O CRISTÃO PODE COMEMORAR O NATAL?

Muito se fala sobre a comemoração do Natal, alguns dizem ser uma festa cristã, enquanto outros dizem ser uma festa pagã. Algumas igrejas enfeitam seus templos com objetos típicos, promovem cantatas, fazem teatros e apresentações, outras, porém acham que tudo isso é paganismo, fruto de uma geração que sofreu um sincretismo, trazendo para o cristianismo práticas e celebrações que não constam nas Escrituras.


E então? O cristão pode comemorar o Natal? Podemos enfeitar nossas casas com árvores, pinheiros, luzes e bolinhas coloridas?

Neste artigo vamos fazer uma pesquisa histórica e cultural de todas estas coisas, depois faremos uma reflexão para sabermos o que devemos ou não fazer.

Vamos detalhar os pontos mais discutidos hoje em dia:A Bíblia não orienta comemorarmos o Natal

É verdade que não existe nenhum texto na Bíblia com este mandamento. Por exemplo: Comemorai o Natal de Jesus! Mas a Bíblia também não tem outras ordenanças e mandamentos. Exemplo: A Bíblia não fala que não pode fumar.

A Bíblia não é um livro só de mandamentos, mas de princípios. Podemos aprender com exemplos que ela nos dá, sem que ao menos nos dê um mandamento ou ordenança.

Veja o texto:

10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. 13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: 14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.

Lc 2.10 – 14

Podemos destacar os seguintes pontos:O anjo fala que é uma boa notícia;
Que será de grande alegria;
O motivo da festa é o nascimento: é que hoje vos nasceu […] o Salvador;
A milícia celestial apareceu louvando a Deus;

São tantos elementos somente neste texto, que podemos ver a importância deste acontecimento.

Ora, se Jesus não tivesse nascido, obviamente não teria morrido e muito menos ressuscitado para nos justificar. Jesus só morreu porque nasceu, isso é óbvio.A origem do Natal

Antes mesmo do nascimento de Jesus, o dia 25 de dezembro já marcava algumas comemorações, a mitologia celebrava festas a MITRA, um deus pagão, cuja suas festas eram recheadas de orgias, embriaguez e idolatria. Mitra era conhecido com deus do Sol Invencível (Solis Invicti). Outros dizem que no dia 25 de dezembro era celebrado o aniversário de Ninrode, personagem bíblico que viveu no tempo da construção da torre de Babel.

Somente no ano 440 d.C. a igreja estipula a data do nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, exatamente a data de outras comemorações pagãs.

A pergunta é: O NATAL TORNA-SE UMA FESTA PAGÃ POR ESTAR NO MESMO DIA DE OUTRAS FESTAS?

Claro que NÃO! Precisamos aprender investigar não somente a origem, mas também o propósito. A atitude da igreja no quinto século foi maravilhosa, pois conseguiu mudar, de uma vez por todas, uma data pagã para uma data de comemoração cristã. Se a comemoração era para o Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invencível), em homenagem ao deus Mitra, agora quem está sendo homenageado é o Sol da Justiça, Jesus Cristo.

Paulo também fez isso em Atenas, mudando o foco de um “deus desconhecido” para Jesus. Veja, a origem não mudou o propósito de Paulo.

Se alguns querem comemorar, no dia 25 de dezembro, o dia do aniversário de Ninrode, não tem problema nenhum. Se outros querem adorar à Mitra, fiquem à vontade. Nós cristãos resolvemos comemorar o aniversário do nosso Senhor neste dia. Não é porque existem outras comemorações pagãs no mesmo dia do Natal que estamos envolvidos com o paganismo.

No dia 12 de outubro é comemorado o dia da “padroeira do Brasil”, no mesmo dia muitas igrejas comemoram o Dia das Crianças. As igrejas estariam comemorando uma festa idólatra sem saber? Pensam que estão comemorando o Dia das Crianças, mas na verdade estão comemorando a devoção a “padroeira nossa senhora aparecida”?

No dia 31 de outubro comemora-se o Halloween, mas também se comemora a reforma protestante. Estaríamos nós protestantes comemorando o Halloween sem saber?

O que dizer das pessoas que nascem no dia 25 de dezembro, não poderão comemorar seus aniversários nesta data, pois estariam comemorando uma festa pagã?

NÃO TEM SENTIDO ALGUM ANALISAR A ORIGEM, SEM, CONTUDO, ANALISAR O PROPÓSITO.25 de Dezembro não é a data do nascimento de Jesus

A data do nascimento de Jesus é incerta, alguns fatos históricos são usados na tentativa de calcular o nascimento de Cristo. A morte de Herodes, o nascimento de João Batista, o recenseamento que José foi obrigado a participar, todos estes eventos não trazem clareza na pontualidade de seus acontecimentos.

De alguma forma, Deus preservou a data do nascimento de Jesus em oculto, talvez para que nenhum dia fosse venerado mais do que o menino que nasceu neste dia.

Alguns afirmam que Jesus nasceu em março, outros dizem abril, muitos historiadores creem que foi entre agosto e setembro, mas ninguém consegue pontuar convictamente o dia exato do nascimento de Cristo.

Sabedores que 25 de dezembro não é a data correta, estamos todos enganados?

De maneira nenhuma! Quantos de nós já mudamos a data de aniversários dos nossos filhos? Geralmente quando estes fazem em dias da semana, transferimos a festa para o final de semana, a fim de que mais convidados possam participar da festa. Aliás, não comemoramos o aniversário de Jesus, como se ele tivesse mais de 2000 anos, comemoramos o nascimento Dele.

A data é o que menos importa, o mais importante é o propósito! Um menino nos nasceu! Is 9.6Árvore de Natal

Muito se fala também sobre a Árvore de Natal, sendo esta, um símbolo de idolatria e sincretismo religioso.

Alguns estudiosos dizem que as árvores eram cortadas e enfeitadas nos cultos pagãos, outros dizem que o próprio Martilho Lutero fez sua árvore de natal ao replicar uma cena que o encantou, diz a “história/estória” que Lutero, ao deparar-se com uma árvore, coberta de neve, iluminada pelas luzes da lua e das estralas, ficou tão maravilhado que reproduziu para seus filhos esta cena, cortando galhos e colocando flocos de algodão, muitos dizem que esta ocasião é uma mentira e não passa de uma lenda. Outros pesquisadores afirmam, que a árvore de Natal se originou em peças teatrais realizadas pela igreja, eram colocadas árvores cheias de maçãs, simbolizando a árvore do conhecimento do bem e do mal, e ao lado um presépio, simbolizando a redenção com o nascimento de Jesus numa manjedoura.

Existe um grupo de “crentes” que tentam “demonizar” todas as coisas, geralmente é o pessoal da batalha espiritual. Para este povo tudo é “demônio”, é o mesmo pessoal que demoniza a Coca-Cola, o Mac Donalds, etc. Obviamente que neste evangelho místico a árvore de Natal não iria escapar.

Seria muito mais bonito e sincero falarmos que a árvore de Natal nada tem a ver com o Natal. Não precisamos demonizar a árvore. Há igrejas fazendo campanhas para queimar todas as árvores de Natal como sinal de quebra de maldições, outros chegam ao extremo de afirmar que o formato do pinheiro é o mesmo formato da Aparecida, e, portanto, uma alusão a ela. Inacreditável! Quanta criatividade!

Não podemos compartilhar informações sem antes verificar sua veracidade, as vezes a informação não passa de criatividade de uma imaginação fértil.

As famílias que têm crianças pequenas, e que tem familiares não crentes, podem ter dificuldade em retirar seus enfeites de Natal de seus lares. Será que isso precisa realmente ser feito?

Aconselhamos aproveitar os enfeites e os ornamentos para ensinar as crianças e os familiares o verdadeiro sentido do Natal. A estrela na ponta da árvore pode ser a matéria prima para se explicar sobre a estrela que guiou os magos até Jesus, por exemplo. As crianças estão acostumadas a ver as festas de aniversário cheias de bexigas, enfeites e ornamentos, podemos aproveitar para dizer para que elas que Jesus nasceu e que a festa é para Ele.Papai Noel

Pelo que tudo indica, a criação do personagem “Papai Noel” teve uma origem. Conta-se na história, que um homem chamado Nicolau, piedoso e temente a Deus, bispo de Mira na Turquia, ajudava pessoas secretamente, conta-se também que Nicolau tinha grande afinidade com as crianças. Esse Nicolau foi canonizado pela igreja católica, e hoje é conhecido como São Nicolau.

São Nicolau/Papai Noel foi ganhando forma com o passar do tempo, o personagem ganhou renas voadoras, barba branca, e poderes para realizar pedidos na noite de Natal. Pesquisas mostram que a roupa vermelha como o conhecemos hoje é fruto da Coca-Cola, que assim vestiu o “bom velhinho” nos seus comerciais e propagandas.

Não é tão prudente alimentarmos o Natal com tal personagem, o Papai Noel de hoje tem os mesmos atributos exclusivos do Senhor, onisciência, pois conhece todos os desejos das pessoas, onipotência, pois pode realizar qualquer pedido, e onipresença, está em todas as casas ao mesmo tempo na noite de Natal.

Não estaria Papai Noel tirando o foco do verdadeiro Natal?

E a resposta é SIM!

Mais uma vez, não precisamos demonizar o Papai Noel, uma criança pequena dificilmente entenderá as coisas espirituais. Não seria tão bom associar Papai Noel a demônios na cabeça das crianças, por outro lado também não é ideal alimentarmos uma mentira na mente delas. Uma sugestão para os pais que tem esta dificuldade é usar o “faz de conta”, as crianças já estão familiarizadas com isso, elas sabem o que é verdadeiro e o que é falso. Como o Superman, o Homem Aranha, a Elsa e a Ana (Frozen), a Bela Adormecida, são todas estórias, fábulas, as crianças têm facilidade com isso. Podemos dizer que Papai Noel é um “faz de conta”, que não existe de verdade.

Conclusão

…Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.

Mt 2.2

Natal é uma festa cristã, nenhuma outra religião deveria comemorar o Natal, para eles o Natal não faz sentido algum, para nós é o nascimento do nosso Salvador.

Tire o Papai Noel da festa de Natal e ele continuará sendo Natal, tire Jesus do Natal ele será uma festa sem sentido.

Certa vez, próximo ao Natal, um comerciante colocou na vitrine de sua loja um versículo destacado, João 3.16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho…” duas senhoras que passavam na porta, após lerem o versículo dialogaram: QUE COISA HORRÍVEL! HOJE EM DIA MISTURAM A BÍBLIA EM TUDO, ATÉ NA FESTA DE NATAL!

Se você é cristão, não permita que o Natal não tenha o verdadeiro sentido, pregue Jesus, diga para todos que você encontrou o Salvador.

Natal não é uma festa para abusar do consumismo e se endividar até o outro ano, não é uma festa para termos tanta comida na mesa a ponto de jogarmos fora mais da metade dos alimentos. Natal é Jesus, é o nascimento do Filho de Deus, que veio para salvar o mundo.

Faça a sua celebração de Natal! Comemore! Pregue Jesus como Salvador!

FELIZ NATAL!

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PF e BPFron apreendem veículo com 450 kg de maconha em Mamborê/PR

Mamborê/PR. Nesta segunda-feira (23/12), a Polícia Federal e o Batalhão de Polícia de Fronteira apreenderam cerca de 450kg de maconha que estavam em um veículo, durante patrulhamento na zona rural de Mamborê/PR. 

Diante dos fatos, o veículo os ilícitos foram apreendidos e encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Mamborê-PR para as providências necessárias.

Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná
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PM apreende drogas em Candeias

Policiais militares da 10ª CIPM apreenderam 14 tabletes de drogas na tarde de domingo (22), em Candeias.

Os policiais foram acionados pelo CICOM para averiguar denúncia de ameaça com arma. No deslocamento, os policiais militares se depararam com um grupo de indivíduos comercializando droga. Ao perceberem a presença da guarnição, os suspeitos fugiram realizando disparos de arma de fogo. Houve o revide.

Após cessarem os disparos, foram realizadas buscas no perímetro, onde foram encontrados 14 tabletes de maconha.

O material apreendido foi apresentado na Delegacia que atende a região, para registro da ocorrência.

Submetralhadora e drogas são apreendidas pela PM no bairro da Paz

Policiais militares da 15ª CIPM detiveram um suspeito de tráfico de drogas e apreenderam uma submetralhadora e drogas na tarde de terça-feira (24), no bairro da Paz.

Os policiais militares realizavam policiamento na rua Ubatan, quando visualizaram dois indivíduos que, ao perceberem a aproximação policial, efetuaram disparos de arma de fogo e fugiram, sendo um deles logo alcançado.

Com ele, foi encontrada uma submetralhadora, um carregador e 19 munições calibre 9mm, 273 pedras de crack, 203 porções de cocaína, 69 porções de maconha, uma balança de precisão e embalagens plásticas.

O suspeito e os materiais apreendidos foram apresentados na Central de Flagrantes, para registro da ocorrência.

Família acusa Hospital Geral de Ipiaú de negligência após gestante perder bebê

O que seria um momento de celebração no período natalino tornou-se uma tragédia para uma adolescente gestante, moradora do Bairro Euclides Neto, e sua família. Após a perda do bebê, eles acusam o Hospital Geral de Ipiaú (HGI) de negligência médica durante o atendimento.

Segundo Janaína Moreira Souza, mãe da gestante, a jovem deu entrada no HGI na manhã da última terça-feira (24), por volta das 9h30, após o rompimento da bolsa. Apesar de avaliações iniciais apontarem 39 semanas de gestação e indícios de trabalho de parto, a gestante teria esperado por horas para a realização de uma ultrassonografia. Quando o exame foi realizado, por volta das 18h, o líquido amniótico já estava ausente e os batimentos cardíacos do bebê haviam diminuído significativamente.

“Foi negligência médica sim, pois quando ela chegou no hospital estava perdendo muito líquido mesmo, já estava até sangrando. A enfermeira até disse que ela estava entrando em trabalho de parto”, relatou Janaína.

Ainda segundo ela, o parto foi realizado de forma normal em Jequié, o que gerou questionamentos sobre a impossibilidade de realizá-lo no HGI. “Se ela teve a criança normal em Jequié, ela poderia ter também no HGI”, afirmou.

Posicionamento do HGI

Procurado pela reportagem do GIRO, o diretor do Hospital Geral de Ipiaú, Daniel Dias, lamentou o ocorrido e afirmou que o caso está sendo apurado internamente.

“O HGI manifesta profundo pesar pelo ocorrido com a gestante Isabelly Barbosa e se solidariza com a dor da família. Estamos conduzindo uma apuração detalhada dos fatos, incluindo a análise dos registros hospitalares e o cumprimento dos protocolos médicos estabelecidos”, declarou.

Daniel destacou que o hospital conta com equipe obstétrica e anestesiológica 24 horas por dia, mas reconheceu que o exame de ultrassom não está disponível continuamente. Ele reafirmou o compromisso do HGI com a humanização no atendimento e garantiu que o caso será analisado com transparência.

A família da gestante segue exigindo justiça e mudanças nos procedimentos para evitar que outras mães enfrentem situações semelhantes.

Fonte: 

Com Sidônio, nova Secom deve rever gastos milionários com publicidade digital

A estratégia de publicidade digital deve ser um dos pontos de atenção do governo federal a partir da virada do ano. De acordo com a CNN, a perspectiva de mudanças na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) trouxe pedidos de reavaliação dos investimentos que garantem a presença institucional do governo nas redes sociais.

Segundo fontes que acompanham de perto a transição, entram nas discussões gastos milionários com a promoção de conteúdo nas grandes plataformas digitais. O impulsionamento de conteúdo nas redes é apenas parte dos investimentos do governo em comunicação. No entanto, somente no guarda-chuva da Secom, foram gastos R$ 29,8 milhões com propaganda digital desde o início deste ano.

O levantamento foi feito pela CNN com base em dados da pasta, considerando despesas com publicidade no Google, Facebook, Instagram, Kwai, Linkedin, Spotify, TikTok e no X (antigo Twitter).

O valor é mais alto que aquele pago em 2023, quando foram desembolsados R$ 27,4 milhões. Assim como no ano passado, a maior fatia do gasto deste ano (cerca de 60%) foi com propaganda institucional.

De acordo com fontes da pasta, os valores podem variar, uma vez que pagamentos podem levar até 90 dias para serem contabilizados. A CNN procurou a Secom para detalhar as informações e aguarda retorno.

O debate sobre os gastos com publicidade nas redes se intensificou na esteira das mudanças prometidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em toda a comunicação governamental.

Embora ainda não haja confirmação de como será o formato da nova Secom, persiste a expectativa de que a área passe a ser comandada por Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula em 2022. Ele já teria sido sondado pelo presidente Lula para assumir a vaga hoje ocupada por Paulo Pimenta, que seria reacomodado em outra função da confiança de Lula.

A ala que defende uma reformulação completa da comunicação governamental faz duras críticas ao resultado da estratégia adotada até agora nas redes sociais. Uma queixa recorrente é que o governo teria errado ao tentar reproduzir o desempenho do bolsonarismo nesse ambiente.

A tese é de que a gestão de Lula e a esquerda como um todo precisam construir uma identidade própria nas redes. E que a Secom deveria valorizar mais os meios de comunicação nos quais tem historicamente um bom desempenho. É o caso, segundo um interlocutor de Lula, de veículos de mídia tradicional.

Outra crítica é que o governo hoje é muito dependente do próprio Lula para ter presença forte nas redes. Os perfis pessoais do presidente têm enorme alcance orgânico. E, mais recentemente, passaram a repostar algumas das peças relacionadas às ações de ministérios.

A conta de Lula no Instagram, por exemplo, ostenta 13,3 milhões de seguidores. A da Secom tem 223 mil seguidores. Na última segunda-feira (24), por exemplo, os stories de Lula continham diversas postagens sobre políticas públicas na saúde, educação e programas sociais.

A tendência, segundo fontes ouvidas pela CNN, é que as mudanças na comunicação nas redes só comecem a ficar mais evidentes no início de 2025. Por enquanto, ainda circulam no entorno de Lula versões divergentes sobre como e quando se darão as mudanças na Secom. Ao menos duas fontes próximas ao presidente disseram que é certo que Sidônio se sentará na cadeira de ministro em janeiro, com autonomia total para reformular completamente equipe e estratégia de comunicação.

Outra ala, no entanto, ainda insiste que a ida do marqueteiro para Brasília pode se dar mais longe dos holofotes. A linha, nesse caso, é dizer que Sidônio seguiria agindo nos bastidores, como já ocorre atualmente. Foi Sidônio, por exemplo, quem alinhou o pronunciamento de Natal veiculado nesta segunda-feira (23), segundo apurou a CNN.

CNN Brasil 
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Chefe da PM responsável pela Esplanada sugeriu combinar defesa sobre 8/1

Ex-comandante do batalhão responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios, a tenente-coronel da Polícia Militar Kelly Cezário sugeriu que seu subcomandante alinhasse a defesa dele com a do então comandante-geral da PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal) sobre o 8 de janeiro.

O major Flávio Alencar é réu na ação penal que mira a PM do DF por omissão. No dia do ataque às sedes dos três Poderes, ele respondia pelo Batalhão dos Poderes porque Kelly estava de férias desde o dia 3. Ela não foi denunciada no caso e não há notícias de que seja investigada (mas há apurações em sigilo).

A sugestão de Kelly foi feita à esposa de Flávio Alencar. Em áudios inéditos, obtidos pela Folha, Kelly propõe que a advogada do major procure a defesa do ex-comandante-geral da PM-DF Fábio Augusto e do ex-ajudante de ordens dele, capitão Josiel Pereira César.
A Folha procurou a tenente-coronel Kelly por telefone e mensagens, mas não houve resposta. A defesa do major Flávio Alencar afirmou que apenas se manifesta nos autos. A reportagem também procurou o capitão Josiel por telefone e mensagens, sem sucesso. A defesa de Fábio Augusto não quis se manifestar.

Na época dos acontecimentos, a PM do DF vivia uma divisão de grupos e uma intensa disputa por cargos, inclusive para o comando-geral. Kelly era vista como uma pessoa próxima ao então comandante, à subsecretária de operações integradas, Cíntia Queiroz, e ao ex-comandante do 1º Comando de Policiamento (que está acima do Batalhão dos Poderes), Marcelo Casimiro.

O grupo disputava o controle da PM com o chefe do Departamento Operacional da PM, Jorge Eduardo Naime Barreto, e com o então subcomandante, Klepter Rosa, que acabou promovido a comandante após o ataque golpista.
O primeiro contato ocorreu em 7 de fevereiro de 2023, dia em que Flávio, Josiel, Naime e o também policial militar Rafael Pereira Martins foram presos por suspeita de omissão na depredação das sedes dos três Poderes.

Fábio Augusto, que também é réu na investigação sobre a omissão da PM, estava solto na ocasião. Ele foi demitido do comando-geral da Polícia Militar no dia seguinte ao ataque golpista e preso em 10 de janeiro, mas foi solto nos primeiros dias de fevereiro. Depois, em 18 de agosto de 2023, Fábio teve nova ordem de prisão, revogada apenas em março deste ano.

“Qual é o ideal, Carol? É você colocar a advogada do capitão Josiel e o advogado do coronel Fábio Augusto pra vocês fazerem uma mesma linha de defesa, entendeu? Porque é uma história só”, diz Kelly para a esposa do major Flávio Alencar, Carolyne Alencar.
“Era muito importante porque a história de vocês converge, né? Pra depois não ter ruído, entendeu? Na hora de dar as declarações, de fazer a linha de defesa. […] Eu posso conseguir todos os telefones dos advogados. E passo pra você. E aí você, se houver interesse dela em uma situação só, ela entender como é que está a defesa dos outros para também seguir na mesma linha. Porque é a mesma história.”

A esposa do major agradeceu pelo contato e disse que conversaria com a advogada. Kelly então envia, em um aplicativo de mensagens, o telefone dos advogados do ex-comandante-geral da PM e do ex-ajudante de ordens.

A tenente-coronel insiste no contato em outras ocasiões. “Você viu que eu mandei os telefones dos advogados pra você? Porque assim, se eles pudessem pelo menos dar uma conversada entre eles, né?”, diz Kelly por telefone. “Um é advogado do coronel Fábio e o outro é advogado do Josiel. Então, enfim, disponibilizei pra você e você vê o que conversa com o advogado, que vocês entenderem que seja melhor. É só pra poder fortalecer uma linha de defesa, né?”, completa a tenente-coronel.

O major Flávio Alencar foi preso duas vezes. O episódio que o levou à prisão pela primeira vez, em fevereiro de 2023, o colocou em rota de colisão com Fábio Augusto. O major foi acusado de esvaziar uma barreira do Batalhão de Choque que estava posicionada entre a Câmara dos Deputados e a sede do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em depoimentos, ele afirmou que desfez a linha de contenção ao receber a informação de que Fábio Augusto estava cercado e ferido no Congresso Nacional. O coronel Josiel Pereira César —então ajudante de ordens de Fábio Augusto— afirmou ao STF que não houve ordem do comandante-geral para desmontar a barreira. Josiel confirmou, porém, que Flávio Alencar o encontrou no Salão Verde da Câmara e perguntou sobre Fábio.

A segunda prisão de Flávio ocorreu em maio de 2023 após a Polícia Federal encontrar uma mensagem enviada por ele em dezembro de 2022 em um grupo de PMs em que dizia: “Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”.

O major afirma que não discutia a ameaça de bolsonaristas na reta final do governo, mas sim o possível fim do Fundo Constitucional – dinheiro da União que é repassado para o Governo do Distrito Federal custear a PM e outros gastos com segurança, saúde e educação.

A PF localizou um áudio no celular do major Flávio em que ele comenta o contato de Kelly com sua esposa e afirma que ela tentou encontrar “furos” para incriminá-lo sobre os ataques golpistas. O interlocutor do major não é identificado no documento.

“O pessoal do sexto [batalhão da PM] conversou comigo, falou que a coronel Kelly, bicho, ela estava procurando qualquer furo que eu tivesse quando eu estava no comando em exercício lá do sexto, bicho, pra botar no meu rabo, entendeu? Inclusive, velho, a coronel Kelly, enquanto eu estava preso, ela estava assediando a Carol [mulher de Flávio], fazendo pressão, pressionando a Carol aqui pra que ela convencesse a minha advogada pra acertar depoimento.”

Mesmo de férias em 8 de janeiro, a tenente-coronel é citada pelo diretor da polícia da Câmara, Paul Pierre Deeter, em depoimento ao STF, em maio.

Deeter afirma que um dos policiais legislativos falou com Kelly duas vezes no dia 8, por volta das 11h e das 13h. Segundo ele, Kelly afirmou ao agente “que estava em condições de atuar” e que estava tudo sob controle.

A informação de Deeter sobre Kelly ainda não foi esclarecida pelas autoridades. A tenente-coronel deixou o Batalhão dos Poderes após 8 de janeiro e é hoje supervisora de operações no Centro Integrado de Operações de Brasília, subordinado à Subsecretaria de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF.

Thaísa Oliveira/Folhapress 
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Desvalorização do real causa saída ‘em massa’ de investimentos para os EUA

A desvalorização do real diante dos temores fiscais no Brasil e o fortalecimento do dólar com a volta de Donald Trump à Casa Branca desencadearam uma saída em bloco de investimentos do Brasil com destino aos Estados Unidos, e esse movimento pode ter vindo para ficar. Na corretora americana Avenue, que tem o Itaú Unibanco como sócio, o volume cresceu ao menos 20% em dezembro na comparação com novembro, quando tradicionalmente é um mês fraco por conta do período de festas.

“Quando a percepção de risco Brasil passou a ficar mais latente para o investidor brasileiro, houve um movimento em massa de recursos para fora. A gente já passou novembro e, provavelmente, vamos fazer um volume 20% a 25% maior em dezembro”, diz o fundador e CEO da Avenue, Roberto Lee, em entrevista exclusiva ao Broadcast.

Sem abrir o número exato, ele afirma que há uma mudança no perfil do investidor que está mandando mais recursos para o exterior, com uma maior presença de um público mais conservador. Historicamente, toda vez que o dólar sobe, os investidores tendem a pensar que ‘perderam o bonde’, diz.

Para os mais conservadores, porém, a motivação é oposta. Eles seguem o movimento conhecido como ‘flight to quality’, ou voo para a qualidade, no jargão de mercado, em busca de opções seguras. “Quando o dólar sobe, esse público conservador é o contrário. Ele se move só nos momentos de insegurança. Então, à medida que sente mais risco, ele se move”, explica Lee.

Dos recursos que estão indo para os EUA, mais de 80% estão sendo investidos em títulos superconservadores, basicamente renda fixa de curto prazo, conforme o CEO da Avenue. Em geral, são ‘Treasuries’, títulos do Tesouro americano, cujos rendimentos têm sido pressionados para cima desde o favoritismo e posterior vitória de Trump, e também em dívida de empresas americanas, os chamados ‘bonds’.

Dados do Banco Central mostram que o saldo de investimentos de brasileiros em ativos no exterior superava os US$ 10,6 bilhões no acumulado do ano até novembro, mais do que o dobro do registrado em todo o ano de 2023, de US$ 4,511 bilhões. O recorde já registrado foi de cerca de US$ 15,4 bilhões em 2011, conforme a base histórica do BC, que vai até 1995.

A sinalização de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai cortar menos os juros em 2025 também é positiva para a migração de recursos de brasileiros para os EUA, segundo Lee. Entretanto, o principal gatilho continua sendo o fiscal no Brasil, cujos temores se intensificaram após o pacote do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considerado insuficiente para derrubar o crescimento da dívida pública brasileira, o que tem obrigado o Banco Central (BC) a apertar mais as condições financeiras no País.

Impulso

Na prática, os juros básicos em patamares elevados e as expectativas de novos aumentos deveriam servir de isca para manter os recursos dentro de casa. No entanto, a aversão ao risco contribui para empurrar esse capital para fora. Em meio às preocupações com o fiscal no Brasil, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, uma medida do risco, chegou a ser negociado a 218 pontos na semana passada, maior patamar desde março de 2023.

“O ambiente seguro que era o CDI virou o offshore [exterior]. Isso vale para pessoas físicas, para empresas, para investidores institucionais e isso faz com que o movimento seja em massa de recursos para fora”, diz Lee.

De acordo com ele, o atual volume de transferência que a Avenue, fundada há sete anos, tem vivenciado é ‘inédito’. No entanto, desta vez, trata-se de um movimento ‘estrutural’, ou seja, deve se manter ainda que o câmbio se acomode à frente. O trabalho feito por instituições brasileiras sobre a importância da diversificação de investimentos no exterior ajuda. Nesse sentido, Lee sempre diz que a concorrência mais ajuda do que atrapalha.

“Mais do que dobramos a custódia de ativos nos Estados Unidos, que já não era baixa, e bastante impulsionada pelo Itaú, mas muito concentrada no último trimestre deste ano”, diz.

Se o ritmo visto nos últimos três meses do ano se mantiver, o montante de ativos sob custódia tem potencial de triplicar em 2025, projeta o CEO da corretora americana. A Avenue é a terceira corretora fundada por Lee. Antes, o executivo montou a WinTrade e a Clear, vendida à XP, em 2014.

O quadro de acionistas da Avenue também pode passar por mudanças no próximo ano. Isso porque em dezembro de 2025 o Itaú tem o direito de assumir o controle da corretora, elevando a sua participação de 35% para 50,01%. Segundo Lee, os múltiplos já estão definidos em contrato. A base de acionistas conta ainda com o fundo japonês SoftBank e o Igah Ventures.

“O negócio com o Itaú foi um ganha-ganha. Todo mundo tem de fazer o negócio acontecer. O banco precisa liderar e a gente crescer. O banco nos transfere tecnologias e governanças que não se formam só querendo, mas com muita estrutura”, diz Lee.

Caso o Itaú não arremate as ações remanescentes, como tem direito, o CEO da corretora reafirma que o caminho natural seria a abertura de capital nos EUA em cinco anos. O provável destino é a Nasdaq, a bolsa de tecnologia americana.

Aline Bronzati/Estadão

PT perde terreno entre mais pobres em SP desde 2012, enquanto centrão avança

O PT viu seu protagonismo junto a eleitores de baixa renda na cidade de São Paulo diminuir desde 2012. No mesmo período, a votação em vereadores do PSOL, MDB, União Brasil e PL nessa parcela da população avançou.

A Folha de S.Paulo analisou os votos que candidatos e legendas receberam à Câmara Municipal desde 2012 em todos os locais de votação divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Depois, cruzou os dados de renda dos 18.953 setores censitários da cidade disponibilizados no Censo de 2010, conforme a distância em relação aos locais de votação.
A partir do cruzamento, as áreas foram divididas em três grupos de renda com a mesma quantidade de setores censitários. De acordo com o IBGE, o rendimento médio para cidade de São Paulo era de R$ 3.289, em valores corrigidos.

Como de baixa renda foram considerados os setores com rendimento médio mensal de até R$ 1.407 por pessoa, em valores também corrigidos pela inflação.
Enquanto em 2012 o PT detinha, em média, 29,1% dos votos válidos para vereadores nessas áreas, nas eleições de outubro deste ano o partido chegou a 18,3%, queda de quase 11 pontos percentuais.

A redução mais acentuada na média de votação do PT aconteceu de 2012 para 2016, quando houve redução de sete pontos percentuais na estimativa de votos, chegando a 21,9%. De 2016 a 2020, o partido perdeu outros quatro pontos, chegando a 17,5%. Nas eleições deste ano, houve aumento de quase um ponto percentual, interrompendo a trajetória de queda do partido.

Se em 2012 o PT conseguiu eleger o então ex-ministro da Educação Fernando Haddad prefeito de São Paulo, com o então ex-presidente Lula como cabo eleitoral, nos anos seguintes o partido entraria em um período de crise. Em junho de 2013, protestos contra a classe política fomentaram a criação de grupos de direita que anos mais tarde se engajariam em atos pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

O cientista político e professor da FGV Easp Cláudio Couto destaca que em 2016 o perfil de escolha do eleitorado mudou e isso afetou o PT no país inteiro. Em São Paulo, Haddad perdeu a disputa pela reeleição ainda no primeiro turno para João Doria.

“O desgaste do partido fica muito claro ali. O PT não conseguiu ainda se recuperar do baque de 2016. Quando você pensa na esquerda como todo, ela piorou de lá para cá”, diz. A diminuição dos votos recebidos por candidatos do PT à Câmara Municipal aconteceu em 92,6% dos setores censitários da cidade de São Paulo, mas foi mais acentuada nos 6.121 de menor renda: em 97,4% deles a votação do partido caiu.

No distrito de Lajeado, na zona leste, onde 87% dos setores estão entre os mais pobres, a média de votos por setor no PT caiu pela metade, passando de 37% em 2012 para 18% em 2024.

Apesar do cenário, os 18,3% de média mantêm a legenda como aquela que detém a maior fatia de votos na camada de menor renda nestas eleições, puxando a representação da esquerda. O mesmo se repete na parcela com renda média (média de renda entre R$ 1.407 e R$ 2.726), em que o PT tem 12,8% dos votos.

Apenas na parcela com rendas mais altas (média acima de R$ 2.726), o PT, com 9,6%, não lidera, ficando atrás do PSOL, com 13,7%, do PL, com 11,2%, e do União Brasil, com 10%.

O partido de Guilherme Boulos cresceu em todas as faixas, especialmente na de alta renda (11 pontos percentuais desde 2012). Nos setores mais pobres, o partido foi de 2,2% de média de votos válidos para 8,2%, crescimento de seis pontos percentuais no período, o que para Couto (FGV) pode indicar uma migração de votos de eleitores do PT.

O cientista político acrescenta que o discurso que aproximava o PT do eleitorado de baixa renda não tem o mesmo efeito por causa de transformações no mercado de trabalho, com o crescimento da informalidade, e do avanço do conservadorismo, com o aumento de igrejas evangélicas nos bairros mais pobres.

Como exemplo dessa desconexão, ele cita o discurso do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, de que o fim da escala 6×1, tema de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), deveria ser negociado por meio de convenções e acordos coletivos, em um contexto em que sindicatos não têm o mesmo peso.

Em termos de ideologia, com base na classificação feita a partir do GPS Partidário da Folha de S.Paulo com comportamentos referentes a 2024, o eleitorado de baixa renda na cidade está dividido. Há uma ligeira vantagem da direita, com 33,7%, ante 32,7% da esquerda e 33,6% do centro. Desde 2012, a esquerda caiu 12 pontos percentuais, o centro cresceu 13 pontos e a direita diminuiu pouco menos de um ponto percentual.

No centro, o maior avanço foi do MDB. Anhanguera, que tem mais da metade dos setores entre os mais pobres da cidade (65%), foi o distrito com votação mais expressiva para o partido (40%) nestas eleições, puxado pela votação de Fabio Riva.

Na direita, o União Brasil também cresceu, enquanto o PSDB perdeu o eleitorado, que foi de 11% para menos de 1%. O distrito mais populoso onde o União Brasil teve votação mais expressiva em 2024 foi Parelheiros, quinto distrito com mais setores entre os mais pobres (83%). O partido teve 26% dos votos no local.

Para Couto, esse crescimento está ligado ao grupo político que estava no poder na cidade, com o MDB na prefeitura com Ricardo Nunes e o União Brasil na Câmara Municipal, com Milton Leite.

“Milton Leite é uma figura influente dentro do governo e o União Brasil conseguiu carregar recursos para sua base eleitoral mais do que partidos que não estão tão alinhados ao governo”, afirmou.

Couto afirma que apesar de o voto para vereadores ser mais pragmático, considerando se o político ou partido trouxe benefícios para o distrito, a rejeição a uma ideologia também tem peso.

“Há uma combinação dessas duas coisas. A gente pode considerar a ideologia no sentido mais negativo: ‘Eu fiquei mais conservador e me recuso a votar na esquerda’. A rejeição ao PT, que cresceu a partir de 2016, é um fator que também pode pesar.”

Daniel Mariani, Géssica Brandino, Nicholas Pretto/Folhapress

Vice-prefeito de Lauro de Freitas deixa presídio; ele usará tornozeleira eletrônica bahia

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF) concedeu, nesta terça-feira (24), a liberdade provisória do vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro, com cumprimento de medidas cautelares, a exemplo do uso de tornozeleira eletrônica. A decisão foi assinada pelo presidente plantonista, o desembargador federal João Batista Moreira. Ele aguardava o cumprimento da decisão no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, até ser solto nesta quarta-feira (25).

As prisões ocorreram na segunda-feira (23) quando foi deflagrada a segunda fase da Operação Overclean, que investiga desvios de recursos provenientes de emendas parlamentares. O secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Lucas Moreira Martins Dias, o policial federal Rogério Magno de Almeida Medeiros e o empresário e ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória, Carlos André de Brito Coelho também foram presos.

Dos quatro pedidos de liberdade provisória, foram concedidos dois até a noite desta terça: Vidigal Cafezeiro e de Carlos André de Brito Coelho, este último também solto nesta quarta-feira. Entre as medidas cautelares que devem ser cumpridas pelos dois estão, além do uso da tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com os demais investigados citados no inquérito. Eles tiveram que entregar seus passaportes.

Política Livre

Avião da Embraer com 67 passageiros cai no Cazaquistão; 28 sobrevivem

Um avião com 67 passageiros caiu no Cazaquistão, na madrugada desta quarta-feira (25). Pelo menos 28 pessoas sobreviveram, segundo informações da imprensa internacional, reproduzidas pelo portal Metrópoles. Elas recebem atendimento em hospitais da cidade de Aktau, onde houve o acidente.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a aeronave da Azerbaijan Airlines, fabricada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), arrisca um pouso de emergência a cerca de 3 km do centro urbano de Aktau e na costa do Mar Cáspio. Após oscilar no ar e perder altitude, o piloto tenta tocar o solo, mas o avião o atinge com força e pega fogo.

Em outro vídeo, feito no local exato do acidente, aparecem pessoas feridas e desorientadas próximas à fuselagem da aeronave. Equipes de resgate correm para socorrê-las.

“Um avião que fazia a rota Baku-Grozny caiu perto da cidade de Aktau. Pertence à Azerbaijan Airlines”, informou o Ministério dos Transportes do Cazaquistão no Telegram.

O órgão de vigilância da aviação da Rússia destacou, em comunicado, que informações preliminares sugerem que o piloto decidiu fazer o pouso de emergência após atingir um pássaro.

Segundo o The Guardian, havia 62 passageiros e cinco tripulantes a bordo do voo. De acordo com informações preliminares, a lista de passageiros incluiu 37 cidadãos do Azerbaijão, 16 russos, seis pessoas do Cazaquistão e três do Quirguistão.

Agências de notícias russas detalharam que o avião voava de Baku para Grozny, na Chechênia, mas foi redirecionado por causa do nevoeiro em Grozny.

De acordo com o The Guardian, autoridades do Cazaquistão criaram uma comissão governamental para investigar as causas do acidente. O Cazaquistão cooperaria com o Azerbaijão nessa apuração.

Metrópoles

Violência política atinge recorde no Brasil em 2024, com média de 2 casos por dia

A violência política que vitimou Marielle Franco há seis anos não só persiste, como cresce no país. Levantamento divulgado nesta semana mostra que os casos contra políticos e candidatos bateram recorde em 2024, mesmo ano em que os matadores da vereadora carioca foram enfim condenados.

Foram 558 ocorrências contadas de janeiro até o segundo turno destas eleições, incluindo ameaças, atentados, agressões, ofensas e assassinatos divulgados na mídia. É o maior valor registrado desde 2016, início da série histórica coletada pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos.

O número equivale a quase duas vítimas por dia. Em todo o ano de 2020, quando foram contabilizados 214 casos, a proporção era de uma ocorrência a cada quase dois dias. Já em 2016, com 46 registros, a frequência era de uma vítima a cada oito dias.

O ritmo costuma disparar em anos e em períodos eleitorais: os três meses de campanha concentraram 75% dos episódios deste ano, e a semana que antecedeu o primeiro turno da votação teve uma média de 17 ocorrências por dia. O crime político, no entanto, é um fenômeno que acontece o ano inteiro.

Os resultados do estudo vão na mesma linha de um outro levantamento, realizado pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral da Unirio (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que também apontou recorde de casos monitorados na imprensa nas eleições de 2024.

“A violência política se tornou um instrumento real para manter e obter privilégios políticos no Brasil, e há uma ausência de resposta do Estado como um todo. A partir dessa naturalização, os casos vêm crescendo”, diz Gisele Barbieri, coordenadora de incidência política da Terra de Direitos, que lembra que os casos são subnotificados.

Somam-se aos motivos para o aumento a proliferação de notícias falsas, ameaças e ofensas virtuais sem regulação e a expansão do crime organizado, seja no financiamento de campanhas ou na intimidação de agentes políticos. “Tivemos dificuldade em classificar casos no RJ ou na Amazônia, por exemplo, em que os dois âmbitos se misturam”, afirma Barbieri.

As ameaças correspondem a 40% dos casos deste ano, seguidas dos atentados (23%), que cresceram 42% em relação a 2020. A persistência desses ataques e dos assassinatos nos últimos anos indica que a violência extrema tem se tornado resposta cada vez mais comum nas disputas políticas, conclui o relatório.

Um dos episódios emblemáticos da última campanha foi o do prefeito de Taboão da Serra (Grande SP), José Aprígio da Silva (Podemos), atingido por um tiro no ombro dentro do carro oficial blindado. Ele recebeu alta um dia antes do segundo turno e chorou ao votar, mas não conseguiu se reeleger.

Para coletar os dados, as pesquisadoras fizeram uma varredura na internet utilizando a linguagem Python e palavras-chave, além de uma busca manual em redes sociais, jornais online e grandes portais de notícias. Depois, elas analisaram cada ocorrência para avaliar a presença de motivação política.

O relatório aponta um dado curioso: apesar de os vereadores normalmente serem os alvos mais comuns, no período eleitoral deste ano houve uma inversão, e prefeitos e vices se tornaram as principais vítimas (34%) —o que pode sinalizar alterações na dinâmica das disputas pelo Executivo local, mas requer mais estudos.

A violência também atinge representantes de todos os espectros políticos, de 25 dos 29 partidos, com PT e União Brasil no topo do ranking. Extrema direita, direita e centro direita se destacam por terem oito entre as dez legendas mais afetadas. Os casos de teor sexual, porém, afetam mais candidatas da esquerda.

As mulheres cis e transgênero, que foram 38% das vítimas, estão mais vulneráveis na internet e nos espaços de trabalho, enquanto homens são mais visados em ambientes externos, como em atividades de campanha. Elas sofrem mais ataques verbais, emocionais e psicológicos, e eles, agressões físicas.

Já no recorte por cor, as pessoas negras, apesar de estarem subrepresentadas no sistema político, são 44% das vítimas de violência política, proporção próxima à das pessoas brancas (52%), que estão super-representadas. “Há uma violência desproporcional contra esses grupos”, diz Gisele Barbieri.

O estudo deixa recomendações a quatro instituições para prevenir os ataques. Ao Legislativo, sugere programas de combate à violência, aperfeiçoamento de leis e segurança ampliada para políticos. À Justiça Eleitoral, propõe campanhas contra discursos de ódio e monitoramento de fake news.

Já ao sistema de Justiça, cita o apoio às vítimas, canais para denúncia e celeridade no julgamento dos casos. Por último, aos partidos políticos, orienta a criação de instâncias internas de denúncia e também a promoção de campanhas permanentes.

Júlia Barbon/Folhapress

Trump critica Biden e diz que buscará pena de morte para estupradores e assassinos

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (24) que irá direcionar seu Departamento de Justiça a “buscar vigorosamente” a pena de morte para proteger os americanos de “estupradores violentos, assassinos e monstros” quando assumir o poder em 20 de janeiro.

A declaração de Trump em sua plataforma de mídia social Truth Social foi uma resposta ao anúncio do presidente Joe Biden na segunda-feira (23) de que ele havia atenuado as sentenças de 37 dos 40 presos federais no corredor da morte, convertendo-as em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

“Assim que eu for empossado, direcionarei o Departamento de Justiça a buscar vigorosamente a pena de morte para proteger as famílias e crianças americanas de estupradores violentos, assassinos e monstros”, disse Trump na rede Truth Social.

“Joe Biden acaba de comutar as sentenças de morte de 37 dos piores assassinos de nosso país. Quando observarem as ações de cada um, não acreditarão que ele fez isso. Não faz o menor sentido. As famílias e os amigos [das vítimas] estão ainda mais devastados. Eles não conseguem acreditar que isso esteja acontecendo!”, escreveu.

Entre os beneficiados estão nove pessoas condenadas por assassinato de colegas de prisão, quatro por homicídios cometidos durante assaltos a bancos e outro que matou um agente penitenciário.

Trump reiniciou as execuções federais durante seu primeiro mandato no cargo de 2017 a 2021, após uma pausa de quase 20 anos.

Biden, que concorreu à presidência se opondo à pena de morte, suspendeu as execuções federais quando assumiu o cargo em janeiro de 2021.

O democrata havia imposto uma moratória sobre a pena de morte federal, mas estava sob pressão para tomar outras medidas antes de deixar a Casa Branca em 20 de janeiro, em meio a anúncios feitos pelo republicano de que retomaria a prática.

Biden disse condenar os assassinatos e lamentar pelas vítimas, mas se disse guiado por sua consciência e experiência ao se opor ao uso da pena de morte em nível federal.

Os três condenados que não foram beneficiados pelo perdão presidencial foram Djokhar Tsarnaev, um dos autores do ataque à Maratona de Boston em 2013; Dylann Roof, um supremacista branco que matou nove pessoas negras em uma igreja de Charleston em 2015; e Robert Bowers, condenado por matar 11 pessoas em uma sinagoga de Pittsburgh em 2018.

Ao contrário das ordens executivas, as decisões de clemência não podem ser revertidas pelo sucessor de um presidente, embora a pena de morte possa ser buscada de forma mais agressiva em casos futuros.

A equipe de transição de Trump denunciou a decisão de Biden na segunda-feira, chamando-a de abominável e favorecendo condenados que estão “entre os piores assassinos do mundo”.

Folhapress

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