Veja dez impactos esperados na economia após a eleição de Trump nos EUA, da inflação ao emprego

Caso cumpra as suas promessas de campanha, Donald Trump deve provocar profundos impactos na economia em sua volta à Presidência dos Estados Unidos a partir do ano que vem.

De um lado, o governo norte-americano tende a uma guinada rumo ao protecionismo, com o cerco do republicano a produtos importados (sobretudo da China, mas não apenas). A ideia do eleito é aumentar tarifas entre 10% e 20% sobre praticamente todas as importações dos EUA, incluindo as que vêm de países aliados, e em pelo menos 60% sobre as da China.

De outro, grande parte dos analistas espera que suas medidas tenham impacto no aumento da inflação e, consequentemente, na alta de juros.

No meio de tudo isso, instituições como o Fed (o banco central dos EUA) e a OMC (Organização Mundial do Comércio) vão precisar navegar em um cenário de mais conflitos com a Casa Branca. Veja como as medidas prometidas pelo futuro presidente americano podem impactar a economia global.

AGRONEGÓCIO
As regiões agrícolas dos EUA se empolgaram com a volta de Trump, mas podem ser prejudicadas por suas medidas. Em 2023, o déficit comercial agropecuário do país foi de US$ 21 bilhões (o que significa que as compras superaram as vendas), e em 2024, até agosto, já era de US$ 27 bilhões. A China, principal cliente dos produtos, pode favorecer o Brasil nesse tipo de aquisição, mas, se os EUA reduzirem a compra de itens chineses, a capacidade de os asiáticos importarem commodities brasileiras também cairia. Já a venda de carne bovina do Brasil para os norte-americanos, que crescia, deve entrar na mira direta do próximo governo.

DESEQUILÍBRIO FISCAL
A redução de impostos para os mais ricos era uma das principais promessas do presidente eleito. Analistas esperam que o republicano torne permanentes os cortes de impostos em 2017 para empresas e ricos, o que em um primeiro momento pode se reverter em investimentos e impulsionar o crescimento econômico, mas com efeito prejudicial depois na arrecadação. Mesmo sem considerar as propostas de Trump, o CBO (órgão independente do Congresso dos EUA na elaboração do Orçamento) já estimava que as contas públicas terão rombo pelos próximos anos. Para 2024, o déficit do país deve ser de US$ 1,8 trilhão (R$ 10 trilhões).

“Os déficits devem permanecer altos no ano fiscal de 2025 e ao longo da próxima década, chegando a US$ 2,9 trilhões [R$ 16 trilhões] até 2034. A diferença entre receita e despesas é grande e está crescendo, e uma mudança substancial de política será necessária para colocar as finanças do país em um caminho sustentável”, afirmou o órgão na quarta-feira (6).

ENERGIA LIMPA
O republicano pode reorientar a política energética para aumentar a produção de petróleo e gás, mas é improvável que desacelere significativamente o crescimento das energias renováveis devido à Lei de Redução da Inflação de Joe Biden, que oferece subsídios para energia solar e eólica. A regulação tem apoio de estados controlados pelo partido de Trump, o que dificulta uma revogação. Ele até pode tentar limitar subsídios para projetos verdes, mas o impacto seria marginal. Ele também planeja acabar com o setor eólico offshore (em alto-mar), alegando altos custos e riscos ambientais.

GUERRA COMERCIAL
Trump prometeu uma nova leva, ainda mais agressiva, de tarifas sobre as importações em seu novo mandato. Tendo os chineses como alvo principal, ele falou em um choque de 60% sobre seus produtos, mas também em impor tarifas de ao menos 10% sobre os importados de outros países. Quando questionado sobre os possíveis efeitos negativos disso na economia global, defendeu que o impacto será positivo e que “tarifa” era a palavra mais bela do mundo. O republicano sustenta que as políticas revitalizariam a indústria e gerariam receita para aliviar preocupações sobre aumento da dívida.

INDEPENDÊNCIA DO FED
A independência do Federal Reserve é considerada crucial para manter a confiança na política monetária, com decisões embasadas para cumprir o mandato duplo (perseguir emprego máximo e preços estáveis). Apesar de a Casa Branca não controlar diretamente a instituição, suas declarações públicas têm peso. Em seu governo anterior, Trump não poupou a instituição e seu presidente, Jerome Powell ao pressionar por cortes de juros. Desta vez, indicou que não conduziria Powell a um novo mandato e que poderia remodelar a entidade por meio de novas indicações.

INFLAÇÃO
Martelar sobre o impacto da inflação no cotidiano dos trabalhadores, sobretudo durante o período de saída da pandemia de Covid-19, foi uma das principais estratégias de Trump na campanha para criticar o desempenho dos democratas. Mas a proposta do republicano, ao ser combinada com cortes de impostos, interferência na política de juros do Fed e políticas de imigração mais rígidas, deve intensificar as pressões sobre os preços. Economistas ganhadores do Prêmio Nobel assinaram uma carta expressando preocupação quanto aos efeitos negativos das propostas de Trump.

JUROS
Os efeitos inflacionários de aplicar as propostas do presidente eleito tendem a pressionar o Fed a manter os juros em um patamar mais alto, e isso tem um efeito que vai além dos Estados Unidos, afetando também o câmbio. No Brasil, ficaria mais difícil para que o Banco Central reduza a Selic. Essa necessidade de elevar juros nos Estados Unidos esbarra na relação esperada com o Fed no futuro governo, que tende a ser conturbada.

MERCADO DE TRABALHO
O presidente eleito chegou a evocar uma lei do século 18 para inflamar a campanha rumo ao combate o que ele chamou de “invasão de imigrantes”. Buscando atrair eleitores, Trump também disse que os estrangeiros roubavam empregos dos mais pobres. Na visão de analistas, cumprir essa promessa eliminaria abruptamente da economia americana uma mão de obra fundamental para manter a inflação sob controle. O efeito sobre o mercado de trabalho seria a elevação de salários e o reflexo disso no aumento dos preços, além de despertar preocupações ligadas à violação de direitos humanos.

ORGANISMOS INTERNACIONAIS ENFRAQUECIDOS
As medidas agressivas de aumento de tarifas sobre importados na tentativa de fortalecer a indústria norte-americana e uma retaliação esperada dos chineses, assim como no mandato anterior de Trump, devem enfraquecer o poder de negociação e arbitragem de organismos internacionais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), ao repudiar compromissos comerciais negociados anteriormente. No primeiro mandato, Trump paralisou o principal tribunal de julgamentos da OMC, ao não indicar juízes, uma situação que se mantém até hoje.

REGULAÇÃO E DIVISÃO DO GOOGLE
Trump pode reduzir políticas antitruste de Biden, incluindo a tentativa de desmembrar o Google. Os processos contra grandes empresas de tecnologia devem continuar em seu governo, mas seu ceticismo sobre dividir o Google pode afetar a discussão. Atualmente, o DOJ (Departamento de Justiça, na sigla em inglês) dos EUA está conduzindo dois processos antimonopólio contra a empresa —um sobre buscas na plataforma e outro sobre tecnologia de publicidade. Trump pode recuar em políticas de fusões dos democratas, que são consideradas hostis pelo mercado.

Folhapress

Traficantes baianos que buscariam esconderijo no RJ são interceptados

Integrantes de facção atiraram contra PMs no dia 5 de novembro e nesta sexta-feira (8), acabaram alcançados. 

Traficantes integrantes de uma facção com atuação na Ilha de Vera Cruz, que buscariam esconderijo em comunidades do Rio de Janeiro foram interceptados na sexta-feira (8), durante operação integrada. Os mesmos criminosos tinham atirado contra PMs no dia 5 de novembro.

Após ações de inteligência, as equipes encontraram o grupo na cidade de Conceição do Almeida. Na tentativa de prisão houve confronto e quatro criminosos acabaram feridos. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.

Com o grupo, envolvido com homicídios, roubos e corrupção de menores, e que costumava postar fotos com armas nas redes sociais, foram apreendidos 16 artefatos explosivos, submetralhadoras, revólveres, carregadores e munições.

No dia 5 de novembro, no Cone Sul, às margens do Rio Cairu, o mesmo grupo confrontou as Forças da Segurança e fugiu. Munições, carregadores e uma granada foram abandonados pelos integrantes de facção naquela ocasião.

Participaram da operação equipes da SSP, FICCO Bahia, BOPE, RONDESP Recôncavo, 23° BPM e 27a CIPM.

Texto: Alberto Maraux

CGU vê R$ 13 mi de emendas irregulares a ONGs e cita Randolfe, líder do governo

Senador Randolfe Rodrigues (PT-AP)
A CGU (Controladoria-Geral da União), ligada ao governo Lula (PT), constatou irregularidades em seis dos dez repasses de emendas Pix a ONGs analisados pelo órgão, com a indicação expressa pelo parlamentar de beneficiário ou do objetivo específico para a aplicação dos recursos, em valores que somam cerca de R$ 13 milhões.

De acordo com relatório preliminar concluído na quinta-feira (7) e obtido pela reportagem, essas indicações foram evidenciadas em ofícios expedidos pelos próprios parlamentares ou em despachos nos respectivos processos administrativos.

Dentre os citados pelo relatório da CGU estão o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso —ele nega irregularidades.

A análise, elaborada por determinação do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), também identificou sobrepreço nas contratações, falta de capacidade técnica para a execução dos objetos e ausência de chamamento público para a escolha das ONGs.

As emendas Pix são verbas direcionadas por parlamentares para o cofre de prefeituras e governos estaduais sem a necessidade de apontar como o recurso será usado.

O tema está no centro de uma crise entre o Congresso e o Judiciário Dino exige mais transparência para os recursos, e parlamentares dizem ver as digitais do governo por trás da atuação do ministro do STF.

Na análise da CGU que focou apenas 20 ONGs, sendo dez beneficiadas com emendas Pix foi citada, por exemplo, uma transferência Pix no valor de R$ 9,5 milhões determinada pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) ao Governo da Paraíba e, por esse, repassado à Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB).

A verba teve como objetivo a execução dos eventos “Bom é na Feira” e “Centro de Cultura Junina para quadrilhas em Campina Grande”, além da reforma de um parque de tecnologia, entre 2023 e 2024.

Segundo a CGU, a partir das análises realizadas sobre as parcerias, verificou-se que a parlamentar “selecionou expressamente a entidade parceira e os projetos a serem contemplados, prescindindo de chamamento público para seleção”.

De acordo com o órgão, não cabe a indicação pelo parlamentar de organização da sociedade civil como beneficiária nessa modalidade.

Também constatou-se que não houve processo de seleção da organização por meio de chamamento público. A Controladoria ainda aponta que as definições sobre a cidade, a instituição executora e os projetos “foram estabelecidos expressamente pela parlamentar autora da emenda”.
“É oportuno mencionar que a parlamentar responsável pela emenda é grande incentivadora de ações implementadas pela fundação, inclusive já recebeu o título de ‘embaixadora do PaqTcPB”, diz a CGU.

A fiscalização do projeto mostra que a ONG não apresentou capacidade operacional e técnica para executar os principais objetos do contrato. Ainda há indícios de direcionamento para a contratação de serviços de empresas de ex-funcionários da ONG, segundo a CGU.
A senadora e a ONG negam qualquer irregularidade.

Outras emendas Pix com supostas irregularidades na execução, de acordo com o relatório da CGU, foram feitas pelo senador Randolfe Rodrigues, nos valores de R$ 550 mil e de R$ 300 mil.

Ambas foram transferidas ao Governo do Amapá, que repassou para a organização da sociedade civil Inorte (Instituto de Gestão em Desenvolvimento Social e Urbano). O objetivo foi a realização da festa de aniversário de 79 anos do município de Oiapoque e da Festa de São Tiago 2024.

Entre as irregularidades, a Controladoria diz que a transferência especial, com a emenda Pix, ocorreu para uma ação definida pelo parlamentar autor da emenda. Além disso, afirmou que não houve chamamento público e que foram contratadas empresas ligadas a dirigentes da instituição, além de sobrepreço.

O órgão diz que, pela “interpretação literal” da Constituição, as emendas do tipo transferência especial só podem ter como beneficiários diretos prefeituras e estados. A decisão sobre a aplicação dos recursos “deve ser exclusiva dos mesmos”.

A CGU também destacou que foi verificado “o registro de publicidade pessoal do congressista responsável pela indicação da emenda durante a execução do evento”.

É possível ver uma publicação no Instagram do Inorte, no dia 21 de setembro, com uma entrevista com Randolfe na divulgação de um evento com e legenda: “No segundo dia de Festival Equinócio o senador Randolfe Rodrigues já nos adianta que tem muito mais surpresas pela frente”.

Procurado pela reportagem, Randolfe diz que não direcionou as emendas para nenhuma instituição e que desconhece a ONG, exceto pelos trabalhos realizados. Em divergência com a CGU, Randfolfe diz que apontar em que a emenda deve ser executada obedece aos critérios de transparência.

“Dar uma indicação específica do objeto para onde o recurso vai é exatamente o que o ministro Dino pede, para mais transparência. Já o governo do estado é que faz e acompanha a execução”, disse.

A Inorte disse que todas as informações do contrato são públicas, que as respostas já foram enviadas para a CGU e que as prestações de contas foram feitas.

No caso da emenda da Paraíba, a senadora Daniella Ribeiro disse, por meio da sua assessoria, que não há qualquer irregularidade na destinação de sua autoria e que, conforme informações da fundação, a execução dos projetos ocorreu na forma da lei.

Também disse que parte dos recursos foram integralmente devolvidos à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, “por razões de ordem técnica e recomendação jurídica”, e que é permitido fazer a dispensa de chamamento público para a indicação da aplicação dos recursos.

A secretaria respondeu que todos os processos seguiram os dispositivos legais, com monitoramento na execução.

A diretoria da fundação da Paraíba enviou o mesmo conteúdo da senadora e acrescentou que a organização possui plena capacidade técnica e operacional, fundamentada nos seus 40 anos de atividades.

Constança Rezende / Folhapress

Refinaria da Petrobras vai transformar poluente em produto rentável

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A Refinaria Abreu e Lima, unidade da Petrobras na cidade de Ipojuca, na região metropolitana do Recife, faz os últimos ajustes para iniciar as operações da unidade U-93 Snox, nome técnico da estrutura que reduzirá a emissão de gases poluentes resultantes do processo de refino e, de quebra, transformar as substâncias químicas em produto a ser comercializado.

A previsão é dar a partida na Snox ainda no mês de dezembro. Com a instalação em funcionamento, a Abreu e Lima (Rnest) fará o abatimento da emissão dos gases poluentes óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx), transformando as substâncias em ácido sulfúrico.

Esta é a primeira unidade Snox das Américas e a terceira no mundo. As outras duas ficam na Itália e na Áustria. A Agência Brasil teve acesso exclusivo à unidade brasileira durante os preparativos finais da inicialização da operação.

A operação da Snox proporcionará à Petrobras ao menos três fatores positivos: a redução da emissão de poluentes; a receita com a venda do ácido sulfúrico; e o aumento da capacidade de refino, principalmente do diesel S-10, tido como mais limpo.

A Snox eliminará 99% das emissões de SOx e 95% de NOx. Com menos poluentes sendo lançados à atmosfera, o ganho para o meio ambiente é direto, assim como para a população que vive ao redor da Abreu e Lima, refinaria localizada estrategicamente a meia hora de carro do Porto de Suape e a 14 quilômetros do balneário Porto de Galinhas.

“A nossa responsabilidade socioambiental tem que ser gigante, estamos na região que é um paraíso”, diz o gerente-geral da refinaria, Márcio Maia.

Agência Brasil

A Secretaria de Saúde de Ipiaú realizou neste sábado (09), um passeio inesquecível para os pacientes do CAPS II, com destino a Ilhéus.

A iniciativa, intitulada "Deu Praia no CAPS II", proporcionou um dia de lazer e integração para aqueles que participam das oficinas terapêuticas do Centro de Atenção Psicossocial. Durante o passeio, os participantes visitaram pontos turísticos de Ilhéus, como a famosa fábrica de chocolate, onde conheceram o processo de produção artesanal, e uma sorveteria local, que trouxe um toque refrescante ao passeio.

Além das visitas culturais e gastronômicas, o grupo aproveitou o dia ensolarado nas praias da cidade, reforçando o objetivo principal da atividade: promover momentos de descontração, socialização e bem-estar. A equipe do CAPS II destacou a importância de ações como essa para a saúde mental dos pacientes, ressaltando que o lazer é uma parte fundamental do processo terapêutico e da qualidade de vida.

Ataque de homem-bomba mata ao menos 24 pessoas em estação de trem no Paquistão Foto: Banaras Khan / AFP

 Foto: Banaras Khan / AFP
Um atentado de um homem-bomba no Paquistão em uma estação de trem neste sábado, 9, matou pelo menos 24 pessoas, incluindo militares e funcionários da ferrovia. Cerca de 50 pessoas ficaram feridas, segundo informações de autoridades locais.

O ataque aconteceu quando cerca de 100 passageiros aguardavam um trem que viajaria de Quetta, capital da província de Balochistan, para a cidade de Rawalpindi.

Segundo informações da polícia, uma dúzia de soldados e seis funcionários da ferrovia estão entre os mortos na estação, onde foi instalada uma barricada em uma das entradas para as autoridades locais examinarem se mais pessoas carregam explosivos.

Imagens de estação de trem mostram a estrutura de aço do teto da plataforma destruída. As bagagens dos passageiros estavam espalhadas por toda parte.

Questionado sobre a segurança no local, Hamza Shafqaat, um comissário do governo, disse que “geralmente é muito difícil impedir esses ataques suicidas”.

Shahhid Nawaz, responsável pela segurança da estação de trem de Quetta, afirmou que não houve falha da segurança, pois o homem-bomba estava disfarçado de passageiro e se explodiu entre as pessoas.

Um grupo separatista, o Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), reivindicou o ataque em um comunicado, dizendo que um homem-bomba tinha como alvo as tropas presentes na estação ferroviária. O grupo vem promovendo uma série de ataques em busca da independência de Islamabad.

O superintendente sênior da polícia, Muhammad Baloch, disse que os separatistas frequentemente atacam alvos fáceis. “Quando seu pessoal é preso, eles também atacam em retaliação. Todos nós temos que lutar nessa guerra. Somos resistentes. Nossas equipes estão aqui e tentando salvar o máximo de vidas que pudermos.”

A polícia disse que alguns dos passageiros gravemente feridos haviam morrido no hospital, levantando a possibilidade de aumento do número de vítimas.

O Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão condenou o atentado e expressou suas condolências às famílias das vítimas, assim como a Embaixada da Rússia em Islamabad. O ataque ocorreu pouco mais de uma semana depois que uma bicicleta-bomba explodiu perto de uma escola e de um veículo que transportava policiais, matando nove pessoas, incluindo cinco crianças.

O primeiro-ministro Shehbaz Sharif denunciou o atentado em um comunicado, dizendo que aqueles que orquestraram o ataque “pagarão um preço muito alto por isso”, acrescentando que as forças de segurança estavam determinadas a eliminar “a ameaça do terrorismo”.

Em agosto, o BLA realizou vários ataques coordenados contra ônibus, policiais e outras forças de segurança no Baluchistão, matando mais de 50 pessoas, a maioria civis. A região é rica em petróleo e minerais e berço de movimentos separatistas armados e de facções jihadistas. É também um reduto para a minoria étnica baloch do país, cujos membros denunciam que enfrentam discriminação e exploração por parte do governo local. Além dos grupos separatistas, militantes islâmicos também operam na província.

O BLA tem como alvo principal as forças de segurança e os estrangeiros, especialmente os cidadãos chineses que estão no Paquistão como parte da Iniciativa Cinturão e Rota (Nova Rota da Seda), que está trabalhando em grandes projetos de infraestrutura. O grupo frequentemente exige a interrupção de todos os projetos financiados pela China e que os trabalhadores deixem o Paquistão para evitar novos ataques.

No mês passado, o BLA reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida que teve como alvo um comboio com cidadãos chineses do lado de fora do aeroporto de Karachi, matando duas pessoas. Pequim pediu ao Paquistão que garantisse a segurança de seus cidadãos que trabalham no país.

Estadão Conteúdo

Justiça nega contestação à transferência da Amazonas Energia a empresa dos irmãos Batista

A Justiça Federal do Amazonas negou nesta sexta-feira, 8, a contestação apresentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica ao processo de transferência de controle da distribuidora Amazonas Energia para a Âmbar, empresa de energia da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A agência havia ingressado na Justiça questionando a legalidade de o processo ter sido concluído na madrugada do dia 11 de outubro, quando já havia expirado a vigência da medida provisória 1.232.

Esta MP foi editada em junho pelo governo Lula e beneficiou a Âmbar na compra de usinas termelétricas que vendem energia para a empresa do Amazonas. Ela também flexibilizou obrigações, o que deixou a empresa mais “leve” para ser repassada a um novo investidor, que acabou sendo também a Âmbar.

Procurada, a Aneel não se manifestou até a publicação da reportagem.

A transferência foi concluída na madrugada do dia 11 de outubro, após a Justiça do Amazonas ter obrigado a Aneel a autorizar a assunção do negócio pela Âmbar.

A assinatura do contrato foi iniciada pouco antes da meia-noite, às 23h58 do dia 10, com a assinatura do diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa. A assinatura do presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta, e do atual controlador da Amazonas Energia, Orsine de Oliveira, entraram depois da meia-noite – Orsine assinou à 0h03. O processo foi concluído à 1h15 da madrugada.

Na ocasião, a agência não informou se o fato de a inclusão das assinaturas no sistema ter ocorrido após a meia-noite poderia afetar o negócio. Dias depois, a Aneel ingressou na Justiça questionando a legalidade de a operação ter sido concluída após o dia 10.

Na decisão desta sexta-feira, a juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe rejeitou os argumentos da Aneel e declarou válidas as assinaturas. Ela acrescentou que, para o Judiciário, a MP tinha validade até o dia 11 de outubro, e não até o dia 10.

A juíza afirmou ainda que a própria Aneel foi responsável pelo horário das assinaturas, uma vez que a do diretor-geral Sandoval Feitosa foi registrada a poucos minutos da meia-noite. “A ré defendeu a tese de que houve ineficácia do ato praticado mediante a assinatura do termo aditivo após supostamente a meia-noite do dia 10/10/2024, quando ela própria foi a causadora da data e horário das assinaturas”, afirma a juíza.

Mariana Carneiro e Daniel Weterman / Estadão Conteúdo

PF indicia Pablo Marçal por laudo falso contra Guilherme Boulos brasil

Candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB)
A Polícia Federal indiciou o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), por ter usado um documento falso com o objetivo de prejudicar um de seus adversários, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais deste ano.

laudo ilegítimo foi mostrado por Marçal em seus perfis nas redes sociais, dois dias antes do primeiro turno, e dizia que seu oponente recebeu atendimento por uso de drogas ilícitas.

Essa não foi a primeira vez que Marçal atacou a imagem de Boulos. Em agosto, em debate realizado pela emissora de televisão Band, o influenciador digital também atacou o opositor ao associá-lo ao hábito de consumir entorpecentes, por meio de um gesto com as mãos, que simulava alguém cheirando cocaína.

Em nota, Pablo Marçal afirmou que a celeridade com que foi indiciado é algo calculado para prejudicar políticos e candidatos de direita. “É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápido. Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa. O fato aconteceu no dia 4 de outubro e o indiciamento foi realizado em apenas 34 dias, um verdadeiro recorde”, disse.

“Isso nos leva a crer que, em um tempo ainda menor, seremos declarados inocentes. Sigo acreditando na justiça, no Brasil e, acima de tudo, no nosso povo!”, emendou.

Guilherme Boulos se pronunciou sobre o desdobramento do caso nas redes sociais. “[O indiciamento] é só a primeira resposta às fake news abjetas que contaminaram a disputa eleitoral deste ano na cidade de São Paulo”.

“Espero que a Justiça atue com firmeza quanto ao uso criminoso da máquina pública por Ricardo Nunes e o crime eleitoral cometido pelo governador Tarcísio em plena votação do 2º turno”, defendeu, referindo-se a uma outra investida, cometida por Tarcísio de Freitas, que declarou apoio a Nunes e disse, ao acompanhá-lo em campanha, que Boulos tem ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Tanto o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, entenderam que a atitude do governador de São Paulo vai na contramão da cultura democrática.

“Tal comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades competentes, principalmente no que tange à preservação da integridade das eleições”, acrescentou Messias, em sua conta no X.

No primeiro turno, houve uma disputa acirrada entre Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal, que receberam, respectivamente, 29,48%, 29,07% e 28,14% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Agência Brasil

CPM Dendezeiros homenageia ex-alunos

                       

Na tarde de quinta-feira (9), o CPM Dendezeiros, em uma cerimônia realizada na Vila Policial Militar do Bomfim (VPMB), celebrou o Dia do Ex-Aluno, reafirmando os laços e a importância da unidade para a educação baiana.

A cerimônia contou com a presença de autoridades, como o desembargador Salomão Resedá e o subcomandante-geral da PMBA, coronel Nilton Machado, destacando a contribuição de policiais, professores, alunos e veteranos na construção da história do CPM. Durante a comemoração, 54 ex-alunos foram agraciados com a medalha do ex-aluno, símbolo de reconhecimento pela sua trajetória na instituição. Além disso, 18 personalidades civis e militares receberam a medalha de Amigo do CPM Dendezeiros, em agradecimento à colaboração e ao apoio prestados ao longo dos anos.

O diretor militar do CPM Dendezeiros, tenente-coronel Carlos Eduardo, ressaltou a importância do evento para a missão do Colégio da Polícia Militar, que há 67 anos mantém viva a tradição de formar cidadãos exemplares: “Homenagear aqueles que fizeram parte dessa história é essencial, pois são ex-alunos que hoje atuam em diversos setores da sociedade, servindo como modelos. Como bem disse o professor Salomão Rezedá, ‘a palavra convence e o exemplo arrasta’, lema que guia o nosso colégio”.

“Estou profundamente emocionada em estar aqui, após 30 anos como ex-aluna, e ter essa oportunidade especial de celebrar essa trajetória. Hoje, tenho a felicidade de ser mãe de uma aluna, que entrou aos 2 anos e hoje, com 14, também faz parte dessa história,” declarou, com orgulho e emoção, Joilma.

Com seis unidades na capital e Região Metropolitana de Salvador e mais dez espalhadas pelo interior da Bahia, o Colégio da Polícia Militar se destaca como referência educacional no estado, combinando excelência acadêmica com compromisso cívico e formando cidadãos conscientes para o futuro.


 http://www.pm.ba.gov.br

Vítima de acidente em fazenda, Jorge Abdon Fair não resiste e morre em hospital

Jorge Abdon Fair, ex-prefeito de Ibirataia, não resistiu ao grave acidente ocorrido na tarde desta sexta-feira, 08, numa fazenda de sua propriedade e acabou falecendo. O óbito ocorreu por volta das 22h20 numa sala de cirurgia no Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié, para onde Jorge foi transferido após os primeiros atendimentos no Hospital e Clínica São Roque em Ipiaú. A comunidade de Ibirataia está profundamente abalada com a fatalidade.

Jorge foi atingido por um galho de uma árvore que atingiu a sua cabeça. Ele acabou sofrendo traumatismo craniano e perdeu muito sangue, sendo socorrido por familiares até a unidade hospitalar de Ipiaú. O quadro de saúde dele era considerado muito delicado.

Jorge tinha 63 anos e governou Ibirataia por dois mandatos (2005 a 2012). Ele deixa esposa, filhos, netos e uma legião de amigos não só em Ibirataia, como em toda a região.

O corpo se Jorge será velado na Câmara Municipal de Ibirataia a partir das 08h deste sábado e o sepultamento às 16h no Cemitério São João Batista. Por: Giro Ipiaú

Governo adia para próxima semana anúncio de corte de gastos e frustra Haddad

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empurrou mais uma vez o anúncio do pacote de corte de gastos para equilibrar as contas públicas, frustrando as expectativas alimentadas pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O chefe da equipe econômica sinalizou em diversos momentos nos últimos dias que as medidas seriam anunciadas nesta semana, a despeito dos relatos de que o presidente ainda não havia tomado uma decisão definitiva sobre as ações.

A mais recente tentativa de fechar essa lista ocorreu nesta sexta-feira (8), quando Lula reuniu no Palácio do Planalto, pela terceira vez nesta semana, os ministros que integram a JEO (Junta de Execução Orçamentária) -Haddad, Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviço Público)- e os titulares das pastas que devem ser afetadas pelos cortes nos gastos. O encontro durou cerca de 3h30 e terminou sem anúncios.

Os encontros sucedem uma série de reuniões entre a Casa Civil e os ministérios setoriais, sem a presença de Lula. Nos bastidores, ministros da área social do governo travam um embate duro para tentar manter inalterados os benefícios e as políticas administradas por suas pastas.

A semana começou com o próprio Haddad alimentando a expectativa de anúncio do pacote nesta semana, após ter cancelado uma viagem à Europa, a pedido de Lula, para “se dedicar a temas domésticos”.

O ministro afirmou, na manhã de segunda-feira (4), que as coisas estavam “adiantadas do ponto de vista técnico” e que acreditava que o governo Lula estava na reta final para o anúncio. A sua fala repercutiu no mercado positivamente, com queda da cotação do dólar.

“Em relação à Fazenda, tem várias definições que estão muito adiantadas. O presidente passou o final de semana, inclusive, trabalhando no assunto, pediu que técnicos viessem a Brasília para apresentar detalhes para ele”, disse. “Acredito que estejamos prontos esta semana para anunciar [o pacote]”, afirmou na ocasião.

O chefe da equipe econômica voltou a prever um desfecho próximo na noite da última quarta (6), quando disse que esperava ter uma decisão final de Lula no dia seguinte -o que não se concretizou. Segundo Haddad, restavam apenas “dois detalhes” que precisavam ser alvo de uma “arbitragem simples” do chefe do Executivo.

Um dia depois, os ministros tiveram uma reunião que se estendeu por mais de cinco horas, dividida em duas etapas, mas também foi inconclusiva. Haddad adiou seu voo para São Paulo para comparecer ao novo encontro realizado na tarde desta sexta-feira.

Uma semana antes, Haddad tinha provocado desconforto no mercado financeiro ao dizer que não havia um prazo para a divulgação das medidas, gerando uma disparada do dólar. Depois disso, houve a primeira reunião com Lula no Palácio da Alvorada -encontro que também contou com a participação do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

A equipe econômica voltou a prometer avanços na agenda de revisão dos gastos para assegurar a sustentabilidade das contas públicas depois do segundo turno das eleições municipais. A deterioração do dólar e das taxas de juros, na esteira da piora na percepção do mercado financeiro sobre a situação fiscal do país, colocou pressão sobre o governo.

As medidas estão sendo avaliadas tanto sob o ponto de vista do impacto fiscal quanto pela viabilidade política. Sob esse filtro, o governo já descartou a desvinculação de benefícios sociais, como o abono e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), em relação ao salário mínimo -embora ainda haja defensores de mudanças no valor do BPC.

Mudar os pisos de gastos em Saúde e Educação, por sua vez, figurava como um “candidato fraco”, dado o elevado desgaste político para um ganho fiscal pequeno nos próximos anos.

Já o abono salarial (espécie de 13º salário pago a trabalhadores com carteira que ganham até dois salários mínimos) deve ser alvo de um redesenho e há mais de um formato em análise. O diagnóstico é de que o benefício, que custará R$ 30,7 bilhões em 2025, pode ser melhor focalizado.

Também está na mesa a possibilidade de limitar o ganho real do salário mínimo a 2,5%, mesma correção máxima da regra fiscal do arcabouço.

A medida, se adotada, traria alívio para as contas porque, no formato atual, a política de valorização garante um ganho equivalente ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. No ano que vem, por exemplo, será a variação do PIB de 2023, que teve alta de 2,9% (acima de 2,5%). Em 2026, a correção será pelo resultado deste ano, cuja projeção de analistas indica alta de 3,1%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central.

No acumulado desses dois anos, o governo poderia economizar cerca de R$ 6 bilhões, caso impusesse o limite ao ganho real do salário mínimo. A iniciativa, porém, deve enfrentar resistências.

Na tentativa de criar uma narrativa política para emplacar o ajuste sem desagradar tanto suas bases, Lula também tem sido aconselhado a incluir no pacote medidas de revisão de subsídios e desonerações. Na reunião desta sexta, inclusive, Haddad levou consigo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, para participar das discussões com o presidente e demais ministros.

Eventuais revisões pelo lado das receitas não garantem a sustentabilidade do arcabouço fiscal, que depende de uma trajetória mais moderada de crescimento dos gastos obrigatórios (que incluem os benefícios sociais). Porém, ajudam no cumprimento da meta fiscal e servem ao discurso político do governo de atacar também o andar de cima.

A ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) defendeu, em entrevista à Folha de S.Paulo, uma redução gradual dos subsídios tributários, financeiros e creditícios, hoje ao redor de 6% do PIB. “É urgente fixarmos pela Constituição, ainda que com uma escala em oito anos, a saída de 6% até 2% do PIB desses gastos tributários”, disse na ocasião.

Uma das possibilidades, segundo um auxiliar do presidente, seria fazer um corte linear nesses incentivos. O modelo já foi testado em uma emenda constitucional, mas acabou não tendo eficácia.

Uma das preocupações de auxiliares do presidente Lula é com a comunicação das medidas no momento em que o Congresso Nacional está prestes a aprovar um projeto para ampliar em R$ 11,5 bilhões as emendas parlamentares. O acordo para a aprovação da proposta, que já passou na Câmara dos Deputados, está sendo costurado com o Executivo.

Será uma tarefa difícil para o presidente propor cortes em benefícios como BPC, abono salarial ou seguro-desemprego para bancar emendas parlamentares. O governo já foi alertado também de que enfrentará problemas com o projeto que ainda terá que ser enviado ao Congresso para formalizar os acordos de reajuste salarial das carreiras de servidores do Executivo, antes mesmo de a proposta chegar ao Legislativo.

Apesar da demora na conclusão das conversas, um auxiliar de Haddad diz que a equipe econômica está confiante de que vai apresentar um pacote consistente com a necessidade de afastar as incertezas fiscais.

Outra vertente das medidas deve ser o combate a fraudes. O governo vai ampliar o público-alvo da revisão do Cadastro Único, antes restrita a quem está com o cadastro desatualizado há mais de 48 meses. Agora, esse horizonte será reduzido para 24 meses. “Este prazo de 48 meses foi dado em razão da pandemia de Covid-19. Agora, a renovação será a cada 24 meses para Bolsa Família e também BPC”, disse o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

QUANTO CUSTARÃO EM 2025 AS POLÍTICAS EM DISCUSSÃO

– Abono salarial – R$ 30,7 bilhões
– Seguro-desemprego – R$ 56,8 bilhões
– BPC – R$ 112,9 bilhões
– Piso da Saúde – R$ 228 bilhões
– Piso da Educação – R$ 113,6 bilhões
– Ganho real do salário mínimo (considerando alta de 2,9%) – R$ 17,3 bilhões

Adriana Fernandes, Cátia Seabra, Idiana Tomazelli, Marianna Holanda, Nathalia Garcia e Renato Machado / Folhapress

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