Eleições na Alemanha: quem são os candidatos favoritos e como o chanceler é definido
O próximo chanceler da Alemanha começa a ser definido neste domingo (23), quando os alemães vão às urnas para escolher, em eleições gerais antecipadas, os representantes do Bundestag, o Parlamento alemão. A votação iniciou às 4h no horário de Brasília e deve encerrar às 14h. As informações são do g1.
Cerca de 61 milhões de alemães deverão dar dois votos: um para um candidato que represente seu distrito eleitoral e o segundo em um dos partidos que concorrem às eleições. Em linhas gerais, os eleitores escolhem um candidato, mas também votam em um partido. Quanto mais votos a legenda receber, mais cadeiras terá no Bundestag.
Das 630 cadeiras do Bundestag, 299 são ocupadas pelos deputados eleitos diretamente em seus respectivos distritos. As outras 331 são distribuídas proporcionalmente ao número de votos que cada partido recebeu. Ou seja, quanto mais votos um partido obtiver, mais assentos ele terá no Parlamento.
Com o Parlamento formado, cada partido irá indicar um nome para a escolha do próximo chanceler e cabe ao presidente alemão escolher um dos candidatos. Após a escolha do presidente, os parlamentares realizam uma votação interna e secreta para decidir se o nome será aprovado ou não. Se eleito, o chanceler começa a formar o governo.
Quem são os favoritos nas eleições da Alemanha
Nesta eleição antecipada de 2025, os quatro principais candidatos são Friedrich Merz, do partido conservador União Democrata Cristã (CDU), Alice Weidel, do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, e Robert Habeck, atual vice-chanceler e líder dos Verdes.
Todos vão concorrer em suas regiões ao cargo de congressista, com funções similares às de um deputado federal. São considerados líderes da disputa eleitoral por serem os nomeados dos partidos com a maior fatia das intenções de voto nas pesquisas.
FICCO/MG prende grupo que aplicava golpes com cartões e falsa central de atendimento
Governador Valadares/MG. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MG) prendeu, neste sábado (22/2), dois homens e uma mulher suspeitos de aplicar golpes envolvendo apropriação de cartões e uma falsa central de atendimento da CAIXA.
As investigações indicam que o grupo criminoso operava em pelo menos cinco cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga e Governador Valadares. Os suspeitos instalavam dispositivos nos caixas eletrônicos para impedir que os clientes retirassem seus cartões, forçando-os a ligar para uma falsa central de atendimento, cujo número havia sido alterado nas etiquetas dos terminais bancários. Durante a ligação, os criminosos obtinham senhas e dados pessoais das vítimas, possibilitando saques fraudulentos.
Os suspeitos foram localizados em um hotel no centro de Governador Valadares, onde foram apreendidos máquinas de cartões de crédito, equipamentos para a fabricação dos dispositivos fraudulentos, cartões bancários em nome de terceiros e dinheiro em espécie.
Os detidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude eletrônica e dano qualificado.
A FICCO/MG, coordenada pela Polícia Federal e composta pelas polícias Civil, Militar e Penal, atua de forma integrada no combate à criminalidade organizada e violenta em Minas Gerais, em parceria com os órgãos de Segurança Pública estaduais.
Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais
“O PP está mais maduro”, afirma Zé Cocá, ao pregar cautela na reaproximação do partido com a base de Jerônimo
Depois de o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, ter sinalizado que não vai se intrometer nas negociações locais para a eventual recomposição da legenda com o PT na Bahia, e consequente ingresso integral na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), disse considerar que o partido está “mais maduro” e vai saber conduzir as tratativas sem açodamento.
Segundo ele, ainda não houve convite oficial do governo e, por ora, as movimentações orbitam apenas os deputados federais Mário Negromonte Júnior, que preside a sigla no estado, e Cláudio Cajado, aos quais Jerônimo acenou entregar, respectivamente, o Detran, de porteira fechada, e o comando da Secretaria de Planejamento (Seplan), conforme já mostrou o Política Livre [veja aqui].
“Hoje não tem discussão de partido, hoje teve discussão de deputados. A sigla PP não ficou com o governador. Quando vier para o partido, tem que ser uma discussão moderada, organizada, uma reunião com o governador, chamar os prefeitos, fazer um negócio mais arrumado”, ponderou Zé Cocá em entrevista ao site.
Semanas atrás, após um encontro com Jerônimo para discutir investimentos em Jequié, Cocá chegou a soltar uma nota à imprensa reiterando que o tom do encontro foi unicamente institucional.
Na próxima terça, Zé Cocá deve se reunir com Cacá Leão, presidente do PP em Salvador, que também resiste à tese de voltar ao governo e já declarou apoio a ACM Neto (União Brasil) em 2026.
“O PP está mais maduro. Está discutindo mais condições, pensando nos municípios, os deputados federais têm vários prefeitos, os deputados estaduais também. Então está todo mundo pensando muito na política dos seus pares, pensando no futuro, não está pensando só nessa questão das estruturas. Até porque a estrutura não é tão grande. Só é uma secretaria, que não tem assim muita influência de execução”, analisou Zé Cocá.
“A gente ficou dois anos sem estar na base, para que vai pra base agoniado? Se der certo, vamos, agora com o pezinho no chão, organizando, conversando, estruturando, fazendo negócio bem arrumado”, completou o prefeito, cujo nome já foi citado pelo próprio ACM Neto para compor a chapa majoritária ao governo do Estado.
Política Livre
Zelensky admite deixar o cargo em troca do fim da guerra e da entrada da Ucrânia na Otan
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (23) que está disposto a renunciar ao cargo caso isso leve ao fim da guerra em seu país. Ele também condicionou uma eventual saída à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental que se opõe à Rússia. A informação é do G1.
Zelensky declarou que aceitaria deixar o governo imediatamente, enfatizando que “não planejo permanecer no poder por décadas”.
“Se for pela paz na Ucrânia e se realmente quiserem, que eu deixe meu cargo, estou pronto para isso. Em segundo lugar, posso trocar isso (a presidência) pela (entrada da Ucrânia na) Otan se houver essa oportunidade”, disse Zelensky em entrevista coletiva à imprensa em Kiev. “Farei isso imediatamente. Não planejo estar no poder por décadas”.
Lula e Rui Costa selam acordo para as eleições de 2026
O presidente Lula e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, acertaram um acordo sobre as eleições de 2026. O ministro colocou seu nome à disposição para concorrer ao Senado pela Bahia, e Lula deu sinal verde, mas determinou que a decisão final só será tomada no início de 2026.
Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do “Metrópoles”, Rui afirmou que Lula autorizou a movimentação, mas orientou que o debate sobre a candidatura ocorra apenas no próximo ano.
“A princípio, eu coloquei meu nome disponível ao PT da Bahia para concorrer a uma vaga ao Senado. E eu conversei com o presidente, ele disse: ‘Pode colocar o número de discussão, mas nós vamos conversar no início do ano que vem sobre isso’. E eu assim fiz, coloquei meu nome em discussão e, ano que vem, antes de abril, irei conversar com o presidente sobre o momento, naquele momento qual é a posição que nós vamos tomar”, declarou o ministro.
Rui Costa, que integra o núcleo central do governo, também foi questionado sobre as eleições presidenciais de 2030. Ele reafirmou que Lula continua sendo o principal nome do PT para 2026 e destacou o trabalho do presidente na reconstrução do país.
Rússia lança maior ofensiva de drones contra Ucrânia em quase três anos de guerra
267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado, informou Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia.
A Rússia lançou o seu maior ataque único com drones contra a Ucrânia na noite deste sábado (22), segundo informações das autoridades ucranianas.Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia, afirmou neste domingo (23) que um "recorde" de 267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado.
Desses, 138 foram interceptados pela defesa aérea, enquanto 119 desapareceram dos radares após serem bloqueados e não causaram danos.
Não está claro quantas pessoas morreram, mas números iniciais dos serviços de emergência sugerem que há pelo menos três mortos - duas delas na cidade de Kherson e outra em Kryvyi Rih.
Os drones causaram danos em cinco regiões: Dnipro, Odessa, Poltava, Kiev e Zaporizhzhia.
O ataque ocorre na véspera do terceiro aniversário da guerra, na segunda-feira (24).
O ministério da Defesa da Rússia também afirmou neste domingo que destruiu 20 drones ucranianos lançados em direção ao país no sábado.
Na sexta-feira (21), 12 civis ucranianos foram mortos em dia de ataques russos, nos quais residências e instalações de infraestrutura foram atingidas
Após o ataque deste sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda aos países estrangeiros.
"Precisamos da força de toda a Europa, dos EUA e de todos que buscam uma paz duradoura", disse Zelensky neste domingo.
"Todos os dias, nosso povo enfrenta o terror aéreo. Na véspera do terceiro aniversário da guerra em grande escala, a Rússia lançou 267 drones de ataque contra a Ucrânia - o maior ataque desde que os drones iranianos começaram a atacar cidades e vilarejos ucranianos", escreveu o presidente.
Segundo Zelensky, apenas na última semana, 1.150 drones, 1,4 mil bombas aéreas guiadas e 35 mísseis foram lançados.
Os recentes ataques aconteceram após dias de forte turbulência política, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir iniciar negociações de paz com a Rússia sem a participação da Europa, nem sequer da própria Ucrânia.
A abordagem gerou mal-estar com líderes europeus e desavenças com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que chegou a ser chamado de "ditador" por Trump no início da semana.
Por BBC
Lula diz em festa do PT que nem seu ministério sabe o que governo faz
O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado (22), em festa de aniversário de seu partido no Rio de Janeiro, que nem seus ministros sabem aquilo que é feito por seu governo.
A declaração foi dada as vésperas de uma reforma ministerial e após pesquisas que apontam a queda de popularidade de sua gestão.
Lula relatou sua insatisfação com a atual composição da Esplanada ao citar uma reunião ministerial do mês passado.
“Descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos”, afirmou.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, compareceu ao evento do PT. Como mostrou a Folha de S.Paulo, Lula decidiu demiti-la da pasta.
Leonardo Vieceli e Victória Cócolo/Folhapress
Turbinado pelo governo Trump e rejeitado por forças políticas tradicionais, partido de extrema direita ganha impulso na Alemanha
Ainda sem apoio suficiente para liderar futuro governo, o AfD se escora na desilusão de um quinto do eleitorado e empurra o país para uma guinada à direita nas eleições deste domingo
Com apenas 12 anos e recém-turbinado pelo atual governo americano, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se posiciona em segundo lugar, somando 21% das intenções de votos, na maioria das pesquisas de opinião para as eleições legislativas deste domingo. Isso representa o dobro do desempenho alcançado há quatro anos, mas ainda insuficiente para liderar o futuro governo alemão.
https://g1.globo.com/globonews/video/alemaes-vao-as-urnas-para-renovar-parlamento-13366319.ghtml
A ascensão populista se escora na desilusão dos alemães com a economia, a migração e os gastos com a guerra na Ucrânia. Inevitavelmente empurrará o país, governado nos últimos quatro anos pelo social-democrata Olaf Scholz, para uma guinada à direita.
Trata-se de uma virada no jogo político. Até agora, todos os partidos se comprometeram solenemente a descartar uma coalizão com o AfD, por meio da iniciativa apelidada de firewall, que funciona como um muro de contenção contra a legenda com raízes na ideologia nazista e na retórica do ódio contra imigrantes.
Este desprezo da classe política pela AfD ficou evidente no último debate eleitoral: a candidata Alice Wiedel tornou-se o alvo principal do favorito no pleito de hoje, o conservador Friedrich Merz, líder dos democratas-cristãos; do chanceler Scholz, que amarga o terceiro lugar nas pesquisas; e do líder dos Verdes, Robert Habeck.
“Temos uma boa tradição na Alemanha, que consiste em aprender lições com as experiências do nacional-socialismo”, atacou Scholz. Wiedel não se deu por vencida e disse que esta comparação era escandalosa. “Olha, você pode me insultar aqui esta noite como quiser. Você está insultando milhões de eleitores”, retrucou.
Wiedel se vale do colapso do modelo apresentado pelos partidos tradicionais e da atmosfera de mudança no país, para tentar reformular a imagem de pária do AfD. Ela foi cacifada, na semana anterior ao debate eleitoral, pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que em visita à Alemanha pediu o fim dos firewalls e esnobou o impopular chanceler federal, para encontrar-se com a candidata da extrema direita.
O bilionário Elon Musk também a reverencia como a salvação para o país. Ele abriu a plataforma X para uma entrevista com Wiedel em janeiro, e decretou: “Wiedel é a candidata líder para governar a Alemanha.”
Os novos aliados alemães da Casa Branca são investigados pela BfV, a agência interna de Inteligência, por suspeita de extremismo, confirmada por tribunais regionais. Comungam bandeiras como deportação em massa de imigrantes, segurança nas fronteiras, corte de impostos, encolhimento da máquina estatal e o desprezo pela ciência climática.
O AfD se alimenta da desinformação e insiste que é libertário e não um expoente radical de direita. Na entrevista online com Musk, Alice Wiedel tentou impor mais um revisionismo histórico, ao afirmar erroneamente que Hitler era comunista e socialista, e não de extrema direita. Embora rejeitadas por boa parte dos historiadores, suas declarações foram amplamente replicadas.
Wiesel se apresenta com o frescor da renovação, mas já definiu imigrantes como garotas com burcas e homens portando facas e outros imprestáveis, “todos subsidiados com benefícios do governo”. Seu partido joga com símbolos e declarações ambíguas, que soam como criminosas, mas reverberam com força em um quinto do eleitorado alemão.
Vaticano atualiza estado de saúde do Papa Francisco
Após instabilidade no quadro, vaticano emite nova nota com detalhes sobre a saúde de Papa Francisco, saiba mais!
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, está internado desde 14 de fevereiro de 2025 no hospital Gemelli, em Roma. De acordo com informações divulgadas pelo Vaticano, o pontífice enfrenta um quadro de saúde delicado, descrito como “crítico” em 22 de fevereiro. Durante sua internação, ele recebeu oxigênio suplementar e transfusões de sangue devido a uma crise respiratória prolongada.
O diagnóstico médico aponta para uma pneumonia bilateral, condição que exige cuidados intensivos. Além disso, exames revelaram a presença de plaquetopenia, uma redução no número de plaquetas no sangue, que pode complicar ainda mais o quadro clínico do Papa. Apesar das dificuldades, o Vaticano informou que ele teve uma noite tranquila e de repouso em 23 de fevereiro.
Quais são os desafios enfrentados pelo Papa Francisco?
O Papa Francisco, aos 88 anos, enfrenta desafios significativos em relação à sua saúde. A pneumonia bilateral é uma infecção que afeta ambos os pulmões, tornando a respiração difícil e exigindo tratamento médico rigoroso. A necessidade de oxigênio suplementar indica que o pontífice está com dificuldades respiratórias, possivelmente agravadas por uma condição semelhante à asma.
A plaquetopenia, por sua vez, é uma condição que pode aumentar o risco de sangramentos e complicar o processo de recuperação. O tratamento dessa condição geralmente envolve transfusões de sangue, como as que o Papa Francisco recebeu. Esses desafios médicos são ainda mais complexos devido à idade avançada do pontífice, o que requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para sua recuperação.
Como o Vaticano está lidando com a situação?
O Vaticano tem mantido o público informado sobre o estado de saúde do Papa Francisco através de comunicados regulares. A transparência nas informações é crucial para evitar especulações e garantir que os fiéis estejam cientes da real situação do pontífice. Além disso, a equipe médica do hospital Gemelli está trabalhando diligentemente para fornecer o melhor cuidado possível ao Papa.
Em momentos como este, a comunidade católica global se une em oração pela recuperação do Papa Francisco. O apoio espiritual e emocional é uma parte importante do processo de cura, tanto para o pontífice quanto para aqueles que o cercam. A liderança do Vaticano também continua a desempenhar suas funções administrativas, garantindo que a Igreja Católica continue a operar de maneira eficaz durante a ausência do Papa.
Qual é o impacto dessa situação na Igreja Católica?
A saúde do Papa Francisco é uma preocupação não apenas para o Vaticano, mas para toda a Igreja Católica. Sua liderança tem sido marcada por um enfoque em questões sociais e uma abordagem pastoral que busca aproximar a Igreja dos fiéis. A ausência do Papa devido a problemas de saúde pode impactar a implementação de suas iniciativas e a continuidade de seu trabalho.
No entanto, a estrutura da Igreja Católica é robusta e capaz de lidar com situações de transição. O Colégio dos Cardeais e outros líderes eclesiásticos estão preparados para assumir responsabilidades adicionais conforme necessário. A situação atual também destaca a importância de um planejamento sucessório eficaz dentro da Igreja, garantindo que a missão e os valores católicos continuem a ser promovidos independentemente das circunstâncias. Redação O Antagonista
Com Musk, EUA e imigração, extrema direita busca resultado histórico em eleição na Alemanha
Friedrich Merz caminha para ser o próximo primeiro-ministro da Alemanha. A liderança do conservador nas pesquisas, ainda que signifique uma guinada em diversos aspectos da política alemã, não supera o fato de que o mundo estará prestando mais atenção ao segundo lugar.
Neste domingo (23), na eleição parlamentar que define a 21ª legislatura do país no pós-guerra, a extrema direita deve alcançar seu melhor resultado em 90 anos.
Partido criado em 2013 para confrontar a condução econômica da Europa e que se degenerou rapidamente ao abraçar bandeiras populistas e xenófobas, a AfD (Alternativa para Alemanha) busca o resultado histórico com visibilidade quase planetária. Na esteira da vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, a legenda com integrantes investigados por discurso de ódio e neonazismo foi naturalizada por Elon Musk e incensada por diversos integrantes da “internacional reacionária”.
A expressão cunhada no mês passado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, reflete a preocupação da Europa democrática com o futuro político da Alemanha, sua maior economia, e com o do próprio continente. Em maior ou menor grau, a onda populista já prevalece em diversos países da União Europeia, como Itália, Holanda, Hungria e Áustria, mas alcançará novo patamar com uma presença forte no Bundestag, o Parlamento alemão.
Há bem mais em jogo do que o recrudescimento das políticas imigratórias ou recuos na questão ambiental, tão cara aos alemães. O discurso recente de J. D. Vance, vice-presidente americano, na Conferência de Segurança de Munique, chocou os europeus. Boris Pistorius, ministro alemão da Defesa, classificou a fala de Vance de inaceitável. “Ele compara a condição da Europa com o que está acontecendo em autocracias.”
Vance criticou o Brandmauer, ou firewall, a prática do campo democrático de isolar a extrema direita no Parlamento. Repetiu a cantilena de que a liberdade de expressão é confrontada pela rígida legislação digital da União Europeia. A inversão de papéis e prioridades se completou nos dias seguintes, quando Trump se aproximou de Vladimir Putin e chamou Volodimir Zelenski de ditador.
A Europa se vê agora entre concordar com a Rússia, sua maior ameaça existencial, ou encarar sozinha o apoio à Ucrânia em uma guerra que acontece em seu território.
O conflito e suas consequências consumiram a coalizão de governo montada em 2021 por Olaf Scholz, 66. A inédita elevação de gastos com defesa, para 2% do PIB, deprimiu uma economia já estagnada. A matriz energética dependente do gás russo teve que ser repensada às pressas e com alto custo. Uma austeridade excessiva, condicionada por um freio da dívida pública, versão local do teto de gastos, piorou o cenário. Foi uma discussão sobre o instrumento que pôs fim à coalizão e precipitou a eleição, antes prevista para setembro.
Os alemães vão às urnas preocupados com o bolso. Greves pipocam pelo país desde o fim do ano passado. Na última semana, repleta de visitantes para o Festival de Berlim de cinema, a capital alemã ficou dois dias sem ônibus e metrô.
Merz, 69, promete destravar a economia, investindo contra a burocracia e a regulamentação excessiva e promovendo a digitalização. Absorveu também o discurso linha-dura da extrema direita contra a imigração, como boa parte dos conservadores europeus. Nessa ofensiva, arranhou o firewall, ao propor uma legislação restritiva e aceitar votos da AfD. Centenas de milhares foram às ruas para criticá-lo.
O político da CDU afirma que nunca fará uma coalizão com a legenda extremista e que não reagir aos recentes episódios de violência protagonizados por imigrantes só fará aumentar o apoio à AfD. O último aconteceu na noite de sexta-feira (21) em Berlim. Um refugiado sírio esfaqueou um turista espanhol que visitava o Memorial do Holocausto. A polícia prendeu o suspeito e investiga suas motivações. O homem agredido foi operado e está fora de perigo.
Surfar a onda populista de uma crise imigratória não é apenas opção ideológica da extrema direita alemã, mas talvez seu único argumento. Na área econômica, por exemplo, as soluções da AfD são histéricas: a saída da Alemanha da União Europeia e a volta do marco alemão. O potencial de desastre fez empresas alemãs de grande porte deixarem de lado a tradicional isenção para se posicionar contra um governo populista.
A líder da AfD, Alice Weidel, 46, vinda do mercado financeiro, ainda fala em derrubar as torres eólicas do país. Sua excelente formação, fluente até em mandarim, não bate com a agenda do próprio partido. Assim como sua vida pessoal —é casada com uma cineasta nascida no Sri Lanka, enquanto a AfD defende o “casamento tradicional”.
Antes da atual campanha eleitoral, ela projetava seu partido no poder até 2029. Anabolizada por Musk, os EUA e a urgência da questão imigratória, agora prevê estar em uma coalizão de governo bem antes. “A AfD restará como sua única alternativa”, disse Weidel a Merz no último debate do atual Parlamento, há duas semanas.
O conservador repetiu que não governará com a oponente. “Vocês são tudo o que não somos.”
José Henrique Mariante/Folhapress
Mega-Sena acumula mais uma vez e prêmio vai a R$ 130 milhões
As seis dezenas do concurso 2.832 da Mega-Sena foram sorteadas na noite desse sábado (22) no Espaço da Sorte, em São Paulo.
Nenhuma aposta acertou o prêmio da faixa principal. A estimativa para o próximo sorteio, na terça-feira (25), é R$ 130 milhões.
Os números sorteados são os seguintes: 02 – 12 – 18 – 21 – 24 – 37.
A quina teve 238 apostas ganhadoras, cada uma vai pagar R$ 32.222,01. Já a quadra registrou 14.573 vencedores que vão receber, individualmente, um prêmio de R$ 751,76.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Agência Brasil
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