PF apreende mais de 900 kg de maconha em santa Helena/PR

Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais apreenderam, na tarde desta terça-feira (14/1), um veículo transportando mais de 900 kg de maconha em Santa Helena, região oeste do estado do Paraná.

O condutor do veículo transitava em uma estrada vicinal, na região de subsede, quando avistou a equipe policial e empreendeu fuga, em alta velocidade, até abandonar o veículo em uma lavoura. No local os policiais encontraram 930 kg de maconha no interior de um carro com placas brasileiras.

Os fardos de maconha junto com o veículo foram levados para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a formalização da apreensão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu

Preços do petróleo devem sofrer com excesso de oferta em 2025 e 2026, diz AIE

Os preços do petróleo estarão sob pressão em 2025 e 2026, já que o crescimento da produção global supera a demanda, avaliou a Administração de Informações sobre Energia (AIE), do governo dos EUA, nesta terça-feira (14).

Muitos analistas esperam um mercado de petróleo com excesso de oferta este ano, depois que o crescimento da demanda diminuiu drasticamente em 2024 nos principais países consumidores: EUA e China.

A AIE afirmou em seu relatório Perspectivas Energéticas de Curto Prazo que espera que os preços do petróleo Brent caiam 8%, chegando a uma média de US$ 74 por barril em 2025, e depois caiam ainda mais, chegando a US$ 66 por barril em 2026.

O órgão do governo dos EUA elevou ligeiramente sua estimativa de produção recorde de petróleo no país este ano, para 13,55 milhões de barris por dia, em comparação com sua estimativa anterior de 13,52 milhões de bpd.

A produção global de petróleo e combustíveis líquidos deve agora atingir uma média de 104,4 milhões de bpd em 2025, acima da previsão anterior de 104,2 milhões de bpd, informou a agência.

A demanda global, por sua vez, deverá ter uma média de 104,1 milhões de bpd, abaixo da estimativa anterior de 104,3 milhões de bpd, informou a AIE.

Folhapress

Rui Costa amplia poder de diretor da Abin para punir agentes em meio a novas apurações

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), aumentou o poder do diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, para punir servidores em meio a uma série de novos PADs (procedimentos administrativos disciplinares) que tramitam no órgão.

Portaria publicada no Diário Oficial na última quarta-feira (8) autoriza o chefe da Abin a suspender qualquer servidor por até 90 dias após conclusão do procedimento disciplinar. Anteriormente, o diretor só poderia aplicar a punição por até 30 dias —em casos de período superior a um mês havia a necessidade do aval do ministro.

Com prestígio junto à Casa Civil, Corrêa decidiu também, em portaria interna, ampliar os poderes do corregedor da Abin, que poderá suspender qualquer servidor por até 30 dias. Procurados, Rui Costa e a Abin não se manifestaram.

A medida gerou incômodo em parte dos servidores da agência. De acordo com relatos à Folha sob a condição de anonimato, há preocupação com a possibilidade de a cúpula da Abin usar os mecanismos para afastar desafetos e críticos da atual gestão.

Por outro lado, oficiais de inteligência alinhados à atual direção avaliam que a decisão é benéfica e mostra a confiança do governo Lula (PT) no comando da agência após o avanço das investigações da Polícia Federal sobre a chamada “Abin paralela”.

Desde a chegada de José Fernando Chuy, delegado da PF que assumiu a corregedoria da Abin em julho passado, foram abertos cinco procedimentos disciplinares para apurar possíveis irregularidades, entre elas a responsabilização dos suspeitos de envolvimento no uso político da agência.

As apurações internas miram alguns casos da antiga gestão, segundo os relatos feitos à reportagem, como o arquivamento de PADs contra o ex-diretor da Abin Victor Carneiro, sucessor de Alexandre Ramagem e apadrinhado pelo general Augusto Heleno, então ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo de Jair Bolsonaro (PL). Procurado pela Folha, Carneiro não se manifestou.

Em agosto de 2023, no auge das investigações sobre o First Mille —software espião usado por integrantes da Abin para monitorar adversários políticos do governo Bolsonaro—, a CGU (Controladoria-Geral da União) avocou todos os processos internos após suspeita de interferência do comando da Abin nas apurações. À época, a cúpula da agência e a CGU negaram suspeitas de interferência.

Em janeiro de 2024, o presidente Lula demitiu Alessandro Moretti, número 2 da Abin, após suspeitas de que ele atrapalhava as investigações.

O inquérito da PF sobre a “Abin paralela” está em fase final e era previsto para acabar no final de 2024. O prazo não foi cumprido devido ao avanço das investigações sobre tentativa de golpe de Estado, que levou ao indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas.

No relatório final divulgado em novembro, a PF apontou relação entre pessoas envolvidas com a tentativa de golpe de Estado e o caso da “Abin paralela”.

Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o compartilhamento de provas da investigação da trama golpista com o caso da Abin.

De acordo com relatos, o relatório conclusivo sobre as investigações sobre o uso político da Abin trará um capítulo exclusivo sobre a suposta tentativa de interferência da cúpula da agência nas investigações dos policiais federais.

Até o momento, as apurações da PF revelaram que os integrantes do grupo paralelo tentavam encontrar informações que pudessem relacionar ministros do Supremo a alvos de apurações de suspeitas de irregularidades.

O inquérito também mira o monitoramento ilegal de autoridades públicas, utilizando-se de sistemas da agência, como o FirstMille, e a produção de notícias falsas.

A investigação da PF aponta que a estrutura da agência teria sido usada para blindar os filhos do ex-presidente, atacar a credibilidade do sistema eleitoral, produzir desinformação e espionar ilegalmente autoridades, como ministros do STF e senadores. Bolsonaro sempre negou que tenha havido ação ilegal da Abin em sua gestão.

Caio Crisóstomo/Folhapress

Governadores criticam vetos de Lula em negociação de dívidas e ameaçam não aderir a programa

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar trechos do projeto de renegociação das dívidas dos estados frustrou expectativas de governadores e pode dificultar a adesão de parte dos entes mais endividados, segundo interlocutores dessas administrações ouvidos pela Folha.

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão entre os que avaliam não aderir ao chamado Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), pois consideram que as regras sancionadas por Lula são prejudiciais no curto prazo. Minas Gerais também pode sair perdendo no começo, mas ainda avalia aderir de olho em benefícios de longo prazo.

São Paulo, detentor da maior dívida com a União, paga suas prestações em dia, sem descontos ou alívios temporários, e se beneficiaria da redução dos encargos futuros da dívida.

O prazo para os estados aderirem ao Propag vai até 31 de dezembro deste ano. Uma mudança de termos ocorreria com a derrubada de vetos pelo Congresso.

Representantes dos demais estados criticam o governo federal por uma decisão que, na avaliação deles, pode ter privilegiado o estado comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), adversário político de Lula e potencial candidato à Presidência da República. Outros interlocutores, porém, afirmam que um dos vetos pode ter reduzido a atratividade do programa para o governo paulista. A Secretaria de Fazenda de São Paulo não respondeu questionamentos da reportagem até a publicação deste texto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a decisão do governo. “É preciso notar que o esforço do governo federal foi bem grande para corrigir problemas e, se eu fosse um governador de oposição, daria um telefonema agradecendo.”

Dois vetos são considerados os mais críticos pelos estados. Um deles afeta estados que hoje estão no RRF (Regime de Recuperação Fiscal), programa de socorro criado em 2017 para entes em grave situação financeira. Lula derrubou a possibilidade de os estados que aderirem ao Propag continuarem tendo apoio da União para honrar dívidas com instituições financeiras e organismos multilaterais.

Hoje, o governo federal paga as prestações desses contratos e incorpora o valor ao estoque da dívida com a União, livrando os estados de um desembolso imediato. O Legislativo chegou a prever a manutenção dessa blindagem no texto do Propag, mas o trecho foi vetado por Lula sob recomendação da equipe econômica.

O segundo veto mais crítico derrubou a possibilidade de usar o FNDR (Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional), criado na reforma tributária, para abater parte da dívida com a União.

O FNDR vai receber repasses bilionários do governo federal a partir de 2029, que serão usados pelos estados para promover incentivos à atividade produtiva em regiões menos desenvolvidas. O texto autorizava a entrega dos direitos sobre esses valores futuros para deduzir parte do saldo devedor e obter o desconto máximo nos encargos da dívida.

O governo federal considerou o artigo inconstitucional, mas entre secretários estaduais há desconfiança de que o veto buscou minimizar as vantagens para São Paulo, que possivelmente usaria o dispositivo para acessar o programa e obter um alívio de caixa bilionário.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse em sua conta no X (ex-Twitter) que recebeu a notícia dos vetos com “extrema preocupação e indignação”.

“Os vetos trazem um prejuízo inaceitável para o povo gaúcho, gerando uma perda de cerca de R$ 5 bilhões dos valores que deveriam ficar aqui para investimentos na reconstrução após as enchentes”, disse.

Segundo ele, ao aderir ao Propag, o governo gaúcho precisaria retomar repasses de valores para um fundo criado para compensar estados em melhor situação fiscal, apesar de outra lei ter suspendido por três anos a cobrança da dívida do RS com a União devido à calamidade provocada pelas enchentes.

“Já estamos em diálogo com a nossa bancada federal para encaminhar toda a articulação possível buscando a derrubada no Congresso desses vetos, que representam um descumprimento inaceitável dos compromissos assumidos durante a tramitação do projeto de lei”, afirmou Leite.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também criticou a decisão de Lula. Segundo ele, os vetos impõem uma fatura adicional de R$ 5 bilhões entre 2025 e 2026 para o pagamento da dívida. “É dinheiro para sustentar privilégios e mordomias. Enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência”, disse, também no X.

Simulações feitas pelo estado indicam que, só neste ano, Minas Gerais precisaria arcar com R$ 1 bilhão a mais no serviço da dívida em relação à parcela vigente no RRF. Na comparação com a versão do projeto sem os vetos presidenciais, a perda é de R$ 3,2 bilhões.

Mesmo assim, interlocutores afirmam que Minas ainda avalia aderir de olho nos benefícios de longo prazo. Simulações da Fazenda estadual indicam um alívio potencial de até R$ 288 bilhões em 30 anos, já considerando o abatimento de 20% do estoque original da dívida a partir da entrega de ativos à União. Em vez de pagar R$ 581,2 bilhões ao longo de três décadas, o governo mineiro quitaria sua dívida mediante o desembolso de R$ 293,6 bilhões no período.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), falou em “duro golpe”, disse que o veto ao uso do FNDR “mata o programa” e acusou o governo federal de “falta de compromisso com o diálogo institucional”.

Essa negociação, na qual técnicos do governo federal participaram ativamente e que motivou a aprovação unânime das duas casas legislativas, mostra a falta de palavra e compromisso republicano que permeiam esses vetos”, afirmou o governador. Segundo ele, o federalismo “foi golpeado pelas costas”.

A reportagem questionou a Secretaria de Fazenda de São Paulo sobre a atratividade do programa para o estado, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

A Folha apurou que os três estados (RJ, RS e MG) tentaram articular um comunicado conjunto com São Paulo para criticar os vetos ao Propag, mas não houve endosso do governo paulista.

Se os vetos desagradaram aos estados em maiores dificuldades, trechos sancionados também geraram incômodo na equipe econômica do governo Lula.

Após as críticas dos governadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que patrocinou o projeto de renegociação, disse em nota que “o momento é de agradecer ao presidente Lula pela sanção do Propag e aproveitar a oportunidade que os estados terão para equacionar um problema histórico”.

No comunicado, ele listou os benefícios do programa, como a redução dos juros da dívida. “Isso é bastante significativo e precisa ser reconhecido.”

Como mostrou a Folha, o presidente manteve o trecho da lei que permite federalizar empresas estatais para abater parte do saldo devedor, contrariando a recomendação inicial da equipe econômica, que defendeu o veto devido ao potencial impacto nas contas.

Este é um dos pilares da proposta articulada por Pacheco, que defende a federalização da Cemig e outras estatais de Minas Gerais —estado pelo qual ele foi eleito e que é um dos mais endividados.

A manutenção deste trecho foi costurada após uma reunião dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) com o próprio Pacheco nesta segunda-feira (13). Também estava presente o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado do atual presidente do Senado e favorito para sucedê-lo no comando da Casa a partir de fevereiro.

O apoio de Alcolumbre e outros senadores influentes à bandeira de Pacheco foi decisiva para que o governo abandonasse a ideia de vetar o artigo da federalização. A leitura é que o desgaste político poderia respingar posteriormente em outros itens da pauta econômica no Congresso.

Na equipe econômica, a aposta é que nenhum processo avance no curto prazo. Eventual operação dependerá de uma série de etapas, que incluem autorização, avaliação do valor da empresa, aprovação das leis e compatibilização do Orçamento para absorver o impacto primário.

Outra ala do governo, porém, discorda e entende que a sanção do trecho deixa o Executivo vulnerável caso algum estado recorra ao Judiciário para tentar forçar a concretização de alguma federalização. O STF (Supremo Tribunal Federal) tem um histórico de aceitação de pleitos dos governos estaduais.

Idiana Tomazelli/Folhapress

Homem é morto com requintes de crueldade; corpo foi encontrado na região da Baixa Alegre

 

 

Um homem ainda não identificado foi morto com requintes de crueldade na noite desta terça-feira, 14. O corpo foi encontrado cerca de 2km depois da BR-330, às margens da estrada que liga a antiga Fazenda Baixa Alegre ao distrito de Santa Terezinha, município de Jitaúna. 

Conforme as informações apuradas pelo GIRO, a vítima teve um corte profundo no pescoço, as mãos decepadas e ainda apresentava marcas de tiros. A Polícia Militar foi acionada por volta das 22h e isolou a área até a chegada do Departamento de Polícia Técnica responsável pela perícia no local e encaminhar o corpo ao IML, onde será posteriormente identificado. 

A autoria e motivação para o crime serão investigadas pela Polícia Civil. (Giro Ipiaú)

Governo federal autoriza envio da Força Nacional a Rondônia

Ataques orquestrados a ônibus vêm alarmando a população de Porto Velho
O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai enviar a Rondônia um efetivo da Força Nacional. Os agentes da tropa federativa chegarão ao estado nos próximos dias, com a missão de auxiliar os órgãos de segurança pública estaduais a conter os ataques criminosos registrados nos últimos dias, na capital, Porto Velho, e em ao menos mais uma cidade, Mirante da Serra.

O emprego da Força Nacional por 90 dias foi autorizado pelo ministro Ricardo Lewandowski, a pedido do governo estadual. Os agentes atuarão nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e garantia da segurança das pessoas e patrimonial. Por motivos estratégicos, o ministério não divulga o número de agentes mobilizados.

Ataques orquestrados a ônibus vêm alarmando a população de Porto Velho. A cidade amanheceu sem transporte público nesta terça-feira (14). Temendo pela integridade de motoristas, cobradores e dos usuários, rodoviários decidiram recolher os ônibus logo nas primeiras horas da manhã. Pouco depois, o prefeito da capital rondoniense, Léo Moraes, pediu ao governo estadual que reforce a segurança pública na cidade a fim de garantir a ordem e o funcionamento do transporte público.

No ofício que enviou hoje ao governador Marcos Rocha e ao secretário estadual da Segurança, Defesa e Cidadania, Felipe Bernardo Vital, o prefeito atribui a “recente onda de ataques” a facções criminosas. Ao menos três ônibus foram incendiados em Porto Velho, além de um ônibus e um caminhão em Mirante da Serra, município a cerca de 390 quilômetros da capital.

De acordo com autoridades locais, os ataques e as ameaças a trabalhadores são uma reação à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, cuja primeira fase foi deflagrada no fim de 2024. Concentrada em conjuntos habitacionais que, segundo a Polícia Militar (PM), são dominados por organizações criminosas, a operação já resultou na retomada de cerca de 70 apartamentos invadidos por bandidos que expulsaram os moradores, bem como na apreensão de drogas e armas.

“A facção [criminosa] obtém lucro não apenas com a venda de drogas, mas também com roubos e com venda e aluguéis desses imóveis”, afirma o comandante do 9º Batalhão, tenente-coronel Ewerson Pontes, em nota divulgada pela PM.

Na noite do último domingo (12), poucos dias após a PM deflagrar a primeira fase da operação, criminosos mataram a tiros o cabo Fábio Martins, do Batalhão de Polícia Ambiental. Já no dia seguinte, a corporação deflagrou a segunda fase da Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, desta vez no conjunto habitacional Orgulho do Madeira. A própria PM reconheceu, em nota, que mobilizou mais de 200 policiais em uma “resposta enérgica do Estado ao crime que vitimou o cabo Fábio Martins”.

Alex Rodrigues/Agência Brasil

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