Ministério do Trabalho diz que mudança na escala 6×1 deve ser negociada entre trabalhadores e empregadores
A pasta, liderada pelo ministro Luiz Marinho, afirma que tem acompanhado de perto o debate e que o tema exige o envolvimento de todos os setores, levando em conta as necessidades de cada área, especialmente as que operam de forma contínua.
“O MTE acredita que essa questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados. No entanto, a pasta considera que a redução da jornada de 44 horas semanais é plenamente possível e saudável, diante de uma decisão coletiva”, afirma em nota o ministério.
O tema da escala 6 X 1 ganhou a atenção dos brasileiros com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que foi apresentada em 1º de Maio e propõe o fim da escala e a adoção de uma jornada de 36 horas semanais, dividida em quatro dias.
A medida já conta com o apoio de mais de cem parlamentares, mas ainda precisa alcançar 171 assinaturas dos 513 parlamentares da Casa para avançar no Congresso.A proposta altera o artigo 7º da Constituição, que hoje limita a jornada a 44 horas semanais. A mudança, se aprovada, permitirá jornadas mais curtas e mais dias de descanso, como já acontece em outros países. A medida gera debate. Para os defensores, ela pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e aumentar a produtividade. Empresários têm receio de que aumente os custos com mão de obra.
O tema, que ganhou destaque no Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), está sendo discutido também com representantes do governo e do setor privado.
A redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais é uma das reivindicações clássicas de centrais sindicais. Categorias como comércio e serviços em supermercados, drogarias e shoppings centers, por exemplo, têm a jornada 6 x 1, na qual se trabalha de segunda a sábado, com descanso aos domingos.
Funcionários de serviços essenciais, como os de saúde, transportes e comércio, podem trabalhar aos domingos, desde que haja um sistema de revezamento que garanta folga nesses dias em intervalos regulares. Os detalhes têm que estar definidos nas convenções coletivas.
O Brasil tem jornadas de trabalho variadas, como de seis horas diárias, por exemplo, de quatro horas para menores aprendizes e de 12 X 36 utilizada na área da saúde.
Novo faz ‘LinkedIn’ para selecionar secretários municipais e assessores de gabinetes
João Amoedo, fundador do Novo |
Nos canais digitais da legenda, é possível ter acesso a diversas ofertas de emprego para secretários municipais e assessores de gabinetes para vereadores. O Novo cresceu de 1 prefeito eleito em 2020 para 19 agora e aumentou sua bancada de vereadores de 29 para 262.
“Já usamos esse modelo no passado, mas agora estruturamos melhor a divulgação tendo em vista o crescimento do número de cidades administradas pelo partido”, diz Tiago Mitraud, presidente do Instituto Libertas, ligado à legenda, que tem cuidado do processo seletivo.
Entre as vagas disponíveis na semana passada estavam para controlador-geral do município em Pompéu (MG), procurador-geral do município em Pirassununga (SP) e secretário de Assistência Social de Guarantã do Norte (MT).
O processo de seleção inclui análise de currículos, testes e entrevistas. O partido faz uma primeira triagem e manda os interessados para a etapa final com o prefeito ou vereador. O processo é aberto a qualquer pessoa, filiada ou não à legenda.
“Muitos selecionados são servidores de carreira que já têm uma base técnica, mas que por causa da influência das indicações políticas nunca conseguiram ter chance”, diz Mitraud. Segundo ele, para algumas vagas chegam a surgir mais de 100 interessados.
O Novo tem uma tradição de selecionar quadros e candidatos por meio de processos seletivos, dentro da filosofia da legenda de privilegiar a “meritocracia”.
Lula tenta investida para aproximação com evangélicos e entrega de ministério entra no radar
Trata-se de faixas do eleitorado nas quais a administração do PT sofre resistências e desgaste. As conversas de ministros com os evangélicos não são de hoje, mas se intensificaram nos últimos meses. No Planalto, auxiliares do presidente dão como certo que ele fará uma reforma ministerial após as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, marcadas para fevereiro de 2025.
Lula quer iniciar a segunda metade do mandato com uma equipe que simbolize a nova correlação de forças no País, na esteira das eleições municipais. A estratégia tem o objetivo de amarrar acordos para sua possível candidatura a novo mandato, em 2026. Visto como uma espécie de “fiel da balança”, o segmento evangélico pode mudar o rumo de uma disputa, pois representa 30% da população.
Na lista dos nomes avaliados no Planalto para ocupar uma vaga no primeiro escalão estão a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). A petista já foi ministra de Assistência e Promoção Social de 2003 a 2004, no primeiro mandato de Lula. Agora, um dos ministérios na mira dos evangélicos é o do Desenvolvimento Social, que abriga o programa Bolsa Família – vitrine do governo – e hoje está nas mãos do senador licenciado Wellington Dias (PT).
Apesar desta perspectiva, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse não ter qualquer compromisso com o Planalto. “O que existe hoje é um diálogo normal. Mas conversar só não adianta. O governo precisa mudar suas atitudes”, afirmou ele.
Para o deputado, resoluções sobre educação infantil e nota técnica sobre aborto legal, ainda que derrubadas, indicam haver áreas do governo que trabalham “desconectadas” com o desejo manifestado por Lula de se aproximar dos evangélicos.
Câmara mencionou até mesmo a vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca como um sinal de alerta para Planalto, sob o argumento de que o conservadorismo está cada vez mais forte no mundo. “Essa eleição nos Estados Unidos demonstrou, de forma clara, o que dá os políticos não respeitarem o sentimento da população”, insistiu ele, numa referência à derrota de Kamala Harris, atual vice-presidente. “O planeta está mostrando que a esquerda precisa se reciclar”.
Os ministros que têm feito reuniões frequentes com líderes evangélicos, a pedido de Lula, são o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o titular de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“Sou terrivelmente pacificador”, disse Messias ao Estadão, em um contraponto a Bolsonaro que, em 2019, quando era presidente, disse desejar um perfil “terrivelmente evangélico” para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Messias foi criado em uma família batista e desde pequeno frequenta cultos. Agora, ele se tornou a principal “ponte” de contato entre os evangélicos e o Planalto, conversando com representantes de várias denominações, do deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) ao Bispo Rodovalho, da Sara Nossa Terra. “Tenho me esforçado para levar sempre uma mensagem de paz aos meus colegas e mostrar que nosso governo nunca se contrapôs aos valores cristãos”, observou.
O ministro da AGU contou que estava numa reunião com Lula, no mês passado, quando ele disse que teve um “livramento” por não sofrer nada mais grave ao cair no Palácio da Alvorada e bater a cabeça, no último dia 19. Na ocasião, o presidente levou cinco pontos e desmarcou uma viagem que faria à Rússia.
Quatro dias antes da queda, Lula recebeu orações no Planalto ao se encontrar com integrantes da bancada evangélica numa cerimônia para sancionar a lei que criou o Dia Nacional da Música Gospel. “O presidente falou para nós: ‘Ainda bem que oraram por mim’. Ele sentiu que a mão de Deus o livrou de coisa pior”, contou Messias. Padilha também estava na reunião em que Lula se referiu ao “livramento”, expressão muito usada em contextos religiosos.
Ex-integrante da tropa de choque bolsonarista, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) foi o representante da Frente Parlamentar Evangélica que puxou as orações para Lula no dia da cerimônia no Planalto. Depois, nas palavras do próprio presidente, foi “triturado” nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro.
“Os parlamentares evangélicos sofrem hoje um ataque interno do bolsonarismo, que sequestrou as nossas pautas”, reclamou Otoni. “Tem cara que já mandou a namorada fazer aborto, mas faz campanha dizendo que é aliado de Bolsonaro e que é a favor da vida. É esse candidato que sobe no nosso púlpito e rouba os nossos votos”.
Embora o deputado não tenha mencionado nomes, o influencer Pablo Marçal (PRTB) preocupa o segmento porque defende a agenda de costumes sem a intermediação das igrejas. Candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, Marçal negocia sua filiação ao União Brasil e quer concorrer ao Planalto, em 2026. As conversas ainda estão na fase inicial, mas o governador de Goiás, Ronaldo Caiado já mandou recado à cúpula do União Brasil de que não abrirá mão de sua candidatura à sucessão de Lula se Marçal entrar no seu partido.
“Não queremos barganhar nada com Lula, mas, caso haja um ministério, será importante porque os parlamentares precisam fazer políticas públicas e o bolsonarismo tomou essa pauta dos representantes da igreja”, diz Otoni de Paula (MDB-RJ), deputado federal
Otoni afirmou, ainda, que Bolsonaro nunca prestigiou a Frente Parlamentar Evangélica nos quatro anos de seu governo. “Não queremos barganhar nada com Lula, mas, caso haja um ministério, será importante porque os parlamentares precisam fazer políticas públicas e o bolsonarismo tomou essa pauta dos representantes da igreja”, destacou. “Isso não significa compromisso com a reeleição do presidente, em 2026, mas, sim, com a governabilidade.”
A bancada evangélica reúne hoje 151 deputados e 19 senadores, a maioria deles ligada a Bolsonaro. Em 2022, Otoni chegou a dizer que receberia “vagabundos igual a Lula” a bala, caso eles aparecessem à sua porta porque este seria o método usado no Rio para lidar com “bandidos”. Dias antes, durante ato na CUT, o petista havia incentivado militantes a procurar deputados, em suas casas, para pressioná-los a votar propostas de interesse dos trabalhadores. Otoni afirmou depois que se arrependia de ter atacado Lula daquela maneira.
Aliado de Bolsonaro, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) previu que a investida do governo sobre os evangélicos não terá resultado. “Lula quer manipular a fé, mas nada do que ele fizer vai adiantar”, provocou Sóstenes, um dos vice-presidentes da Câmara.
Na avaliação do cientista político Vinícius do Valle, apesar das críticas de integrantes da bancada evangélica, existe uma ala do segmento que se sente desamparada por Bolsonaro e tenta se aproximar de Lula. “É uma ala que gostaria de estar no governo de forma discreta, sem sofrer o estigma de ser esquerdista. Esta é a melhor posição em termos de estratégia eleitoral, um pouco como faz o Centrão”, disse.
Valle observou, ainda, que, as bancadas evangélicas de vereadores diminuíram no Rio e em São Paulo, mesmo após a aliança com Bolsonaro. “Há um conflito interno na base do bolsonarismo e o ex-presidente não consegue coordenar essas diferentes alas porque tem outras prioridades”, comentou o cientista político, que é Diretor do Observatório Evangélico.
Ao citar as articulações de Bolsonaro para derrubar sua inelegibilidade – além da defesa da anistia aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro -, Valle destacou que, nesse cenário, o compromisso do ex-presidente é com partidos do Centrão, e não exatamente com os religiosos. “É por isso que, na disputa dentro da base bolsonarista, os evangélicos estão levando a pior”, resumiu.
Bolsonaro diz que direita se elegeu na sua sombra e que Tarcísio é ‘líder maior’ só em SP
De acordo com Bolsonaro, aqueles que querem dividir a direita se elegeram sob sua sombra e não conseguem reunir apoiadores nem em um bar.
“A direita não tem dono. Tem um líder, que é incontestável, e tem jovens lideranças aparecendo pelo Brasil. Sempre vai ter alguém aí querendo dividir o que é chamado de direita hoje em dia. Não vão conseguir. São frustrados, até botei um nome carinhoso, são intergalácticos que têm que mostrar a que vieram. Todos eles se elegeram na minha sombra, ou na minha onda, e rapidamente se voltam contra a gente”, afirmou.
Bolsonaro se referia, entre outros, a Marçal, ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e ao seu ex-ministro do Meio Ambiente, o hoje deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP).
“A direita não tem dono. Tem cara que quer se impor como líder. Liderança você não ganha, você conquista. Então, tem uns intergalácticos aí. Manda em um bar em São Paulo, não vai ninguém.”
Marçal recebeu em sua campanha apoio de vários bolsonaristas e também de boa parte do eleitorado do ex-presidente, apesar de oficialmente Bolsonaro ter embarcado na reeleição de Ricardo Nunes (MDB).
Caiado travou com o ex-presidente uma particular disputa na eleição de Goiânia, que incluiu a ida de Bolsonaro à cidade no dia do segundo turno.
Abertas as urnas, venceu o nome do governador. Após o resultado, Caiado afirmou que venceu o seu modo de fazer política e disse esperar que Bolsonaro tenha aprendido uma lição. O governador se diz candidato à Presidência da República em 2026.
Salles, por sua vez, teve a candidatura a prefeito de São Paulo preterida em nome da aliança do PL com Nunes. A partir daí, a relação com o ex-presidente estremeceu.
“Logo o Salles, que lá atrás estava assim com o Alckmin [quando ele ainda era do PSDB e governava São Paulo], como secretário. Depois [João] Amoedo [ex-presidente do Novo], que depois diz que votou no Lula, depois ficou comigo, se elegeu graças ao Eduardo [Bolsonaro, também deputado federal]. Depois foi ser ‘marçalete’. Agora tá viúvo”, disse Bolsonaro.
“É inveja, é infelizmente uma coisa que existe no ser humano.”
O ex-presidente também comentou a declaração de Nunes, que após ser eleito chamou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de “líder maior”.
“É um grande líder no estado, verdade… ninguém vai me provocar.”
Questionado sobre quem seria o nome da direita em 2026 caso permaneça inelegível, Bolsonaro voltou a repetir que o nome é ele.
“Só depois que eu tiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome. Pergunta para o Tarcísio o que ele acha. Ele tem falado, o candidato sou eu. Prosseguindo a minha inelegibilidade é a prova de que acabou a democracia no Brasil.”
O ex-presidente foi condenado em 2023 pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação após difundir mentiras sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores e utilizar eleitoralmente o evento do Bicentenário da Independência.
Ele está inelegível pelo menos até 2030 e ainda é alvo de outras investigações. Caso condenado pelos crimes da trama golpista, por exemplo, poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
STF vê volta de Trump sem efeito para Bolsonaro em processos, mas embate maior no Congresso
Apesar disso, magistrados dizem avaliar que pode crescer a pressão política para que o ex-presidente tenha a inelegibilidade revertida via perdão dado pelo Congresso Nacional.
Antes mesmo da vitória de Trump, bolsonaristas e o próprio Bolsonaro já vinham se articulando para incluir o perdão no projeto que tramita na Câmara e que, por ora, só trata da anistia aos que participaram dos ataques na praça dos Três Poderes.
Após o resultado anunciado nesta quarta-feira, interlocutores do ex-presidente disseram que o STF não conseguirá resistir ao “vento contra” que surgirá a partir do êxito do candidato republicano.
A avaliação de que a situação jurídica de Bolsonaro pode mudar diante da vitória de Trump é compartilhada por integrantes da defesa do ex-presidente —especialmente com uma eventual anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Poderes.
Na semana passada, o próprio Bolsonaro foi ao Congresso negociar tanto a anistia aos que participaram dos atos de 8 de janeiro como a ele próprio.
“Foi um julgamento político [a inelegibilidade] e estamos buscando maneiras de desfazer isso aí. A prioridade nossa é o pessoal que está preso, eu sou o segundo plano”, afirmou o ex-presidente após reunião em que o seu partido, o PL, selou o apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidência do Senado.
Na leitura de ministros do Supremo e de tribunais superiores, se aprovada no Congresso, a anistia pode levar a um novo embate institucional, já que a cúpula do Judiciário é contra o perdão aos invasores que destruíram as sedes dos três Poderes.
A Folha conversou com seis ministros e auxiliares do Supremo nesta quarta. A avaliação majoritária é que o novo governo Trump terá outras preocupações, como o avanço da China, a política de imigrantes e as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.
Acreditar que a eleição do republicano pode impactar a situação criminal ou eleitoral de Bolsonaro, avaliam estes ministros, é um erro de avaliação sobre as prioridades de Trump e a capacidade do Brasil de solucionar seus dilemas internos.
Não se descarta, porém, que um eventual apoio da Casa Branca aos ataques de Elon Musk contra o ministro Alexandre de Moraes possa causar desassossegos. O bilionário, dono da rede social X (antigo Twitter), deve assumir um cargo no governo Trump em 2025 —o presidente eleito já prometeu a ele o posto de chefe de um novo Departamento de Eficiência Governamental.
A expectativa atual no Supremo é que a Polícia Federal apresente até o fim do ano o relatório final da investigação sobre a trama golpista envolvendo Bolsonaro e aliados para reverter o resultado da eleição de 2022. A eventual denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) deve ficar para o primeiro semestre de 2025.
Ministros do Supremo afirmam, reservadamente, que preferem encerrar os casos antes das eleições de 2026, para não haver pendências antes do pleito. Os julgamentos também poderiam cessar a apreensão do mundo político sobre o destino de Bolsonaro, abreviando o protagonismo do tribunal nas investigações.
Bolsonaro está inelegível devido a duas decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) expedidas em 2023. Com isso, por ora não poderá figurar nas urnas eletrônicas pelo menos até 2030.
Ele foi condenado no ano passado por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação sob acusação de difundir mentiras sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores e utilizar eleitoralmente o evento de comemoração do Bicentenário da Independência.
Além disso, o ex-presidente está no centro de outras investigações, entre elas a que apura as tratativas em torno de um golpe de Estado que visava impedir a posse de Lula (PT) em 2023.
Uma eventual anistia a Bolsonaro e aos golpistas que depredaram as sedes dos Poderes pode ser analisada pelo STF caso o tribunal seja provocado a se manifestar. O projeto de lei que perdoa os invasores ainda será analisado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), promete encerrar a análise da proposta de anistia sobre o 8/1 ainda em sua gestão. Isso significa que o deputado quer uma solução para o imbróglio ainda este ano, já que ele não deve comandar mais a Casa após o recesso parlamentar entre dezembro e janeiro.
Mesmo com o impacto político gerado pela eleição de Trump à Presidência do EUA, os ministros do STF fizeram piada nesta quarta antes da sessão no plenário, como mostrou a colunista Mônica Bergamo.
A brincadeira era adivinhar qual dos ministros seria o primeiro a ter o visto para entrada nos Estados Unidos negado por Trump. Em setembro, um grupo de deputados e senadores dos EUA encaminhou carta ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, solicitando a revogação de vistos de todos os magistrados do STF.
Eles chamavam o ministro Alexandre de Moraes de “ditador totalitário” e argumentavam que os outros membros do Supremo eram “cúmplices destas práticas antidemocráticas”.
Ala no PT articula candidatura de Jaques Wagner à presidência do partido
O colunista Lauro Jardim, de O Globo, trouxe nesta quarta-feira (06) a informação de que o senador Jaques Wagner estaria sendo cogitado como um nome de “pacificação” no Partido dos Trabalhadores (PT), uma espécie de terceira via na disputa pela presidência da legenda.
Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP), desponta como favorito, pois é o preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A atual presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, trabalha para fazer o também deputado federal José Guimarães seu sucessor.
PC do B confirma desfiliação de ex-deputada Manuela d’Ávila
Candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial de 2018, ela militava na sigla comunista havia 23 anos, desde o movimento estudantil, chegando ao partido pela União da Juventude Socialista (UJS).
“Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PC do B é um ato de liberdade e de convicções”, disse o partido, afirmando ainda estar convicto de que, no PC do B, Manuela “poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do País”.
A ex-deputada havia dito, em entrevista no mês passado, que era uma mulher “sem partido” por “falta de opção”. O PC do B, até o último domingo (3), não confirmava a desfiliação.
Aos 43 anos, Manuela acumula no currículo experiência da política estudantil, como presidente de diretório acadêmico e dirigente da UNE.
Na migração para a política partidária, teve uma ascensão rápida. Foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre em 2004, quando tinha 23 anos. Em 2006, conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados, com mais de 270 mil votos, e reelegeu-se, em 2010, com mais de 482 mil.
Tentou três vezes, sem sucesso, eleger-se prefeita de Porto Alegre, em 2008, 2012 e em 2020. Dois anos depois, em 2022, estreou como consultora em campanhas. Seu primeiro trabalho foi na disputa pelo Governo de Minas Gerais, com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
Com apoio de Lula e dos partidos da esquerda, ele perdeu para Romeu Zema (Novo) no primeiro turno.
Dois anos após a derrota, a empresa de Manuela cobra na Justiça R$ 1,5 milhão do PSD de Belo Horizonte e diz não ter recebido pelo serviço prestado. O litígio foi revelado pelo site O Fator, em setembro.
Gilberto Kassab diz que PSD foi beneficiado porque os eleitores fugiram do radicalismo
Na entrevista, Kassab afirmou que houve “ânimos acirrados” na eleição de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro se enfrentaram. Com aquele “clima de ódio”, pessoas disseram que o centro havia acabado, relembrou Kassab.
“Naquela eleição só tinha Lula e Bolsonaro, o eleitor tinha que fazer uma opção. Como eram duas propostas que representavam extremos, quem não gostava de um só tinha o outro. Parecia que o País estava dividido entre metade Lula e metade Bolsonaro, mas quase 70% não eram nem um, nem outro. Foi a escolha da rejeição, sem tirar o mérito da liderança dos dois, que são grandes líderes políticos do País”, disse Kassab, segundo trecho publicado site da emissora.
Kassab continuou: “Agora, nas eleições municipais, a maior parte das cidades não era esquerda x direita. Sempre tem aquele candidato moderado, preocupado com os problemas locais. Prevaleceram essas vitórias. O PSD, como outros partidos de centro, teve vantagem com esse clima de procura do entendimento, moderação”, afirmou.
O presidente do PSD prosseguiu: “As pessoas fugiram do radicalismo e fomos beneficiados. Mas também precisa ter bons candidatos, bons candidatos novos ou prefeitos que faziam boa gestão e mereciam a reeleição”.
Na ocasião, o dirigente partidário citou como sucessos Rafael Greca (Curitiba), Fuad Noman (Belo Horizonte), Eduardo Braide (São Luís do Maranhão) e Eduardo Paes (Rio de Janeiro). Ele afirmou ainda que, embora Paes queira cumprir seu mandato até 2028, o prefeito do Rio “não vai resistir” e “vai ser convocado” para ser candidato a governador.
Kassab também defendeu a redução de partidos políticos, para não dar espaço a “aventureiros” na política. “Pode dar certo? Pode, mas a chance de dar errado é muito grande. E depois demora quatro anos para consertar. Partido grande não dá espaço a pessoas como essas, por isso precisa reduzir o número de partidos.”
O presidente do PSD disse ainda que as bandeiras do centro são “fáceis” de resumir: “Somos liberais na economia, mas lutamos por investimentos massivos na saúde, na educação, na segurança. Estamos ao lado do governo, qualquer que seja, quando ele defende a redução de gastos. A reforma administrativa, a mais importante desse País, que não é discutida, é nossa bandeira fundamental”.
O ex-prefeito de São Paulo também defendeu “com ênfase” o voto distrital: “O voto distrital é mais importante do que nunca com a aproximação dos influencers na política. Ela é perigosa, não por serem pessoas ‘do mal’, mas por não terem experiência na vida pública”.
Nova geração do PT vê ‘sinal amarelo’ com eleição, pede espaço e quer foco no novo mundo do trabalho
Na segunda-feira, 28, dirigentes como Gleisi Hoffmann e Jilmar Tatto rebateram a portas fechadas uma declaração do ministro das Relações Institucionais do governo federal, Alexandre Padilha, para quem o PT havia amargado a “zona de rebaixamento” na disputa pelas prefeituras. O encontro foi marcado por duras cobranças a respeito da necessidade de um “reposicionamento” do partido após derrotas sofridas nas eleições municipais.
Três dias depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma das estrelas da nova geração do partido, Pedro Rousseff, sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff. Aos 24 anos, ele foi eleito o sexto vereador mais votado (17,6 mil) em Belo Horizonte – cidade que viu surgir dois prodígios do bolsonarismo, Nikolas Ferreira e Bruno Engler –, e se encontra agora num seleto grupo de jovens petistas saídos vitoriosos das urnas.
As novas lideranças do PT veem o pleito como um “sinal amarelo” para 2026, querem mais espaço para acelerar a renovação tímida pela qual a sigla tem passado nas últimas décadas – o partido elegeu seis vereadores com até 30 anos nas capitais brasileiras, menos que os bolsonaristas. E também defendem uma conexão direta com as novas formas de trabalho, precisamente as informais, como motoristas de aplicativo e os empreendedores individuais, os MEIs.
Apesar do objetivo em comum, as novas lideranças têm conclusões diferentes sobre o tratamento que deve ser dado às demandas voltadas às identidades, especialmente de gênero, raça e sexualidade (chamadas de pautas “woke”, no inglês). Pedro diz se tratar de uma pauta importada dos Estados Unidos, e que a esquerda brasileira deveria se dedicar mais aos “empreendedores individuais”.
“Estamos preocupados agora é com 2026. Nosso discurso não tem que mudar à direita, mas ser direcionado às demandas que a população precisa. Falar sobre pautas identitárias, o movimento woke, isso tem que ser remodelado. O PT tem que voltar ao que era antes: falar sobre emprego, renda, transporte, meio ambiente, empreendedorismo social”, diz ele.
O tema tem se tornado uma casca de banana para a esquerda, e usado de munição pela extrema direita. Na campanha à Prefeitura de São Paulo, bolsonaristas miraram a esquerda com deboches e ataques após o hino nacional em linguagem neutra ser tocado durante um comício de Guilherme Boulos (PSOL). O então candidato Pablo Marçal (PRTB) apelidou-o de “Boules”. Já Lucas Pavanatto (PL) elegeu-se o vereador mais votado do Brasil com 26 anos e 161,4 mil votos após uma campanha anti-trans na capital paulista.
Luna Zarattini, vereadora de 30 anos mais votada (101 mil) do PT em São Paulo, e para quem a eleição municipal traz vitórias ao mesmo tempo em que acende um alerta ao seu partido, diz que a esquerda precisa de um projeto para o futuro, o que hoje não consegue apresentar ao eleitorado. Para ela, é possível popularizar o feminismo, a luta antirracista e a pauta LGBT sem abandonar o discurso da renda e do emprego.
A vereadora afirma que o Bolsa Família, por exemplo, lida com a questão de gênero ao obrigar o repasse do auxílio à mulher chefe de família. Isso permite, diz ela, uma autonomia feminina e consequente saída para ciclos de violência. “A gente está falando de minorias políticas que são maiorias (negros e mulheres). Se não estamos ganhando as pessoas que sofrem essas opressões, significa que a gente tem algum tipo de erro de linguagem ou de colocação. Não são temas contraditórios”, declara Luna.
Brisa Bracchi, 26 anos, sétima mais votada para a Câmara Municipal de Natal com 6,8 mil votos, segue a linha da correligionária ao afirmar ser preciso “mostrar como essas pautas não são antagonistas, mas complementares”. Ela diz ter sentido que a demanda dos trabalhadores autônomos marcou presença inédita nas campanhas municipais da esquerda este ano, apesar de já ter dado sinais em 2022.
“Foi percebido por ambos os lados do espectro político que esse novo perfil (de informais) compõe a classe trabalhadora e precisa de uma ação de política pública muito forte, porque tem na sua essência uma relação (trabalhista) frágil com as transnacionais e a ausência de uma política estatal”, diz ela.
Na capital paulista, o apelo de Marçal aos autônomos foi tamanho que, ao ficar fora do segundo turno da eleição, motivou um movimento estratégico de Boulos para atrair o eleitorado órfão do ex-coach. A “carta ao povo de São Paulo” – similar à carta aos evangélicos divulgada por Lula em 2022 – foi lançada pela campanha PSOL-PT na reta final da disputa como uma forma de assumir a falta de diálogo da esquerda com os trabalhadores informais.
Para Maíra Cunha, conhecida do Maíra do MST, eleita vereadora no Rio de Janeiro aos 29 anos (13,7 mil votos), as eleições municipais “escancaram a necessidade do PT de apostar na juventude e na renovação”. Mulher, preta, bissexual e vinda de movimento social, ela é símbolo da renovação numa cidade que seu partido nunca conseguiu governar.
“A direita conseguiu avançar muito com isso, de crescer em cima de um espólio da renovação da antipolítica. E o PT precisa olhar para essa tendência. Mas essa renovação precisa ser combinada com a experiência. Tem que ter muito cuidado de não cair no etarismo”, diz ela.
A demanda de Maíra encontra lastro em seu partido. Nas dez maiores capitais, 5,7% dos 35 vereadores eleitos pelo PT no mês passado têm menos de 30 anos. No Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro, sigla arquirrival, a proporção é de 10,6% entre os 47 vereadores eleitos no mesmo número de cidades.
PT faz conferência sobre desafios diante de nova realidade brasileira
O PT vai realizar em dezembro uma conferência para discutir o futuro da legenda diante das mudanças que ocorreram no país nas últimas décadas.
O evento estava sendo planejado ainda antes do segundo turno das eleições municipais deste ano. O resultado que emergiu das urnas, em que o partido e as legendas aliadas tiveram um resultado aquém do esperado, no entanto, esquentou o debate interno. No próximo ano, o partido escolhe a sua nova direção, o que acirra ainda mais os ânimos.
Há grupos que defendem que a legenda se mova à direita. Mas a resistência é grande, com dirigentes defendendo que o PT mantenha posições históricas para não perder a sua identidade.
“A Nova Realidade Brasileira e os Desafios do PT”, marcada para o início de dezembro, terá mesas de debates para as quais o partido pretende convidar nomes como José Luís Fiori, Sebastião Velasco, Marcio Pochmann, André Singer, Margarida Salomão, Renato Meireles e Renato Janine Ribeiro.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirma que é preciso discutir os rumos da legenda “diante de um mundo novo do trabalho, de diferentes formas de comunicação. Mas sem deixar para trás os valores e programas que nos trouxeram até aqui”.
Briga no PL da Bahia: Capitão Alden, Diego Castro e Raíssa Soares reagem após ataques de Eduardo Bolsonaro
A exposição pública do racha teve início com uma publicação no X do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), na qual acusou Diego e Raissa de financiarem a rádio conservadora Brado, de Salvador, que tem feito críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (clique aqui para ler).
O parlamentar paulista atacou a comentarista Vanessa Moreira, autora das críticas mais duras e que tem uma empresa de comunicação contratada pelo deputado estadual e pela médica. Ela também é mãe de Alexandre Moreira, assessor de Diego e candidato derrotado a vereador de Salvador este ano apoiado também por Raissa e Alden.
Esta semana, Eduardo Bolsonaro partiu para cima de Capitão Alden, ao comentar uma publicação do parlamentar baiano contendo uma foto com o ex-presidente (clique aqui para ler). “Se a intenção foi me ‘bypassar’ e dizer que não há problema com ele (Bolsonaro) – mas apenas comigo –, lamento informar: no PSL, outros adotaram esta mesma estratégia e não deu certo. Esta conduta mostra que você não aprendeu nada”, escreveu o deputado por São Paulo, que insiste em associar a ala contrária a Roma no PL baiano ao comportamento da Brado.
Em vídeo no Instagram, Alden admitiu que apoiou a candidatura do filho da apresentadora da Brado, articulando, inclusive, o envio de R$250 mil do fundo eleitoral do partido para a campanha de Alexandre Moreira, que recebeu, no total, R$500 mil do PL. Apesar disso, ele negou qualquer relação com a Brado. O deputado afirmou que já deu várias entrevistas e foi comentarista da rádio, mas que se distanciou por não concordar com as críticas ao ex-presidente da República. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, ressaltou Alden sobre os comentários de Vanessa e o apoio a Alexandre.
Diego Castro, aliado de Alden, foi na mesma linha. “Querem assassinar minha reputação passando informações mentirosas sobre mim para a família Bolsonaro. Chega a ser loucura e inacreditável. Sempre fui leal ao nosso presidente, bem antes de ser deputado”. Ele culpou “setores da direita” pelo movimento. Diego reforçou, ainda, que “repudia” as críticas da mãe do assessor dele contra o ex-presidente, embora tenha admitido que contrata os serviços da empresa de Vanessa, “que tem 20 anos no mercado”. Tanto ele quanto Alden desmentiram “boatos” de que asseguraram R$2 milhões para a Brado.
Nesta sexta-feira (01), em entrevista a Brado, Raissa Soares também afirmou que é alvo de uma campanha “difamatória” e “mentirosa”. Ele sinalizou que Eduardo Bolsonaro não teria escrito a publicação no X, e reafirmou a lealdade a Jair Bolsonaro. Frisou também que não financiou ou financia a rádio.
Como mostrou o site, as críticas de Eduardo Bolsonaro foram referendadas pelo deputado estadual Leandro de Jesus (PL), principal aliado de João Roma na ala bolsonarista do PL baiano (clique aqui para ler).
Vale lembrar que a briga na sigla envolve ainda outros atores, a exemplo da ex-presidente do PL Mulher Kátia Bacelar, que já fez criticas abertas e duras a Roma (clique aqui para ler), e a corrente da legenda que apoia o PT. No centro dos ataques à cúpula partidária está a insatisfação com o desempenho eleitoral da sigla no pleito deste ano.
Eleição de Caetano fortalece nome de Rui ao Senado contra Coronel em 2026, por Raul Monteiro*
Assim, o primeiro ficou associado a uma grande derrota, ao passo que os dois outros à batalha que levou à vitória. A celebração é mais do que justa para o governador e o ministro. Afinal, os dois arregaçaram as mangas para garantir a eleição de um candidato que passou ao segundo turno numa disputa apertadíssima com o adversário e só levou a melhor na segunda rodada eleitoral porque Jerônimo e Rui assumiram a responsabilidade de lhe assegurarem o mandato. Foram eles que estiveram à frente do trabalho de mobilização que incluiu a presença na cidade de todo o secretariado estadual, das polícias e de mais quem pudesse ajudar antes e no decisivo dia da eleição.
Por este motivo, mais do que a Wagner, é aos dois que Caetano deve gratidão. Com certeza, ainda mais do que Jerônimo e Rui, o prefeito eleito sabe o quanto sua vitória foi suada e ele precisou de apoio. E que, se não fosse a disposição de ambos em ajudá-lo, não estaria agora envolvido com a preocupação de montar o futuro secretariado, o qual necessariamente passará por entendimentos com Rui, Jerônimo e Wagner, nesta ordem. Se foi o governador que consentiu com a operação ou o cerco que as forças políticas, administrativas e policiais fizeram a Camaçari em favor de Caetano, Rui assumiu a liderança do processo, tal qual fez na campanha do sucessor.
Mas eles não deixarão Caetano livre. O prefeito eleito terá que escolher a equipe do primeiro escalão atendendo a indicações de ambos e também de Wagner, sob o argumento muito inteligente dos três de que querem ajudá-lo a fazer uma grande gestão na cidade. Além de lhes assegurar posições na administração, Caetano tem ainda outros compromissos a cumprir com Jerônimo e Rui em 2026, ano da sucessão estadual. Em relação ao governador, vai fazer o que for possível e necessário para assegurar sua reeleição, já que este também foi o objetivo da reconquista de Camaçari das mãos do União Brasil, que a controlou nos últimos oito anos.
No caso de Rui, a missão será mais espinhosa, já que envolve o propósito de fazê-lo candidato ao Senado ao lado de Wagner na chapa com que Jerônimo vai concorrer de novo ao governo. No grupo governista, Rui enfrenta a dificuldade de impor seu nome à disputa porque pertence ao PT, partido que, com ele, estaria indicando três dos quatro lugares na chapa, e tem um concorrente de peso, o senador Angelo Coronel (PSD), cujo mandato expira junto com o de Wagner e, como o petista, não abre mão de renová-lo. A tarefa de Caetano em 2026 será a de ajudar a sustentar o nome de Rui na corrida ao Senado, movendo para isso céus e terra, como dizem que sabe fazer como ninguém quando está no poder.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
‘Quem sabe no futuro possamos caminhar juntos’, diz Bruno Reis sobre ter Angelo Coronel como aliado em 2026
“Tenho uma amizade histórica com Coronel, principalmente nos tempos em que éramos deputados (estaduais). Fui um dos principais articuladores para que ele assumisse a presidência da Assembleia Legislativa naquele momento, o que acabou levando ele ao Senado. Sei que as portas estão abertas para ambos os lados, para que possamos dialogar. Já caminhamos juntos no passado. Quem sabe no futuro possamos caminhar juntos também”, disse o prefeito em coletiva de imprensa.
Bruno Reis revelou ainda que vai se reunir com Coronel na semana que vem, em Brasília, para tratar da destinação de recursos federais para Salvador. O senador é o relator do Orçamento Geral da União (OGU) para 2024.
Disputa acirrada
Recentemente, Bruno Reis e Angelo Coronel estiveram juntos no casamento de um amigo em comum, quando conversaram bastante, o que motivou especulações. Coronel busca viabilizar, na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), a candidatura à reeleição em 2026.
São duas vagas ao Senado no próximo pleito, sendo uma delas já assegurada ao senador Jaques Wagner (PT), que vai tentar renovar o mandato. A outra é disputada por Coronel e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), concorrente de peso.
Aliados de Coronel manifestam diariamente que o senador será candidato mesmo sem o apoio de Jerônimo e dos outros partidos da base, de forma avulsa, se tiver o aval do senador Otto Alencar, presidente do PSD baiano, ou mesmo no campo da oposição. Para muitos, no entanto, isso não passa de blefe. Outros vislumbram o futuro de Coronel como vice na chapa à reeleição de Jerônimo.
Ciro Nogueira critica Tarcísio e diz que candidato em 2026 depende de Bolsonaro
© Marcelo Camargo/Agência Brasil |
"Os melhores presidentes não passaram em concurso: Getúlio, Bolsonaro, Juscelino. São pessoas que têm uma visão de país. Os governadores de São Paulo pensam, às vezes, que São Paulo é um país e que ele está acima do Brasil, e isso não pode acontecer com o Tarcísio. Ele está deixando a desejar muito na articulação política. Tem muita insatisfação no nosso partido, no União Brasil, no partido dele, no PL. Hoje só tem um partido que está feliz, com o qual não sei se ele vai contar (em 2026) porque é um partido mais governista, o PSD", afirmou.
Segundo Ciro Nogueira, Tarcísio é o melhor candidato segundo pesquisas internas, mas a eventual candidatura do governador dependeria de sua articulação e do apoio direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "A força eleitoral dele é muito grande e quem vai decidir quem é o candidato da direita vai ser ele."
O senador disse que testou diversos nomes em pesquisas e, segundo ele, todos passam de 1% para 30% quando o apoio de Bolsonaro é colocado em jogo. Além do próprio nome, Ciro Nogueira afirmou que as medições incluíram a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).
Sobre Bolsonaro, presidente do PP prometeu que vai atuar para o ex-presidente conseguir disputar a eleição em 2026. Por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o político do PL está inelegível até 2030.
O parlamentar também afirmou na entrevista que vai trabalhar para que o deputado Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara, seja eleito ao Senado. "Vou trabalhar pela eleição dele para o Senado para que ele seja o primeiro homem da história a ter presidido as duas Casas", disse sobre o correligionário.
Hugo Motta cita ‘injustiças’ em condenações do 8/1 e se compromete a discutir anistia
Mais cedo nesta terça, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirou o projeto da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa e criou a comissão especial para discutir a proposta. Na prática, com a decisão, o processo de discussão do projeto começará praticamente do zero.
Motta se disse favorável à iniciativa. “Não estamos assumindo compromisso contrário ao PL da Anistia. Estamos dizendo que é um tema que será debatido e discutido”, afirmou.
Ele também se referiu aos ataques golpistas como um “triste episódio”, mas deu uma indireta ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, ao citar “injustiças” cometidas eventualmente com penas elevadas.
“Essa comissão terá capacidade de, com muita responsabilidade, discutir o tema que é tão importante não do ponto de vista político, mas também do ponto de vista da relação com o Poder Judiciário. Nós tivemos um episódio triste, que foi o 8 de janeiro, mas também não podemos permitir que injustiças sejam cometidas com pessoas que têm aí levado condenações acima daquilo que seria o justo para com a participação ou não dessas pessoas no ato”, afirmou.
Em seguida, disse que o Brasil precisa, de uma vez por todas, “passar esse assunto a limpo e não permitir que isso aconteça novamente”. “Foi um triste episódio de agressão às instituições democráticas do país.”
A discussão do projeto de lei da anistia vinha sido lembrada nas negociações para a sucessão de Lira. Isso porque o PL, partido de Jair Bolsonaro, quer a aprovação da proposta, enquanto o PT do presidente Lula é contra.
O presidente da Câmara vinha afirmando nos bastidores e a aliados que resolveria o imbróglio acerca da proposta ainda neste ano, para evitar que isso interferisse nessas negociações. Já que Lira quer o apoio do PT e do PL em torno do nome de Motta.
O Republicanos se reuniu na sede da legenda em Brasília para lançar o nome do deputado na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. Mais cedo nesta terça, o próprio Lira oficializou apoio ao nome de Motta na eleição da Mesa Diretora.
Motta foi alçado à disputa após uma reviravolta, com a desistência do presidente de seu partido, Marcos Pereira (Republicanos-SP). Antes de seu pronunciamento, integrantes da sigla se reuniram para tratar da candidatura do parlamentar.
Motta estava acompanhado de Pereira e de parlamentares da bancada durante seu pronunciamento.
No início de sua fala, Motta agradeceu publicamente Marcos Pereira por ter alçado o nome dele na disputa, citando “grandeza” do correligionário e afirmando que ele é o “principal fiador dessa construção”.
Pereira disse que a bancada do partido na Câmara tem a certeza de que Motta “reúne todas as condições para conduzir a presidência da Câmara em defesa da atuação parlamentar e no diálogo harmônico e permanente com os demais Poderes”.
Hoje, também são candidatos os líderes Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD). Antes, Elmar era considerado o favorito para ter a chancela de Lira, já que os dois mantinham relação estreita de amizade.
Com as mudanças, Elmar rompeu com Lira e se aliou a Brito, considerado o nome mais governista entre os três. A ideia deles é fazer um bloco aliado ao Executivo, sem a participação do PL de Jair Bolsonaro, para garantir governabilidade nos últimos dois anos do mandato do petista.
Desde os começos das negociações, Lira tem afirmado que pretendia ter um candidato que representasse a convergência, com apoio do PT de Lula e do PL de Jair Bolsonaro. Até o momento, no entanto, nenhum dos dois partidos se posicionou publicamente sobre qual candidato irá apoiar na disputa.
Em seu pronunciamento mais cedo, Lira deu um recado aos partidos, citando “acordos que foram firmados” previamente —nos bastidores, o parlamentar diz que há acordos com PT e PL de apoiarem o seu candidato. “Com esse meu gesto, espero dar início à concretização de conversas que foram feitas e acordos que foram firmados com diversas legendas partidárias em torno desse mesmo projeto de convergência”, disse.
Ele também afirmou que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências é Motta, “nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”.
O PP também deverá anunciar apoio a Motta nesta terça. Deputados do PT afirmam à reportagem que o partido não deverá se posicionar nesta semana, porque ainda há uma ala que defende que este não é o momento certo para isso. Apesar disso, reconhecem que a tendência é o partido caminhar com Hugo Motta, para evitar disputa na base de apoio de Lula no Congresso.
A bancada do PT se reúne nesta terça com Elmar e Brito, separadamente, a exemplo de como fizeram com Motta no último dia 17.
Lira cria comissão para analisar PL da Anistia
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil |
Com a criação da comissão, a tramitação do projeto pode se arrastar por até 40 sessões do plenário da Casa, atrasando uma possível aprovação da medida.
O presidente afirmou que a comissão seguirá rigorosamente os ritos e
prazos regimentais. “Sempre com a responsabilidade e o respeito que são
próprios deste Parlamento. E também nessa temática, é preciso buscar a
formação de eventual convergência.”
“O tema deve ser devidamente debatido pela Casa.
Mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em indevido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a Mesa Diretora da Câmara”, disse Lira.
Com a decisão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara cancelou a sessão prevista para votar o projeto na tarde de hoje.
Tentativa de golpe
No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, pedindo a adoção de um golpe militar no Brasil. Grupos inconformados com a vitória na eleição presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva vinham, desde o dia 30 de outubro de 2022, acampando em frente aos quartéis pedindo às Forças Armadas que impedissem a posse do novo presidente eleito.
Pessoas envolvidas nos protestos, no financiamento ou na organização dos atos vêm sendo condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por, entre outros delitos, o de tentativa de golpe de Estado.
O parecer de Valadares argumenta que as condenações são injustas, não houve tentativa de golpe no dia 8 de janeiro “devido à falta de liderança e a ausência de apoio militar” e que aquelas pessoas “não souberam naquele momento expressar seu anseio”.
Se aprovada, a lei pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é investigado nos inquéritos que apuram o 8 de janeiro.
Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, anistiar crimes contra a democracia é inconstitucional. “Essas pessoas estão sendo processadas e julgadas no STF. Se o Congresso resolver dar anistia a essas pessoas, ele está claramente fazendo uma invasão de uma competência que é do Supremo”, afirmou a jurista Tânia Maria de Oliveira, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
No Brasil, é crime tentar depor, por meio da violência ou de grave ameaça, o governo legitimamente constituído ou impedir e restringir o exercício dos poderes constitucionais, conforme define a Lei 14.197/2021.
Essa legislação também considera crime incitar, publicamente, a animosidade entre as Forças Armadas e os demais poderes constitucionais. As penas variam e podem chegar a 12 anos de prisão.
Lira oficializa apoio a Hugo Motta para eleição à presidência da Câmara
“Depois de muito conversar e sobretudo de ouvir, estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”, disse Lira.
O gesto ocorre mais de um mês após Lira afirmar a aliados que o líder do Republicanos seria o seu candidato na eleição da Mesa Diretora e dois meses depois do prazo inicial que ele havia estabelecido inicialmente.
Lira tem afirmado desde o início das negociações que trabalha para uma candidatura de consenso na Casa, com apoios do PL de Jair Bolsonaro e do PT de Lula —as duas maiores bancadas da Câmara. Até o momento, no entanto, esses dois partidos não se pronunciaram oficialmente sobre qual candidato deverão apoiar na eleição da Mesa Diretora.
Lira leu seu discurso ao lado de Motta, do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e de líderes partidários, como Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) e Doutor Luizinho (PP-RJ), e de parlamentares de partidos como PT, PL, Republicanos, PP, MDB. Os líderes do PT, Odair Cunha (MG), e do PL, Altineu Côrtes (RJ), não estavam no pronunciamento.
O deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA), um dos vice-líderes do governo na Câmara, participou do anúncio. Apesar disso, no entanto, o PT ainda não oficializou quem irá apoiar na disputa.
Há uma ala da bancada que defende adiar esse anúncio, porque entende que ainda não é o momento para fazer isso. Os deputados do partido devem se reunir ainda nesta terça com Elmar e Brito, separadamente, a exemplo de como fizeram com Motta. A bancada do PL, por sua vez, se reunirá na manhã desta quarta (30).
“Estou certo de que Hugo Motta, deputado experiente, em seu quarto mandato, e que viveu e vive de perto os desafios que perpassam a nossa gestão, vai saber manter a marcha da Câmara dos Deputados, seguindo esta mesma receita que tantos bons frutos deu ao Brasil: respeito ao Plenário, cumprimento da palavra empenhada e busca incessante por convergência”, seguiu o presidente da Câmara.
“Com esse meu gesto, espero dar início à concretização de conversas que foram feitas e acordos que foram firmados com diversas legendas partidárias, em torno desse mesmo projeto de convergência”, disse Lira.
Além de Hugo Motta, são candidatos os líderes Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Motta foi alçado à disputa após uma reviravolta, com a desistência do presidente de seu partido, Marcos Pereira (Republicanos-SP).
O presidente da Câmara citou nominalmente Elmar e Brito em seu discurso. Ele disse que “jamais” caberia a ele “cercear as legítimas pretensões de quem quer que seja ou obstar o projeto político de um outro parlamentar”. “Elmar Nascimento e Antonio Britto, mais do que colegas de Parlamento, são verdadeiros amigos de vida.”
Antes, Elmar era considerado o favorito para ter a chancela de Lira, já que os dois mantinham relação estreita de amizade. Com as mudanças, Elmar rompeu com Lira e se aliou a Brito, considerado o nome mais governista entre os três. A ideia deles é fazer um bloco aliado ao Executivo, sem a participação do PL de Jair Bolsonaro, para garantir governabilidade nos últimos dois anos do mandato do petista.
Ainda nesta terça, o Republicanos e o PP anunciarão apoio à candidatura de Motta.
Reunião do PT teve aplausos a tuíte de Gleisi contra Padilha
Quando Gleisi anunciou, ao final do encontro, que havia tuitado em resposta aos comentários “desrespeitosos” de Padilha, a maioria dos presentes a aplaudiu. O ministro havia dito mais cedo que o PT ainda estava na “zona de rebaixamento”, ao comentar o desempenho nas eleições municipais.
O gesto é representativo do isolamento interno do ministro no momento. A avaliação é que a articulação política do governo Lula privilegia partidos do centrão em detrimento do PT, o que resultou em vitórias dos aliados nas eleições municipais.
Uma reclamação externada foi de que ministros do centrão se mobilizaram muito mais na campanha do que os do PT, o que contribuiu para o resultado.
Também houve críticas à comunicação do governo Lula, sob responsabilidade de Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).
Leia mais: Gleisi diz que Padilha ofende o PT e que trabalho do ministro ajudou em resultado fraco nas urnas
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Gleisi diz que Padilha ofende PT e que partido paga preço de governo de ampla coalizão
Em postagem no X (antigo Twitter), ela afirmou que o ministro ofendeu o PT ao fazer “graça” sobre o assunto, além de diminuir o esforço nacional da legenda. Também responsabilizou Padilha pelos resultados obtidos.
“Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita”, escreveu
“Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças. Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam”, completou.
Republicanos oficializa candidatura de Hugo Motta para sucessão de Lira na Câmara
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Arquivo |
Hugo Motta é líder da sigla na Câmara e indicado de Arthur Lira (PP-AL) para a sucessão. Em comunicado oficial publicado nesta segunda (28), o Republicanos informou que a reunião será feita na sede nacional do partido em Brasília, às 11h30.
A votação para o sucessor está marcada para o dia 1° de fevereiro de 2025. Outros deputados, como Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), também estão no páreo.
No domingo (27) do segundo turno das eleições municipais, Motta afirmou que ainda acredita em possibilidade de candidatura de consenso à presidência da Câmara.
O líder já se reuniu com membros da executiva da bancada do PT no dia 16 de outubro e prometeu aos deputados que manteria diálogo permanente com o governo Lula (PT) caso eleito presidente da Câmara em 2025.