BAVI dos 200 anos: clássico homenageia história da Polícia Militar


Quem garante a segurança de torcedores, jogadores e todos os envolvidos dentro e fora dos estádios ganhou um destaque especial durante o primeiro BAVI do ano, a partida de n° 500 na histórica rivalidade entre os clubes e realizada na tarde deste sábado (1º). A ação faz parte das comemorações do bicentenário da PMBA e tem o objetivo de promover a paz nos estádios, com uma campanha que reforça a importância da segurança e da harmonia entre as torcidas.
Antes de iniciar a partida, os hinos foram tocados pela Banda de Música da Polícia Militar da Bahia (PMBA) e foi exibida uma faixa alusiva à campanha “BAVI da Paz”. As crianças e a equipe de arbitragem entraram em campo utilizando camisas brancas com a logo “BAVI da Paz” e a marca dos 200 anos da PMBA. Uma faixa alusiva à campanha, foi exibida, destacando o compromisso com a paz nos estádios.

Ainda antes da partida, foi exibido também um clip institucional com a música comemorativa ao bicentenário da PMBA cantada pelo cantor Jau, destacando os 200 anos da instituição.

No intervalo do clássico, o sistema de som da Arena Fonte Nova transmitiu uma mensagem oficial da PMBA, que reforçou o papel da Polícia Militar na promoção da segurança pública.

Duas camisas da campanha foram autografadas pelos jogadores dos dois clubes (Bahia e Vitória) e entregues ao coronel Henrique Melo, que representou a instituição no evento.

“O nosso compromisso é com a segurança e a convivência pacífica no futebol. Estamos completando 200 anos de história, cumprindo, com técnica e qualidade, missões importantes, como a manutenção da ordem pública dentro e no entorno dos estádios. Aqui estamos para garantir que famílias e torcedores aproveitem um momento de lazer em paz, como deve ser. A sociedade sempre contará conosco, como uma força a serviço do cidadão em qualquer circunstância”, ressaltou o coronel Coutinho.

As camisas ficarão expostas no Museu da Polícia Militar, localizado no Quartel do Comando Geral (QCG), nos Aflitos.

Policiamento

Fora das quatro linhas do campo, a atuação da corporação também deu um show. Patrulhas do Batalhão Especializado de Policiamento de Eventos (Bepe) na área interna e da 2ª CIPM e de outras unidades convencionais e da tropa especializada nos arredores da Arena Fonte Nova garantiram a segurança dos torcedores. O Bepe realizou ainda o acompanhamento das delegações, com o apoio de outras unidades da Polícia Militar.

O policiamento convencional e especializado também intensificou as ações nas estações de transbordo, nos grandes corredores de tráfego, assim como nos locais de grande circulação.

Ex-governador de MG Newton Cardoso morre em Belo Horizonte

O ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso (MDB), de 86 anos, morreu, na madrugada deste domingo (2), em Belo Horizonte. Apesar de estar internado há alguns dias, a causa da morte ainda não foi revelada.

O velório será na manhã desta segunda-feira (3), às 10h, no Palácio da Liberdade, onde será realizado com honrarias, por ele ter sido governador do estado e pela carreira política.
Newton Cardoso Júnior disse ainda que o corpo do pai será cremado, com cerimônia reservada apenas à família.

China denuncia tarifa de Trump: “Fentanil é problema da América”

Ministérios das finanças e do comércio disseram que Pequim desafiará a medidas dos Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio e tomará “contramedidas” não especificadas em resposta à taxa 

 O governo da China denunciou, no domingo (2), a imposição pelo governo Trump de uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas.

 “Pequim desafiará a tarifa do presidente Donald Trump na Organização Mundial do Comércio e tomará “contramedidas” não especificadas em resposta à taxa, que entra em vigor na terça-feira (4)”, disseram os ministérios das finanças e do comércio.

Trump determinou, no sábado (1º), tarifas de 25% sobre as importações canadenses e mexicanas e de 10% sobre produtos da China, dizendo que Pequim precisava estancar o fluxo de fentanil, um opioide mortal, para os Estados Unidos.

O Ministério do Comércio da China afirmou num comunicado que a medida de Trump “viola gravemente” as regras do comércio internacional, insistindo para os EUA “engajarem-se num diálogo franco e a reforçarem a cooperação”.

Entrar com uma ação judicial junto à OMC seria uma medida amplamente simbólica que Pequim também tomou contra as tarifas impostas pela União Europeia sobre veículos elétricos fabricados na China.

Durante semanas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que Pequim acredita que não há vencedor em uma guerra comercial.

A reação mais acentuada da China no domingo (2) foi em relação ao fentanil, um assunto que a administração do antecessor de Trump, Joe Biden, também vinha insistindo para que Pequim a reprimisse os envios de precursores químicos fabricados na China, necessários para fabricar o medicamento.

“O fentanil é um problema da América”, disse o Ministério das Relações Exteriores da China. “O lado chinês realizou uma extensa cooperação antinarcóticos com os Estados Unidos e alcançou resultados notáveis”.

 Da Reuters

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Governo retira PMs de cidades baianas para ensaios e causa temor

Os agentes foram retirados por conta da celebração de 200 anos da Polícia Militar

O governo estadual retirou policiais militares de cidades baianas a fim de ensaiar para a celebração de 200 anos da Polícia Militar, que acontecerá nesta segunda-feira (3). 

A informação foi confirmada à coluna por Marco Prisco, comandante da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra).

Cerca de 1,2 mil estariam participando dos ensaios para a celebrações, segundo Prisco. “É PMs de Salvador, Juazeiro, de vários cantos do estado. Agora você vê. As cidades pegando fogo e tiram policias”, afirmou. 

 A coluna pediu uma posição da PM, que será publicada assim que a corporação enviar. 

Por: Correio.

Entenda como vai funcionar a nova caixa postal digital e personalizada brasil

Os usuários do portal de serviços digitais do governo federal Gov.br terão uma caixa postal individual dentro da plataforma para receberem comunicados diretamente de órgãos públicos federais.

A nova ferramenta é gratuita e foi desenvolvida pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A caixa postal será automaticamente criada dentro da área pessoal de todos os cidadãos já cadastrados na plataforma Gov.br. O usuário não precisará fazer nada para ter acesso às mensagens.

O secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação nos Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas, comentou que a comunicação será personalizada para cada cidadão, com conteúdo de interesse direto de cada pessoa.

“Quando falamos de governo digital, a impressão que queremos dar ao cidadão que se relaciona com o governo é que ele tem um governo só para ele. Isto porque chegaremos a um nível de customização dos serviços olhando exatamente para este momento de vida dele.”

Canal unificado e seguro
Pela nova caixa postal do Gov.br, os órgãos públicos poderão encaminhar comunicados diretamente à pessoa com quem querem falar e por meio de apenas um canal unificado do próprio governo federal.

O MGI destaca que a caixa postal tem outra vantagem que é a garantia de segurança ao usuário, que poderá ter confiança de que a mensagem recebida não é falsa ou uma tentativa de fraude.

“À medida que o cidadão entra na ferramenta GOV.BR, autenticada por ele, permitirá inclusive, que informações sejam checadas neste ambiente”, diz secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação nos Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas.

Na outra ponta, a administração pública federal terá certeza de que não passará informações a potenciais fraudadores tentando tirar vantagem de serviços a que não têm direito, porque as contas gov.br têm duplo fator de verificação, como a biometria facial da carteira de motorista (CNH) e dados bancários (internet banking ou banco credenciado).

Universo
Atualmente, o Gov.Br contabiliza cerca de 164 milhões de usuários cadastrados e possibilita o acesso a 4,5 mil serviços digitais.

A plataforma Gov.br possui três níveis de segurança: bronze, prata e ouro. Quanto maior o nível da conta, maior a segurança da validação dos dados do usuário, o que pode possibilitar acesso a mais tipos de serviços e transações digitais pelo Gov.br. Do total de cidadãos brasileiros cadastrados, 94,8 milhões são usuários de prata e ouro.

Somente os usuários com cadastro com selos de confiabilidade nível prata e ouro poderão acessar a caixa postal da plataforma. O acesso poderá ser acessado diretamente pelo aplicativo e pelo site Gov.br.

O MGI orienta o cidadão a baixar o aplicativo Gov.br e ativar as notificações no próprio smartphone ou tablet.

Serviços

O Gov.Br possibilita o acesso a 4,5 mil serviços digitais. Entre os serviços que podem ser comunicados na nova caixa postal estão o prazo do alistamento militar obrigatório ao cidadão de 18 anos do sexo masculino; campanha de vacinação para proteção individual contra diversas doenças; pagamento de benefícios como o programa Bolsa Família, Seguro Desemprego, direito à aposentadoria por tempo de contribuição, salário maternidade, etc.

O Ministério da Gestão adiantou que a estreia da caixa postal do Gov.br deve ocorrer no chamamento individualizado dos candidatos aprovados do bloco temático 8, de nível médio do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) e na convocação para os cursos de formação dos candidatos de nove cargos de nível superior do certame, a partir da próxima semana, com devidas orientações para os próximos passos.

Além da nova ferramenta, os candidatos serão informados por outros canais oficiais, como o Diário Oficial da União (DOU) e a área do candidato, no site do certame.

Rogério Mascarenhas explica que as comunicações dos serviços do governo federal continuarão pelos canais habituais, mesmo após a estreia da nova ferramenta. “A ideia não é limitar, mas ter um canal mais seguro que a gente possa fazer a comunicação personalizada, à medida em que a gente vai automatizando o sistema e gerando a informação para que o usuário possa confirmar a veracidade da informação recebida.”

Agência Brasil

Governo minimiza efeitos do reajuste do diesel e não vê reação de caminhoneiros

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou o reajuste feito pela Petrobras no preço do diesel. Para auxiliares do chefe do Executivo, era incontornável o aumento e a avaliação é de que não haverá ruídos.

Há monitoramento constante de insatisfação de categorias, como caminhoneiros, mas não houve qualquer tipo de alerta até o momento, segundo integrantes do Palácio do Planalto.

A Petrobras elevou em mais de 6% o preço médio do diesel para distribuidoras neste sábado (1º), para R$ 3,72 por litro, no primeiro ajuste do valor do combustível em mais de um ano.

Assessores palacianos dizem que o aumento real foi baixo e minimizam efeitos na sociedade. Até mesmo porque o impacto na inflação não é imediato, como um aumento no preço da gasolina.

Além disso, esses auxiliares reforçam comparação com o preço do diesel no final do governo de Jair Bolsonaro (PL), em dezembro de 2022. Desde então, mesmo com os aumentos, o preço do litro do combustível ficou R$ 0,77 mais barato.

Como mostrou a Folha, o governo do presidente Lula apostava que a possível continuidade da queda do dólar pudesse amenizar o aumento no preço do diesel pela Petrobras.

Após ultrapassar a barreira dos R$ 6, a cotação da moeda americana vem registrando sucessivas quedas neste início de ano. Na sexta-feira (31), ela fechou em R$ 5,835, no que foi a décima sessão consecutiva de perdas ante o real.

Auxiliares de Lula disseram que o aumento de cerca de R$ 0,22 é considerado baixo e que seus efeitos devem cair ainda mais com a variação negativa do câmbio que esperam para as próximas semanas.

O próprio presidente indicou o posicionamento do governo em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto na última quinta (30), ao dizer que não cabe a ele autorizar aumento do diesel.

“Desde o meu primeiro mandato que eu aprendi que quem autoriza aumento do petróleo e derivados é a Petrobras, não o presidente da República”, disse.

“Ela [Magda Chambriard, presidente da Petrobras] não precisa me avisar. Se ela tiver uma decisão de que para Petrobras é importante fazer reajuste, ela que faça”, completou.

O Planalto interpretou a fala como bem recebida no mercado financeiro.

Além disso, o presidente também pontuou o preço do combustível em dezembro de 2022, mesmo sem mencionar o governo Bolsonaro diretamente. Tratou ainda do aumento do ICMS, imposto estadual. Este, sim, terá incidência direta na inflação e também abrangerá a gasolina.

Os preços dos combustíveis já devem subir nas bombas com o aumento do ICMS. O aumento será de R$ 0,06 no litro do diesel e biodiesel, e R$ 0,10 por litro de gasolina e etanol.

O repasse do aumento do preço da Petrobras aos consumidores finais nos postos depende de uma série de fatores, incluindo cobrança de impostos, mistura de biodiesel e margens de lucro da distribuição e da revenda.

Além disso, o mercado brasileiro também é suprido por algumas refinarias privadas e por importações.

Nesta quarta (29), a diretoria da Petrobras apresentou ao conselho de administração da estatal um balanço do cumprimento de sua política de preços no último trimestre de 2024.

Defendeu que, mesmo com defasagens em relação às cotações internacionais, a política de preços foi cumprida ao garantir a venda de combustíveis acima do valor de custo e abaixo dos índices praticados por concorrentes, banda estabelecida na gestão Jean Paul Prates.

Aos conselheiros, a empresa avaliou que o cenário é de muita volatilidade no mercado, mas que os preços ainda estão dentro dos parâmetros estabelecidos pela política.

O aumento do preço do diesel virou munição para a oposição de Lula. No X (antigo Twitter), o ex-chefe da Casa Civil de Bolsonaro Ciro Nogueira (PP-PI) questionou se iriam culpar o antecessor, que há dois anos deixou o cargo.

“Quem o governo vai culpar pelo aumento do diesel em 6%? O governo que acabou há dois anos, o ex-presidente do BC? Para quem paga mais caro, culpar os outros resolve alguma coisa? Até quando vai continuar o ‘governo de oposição’?”, publicou.

Já petistas foram as redes sociais para reforçar que o aumento nos combustíveis direto na bomba, em especial o da gasolina, será por causa do ICMS dos estados.

“A culpa pelo aumento no preço dos combustíveis é dos governadores ao aumentarem o ICMS sobre a gasolina e o óleo diesel. E para piorar esse aumento ocorre exatamente no momento em que os estados batem recordes de arrecadação”, afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

Marianna Holanda e Renato Machado / Folhapress

Preço dos alimentos ofusca aumento da renda no Brasil e trava poder de compra

O patamar elevado dos preços dos alimentos ofusca o impacto do aumento da renda e, assim, trava uma recuperação mais consistente do poder de compra dos brasileiros.

É o que indica um levantamento do economista Bruno Imaizumi, da consultoria LCA, que cruza o custo da cesta básica com a evolução do salário mínimo e do rendimento médio do trabalho.

A inflação da comida virou dor de cabeça para o governo Lula (PT) devido ao potencial dano à popularidade do presidente, que estuda medidas para reduzir os preços.

Analistas, contudo, veem pouco espaço para ações eficazes, já que a carestia recente está associada a fatores como problemas climáticos, além do dólar alto em meio a incertezas fiscais.

O estudo aponta que um salário mínimo conseguia comprar 2,07 cestas básicas em São Paulo na média de 2010 a 2019, antes da pandemia, que pressionou o custo dos alimentos no planeta.

Após o início da crise sanitária, porém, essa relação baixou, chegando a 1,51 em abril de 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL). À época, os preços de commodities agrícolas também eram pressionados pelo início da Guerra na Ucrânia.

Ainda de acordo com Imaizumi, o poder de compra de um salário mínimo mostrou retomada na sequência, alcançando a faixa de 1,8 cesta básica em momentos de 2023 e 2024, já no terceiro governo Lula.

No estudo, o resultado mais recente à disposição é relativo a novembro do ano passado, quando a relação ficou em 1,7.

Na prática, o dado indica que, apesar da melhora, o poder de compra ainda não recuperou o patamar de antes da pandemia (2,07). E a projeção é de que isso não ocorra em breve.

O levantamento estima que um salário mínimo conseguirá comprar perto de 1,7 cesta básica tanto em dezembro de 2025 quanto em dezembro de 2026, ano eleitoral no Brasil. A perspectiva é de uma relativa estagnação.

A título de comparação, o valor era de 1,97 cesta em dezembro de 2019, antes do choque da Covid-19. A marca estava em patamar semelhante em dezembro de 2010 (1,92), no final do segundo mandato de Lula.

“O desemprego está em níveis mínimos, a economia está crescendo, mas muitos perguntam por que não se vê isso refletindo nas pesquisas de aprovação do governo. É porque as pessoas vão ao supermercado, veem preços mais altos e sentem que não recuperaram o poder de consumo de antes da pandemia”, diz Imaizumi.

Ele afirma que a carestia dos alimentos não é uma exclusividade do Brasil e que situações semelhantes ocorrem em outros locais devido a uma sucessão de choques nos preços.

Porém, o economista aponta que a preocupação com as contas públicas no país ajudou a desvalorizar o real ante o dólar. A moeda americana em patamar mais alto pressiona os alimentos.

Por isso, na visão de Imaizumi, o que o governo federal deveria fazer é sinalizar “maior compromisso” com a trajetória das contas públicas. Essa seria uma medida ao alcance do Palácio do Planalto para tentar atenuar os preços dos alimentos, diz o economista.

Além disso, segundo ele, autoridades no país também deveriam avançar em projetos de mitigação de impactos climáticos na produção de alimentos. “Tem tecnologia no campo, mas faltam algumas políticas de prevenção. Isso também afetou a inflação nos últimos anos.”

O levantamento ainda traz uma comparação que substitui o salário mínimo em vigor pelo rendimento médio do trabalho nominal no Brasil. O cenário, contudo, é semelhante.

Segundo Imaizumi, a renda do trabalho no país comprava 4,82 cestas básicas em São Paulo na média de 2010 a 2019, antes da pandemia. Essa relação chegou a recuar a 3,35 em maio de 2022, após a explosão da crise sanitária e da Guerra na Ucrânia.

Nos anos seguintes, o indicador sinalizou recuperação parcial, fechando novembro de 2024 em 4,06. Porém, a previsão é de que o poder de consumo fique praticamente estagnado em 3,87 cestas básicas em dezembro de 2025 e em 3,81 em dezembro de 2026.

Ou seja, sob essa ótica, a relação também tende a seguir abaixo do patamar pré-pandemia. “O mercado de trabalho está melhorando, a renda média está melhorando, há o reajuste do salário mínimo acima da inflação, mas nada disso vai estancar o efeito do nível dos preços dos alimentos”, projeta Imaizumi.

O estudo usa dados da cesta básica do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor era de R$ 828,39 em São Paulo em novembro do ano passado.

No caso do rendimento, a fonte é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A renda média nominal habitualmente recebida pelos trabalhadores estava em R$ 3.285 no país no trimestre até novembro.

Para garantir a comparabilidade com o rendimento, o especialista olhou para o preço da cesta básica em uma média móvel de três meses.
Já o salário mínimo era de R$ 1.412 no ano passado. O valor foi reajustado para R$ 1.518 em 2025.

O estudo ainda leva em consideração projeções para a inflação dos alimentos neste e no próximo ano. Segundo Imaizumi, parte dos produtos até deve subir menos em 2025 com a perspectiva de safra recorde de grãos.

Leonardo Vieceli / Folhapress

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