PF e BPFron apreendem carga milionária de eletrônicos em depósito na cidade de Guaíra/PR
A ação se deu quando as equipes policiais receberam informações que pessoas estariam realizando o carregamento de mercadorias ilícitas em uma residência. Diante disso, a guarnição foi ao local, momento em que dois homens correram aos fundos da casa, sendo possível verificar que estavam realizando o carregamento de eletrônicos em um veículo estacionado na garagem.
Após buscas, vários fardos de eletrônicos diversos (celulares, notebook, câmeras, óculos de realidade virtual, entre outros) e cigarros eletrônicos foram encontrados.
Diante dos fatos, os indivíduos presos, bem como o material apreendido foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra para os procedimentos subsequentes.
PF prende dois homens com 12kg de maconha no Galeão/RJ
Foto: Divulgação/PF |
Um dos presos desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão em voo proveniente de Manaus/AM e entregaria a droga para um comparsa que o aguardava para transportá-lo até a comunidade Nova Holanda, em Bonsucesso, no Rio de Janeiro.
Durante fiscalizações de rotina, policiais federais efetuaram a prisão em flagrante ao identificar a droga, distribuída em nove tabletes, na bagagem despachada pelo passageiro. Em seguida, a equipe conseguiu localizar e prender o segundo homem que seria responsável por levar a droga até a comunidade, onde o entorpecente seria distribuído.
Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, os presos foram encaminhados ao sistema prisional do estado, onde permanecerão à disposição da Justiça e poderão responder pelo crime de tráfico de drogas.
Itagibá se destaca no cenário nacional
Gilberto Kassab diz que PSD foi beneficiado porque os eleitores fugiram do radicalismo
Na entrevista, Kassab afirmou que houve “ânimos acirrados” na eleição de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro se enfrentaram. Com aquele “clima de ódio”, pessoas disseram que o centro havia acabado, relembrou Kassab.
“Naquela eleição só tinha Lula e Bolsonaro, o eleitor tinha que fazer uma opção. Como eram duas propostas que representavam extremos, quem não gostava de um só tinha o outro. Parecia que o País estava dividido entre metade Lula e metade Bolsonaro, mas quase 70% não eram nem um, nem outro. Foi a escolha da rejeição, sem tirar o mérito da liderança dos dois, que são grandes líderes políticos do País”, disse Kassab, segundo trecho publicado site da emissora.
Kassab continuou: “Agora, nas eleições municipais, a maior parte das cidades não era esquerda x direita. Sempre tem aquele candidato moderado, preocupado com os problemas locais. Prevaleceram essas vitórias. O PSD, como outros partidos de centro, teve vantagem com esse clima de procura do entendimento, moderação”, afirmou.
O presidente do PSD prosseguiu: “As pessoas fugiram do radicalismo e fomos beneficiados. Mas também precisa ter bons candidatos, bons candidatos novos ou prefeitos que faziam boa gestão e mereciam a reeleição”.
Na ocasião, o dirigente partidário citou como sucessos Rafael Greca (Curitiba), Fuad Noman (Belo Horizonte), Eduardo Braide (São Luís do Maranhão) e Eduardo Paes (Rio de Janeiro). Ele afirmou ainda que, embora Paes queira cumprir seu mandato até 2028, o prefeito do Rio “não vai resistir” e “vai ser convocado” para ser candidato a governador.
Kassab também defendeu a redução de partidos políticos, para não dar espaço a “aventureiros” na política. “Pode dar certo? Pode, mas a chance de dar errado é muito grande. E depois demora quatro anos para consertar. Partido grande não dá espaço a pessoas como essas, por isso precisa reduzir o número de partidos.”
O presidente do PSD disse ainda que as bandeiras do centro são “fáceis” de resumir: “Somos liberais na economia, mas lutamos por investimentos massivos na saúde, na educação, na segurança. Estamos ao lado do governo, qualquer que seja, quando ele defende a redução de gastos. A reforma administrativa, a mais importante desse País, que não é discutida, é nossa bandeira fundamental”.
O ex-prefeito de São Paulo também defendeu “com ênfase” o voto distrital: “O voto distrital é mais importante do que nunca com a aproximação dos influencers na política. Ela é perigosa, não por serem pessoas ‘do mal’, mas por não terem experiência na vida pública”.
PEC da Segurança deixou de fora pontos estruturais, diz ex-responsável por plano de Lula
“É importante a PEC estabelecer na Constituição que cabe à União estabelecer diretrizes para a segurança pública”, afirma Mariano, ex-ouvidor das polícias do estado de São Paulo.
Ao mesmo tempo, ele cita entre os pontos que ficaram de fora a alteração para que as polícias militares deixem de ser força auxiliar e reserva do Exército, a revisão do instituto do inquérito policial e a criação do chamado ciclo completo da atividade policial (divisão de competências penais entre as polícias).
Também questiona outro item central da proposta, dar maior poder à Polícia Rodoviária Federal.
“Tenho dúvidas se é um bom caminho ter na PEC a ampliação das atribuições da PRF, passando a ser também polícia ostensiva da União. Eu proporia, em vez disso, a criação da Guarda Nacional Civil para atuar nas fronteiras, na proteção dos povos indígenas, para enfrentar as grilagem de terras, proteger as sedes dos Três Poderes e atuar quando solicitada por governadores”.
Segundo Mariano, com isso não seria necessário o emprego das Forças Armadas por meio de operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
Ele afirma ainda “ter esperança” que Lula crie o Ministério da Segurança Pública. “Além de fortalecer a integração de União, estados e municípios, priorizaria o enfrentamento às organizações criminosas que cresceram em todo país”, declara.
DIA DO EVANGÉLICO: MULTIDÃO SE REÚNE EM ITAGIBÁ PARA SEGUNDA NOITE DE LOUVO
Em seguida, as apresentações de Maico Novaes, Banda Manancial e Felipe Brito trouxeram canções cheias de fé, preparando o coração do público para uma noite inesquecível. E para encerrar, Sérgio Saas e Midian Lima envolveram a todos com suas músicas, tornando essa segunda noite ainda mais especial.
Foi um encontro de fé, música e adoração, que trouxe ao nosso povo uma energia contagiante e fortalecedora. Acompanhe aqui
Laryssa e Maria visitam bairros e dialogam com a população
A atual e futura gestora ouviram demandas da comunidade, reassumiram compromissos e reafirmaram o propósito de trabalhar por uma Ipiaú cada vez mais progressista e unida por um grande projeto de paz e prosperidade, independente de preferências políticas.
Ainda nesta primeira semana de novembro, Laryssa estará cumprindo agenda na capital baiana e nas próximas semanas marcará presença em Brasília onde participará de cursos de capacitação e visitará os principais ministérios, fortalecendo vínculos com lideranças e técnicos do Governo Federal. ( José Américo Castro).
Eleição na Bahia reforça polarização e indica novo embate entre Jerônimo e ACM Neto
Os nove partidos que formam a base aliada do governador vão controlar 309 prefeituras dentre os 417 municípios baianos, o equivalente a 73% do total.
Mas o jogo se equilibra na régua da votação por partido no primeiro turno. Juntos, os postulantes das legendas da base do governador tiveram 2,68 milhões de votos para prefeito no primeiro turno, enquanto as seis siglas da oposição alcançaram 2,58 milhões de votos.
Os números dão um norte, mas não são estanques. Isso porque a oposição apoiou candidatos de partidos da base do governo, enquanto parte dos prefeitos filiados a legendas oposicionistas são alinhados ao governador.
Caciques dos dois grupos políticos se declararam vitoriosos e apresentaram seus trunfos após as eleições. Em privado, governistas e oposicionistas avaliam que terão uma dura caminhada para consolidar suas bases, afinar o tom do discurso e se preparar para a disputa de 2026.
De um lado, o governo consolidou sua presença nas pequenas cidades do estado, ancorado sobretudo no PSD do senador Otto Alencar, que conquistou 115 prefeituras nesta eleição.
O Avante, controlado pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto e turbinado pelo apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), chegou a 60 prefeitos, seguido do PT, que cresceu para 50.
No segundo turno, o PT venceu em Camaçari (60 km de Salvador), cidade que abriga um polo industrial, tem o terceiro maior orçamento municipal do estado e é um dos berços do PT baiano.
A vitória foi classificada pelos petistas como “um bálsamo”, sendo determinante para manter a força após derrotas na maioria das cidades médias baianas. O resultado fez o partido sair das cordas, com provocações a ACM Neto.
“O candidato derrotado [em 2022] está parecendo que já está em 2026. Eu já disse: ‘Tenha calma. Eleição de governador é em 2026, você está muito afoito’. Parece que não conseguiu deglutir a derrota para o novato Jerônimo”, afirmou o senador Jaques Wagner (PT) em entrevista à rádio Metrópole.
A oposição conquistou 103 prefeituras, com destaque para o PP, com 44 cidades, e o União Brasil, com 38. Os adversários do governador concentraram suas forças nas cidades grandes e médias, saindo vitoriosos em 19 dos 30 maiores municípios baianos.
ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil e candidato derrotado ao governo em 2022, afirma que o partido passou por uma mudança de perfil nas últimas eleições municipais na Bahia.
“No passado, éramos um partido mais das pequenas cidades, mais de grotões. Hoje não, o partido foi mudando essa identidade e passou a ter um alcance e uma força maior nas grandes cidades”, afirmou o ex-prefeito, classificando o resultado como positivo.
A principal vitória do grupo oposicionista aconteceu em Salvador, onde Bruno Reis foi reeleito com 78% dos votos. O vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que disputou a prefeitura como único nome da base do governador, foi superado por Kleber Rosa (PSOL) e amargou um terceiro lugar.
A vitória elástica fortaleceu o nome de Reis, que passou a ser citado como possível candidato a governador pela oposição em 2026. Mas a tese foi refutada por ele mesmo em seu discurso da vitória, no qual ungiu ACM Neto como seu candidato.
Aliados cobram uma maior presença do ex-prefeito de Salvador no interior do estado e afirmam que a eleição de 2026 dependerá também do cenário nacional –em 2022, a força do hoje presidente Lula (PT) foi considerada determinante para a vitória de Jerônimo.
Em 2022, ACM Neto se manteve neutro na eleição principal e foi fustigado pelos adversários, que o acusaram de favorecer Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, há uma expectativa de que a sigla respalde eventual candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Por enquanto, ACM Neto tem apostado sua estratégia nas redes sociais com seguidas críticas ao governo Jerônimo, sobretudo no campo da segurança pública. A Bahia enfrenta uma disputa entre facções criminosas que ampliou a sensação de insegurança.
O governo do estado apresenta números que apontam uma redução das mortes violentas intencionais em 2023 e projeta uma nova queda em 2024. Por outro lado, ampliou o número de mortes decorrentes de ações policiais, fazendo da Bahia líder, com folga, em óbitos causados pelas forças de segurança.
No campo governista, Jerônimo deve ser candidato à reeleição em 2026, mas as demais peças do tabuleiro estão em aberto.
O principal imbróglio está nas duas vagas para o Senado que estarão em jogo na próxima eleição. Decano do PT baiano e responsável por iniciar o atual ciclo de 20 anos de governos petistas no estado, Jaques Wagner já afirmou que será candidato à reeleição.
A outra vaga será disputada pelo atual senador Angelo Coronel (PSD), que se apoia na força de seu partido nos municípios baianos, e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que não concorreu na eleição de 2022 para manter a coesão de seu grupo político.
Em julho, Rui, ex-governador do estado, sinalizou que gostaria de concorrer ao cargo. Aliados do PT, contudo, resistem a um cenário em que o partido ocupe os três principais postos da chapa majoritária.
O embate tem ainda como pano de fundo o racha entre Jaques Wagner e Rui Costa, que disputam espaços dentro do PT, da base aliada e do governo Jerônimo. Aliados de ambos, contudo, descartam a possibilidade de um rompimento, cujo resultado seria a implosão da base petista na Bahia.
Conheça a nova série Tabuleiro 2026
Reportagens vão mostrar qual cenário político sai das urnas das eleições
municipais em diferentes estados do país e o que isso projeta para o
pleito de 2026.
Os textos irão retratar os principais atores na disputa, seja na linha de frente ou nos bastidores. Mostrarão também quem ganhou força ou saiu enfraquecido de 2024, assim como suas conexões nacionais e os maiores desafios de gestão locais que darão o tom da disputa presidencial e nos estados daqui a dois anos.
Após disparada do dólar, Haddad cancela viagem à Europa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desistiu de viajar à Europa para se dedicar à definição das medidas do pacote de corte de gastos. O embarque estava previsto para esta segunda-feira (4).
A assessoria do Ministério da Fazenda informou neste domingo (3) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro que permaneça em Brasília, dedicado aos temas domésticos.
A decisão ocorre após estresse do mercado financeiro com a demora do anúncio das medidas de corte de gastos, que elevou as incertezas fiscais sobre a sustentabilidade da divida pública num cenário de alta dos juros no Brasil.
O dólar fechou em disparada de 1,52% nesta sexta-feira (1°), cotado a R$ 5,869, o maior patamar para a moeda norte-americana desde o início da pandemia, quando, em 15 de maio de 2020, esteve cotada a R$ 5,841.
A forte alta veio em resposta à proximidade das eleições presidenciais dos Estados Unidos, à medida que o candidato republicano, Donald Trump, amplia seu favoritismo no mercado de apostas.
A moeda, que chegou a bater R$ 5,762 na mínima, disparou no final da tarde. Um dos fatores foi a notícia da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa, o que implicava que um anúncio de cortes de gastos não seria feito nos próximos dias.
O volume de negociação esteve dentro da média dos dias anteriores, segundo especialistas.
O ministério da Fazenda não chegou a divulgar o motivo da viagem, o que aumentou as críticas de analistas do mercado financeiro.
Nova geração do PT vê ‘sinal amarelo’ com eleição, pede espaço e quer foco no novo mundo do trabalho
Na segunda-feira, 28, dirigentes como Gleisi Hoffmann e Jilmar Tatto rebateram a portas fechadas uma declaração do ministro das Relações Institucionais do governo federal, Alexandre Padilha, para quem o PT havia amargado a “zona de rebaixamento” na disputa pelas prefeituras. O encontro foi marcado por duras cobranças a respeito da necessidade de um “reposicionamento” do partido após derrotas sofridas nas eleições municipais.
Três dias depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma das estrelas da nova geração do partido, Pedro Rousseff, sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff. Aos 24 anos, ele foi eleito o sexto vereador mais votado (17,6 mil) em Belo Horizonte – cidade que viu surgir dois prodígios do bolsonarismo, Nikolas Ferreira e Bruno Engler –, e se encontra agora num seleto grupo de jovens petistas saídos vitoriosos das urnas.
As novas lideranças do PT veem o pleito como um “sinal amarelo” para 2026, querem mais espaço para acelerar a renovação tímida pela qual a sigla tem passado nas últimas décadas – o partido elegeu seis vereadores com até 30 anos nas capitais brasileiras, menos que os bolsonaristas. E também defendem uma conexão direta com as novas formas de trabalho, precisamente as informais, como motoristas de aplicativo e os empreendedores individuais, os MEIs.
Apesar do objetivo em comum, as novas lideranças têm conclusões diferentes sobre o tratamento que deve ser dado às demandas voltadas às identidades, especialmente de gênero, raça e sexualidade (chamadas de pautas “woke”, no inglês). Pedro diz se tratar de uma pauta importada dos Estados Unidos, e que a esquerda brasileira deveria se dedicar mais aos “empreendedores individuais”.
“Estamos preocupados agora é com 2026. Nosso discurso não tem que mudar à direita, mas ser direcionado às demandas que a população precisa. Falar sobre pautas identitárias, o movimento woke, isso tem que ser remodelado. O PT tem que voltar ao que era antes: falar sobre emprego, renda, transporte, meio ambiente, empreendedorismo social”, diz ele.
O tema tem se tornado uma casca de banana para a esquerda, e usado de munição pela extrema direita. Na campanha à Prefeitura de São Paulo, bolsonaristas miraram a esquerda com deboches e ataques após o hino nacional em linguagem neutra ser tocado durante um comício de Guilherme Boulos (PSOL). O então candidato Pablo Marçal (PRTB) apelidou-o de “Boules”. Já Lucas Pavanatto (PL) elegeu-se o vereador mais votado do Brasil com 26 anos e 161,4 mil votos após uma campanha anti-trans na capital paulista.
Luna Zarattini, vereadora de 30 anos mais votada (101 mil) do PT em São Paulo, e para quem a eleição municipal traz vitórias ao mesmo tempo em que acende um alerta ao seu partido, diz que a esquerda precisa de um projeto para o futuro, o que hoje não consegue apresentar ao eleitorado. Para ela, é possível popularizar o feminismo, a luta antirracista e a pauta LGBT sem abandonar o discurso da renda e do emprego.
A vereadora afirma que o Bolsa Família, por exemplo, lida com a questão de gênero ao obrigar o repasse do auxílio à mulher chefe de família. Isso permite, diz ela, uma autonomia feminina e consequente saída para ciclos de violência. “A gente está falando de minorias políticas que são maiorias (negros e mulheres). Se não estamos ganhando as pessoas que sofrem essas opressões, significa que a gente tem algum tipo de erro de linguagem ou de colocação. Não são temas contraditórios”, declara Luna.
Brisa Bracchi, 26 anos, sétima mais votada para a Câmara Municipal de Natal com 6,8 mil votos, segue a linha da correligionária ao afirmar ser preciso “mostrar como essas pautas não são antagonistas, mas complementares”. Ela diz ter sentido que a demanda dos trabalhadores autônomos marcou presença inédita nas campanhas municipais da esquerda este ano, apesar de já ter dado sinais em 2022.
“Foi percebido por ambos os lados do espectro político que esse novo perfil (de informais) compõe a classe trabalhadora e precisa de uma ação de política pública muito forte, porque tem na sua essência uma relação (trabalhista) frágil com as transnacionais e a ausência de uma política estatal”, diz ela.
Na capital paulista, o apelo de Marçal aos autônomos foi tamanho que, ao ficar fora do segundo turno da eleição, motivou um movimento estratégico de Boulos para atrair o eleitorado órfão do ex-coach. A “carta ao povo de São Paulo” – similar à carta aos evangélicos divulgada por Lula em 2022 – foi lançada pela campanha PSOL-PT na reta final da disputa como uma forma de assumir a falta de diálogo da esquerda com os trabalhadores informais.
Para Maíra Cunha, conhecida do Maíra do MST, eleita vereadora no Rio de Janeiro aos 29 anos (13,7 mil votos), as eleições municipais “escancaram a necessidade do PT de apostar na juventude e na renovação”. Mulher, preta, bissexual e vinda de movimento social, ela é símbolo da renovação numa cidade que seu partido nunca conseguiu governar.
“A direita conseguiu avançar muito com isso, de crescer em cima de um espólio da renovação da antipolítica. E o PT precisa olhar para essa tendência. Mas essa renovação precisa ser combinada com a experiência. Tem que ter muito cuidado de não cair no etarismo”, diz ela.
A demanda de Maíra encontra lastro em seu partido. Nas dez maiores capitais, 5,7% dos 35 vereadores eleitos pelo PT no mês passado têm menos de 30 anos. No Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro, sigla arquirrival, a proporção é de 10,6% entre os 47 vereadores eleitos no mesmo número de cidades.
Eleição reaviva órfãos da 3ª via para 2026, mas Lula e Bolsonaro seguem na proa
Apesar das incertezas inerentes ao ambiente político, alguns cenários foram apontados por esses políticos, que voltaram ao Congresso na última semana.
À esquerda, Lula assistiu a um desempenho fraquíssimo do seu partido e das siglas que sempre orbitaram em torno do PT, o que reforçou a necessidade de apoio das cinco legendas de centro-direita e de direita que hoje o endossam de forma oscilante —não só para os dois anos que restam de seu mandato, mas para uma eventual tentativa de se reeleger.
Nesse grupo, o PSD de Gilberto Kassab e o MDB de Baleia Rossi, hoje com três ministérios cada um, mostram-se inclinados a uma relação mais alinhada ao governo e trazem consigo o bom desempenho na eleição municipal. Eles foram, respectivamente, o campeão e o vice na eleição de prefeitos pelo país.
Para 2026, a permanência no barco de Lula passaria necessariamente pela disputa para ocupar a vaga de vice de chapa, posto hoje de Geraldo Alckmin (PSB).
Nada disso é certo, tendo em vista que a fragilidade da esquerda é tamanha que os dois presidentes desses partidos estão formalmente ligados hoje ao governador e ao prefeito de São Paulo. Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB), aliados de Bolsonaro, descartam composição com o PT.
Já o União Brasil (três ministérios), PP (um) e Republicanos (um) têm um maior potencial de serem aliados problemáticos.
O primeiro é a nova roupagem do PFL/DEM, rival histórico do PT. O segundo é presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), ex-articulador político de Bolsonaro e hoje um barulhento antipetista. O terceiro é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, também com histórico de antagonismo a Lula e ao PT.
Apesar de tudo isso, esses partidos, além de ocuparem ministérios no governo, têm outros expressivos laços com o Planalto.
O provável próximo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), é um desses elos. O favorito para presidir a Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já conta com o apoio formal do PT, em articulação chefiada pelo atual comandante da Câmara e do centrão, Arthur Lira (PP-AL).
Em qual barco estarão em 2026? É uma incógnita.
Já na oposição, Bolsonaro teve um desempenho nas eleições municipais bem melhor do que Lula, mas sofreu importantes derrotas no segundo turno.
Ele capitaneia a tentativa de anular a sua inelegibilidade e repetir o duelo com o petista em 2026. Mesmo que não consiga recuperar seus direitos políticos, é provável que seja um importante cabo eleitoral da direita na disputa.
Tanto a sua inelegibilidade como as suas derrotas, aliadas à fragilidade da esquerda, trazem de volta a discussão sobre nomes que possam ter alguma chance eleitoral mesmo que não se vinculem diretamente a Lula ou a Bolsonaro.
O discurso, que pode ser interpretado como uma avaliação, mas também como um desejo não necessariamente condizente com a realidade, é exemplificado pelas palavras do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
“Ninguém aguenta mais, é uma conversa chata, cansativa, enjoada, as pessoas acham que de repente são professores de Deus. ‘Tem que ser assim, falar desse jeito, se não for assim, você é comunista’, essas coisas cansaram”, disse o governador, após seu candidato derrotar o nome de Bolsonaro em Goiânia.
Caiado diz que concorrerá à Presidência em 2026 com ou sem o apoio do ex-mandatário e que lutará para ir ao segundo turno e, aí, unificar a direita.
Além dele, são cotados para tentar o cargo Tarcísio e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que também travou e venceu uma disputa com o chamado bolsonarismo raiz em Curitiba. Há, claro, o nome de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar após um acirrado primeiro turno em São Paulo.
“O PSD é um protagonista nacional e tem a obrigação de apresentar opções para o país. Não pode ser sublegenda de ninguém”, disse Ratinho, que, assim como Caiado, está no segundo mandato.
Até mesmo Romeu Zema, governador de Minas Gerais, que não se saiu bem com os nomes que apoiou em outubro, fez um roadshow particular para apoiar candidatos do Novo e do bolsonarismo pelo país e tentar se manter em evidência.
O discurso desses governadores é o de que a eleição municipal provou que o eleitorado está preocupado com o seu dia a dia e não com questões ideológicas de esquerda e direita, uma afirmativa que, se vai se mostrar verdadeira na disputa nacional de 2026, nem mesmo alguns deles dizem saber responder.
Já outro grupo faz coro à avaliação de que uma eleição municipal não guarda relação com a disputa nacional.
A história mostra exemplos tanto no sentido de validar essa afirmação como de desmenti-la.
Em 2000, o PT conseguiu ter Marta Suplicy no comando da maior cidade do país, São Paulo, e em outras cinco capitais, sendo o principal vencedor daquela disputa, em contraste com o esvaziamento de aliados do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Dois anos depois, Lula obteve nas urnas o direito de chegar pela primeira vez ao Palácio do Planalto.
Em 2004, porém, o PT perdeu espaço nas grandes cidades —Marta não conseguiu se reeleger—, e o PSDB conseguiu o comando da capital paulista. Isso não impediu Lula de obter o segundo mandato, derrotando novamente os tucanos, dois anos mais tarde.
Mais recentemente, no pleito de 2016, o PT vinha na esteira do impeachment de Dilma Rousseff e foi o maior derrotado.
O prefeito Fernando Haddad foi batido por João Doria (PSDB) no primeiro turno, na única vez que a eleição na capital paulista foi decidida na primeira etapa desde o advento dos dois turnos.
Fiador da campanha tucana, o então governador Geraldo Alckmin, à época no PSDB, via fortalecida sua candidatura à Presidência.
A onda que varreu as eleições de 2018, porém, deu o posto a Jair Bolsonaro, então no PSL, e deixou Alckmin em um humilhante quarto lugar, até ali o pior resultado da história do partido.
Piora no cenário econômico fará BC acelerar ritmo de alta da Selic para 0,5 ponto, dizem economistas
Economistas ouvidos pela Folha veem necessidade de um choque maior de juros para levar a inflação para a meta devido a uma série de fatores, sobretudo ao risco fiscal.
Depreciação cambial, diante de incertezas no ambiente internacional com as eleições nos EUA, piora adicional nas expectativas de inflação e resiliência da atividade econômica colocam pressão adicional sobre a decisão do colegiado do Banco Central.
Na última sexta (1º), a cotação do dólar chegou a R$ 5,868, refletindo a inquietação do mercado financeiro enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não anuncia seu pacote de medidas de corte de gastos. Isso somado às incertezas acerca da votação eleitoral nos EUA, com a possibilidade de vitória de Donald Trump.
No encontro de setembro, o Copom considerou em seu cenário de referência o dólar a R$ 5,60. A forte alta da moeda americana em um curto espaço de tempo traz impacto para as expectativas de inflação, que seguem se distanciando do centro do alvo de 3% –com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Claudio Ferraz, economista-chefe para Brasil do BTG Pactual, avalia o cenário para política monetária como bastante desafiador e diz que o distanciamento das expectativas de inflação da meta vem de um longo período.
“Desde o ano passado, quando se discutiu o tema da revisão da meta, ficou uma cicatriz. Isso acabou se avolumando nas preocupações com o cenário fiscal e o ritmo de crescimento das despesas bastante significativo”, afirma.
Na visão dele, um “mero anúncio” do governo não será suficiente para convencer o mercado e melhorar as projeções. “Os detalhes vão ser muito importantes. Mas, no estágio atual, é importante não só os detalhes, mas o avanço concreto das medidas”, diz.
O BTG admite rever seu cenário para o tamanho total do ciclo de alta de juros caso persistam as dificuldades no cenário fiscal e o ambiente externo fique mais adverso. Quanto à comunicação, Ferraz espera que o Copom deixe seus próximos passos em aberto.
Para Leonardo Costa, economista do ASA, um dos motivos para o BC optar por uma alta de juros mais intensa é a inflação corrente –especialmente a de serviços–, que continua em um patamar bastante elevado. Olhando à frente, ele ressalta o reflexo do choque inflacionário sobre o preço dos alimentos como motivo de preocupação.
No horizonte, aponta também a questão fiscal como principal ameaça. “Ainda tem muita dúvida se o arcabouço se mantém de pé e não parece ter sido endereçado o risco fiscal de continuidade de crescimento da dívida pública”, diz.
Em agosto, a dívida bruta do Brasil ficou em 78,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Já são 14 meses consecutivos de alta, trajetória iniciada em junho de 2023. O governo Lula já vê a dívida bruta acima de 81% do PIB a partir de 2026, último ano do mandato do presidente.
Heron do Carmo, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) e especialista em inflação, afirma que não está descartada a possibilidade de o índice beirar 5% neste ano. No cálculo, ele leva em consideração a base comparativa de 2023, com IPCA mais baixo na reta final do ano, e a tendência de alta de preços de alimentos, principalmente da carne.
Conforme o boletim Focus da última segunda (28), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve terminar o ano em 4,55%, acima do teto da meta perseguida pelo BC. Para 2025 e 2026, os analistas projetam 4% e 3,6%, respectivamente.
No “caldeirão”, o professor vê pressões inflacionárias vindas de um crescimento mais forte da economia, de um cenário internacional “confuso” e da deterioração da situação fiscal.
“Tem que pelo menos gerar um resultado que faça com que a relação dívida/PIB não aumente no ritmo que vem aumentando e dar previsibilidade adiante. […] É simplesmente ajustar a trajetória de gasto. Isso tem que ser feito o mais rápido possível, porque senão vai comprometer a trajetória da inflação para frente”, diz.
Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, afirma que a nova rodada de depreciação cambial impõe pressão adicional na inflação no curto e médio prazo.
Se Trump for eleito presidente dos EUA, ressalta que a agenda inflacionária do candidato republicano pode atrapalhar o ritmo de corte de juros do Fed (Federal Reserve) e dar ainda mais força ao dólar ante as moedas de economias emergentes, como a do Brasil.
Ela também destaca que o país passa por um momento de vulnerabilidade por elevação do prêmio de risco [rentabilidade adicional cobrada pelos investidores no Brasil].
“O mercado está nessa ansiedade para conhecer o pacote fiscal e, do outro lado, o governo está ainda nessa fase de negociação e não dá muita clareza de quando vai ser anunciado. Então, existe um certo choque de expectativas e realidade”, diz.
Em eventos em Washington, os membros do BC alertaram repetidas vezes que o risco fiscal adicionou prêmios às expectativas e aos preços de ativos e que, se não houver um choque positivo nas contas públicas, não será possível diminuir a Selic.
Além da questão fiscal, Rafael Cardoso, economista-chefe do departamento de Pesquisa Econômica do banco Daycoval, joga luz sobre a “dupla face” do mercado de trabalho aquecido e seu efeito sobre a inflação. “Se os salários para os trabalhadores é renda e, portanto, sanciona a demanda, da ótica do empresário, salário é custo”, afirma.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego do Brasil marcou 6,4% no terceiro trimestre. O órgão associou a queda da desocupação ao cenário de atividade econômica e avaliou que há um aquecimento da economia via consumo.
Diante de todos os fatores que dificultam o trabalho do BC, Cardoso espera unanimidade entre os membros do Copom em torno de uma alta de 0,5 ponto percentual.
Para ele, é difícil ter uma divergência com voto favorável à manutenção do ritmo de 0,25 ponto e vê chance de discussão sobre um choque ainda mais intenso. “Mas entendo que diretores deveriam não gerar ruído nesse momento e reafirmar unanimidade”, acrescenta.
Mulheres conservadoras viram aposta para 2026 após direita eleger mais prefeitas do que a esquerda
Entre as siglas com maior número de prefeitas eleitas estão MDB (129), PSD (102), PP (89), União Brasil (88), PL (60) e Republicanos (51). O PT, com 41 prefeitas eleitas, ficou atrás do PSB, que conquistou 51 vagas.
Esse sucesso da direita reflete o esforço dos partidos em identificar mulheres com perfil conservador para disputar as eleições. No campo bolsonarista, o resultado é creditado ao “trabalho de base” liderado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do PL, e pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
Mais de 4,3 milhões de candidatos participam hoje do Enem 2024
Neste primeiro dia de provas, os 4.325.960 inscritos confirmados vão testar os conhecimentos em 45 questões de múltipla escolha de linguagens (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação) e mais 45 questões de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia), além da prova de redação, que deve ter entre sete e 30 linhas.
Horários e fusos
A duração da prova será de cinco horas e meia neste primeiro domingo do
Enem 2024 e, no primeiro dia, o término regular está agendado para 19h,
no horário de Brasília. Para o participante com solicitação de tempo
adicional aprovada, será encerrada às 20h. Por fim, o candidato que usar
o recurso de videoprova em Língua Brasileira de Sinais (Libras) poderá
concluir a prova às 21h.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que não haverá prorrogação do tempo previsto para a realização das provas ou para o preenchimento do cartão-resposta ou da folha de redação.
Nos dois dias de provas, a abertura dos portões será às 12h e o fechamento, às 13h. É proibida a entrada do participante no local de prova após o fechamento dos portões.
A programação do exame segue o horário oficial de Brasília, por isso, o horário de abertura e fechamento dos portões, e de início da prova podem variar, de acordo com o fuso horário em algumas regiões do país.
Assim como em edições passadas, o Enem será aplicado em quatro fusos horários distintos. No distrito de Fernando de Noronha (PE), que está uma hora à frente do fuso de Brasília, os portões abrem às 13h e fecham às 14h do horário local.
No Amazonas (com exceção de 13 municípios: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença, Tabatinga), além dos estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, a abertura dos portões será realizada às 11h e o fechamento às 12h, no horário local.
Já no Acre, os portões serão abertos às 10h e fechados às 11h, também pelo horário local.
Documentação obrigatória
O acesso à sala de aplicação somente será permitido com a apresentação
de documento oficial de identificação com foto válido, conforme previsto
em edital.
A partir desta edição do Enem, não serão aceitos documentos de identificação descritos abaixo, nem boletim de ocorrência de órgãos policiais, em caso de perda ou roubo de documentos de identificação.
Cartão de Confirmação
O Inep recomenda que o participante leve também o cartão de confirmação
da inscrição impresso, que pode ser acessado na Página do Participante
do Inep, com login e senha do site Gov.br.
Além do local de prova (com nome da instituição de ensino e número da sala de aplicação), o documento traz outras informações: número de inscrição, data, horário e além de registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, quando for o caso.
O que levar
Outro item obrigatório de levar é caneta esferográfica de tinta preta,
fabricada em material transparente. Qualquer outro material deve ser
guardado em um envelope porta-objetos, lacrado e colocado abaixo da
carteira de cada participante.
Os participantes só podem sair da sala após duas horas de aplicação. A ida aos banheiros é acompanhada por fiscais com detector de metais. Lanches são permitidos, mas poderão ser vistoriados pelos fiscais de sala.
Declaração de Comparecimento
O participante que precisar comprovar sua presença no Enem 2024 deve
acessar a Declaração de Comparecimento na mesma Página do Participante. O
documento é personalizado. Ele deve ser impresso, levado nos dias da
prova e entregue ao aplicador na porta da sala do exame.
Haverá uma declaração para cada dia de aplicação. Para o primeiro domingo de prova, 3 de novembro, a declaração já está disponível no site do Inep.
Logística reversa
Ao fim da aplicação, os correios recolherão os malotes (com
Cartão-Resposta, Folha de Redação e outros documentos, como as folhas de
presença). Os documentos são enviados para as centrais de correção da
instituição responsável pela aplicação, o Inep. Todo o processo é feito
com escolta militar.
Reaplicação
As provas serão reaplicadas para os participantes que se enquadrem nos
critérios estabelecidos, nos dias 10 e 11 de dezembro. Essa alternativa é
disponibilizada, em casos específicos, às pessoas que faltaram por
problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas, conforme prevê o
edital.
Próximas datas
O segundo dia de provas ocorrerá no dia 10 de novembro. O caderno de
provas é composto por 90 questões objetivas de ciências da natureza
(química, física e biologia), além de matemática, a serem respondidas em
cinco horas.
De acordo com o Inep, a divulgação do gabarito ocorrerá em 20 de novembro. E a divulgação do resultado final será conhecida em 13 de janeiro de 2024.
Acesso ao ensino superior
Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho
escolar dos estudantes ao término do ensino médio. Os participantes que
ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros, e
os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de
conhecimentos.
As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação, como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.
O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.
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