Em tom de crítica, Meta diz que ‘nenhuma grande democracia’ sugeriu regra de redes do STF

A Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) divulgou uma nota em que critica as propostas colocadas até o momento no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito do regime de responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdos de seus usuários e em que defende que se chegue a uma “solução balanceada” e com “diretrizes claras”.

“Nenhuma grande democracia no mundo jamais tentou implementar um regime de responsabilidade para plataformas digitais semelhante ao que foi sugerido até aqui no julgamento no STF”, diz nota desta quinta-feira (12), que cita na sequência regras da União Europeia, dos Estados Unidos e da Alemanha.

Com o título “por uma decisão balanceada sobre o regime de responsabilização de plataformas no Brasil”, a empresa enumera o que vê como preocupações com parte dos argumentos que foram mencionados no julgamento. Também diz que apoia a atualização das regras da internet, mas acrescenta que “com diretrizes claras para enfrentar os desafios mais substanciais da sociedade”.

A nota da Meta cita críticas e riscos caso o artigo 19 do Marco Civil da Internet seja declarado inconstitucional —como defenderam os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, únicos a votar até o momento.

“As plataformas digitais seriam sujeitas a um regime amplo de notificação e remoção e, ao mesmo tempo, poderiam ser responsabilizadas por praticamente todos os tipos de conteúdo mesmo sem que tenham sido notificadas”, diz a nota.

A Meta busca ainda rebater as críticas de inércia no combate a posts nocivos e fala sobre sua atuação proativa.

Também o IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), associação que reúne empresas envolvidas com publicidade digital, divulgou uma nota em que faz críticas às propostas colocadas no julgamento que envolvem essa atividade. Entre os associados, estão Google, Meta, TikTok, iFood, Spotify, Mercado Ads, Globo, SBT e UOL.

Segundo a nota do IAB, o regime proposto no julgamento até aqui —que coloca as empresas como responsáveis pelos anúncios junto com os anunciantes— “pressupõe que um veículo
consiga, por exemplo, validar antecipadamente o estoque de um produto anunciado ou garantir que o preço de cada oferta publicada é real”.

Para a associação, isso é inviável (não só na internet, mas em outros meios) e “compromete o modelo publicitário como um todo”.

Segundo a nota, a proposta contraria a jurisprudência do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para publicidade em todos os meios, acrescentando que a responsabilização de veículos publicitários estaria condicionada “à comprovação de dolo ou negligência”.

“Uma proposta diferente disso criaria um precedente preocupante, com um regime de responsabilidade diferente entre a publicidade veiculada na internet e nos meios tradicionais, como televisão e mídia impressa”, diz o IAB.

A nota destaca ainda o fato de que a regra do Marco Civil debatida no julgamento se aplica não só a redes sociais, mas a um amplo rol de atores, destacando as variadas empresas que atuam como intermediárias na entrega de anúncios. “Esses aspectos da proposta, combinados, geram um efeito gravíssimo para o setor”, afirma o IAB.

Nos últimos anos, as tentativas do Congresso de debater mais deveres das redes sociais, inclusive alterando o regime de responsabilidade delas, acabaram empacando. Um dos principais projetos sobre o tema, o PL das Fake News sofreu intenso lobby das empresas, assim como de políticos bolsonaristas, que buscaram colar à proposta a pecha de censura.

No entanto, caso o país siga teses como as apresentadas por Toffoli, o Brasil terá uma regulação “jabuticaba”, inexistente nas grandes democracias do mundo.

Segundo a regra atual, as redes só podem ser condenadas a pagar indenizações por postagens de seus usuários após descumprimento de ordem judicial. Aprovado em 2014, esse modelo teve como intuito proteger a liberdade de expressão, ao não incentivar as empresas a removerem conteúdos por receio de processos.

O clima no Supremo é favorável a estabelecer limites às redes, mas não deve haver consenso sobre uma eventual derrubada integral do artigo 19, como defendeu Toffoli em voto na semana passada. Além disso, o número de variáveis colocadas no debate deve dificultar a formação de maioria por uma tese sobre o assunto —e que deverá ser aplicada pelos demais tribunais.

O artigo 19 não impede que as plataformas apliquem suas próprias regras para remover conteúdos. Tampouco, porém, cria estímulos para que atuem.

Em seu voto, Toffoli propõe como nova regra geral que as plataformas passem a ser responsabilizadas a partir do momento em que forem notificadas. Ele cria, porém, exceções amplas e genéricas a essa diretriz, como conteúdo moderado ou recomendado pelas redes.

Já Fux defendeu que as plataformas podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros nos casos em que tenham “ciência inequívoca do conhecimento dos atos ilícitos”, seja por eles serem “evidentes” ou por serem “devidamente informados por qualquer meio idôneo”, e não fizerem a remoção imediata do conteúdo. E defendeu dever de monitoramento proativo de conteúdos criminosos. Ainda argumentou em favor da responsabilidade mesmo sem notificação no caso de posts impulsionados.

Renata Galf/Folhapress
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Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia; texto segue para o Senado

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) um projeto de lei que determina a castração química de pessoas condenadas por pedofilia.

A medida foi incluída no projeto que determina que quem tiver condenação com trânsito em julgado (sem possibilidade de recurso) por esse tipo de crime terá seus dados, inclusive fotografias, disponibilizados em cadastro organizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A proposta é de autoria de Aluisio Mendes (Republicanos-MA)

Os deputados aprovaram um destaque para incluir emenda de autoria de Ricardo Salles (Novo-SP) com esse procedimento ao projeto. O destaque foi aprovado por 267 votos favoráveis e 85 contrários, além de 14 abstenções. O texto ainda precisa ser analisado pelo Senado.

Parlamentares da oposição comemoraram o resultado da votação. Orientaram contra governo, PSB e a federação PSOL-Rede. Os dois maiores blocos da Casa (que juntos reúnem 307 deputados) liberaram as suas bancadas, assim como a federação PT, PC do B e PV. O presidente da bancada evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), orientou o voto favorável.

A emenda aprovada determina que a castração química será realizada por uso de medicamentos inibidores da libido seguindo termos regulamentados pelo Ministério da Saúde.

A sessão foi marcada por bate-boca entre parlamentares da direita e da esquerda. Os da direita pressionaram os colegas a votar a favor do texto, afirmando que quem fosse contra estaria “protegendo pedófilos e estupradores”.

Sargento Gonçalves (PL-RN) afirmou que “a esquerda quis taxar a direita como defensores de estupradores” com a discussão do PL Antiaborto por Estupro e que a votação nesta quinta daria “nome aos bois para quem, de fato, defende pedófilo e estuprador”.

“Isso não é questão ideológica nem de direita nem de esquerda. Se o cara comete um crime contra uma criança, quem é a favor de castrar esse vagabundo, bandido, ou quem não é. Não existe outra política pública para dar jeito em um ser humano capaz de fazer isso. Se tivesse pena de morte aos pedófilos eu votaria a favor”, afirmou o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ).

Deputados da esquerda, por sua vez, rebateram esse argumento e defenderam outras políticas públicas para tratar do tema. “O que estamos vendo aqui é uma prática lamentável”, disse Lídice da Mata (PSB).

Kiko Celeguim (PT-SP) também classificou como lamentável o debate sobre castração química neste momento e afirmou que os parlamentares que defendem essa proposição são irresponsáveis.

“O crescimento dos abusos de pedofilia pela internet é gritante e alarmante no país. Os mesmos deputados que estão fazendo esses discursos para engajar com falácias as pessoas votam contra o controle da internet para poder, inclusive, perseguir os pedófilos, em nome de uma liberdade que tem como pano de fundo fazer um engajamento irresponsável para dividir a sociedade brasileira”.

Talíria Petrone (PSOL-RJ) afirmou ainda que não caberia incluir esse tema num projeto administrativo. “É um tema polêmico, difícil e não tem a ver com uma matéria administrativa. Isso não vai ter efetividade na proteção das nossas crianças. A violência sexual no Brasil é uma epidemia, um drama”, disse.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou a aprovação do projeto, afirmando que ele defende a medida há mais de uma década.

“Hoje, a Câmara deu um passo histórico nessa direção ao aprovar a castração como parte das penas a serem impostas a criminosos envolvidos em crimes sexuais contra crianças. Ainda há muito a ser feito para proteger nossas crianças e devolver a segurança e a tranquilidade para os brasileiros, mas esse será um avanço importante para o nosso país”, escreveu nas redes sociais.

O projeto integra um pacote de pautas relacionadas à segurança pública patrocinado pela bancada da bala na Casa e que será apreciado nesta semana por determinação do presidente Arthur Lira (PP-AL). Esse pacote surgiu da demanda dos parlamentares em darem resposta aos índices de violência no país e atuação das polícias.

Na quarta, o plenário aprovou outros projetos desse pacote, entre eles um que altera o Estatuto do Desarmamento e permite a regularização de armas de fogo ilegais.

Victoria Azevedo/Folhapress

9º BEIC: Conclusão do Curso Especial de Formação de Sargentos 2024.3

Na manhã desta quinta-feira, 12 de dezembro de 2024, foi realizada a solenidade de conclusão do Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS) 2024.3, na área cívica do 9º BEIC, em Vitória da Conquista.
A cerimônia foi presidida pelo Cel PM Paulo Guimarães, Comandante do Policiamento da Região Sudoeste, e contou com a presença do Cel PMMG Micael Silva, Chefe da Assessoria Militar do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, além de diversas autoridades, familiares e amigos dos concluintes.
O CEFS 2024.3 é um marco na carreira dos policiais militares, permitindo a ascensão ao posto de Sargento e capacitando-os para liderar frações de tropa, bem como auxiliar os oficiais na gestão e condução do efetivo, fortalecendo a estrutura organizacional da PMBA.
O evento celebrou o compromisso, a dedicação e a superação dos formandos, que agora estão ainda mais preparados para servir à sociedade com excelência e responsabilidade.

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!-Fonte: ASCOM/9° BEIC

Prefeitura de Ipiaú paga antecipadamente segunda parcela do 13º salário aos servidores municipais

Nesta quinta-feira (12), a Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda, efetuou o pagamento antecipado da segunda parcela do 13º salário aos servidores municipais. A iniciativa reforça o compromisso da prefeita Maria das Graças com a valorização dos funcionários públicos e a pontualidade nos compromissos financeiros.

Além de beneficiar diretamente os servidores e suas famílias, o pagamento contribui para aquecer o comércio local neste período festivo, movimentando a economia da cidade e proporcionando mais recursos para compras e investimentos no Natal.

A gestão municipal segue focada em ações que fortalecem a economia local e garantem os direitos dos trabalhadores.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Graer entrega 270 medalhas ao completar a maioridade

A comemoração dos 18 anos do Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar da Bahia foi marcada por uma cerimônia de 270 Medalhas da Aviação Policial-Militar, honraria que foi entregue a profissionais civis e militares pelos relevantes serviços prestados de fomento à aviação da PMBA. O evento aconteceu na área cívica da Vila Policial Militar do Bonfim, em Salvador, na tarde desta quarta-feira (11).

Entre os agraciados que receberam a Medalha estão o diretor da ANAC, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento, o comandante da 6ª Região, General de Divisão André Luiz Aguiar Ribeiro, o deputado estadual Robinson Almeida e demais autoridades.

Os integrantes da PMBA condecorados desfilaram pela área cívica e, em seguida, ocorreu a aposição da medalha nos uniformes. O ato foi paraninfado pelo comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, pelo subcomandante geral, coronel Nilton Machado, pelo chefe da Casa Militar, coronel Adalberto Piton, e demais coroneis presentes.

Para o capitão Bruno Lima, oficial do Departamento de Comunicação Social (DCS), que integra o quadro funcional da PMBA há quase 14 anos, o recebimento da Medalha da Aviação Policial Militar representa “o reconhecimento não apenas da contribuição dada pela unidade para a corporação, mas da contribuição dada por cada pessoa hoje condecorada”, afirmou o oficial.

Já a soldado Mariana Bonfim, lotada no Comando de Policiamento em Missões Especiais (CPME), destacou como essa honraria enaltece o caminho que tem traçado ao longo desses nove anos de corporação. “Hoje eu me sinto feliz, valorizada, reconhecida e tenho a sensação que estou no caminho certo com os meus valores éticos e morais na minha trajetória enquanto policial militar”, revelou.

Durante os 18 anos de serviços prestados à segurança pública, os tripulantes e pilotos do Graer salvaram 917 vidas por meio de transporte aéreo, um exemplo de dedicação e o profissionalismo. Além dos salvamentos, a unidade que atua com a utilização de aviões e helicópteros acumula mais de 21 mil horas de voo e mais de 16 mil missões cumpridas em ocorrências de alta complexidade, a exemplo de salvamentos aquáticos e em altura, operações policiais em áreas de risco e transporte aeromédico.

O coronel Coutinho destacou a importância do Graer no combate à criminalidade em missões táticas e com precisão técnica, além de pontuar as transformações ocorridas na unidade especializada. “Temos promovido, PM e Governo do Estado, reformas estruturais. Adquirimos equipamentos de ponta e implementamos a blindagem das aeronaves empregadas em operações estratégicas, garantindo maior segurança e eficácia. Além disso, priorizamos a capacitação de excelência da tropa do Graer para atuar sempre com excelência nas mais diversas missões“, enalteceu o comandante-geral.

Fotos(s): Sgt PM RR-C Barros

Corporação forma 335 novos sargentos



Durante solenidade realizada às 10h desta quinta-feira (12), na Vila Policial Militar do Bonfim, 77 policiais militares se formaram no Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS) Turma 2024.3 do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). Ao todo se formaram 335 sargentos na Bahia, em cerimônias simultâneas no interior do Estado.

Os policiais militares são cabos promovidos a sargentos por tempo de serviço que realizaram o curso como etapa necessária para nova graduação. O curso foi iniciado no dia 9 de outubro e concluído no dia 6 de dezembro.
“A formação de sargentos é essencial para o fortalecimento de nossa corporação e deve ser considerada uma prioridade. A experiência adquirida ao longo dos anos certamente enriquecerá as condutas dos novos sargentos nas operações diárias e no aprimoramento do controle do efetivo, especialmente nas modalidades operativas, fortalecendo, assim, a integração entre a oficialidade e as praças da corporação”, pontuou o comandante-geral da PMBA, coronel Coutinho.

Durante a solenidade, foram homenageados o coronel Jorge Portugal, diretor do CFAP e paraninfo da turma, e o tenente coronel Juarez Giffoni, da Seção de Ensino à Distância do CFAP e amigo da turma.
Os formandos classificados em 1º, 2º e 3º lugares, que tiveram as melhores médias curriculares, foram premiados como forma de exaltar o mérito intelectual. Foram eles o sargentos Fábio Luiz Lima Coutinho, primeiro colocado, Dalmar Santos do Nascimento, segundo colocado e Gil Mendes Calixto, terceiro colocado. Os novos sargentos da PMBA receberam os certificados das mãos das madrinhas e dos padrinhos.

Pesquisa Quaest aponta que ACM Neto venceria Jerônimo em 2026; veja números

 Vice-presidente nacional do União Brasil aparece com sete pontos de vantagem para o petista

A pesquisa Quaest/Genial divulgada, nesta quinta-feira (12), aponta que o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, venceria o governador Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa pelo governo da Bahia em 2026.

Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje, ACM Neto teria 44% das intenções de votos contra 37%. O ex-ministro João Roma (PL) teria 3%, já Kleber Rosa (PSOL) pontuaria com 2%. Os indecisos somam 6%. Brancos/nulo e não votariam são 8%.

A sondagem de opinião ouviu 1.200 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A coleta foi feita entre os dias 4 e 9 de dezembro.

Rodrigo Daniel Silva, Correio*

Prazo para atualizar cadastro de rebanhos na Bahia termina domingo (15)

O Governo do Estado, através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), alerta que termina no próximo domingo (15), o prazo para efetuar a atualização cadastral de rebanhos existentes nos 417 municípios baianos.
O criador deve informar os dados da sua criação através do Sistema de Defesa Agropecuária da Bahia (Sidab) - www.adab.ba.gov.br - ou procurar um dos 402 escritórios da Adab espalhados por todo o estado. A declaração deve ser feita para todas as espécies, incluindo, além de bovinos, caprinos, ovinos, aves e suínos, também bubalinos, equídeos, abelhas e peixes/pescados. Mesmo quem possui animais para consumo próprio, lazer ou trabalho precisam fazer a declaração.

Para o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, o momento exige empenho de todos para a Bahia continuar avançando na sanidade e qualidade do seu rebanho. “Os produtores rurais baianos são parceiros do Estado e sabem a importância de mantermos o status de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, e a atualização cadastral dos rebanhos é uma das exigências do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Organização Mundial de Saúde Animal, que em maio do próximo ano concederá à Bahia, a certificação internacional de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação e, com isso, a possibilidade de comercializar nossa carne bovina e os demais produtos agropecuários para todo o mundo”, orientou Luz.

Caso a atualização não seja realizada até o prazo determinado, a propriedade rural poderá sofrer medidas administrativas e ser bloqueada para a emissão e recebimento de Guias de Trânsito Animal (GTA). Além disso, o pecuarista ficará impedido de comercializar animais de terceiros até resolver a situação junto à Adab.

A campanha, que teve início no último dia 1º de novembro, reúne Informações importantes relativas ao cadastro das propriedades e espécies constantes na declaração, de interesse da Defesa Sanitária Animal, e será utilizada para melhorar a proteção do rebanho e elaboração de políticas relacionadas ao tema.

Entre as explorações pecuárias na Bahia, o rebanho bovino baiano, por exemplo, alcançou a marca de 13,1 milhões de cabeças, conforme dados da última campanha de vacinação realizada em abril deste ano, e consolidou o estado como líder absoluto no Nordeste e sétimo maior produtor do Brasil.

Fonte: Ascom/Adab

Atraso no pacote de Haddad cria impasse sobre salário mínimo para 2025

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento
A incerteza que ronda o avanço dos projetos do pacote fiscal do governo no Congresso gerou um impasse sobre a inclusão do novo valor do salário mínimo, a vigorar a partir de 2025, no Orçamento.

A incerteza que ronda o avanço dos projetos do pacote fiscal do governo no Congresso gerou um impasse sobre a inclusão do novo valor do salário mínimo, a vigorar a partir de 2025, no Orçamento.

O PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) de 2025 foi enviado ao Legislativo em agosto com uma previsão preliminar do salário mínimo de R$ 1.509. Mas, a depender da votação ou não do projeto do pacote que altera a política de valorização do piso salarial no Brasil, o valor final poderá ter uma diferença de até R$ 10.

Pelo projeto do pacote, que precisa ser votado até o final do ano, o valor do mínimo subiria para R$ 1.518. Já pela regra atual em vigor, o salário mínimo teria que aumentar para R$ 1.528, sem arredondamentos para cima. Hoje, o valor está em R$ 1.412.

O impasse se dá porque o relator do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), precisa abrir espaço fiscal nas despesas para bancar o custo maior do salário mínimo em relação ao valor de R$ 1.509, que foi usado pelo governo como referência na elaboração do PLOA.

“Pela regra atual que eu tenho que cumprir, o salário mínimo deve ir para R$ 1.528. O valor de R$ 1.509 veio como previsão e constou no relatório preliminar. No relatório geral, as despesas obrigatórias vinculadas ao salário mínimo terão que ser revisadas”, disse o relator à Folha. Segundo ele, os R$ 20 a mais teriam impacto de R$ 7 bilhões por ano nas despesas do Orçamento.

O valor do mínimo é um indicador fundamental para elaborar o Orçamento, porque a maior parte das despesas obrigatórias, como aposentadoria, pensões, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros benefícios, está atrelada ao seu valor.

“Vou botar tudo como está na regra de hoje, não vai ter como apropriar o pacote”, afirmou ele, que reconhece a dificuldades para a votação dos projetos devido aos temas sensíveis das medidas de ajuste fiscal.

Antes de votar o PLOA, o Congresso terá que apreciar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 para evitar um apagão orçamentário. Sem a LDO, o governo não poderá pagar as despesas, o que geraria uma quadro de paralisação da máquina administrativa.

A prioridade do Congresso é votar a LDO e o PLOA. Apesar do pouco tempo que falta para o início das férias do Congresso, o relator diz que não foi procurado pelo governo para fazer o ajuste no PLOA às medidas de ajuste fiscal. Como os projetos do pacote não foram votados, o relator não pode considerá-los no seu parecer.

“Não fui procurado sobre esse pacote nem pela Fazenda nem pelo Planejamento”, disse. “Como eu não fui procurado por nenhum desses dois ministérios, eu não tenho que modificar nada simplesmente ao meu bel-prazer”, ressaltou.

Na avaliação do senador baiano, uma das dificuldades do quadro atual é que a mudança na regra de correção do salário mínimo está no mesmo projeto que trata de alterações nas normas de acesso ao BPC, que sofre resistências no Congresso, principalmente de parlamentares da região Nordeste.

“Como [o pacote] ainda encontra-se na Câmara, aqui no Senado ainda não tem nenhum comentário a respeito do pacote, porque não chegou aqui para discussão”, disse.

A proposta do governo para a nova regra do salário mínimo prevê que o ganho real do piso seguirá vinculado ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, mas vai oscilar entre 0,6% e 2,5% ao ano, conforme a expansão do limite do arcabouço fiscal.

Por outro lado, a lei em vigor estabeleceu que, para a preservação do poder aquisitivo do salário mínimo, os reajustes serão feitos com base na variação do INPC acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, mais a variação do PIB de dois anos antes.

O INPC, divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística), ficou em 4,84%. O PIB de dois anos antes foi de 3,2%.

“A minha impressão é que uma vez que o número de R$ 1.528 está na rua —e a partir de agora o número está na rua— politicamente é muito difícil voltar atrás”, avaliou Fábio Giambiagi, pesquisador associado do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

Segundo ele, se houver arredondamento para cima, como tem sido praxe, o valor ainda poderá subir para R$ 1.529. “Consulta algum senador, algum deputado para ver se acha viável mudar a posteriori o número já conhecido. Imagina a festa que os bolsonaristas vão fazer, vigorando um novo número que seja R$ 10 ou R$ 11 reais inferior”, previu.

O relator da LDO de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse que está pronto para apresentar o relatório na próxima segunda-feira (16) para ser votado no máximo até terça-feira (17) na CMO (Comissão de Mista de Orçamento). “A LDO é necessária. Sem ela o governo para completamente em 2025. Seria um abismo administrativo, orçamentário e financeiro, alertou.

Moura passou esta quarta (11) concentrado nas emendas apresentadas pelos parlamentares ao texto. Segundo ele, o PLOA poderá ser aprovado no mesmo dia da LDO. “Eu acredito que vote a LDO e no mesmo dia vota o PLOA. Vai ser um bagunção. É o que vai acontecer. Os prazos estão muito curtos e tem uma pauta enorme”, afirmou.

Ele ponderou que o ambiente hostil no Congresso por causa do bloqueio das emendas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) os parlamentares está resolvido, o que poderá acalmar os parlamentares. “Eles estão muito nervosos, irritados com esse confronto e ficam boicotando as votações”, afirmou.

O relator disse estar havendo um “corre desenfreado” sem dar tempo para os parlamentares analisarem “direitinho” as propostas: “Esse ritmo de Fórmula 1 para a votação da LDO e PLOA atormenta a todos.”

Adriana Fernandes, Folhapress

Ipiaú: Cores e brilho da decoração natalina na Praça Ruy Barbosa encantam cidadãos em inauguração

Na noite desta quarta-feira (11), a magia do Natal tomou conta de Ipiaú com a inauguração oficial da decoração natalina na Praça Ruy Barbosa. Em um evento que reuniu centenas de moradores, a beleza das luzes, o encanto das cores e a presença do Papai Noel transformaram a praça em um verdadeiro espetáculo.
A abertura contou com uma apresentação especial do Coral Projart, que trouxe um repertório repleto de canções que abrilhantaram o ambiente, emocionando crianças e adultos. O clima de alegria e união marcou a noite, considerada um sucesso pela população.
 
A prefeita Maria das Graças esteve presente e, visivelmente emocionada ao lado seu seus secretariados e a prefeita eleita Laryssa Dias, celebrou o momento. “É uma alegria ver mais uma vez nossa cidade tão viva e unida em momentos como este. Preparamos tudo com muito carinho, pensando na beleza e nos momentos especiais que as famílias ipiauenses merecem viver. Este é o nosso presente para a cidade”, afirmou a prefeita.
A última decoração natalina da gestão Maria, período que fortaleceu a tradição,
impressionou pelos detalhes e pela criatividade, arrancando elogios dos presentes.
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

 

Depois da queda, Lula desenvolveu hematomas líquidos, explica neurologista brasil

O neurologista Rogério Tuma, um dos responsáveis pelo acompanhamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que, depois da queda sofrida em outubro, num acidente doméstico, o petista desenvolveu uma espécie de hematoma mais líquido tanto do lado direito como do esquerdo do crânio.

Tuma explica que, do lado esquerdo, houve um crescimento do hematoma. Porém, logo reduziu bastante de tamanho e, em seguida, se refez mais agudamente. Este, segundo ele, foi drenado. Já do lado direito, o hematoma teve um crescimento mais lento. Depois, foi absorvido e desapareceu.

Lula foi submetido a um novo procedimento cirúrgico por volta de 7h25 da manhã. O procedimento trata-se de uma embolização de artéria meníngea média, com o objetivo de conter novos sangramentos na cabeça. De acordo com a equipe médica, o procedimento foi bem-sucedido.

Sofia Aguiar e Gabriela Jucá / Estadão Conteúdo

O risco para a comunicação de Jerônimo Rodrigues, por Raul Monteiro*

Se é verdade que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) permanece apostando na substituição do excelente jornalista André Curvello e, pior do que isso, em trocá-lo por um quadro ideológico na estratégica secretaria estadual de Comunicação, então muito provavelmente não está antenado com o noticiário e muito menos com um dos problemas cruciais que o presidente Lula enfrenta, detectado por ele próprio. Na semana passada, antes de se submeter a uma cirurgia de emergência, Lula participou de um encontro do PT em Brasília, no qual culpou abertamente a falta de comunicação do governo pelos baixos índices de aprovação à sua gestão.

“Há um erro no governo na questão da comunicação e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não está se comunicando bem”, admitiu o petista, que só agora, tardiamente, é bom que se ressalte, acorda para o erro de ter chamado um deputado petista, Paulo Pimenta, portanto, um quadro ideológico e ainda por cima sem expertise na área, para tocar o que pode ser considerado hoje, em plena era digital, de imenso caos provocado pelas redes sociais e profundas transformações no processo comunicacional em todos os níveis, um dos setores mais desafiadores de qualquer governo.

Não por acaso, Lula se queixou da falta de organização de entrevistas com jornalistas e de uma licitação para mídia digital, exatamente o setor que, dois anos após o início de seu terceiro mandato, incompreensivelmente permanece descoberto, trazendo prejuízos para a imagem do governo e, consequentemente, do presidente da República. Se pretende começar sua primeira reforma administrativa pela comunicação, seria prudente a Jerônimo avaliar, primeiro, que profissionais do gabarito de Curvello, com qualificação e experiência comprovadas para tocar com excelência a comunicação governamental, ainda mais no mercado baiano, são uma excepcionalidade.

Depois, atentar para o péssimo resultado que Lula está tendo em seu próprio governo devido a uma opção que não levou em conta o critério técnico de adequação do seu indicado à pasta que comanda. Mas se não quiser ir longe, Jerônimo pode rememorar a história recente de seu próprio grupo político, comparando as experiências de comunicação, no comando do governo baiano, de seus dois antecessores, o hoje senador Jaques Wagner e o atual ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. Alguém tem dúvida de que, por causa do perfil cordial, da inteligência radiante e da extrema simpatia Wagner era um excelente produto?

E que Rui, por conta do temperamento oposto, era uma figura de dificílima digestão? A diferença entre o que representavam na época em que se elegeram e na imagem com que deixaram o governo marca o resultado das escolhas que fizeram para suas respectivas secretarias de comunicação. Enquanto Wagner, tal qual Lula, fez uma opção política ousada por um quadro ideológico do PT que o afastou dos jornalistas e deixou que concluísse o mandato apelidado de “Wagareza”, o que é uma imensa injustiça com seu importante legado, Rui investiu no atual secretário de Comunicação e deixou o governo sob sinônimo de eficiência, o “Correria”. São dados para Jerônimo avaliar.

Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

Atualização: este artigo foi enviado para publicação ontem antes de o governador anunciar o nome do novo secretário de Comunicação, Luciano Suedde, ex-subsecretário de André Curvello e um profissional da área como ele. Com a escolha, Jerônimo evita erros do passado de seu grupo político e demonstra atenção aos critérios apontados pelo artigo para o cargo.

Raul Monteiro*

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprova proposta do voto impresso

O projeto proíbe a adoção exclusiva do voto eletrônico; texto ainda precisa ser votado no Plenário da Casa

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, por 31 votos a 20, proposta que estabelece o voto impresso no Brasil e torna obrigatória a verificação de votos da urna eletrônica. O projeto também proíbe a adoção do voto puramente eletrônico. 

O texto aprovado é substitutivo do deputado José Medeiros (PL-MT) ao Projeto de Lei 1169/15, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A proposta, que muda a Lei das Eleições, segue para a análise do Plenário.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Recontagem obrigatória
De acordo com o texto, imediatamente após o encerramento da votação, 5% das urnas eletrônicas serão selecionadas aleatoriamente para a contagem pública dos votos.

Essa escolha será feira por meio de sorteio público não-eletrônico, com a presença de representantes de partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outras entidades interessadas. 

A urna será aberta pela mesa receptora diante dos fiscais, e cada voto será retirado individualmente do repositório e lido em voz alta. Em seguida, apresentado pelo membro da mesa para exame visual e subsequente registro no boletim de urna. 

Os resultados da contagem pública e sua comparação com os dados eletrônicos serão registrados em ata, assinada por todos os presentes, e disponibilizados ao público para consulta.

Se houver discrepância na amostragem entre a apuração eletrônica e a apuração pública, prevalecerá o resultado do escrutínio público. Uma nova amostragem, de 10% das seções eleitorais do País, será selecionada, para novo escrutínio.  

Os votos conferidos serão guardados em urna com lacre assinado pelos participantes da apuração e preservados por um ano para eventuais recontagens.

Credibilidade
“Ao adotar essa medida, o processo eleitoral brasileiro reforçará sua credibilidade, assegurando aos eleitores que os resultados refletem fielmente a vontade popular”, defendeu o relator, José Medeiros.

Segundo ele, a presença de diversas entidades durante a seleção e recontagem das urnas promove a participação cidadã e o controle social, "elementos fundamentais em uma democracia sólida”.

Desconfiança
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) questionou a votação da proposta. “A urna eletrônica é uma conquista democrática e civilizatória”, disse. “Não vejo o projeto como o fim do mundo, mas ele tem como substrato um ambiente de desconfiança na urna eletrônica”, criticou. 

A deputada Bia Kicis (PL-DF), por outro lado, defendeu o texto. “É uma tentativa de trazer mais transparência ao processo eleitoral. Quem pode se opor a mais transparência? Não existe nenhum processo impassível de ser melhorado”, afirmou.

PEC rejeitada
Em 2021, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta que determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições (PEC 135/19).

Reportagem - Paula Moraes
Edição - Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara aprova projeto que limita a concessão de liberdade provisória em diversos casos

Texto torna obrigatória a prisão preventiva de pessoa detida em flagrante que integre organização criminosa

Coronel Ulysses, autor da proposta
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) projeto de lei que prevê a prisão preventiva obrigatória de pessoa presa em flagrante quando integrar organização criminosa armada ou milícia, praticou o crime com violência ou grave ameaça com arma de fogo e em outras situações.

De autoria do deputado Coronel Ulysses (União-AC), o Projeto de Lei 714/23 será enviado ao Senado. O texto foi aprovado na forma de um substitutivo do relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG).

De acordo com o texto, se houver indícios fundamentados de existência e autoria do crime, o juiz deverá negar liberdade provisória com ou sem medidas cautelares também se o agente:

  • for reincidente;
  • já tiver sido preso em flagrante por mais de uma vez e solto após audiência de custódia;
  • porta ilegalmente arma de fogo de uso proibido ou restrito; ou
  • em outras situações previstas na lei sobre tráfico de drogas.

Para a tomada de decisão, o delegado ou membro do Ministério Público deverá informar ao juiz, com dados concretos, se a pessoa integra organização criminosa armada ou milícia.

Em qualquer caso, a decisão deverá considerar a conduta social e os antecedentes criminais do agente preso.

Para o relator, deputado Lafayette de Andrada, limitar a concessão de liberdade provisória é necessário para garantir a eficácia da Justiça, a proteção da sociedade e a preservação da ordem pública e paz social. "O texto representa um passo importante para um sistema penal mais eficaz e comprometido com a segurança pública e que priorize a proteção da coletividade e o resguardo devido aos direitos humanos mais caros à sociedade."

Já o autor, deputado Coronel Ulysses, afirmou que a intenção é "moralizar" a audiência de custódia. "Em algumas situações, o mesmo preso foi liberado mais de 30 vezes. Isso dá uma sensação de impunidade. Esse instituto é uma vergonha, temos de acabar com essa demência", disse.

Audiência de custódia
O projeto permite a realização da audiência de custódia por videoconferência, pois a presença do acusado será preferencial.

Lafayette de Andrada fixou parâmetros para a realização da audiência por videoconferência, restringindo-a aos municípios que não possuem efetivo militar suficiente ou onde a saída do veículo para transporte do preso comprometa a segurança local.

Nessas situações, a audiência de custódia poderá ser por videoconferência em razão de decisão do juiz. Devem ser assegurados todos os direitos do preso, e a presença virtual é estendida ao delegado de polícia, ao defensor e ao Ministério Público.

Lafayette de Andrada, relator do projeto de lei
O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) defendeu a realização da audiência de custódia. "Poder verificar a legalidade da prisão não é relaxar diante do crime", disse. Ele também afirmou que o direito de se defender é mais reduzido para pessoas negras, pobres e com vulnerabilidade.

Segundo o deputado Kim Kataguiri (União-SP), autor de uma das quatro propostas apensadas, o projeto não acaba com a audiência de custódia. "Ele só determina que, se o sujeito é reincidente, faz parte de milícia ou organização criminosa, não poderá ter liberdade provisória", explicou.

Drogas
Nos crimes relacionados a drogas, a prisão preventiva deverá ser mantida quando:

  • o tráfico de drogas tiver evidências de ser internacional;
  • o crime for praticado por pessoa que tenha se valido de função pública, poder familiar, guarda ou vigilância;
  • a infração tiver sido cometida perto ou dentro de presídios, de escolas ou hospitais, sedes de entidades estudantis e outros locais sensíveis;
  • o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
  • caracterizado o tráfico entre estados;
  • a prática do crime envolver criança ou adolescente;
  • o agente financiar ou custear a prática do crime.

Na opinião do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), a polícia atualmente "enxuga gelo" e o projeto vai acabar com o "prende e solta".

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Câmara aprova projeto que cria campanha nacional de combate à violência contra policiais.

Delegada Ione, relatora da proposta
A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria campanha nacional de combate à violência contra policiais. O texto também prevê o uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para ações de enfrentamento e combate à vitimização de policiais, incluindo medidas de prevenção, assistência psicossocial e proteção jurídica. A proposta será enviada ao Senado.

De autoria do deputado Alberto Fraga (PL-DF), o Projeto de Lei 779/24 foi aprovado nesta quarta-feira (11) na forma de um substitutivo da relatora, deputada Delegada Ione (Avante-MG).

Segundo o projeto, como parte da campanha Abril Branco, neste mês deverão ser realizadas ações com vários objetivos. Entre eles:

  • promover discussões com especialistas sobre as medidas de proteção;
  • financiar e realizar campanhas com foco no treinamento tático das corporações;
  • financiar instituições para compatibilidade de armamento e compra de equipamentos necessários à proteção dos policiais durante as atividades.

Será criado ainda o Programa Nacional de Prevenção e Combate à Vitimização dos Profissionais de Segurança Pública e de Defesa Social, com diretrizes, políticas, planos e ações para esse objetivo.

A relatora, deputada Delegada Ione, afirmou que o texto oferece uma resposta concreta à sensação de insegurança que permeia o Brasil. "Também convida ao debate, à melhoria e à aprovação de legislação capaz de resguardar a integridade dos profissionais de segurança", disse.

Segundo a deputada, ter um programa específico de prevenção e combate à vitimização de policiais é uma resposta contundente à necessidade de valorizar e proteger os agentes que atuam na linha de frente.

Entre 2016 e 2022, cerca de 1.550 policiais civis e militares foram mortos, média de um policial estadual morto a cada 39 horas. E entre 2021 e 2022, ocorreram 183 suicídios de policiais militares e civis da ativa no País.

Prioridade jurídica
O projeto altera o Código de Processo Penal para dar prioridade a inquéritos e processos que apurem prática de crimes com emprego de violência contra agente de segurança pública em serviço ou em razão dele.

A prioridade será concedida a esse público também em processos na vara cível que tenham por objeto responsabilização civil decorrente de crime com emprego de violência contra agente de segurança pública ou de defesa social.

Regime diferenciado
Na Lei de Execução Penal, o projeto prevê a aplicação de regime disciplinar diferenciado a presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que praticaram homicídio ou lesão corporal gravíssima contra agente de segurança pública ou de defesa social.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Ubatã: PM prende homem com pistola 9mm, carregadores e munições

Uma guarnição do 3º Pelotão da Polícia Militar, pertencente a 55ª CIPM, prendeu um homem de 43 anos com uma pistola calibre 9mm na avenida Landulfo Alves, na noite desta quarta-feira, 11, em Ubatã. Conforme informou a PM, a prisão ocorreu após abordagem a um veículo Pálio. O condutor do veículo, que não teve a identidade revelada, portava a arma na cintura e dois carregadores municiados.

O suspeito ainda portava um coldre de cintura, 01 porta carregador e 33 munições de pistola calibre 9mm. A abordagem ao veículo e a respectiva prisão ocorreram, ainda de acordo com a PM, após denúncia anônima. O homem foi preso em flagrante e apresentado, juntamente com o material apreendido, na Delegacia Territorial de Ilhéus. (Ubatã Notícias)

Khamenei culpa EUA e Israel em 1º pronunciamento após queda de Assad na Síria

‘Não deve haver dúvidas de que o que aconteceu na Síria é o resultado de um plano conjunto americano e sionista’, disse o líder supremo do Irã em um discurso na TV estatal nesta quarta-feira (11)
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez declarações contundentes sobre a situação na Síria, afirmando que a queda do governo de Bashar al-Assad é parte de uma estratégia orquestrada pelos Estados Unidos e Israel. “Não deve haver dúvidas de que o que aconteceu na Síria é o resultado de um plano conjunto americano e sionista”, disse em um discurso veiculado pela televisão estatal nesta quarta-feira (11).

Além de criticar a intervenção externa, Khamenei destacou que um país vizinho da Síria também desempenhou um papel significativo nos eventos recentes. O líder iraniano também rejeitou especulações sobre um possível enfraquecimento do Irã após a queda do governo sírio. Pelo contrário, Khamenei acredita que a situação pode levar a um fortalecimento da influência iraniana na região, desafiando a narrativa de que a perda de Assad seria um golpe para Teerã.

Khamenei enfatizou que o plano visa desestabilizar a região. “Esses analistas ignorantes não têm consciência do significado da resistência. Eles pensam que se a resistência enfraquecer, o Irã Islâmico também enfraquecerá. Mas eu digo, com a ajuda e o poder de Deus, o Irã é poderoso e se tornará ainda mais poderoso”, afirmou o líder supremo do Irã. Por Jovem Pan

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