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Atividade industrial avança em agosto e expectativas seguem otimistas

O mês de agosto registrou avanço na atividade industrial, com crescimento na produção e no emprego pelo quarto mês consecutivo e a terceira alta mensal na utilização da capacidade instalada. Os resultados da Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também indicam aceleração no ritmo de crescimento do setor em relação a julho.

“Nesse cenário, as expectativas seguem otimistas em setembro de 2022, sendo esperada elevação da demanda, da quantidade exportada, do número de empregados e das comprar de matérias-primas para os próximos meses. A intenção de investir avançou pelo segundo mês consecutivo, alcançando o maior valor para um mês de setembro desde o início da série”, disse a entidade, em nota.

O índice de evolução da produção registrou 54,5 pontos em agosto, resultado acima da linha divisória dos 50 pontos, o que significa que a produção aumentou ante o mês de julho. De acordo com a CNI, o índice mostra alta da produção pelo quarto mês consecutivo, com aceleração no ritmo de crescimento em agosto.

“Destaca-se que o valor médio para os meses de agosto é de 52,7 pontos, ou seja, a produção industrial costuma aumentar na passagem de julho para agosto de 2022. Como o índice de agosto de 2022 está um pouco acima da média para o mês, o resultado indica aumento do ritmo de produção acima da média para o mês”, explica a CNI.

O emprego industrial apresentou aumento em agosto na comparação com julho. O índice de evolução do número de empregados foi 52,2 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta do emprego. De acordo com a entidade, o valor médio para os meses de agosto é de 49 pontos, inferior ao valor de 50 pontos, ou seja, habitualmente ocorre queda no emprego na passagem de julho para agosto.

Capacidade instalada e estoques

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 2 pontos percentuais entre julho e agosto de 2022, para 73%. Segundo a CNI, além de ser o maior valor observado em 2022, é o valor mais alto para um mês de agosto desde 2013, quando o UCI atingiu 74%.

Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 47,7 pontos em agosto, resultado que representa um aumento de 1,7 ponto em relação ao mês anterior.

O nível de estoques de produtos finais na indústria também aumentou na passagem de julho para agosto. O índice de evolução do nível de estoques foi de 51,6 pontos, ou seja, acima da linha divisória de 50 pontos, que indica estabilidade do nível de estoques.

Considerando por porte, o nível de estoques aumentou entre pequenas, médias e grandes empresas, com índices de 50,8, 50,8 e 52,4 pontos, respectivamente. Para empresas de pequeno porte, esse é primeiro mês de agosto a indicar expansão dos estoques desde o início da série.

Já o índice de estoque efetivo em relação ao planejado atingiu 51,4 pontos. “Com isso, o mês de agosto registrou o maior excesso de estoques em relação ao planejado do ano”, destacou a entidade.

Expectativas e investimentos

De acordo com a Sondagem Industrial, todos os índices de expectativas para o mês de setembro seguem acima de 50 pontos, ou seja, revelam otimismo do empresário do setor.

O índice de expectativa de demanda ficou em 59,3 pontos, apresentando leve queda, de 0,4 ponto, na comparação com o mês anterior. O índice de expectativa de número de empregados ficou em 53,9 pontos, aumento de 0,2 ponto na passagem de agosto para setembro, o maior valor desde setembro de 2021.

O índice de expectativa de compras de matérias-primas registrou 56,9 pontos, recuo de 0,4 ponto ante agosto. Já o índice de expectativa de quantidade exportada ficou em 52,8 pontos, mantendo relativa estabilidade com relação ao resultado de agosto, quando o índice registrou 52,9 pontos.

O índice de intenção de investimento alcançou 59 pontos, maior valor entre meses de setembro desde o início da série da CNI. O resultado representa um aumento de 2,1 pontos na comparação com o mês anterior.

Foram ouvidas 1.781 empresas, entre os dias 1º e 12 setembro, sendo 696 de pequeno porte, 637 médias empresas e 448 de grande porte.

Agência Brasil

O Programa Alerta Cidade da Rádio Ipiaú FM desta terça-feira, entrevista via telefone o Deputado Estadual Capitão Alden (PSL) BA.

O Deputado Estadual Capitão Alden (PSL) BA será o entrevistado desta terç-feira (23) do Programa Alerta Cidade da Rádio Ipiaú FM

No está cardápio Em indicações apresentadas na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado Capitão Alden (PSL) defendeu a redução dos salários do governador Rui Costa, vice, secretários estaduais e do prefeito de Salvador, Bruno Reis, vice-prefeita e secretários municipais.

A redução dos proventos, conforme explicou Alden, iria ajudar a subsidiar o pagamento do auxílio emergencial. As indicações foram endereçadas a Rui Costa e a Bruno Reis.
Ao justificar os pedidos, o parlamentar lembrou que, após o aumento expressivo no número de novos casos do coronavírus, as principais bolsas de valores pelo mundo acumularam perdas expressivas, refletindo uma piora nas perspectivas de recuperação econômica.

Também serão abordos os seguintes temas: Ações do Presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia, ações dos Governadores e Prefeitos, Lockdown, falta de insumos e vacinas no país

Também vamos questionar ao deputado sua posição politica em 2022,já que a direção do seu partido (PSL) na Bahia ja deixou a possibilidade de uma união com o PT ou MDB.

O Programa Alerta Cidade vai ao de segunda a sexta-feira às 19hs até às 21hs com apresentação de Zé Gomes e Del Junior.

Siga-nos: Instagram: @ipiaufm; Youtube.com/radiofmipiau e Facebook: Ipiaú Fm.

Redação: Ipiaú Urgente

Câmara aprova em segundo turno texto base da PEC Emergencial

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (11), em segundo turno, por 366 votos a favor, 127 contra e três abstenções, o texto base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/19, a PEC Emergencial. Agora os parlamentares analisam destaques que podem retirar trechos da proposta.

A PEC cria mecanismos de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários, além de liberar R$ 44 bilhões, fora do teto de gastos, para o pagamento do auxílio emergencial às pessoas afetadas pela pandemia da covid-19. No entanto, a proposta não detalha os valores, duração ou condições para o novo auxílio emergencial. Todas essas definições deverão constar de outro texto.

O primeiro turno da proposta foi aprovado na madrugada desta quinta-feira, após sucessivas tentativas da oposição em obstruir as votações e adiar a apreciação da proposta.
Acordo

Para viabilizar a aprovação da PEC em primeiro turno, o governo acatou um acordo, envolvendo a maior parte dos partidos da base aliada, para apresentar no segundo turno de votação um destaque ao texto, retirando a proibição de promoção funcional ou progressão de carreira de qualquer servidor ou empregado público.

Esse foi um dos pontos mais criticados da PEC. A proposta surgiu durante a votação de um destaque do PT, que retirava do texto as restrições relacionadas às despesas de pessoal. O acordo entre base aliada e governo deve viabilizar a aprovação de dois destaques do bloco PSL-PL-PP para suprimir as restrições à proibição de promoção funcional ou progressão de carreira de qualquer servidor ou empregado público, um dos pontos da PEC criticados pela bancada de militares e policiais.

Caso sejam aprovados os destaques, a mudança inclui servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na retirada das restrições, inclusive no caso de se decretar estado de calamidade pública de âmbito nacional.
Ouça na Radioagência Nacional
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Edição: Fernando Fraga

Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Zagueiro Thiago Silva é o novo reforço do Chelsea, da Inglaterra

@Twitter/Shelsea FC

Da França para Inglaterra, esse é o caminho que será percorrido por Thiago Silva. O Chelsea anunciou nesta sexta-feira (28) a contratação do zagueiro, que atuou nas últimas oito temporadas pelo Paris Saint-Germain (PSG). O jogador, de 35 anos, assinou contrato de um ano, com cláusula de renovação automática para permanecer por mais uma temporada.

“Estou muito feliz por ingressar no Chelsea. Estou encantado por fazer parte da equipe empolgante de Frank Lampard para a próxima temporada. Estou aqui lutar por títulos. Vejo vocês em breve, torcedores do Chelsea. Estou ansioso para jogar no Stamford Bridge “, disse o atleta em nota oficial do clube.

Por meio do Twitter, o Blues desejou boas vindas ao atleta e publicou vídeos do zagueiro com a nova camisa.

Thiago Silva chega a Premier League com a bagagem cheia de títulos pelo PSG. Defendendo a equipe parisiense foi heptacampeão no Campeonato Francês. Além disso, levou cinco Supercopas da França, seis Copas da Liga e cinco Copas da França. Apesar de não ter levantado o troféu da última edição da Liga dos Campeões, participou da melhor campanha do clube na história da competição. O Paris Saint Germain terminou na vice-colocação após perder na final para o Bayern de Munique (Alemanha) de 1 a 0.
O zagueiro também tem vasta experiência na seleção brasileira, tendo disputado as Copas do Mundo de 2014 (Brasil) e 2018 (Rússia). Com a camisa verde-amarela conquistou dois títulos, a Copa das Confederações em 2013 e a Copa América em 2019.
Por Rafael Monteiro - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Primeira-ministra britânica anuncia renúncia

Reuters TV via REUTERS / Direitos reservados
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira (24) que vai deixar, no dia 7 de junho, a liderança do Partido Conservador e que o processo de escolha de um novo líder vai começar na próxima semana.

"Continuarei a servir como primeira-ministra até que o processo esteja concluído", disse Theresa May, em entrevista em sua residência oficial.

Ela argumentou que é dever dos políticos "implementar o que [o povo] decidiu",  referindo-se ao Brexit, aprovado há três anos. “Fiz tudo o que podia para convencer os deputados a apoiar o acordo de saída. Infelizmente, não consegui. É agora claro para mim que é do interesse do país que seja um novo primeiro-ministro a liderar esse esforço. Por isso, anuncio que irei me demitir do cargo de líder do Partido Conservador na sexta-feira, 7 de junho”, concluiu a primeira-ministra”.

“Será sempre uma matéria de grande arrependimento que não tenha conseguido cumprir o Brexit. Será função do meu sucessor procurar um caminho que honre o resultado do referendo. Para ser bem-sucedido, ele ou ela terá de encontrar um consenso no Parlamento, que eu não consegui. Esse consenso só pode ser atingido se ambas as partes em debate estiverem disponíveis para o compromisso”, afirmou May.
Primeira-ministra britânica, Theresa May, chora ao anunciar sua renúncia nesta sexta-feira (24), em Londres — Foto: Toby Melville/ Reuters
                            
Visivelmente emocionada, ela acrescentou que foi a maior honra de sua vida vida ter sido a segunda mulher primeira-ministra no Reino Unido, “mas, certamente, não a última”, e ter servido ao país que ama.
Por RTP (emissora pública de televisão de Portugal)  Londres


‘Devo estar sentado na cadeira de governador’, diz Leão sobre eleições de 2022

Foto: Amanda Oliveira/Gov-BA
Horas antes de viajar para Portugal (de onde voltou na terça-feira (21) animado com expectativa de atrair vinícolas portuguesas para cá), o vice-governador João Leão (PP) conversou com o bahia.ba sobre as eleições municipais de 2020 e estaduais, em 2022. A política da base de Rui Costa, para o progressista, se assemelha a um teodolito, instrumento utilizado na topografia para medir ângulos horizontais. Ele justifica isso explicando que, apesar de se enxergar na cadeira de governador, partidos como PT e PSD darão estrutura para sua possível candidatura.

Principal elo do governo federal na Bahia, Leão também falou sobre o encontro que teve com o presidente Jair Bolsonaro e ministros, no último dia 8 de maio. Na ocasião, o vice de Rui disse que conversou com o chefe do estado sobre a prorrogação do Fundeb, bloqueio de verbas e infraestrutura do Brasil.

Para o progressista, Bolsonaro quer fazer a diferença, e “dar uma proteção especial” ao Nordeste.

Confira a entrevista:

PSL coleciona episódios de brigas públicas envolvendo seus filiados

Foto: Divulgação/Joice Hasselmann
“Cara de pau” e “invejosa” estão entre as expressões usadas por integrantes do PSL em trocas de “gentilezas” públicas recentes que vão do Twitter aos recados enviados em entrevistas. Impulsionado pela eleição de Jair Bolsonaro, o partido tem causado dor de cabeça ao presidente e seu entorno no momento em que o governo precisa contar com partidários de outras siglas para avançar em suas pautas prioritárias, como a reforma da Previdência. 

O episódio mais recente envolveu a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) e se tornou público após ela sair do grupo de WhatsApp da bancada do partido na Assembleia de São Paulo. Após criticar publicamente a organização dos atos de apoio ao governo previstos para o dia 26 de maio, ela ameaçou deixar o PSL, partido do presidente. “Amigos, vocês estão sendo cegos. Estou saindo do grupo, vou ver como faço para sair da bancada. 

Acho que os ajudei na eleição, mas preciso pensar no País. Isso tudo é responsabilidade”, escreveu a parlamentar na mensagem reproduzida pela site O Antagonista e confirmada pelo Estado com deputados do PSL. Nesta terça, o presidente do partido, Luciano Bivar, relatou ter recebido uma mensagem de Janaina em que ela diz que não sairá do partido. 

Comentando casos de atritos entre parlamentares do partido, Bivar reconheceu que o fato de políticos da legenda cederem a apelos de redes sociais dificulta a governabilidade de Bolsonaro. “Dificulta porque nem sempre as redes sociais têm o sentimento do que é o jogo político, no bom sentido, e para que a gente viabilize alguma coisa a gente não pode botar no julgo popular.”

Estadão

Primeiras medidas para reduzir preço do gás serão anunciadas em junho, diz secretário

Foto: Divulgação
O governo prevê lançar em junho as primeiras medidas do projeto de quebra do monopólio estatal do mercado brasileiro de gás natural. Entre elas, estará a abertura da infraestrutura de transporte do combustível a empresas privadas, afirmou nesta terça-feira (21) o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. O fim do monopólio do gás é bandeira do ministro da Economia, Paulo Guedes, que vê potencial para redução em até 50% no preço do combustível. Atualmente, o consumidor industrial brasileiro paga pelo gás 50% a mais do valor pago pelos seus concorrentes na Europa. Costa disse que, no curto prazo, a principal medida é permitir que produtores privados de gás acessem a malha de transporte hoje controlada pela Petrobras. 

São gasodutos que levam a produção das plataformas marítimas a unidades de tratamento de gás na costa e, depois, dessas unidades às distribuidoras de gás canalizado. Segundo ele, essa infraestrutura tem hoje capacidade ociosa, que poderá ser usada por empresas privadas sem necessidade de intervenção em contratos da Petrobras. “Estamos conversando para fazer isso de maneira amigável, sem prejudicar a Petrobras”, afirmou, sem adiantar detalhes. A Petrobras é hoje responsável por 75% da produção nacional de gás. Mas, como não têm acesso à infraestrutura de transporte, suas sócias preferem lhe vender a produção. O governo quer incentivar essas empresas a competir com a estatal pelo consumidor final do combustível.

As medidas devem ser anunciadas em resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) ainda em junho, disse o secretário, em entrevista após evento no Rio sobre o mercado de gás natural. Sua expectativa é que a meta de redução à metade do preço seja atingida para alguns setores econômicos em 2024. Costa citou os setores de fertilizantes e químicos como alguns dos beneficiados pela medida. “Hoje o custo do gás é proibitivo. Estamos com a indústria de fertilizantes parando”, afirmou. Estudo liderado pelo economista Carlos Langoni prevê potencial de atração de R$ 240 bilhões em investimentos em diversos setores caso o preço do gás seja reduzido do país. 

Para o ministro da Economia, o processo pode resultar na reindustrialização do país. O esforço tem por objetivo aproveitar o crescimento na produção do pré-sal. Até 2027, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a produção nacional crescerá em 100 milhões de metros cúbicos por dia, praticamente dobrando em relação aos 114 milhões de metros cúbicos produzidos atualmente. Para que o gás chegue mais barato ao consumidor, o governo defende a desverticalização do mercado, restringindo a operação de redes de transporte por produtores do combustível e, na ponta da distribuição, separando a atividade de venda do gás da distribuição, como ocorre no setor elétrico.

Folha de S. Paulo

Seis pessoas são mortas a tiros; entre as vítimas estão tia e dois sobrinhos

Foto: Reprodução/Google Street View
Seis pessoas, incluindo dois adolescentes, morreram baleadas em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, na noite de sábado (18).

Em entrevista ao portal G1 Bahia, a delegada Quitéria Maria Neta, que registrou o crime, afirmou que quatro homens, em um carro, atiraram em Pablo Ferreira dos Santos, 15 anos, por volta das 19h, na Travessa Santo Antônio. Após balear o jovem, o grupo seguiu com o veículo para a Rua Boca da Mata, no bairro de Portão.

Ainda de acordo com a delegada, ao chegarem no local, os homens dispararam contra tia, Raimunda dos Santos, 35 anos, e sobrinhos, Raiane Santos, 12, e Guilherme da Silva, 19, que estavam na porta de casa. No momento, Arthur Moreira, 23, e Rogério da Silva, 36 anos, também foram baleados.

Segundo a matéria, a delegada informou que o Samu foi até o bairro e encaminhou as vítimas para o Hospital Menandro de Faria, mas elas não resistiram aos ferimentos.

A Polícia Militar (PM) afirmou que agentes fizeram rondas pela região, mas ninguém foi localizado. Até a manhã deste domingo (19), ninguém havia sido preso. Não há informações sobre motivação e autoria do crime. O caso é investigado pela 34ª Delegacia de Portão.

Lula: Bolsonaro é ‘doente’ e crê que problema do Brasil se resolve com arma

oto: Reprodução/Twitter
Preso na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, o ex-presidente Lula voltou a fazer duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em sua segunda entrevista na prisão, o petista chamou o atual presidente da República de “doente”, após o decreto assinado na última semana que amplia o direito ao porte de armas.

“Ele acaba de fazer um decreto acabando com todos os conselhos populares que foram criados a partir da Constituição de 1988. Ele defende barbaramente um estado armado, um estado policialesco. Ele acaba de autorizar fazendeiro a usar arma e atirar em quem ele quiser”, argumentou Luis Inácio Lula da Silva.
“Ele é um doente! Acha que o problema do Brasil se resolve com arma. Os problemas do Brasil se resolvem com livro, com escola”, prosseguiu Lula, em conversa com o jornalista Kennedy Alencar.

Parte da entrevista será utilizada em uma reportagem para o canal BBC World News, com o título “Lula: Behind Bars” (Lula: Atrás das grades), que foi exibida nesta sexta-feira (10). Durante as eleições e todo o período em que esteve preso, o petista não pôde falar com a imprensa. Sua primeira entrevista foi no último dia 26, quando recebeu o El País e a Folha de S. Paulo.

O jornalista Kennedy Alencar afirmou que a entrevista completa – com cerca de 1h50 de duração – será disponibilizada em seu blog pessoal na próxima segunda-feira (13).
Por; Bahia.Ba

‘Sofri pressão pela manutenção de contratos espúrios’, diz ex-diretora da Apex

Foto: Reprodução/Twitter-A ex-diretora de Negócios da Apex, Letícia Catelani
Um dia depois de ser demitida, a ex-diretora de Negócios da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Letícia Catelani, publicou em uma rede social uma mensagem em que afirma ter sofrido pressão “de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios” na entidade. “Combati incansavelmente a corrupção e fechei as torneiras que a alimentavam.

 Estou pagando o preço. Sofri pressão de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios, além de ameaças e difamações. Não me intimidei! Gratidão pelo apoio e o movimento”, escreveu Catelani, apontada como pivô de uma crise que, desde o início do governo Jair Bolsonaro, causou o afastamento de dois presidentes da Apex. A reportagem entrou em contato com a ex-diretora, mas ela disse que não daria entrevista no momento. 

Catelani, assim como o ex-diretor de Gestão Corporativa Marcio Coimbra foram indicados para as diretorias da agência pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ambas nomeações tiveram a bênção de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e filho do presidente da República. Desde o início do novo governo, a Apex virou um dos principais palcos da briga entre as chamadas alas ideológica e militar do governo.

 A disputa praticamente paralisou os trabalhos da agência, que atua na promoção de produtos brasileiros no exterior. Para estancar a crise, o presidente Bolsonaro nomeou no final da semana passada o contra-almirante Sergio Ricardo Segovia Barbosa para a presidência da Apex. A designação foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (3). Como seu primeiro ato, o militar destituiu Catelani e Coimbra dos seus postos. Segovia é o terceiro presidente da agência em pouco mais de quatro meses. 

Antes dele, passaram pela presidência e perderam o cargo Alecxandro Carreiro e o embaixador Mario Vilalva. Carreiro teria se desentendido com Catelani e foi demitido menos de dez dias após assumir o cargo. Já Vilalva teve seus poderes esvaziados em uma manobra estatutária promovida pelo chanceler, que transferiu várias atribuições da presidência da agência para os dois diretores.

 Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o embaixador disse que Coimbra e Catelani eram pessoas “despreparadas e irresponsáveis” e acusou Ernesto Araújo de falta de lealdade, declarações que levaram à sua demissão em 9 de abril. Desde a saída de Vilalva, o núcleo militar do governo intensificou a pressão sobre Bolsonaro para que os dois diretores deixassem a Apex. Questionada, a assessoria de imprensa da Apex disse que não se manifestaria sobre o teor das declarações de Catelani.

Folhapress

Ipiaú: Secretaria de Saúde, Meirinha Alves Faz balanço da Campanha de vacinação contra Influenza H1N1 no Alerta Cidade nesta Segunda-Feira

Foto: Zegomes News
Para falar sobre Saúde o Programa Alerta Cidade da Rádio Ipiaú FM que tem a produção e apresentação de José Gomes, o Zé do Povo, recebe em sua sala de entrevistas, A Secretaria de Saúde do Município de Ipiaú Meirinha Alves que na oportunidade fará um balanço da Campanha de Vacinação que teve no.último sábado um esforço concentrado na  buscar de um maior desempenho para alcançar o maior número dos grupos alvos para a vacinação contra a gripe influenza H1N1;  participe, telefones: (73) 3531-3310-3531-3312 aparti das 19ás 20:30
Por: José Gomes da Silva/RP-8135

‘Não é porque é artista que não tem de prestar conta’, diz ministro da Cidadania

Foto: José Cruz/Agência Brasil-Osma Terra
Enquanto tenta acalmar os ânimos da classe artística com as mudanças na Lei Rouanet, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, não foge de outras polêmicas envolvendo a sua pasta, que agrega os antigos ministérios da Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social. 

Em entrevista ao Estado, o ministro disse que “não é porque é artista que não precisa prestar contas”, que o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), um de seus maiores críticos, “quer nomear todo mundo no ministério” e que ele recebeu do presidente Jair Bolsonaro “liberdade de dizer não às indicações até do vice-presidente”, tanto que demitiu um apadrinhado do general Hamilton Mourão. 

Sobrou até para a reforma da Previdência. “O maior programa de combate à pobreza não é a Bolsa Família nem o BPC, é a aposentadoria do trabalhador rural. Não pode mexer”. Sobre não ter reajuste para o Bolsa Família este ano, afirma: “Para que reajuste? O 13º já é um up”. A seguir os principais trechos. A classe artística reagiu à redução do teto da Lei Rouanet de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. A atriz Ingrid Guimarães disse ao Estado que “quando a lei acabar, a cultura vai parar nesse País”. Leia mais no Estadão.

Estadão

Líder da oposição venezuelana revela reuniões com generais

O líder oposicionista Leopoldo López - JUAN BARRETO
Em entrevista à porta da embaixada da Espanha em Caracas, onde está refugiado, o líder político venezuelano, Leopoldo López, afirmou não ter medo de Nicolás Maduro, nem da ditadura.

Ele revelou ainda que durante semanas, enquanto estava em prisão domiciliar, teve reuniões com generais para lançar a "Operação Liberdade" e afastar Nicolás Maduro e garantiu que esta ação é irreversível.

Ontem (2), López teve revogada a prisão domiciliar, decretada em fevereiro de 2014.

Para o 5° Tribunal de Execução Criminal de Caracas, López violou as condições estabelecidas para que fizesse jus ao benefício. Na terça-feira (30), o deputado venezuelano e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó afirmou ter concedido “indulto presidencial” a López, que deixou sua residência e foi se encontrar com Guaidó, com quem fez uma rápida aparição em público e gravou um vídeo divulgado pelas redes sociais. Mais tarde, López esteve na Embaixada do Chile em Caracas, de onde seguiu para a Embaixada da Espanha, onde permanece desde então, junto com a esposa e a filha.
Por: Agência Brasil

Economia Governo não vai intervir em juros de bancos públicos, diz Planalto

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse hoje (29), em coletiva de imprensa, que o governo não vai intervir na definição dos juros praticados pelos bancos estatais. Mais cedo, ao participar da abertura da Agrishow, maior feira de agronegócio do país, em Ribeirão Preto (SP), o presidente Jair Bolsonaro se dirigiu ao presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, durante o seu discurso, e pediu para que os juros do crédito rural cobrados pelo banco "caiam um pouco mais". A declaração fez com que ações do BB na Bolsa de Valores de São Paulo sofressem uma ligeira queda, mas logo se recuperaram, fechando o dia estáveis. 

"Foi um comentário num ambiente muito amigável. Obviamente que o presidente não quer e não intervirá em qualquer aspecto relacionado a juros nos bancos que estão, em tese, sob o guarda-chuva do governo", disse o porta-voz.

Bolsonaro nega criação de imposto para igrejas

Foto: Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro negou hoje (29), em vídeo publicado no Twitter, a criação de novos impostos, “em especial contra as igrejas”. “Essa informação não procede. Em nosso governo, nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas que, além de terem um excelente trabalho social prestado a toda comunidade, reclamam eles, em parte com razão no meu entendimento, que há uma bitributação nessa área”, disse.
Bolsonaro se manifestou após publicação de entrevista do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, ao jornal Folha de S.Paulo. De acordo com a publicação, na proposta de reforma tributária de Cintra, a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento será substituída por um novo tributo, que vai incidir sobre todas as transações financeiras, bancárias ou não, e será rateado entre as duas pontas da operação (quem paga e quem recebe). 
A reportagem informa ainda que o novo tributo, chamado de Contribuição Previdenciária (CP), deve incidir até mesmo sobre o dízimo pago pelos fiéis às igrejas, além daqueles que têm imunidades constitucionais, como instituições religiosas e filantrópicas. No vídeo publicado no Twitter, Bolsonaro disse que foi surpreendido pela declaração do secretário.
Hoje, também pelo Twitter, Marcos Cintra defendeu novamente o fim da tributação sobre a folha de salários e disse que a manchete da Folha de S.Paulo não é fiel à entrevista que ele concedeu. “Chega de tributar folha de salários. Manchete da Folha diz que Receita quer criar imposto novo que vai tributar igrejas. Mas não diz que será eliminado o imposto de 20% sobre a folha de salários, este sim altamente prejudicial a toda a sociedade, inclusive as igrejas”, escreveu o secretário da Receita.
Nesta tarde, Bolsonaro se reúne com Cintra no Palácio do Planalto. O encontro já constava na agenda do presidente desde a semana passada.
constava na agenda do presidente desde a semana passada.

Governo prepara fim do monopólio da Petrobras no gás para reduzir preço

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) será o epicentro do processo de derrubada do preço do gás anunciado pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Diante de resistências internas da Petrobras, caberá ao órgão de defesa da concorrência abrir negociação com a estatal para a venda de ativos ou a liberação de acesso à infraestrutura de transporte do combustível.

A ação do Cade é parte de um movimento organizado em conjunto por diversos setores do governo para tentar quebrar o monopólio da Petrobras e trazer competição ao setor, com o objetivo de promover no país um "choque de energia barata", nas palavras de Guedes.

Estudos iniciais indicam que a redução do preço poderia adicionar à taxa de crescimento do país quase um ponto percentual ao ano e gerar mais de 12 milhões de novos empregos nos próximos dez anos.

Um dos mentores da proposta, o economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas, estima que, ao incentivar a competição, é possível reduzir pela metade o preço do gás natural vendido no país, com impactos positivos na atividade industrial e na conta de luz.

"O que temos no mercado de gás no Brasil é um caso absurdamente clássico de sobreposição de monopólios", afirma Langoni.

"A Petrobras praticamente controla a totalidade da oferta e continua controlando a infraestrutura logística, principalmente os gasodutos. Do lado da distribuição, há monopólios também nos estados."

A ideia é que, em até dois meses, o Cade e a Petrobras apresentem um plano para a venda de ativos no segmento. Em troca, a empresa se livra de processos que apuram práticas anticompetitivas e discriminação na venda de gás.

As conversas iniciais já ocorreram e, a partir de agora, as duas partes devem evoluir para reuniões formais.

Em parceria com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a área técnica do Cade fará estudos para definir propostas de estímulo à concorrência.

O pacote em gestação inclui ainda outros três pilares: revisão do modelo tributário do setor, incentivo ao uso do gás para geração de energia e novo marco jurídico para a distribuição, para apoiar a figura dos consumidores livres de gás (que podem negociar o produto sem a distribuidora).

O incentivo à competição pela oferta, porém, é visto como essencial para que os planos avancem.

Hoje, empresas privadas são donas de 25% do gás extraído no país --boa parte em campos em parceria com a Petrobras. Sem acesso a dutos, as sócias da estatal preferem lhe vender sua parcela sem competirem pelo mercado.

A Petrobras é dona também das unidades que tratam o gás antes que ele seja injetado na rede e dos terminais de importação do produto por navios. E ocupa a maior parte da capacidade dos grandes gasodutos que transportam o combustível pelo país.

"A gente entende que o aumento da concorrência é que vai trazer um preço mais competitivo", diz o secretário de Petróleo e Gás do MME (Ministério de Minas e Energia), Marcio Félix, ressaltando que há forte alinhamento do governo em torno das propostas.

De acordo com dados do MME, a indústria brasileira paga pelo gás ao menos US$ 13 pelo metro cúbico --mais de quatro vezes o gasto de concorrentes nos Estados Unidos, onde o produto custa pouco mais de US$ 3. Na comparação com a Europa, a indústria brasileira pagou 50% mais caro em 2018.

A promessa de melhores condições para competir com o mercado já seduziu as principais entidades empresariais brasileiras. Em entrevistas sobre o tema, Guedes tem repetido que gás barato e abundante tem potencial para "reindustrializar" o país.

O preço da energia tem forte impacto sobre o custo operacional das empresas e sobre a produtividade de toda a economia. No Brasil, esse insumo teve forte alta nos últimos anos, servindo de força contrária à expansão industrial.

A Abrace (que reúne grandes consumidores de energia) chegou a encomendar um estudo para medir os impactos da proposta do governo.

Segundo a análise produzida pela consultoria Ex Ante para a Abrace, entre 2000 e 2018, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, teve alta de 209%.

Nesses 18 anos, o custo unitário da energia elétrica para a indústria cresceu 497,4% acima da inflação. O custo do gás unitário teve crescimento mais impressionante ainda: aumento real de 1.200%.

A conversão do valor para moeda estrangeira, que permite a comparação internacional, mostra o impacto sobre a competitividade.
Por: Bahia Noticias

Bolsonaro rebate Lula e diz, que, pelo menos, País não é governado por ‘um bando de cachaceiros’

Foto: Fábio Mota/Estadão/O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro rebateu neste sábado, 27, declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem o Brasil é governado atualmente por um “bando de malucos”. “Bem, pelo menos não é um bando de cachaceiros, né?”, disse Bolsonaro. Condenado e preso na Operação Lava Jato, Lula fez a crítica em entrevista aos jornais El País e Folha de S. Paulo, autorizada pela Justiça e realizada na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o petista cumpre a pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Bolsonaro afirmou considerar um erro da Justiça a autorização para a entrevista. “Olha eu acho que o Lula, primeiro, não deveria falar. Falou besteira. Maluco? Quem era o time dele?”, perguntou o presidente. Ele mesmo respondeu: “Grande parte está preso ou está sendo processado. Tinha um plano de poder onde, nos finalmentes, nos roubaria a nossa liberdade, ok?. Eu acho um equívoco, um erro da Justiça ter dado direito a dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena”. 

Avaliação negativa do governo Bolsonaro cresce e atinge 27% em abril

A avaliação negativa (ruim e péssimo) foi de 24% para 27%
@Marcos Correia/PR
A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo do presidente Jair Bolsonaro variou de 34% para 35% entre março e abril, mostra pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta quarta-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Não houve alteração do indicador fora da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

A avaliação negativa (ruim e péssimo) foi de 24% para 27%, também dentro da margem de erro. No mês passado, 34% dos entrevistados consideravam o governo regular. Em abril, a avaliação regular foi de 31%.

Desde o início do governo, em janeiro, o porcentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom caiu 14 pontos, de 49% para 35%, mostra a série histórica do Ibope. Já a avaliação negativa subiu 16 pontos, de 11% para 27%, no mesmo período.

O Ibope ouviu 2 mil pessoas de 12 a 15 de abril. O levantamento anterior havia sido realizado entre 16 e 19 de março. O nível de confiança do levantamento é de 95%.
Por: Noticias ao minuto

'Mordaça', diz Marco Aurélio sobre decisão do STF de tirar reportagens do ar

Marco Aurélio Mello, em sessão no Supremo Tribunal Federal no início de abril deste ano —
 Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (18), a decisão do colega Alexandre de Moraes, que determinou a retirada de conteúdo dos sites da "Crusoé" e de "O Antagonista".

"Mordaça, mordaça. Isso não se coaduna com os ares democráticos da Constituição de 1988. Não temos saudade de um regime pretérito. Não me lembro, nem no regime pretérito, que foi um regime de exceção, coisas assim, tão violentas como foi essa. Agora o ministro deve evoluir, deve afastar, evidentemente, esse crivo que ele implementou", afirmou Marco Aurélio.

Na última terça-feira (16), o ministro já havia dito à TV Globo que houve "censura" e retrocesso" na decisão.

Marco Aurélio vê 'censura' e 'retrocesso' em decisão do STF

Alexandre de Moraes decidiu sobre a questão porque é relator de um inquérito aberto no mês passado para apurar notícias fraudulentas que possam ferir a honra dos ministros ou vazamentos de informações sobre integrantes da Corte.

Entenda o inquérito do Supremo que investiga ameaças à Corte
À Rádio Gaúcha, Marco Aurélio disse que "não cabia a instauração de inquérito pelo Supremo". "Cabia sim, se fosse o caso, se fosse o Ministério Público, que é quem atua como 'estado acusador'. O Supremo é um 'estado julgador', principalmente julgador. Ele só deve atuar mediante provocação."

O ministro disse que os colegas precisam "tirar o pé do acelerador. Precisam ter menos autoestima. Tem que observar, e observar com rigor, a lei das leis que é a Constituição Federal".

Para Marco Aurélio, o STF está em crise. "Numa crise muito séria, mas instituições estão sedimentadas, elas são instituições fortes e devemos sair dessa crise, que cada qual faça a sua parte. Isso é importante na vida pública brasileira. E faça com fidelidade de propósitos".

Questionado se há risco de o STF seguir pelo caminho da mordaça, o ministro negou. "Eu penso que o convencimento da maioria é no sentido oposto que informou o Alexandre de Moraes. Ele deve estar convencido disso. Por isso, eu aguardo um recuo."

Decisão sobre revista e site

O ministro Alexandre de Moraes determinou na última segunda-feira (15) que o site "O Antagonista" e a revista "Crusoé" retirem do ar reportagens e notas que citam José Dias Toffoli, presidente do Supremo. Moraes estipulou multa diária de R$ 100 mil e mandou a Polícia Federal ouvir os responsáveis do site e da revista em até 72 horas.

Segundo reportagem, a defesa do empresário Marcelo Odebrecht juntou em um dos processos contra ele na Justiça Federal em Curitiba um documento no qual esclareceu que um personagem mencionado em e-mail, o "amigo do amigo do meu pai", era Dias Toffoli, que, à época, era advogado-geral da União.


O diretor da revista "Crusoé", Rodrigo Rangel, disse que "reitera o teor da reportagem, baseada em documento”.

Ministro Dias Toffoli fala sobre a liberdade de expressão

Em palestra em São Paulo, nesta quarta-feira (17), Dias Toffoli afirmou que a liberdade de expressão não pode servir à alimentação do ódio. O presidente do Supremo disse que os limites da liberdade de expressão estão na própria Constituição.

"A liberdade de expressão não pode servir à alimentação do ódio. Sem uma imprensa livre, não há democracia, mas tem que ser dentro dos parâmetros da Constituição", disse durante palestra em evento na Congregação Israelita Paulista.

O ministro citou como exemplo decisão do próprio Supremo contra a publicação de um livro de conteúdo antissemita, em 2004. “A liberdade de expressão não é absoluta. No caso, a liberdade de expressão foi afastada em nome dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica.”
 Fonte: g1.globo.com

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