dão vitória como certa

“Não, não é ‘se Donald Trump vencer’. Ele vai vencer. Deixa eu ver você escrever isso”, disse Janette, 62 —ela não quis dizer o sobrenome.

Irritada, ela não admitiu ouvir a pergunta da reportagem sobre que espera de diferente de um eventual segundo mandato do republicano, em comparação ao primeiro. Para ela, não há cenário possível de derrota.

Janette é uma das milhares de pessoas que se reuniu neste domingo (27) no icônico Madison Square Garden, em Nova York, para um dos últimos comícios de Trump antes da eleição, em 5 de novembro.

Fazer um evento na arena, que se autointitula a mais famosa do mundo, era um sonho do ex-presidente. De madrugada, já havia pessoas na fila. O local, com capacidade para quase 20 mil pessoas, estava praticamente lotado.

Apesar das pesquisas de intenção de voto mostrarem Trump e Kamala Harris empatados, os apoiadores do ex-presidente estão confiantes na vitória. Como o candidato, muitos dizem, sem provas, que a única forma de ele ser derrotado é o se o lado adversário trapacear.

Eles também estão confiantes que, se reeleito, Trump será um presidente mais forte do que em sei primeiro mandato.

“Acho que ele vai ser mais agressivo. Ele sabe o que esperar agora, tem experiência e uma ideia melhor do que fazer. E não tem a crise da Covid”, afirma à reportagem Michael DePasquale, 40, de Long Island.

O latino Christian Vargas, 23, acrescenta que o Congresso agora é mais favorável à Trump do que no governo anterior, o que facilitaria a implementação de sua agenda. A composição da Câmara e do Senado será renovada em 5 de novembro, mas pesquisas indicam que os republicanos têm boas chances de dominar o Legislativo. Mais que isso, aliados do ex-presidente ganharam mais espaço e poder dentro do partido.

Stacey, 23, veio com a mãe para ver Trump neste domingo. A jovem engenheira acredita que o republicano fará escolhas melhores de secretários para seu governo. “Vai ser uma representação melhor do nosso movimento”, diz.

Muitos integrantes do primeiro governo Trump romperam com o republicano. O núcleo que o cerca agora é visto como mais restrito, ideológico e leal. Soma-se a isso a triagem e seleção de potenciais funcionários para um novo governo sendo feita pela fundação conservadora Heritage.

Por isso, a aposta é que Trump consiga fazer um governo mais à sua imagem se reeleito, diferentemente do primeiro, quando ainda não tinha experiência no Executivo.

Seu chefe de gabinete mais duradouro, John Kelly, afirmou na última semana que precisava constantemente explicar coisas básicas sobre a Constituição ao então presidente, a quem classificou de fascista. Outros ex-integrantes do governo que se viraram contra o empresário dizem que criavam táticas para não dar seguimento às ordens mais descabidas do empresário.

“Acho perigoso quando você fala que um candidato é uma ameaça ou inimigo da democracia. Você coloca um alvo nas costas dele, é irresponsável e imoral dizer coisas do tipo”, responde Michael DeCurtis, 38, ao ser questionado sobre o rótulo de fascismo.

Para ele, Trump significa uma economia melhor e o fim das guerras no Oriente Médio e no Leste Europeu. DeCurtis diz que os democratas fracassaram, citando a si mesmo como exemplo: nos últimos quatro anos, perdeu o emprego como segurança na Disney na Flórida, e hoje trabalha com faxina em Nova York.

As brasileiras Magna Trovato, 53, e Alessandra, 62 (ela não quis dizer o sobrenome), se conheceram na fila para o comício. Ambas dizem que a economia será muito melhor se o empresário voltar à Presidência.

“Quando ele era presidente não tinha guerras, inflação estava baixa, combustível estava barato, ele cortou imposto. Comprei minha casa em dinheiro”, diz Alessandra, que mora na Filadélfia há 20 anos e trabalha como operadora de turismo. “Nunca guardei tanto dinheiro na vida como nos anos Trump”.

Apesar de imigrantes, as duas não se incomodam com os ataques do ex-presidente à categoria. Elas afirmam que nunca foram mal tratadas por outros apoiadores, e que são a favor de deportação daqueles que entraram no país de modo ilegal.

“Cheguei aqui legalmente, gastei dinheiro, paguei advogado. Agora chega essa gente e ganha tudo, ainda reclamam, e tem direito de ficar aqui? De jeito nenhum, voltem para casa”, afirma Alessandra.

“É injusto quando americanos estão pagando e pessoas estão cortando a fila”, disse de modo semelhante Stacey.

Durante o comício, imigrantes foram alvo de ataques em diversos discursos de convidados. Um comediante fez piada por exemplo com “latinos fazerem muitos filhos”.

A previsão era de que Trump falasse por volta das 18h (horário de Brasília). Elon Musk também está na programação.

Kamala Harris também foi um alvo frequente, como esperado. Além dela, também o foi Hillary Clinton, que comparou o comício deste domingo a um pró nazismo realizado no mesmo local em 1939.

Uma mulher com mais de 60 anos que não quis dizer o nome nem o estado de onde vem, dizendo ser apenas do Meio Oeste, repetiu à reportagens acusações já desmentidas de que o vice na chapa democrata, Tim Walz, abusou sexualmente de estudantes.

Ao ouvir da reportagem que a notícia é falsa, ela diz que tem vídeos e fotos que comprovam —autoridades do governo disseram que o material foi fabricado por atores russos.

“Não, é verdade. Você precisa pesquisar melhor, eu não vou fazer a sua pesquisa por você”, respondeu ela irritada.

O temor do uso de inteligência artificial para interferir na eleição cresce a medida que o pleito se aproxima. Especialistas acreditam que áudios, fotos e vídeos fabricados podem ser usados para gerar confusão entre eleitores.

Fernanda Perrin/Folhapress

Adriane Lopes (PP) é reeleita prefeita de Campo Grande

Foto: Reprodução/Facebook
A prefeita Adriane Lopes (PP) foi reeleita em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Com 100% das urnas apuradas, a candidata apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 51,45% dos votos válidos (222.699 votos), superando Rose Modesto (União Brasil), com 48,55% (210.112).

Campo Grande foi a única capital brasileira com segundo turno disputado por duas mulheres.

A campanha da prefeita cresceu na reta final do primeiro turno, com discurso conservador de olho em votos bolsonaristas. Ela desbancou o deputado federal Beto Pereira (PSDB), que ficou em terceiro.

Adriane Lopes foi apoiada por Bolsonaro no segundo turno, a pedido da ex-ministra da Agricultura e atual senadora Tereza Cristina (PP-MS). O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também apoiou Adriane Lopes, depois de estar ao lado de Beto Pereira no primeiro turno.

As duas candidatas disputaram públicos parecidos durante a campanha. São evangélicas, fizeram forte apelo à presença da mulher na política e buscaram o voto conservador dos sul-mato-grossenses. Nas redes sociais, Rose passou a campanha publicando vídeos tocando violão e cantando músicas gospel.

A campanha de Rose não fez acenos nem a Lula (PT) nem a Bolsonaro.

Quem é Adriane Lopes

Adriane Lopes, 48, nasceu em Grandes Rios, no Paraná. Tem formação em direito e teologia. Foi também coach vinculada ao Instituto Brasileiro de Coaching. Ganhou projeção em Campo Grande após atuar por quatro anos no sistema penitenciário do estado.

Era vice-prefeita de Marquinhos Trad (PSD) desde 2017. Assumiu o comando da cidade em 2022, quando o prefeito renunciou ao cargo para disputar o governo de Mato Grosso do Sul.

Ela foi a primeira mulher a ocupar a Prefeitura de Campo Grande e, para o novo mandato, terá como vice outra mulher, Dra. Camilla (Avante).

Derrotada no pleito municipal, Rose, 46, já havia sofrido revés na eleição estadual de 2022. Ela começou a carreira em 2008 como vereadora pelo PSDB. Foi eleita vice-governadora de Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2014 e deputada federal em 2018.

Em 2022, quando escolheu concorrer ao governo do estado, foi descartada pelo partido tucano. Filiou-se, então, ao União Brasil. Ela ficou em quarto lugar na disputa que elegeu Riedel.

Yuri Eiras/Folhapress

 

Eduardo Pimentel (PSD) é eleito prefeito de Curitiba

Foto: Divulgação
O atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), foi eleito prefeito da cidade neste domingo (27). Ele derrotou a apresentadora e comentarista Cristina Graeml (PMB).

Com 92,24% das urnas apuradas, Pimentel, apadrinhado pelo atual prefeito Rafael Greca (PSD) e pelo governador do Paraná Ratinho Junior (PSD), tinha 57,31% dos votos válidos ante 42,69% de Cristina.

Cristina e Pimentel protagonizaram uma campanha quente, com ataques permanentes. Pimentel está ligado à “direita tradicional”. Já Cristina é da “direita radical”, com forte presença nas redes sociais.

Além de ter as máquinas municipal e estadual como aliadas, Pimentel entrou na corrida eleitoral com a maior coligação entre os dez concorrentes: PSD se aliou ao Novo, PL, MDB, Republicanos, Pode, Avante e PRTB.

Desde o início da campanha, ele figurou numericamente à frente de todos os candidatos nas pesquisas realizadas pela Quaest. Mas a disputa com Cristina foi acirrada nas urnas do primeiro turno, o que fez com que sua campanha mudasse quase toda a estratégia para o segundo turno.

Para enfrentar uma candidata alinhada com o bolsonarismo, Pimentel escalou apoiadores da direita como o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) e reduziu o espaço na propaganda da tevê de padrinhos políticos como o prefeito Greca, chamado por Cristina de “prefeito lulista”.

Pimentel também explorou fragilidades e polêmicas da adversária, chamada por ele de “extremista” e “aventureira”. Passou a dizer que era o candidato da ciência e que a rival dividia Curitiba.

Ele também fez acenos discretos ao eleitorado da esquerda, que ficou sem representantes no segundo turno. Na véspera da eleição deste domingo, pediu para que o eleitor não anulasse o voto. “Se for para anular, que seja para anular o ódio”, afirmou ele, em referência à candidata bolsonarista.

A campanha de Pimentel também enfrentou desgastes, especialmente no primeiro turno, como a nomeação do sogro do candidato a vice.

O ex-deputado federal Paulo Martins (PL), agora eleito vice-prefeito, atuava na assessoria especial do governador Ratinho Junior até junho deste ano, quando foi exonerado para participar das eleições. Na sequência, contudo, o sogro de Martins, Cezar Orlando Gaglionone, que já atuava na Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), ganhou exatamente o mesmo cargo deixado por ele, na assessoria da governadoria. Após a repercussão, em setembro, Gaglionone foi demitido. O governo estadual não comenta o caso.

O desgaste maior, contudo, envolve a prefeitura de Curitiba e uma suposta coação de servidores para que houvesse colaboração financeira à campanha. Áudios vazados na última semana da campanha do primeiro turno revelaram um superintendente da prefeitura dizendo a servidores que eles precisavam comprar convites do jantar em apoio a Pimentel, que isso “já veio determinado” e “não tem como negociar”.

Nos áudios, ele sugere que há mais gente envolvida neste esquema de arrecadação, incluindo seu superior direto e outros superintendentes. Mas ele não falou com a imprensa e foi exonerado após a repercussão do caso.

A prefeitura tratou como fato isolado e a campanha de Pimentel negou qualquer participação, repudiando a atitude do superintendente. O caso está sendo investigado na Justiça Eleitoral e ainda não há um desfecho.

Formado em Administração, Eduardo Pimentel Slaviero, 40, é membro da família Slaviero, dona da rede de hotéis homônima, e neto de Paulo Pimentel, governador do Paraná entre 1966 e 1971 e megaempresário da comunicação até 2011, quando concluiu a venda de jornais, rádios e tevês. Também é irmão do atual diretor-presidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia), Daniel Pimentel Slaviero, indicado para o cargo pelo governador Ratinho Junior.

Antes de ser eleito vice-prefeito em 2016 e 2020, Pimentel havia disputado uma eleição em 2010 para deputado estadual pelo PSDB, mas saiu derrotado. Depois acabou nomeado pelo então governador Beto Richa (PSDB) para a diretoria da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná) e seguiu em cargos públicos até a eleição de 2016.

No período em que estava no mandato de vice, também foi secretário municipal de Obras Públicas por dois anos. No início de 2023, quando seu grupo político já articulava sua candidatura à prefeitura, também foi chamado para ser secretário estadual das Cidades, onde ficou por um ano.

Catarina Scortecci/Folhapress

Sandro Mabel (União Brasil) é eleito prefeito de Goiânia

Foto: Ranier Bragon/Folhapress
  O ex-deputado federal e empresário Sandro Mabel (União Brasil) foi eleito neste domingo (27) prefeito de Goiânia (GO), derrotando o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL).

Com 92,66% das urnas apuradas, Mabel tinha 55,53% dos votos válidos ante 44,47% de Fred.

O resultado representa uma vitória do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que apoiou Mabel, e uma derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se empenhou pessoalmente na campanha do candidato do PL, chegando a ir à capital de Goiás neste domingo.

Sandro Mabel tem 65 anos e é da família que fundou a fábrica de biscoitos Mabel, vendida à Pepsico em 2011 e, em 2022, revendida à Camil.

Ele foi deputado federal por quatro mandatos, de 1995 a 2015, além de ter sido assessor especial da Presidência no governo de Michel Temer (2016-2018). Com bens declarados de R$ 313 milhões, foi o mais rico dos candidatos nas 103 maiores cidades do Brasil (com mais de 200 mil eleitores).

Durante suas passagens pela Câmara, chegou a ter o nome citado nos escândalos do mensalão e da Lava Jato, mas nada foi provado contra ele.

Na reta final da campanha, a Justiça concedeu duas liminares à chapa adversária indicando entender que houve uso da máquina pública estadual para beneficiar o agora prefeito eleito.

Em uma das decisões, a juíza Maria Umbelina Zorzetti escreveu que o governador e Mabel usaram a máquina pública para comprar votos por meio de cestas básicas. As ações ainda terão seus méritos julgados.

Mabel foi a aposta de Caiado para conquistar a Prefeitura de Goiânia após pesquisas internas indicarem que a cidade demandava um gestor. O atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), tem altíssima rejeição. Cruz tentou se reeleger, mas acabou ficando em sexto no primeiro turno, com apenas 3,14% dos votos válidos.

A cidade sofre com problemas na saúde, na coleta de lixo, iluminação e limpeza das ruas, entre outros pontos.

O empresário também teve apoio velado do PT, que ficou em terceiro no primeiro turno e que, após isso, divulgou nota defendendo o voto para “derrotar a extrema direita”. Isso sacramentou a até então improvável aliança entre os rivais históricos PT e Caiado.

Já Fred Rodrigues não era o candidato natural do bolsonarismo, mas assumiu a função após o deputado federal Gustavo Gayer (PL) desistir de concorrer.

Fred fez uma campanha altamente vinculada a Bolsonaro e de ataques diretos ao PT e a Mabel, a quem ele tentou tachar de esquerdista por causa de antigos elogios do empresário a governos do PT.

Devido a isso, o bolsonarista saiu da fileira de baixo nas pesquisas e chegou na frente no primeiro turno.

Também na reta final foi alvo de desgaste pela declaração falsa de que tinha diploma superior em direito e pela ação da PF contra Gayer por suspeita de desvio de verbas das emendas parlamentares.

A capital de Goiás abrigou uma disputa nacional da direita que opôs Bolsonaro e Caiado, dois políticos que mesclam uma relação de aproximação e atritos.

Caiado é declaradamente um postulante a ser o nome da direita na disputa à Presidência da República em 2026, já que Bolsonaro está inelegível.

A vitória deste domingo representa um alento nessa pretensão, mas há muitos obstáculos. A começar pela concorrência.

Também são cotados para o posto os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR), entre outros.

Outro problema é que, apesar da derrota deste domingo, Bolsonaro ainda tem um importante cacife político e diz que ele próprio será o candidato da direita em 2026. Há um movimento político dele e de seus aliados na tentativa de reverter sua inelegibilidade.

Durante a campanha em Goiânia ele chegou a chamar Caiado de “governador covarde” em comício ao lado de Fred e, na última semana, voltou a atacar o governador, dizendo que ele gosta de “ranger os dentes”, mas se aliou ao PT. Michelle Bolsonaro também esteve na cidade duas vezes e, na última, chamou Caiado de “velha raposa”.

Ranier Bragon/Folhapress
 

Luiz Caetano é declarado prefeito eleito de Camaçari, com 99,81% dos votos apurados

Foto: Divulgação
O ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano (PT) acaba de ser declarado prefeito eleito de Camaçari, com 99,81% dos votos apurados. Com este percentual, ele teve 80.512 votos, ou 50,92%. O candidato Flávio Matos, do prefeito Elinaldo Araújo, obteve 49,08%, ou 77.600 votos.

Paulinho Freire (União Brasil) é eleito prefeito de Natal

Paulinho Freire (União Brasil), novo prefeito de Natal
O deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) foi eleito prefeito de Natal neste domingo (27) e vai comandar a capital do Rio Grande do Norte pelos próximos quatro anos.

Com 93,75% das urnas apuradas, Paulinho teve 55,46% dos votos válidos contra 44,54% da deputada federal Natália Bonavides (PT), que entrou na disputa com o apoio da governadora Fátima Bezerra (PT).

A vitória de Paulinho representa uma continuidade da gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que o apoiou e indicou a ex-secretária municipal Joana Guerra (Republicanos) como vice.

Também consolida mais uma vitória da direita em capitais do Nordeste. A região costuma dar votações consistentes ao PT em eleições presidenciais, mas teve um predomínio nas urnas de candidatos do campo conservador nas capitais.

No primeiro turno, Paulinho Freire teve 44,1% dos votos válidos contra 28,4% de Natália. O ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD) ficou em terceiro lugar com 23,9% e se manteve neutro no segundo turno.

Paulinho Freire é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contou com a presença do ex-presidente no lançamento de sua candidatura, no mês de agosto. Em visita de Bolsonaro a Natal, Freire pediu o apoio de cada eleitor que tivesse “espírito patriota”.

Freire iniciou sua carreira política como vereador em Natal, foi deputado estadual e é deputado federal desde fevereiro de 2023.

Ele foi vice-prefeito de Natal de 2009 a 2016, na gestão da então prefeita Micarla de Sousa (PV). Assumiu o comando da prefeitura de 1º de novembro a 13 de dezembro de 2012, após o afastamento da então prefeita pela Justiça.

Durante a campanha, Paulinho focou suas propostas na geração de empregos e na ampliação da rede municipal de saúde, com a construção de novas unidades básicas de saúde e ampliação do horário de funcionamento das atuais.

Também trouxe pautas de costumes para a campanha visando criticar sua adversária, Natália Bonavides. No segundo turno, recebeu o apoio do senador Styvenson Valentim (Podemos).

Natália Bonavides é advogada e foi eleita deputada federal em 2018 e 2022 —na última oportunidade, foi a mais votada do Rio Grande do Norte. Ela também teve um mandato como vereadora, de 2017 ao começo de 2019, quando assumiu a vaga na Câmara.

A campanha de Natália em Natal teve as digitais do presidente Lula (PT), que participou de um comício em Natal neste segundo turno, e da governadora Fátima Bezerra (PT), engajada na campanha da aliada desde o início da campanha eleitoral.

Um dos problemas que a Prefeitura de Natal enfrenta é o avanço do mar na praia de Ponta Negra. Em setembro deste ano, a gestão do município decretou estado de emergência diante de estragos provocados pela maré alta em estruturas urbanas e privadas na orla.

De acordo com a prefeitura, a medida foi tomada após relatório da Defesa Civil apontar aumento no processo de erosão no Morro do Careca, um dos principais cartões-postais da cidade. Com a situação de emergência, a administração diz que vai ampliar a interdição no entorno do local.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Nunes derrota Boulos e é reeleito prefeito de São Paulo, projeta Datafolha

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), 56, derrotou Guilherme Boulos (PSOL), 42, no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo e se reelegeu neste domingo (27) para um novo mandato de quatro anos, segundo projeção do Datafolha.

Com 29,13% das urnas apuradas, Nunes tinha 60,49% e Boulos, 39,51%.

Para projetar a vitória de um candidato, o Datafolha acompanha os dados da apuração divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, por meio de um sistema próprio, faz a projeção do resultado considerando o peso que cada zona eleitoral tem em relação ao total de eleitores de cada cidade.

Quando há um número razoável de votos apurados em todas as zonas eleitorais, poderá ser possível estimar que um candidato não pode mais ser ultrapassado, e, portanto, projetar sua vitória.

Carolina Linhares/Joelmir Tavares

Eduardo Siqueira Campos (Podemos) é eleito prefeito de Palmas

Eduardo Siqueira Campos (Podemos) durante evento de campanha em Porto Velho
O ex-senador e ex-prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) foi eleito prefeito de Palmas neste domingo (27). Ele ficou à frente da deputada estadual Janad Valcari (PL), apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com 100% das urnas apuradas, Siqueira Campos obteve 53,03% dos votos válidos (78.673 votos), ante 46,97% de Janad Valcari (69.684), segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No primeiro turno, Janad havia encerrado na liderança a disputa para o comando da capital do Tocantins com 39,22% dos votos válidos, ante 32,42% de Siqueira Campos. Essa foi a primeira vez que Palmas teve segundo turno.

Em sua campanha de segundo turno, Eduardo Siqueira Campos concentrou esforços em eventos públicos, como “adesivaços” e encontros com eleitores em bairros de Palmas.

Ele recebeu apoio da prefeita Cinthia Ribeiro, do ex-candidato Júnior Geo (PSDB), e de partidos como o PT e o PCdoB.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o ministro do Esporte André Fufuca e o senador Ciro Nogueira marcaram presença em um dos últimos eventos de campanha do candidato.

Nos debates televisivos, como o da TV Norte, afiliada do SBT, Siqueira Campos destacou propostas para modernizar o transporte público com 200 novos ônibus e melhorias na infraestrutura urbana.

O candidato também citou o fortalecimento do Banco do Povo, ampliando crédito para microempreendedores, e a expansão de instituições de ensino técnico.

A campanha de ex-senador e ex-prefeito procurou manter uma proximidade com os eleitores por meio de eventos populares, feiras, e encontros comunitários.

Siqueira Campos tem uma trajetória longa no cenário político de Tocantins. Sua carreira na política teve início como deputado federal em 1988, logo após a criação do estado.

Ele foi prefeito de Palmas entre 1993 e 1997, além de senador de 1999 a 2007. Em 2023, ele se filiou ao Podemos para concorrer novamente à prefeitura. Atualmente, atua como empresário no ramo da comunicação, tendo sido deputado estadual de 2015 a 2023.

O deputado estadual Professor Júnior Geo (PSDB), terceiro colocado no primeiro turno, deu apoio velado a Siqueira Campos em suas redes sociais ao afirmar que não votaria em Janad e que abstenções e votos nulos e brancos só ajudariam quem não se quer no poder.

Entre as promessas no segundo turno, Siqueira Campos diz que pretende criar subprefeituras para atuar como zeladorias dos bairros, contendo unidade da Guarda Metropolitana e SAMU. Também prometeu priorizar a inclusão social, programas para idosos e incentivo ao empreendedorismo feminino.

Ex-sócia da banda Barões da Pisadinha, Janad foi eleita deputada estadual em 2022, sendo a primeira mulher mais votada do legislativo de Tocantins, somando 31.587 votos.

Para o pleito deste ano, ela contou com apoio do governador Wanderlei Barbosa e do senador Eduardo Gomes, ambos do PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também a apoiou, participando de motociata. Acompanharam o ato senadores, deputados, vereadores e lideranças políticas, no último dia de campanha de Janad.

No segundo turno, ela explicou que pretende abrir concursos públicos e criar um plano de carreira próprio para servidores do PrevPalmas. Ela também pretende pagar benefícios aos servidores da saúde, como plantões extras, gratificações e vale transporte, sem comprometer os cofres públicos.

A ex-sócia da banda virou alvo de uma investigação da Promotoria do Tocantins sobre um possível enriquecimento ilícito envolvendo a banda. Ela nega as acusações.

Folhapress

Emília Corrêa é eleita prefeita de Aracaju no segundo turno

Emília Corrêa (PL) foi eleita prefeita de Aracaju, capital do Sergipe, após atingir a maioria dos votos válidos nas eleições municipais de 2024, realizadas neste domingo (27).

Corrêa obteve 41,62% dos votos no primeiro turno, e confirmou o favoritismo ao derrotar Luiz Roberto (PDT) no segundo turno da votação.

Afiliada ao partido de Waldemar Costa Neto e do ex-presidente Jair Bolsonaro, a política ocupava uma das cadeiras na Câmara Municipal de Aracaju por dois mandatos consecutivos.

Agora, ela comandará a capital sergipana por quatro anos, até o fim de 2028.

Abilio Brunini (PL) derrota petista e é eleito prefeito de Cuiabá

O deputado federal Abilio Brunini venceu Lúdio Cabral para o comando de Cuiabá
O deputado federal bolsonarista Abilio Brunini (PL) venceu o segundo turno da eleição neste domingo (27) e será o novo prefeito de Cuiabá.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele obteve 53,79% (166.303) dos votos válidos, contra 46,21% do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), apoiado por empresários do agronegócio, que conseguiu 142.861 votos com 96,94% das urnas apuradas.

No segundo turno, Brunini recebeu o apoio do atual governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e da maioria dos vereadores eleitos e deputados estaduais.

Ele iniciou sua pré-campanha explorando a imagem do ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ambos do PL. Pregou o discurso de que o PL seria o único partido da direita no Estado. Porém, conseguiu aglutinar apenas o Novo, PRTB e DC.

Adotou tom de enfrentamento para atrair eleitores. “Me chamam de louco porque não podem me chamar de corrupto”, disse durante a campanha. “Vote no louco”, estampavam várias camisetas de campanha dos seus apoiadores.

Ele recebeu apoio de outras lideranças nacionais da direita, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Novo).

Além de focar o antipetismo, Abilio conseguiu colar o desgaste do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no petista.

Abilio Brunini terá como vice-prefeita a tenente-coronel da PM, Vânia Costa. Sua esposa, a vereadora eleita Samantha Iris (PL), foi a mais votada para a Câmara de Cuiabá.

Já o adversário Lúdio Cabral contou com apoio de empresários do agronegócio como o empresário Elusmar Maggi, sócio do Grupo Bom Futuro, um dos barões do setor agropecuário e primo do ex-governador Blairo Maggi.

“Eu quero o voto de todos vocês. Peçam a vizinhos, parentes, a namorada, o namorado, amiga ou amigo, o pai, a mãe, o filho, o sobrinho, o tio, o neto e o vizinho, ao da direita, da frente e de trás. Vamos eleger o Lúdio”, conclamou o empresário no dia 19.

O petista conseguiu atrair o PSD, comandado pelo senador licenciado e ministro da Agricultura Carlos Fávaro, que tem a filha, jornalista Rafaela Fávaro (PSD), como vice-prefeita do petista.

Quem é Abilio Brunini

Abilio Brunini tem 40 anos e é arquiteto-urbanista. Sua família comandou por décadas a Assembleia de Deus em Mato Grosso. Entrou na politica em 2016, quando foi eleito vereador pelo PSC no palanque do atual prefeito Emanuel Pinheiro.

Rompeu com ele em 2017 e passou a atuar na oposição. Migrou para o Podemos e lançou-se candidato a prefeito em 2020. Chegou ao segundo turno em primeiro lugar. No entanto, acabou sendo derrotado por Emanuel Pinheiro.

Seguidor de Bolsonaro, Brunini migrou para o PL em 2022, e foi eleito deputado federal. Chegou a pedir novas eleições após o segundo turno, quando Bolsonaro foi derrotado pelo presidente Lula (PT).

Pablo Rodrigo/Folhapress

Tarcísio diz sem apresentar provas que PCC orientou voto em Boulos, que reage: ‘Que vergonha’

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Sem apresentar provas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou neste domingo (27) que integrantes da facção criminosa PCC orientaram familiares e apoiadores a votarem em Guilherme Boulos (PSOL) para prefeito de São Paulo.

A declaração foi dada a jornalistas no colégio Miguel Cervantes, na zona sul, local de votação do governador. Ele estava ao lado de Ricardo Nunes (MDB), prefeito, candidato à reeleição e seu aliado.

Logo em seguida, Boulos reagiu à declaração do governador bolsonarista: “Que vergonha, né. Nada mais a dizer, é o candidato que ele apoia [Ricardo Nunes] que botou o PCC na Prefeitura de SP”. A resposta do candidato do PSOL faz referência às investigações sobre atuação da facção no sistema de ônibus.

Boulos afirmou ainda que irá à Justiça contra o governador de São Paulo, cotado para a disputa presidencial de 2026, já que seu principal aliado, Jair Bolsonaro, está inelegível até 2030.

Os últimos momentos da campanha de São Paulo têm sido de ataques pesados.

No sábado (26), a primeira-dama Janja e apoiadoras de Boulos divulgaram vídeo para relembrar o registro policial de violência doméstica feito pela esposa de Nunes contra ele em 2011. Logo após a divulgação do vídeo, Nunes reagiu: “A Janja fez isso? Que baixaria”.

Já neste domingo, em entrevista, Tarcísio foi questionado por uma jornalista sobre a violência em algumas campanhas.

“A gente vem alertando sobre isso há muito tempo. Nós fizemos um trabalho grande de inteligência. Então a gente pegou e reforçou o policiamento nas grandes cidades onde está tendo segundo turno”, respondeu o governador. “Vamos aí ter muitas conversar com o Tribunal Regional Eleitoral para ver os relatórios que mostram os locais que tiveram conexão com o crime organizado.”

Tarcísio foi em seguida indagado sobre o que aconteceu na capital. “Houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos”.

Em seguida, o governador foi questionado pelo jornal Folha de S.Paulo sobre qual era o candidato indicado pelo PCC em São Paulo, ao que Tarcísio respondeu: “Boulos”.

A reportagem procurou a assessoria do governo do estado em busca de mais informações sobre o que foi declarado por Tarcísio, mas ainda não obteve resposta.

Segundo o governador, as cidades do estado que têm segundo turno estão contando com uma grande mobilização policial neste domingo (27). O governador disse também que, até o momento, as eleições estão ocorrendo de forma tranquila e cumprimentou o TRE-SP pelo trabalho.

Sobre o resultado das eleições em São Paulo, o principal cabo eleitoral de Nunes disse estar otimista. “As pesquisas têm mostrado uma grande vantagem do Ricardo, e nós trabalhamos muito nesse período para mostrarmos o projeto que temos para São Paulo e as realizações”, disse.

À reportagem o governador ainda disse que considerou a campanha de 2024, na qual atuou como apoiador, mais difícil do que a de 2022, quando foi candidato ao governo.

Victória Cócolo/Carlos Petrocilo/Folhapress

Justiça determina apreensão de ônibus do PT em Camaçari utilizado para transporte irregular de eleitores

Ônibus utilizado para o transporte de eleitores do PT no segundo turno das eleições em Camaçari
A Justiça Eleitoral determinou, neste domingo (27), a apreensão imediata de um ônibus utilizado para o transporte de eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT) durante o segundo turno das eleições em Camaçari. O veículo, adornado com adesivos do PT e do candidato a prefeito Luiz Caetano, foi encontrado estacionado em frente ao Colégio Maria Quitéria, local de votação.

De acordo com as a Justiça Eleitoral, o ônibus apresentava “evidências de violação à norma eleitoral”, sendo caracterizado como um transporte irregular de eleitores. O veículo exibia mensagens como “Camaçari mais feliz” e “Esse é o time da paz, emprego e renda. Com fé em Deus é 13”, além de imagens de Luiz Caetano, do governador Jerônimo Rodrigues, do presidente Lula, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do senador Jaques Wagner.

A juíza Maria Claudia Salles Parente, em sua decisão, ressaltou que a Lei 6.091/74 proíbe o transporte de eleitores no dia da eleição, a menos que realizado por pessoas devidamente autorizadas pela legislação. Essa medida visa garantir a lisura do processo eleitoral e a equidade entre os candidatos, prevenindo abusos que possam comprometer a transparência e a integridade do pleito.

Drogas são apreendidas pela PM em Pernambués

Policiais militares da 1ª CIPM, do Batalhão Patamo e da Cipe Semiárido, durante cumprimento da Operação Hórus, apreenderam crack e cocaína com três suspeitos na Rua 4 de Dezembro, em Pernambués, na noite de sábado (26).

Durante a intensificação de policiamento na localidade conhecida como Manguinhos, as guarnições surpreenderam um grupo de homens em movimentação suspeita que, ao avistar a aproximação policial, tentou fugir, mas três deles foram alcançados, abordados e imediatamente presos.

Com eles, foram apreendidos 2200 porções de cocaína, 20 embalagens contendo crack e um rádio comunicador.

Os detidos e todo o material apreendido foram direcionados à unidade especializada da Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada.

Acompanhado por ACM Neto e Bruno Reis, Flávio Matos vota em colégio de Camaçari

Diversos políticos prestigiaram a votação de Flávio Matos em Camaçari
O candidato a prefeito de Camaçari Flávio Matos (União Brasil), votou neste domingo (27), no Colégio São Thomáz de Cantuária, na Av. Eixo Urbano Central, no centro da cidade. Ele chegou na escola acompanhado do líder da oposição na Bahia e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, do prefeito de Salvador Bruno Reis, do prefeito do município Elinaldo Araújo, do deputado federal Paulo Azi, dos deputados estaduais Manuel Rocha e Emerson Penalva, de outras autoridades, além de sua esposa Salma Reis.

Depois de levar a disputa para o segundo turno pela primeira vez na história de Camaçari, o candidato se mostrou confiante na vitória. “O sentimento nas ruas é de esperança, o povo não quer o retrocesso, não confia em um grupo que passou toda a campanha oprimindo as pessoas, criando pânico na cidade. Nós vamos vencer essa eleição e vamos viver um novo futuro de grandes avanços e vamos governar ouvindo o povo e servindo à população”.

A candidata a vice-prefeita Professora Angélica (PP) votou também nesta manhã, no distrito de Vila de Abrantes, na orla do município.

Ao lado de Jerônimo, Caetano é recebido por apoiadores em local de votação bahia

Pastora Déa Santos, Jerônimo Rodrigues e Luiz Caetano
Neste domingo (27), o candidato a prefeito de Luiz Caetano (PT), ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), votou e foi recebido por centenas de apoiadores no Colégio Municipal São Tomaz de Cantuária.

Em uma eleição histórica, com mais de 60 dias de campanha, o petista chega ao segundo turno com vantagem sobre o adversário, uma vez que venceu o primeiro turno. “A gente entra nessa eleição, hoje no dia 27 de outubro, com a certeza de que nós vamos dar esse presente à Camaçari e ao presidente Lula”, diz Caetano, confiante na vitória.

“Estou muito alegre, muito feliz, nós trabalhamos muito nessa campanha eleitoral, nos juntamos com o povo de Camaçari, construímos uma frente política muito forte. No primeiro turno tínhamos três vereadores nos apoiando, depois elegemos oito, vieram mais dois. No total, temos 10 vereadores”, continuou o candidato ao ressaltar os apoios recebidos no segundo turno.

Já o governador Jerônimo Rodrigues reafirmou o compromisso com o município e disse que a vitória do petista no município irá transformar a vida dos camaçarienses. “Caetano vai chegar para trabalhar e arrumar a Prefeitura, mas ele tem a obrigação de passar a limpo todas as mazelas e todas as porcarias que o grupo que aí está fez, para que Camaçari possa ver como é que os oitos anos foram conduzidos os rumos de Camaçari”, afirma o governador.

Ex-presidente da Bolívia, Evo Morales diz que carro em que estava foi atacado a tiros; veja

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales afirmou neste domingo (27) que seu veículo foi alvo de tiros. O incidente teria ocorrido em meio ao aumento das tensões entre seus apoiadores e os de seu ex-aliado e atual líder do país sul-americano, Luis Arce.

Evo publicou um vídeo no Facebook no qual ele aparece no banco do passageiro de um carro em movimento no qual há pelo menos dois buracos de bala no para-brisa. “Assim foi a tentativa de magnicídio”, afirmou o ex-presidente. “fomos interceptados por dois veículos, aparentemente Tundras, dos quais desceram quatro indivíduos encapuzados e vestidos de preto com armas na mão, que começaram a disparar.”

Em seguida, em uma entrevista à rádio Kawsachun Coca, o ex-presidente afirmou que seu carro foi atingido por 14 tiros e que o motorista ficou ferido. “Felizmente, hoje, salvamos nossas vidas (…) Isso foi planejado, era para matar Evo”, disse ele, que no momento do incidente dirigia-se para a gravação de seu programa semanal de rádio em Cochabamba, no centro do país.

A Bolívia vive uma onda de protestos há quase duas semanas, durante as quais apoiadores de Evo bloquearam diversas estradas, interrompendo o fornecimento de alimentos e combustível. O objetivo é evitar a prisão do líder em meio às acusações de que ele estuprou e engravidou uma adolescente em 2015, quando era presidente —denúncia politicamente motivada, segundo seus apoiadores.

No sábado (26), o governo havia criticou Evo por suas tentativas de “interromper a ordem democrática”. Em um comunicado, o governo afirmou que alguns grupos estavam armados e alertou sobre a violência, citando 14 policiais feridos ao tentar desobstruir os bloqueios. O incidente deste domingo pode provocar ainda mais agitação entre os bolivianos.

Arce é ex-ministro da Economia de Evo, e ambos fazem parte do mesmo partido político, o MAS. O atual estado de tensão no país é fruto de diversos desentendimentos entre os dois no último ano —parte de uma luta pelo poder antes das eleições de 2025.

Folhapress

STJ anulou condenação por estelionato de advogada investigada em esquema de venda de sentenças

Superior Tribunal de Justiça (STJ)
A advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, que arrastou filhos de desembargadores para o centro de um escândalo de corrupção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foi presa em 2018, acusada de usar documentos falsos para tentar aplicar um golpe em um aposentado para receber indevidamente R$ 5,5 milhões. Mas ela acabou beneficiada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou sua condenação ao cravar que não existe o crime de “estelionato judiciário”.

O STJ atravessa uma etapa de forte turbulência com a citação aos nomes de alguns de seus ministros a partir da análise de mensagens e dados no celular do advogado Roberto Zampieri, o “lobista dos tribunais”, executado com 12 tiros em Cuiabá em dezembro de 2023.

Emmanuelle teria usado documentos falsificados, como notas promissórias e até um termo de confissão de dívida, para dar entrada em um processo alegando que um suposto cliente não tinha recebido o dinheiro da venda de uma fazenda ao aposentado.

A advogada respondeu a um processo por estelionato, associação criminosa, falsificação de selo público, falsificação de documento público, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ela foi condenada a três anos e seis meses de prisão, mas não chegou a cumprir a pena. No Superior Tribunal de Justiça, foi beneficiada por um habeas corpus que anulou a sentença, à revelia do Ministério Público.

Por unanimidade, a Sexta Turma do STJ confirmou, em julgamento realizado em abril, uma decisão do ministro Francisco Falcão que derrubou a condenação com a justificativa de que o Código Penal não prevê o crime de “estelionato judiciário”.

“Inexistente como figura penal típica a conduta de induzir em erro o Poder Judiciário a fim de obter vantagem ilícita, não havendo falar em absorção de uma conduta típica (falso) por outra que sequer é prevista legalmente (estelionato judiciário)”, argumentou o ministro.

Transferências bancárias feitas pela advogada no valor de R$ 380 mil colocaram a Polícia Federal no rastro dos advogados Rodrigo Gonçalves Pimentel, filho do desembargador Sideni Soncini Pimentel, e Fabio Castro Leandro, filho do desembargador Paschoal Carmello Leandro. Os advogados são investigados na Operação Ultima Ratio por suspeita de intermediarem a venda de decisões no Tribunal de Mato Grosso do Sul.

As suspeitas, que atingiram primeiro a corte estadual, alcançam agora o próprio STJ, que beneficiou a advogada. Os autos do inquérito da Operação Ultima Ratio foram remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), após citações aos gabinetes dos ministros Paulo Moura Ribeiro, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Isabel Gallotti. Eles negam ligação com práticas ilícitas.

A Polícia Federal quer aprofundar a investigação para identificar se servidores dos gabinetes dos quatro ministros do STJ teriam negociado decisões e se os magistrados tinham conhecimento de negociatas.

Rayssa Motta/Fausto Macedo/Estadão

Bolsonaro nega racha na direita e critica Moraes ao lado de aliado alvo de PF e STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou na manhã deste domingo (27) o voto de seu candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL). Na ocasião, esteve acompanhado do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), alvo de operação de busca e apreensão na sexta-feira (25).

“Uma precipitação. Só tem em cima da direita, na esquerda não tem nada. Mas não está colando mais esse tipo de ação. E caiu para variar com o mesmo ministro do Supremo. É sempre ele, sempre o mesmo”, disse Bolsonaro se referindo a Alexandre de Moraes, ministro do STF que autorizou a ação.

O ex-presidente disse ainda que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) agiu como “partido político” nas eleições de 2022 e nas eleições atuais.

O ex-mandatário também negou haver um racha na direita e disse que a máscara de Pablo Marçal (PRTB), que foi candidato a prefeito de São Paulo, “caiu”.

“Que racha? Dizem que Pablo Marçal teria rachado a direita. Já caiu a máscara. Não tem racha. A direita em grande parte são pessoas conscientes, sabe o que está em jogo”, afirmou, se referindo ao candidato derrotado à prefeitura de São Paulo.

Ainda falando sobre Marçal, Bolsonaro deu a entender que o próprio candidato do PRTB induziu os bolsonaristas de forma errônea a achar que ele o apoiava.

“Ainda disse pra ele: ‘Você é cara inteligente. Use a sua inteligência para o bem, só isso”.

Bolsonaro está em Goiânia acompanhando a votação de vários aliados no estado. Ele trava uma queda de braço em Goiás contra o governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

O ex-presidente cumprirá em Goiás uma maratona de votações, não só na capital, mas em Aparecida de Goiânia e Anápolis.

Ele também irá acompanhar a votação de Gayer. A busca contra ele foi motivada por suspeita de desvio da cota parlamentar.

Ranier Bragon/Folhapress

Eleições 2024: confira informações importantes para votar com tranquilidade neste domingo (27)

Estatísticas do TSE indicam que 33,9 milhões de pessoas poderão votar neste 2º turno em 51 municípios

Neste domingo (27), mais de 33.996.477 eleitoras e eleitores aptos a votar poderão retornar às urnas eletrônicas para decidir quem serão as prefeitas ou os prefeitos, e seus vices, em 51 municípios do país. Do total de cidades que realizarão o 2º turno das Eleições 2024, 15 são capitais.  

Vale destacar que o 2º turno só acontece em eleições para cargos majoritários, como o de prefeito, e em municípios com mais de 200 mil eleitoras e eleitores. Assim, na urna, a pessoa irá digitar apenas os dois dígitos do número da candidata ou do candidato a prefeito que estão na disputa. Se digitar número de candidatura ou de partido que não esteja concorrendo, irá anular o voto.  

Para evitar esse tipo de contratempo, confira a seguir informações importantes e exerça seu direito ao voto com tranquilidade, sem erro e com segurança. 

1. Voto 

Obrigatoriedade: o voto é obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para analfabetos, maiores de 70 anos e pessoas com 16 e 17 anos.  

2. Horário  

Pela primeira vez, a votação em eleições municipais será realizada em horário único no Brasil. Neste 2º turno das Eleições 2024, será das 8h às 17h do horário de Brasília (DF). Por isso, eleitoras e eleitores de algumas localidades com fuso diferente do da capital federal deverão ficar atentos aos relógios. O objetivo é que a votação seja concluída ao mesmo tempo em todo o país. 

  • Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, a votação será das 7h às 16h do horário local. 
  • No Acre, será das 6h às 15h. 
  • No Amazonas, em 11 municípios, será das 6h às 15h do horário local e, em outras 51 cidades, ocorrerá das 7h às 16h. 

3. Situação regular  

As eleitoras e os eleitores devem estar em situação regular com a Justiça Eleitoral. O título suspenso ou cancelado impede a pessoa de participar da votação.  

4. Documentos para se identificar 

O e-Título é aceito caso apresente a foto do eleitor (o que depende de cadastro biométrico prévio na Justiça Eleitoral). Se o aplicativo não tiver fotografia, a pessoa deve apresentar outro documento oficial de identificação com foto. 

Outros documentos aceitos: 

  •   carteira de identidade; 
  •   identidade social; 
  •   Passaporte; 
  •   documento profissional legal; 
  •   certificado de reservista; 
  •   carteira de trabalho; e 
  •   Carteira Nacional de Habilitação. 

5. Como conferir o local de votação 

A seção eleitoral e o local de votação devem ser verificados antecipadamente, pelo e-Título ou nos sites do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos tribunais regionais eleitorais (TREs). 

6. Treine o voto 

No Simulador de Votação, é possível treinar o voto neste 2º turno para o cargo de prefeito. 

7. Colinha 

É permitido entrar na cabine de votação com a chamada “cola eleitoral”, uma espécie de lembrete em papel com o nome e o número da candidata ou do candidato em que a pessoa pretende votarp 

Proibições: não é permitido entrar na cabine com celular ou equipamentos que comprometam o sigilo do voto.  

Baixe a sua colinha: preto e branco / colorido marcas de corte   

8. Preferência para votar 

A preferência é garantida, nesta ordem, para: 

  • pessoas com mais de 80 anos; 
  • candidatas e candidatos, juízas e juízes eleitorais, servidoras e servidores da Justiça Eleitoral; 
  • promotoras e promotores e policiais em serviço; e 
  • pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, lactantes, crianças de colo, doadores de sangue e pessoas com deficiência.  

9. O que pode e o que não pode no dia da eleição 

Permitido: manifestar a preferência individual e silenciosa, por meio de bandeiras, broches, adesivos e camisetas. 

Proibido: aglomerações, manifestações ruidosas, distribuição de materiais e o derrame de santinhos. 

Crimes: uso de alto-falantes e amplificadores de som; propaganda de boca de urna; comícios ou carreatas; novas publicações ou impulsionamento de novos conteúdos de propaganda eleitoral.  

10. Justificativa de ausência 

A justificativa pode ser feita no dia da votação pelo aplicativo e-Título ou, presencialmente, por meio da entrega do Requerimento de Justificativa Eleitoral. Também é possível justificar a ausência até 60 dias após cada turno. 

11. Acompanhamento dos resultados 

A totalização dos votos se inicia logo após o encerramento da votação nas seções, às 17h . É possível acompanhar a divulgação dos resultados em tempo real, pela plataforma “Resultados”, no Portal do TSE. 

CL/LC 

PF apreende mais de 400 kg de cocaína em Aparecida do Taboado/MS


Três Lagoas/MS. A Polícia Federal apreendeu, na tarde desta sexta-feira, 25/10, 414,3 kg de cocaína na cidade de Aparecida do Taboado/MS. Durante os trabalhos de fiscalização de rotina na região, com vistas a reprimir a prática dos crimes de tráfico de drogas, contrabando e descaminho, as equipes de policiais federais deram ordem de parada a uma carreta transitando com a carga de sucatas de ferro acondicionada no semirreboque de maneira irregular, estando muito acima da altura limite da carroceria.
Após a parada, o motorista do veículo demonstrou extremo nervosismo e preocupação, como também não soube responder, com clareza, perguntas simples sobre sua viagem, sobre o veículo e sobre a carga transportada.

Em vistoria no veículo, os policiais encontraram, no assoalho da parte inferior traseira do semirreboque, um local com sinais de adulteração. Perfurado o local com o auxílio de uma furadeira, a broca do equipamento retornou coberta por um pó branco, muito semelhante à droga conhecida como cocaína.

Após retirar, com o auxílio de maquinário pesado, a carga de sucatas de ferro do semirreboque, foi possível identificar que havia um compartimento oculto no local identificado com sinais de adulteração. Aberto o compartimento oculto, foram encontrados diversos tabletes da substância entorpecente, totalizando 414,3 kg de droga apreendida.

Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul
WhatsApp: 67 3303-5626

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