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Exclusiva (Brasília): Ganha força chapa Lula/Helder para 26; Em SP, Haddad sai ao governo com Alckmin ao Senado


A articulação política do presidente Lula (PT) já montou seu plano AAA para a sucessão presidencial e a paulista, em 2026. Em Brasília, a ideia passa pela candidatura à reeleição de Lula com Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, na vice.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sairia à sucessão estadual de São Paulo, tendo como candidato ao Senado na chapa Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice de Lula. O movimento é um golpe na concepção de quem acha que o presidente aventa deixar o páreo.

Além de ser do Norte, Helder tem excelentes índices de popularidade no Pará, os quais quer mostrar ao país com a COP30, que acontece em novembro próximo, e teria a vantagem de trazer a linhagem tradicional do MDB, incluindo do pai Jader a Renan Calheiros, para a campanha do petista.

Política Livre

Pesquisa Paraná aponta ACM Neto na liderança para governo da Bahia; veja os números


O Instituto Paraná Pesquisas divulgou nesta segunda-feira (24) um novo levantamento sobre a corrida eleitoral para o governo da Bahia. Os números mostram ACM Neto (União Brasil) na liderança, seguido por Jerônimo Rodrigues (PT).

Na pesquisa espontânea, onde os entrevistados citam livremente seus candidatos, 64,7% não souberam ou não opinaram. Entre os que manifestaram preferência, ACM Neto aparece com 17,5%, seguido por Jerônimo Rodrigues, que tem 9,1%. Outros nomes, como Rui Costa (1,5%), Bruno Reis (0,7%) e João Roma (0,4%), foram citados com percentuais men
Já no cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores, ACM Neto amplia a vantagem e aparece com 52,0% das intenções de voto, enquanto Jerônimo Rodrigues soma 27,4%. João Roma (8,1%) e Kléber Rosa (1,5%) também figuram na pesquisa. O percentual de eleitores que declararam voto nulo ou branco chega a 6,8%, e 4,1% não souberam responder.

No cenário estimulado 3, ACM Neto consolida sua liderança com 51,5% das intenções de voto, uma vantagem expressiva sobre Rui Costa, que aparece com 27,4%. João Roma registra 7,7%, enquanto Kléber Rosa soma 1,4%. O percentual de votos brancos, nulos ou nenhum candidato chega a 7,1%, e 4,9% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
A pesquisa ouviu 1.640 eleitores do estado da Bahia e reflete o cenário eleitoral atual na disputa pelo Palácio de Ondina.

Política Livre

Jerônimo Rodrigues celebra aprovação de 61%, mas demonstra preocupação com Lula em pesquisa


O governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou, na tarde desta quinta-feira (27), os resultados da Pesquisa Quaest, divulgada pela manhã, que indicam uma aprovação de 61% de sua gestão entre os eleitores baianos, enquanto 31% desaprovam. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

“Com toda humildade, com os pés no chão, aquilo não é um resultado só de Jerônimo, é um resultado de deputados, prefeitos, governo federal, de todas as pessoas que fazem a boa política. Eu estou muito feliz com os resultados, mas é claro que há uma preocupação com Lula nesta pesquisa, deixa a gente antenado”, disse o governador, ao relacionar a queda de popularidade do presidente aos dois meses em que ele ficou afastado dos trabalhos devido a problemas de saúde, “além da eleição no Congresso, que houve um desgaste. e a fake news ligado ao Pix.

O governador ainda comemorou o fato de a pesquisa apontar melhorias em alguns setores do governo. “Nós melhoramos no indicador segurança pública, nós melhoramos no indicador mobilidade, nós melhoramos no indicador geração de emprego e renda, tivemos todos os indicadores negativos melhorados. Estou muito feliz”, disse Jerônimo Rodrigues.

Política Livre


 

Quaest, eleições 2026: ACM Neto tem 42% e Jerônimo tem 38% na disputa pelo governo da Bahia

Números mostram prováveis candidatos tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. João Roma tem 3% e Kleber Rosa, 1%.

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), tem 42% das intenções de voto na eleição para governador da Bahia em 2026. Ele é seguido pelo atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), que soma 38% das intenções, segundo a pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (27).

Como a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados na disputa.

Os outros candidatos que pontuaram no levantamento foram o ex-deputado federal João Roma (PL), com 3% das intenções de voto, e Kleber Rosa (PSOL), com 1%. Pelo mesmo critério, os dois também estão tecnicamente empatados.

O levantamento também questionou os eleitores entrevistados se o atual governador merece ser reeleito. Para 50%, Jerônimo Rodrigues deve continuar no posto. Já 44% disseram que ele não merece vencer a próxima eleição. Outros 6% não sabem ou não responderam à questão.

Posicionamento político

A pesquisa mostra ainda que o eleitorado que se identifica como lulista ou petista diminuiu. Em dezembro de 2024, 31% dos eleitores se apresentavam como tal. Em fevereiro, esse número caiu para 25%.

Por outro lado, o número de eleitores identificados como bolsonaristas oscilou positivamente um ponto percentual, de 6% para 7% no mesmo período.

O que cresceu de forma representativa foi o número de eleitores que não se autodeclaram em nenhum espectro ideológico. Em dezembro, 28% diziam não ter ideologia. Em fevereiro deste ano, o grupo chegou a 38%.

Perfil da amostra

Entre os 1.200 entrevistados de 19 a 23 de fevereiro:

53% são do sexo feminino e 47% do sexo masculino;
29% tem de 16 a 30 anos de idade; 38% tem de 31 a 50 anos; e 33% tem 51 anos ou mais;
42% estudaram até o Ensino Fundamental; 42% tem Ensino Médio completo ou incompleto; 16% tem o Ensino Superior incompleto ou mais;
34% ganham de dois a cinco salários-mínimos; 55% ganham até dois salários-mínimos; e 11% ganham mais de cinco salários-mínimos. g1 Bahia.

PT tensiona base de apoio na Bahia ao defender chapa puro-sangue para 2026

A movimentação do Partido dos Trabalhadores (PT) para formar uma chapa puro-sangue nas eleições de 2026 na Bahia tem gerado atritos dentro da base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O cenário envolve disputas pelas duas vagas ao Senado Federal e pela reeleição ao governo, acirrando os ânimos entre aliados. A reportagem é do jornal “O Globo”.

O governador, que busca um segundo mandato, lidera um grupo político composto por dez partidos. No entanto, a insistência do PT em colocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, como candidato ao Senado, ao lado de Jaques Wagner (PT), tem desagradado o senador Angelo Coronel (PSD), que também pretende disputar a reeleição.

Internamente, o plano tem sido apelidado de “super chapa dos vencedores”, unindo três ex-governadores: Rui Costa e Jaques Wagner para o Senado e Jerônimo Rodrigues na disputa pela reeleição ao governo. Durante entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, nesta terça-feira (21), Rui Costa confirmou sua disposição: “Isso será definido em diálogo no ano que vem com o presidente (Lula), mas é evidente que o meu nome está disponível, sim, para contribuir com o projeto”.

O senador Angelo Coronel, que conquistou sua vaga em 2018 após articulações que excluíram Lídice da Mata (PSB) da disputa, já deixou claro que não abrirá mão de tentar a reeleição, mesmo que isso implique em romper com o grupo. Coronel ainda comparou a atual situação com o caso de Lídice da Mata, destacando que o PSD, hoje, é o maior partido do estado e não pode ceder espaço: “Sem desmerecer a deputada, política é número. Hoje, o nosso partido é o maior do estado e não pode abrir mão de uma posição que já tem. O partido de Lídice, na época, era bem menor que o PSD. Política não é saudosismo”.

Política Livre

Lula teria dificuldades contra qualquer nome do bolsonarismo no 2º turno

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentaria dificuldades em um eventual segundo turno nas eleições de 2026 contra candidatos ligados ao bolsonarismo, segundo uma pesquisa divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira (13). O levantamento, realizado entre os dias 7 e 10 de janeiro, testou três cenários diferentes e mostrou que todos seriam disputados dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A reportagem é do blog Maquiavel, da Veja.

No primeiro cenário, Lula teria 42,2% das intenções de voto contra 45,7% de Jair Bolsonaro, atualmente inelegível pela Justiça. Apesar de Bolsonaro aparecer numericamente à frente, a diferença se encontra dentro da margem de erro, configurando um empate técnico. Neste cenário, 8,3% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco, nulo ou nenhum, enquanto 3,8% declararam que não sabem ou preferiram não opinar.

Em um segundo cenário, Lula enfrentaria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Neste caso, o petista aparece numericamente à frente, com 43,4% das intenções de voto contra 40,6% de Tarcísio, também em empate técnico. Os votos em branco, nulos ou nenhum somam 11,9%, enquanto 4,1% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

No terceiro cenário, Lula enfrentaria Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama. Apesar de ser considerado o mais improvável dos cenários, o confronto também indicaria um empate técnico, com Lula somando 43,1% das intenções de voto e Michelle 42,2%. Outros 10,7% disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum, enquanto 4,1% não souberam ou preferiram não responder.

Os resultados reforçam o cenário de polarização política que persiste no Brasil, mesmo com as mudanças no cenário eleitoral desde 2022. Eles também destacam os desafios do presidente Lula em consolidar sua base eleitoral diante de adversários ligados ao bolsonarismo.

Gusttavo Lima diz procurar sigla para disputar pleito a presidente

Gusttavo Lima, 35, anunciou que vai se candidatar à Presidência da República em 2026. Faltando um ano e meio para as eleições e ainda sem partido, ele resolveu colocar o próprio nome à disposição. A assessoria do cantor confirmou à reportagem a intenção do sertanejo nas eleições para autoridade máxima do Poder Executivo. “O nome do cantor está à disposição, caso o país venha a precisar”.

“O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar. Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma condição bastante humilde, cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive condições de me tratar, condição que muita gente não tem”, disse Gusttavo em entrevista ao site Metrópoles.

Apoiador assumido de Jair Bolsonaro (PL), ele ainda não sabe se terá o apoio do ex-presidente. “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, disse o cantor.

Gusttavo Lima, que teve suas contas bloqueadas pela Justiça em uma investigação sobre um suposto envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro usando as bets, afirmou que vai começar a conversar com vários grupos políticos para poder viabilizar a sua entrada na política.

No final de setembro, o cantor foi indicado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Gusttavo chegou a ter um pedido de prisão expedido, mas a decisão foi derrubada em segunda instância. Segundo os investigadores, o esquema envolvia jogos do bicho e de azar e bets de apostas.

Ana Cora Lima/Folhapress

Presidente do Republicanos diz que será ‘muito difícil’ partido apoiar Lula em 2026

Presidente nacional do Republicanos, partido que hoje comanda o Ministério de Portos e Aeroportos, Marcos Pereira (SP) acredita que será “muito difícil” a sigla apoiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o deputado federal foi enfático ao tratar de uma possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Presidência. Disse que é inviável o governador ser candidato em meio à incerteza sobre os planos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pereira, que não descarta dialogar com o governo Lula sobre mais espaço para a legenda em uma eventual reforma ministerial, reforçou a necessidade de união na centro-direita, alertando que, caso o campo chegue dividido na próxima eleição, será “mais fácil ainda” para o petista ser reeleito.

Veja os principais pontos da entrevista:

Se o Republicanos não lançar o governador Tarcísio de Freitas à Presidência em 2026, existe a possibilidade de o partido apoiar o presidente Lula já no primeiro turno?

O Tarcísio é candidato à reeleição. É o nosso sentimento e é o que a gente tem conversado. Não dá para ele sair candidato a presidente numa incerteza de que Bolsonaro vai se lançar também ou não. Bolsonaro toda hora diz que ele é o plano A, B e C. Como é que Tarcísio renuncia ao governo de São Paulo em abril e fica esperando Bolsonaro colocá-lo como plano D, já que ele mesmo é o plano A, B e C? Nesse contexto, eu acho que o Tarcísio é candidato à reeleição.

O Republicanos vai discutir em 2026 o que vai fazer. Eu não posso dizer agora se há possibilidade de apoiar A, B ou C, porque a decisão não é minha, pessoal, é uma decisão coletiva, discutida com a bancada, com os presidentes estaduais e deliberada em convenção do partido. Agora, é óbvio que, quando você olha para o raio X do partido, bem pouca gente sinaliza intenção de apoio à esquerda. O partido é de centro-direita. A ala de quem tem simpatia pelo presidente Lula é uma ala minoritária.

Nesse sentido, teria dificuldade de apoiar o Lula em 2026?

Eu penso que sim. Mas, como eu falei, o debate será feito em 2026. Mas conhecendo as pessoas que participarão do debate, como eu conheço, é óbvio que será muito difícil.

Mas há uma pressão do meio político, e até do meio empresarial, para Tarcísio ser candidato a presidente…

Pode haver a pressão que houver, mas ele não pode largar o governo, renunciar ao governo que foi eleito. Como é que o paulista vai olhar para isso? E ficar esperando Bolsonaro se registrar para depois ir contra Bolsonaro, eu entendo que ele não vai.

O senhor vai defender que ele vá para a reeleição mesmo?

Sim.

O cenário muda para Tarcísio caso Bolsonaro esteja preso?

Eu acho que não, porque o Lula registrou a candidatura dele preso e depois substituiu pelo (Fernando) Haddad. Tem que saber muito o que o Bolsonaro vai pensar e o que ele vai querer fazer. E se ele decidir, mesmo preso, registrar a candidatura? O que você vai fazer? Eu acho que a centro-direita precisa estar unida. Se estiver dividida, é mais fácil ainda para o Lula ganhar a reeleição.

Como o senhor avalia essa possível estratégia do ex-presidente Bolsonaro de levar a candidatura até o último momento possível?

É uma estratégia, a meu ver, de sobrevivência. Ele está fazendo isso para manter o (seu) nome (em evidência) e os seus seguidores, vamos dizer assim, animados e esperançosos. E dele, pessoalmente, é uma questão de sobrevivência. É lutar até o fim.

E para o campo conservador?

Para o campo, eu acho que é ruim, porque seria interessante ter a união desse campo. Seria bom que todos estivessem unidos, não só os partidos, mas também os pré-candidatos afunilassem para um nome, seja o do Tarcísio, que eu acho que não é, do Caiado, do Ratinho ou outro nome.

O senhor acredita que Eduardo Bolsonaro teria o apoio de partidos como o Republicanos e outros de direita e centro-direita, ou enfrentaria dificuldades para se viabilizar candidato a presidente no lugar do pai?

Eu acho que ele vai ter mais dificuldade. Uma coisa é o Bolsonaro, outra coisa é o Eduardo. Acho que, por exemplo, o Caiado não abriria mão (da candidatura a presidente) para apoiá-lo. Acho que o Caiado apoiaria um Tarcísio, talvez um outro nome, mas o Eduardo eu não vejo, até pelas brigas que eles tiveram. Acho que a gente tem que ter maturidade. E o próprio Bolsonaro deverá ter, a meu ver, lá na frente, maturidade para ver uma coisa mais ampla em prol do projeto não pessoal, mas do projeto de País e desse campo político.

Kassab tem se colocado como um possível candidato a vice na chapa de Tarcísio, caso o governador opte pela reeleição. O senhor já afirmou, em outras entrevistas, que sempre olhará para Kassab lembrando que ele o impediu de presidir a Câmara. O senhor pretende vetar o nome dele como vice?

A escolha do vice é uma escolha, a meu ver, que depende de dois fatores. Ela é, num primeiro momento, mais pessoal; tem que dar conforto ao próprio candidato. Em segundo lugar, envolve o diálogo com os demais partidos. Na eleição passada, Tarcísio só tinha quatro partidos: o Republicanos, o PL, o PSD – que veio depois e pediu a vaga de vice – e o PSC. Para a reeleição de 2026, há uma sinalização de que ele terá outros partidos, como o MDB, até pelo apoio ostensivo ao Ricardo Nunes; o PP, que não estava com ele, estava com o Rodrigo Garcia, assim como o União Brasil.

Haverá quatro vagas em disputa nessa majoritária: a do próprio governador – que, pelo que disse, ficará no Republicanos –, garantindo essa vaga ao partido; a de vice; e duas vagas para o Senado. Como há mais partidos do que vagas, vai ser um debate que terá de ser feito e construído. É legítimo o Kassab colocar esse pleito. Eu não vou vetar, obviamente não tenho porque vetar. Mas não é uma decisão minha também. É uma decisão que passa primeiramente pelo governador e depois pelos partidos.

Independentemente de ser uma decisão do governador e de precisar ser negociada com os demais partidos, o senhor acredita que o Kassab seria a melhor escolha para a vaga?

Eu acho que ele vai ter veto do PL. Eu ouvi, recentemente, o Valdemar (Costa Neto, presidente do PL) falando abertamente na imprensa que ele vetaria (o Kassab). E do próprio Bolsonaro também, que já disse abertamente que vetaria. Ele precisa superar esses dois problemas para poder ser o nome.

Do senhor, então, não vai ter veto?

De mim, não. Imagina. Eu não faço política com mágoa, não. Claro que toda vez que eu olho para ele eu lembro que ele não quis me apoiar e, com isso, eu não consegui ser o candidato a presidente da Câmara por consenso. Mas não tenho mágoa.

O senhor acha que ele seria um bom nome para vice?

Ele é uma pessoa experiente, que conhece bem a máquina, conhece bem São Paulo, que foi vice-prefeito e depois prefeito. É uma pessoa que eu entendo que tem ajudado o governador. O governador que vai avaliar qual é o melhor perfil para ser vice ou não. Até porque eu acho que a dupla que está, está dando certo. Por que não reeditar a dupla Tarcísio e Felício (Ramuth)? E aí o PSD já estaria contemplado.

Tarcísio tem sido alvo de investidas do PL para uma possível filiação, com algumas idas e vindas nesse assunto. O senhor teme perder o governador para o PL?

Não temo, não. Confio na palavra dele e ele tem dito para a gente e para outras pessoas que ele fica.

Tem alguma estratégia para garantir a permanência dele?

Quando ele era ministro, Bolsonaro disse que queria ele no PL, e ele acabou não indo, veio para o Republicanos. Por que agora que ele já tem um mandato, mais independência para decidir o seu futuro, ele iria para o PL? A estratégia é continuar agindo como a gente age: sendo correto com ele e ajudando ele todas as vezes que ele demanda, que ele precisa e que ele pede.

Há expectativa de uma reforma ministerial no próximo ano. O Republicanos considera ampliar presença no governo?

Nós não fomos chamados ainda para dialogar sobre o assunto. Por enquanto, tudo o que eu tenho ouvido é pura especulação. A informação que eu tenho, pela conversa com outros partidos, é que também não foram chamados. Prefiro não ficar no campo da especulação. Vamos aguardar para ver como vai ser.

Mas estaria aberto a um diálogo sobre ampliar presença no governo?

A gente sempre está aberto ao diálogo, né? O Republicanos é um partido de diálogo. De centro e de diálogo.

Na sua opinião, por que o presidente Lula não tem conseguido melhorar a aprovação de seu governo?

A avaliação do governo até que saiu boa (na última pesquisa Quaest). Principalmente, na projeção de intenção de votos para 2026. Ele venceria todos os concorrentes. Lula, sendo candidato em 2026 – porque ele pode optar por não ser –, a priori, ao avaliar pela situação de hoje, é favorito.

Hugo Motta deve ser eleito presidente da Câmara com votos expressivos da Casa. O que podemos esperar da relação da Câmara com o governo nessa nova gestão? Ele será um aliado do governo ou vai ter uma postura mais independente?

Todo presidente da Câmara tem que ter postura independente, porque a Constituição determina isso, que haja harmonia e independência entre os Poderes. Eu acho que ele vai ser uma presidência mais harmoniosa do que é o estilo do Arthur (Lira) – é o perfil dele, não estou falando mal nem bem, estou registrando apenas que o perfil dele é diferente. Agora, o próprio Arlindo Chinaglia (do PT), quando foi presidente da Câmara e o governo era o Lula, teve momentos que ele contrariou o interesse do governo para defender o interesse da Câmara. O presidente da Câmara tem que defender o interesse do Brasil e da Câmara. E, se precisar, nesse contexto, contrariar eventuais interesses do governo, terá que fazê-lo. Por outro lado, não vai ser um inimigo também do governo. Vai ser um parceiro, mas obviamente guardado nas independências que a Constituição e o cargo requerem.

O fato de Motta ter sido referendado pelo governo implica, necessariamente, na possibilidade de o partido se alinhar mais a Lula?

Nós já apoiamos todos os projetos que vêm de governabilidade, tirando as pautas de costume. Quando o Silvinho (Costa Filho) foi para o governo, eu já havia dito a ele que existem pautas de costumes e econômicas que nós não podemos apoiar. As que têm vindo, nós temos apoiado. Agora, eventualmente, uma ou outra a gente não apoiou porque não vai ao encontro daquilo que defendemos. O que for ao encontro daquilo que defendemos, por exemplo, o corte de gastos, nós apoiamos, nós vamos apoiar. Porque apoiamos a PEC do teto de gastos com o Michel Temer.

Defendemos um ajuste fiscal, mais rigor e equilíbrio nas contas públicas. Agora, eventualmente, no que se refere à taxação de super-ricos para compensar o imposto de renda, eu, pessoalmente, sou contrário. Taxação de dividendos eu sou contrário. Estou falando eu, pessoalmente. O partido vai debater. A cada pauta polêmica ou a cada pauta mais relevante que vai para plenário, é feita uma reunião com a liderança e com a bancada e é debatido. Vai continuar sendo assim, debatido pauta a pauta, internamente, para ver o que é possível apoiar e o que não é possível.

Do ponto de vista da relação com o governo, como o senhor avalia que Hugo Motta pode se diferenciar de Lira?

Eu acho que ele vai ter mais diálogo. Eu acho que esse problema que o Arthur (Lira) tem abertamente declarado com o (Alexandre) Padilha, por exemplo, que é a articulação política do governo, logo de cara já vai ser resolvido, porque o Hugo Motta se dá bem com o Padilha, se dá bem com todos, ele é de diálogo com todos.

O partido espera uma atuação dele em relação às pautas conservadoras? Afinal, o Republicanos se define como um partido conservador em seu estatuto.

Importante dizer que é conservador, mas não é radical. Esse projeto do aborto, que tira o que já existe hoje, eu, pessoalmente, sou contra. Não faz sentido, é um retrocesso. Como é que você vai obrigar uma mulher que foi estuprada a manter um feto? Está na lei que é permitido. Ou em caso de risco de vida da gestante também, ou em caso de feto anencéfalo…

Então, primeiro, é importante dizer que a gente, sim, é conservador, se diz conservador no estatuto, mas sem radicalismo. Com bom senso. E, nesse contexto, o que ele (Hugo Motta) tem dito é que não vai se envolver com essas pautas. Vai, na medida possível, não trabalhar essas pautas, porque não é o perfil dele. O que o povo, no final do dia, quer mesmo é melhoria na qualidade de vida, emprego, renda, educação, segurança, saúde. E eu acho que são essas pautas que têm que ser priorizadas.

O senhor tem alguma outra pretensão política? Houve um tempo em que se especulava sobre a possibilidade de o senhor se tornar ministro do Supremo. Essa é uma ambição que o senhor ainda mantém?

Eu estou igual o Martinho da Vila, deixa a vida me levar.

Vou entender como um sim…

A minha pretensão é ser candidato a deputado federal, à reeleição em 2026. A pretensão mais próxima e mais presente, vamos dizer assim.

Bianca Gomes/Estadão

Pesquisa Quaest aponta que ACM Neto venceria Jerônimo em 2026; veja números

 Vice-presidente nacional do União Brasil aparece com sete pontos de vantagem para o petista

A pesquisa Quaest/Genial divulgada, nesta quinta-feira (12), aponta que o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, venceria o governador Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa pelo governo da Bahia em 2026.

Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje, ACM Neto teria 44% das intenções de votos contra 37%. O ex-ministro João Roma (PL) teria 3%, já Kleber Rosa (PSOL) pontuaria com 2%. Os indecisos somam 6%. Brancos/nulo e não votariam são 8%.

A sondagem de opinião ouviu 1.200 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A coleta foi feita entre os dias 4 e 9 de dezembro.

Rodrigo Daniel Silva, Correio*

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