Casos de Covid crescem 140% em São Paulo e especialistas temem explosão após Carnaval
A média móvel semanal saiu de 168 casos no dia 21 de janeiro para 404, no dia 4 de fevereiro, último dado disponível no painel da Secretaria Municipal da Saúde.
A média móvel semanal saiu de 168 casos no dia 21 de janeiro para 404, no dia 4 de fevereiro, último dado disponível no painel da Secretaria Municipal da Saúde.
Se considerados períodos anteriores, o salto é ainda maior. Em relação a 24 de dezembro de 2023, data em que foram registrados 91 casos, por exemplo, o aumento é de 344%.
Laboratórios e hospitais também registraram alta da taxa de testes positivos de Covid. Segundo a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), janeiro deste ano fechou com um índice de 26% de confirmação, o dobro do computado no mesmo mês de 2023 (13%).
No Hospital Albert Einstein (SP), a alta de testes positivos nas cinco primeiras semanas deste ano foi de 43% (707 contra 1.013) em relação ao mesmo período de 2023.
Segundo Wallace Casaca, coordenador da plataforma Infotracker, há um aumento consistente de casos desde o final do ano passado. Os dados disponíveis não indicam alta de internações ou mortes.
"A gente espera um pico de casos de Covid nas próximas semanas. Bem menor, bem menos grave do que vimos em anos anteriores, devido à vacinação, mas teremos um boom, sem dúvida."
A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas (SP), tem avaliação parecida. "Agora, no pós-Carnaval, vai ser uma explosão de casos, felizmente sem gravidade", diz.
Segundo Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), as aglomerações do Carnaval sempre provocam uma alta no número de casos quando já existe uma onda em curso.
"Se tem uma tendência de aumento, com a circulação aumentada do vírus, a proximidade entre as pessoas potencializa a transmissão e deve acelerar um pouco no pós-Carnaval."
Embora a Covid não seja mais uma emergência de saúde desde 2023, e, com a alta taxa de vacinação pacientes com a doença tem sintomas cada vez mais leves, parecidos com uma gripe ou sinusite, o Ministério da Saúde diz que o protocolo a ser seguido permanece o mesmo.
De acordo com a nota mais recente, medidas como isolamento, uso de máscaras e higienização sanitária seguem importantes, "principalmente para aquelas pessoas em maior risco para desenvolver doença grave, e para reduzir as chances do desenvolvimento de condições pós-Covid com cada nova infecção".
O último Boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado na quinta (8), mostra aumento no número de novos casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associados à Covid-19 em vários estados da região Norte, especialmente no Amazonas e no Tocantins, e no Mato Grosso (Centro-Oeste).
A análise é referente à semana epidemiológica 5, de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, e tem como base os dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) até o dia 5 de fevereiro.
De acordo com a análise, apesar de haver um sinal de possível desaceleração do crescimento entre os idosos no Pará, isso não ocorre entre as crianças e os adultos jovens, faixas nas quais segue o aumento.
Segundo Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, a recomendação para as pessoas de grupos de risco (de idade avançada ou que tenham alguma imunossupressão, por exemplo) é não pular Carnaval.
"Fica em casa, curte os desfiles pela TV, escuta pelo rádio, para não correr o risco de acabar se expondo e eventualmente desenvolver um caso grave."
Para Wallace Casaca, o principal fator associado à alta de casos é a circulação de novas variantes do coronavírus.
De acordo com a plataforma de sequenciamento mantida pela Fiocruz, as subvariantes da Ômicron que estão levando a essa rápida escalada são as do grupo JD e a do grupo JN.
"Pela tendência, a JN.1 [descendente da variante Pirola, que é a BA.2.86), e subvariantes derivadas desse grupo têm ultrapassado as demais na corrida da transmissão", afirma Casaca.
A cepa é também a que mais está em circulação nos Estados Unidos. Detectada pela primeira vez no país em setembro do ano passado, a JN.1 foi responsável por 44% dos casos de Covid em meados de dezembro, muito acima dos cerca de 7% registrados no final de novembro, segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), agência do governo americano.
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TER 24 CPI ouve Emanuel Catori, sócio da Belcher Fonte: Agência Senado
Emanuel Catori admite participação em licitações no DF, mas nega fraudes
Emanuel Catori admitiu que a empresa Belcher participou de várias licitações no Distrito Federal e saiu vencedora de uma para venda de máscaras. Ele também confirmou que a empresa participou de licitação para compra de testes covid, mas negou que a Belcher tenha combinado valores com outros participantes, objeto de investigação da Operação Falso Negativo. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a Belcher alega que uma empresa teria usado o nome da farmacêutica para participar do processo.
— Caso absolutamente inédito na historia das licitações — apontou Renan.
Catori diz que valor da vacina já previa custos com logística e frete
Renan Calheiros considerou “estranha” a diferença de preço da Convidecia, cuja dose custaria de 70% a mais que a da Janssen — ambas com dose única de aplicação. Segundo Emanuel Catori, o valor da dose a US$ 17 já incluiria todos os custos de entrega no Brasil, como frete e logística, o que, de acordo com ele, não estava previsto nas tratativas com a Janssen.
A CPI reproduziu uma live de março passado, entre Emanuel Catori e os empresários Luciano Hang, Alan Eccel e Carlos Wizard, anunciando a intenção de comprar vacinas. No vídeo, Hang critica a Lei 14.125, de 2021, que disciplinou a importação de imunizantes pela iniciativa privada.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apontou uma contradição entre a declaração de Hang e a fala inicial do depoente, segundo a qual o processo de compra fora possibilitado exatamente por essa lei. Catori não soube explicar essa contradição, limitando-se a dizer que nunca teve relação comercial com
Fonte: Agência Senado
Conheça os seus direitos no momento da vacinação da Covid-19
Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS |
As vacinas contra o novo coronavírus começaram a ser aplicadas na população brasileira na segunda quinzena de janeiro. Entre os diversos imunizantes que têm sido desenvolvidos por laboratórios em todo o mundo, os primeiros autorizados no Brasil foram a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e a vacina feita pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Para ser usada no Brasil, as vacinas precisam ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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