Brasileiros deportados não costumam retornar ao país algemados, dizem integrantes da cúpula da PF
Governo brasileiro diz que acordo de 2021 impede tratamento dado aos migrantes expulsos
O voo em questão é herança da política implementada desde o primeiro mandato de Trump, passando pela gestão do democrata Joe Biden. Mas deixou o presidente Lula irritado pela forma como os 88 brasileiros retornaram ao país.
Imagens dos passageiros descendo as escadas do avião mostram pessoas acorrentadas e algemadas, com dificuldade de locomoção.
Segundo a PF e o Ministério da Justiça, há um acordo entre as nações, datado de 2021, que veda o uso de algemas ou correntes, salvo em caso de risco de segurança aos passageiros e tripulação. Em 2024, 2.557 brasileiros foram deportados pelos EUA, segundo o governo Lula.
Procurada, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil não falou sobre o tratamento dado aos deportados. Apenas informou que "os cidadãos brasileiros do voo de repatriação" agora "estão sob custódia das autoridades brasileiras".
A utilização de algemas não é uma polêmica recente na atuação da ICE, a agência americana responsável pelas viagens de deportação. Especialistas que acompanham a questão apontam que, até o momento, não há nenhum direcionamento ou regulação nos Estados Unidos em relação ao transporte de deportados com algemas.
Em 2021, um grupo de organizações civis dos Estados Unidos denunciou o uso de um dispositivo de contenção pela ICE, chamado The Wrap, e que impedia a movimentação das pernas.
No caso dos brasileiros, eles chegaram ao país com correntes e algemas em um avião privado contratado pelo governo norte-americano.
Em 2019, um relatório do Centro de Direitos Humanos da Universidade de Washington revelou uma série de abusos durante a repatriação de migrantes, relatando casos de violência física contra os detidos, seja nos aeroportos ou nos voos.
O documento obtido pelos pesquisadores apontava a existência de 99 registros de denúncias relacionadas à atuação da agência de imigração durante os voos, como o transporte de uma mulher de El Salvador com uma gravidez de alto risco, uma morte durante um voo de deportação para Honduras e um suicídio em um aeroporto do Egito de um detido que estava sendo deportado para a Eritréia.
O Ministério da Justiça informou neste sábado que o titular da pasta, Ricardo Lewandowski, comunicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o país. A situação foi relatada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.
Por sua vez, Tom Homan, czar da fronteira de Trump, afirmou que mais de 3 mil pessoas com antecedentes criminais foram presas nos primeiros dias da administração, um número maior que o divulgado pela Casa Branca.
Por sua vez, Tom Homan, czar da fronteira de Trump, afirmou que mais de 3 mil pessoas com antecedentes criminais foram presas nos primeiros dias da administração, um número maior que o divulgado pela Casa Branca.
"O Ministério da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis", afirma a nota.
O retorno de imigrantes ilegais ao Brasil ocorre com base em um acordo firmado com Washington em 2017, durante o governo de Michel Temer. O objetivo é viabilizar o repatriamento de pessoas que ingressaram ilegalmente nos EUA, foram processadas e não têm direito a recurso. O Itamaraty esclareceu que a vinda desses brasileiros, porém, não tem relação com as novas medidas migratórias de Trump.
Pelo acordo, as aeronaves trazem de volta quem já não tem mais como recorrer à Justiça americana. O objetivo é evitar que essas pessoas permaneçam em presídios. De forma geral, são pessoas detidas nos EUA por estarem em situação irregular. O governo brasileiro não aceita a inclusão, nos voos, daqueles com possibilidade de revisão de sentença.
Segundo a Casa Branca, as autoridades já prenderam "538 imigrantes ilegais" de diferentes nacionalidades e deportaram "centenas" desde o início do novo mandato de Trump, números que seriam relativamente modestos para os EUA, em uma possível indicação, de acordo com o jornal Washington Post, de que a retórica de força superou até agora a capacidade do governo de cumprir os elevados objetivos do presidente.
Reação do governo brasileiro
Segundo nota do MJ, por orientação do ministro Ricardo Lewandowski, a PF recepcionou os brasileiros e determinou às autoridades e representantes do governo norte-americano a imediata retirada das algemas. "O ministro destacou ao presidente o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros", afirma a pasta.
A PF informou que os brasileiros que chegaram algemados foram imediatamente liberados dos objetos. "A Polícia Federal proibiu que os brasileiros fossem novamente detidos pelas autoridades americanas." Ainda segundo a corporação, os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto, onde receberam bebida, comida, colchões e tiveram acesso a banheiros com chuveiros.
Ainda de acordo com o Ministério da Justiça, ao tomar conhecimento da situação dos brasileiros, "Lula determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros até o destino final, de modo a garantir que possam completar a viagem com dignidade e segurança."
O episódio é o primeiro atrito entre o governo Luiz Inácio Lula da Silva e o recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, eleito com a promessa de realizar a deportação em massa de imigrantes ilegais.
Israel e Hamas trocam acusações sobre violação do acordo de cessar-fogo
O grupo radical palestino libertou quatro soldados mulheres: Karina Ariev, Daniela Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, destacando que uma “falha técnica” resultou no atraso para soltura de Yehud.
Elas estavam em um posto de observação nas proximidades da Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, quando foram sequestradas por combatentes do Hamas que invadiram a base onde estavam.
Hagari afirmou que Israel está determinado para que Arbel Yehud, uma cidadã israelense sequestrada de Nir Oz, Shiri Bibas e seus dois filhos, Kfir e Ariel voltem para o país.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pontuou que os palestinos na Faixa de Gaza não terão permissão para voltar para a parte norte do território até que o problema seja resolvido.
O Hamas, por sua vez, acusou Israel de atrasar a implementação dos termos do cessar-fogo ao impedir que palestinos deslocados retornem para o norte da Faixa de Gaza.
O grupo armado alertou que esses atrasos poderiam ter “repercussões” para os próximos estágios do acordo.
Troca de reféns e prisioneiros
Em troca das quatro reféns do Hamas, cerca de 200 prisioneiros palestinos foram libertados por Israel.
Essa é a segunda libertação desde que o cessar-fogo começou, em 19 de janeiro, quando o Hamas entregou três civis israelenses em troca de 90 prisioneiros palestinos.
CNH nova? Entenda que são as categorias A1, B1 e C1 na carteira de motorista
Em relação à nova CNH, outros elementos de segurança também foram implementados
A realidade é que as categorias de habilitação no Brasil permanecem as mesmas e são identificadas pelas letras A, B, C, D e E. A tabela de códigos foi inserida para facilitar a identificação dos motoristas por agentes de trânsito em outros países. As categorias, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), seguem as seguintes definições:
Categoria A: condutor de veículos de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral.
Categoria B: condutor de veículos motorizados, exceto motos, cujo peso bruto total não ultrapasse 3.500 kg e cuja lotação não exceda oito lugares (excluindo o motorista)
Em relação à nova CNH, outros elementos de segurança também foram implementados, como tinta fluorescente visível no escuro, hologramas e itens visíveis apenas sob luz ultravioleta. O layout também mudou: a assinatura foi movida para abaixo da foto e as cores predominantes passaram a ser verde e amarela. Além disso, a nova CNH permite a inclusão do nome social e filiação afetiva, se desejado pelo condutor.
Na parte inferior do documento, é possível ver a tabela com as categorias de habilitação, e abaixo dela, um campo para observações, que pode incluir restrições médicas ou se o motorista exerce atividade remunerada. Para motoristas iniciantes, a Permissão para Dirigir (P) também segue o novo padrão gráfico, e um QR Code no verso da CNH fornece acesso rápido a informações relacionadas ao condutor.
Importante ressaltar que, apesar das alterações no design e na inclusão de novos elementos de segurança, a validade da CNH não foi alterada. A validade do documento foi estabelecida em 2021 e permanece de dez anos para motoristas com menos de 50 anos, cinco anos para aqueles entre 50 e 69 anos e três anos para motoristas com 70 anos ou mais.
As informações são do Uol
Batida entre caminhões mata três pessoas no interior da Bahia; fotos impressionantes mostram cabines dos veículos retorcidas
Acidente aconteceu na manhã deste sábado, em uma rodovia estadual, na cidade de Macaúbas, no sudoeste. Circunstâncias serão apuradas.
Segundo informações apuradas pela TV Sudoeste, afiliada da Rede Bahia na região, o acidente aconteceu por volta das 4h. Com o impacto, as cabines dos veículos ficaram retorcidas. Os dois caminhões foram parar no acostamento.
Um dos veículos transportava uma carga mista, contendo remédios e peças de motocicletas. Já o outro estava carregado com farelo e sacarias de milho, além de caroços de algodão. As cargas ficaram espalhadas pelo local.
Ainda não se sabe as circunstâncias do acidente. O caso será apurado. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da região. Não há detalhes sobre as identidades delas e nem sobre os sepultamentos.
Por g1 BA e TV Sudoeste
Suspeita de tráfico de drogas é presa pela Polícia Militar em Saubara
Os policiais realizavam patrulhamento na localidade, quando avistaram a mulher que, ao perceber a presença da guarnição, demonstrou inquietação. Os militares procederam com a abordagem, sendo encontrados com a suspeita, 11 tabletes de maconha e oito porções da mesma substância, além de 18 pinos de cocaína e embalagens para o acondicionamento e a comercialização do entorpecente.
Todo material aprendido e a autora foram apresentados à delegacia de Santo Amaro para a tomada das medidas pertinentes.
Foto(s): 20ªCIPM
Trump fecha fronteira com México e deixa imigrantes sem destino
A suspensão de atendimentos afeta cerca de 50 mil refugiados, muitos já aprovados no processo.
Em uma reportagem publicada no site UOL nesta sábado (25), imigrantes como o cubano Lazaro afirmaram que enfrentam incertezas diante das mudanças. Ele e sua família deixaram Cuba em 2024 por perseguições políticas, gastando mais de US$ 3.000 para atravessar a América Central até chegar à fronteira com o Texas. Lazaro aguardava atendimento para pedir status de refugiado, mas recebeu uma notificação de que os serviços haviam sido suspensos após a posse de Trump. Agora, ele está em um abrigo improvisado no lado mexicano, sem perspectiva de atravessar a fronteira ou voltar para seu país de origem.
A suspensão de atendimentos afeta cerca de 50 mil refugiados, muitos já aprovados no processo. Além disso, a equipe de Trump buscou justificar o fechamento da fronteira alegando riscos de doenças infecciosas vindas da América Latina, mas não encontrou evidências. Mesmo assim, o governo manteve a decisão, alegando que os EUA enfrentam uma "invasão" e classificando os imigrantes como "criminosos".
O hondurenho Elder Noe Delcid Quintero, que percorreu 3.000 quilômetros para chegar à fronteira, relatou os desafios enfrentados no trajeto, incluindo sequestros e perda de recursos financeiros. Ele afirmou que a política de Trump é uma "humilhação" para os imigrantes latinos e destacou a dependência dos Estados Unidos do trabalho desses estrangeiros. "Sem os imigrantes, os EUA não seriam o que são", disse.
As caravanas de migrantes, frequentemente criticadas por Trump, trazem à memória episódios históricos de migração de norte-americanos rumo ao território mexicano no século 19, culminando na anexação de grande parte do México. Essa história, reinterpretada por imigrantes latinos, simboliza a exploração vivida por quem busca uma vida melhor nos EUA, enquanto o atual governo adota medidas cada vez mais restritivas contra eles.
por Notícias ao Minuto Brasil
Leia Também: Mais quatro reféns israelenses são libertadas pelo Hamas
Filho de Luciano Camargo faz 36 anos, e mãe alfineta o cantor
© Reprodução |
O afastamento teve início em 2014, quando Wesley foi detido acusado de agredir familiares durante uma discussão. Na época, Luciano pagou a fiança, mas declarou publicamente sua insatisfação. Desde então, os conflitos se intensificaram, incluindo um processo movido por Flavia Camargo, atual esposa de Luciano, contra Wesley, que foi arquivado após a primeira audiência.
Wesley, por sua vez, já demonstrou vontade de reatar com o pai. Em 2020, no Dia dos Pais, publicou uma carta aberta expressando seu desejo de reconciliação. “Não sei se a gente vai se reencontrar nesta vida”, escreveu, citando um poema de Ferreira Gullar. Apesar dos atritos, o filho mais velho de Luciano mantém proximidade com outros familiares, como os tios Zezé Di Camargo e Emanuel.
STF tem ‘legislado’ mais ao julgar o que considera omissões do Congresso e do governo; entenda
Ainda que reconheçam que o aumento desses processos também reforce o papel do Supremo na garantia de preceitos constitucionais, esses especialistas apontam que a atuação do STF acirra as tensões com os demais Poderes e pode até gerar retaliações políticas, já que o tribunal amplia seu campo de atuação para assumir funções que caberiam a parlamentares e governantes — em alguns casos, extrapolando os limites originalmente previstos na Constituição. Esses juristas pregam que o STF deferia agir com “autocontenção” e ter “cautela” ao pautar esse tipo de julgamento.
Procurada, a Câmara dos Deputados afirmou que “não se posiciona sobre ações legislativas da própria instituição nem sobre iniciativas de outros Poderes”. O Senado, por sua vez, que responde pelas demandas do Congresso Nacional, recomendou que o tema fosse tratado diretamente com as lideranças parlamentares. O STF e o governo federal não se manifestaram.
O aumento desse tipo de ação não apenas reflete a crescente judicialização de temas políticos, mas também expõe uma estratégia recorrente entre parlamentares: evitar pautas que possam gerar custos políticos e desgastes em suas bases eleitorais. O mesmo ocorre quando o STF intervém em questões ligadas ao Executivo, levantando questionamentos sobre os limites de sua atuação na implementação de políticas públicas – função originalmente atribuída aos governos.
Uma ação por omissão inconstitucional pode ser ingressada por partidos políticos e outras entidades no Supremo, que pode determinar que os Poderes Legislativo e Executivo regulamentem questões previstas na Constituição. Em alguns casos, com base na mudança de interpretação adotada pelos ministros nos últimos anos, o STF passou a estabelecer regras provisórias até que o Congresso legisle sobre o tema e determinar a adoção de políticas públicas pelos governos.
Em 2023, por exemplo, o Supremo determinou que, até junho deste ano, o Congresso redistribua as cadeiras de deputados federais com base na população de cada Estado. Já em 2024, os ministros decidiram que os parlamentares devem criar uma lei que garanta o pagamento extra a trabalhadores urbanos que atuam em áreas de risco, direito previsto na Constituição que, por falta de regulamentação, não é aplicado.
Segundo dados do painel Corte Aberta, do STF, 140 ações do tipo já foram aprovadas pelo Plenário e pelas Turmas desde a promulgação da Constituição de 1988. Para o jurista e pesquisador do Insper Diego Werneck, o aumento nos julgamentos de omissão nos últimos anos reflete a percepção de que os Poderes não estão cumprindo suas funções, além de evidenciar uma mudança na forma de decidir do Supremo e no uso cada vez mais frequente desse mecanismo por partidos e entidades.
Werneck explica que, antes, o STF apenas reconhecia a omissão do Legislativo e do Executivo, estabelecendo um prazo para a regulamentação, conforme previsto na Constituição. Nos últimos anos, porém, os ministros passaram a adotar uma atuação mais expansiva, contrastando com composições anteriores da Corte, que mantinham uma postura mais contida e restritiva – típica de períodos de transição e consolidação política, como o vivido pelo País após a redemocratização.
“Essa atuação mais expansiva pode ser problemática para o Supremo, tanto em termos de legitimidade quanto na relação com os atores políticos. Os ministros deveriam adotar uma postura mais restritiva, mas, nos últimos anos, têm ampliado cada vez mais a interpretação de seus próprios poderes constitucionais”, explica.
Um exemplo foi o julgamento de 2007 sobre o direito à greve dos servidores públicos. Na ocasião, os ministros inovaram ao aplicar regras provisórias para essa classe, até que uma lei específica fosse aprovada pelos parlamentares. Em julgamentos anteriores sobre o tema, o Supremo, então composto majoritariamente por ministros da década de 1990, limitava-se a declarar a omissão do Legislativo, sem apresentar regras temporárias ou diretrizes.
A pandemia também contribuiu para o aumento desse tipo de processo, conforme explica a cientista política e pesquisadora em Harvard Gabriela Fischer. Entre 2020 e meados de 2022, o Supremo julgou sete processos relacionados a omissões inconstitucionais durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Destaca-se a decisão que determinou o pagamento de uma renda básica às pessoas vulneráveis, após o STF concluir que o governo havia sido omisso na adoção de medidas essenciais para mitigar os impactos da crise, mesmo havendo uma lei sobre o tema. A decisão foi tomada em resposta a uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade.
Uma vez que, para ser aprovada, esse tipo de ação exige apenas a comprovação de que o tema está previsto na Constituição, mas ainda não foi regulamentado, o mecanismo tem se mostrado eficaz para que entidades e partidos pouco representados no Congresso garantam direitos sociais e de minorias, analisa Gabriela. “O cálculo político que fazem é que as chances de vitória são maiores no STF do que no Congresso”, diz. Ela ainda menciona que, nos últimos anos, houve uma flexibilização das classes processuais que o Supremo aceita para julgar os casos, o que ampliou o uso desse mecanismo em diferentes áreas, como questões ambientais e direitos de populações vulneráveis, incluindo os indígenas.
Alguns dos temas desse tipo de ação, como a equiparação da homofobia e transfobia ao crime de racismo e decisões sobre segurança pública, são exemplos do que podem provocar a retaliação do Congresso, por serem caros às bases eleitorais dos parlamentares — especialmente em um Congresso de maioria conservadora. “Em muitos casos, as pautas trazem custos políticos aos parlamentares que preferem não deliberar sobre as matérias. Em outros, não há incentivo ou pressão eleitoral suficiente a ponto de ser priorizado”, explica Gabriela.
A pesquisadora cita a decisão de 2023 que determinou que o governo federal elaborasse um plano para combater a superlotação nos presídios brasileiros, resultado de uma ação iniciada em 2015. Outro caso emblemático ocorreu em 2020 e 2022, quando a Corte impôs medidas para reduzir a letalidade em operações da Polícia Militar em comunidades do Rio de Janeiro, incluindo a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais nas fardas e viaturas — regras que continuam em vigor.
Embora essas decisões tratem da inércia do Executivo, em esfera nacional e estadual, ambas geraram reações de congressistas. Na época, os parlamentares criticaram a decisão do Supremo de limitar a ação policial no Rio, entre eles o atual deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES). “Como policial, eu digo que o problema do nosso País não é a polícia, é certos tipos de deputados que tem aqui, defensor de bandido, de senadores e de ministros do STF. […] Bando de frouxo, covarde, com poucas exceções, nós sabemos disso, que sequer tem coragem de colocar um impeachment de ministro do STF”, disse Gilvan na ocasião.
Em outubro do ano passado, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL-RJ), voltou a criticar a medida do STF. “Enquanto a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) continuar, ficamos limitados e o crime organizado segue ganhando forças”, disse em entrevista à TV Globo. A reportagem procurou a assessoria do governo do Rio de Janeiro, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem.
O pesquisador e jurista Shandor Torok destaca que, em alguns casos, mesmo com a omissão deliberada para evitar o ônus político, congressistas fazem “jogo de cena” criticando publicamente os ministros por julgarem as demandas desse tipo que chegam à Corte. Para ele, mesmo que haja esse cálculo político e a necessidade de garantir os direitos impressos na Constituição, o STF precisa ter “cautela” em colocar esse tipo de julgamento na pauta. “Querendo ou não, estão lidando com questões que caberiam ao Legislativo e ao Executivo.”
Crise de funcionalidade
Para o jurista David Metzker, o aumento dos processos por omissão
inconstitucional, somado à interpretação mais expansiva adotada pela
atual composição do STF, tem levado a Corte a ocupar espaços que
caberiam ao Legislativo e ao Executivo, intensificando as tensões entre
os Poderes.
“Esse protagonismo gera tensões entre os Poderes, criando fissuras institucionais, já que o STF passa a ocupar um espaço que, em tese, deveria ser do Legislativo. Isso pode desencadear o chamado efeito backlash (”retaliação”, em inglês), com reações também da sociedade, enfraquecendo a confiança nas instituições e alimentando narrativas sobre uma suposta judicialização excessiva”, explica, acrescentando que esse cenário também reflete uma crise de funcionalidade entre os Poderes.
Para reduzir as tensões entre os Poderes, Shandor defende a necessidade de aprimoramento da Corte tanto em decisões que afetam a vida política quanto em outros segmentos, a fim de recuperar a percepção de legitimidade. Como exemplo, ele cita as reformas regimentais promovidas pela então presidente Rosa Weber em 2022, que restringiram as decisões monocráticas.
“O uso expansivo dos poderes pelos ministros reforça a percepção de que a Corte extrapola as atribuições do Legislativo e do Executivo, comprometendo sua imagem”, diz.
O pesquisador sugere que os próprios ministros adotem uma postura de autocontenção, evitando exposição desnecessária no debate público, aumentando a transparência e garantindo maior coerência na jurisprudência, independentemente do contexto político.
“Os ministros precisam ter mais cuidado com o ‘reservatório de boa vontade’, ou seja, o capital político e institucional que o tribunal acumula ao longo do tempo. Se esse saldo se esgota, as tensões entre os Poderes tendem a se intensificar”, completa.
Como mostrou o Estadão, nos últimos anos, o STF proferiu mais de 600 decisões que, de alguma forma, impactaram os mandatos de parlamentares. No Congresso, uma série de propostas têm sido apresentadas por deputados federais e senadores sugerindo a limitação dos poderes da Corte. Além disso, mais de 90 pedidos de impeachment contra ministros foram registrados desde 2016.
Israel liberta 200 prisioneiros palestinos após Hamas soltar reféns
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel |
Dos 200 prisioneiros, 70 não poderão retornar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Eles foram entregues as autoridades egípcias e cruzaram a fronteira para o país vizinho. O Egito foi um dos mediadores do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
Os detentos foram libertados da prisão de Ofer, na Cisjordânia, e de outra instalação perto de Bersheba, no sul de Israel, segundo o comunicado do serviço penitenciário israelense.
Violação
O escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste sábado, 25, que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo ao libertar reféns soldados antes de todos os civis. Netanyahu exigiu a libertação da refém Arbel Yehud, uma civil que Israel considera que está viva.
Uma fonte do grupo terrorista Hamas afirmou à Agência Reuters que Arbel Yehud está viva e será libertada no próximo sábado, 1, mas Israel exige uma prova de vida da refém. De acordo com o documento aprovado de cessar-fogo, as mulheres civis deveriam ser libertadas antes dos soldados.
Em um comunicado, Netanyahu disse que permitiria a libertação dos 200 prisioneiros palestinos, mas não a volta de civis palestinos ao norte de Gaza, como estava previsto no acordo.
Fases do acordo
Na primeira fase do acordo, o grupo terrorista Hamas concordou em libertar 33 reféns dos quase 100 que ainda estão em Gaza em troca de mais de 1.000 palestinos que estão em prisões israelenses e uma retirada parcial das tropas de Israel em Gaza. Sete reféns já foram libertados nas últimas duas semanas.
Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver – e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.
Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o grupo terrorista Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo.
Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional /com AP e NY
Bill Gates diz que influência política de Musk pode ter resultado positivo mundo
“Acho que a ideia de encarar os gastos do governo como uma abordagem de soma zero pode ser uma coisa valiosa”, disse Gates ao Wall Street Journal, referindo-se ao Doge (Departamento de Eficiência Governamental), pasta encabeçada por Musk criada para enxugar as contas públicas.
O cofundador da Microsoft disse está entre as pessoas que acreditam que o déficit do governo precisa ser reduzido ou levará a um problema financeiro. No ano fiscal de 2024, encerrado em 30 de setembro, as contas públicas americanas tiveram um déficit de US$ 1,83 trilhão, o terceiro maior da história.
Para o ex-executivo da Microsoft, devem ser analisados os orçamentos de áreas como defesa, previdência social e saúde, mas ele diz que se preocupa com cortes que afetem programas com benefícios de longo prazo, como remédios o combate ao HIV.
Gates diz na entrevista que não conversa com Musk há cerca de 18 meses e que admira seu trabalho. “Eu não estou tentando falar sobre política da Europa como ele, então isso me surpreende um pouco. Ele encontra tempo para fazer muitas coisas”, disse Gates.
Recentemente, o dono da rede social X usou seu alcance na internet para promover a líder do partido de extrema direita alemão AfD (Alternativa para a Alemanha), Alice Weidel. O empresário recebeu a candidata a primeira-ministra em um programa ao vivo no início de janeiro, reforçando sua ofensiva contra políticos e governos europeus de centro e centro-esquerda.
Bill Gates também afirma que reuniu-se recentemente com Trump para discutir os desafios da saúde pública e outros assuntos em um jantar que durou três horas.
O empresário disse que o encontro foi “intrigante” e envolveu assuntos relacionados ao trabalho filantrópico da Fundação Gates, como os esforços para desenvolver uma cura para o HIV e erradicar a poliomielite.
“Nos dias da Covid, ele acelerou a inovação das vacinas”, disse Gates ao WSJ. “Então, eu estava perguntando a ele se talvez o mesmo tipo de coisa pudesse ser feito nesse caso, e ambos ficamos, eu acredito, bastante animados com isso.”
PF apreende 1 tonelada de maconha em Santa Helena/PR
Os policiais identificaram uma embarcação, vinda do Paraguai, em direção a um braço do lago, do lado brasileiro, atracando em um porto clandestino, na região de Vila Celeste.
Equipes por terra e água se deslocaram para o local, encontrando, um veículo com placas brasileiras carregado com cerca de 1 tonelada de maconha.
Próximo da margem também foi encontrado uma moto sem placas e abandonada. Buscas foram feitas sem localizar nenhum dos indivíduos envolvidos nas proximidades. Os veículos e os fardos da droga foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a formalização da apreensão.
Governo vê perspectiva melhor para preço dos alimentos, mas produtos como carne e café preocupam
Em reunião nesta sexta-feira (24) de ministros com o presidente Lula no Palácio do Planalto, houve certo otimismo com uma série de fatores que devem trazer os preços para baixo nos próximos meses, apesar do cenário preocupante.
Entre eles, a queda do dólar nos últimos dias, a ausência de medidas protecionistas mais duras por parte do presidente Donald Trump (EUA), as perspectivas de maior crédito agrícola e o bom cenário para a safra deste ano.
“Vamos chamar os principais setores do campo, indústria e comércio de alimentos para conversar e ouvir as demandas. Com isso, poderemos fazer um raio-x. Tudo será feito no intuito de apoiar os produtores neste momento”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que participou da reunião.
Outra frente será na mudança em programas de vale-alimentação, para diminuir os custos de intermediação, tarefa que caberá aos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho).
Apesar de ter sido citada por Rui Costa (Casa Civil) como uma das principais medidas para forçar a queda nos preços, a redução da alíquota de importação de produtos alimentícios é vista como uma solução pontual, para casos extremos. São poucas as situações em que há insuficiência de produção no mercado interno que justifique a atitude.
Governo vê possível seca crítica neste ano no pantanal e faz monitoramento da amazônia
Segundo integrantes da Esplanada, as informações reunidas ainda são preliminares e não é possível traçar um cenário para além de março —o pico da estiagem costuma vir depois disso.
De forma geral, segundo afirmaram sob reserva quatro membros do governo, há a expectativa de que o Brasil passe por um novo ano de seca forte em 2025. Talvez não tão grave quanto em 2024, mas, ainda assim, preocupante.
Um fator em especial eleva o risco: o acúmulo de duas temporadas consecutivas de seca no último biênio, o que é inédito na história recente do país.
Para compensar esse fato e reequilibrar o solo e a vegetação, seria necessário uma quantidade de umidade maior do que o normal —mas a projeção é que o La Niña (fenômeno que traz chuvas para parte do país) seja fraco.
Por outro lado, em 2025 o Brasil não deve sofrer os efeitos do El Niño (fenômeno inverso, que reduz a precipitação) e há a expectativa que as novas legislações criadas para enfrentamento da crise climática reduzam os impactos negativos da estiagem.
Além disso, o ano de 2024 foi o mais quente de toda a história, com recorde de seca e fogo, e a tendência é que a quantidade de ondas de calor que passam pelo país aumente.
“Não há indicadores de um cenário otimista, mas não dá para dizer que 2025 será pior ou igual que 2024”, diz o secretário de combate ao desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, André Lima.
“Não podemos dar uma perspectiva para todo ano, mas a situação para o verão é que ainda sofremos os impactos das secas de 2023 e 2024”, completa José Marengo, climatologista e coordenador de pesquisa e desenvolvimento do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
O cenário do país foi debatido nesta sexta-feira (24), em uma reunião organizada pelo Ministério do Meio Ambiente para tratar do cenário de seca, em especial no Norte e no Centro-Oeste.
Participaram a ministra Marina Silva e representantes da Casa Civil, do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da ANA (Agência Nacional de Águas), entre outros órgãos do governo e de fora dele.
Desde os recordes de fogo de 2024, o Ciman (centro que coordena as operações de combate a incêndios florestais) se manteve mobilizado ininterruptamente —tradicionalmente ele só era acionado na época da seca.
O Comif (Comitê de Manejo do Fogo) prepara a regulamentação da lei do fogo e a construção de medidas obrigatórias, inclusive para fazendeiros, de prevenção a queimadas.
O Ibama assinou no início deste ano um novo contrato para ter sete novos helicópteros para combate a incêndios, e calcula um aumento de 40% na sua capacidade de ação.
Diante da imprevisibilidade dos fenômenos climáticos extremos, o objetivo é que reuniões como a que aconteceu nesta sexta se repitam mensalmente.
Em linhas gerais, o diagnóstico deste primeiro encontro do ano foi de que o cenário previsto para acontecer a partir de 2035 já se tornou realidade.
Os locais de maior atenção no início deste ano são Acre, Rondônia e oeste do Amazonas, estados do bioma amazônico, e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que compõem o pantanal.
Nesta segunda região, de acordo com integrantes da reunião, já se pode projetar uma situação crítica. Os índices pluviométricos ainda estão dentro da média —porém, na parte inferior desta faixa—, e a temporada de água atrasou para começar com relação ao que era esperado.
Além disso, as bacias hidrográficas da região não se recuperaram e já há projeção de que pode haver dificuldade de navegabilidade.
Segundo o Monitor de Secas, da ANA (Agência Nacional de Águas), Mato Grosso do Sul registrou seca grave em dezembro de 2023, situação pior do que a vivida um ano antes, de seca fraca.
Por outro lado, no último mês de 2024, Mato Grosso apresentou seca grave e moderada, cenário menos pior do que a seca extrema do período anterior.
O índice mais importante para prever a intensidade da estiagem na região para este ano será a cobertura de água na época das enchentes, entre março e abril.
Já na amazônia, integrantes do governo afirmam que ainda é difícil projetar a intensidade da seca.
Além de chuvas fracas, do La Niña, da ausência do El Niño e do acúmulo de secas, a temperatura das águas no oceano Atlântico Tropical nos próximos meses pode ser fundamental para definir a situação do bioma. Quando essa região tem temperaturas mais baixas, as correntes fazem com que a umidade chegue com mais intensidade ao norte da América do Sul, e contribuem para arrefecer a estiagem.
Mas o aumento do derretimento da calota aquece a região neste ano, e o impacto no Brasil pode ser o inverso: menos chuva e mais seca.
No Acre, por exemplo, o número de focos de incêndio para janeiro já é o mais alto da história (33, contra 24 que era o recorde anterior, de 2022).
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