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Homens são presos pela Polícia Militar após roubar celulares de adolescentes em Ibirataia

Foto: Divulgaão/Polícia Militar
Por volta das 21h, desse domingo (17/11), a guarnição da 55ª CIPM/3º Pelotão-Ibirataia recebeu uma ligação de uma pessoa, com sinais de aflição e nervosismo que informou que quatro indivíduos a bordo de um veículo Fiat Palio, cor prata, haviam cometido um roubo de dois aparelhos celulares a duas adolescentes, no Bairro Massaranduba, em Ibirataia.

A guarnição da PM seguiu ao local e pediu apoio à Central de Operações em Ipiaú, que deslocou a guarnição do 1° Pelotão para dar apoio no cerco ao veículo, pela BA 650, sentido a cidade de Ipiaú. 

Com o apoio, foi possível interceptar o veículo suspeito. Três indivíduos ocupantes do veículo foram abordados e posteriormente identificados. Sendo que dois deles com antecedentes criminais, considerados perigosos. 

Os aparelhos roubados foram localizados debaixo do banco dianteiro do veículo, onde também encontramos uma arma branca. 

Os envolvidos e os materiais apreendidos e recuperados foram apresentados na Delegacia de Ibirataia.

Autores: Luis Paulo Pereira da Silva, Lucas dos Santos e Hugo José Andrade Alves

Material Apreendido/Recuperados: Um smartphone LG, Um smartphone Samsung J7 Prime, Um smartphone Quantun Youl, Veículo Fiat Palio Fire, Placa JRP-8671,Sessenta e nove reais

Fonte: Ascom/55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas

Polícia Militar apreende veículo e prende casa condutor por pertubação do sossego e desacato em Ibirataia

Foto: Divulgação/Policia Militar
Por volta dás 19h, desse domingo (17/11) a guarnição da 55ª CIPM/Ibirataia recebeu seguidas ligações, com queixas de um veículo com som alto, incomodando as pessoas, e que no local já teria ocorrido diversas brigas. 

A guarnição foi ao local, aonde constatou o fato, diante de um tumulto que foi, imediatamente contido. Momento que o condutor do veículo flagrado no local com o som em alto volume, aproveitou da circunstância e evadiu. 

A guarnição conseguiu alcançar o veículo, e ao proceder com a abordagem houve resistência por parte do infrator. 

Ao ser contido, a companheira do infrator, forma irresponsável, pois estava com duas crianças menores de cinco anos de idade, tentou agredir a guarnição, tendo também que ser contida e algemada.

A resistente, além de estar submetendo as crianças a um ambiente inapropriado, ainda as usou como escudo para dificultar a ação dos policiais militares.

Após a contenção, a guarnição acionou um preposto do Conselho Tutelar, e conduziu todos os envolvidos à Delegacia de Ibirataia, junto com o veículo apreendido.

Autores:Reginaldo Batista de Jesus e Rosangela de Souza Reis

Material Apreendido: Um malote de madeira, contendo 2 altos falantes de 12 polegadas/pioneer, Um malote de madeira, contendo duas cornetas e dois tweeter, sem marca visível, Um smartphone, Samsung J7 Prime, Um smartphone Quantun Youl, Veículo Fiat Palio Fire, Placa JRP-8671,Sessenta e nove reais

Fonte: Ascom/55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas

Prefeitura de Ipiaú amplia fiscalização nos estabelecimentos comerciais e bancários da cidade


Com o objetivo de ampliar a fiscalização quanto às situações sanitárias e tributárias dos estabelecimentos comerciais, assim como o cumprimento da legislação do município por parte dos estabelecimentos bancários de Ipiaú , os Departamentos de Vigilância Sanitária (Secretaria de Saúde) e de Tributos (Secretaria da Fazenda) do município, formalizaram um acordo de cooperação mútua que já se encontra em plena atividade. 

A primeira etapa da ação foi iniciada recentemente. Durante dois dias, os fiscais vistoriaram estabelecimentos comerciais. Já a segunda etapa será voltada aos bancos, visando cumprimento da Lei Municipal nº 1.823/2005, conhecida como Lei da Fila de Banco. As instituições bancárias que estiverem em descumprimento com as determinações legais, serão advertidas e posteriormente, em caso de reincidência, serão punidas com uma multa fiscal de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) UFIRs. (José Américo Castro/Dircom Prefeitura)

Veneza tem novo dia de maré alta e atrações fechadas ao público

Prefeito estima em 1 bilhão de euros os prejuízos com as inundações.
Praça de São Marcos tomada pela água neste domingo (17) — Foto: Alberto Lingria/Reuters
Veneza teve mais um dia de maré alta neste domingo (17). As lojas e os museus da cidade ficaram fechados na região da Praça de São Marcos, área mais atingida, mas alguns turistas com botas de borracha altas não deixaram de visitar o local.


Muitos donos de lojas em torno da Praça de São Marcos esvaziaram seus estabelecimentos, enquanto outros aumentaram os produtos o mais alto possível e colocaram sistemas de bombeamento automático para manter a água sob controle.


As portas da famosa Basílica de São Marcos também foram fechadas como medida de segurança, enquanto as autoridades tomaram precauções como empilhar sacos de areia nas janelas ao lado do canal para impedir que a água entrasse novamente na cripta da igreja.



O Departamento de Marés de Veneza informou que a maré atingiu o pico de 1,5 metro, menor que o previsto, de 1,6 m, graças a condições meteorológicas que impediram a chegada de ventos do sul do mar Adriático.


Na terça-feira, Veneza sofreu as piores inundações em 53 anos, quando o nível da água chegou a 1,87 metro - a maré submergiu 80% da Veneza histórica, provocou a morte de uma pessoa de 70 anos e o afundamento de gôndolas e 'vaporetti', os barcos de transporte público. O pico recorde foi registrado em 4 de novembro de 1966, quando a maré chegou a 1,94 m.
Interior de igreja inundado na cidade de Veneza neste domingo (17) — Foto: Manuel Silvestri/Reuters

Veneza recebe a cada ano 36 milhões de turistas, 90% deles estrangeiros. Os hotéis da cidade começaram a registrar cancelamentos nas reservas para as festas de fim de ano.

A prefeitura de Veneza anunciou a abertura de uma conta bancária para doações, na Itália ou no exterior, que ajudarão nos trabalhos de reconstrução.

"Veneza, lugar único, é patrimônio do todo o mundo. Graças a sua ajuda, a cidade brilhará de novo", afirmou o prefeito Luigi Brugnaro em um comunicado. Ele estimou em 1 bilhão de euros os prejuízos com as inundações.

Na quinta-feira, o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte aprovou o estado de emergência em Veneza e anunciou a liberação de 20 milhões euros para as obras mais urgentes.

O ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, afirmou que as obras de reconstrução serão consideráveis. Ele disse que mais 50 igrejas foram danificadas.

Aquecimento global e cruzeiros

Para o ministro do Meio Ambiente, Sergio Costa, a fragilidade de Veneza aumentou em consequência do que ele chamou de "tropicalização" do clima, com chuvas intensas e rajadas de vento, vinculadas ao aquecimento global.

Os ecologistas também atribuem responsabilidade à expansão do grande porto industrial de Marghera, perto de Veneza, e às viagens de cruzeiros gigantes.

Muitos visitantes parecem não perceber o risco de afundamento na cidade, construída sobre 118 ilhas e ilhotas majoritariamente artificiais e sobre pilares. Em um século, a cidade afundou 30 cm no mar Adriático.

Diversas autoridades pediram a conclusão o mais rápido possível do projeto de comportas Mose. Esse plano de engenharia, apresentado em 2003 mas adiado por escândalos de corrupção, consiste em 78 barragens que sobem e bloqueiam o acesso à lagoa em caso de maré alta de até três metros de altura. O primeiro-ministro Conte afirmou que o projeto está pronto "em 93% e será concluído na primavera de 2021"

É tetra! Estrela de Lázaro brilha novamente, Brasil vira sobre o México e é campeão do Mundial Sub-17

Seleção brasileira erra muitas chances, sai perdendo por 1 a 0, mas Kaio Jorge, de pênalti, e atacante do Flamengo garantem título para o time brasileiro

BRASIL É TETRA SUB-17

A virada épica contra a França na semifinal preparou a torcida. Mas a seleção brasileira sub-17 gosta de emoção. Empurrado pelo “Eu acredito!” nas arquibancadas, o Brasil reagiu após sair perdendo, venceu o México de virada por 2 a 1 e conquistou seu quarto título do Mundial Sub-17. A estrela novamente ficou com Lázaro, atacante do Flamengo, que entrou no segundo tempo para fazer o segundo gol brasileiro. A seleção ainda exorciza a freguesia que mantinha para os mexicanos na competição.
Melhores momentos de Brasil 2 x 1 México pela Copa do Mundo sub-17
PRIMEIRO TEMPO: FALTOU PONTARIA

O Brasil foi para o intervalo com 13 finalizações e quatro chutes ao gol. E muita frustração. A equipe brasileira criou muito. Apenas Veron desperdiçou três boas oportunidades. Peglow acertou a trave. Patryck obrigou García a fazer uma boa defesa com chute de fora da área. Mas faltou pontaria. E diante do volume de jogo com o placar zerado, bateu nervosismo em um momento. O México foi mais cadenciado, mas assustou na bola aérea. No entanto, não conseguiu marcar.

SEGUNDO TEMPO: "EU ACREDITO"

Os primeiros minutos foram no mesmo tom da etapa inicial. Kaio Jorge desperdiçou uma chance, Patryck parou em Garcia novamente, Peglow errou por um triz. O Brasil não vencia o gol mexicano. Até ser vencido. Após boa jogada de Pizzuto, o camisa 6 cruzou da esquerda, e González venceu a zaga brasileira para, de cabeça, abrir o placar. Dalla Déa se lançou ao ataque. Colocou Matheus Araújo e Lázaro. Mas foi com a ajuda do VAR que a equipe reagiu. Com ajuda do vídeo, o árbitro marcou pênalti após revisão, e Kaio Jorge converteu. Aos 47, Yan fez cruzamento primoroso para Lázaro estufar as redes e garantir o título brasileiro.

É TETRA!

O Brasil chega ao seu quarto título do Mundial Sub-17. Conquistou a competição também em 1997, 1999 e 2003. Os mexicanos seguem com duas taças. Agora, a seleção brasileira encosta na Nigéria, que é o maior vencedor da Copa do Mundo para menores de 17 anos, com cinco taças.
Lazaro gol Brasil seleção brasileira sub-17 México (Foto: Alexandre Loureiro/ CBF)
QUE ESTRELA!
Diante da dificuldade para marcar, a torcida não hesitou em gritar por Lázaro no começo da segunda etapa. E ele entrou aos 25 minutos, pouco depois do gol mexicano. Primeiro, ele quase marcou em um lance parecido com o gol diante da França, em finalização da ponta esquerda. Mas foi aos 47 minutos, após lindo cruzamento de Yan, que fez o gol do título. O atacante entrou na segunda etapa da semifinal contra a França e da decisão contra o México para marcar os dois gols das viradas que garantiram o tetra brasileiro.
XÔ, FREGUESIA!


O Brasil exorcizou a freguesia que mantinha para o México completou no Mundial Sub-17. Agora são cinco confrontos pelo torneio, com duas vitórias brasileiras (em 1985 e em 2019), e duas derrotas, uma delas na final de 2005, e um empate seguido de eliminação nos pênaltis, nas quartas de final de 2013.
Por: G1.globoesporte

Violência na América Latina

Agricultores de coca e apoiadores do presidente deposto da Bolívia, Evo Morales, lamentam morte de manifestante — Foto: Reuters/Marco Bello
Os protestos que tomam as ruas da Bolívia há quase um mês deixaram ao menos 23 mortos e 715 pessoas feridas, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Apenas na sexta-feira, a CIDH registrou nove mortes após um confronto entre apoiadores de Evo Morales e as forças policiais.

A comissão também denunciou como "grave" um decreto do governo interino de Jeanine Áñez que isenta as forças militares de responsabilidade criminal.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales disse à agência de notícias EFE que teme que possa acontecer uma guerra civil no país e pediu que seus compatriotas terminem imediatamente os confrontos.
Apoiadores do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, participam de protesto em El Alto, perto de La Paz — Foto: Reuters/Henry Romero

No Chile, o Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile denunciou que forças de segurança impediram o socorro de uma vítima de ataque cardíaco em meio a protestos. O caso se junta a outros 1.000 sendo atualmente investigados por promotores públicos. Acusações de abuso de forças de segurança variam de tortura à violência sexual. Protestos no país deixaram mais de 20 mortos.
Membro de forças de segurança dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes em Santiago, no Chile, no sábado (16) — Foto: Reuters/Goran Tomasevic

A onda de violência fez com que o presidente chileno, Sebastián Piñera, condenasse pela primeira vez os abusos cometidos pela polícia nas manifestações.

"Houve uso excessivo da força, foram cometidos abusos ou delitos e não se respeitaram os direitos de todos", disse Piñera.
g1.globo.com/

Lula ataca a Lava Jato e diz não ser pombo-correio para usar tornozeleira eletrônica

Foto: Reprodução
Em discurso diante de milhares de pessoas no início da noite deste domingo (17) no Recife, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que jamais aceitaria usar tornozeleira eletrônica para progredir do regime fechado para o semiaberto, o que foi sugerido pelo Ministério Público Federal.

“Primeiro eu disse para eles que a minha casa não é uma prisão. A minha casa é meu lugar de liberdade. Segundo que a minha canela não é canela de pombo e eu não sou pombo-correio para colocar tornozeleira”, disse o petista.

“Não aceito negociação. Eu quero a minha inocência, eu não quero privilégio. Eu quero que julguem o meu processo”, disse o ex-presidente, em uma referência à possível suspeição do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, que pode analisada neste ano pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Se o Supremo votar pela suspeição de Moro, a condenação do ex-presidente no caso do tríplex pode ser anulada.

“Agora a campanha Lula, Livre tem que se transformar em uma coisa muito maior, porque o que nós queremos é a anulação da safadeza dos processos contra nós. Apresentem provas contra mim e me condenem, e eu não virei mais fazer discurso pra vocês.”

Após 580 dias preso na Polícia Federal em Curitiba,Lula foi solto no início de novembro, beneficiado por um novo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) segundo o qual a prisão de condenados somente deve ocorrer após o fim de todos os recursos.

O petista, porém, segue enquadrado na Lei da Ficha Limpa, impedido de disputar eleições, justamente pela condenação no caso tríplex.

No Recife, Lula voltou a atacar Moro, o procurador Deltan Dallagnol e o presidente Jair Bolsonaro. “Eles estão destruindo o país em nome do que?”, afirmou e completou: “Eles estão fomentando a milícia em nome do que neste país?”

O evento teve início às 12h. Mais de 50 artistas se apresentaram no palco montado na praça Nossa Senhora do Carmo, no centro do Recife, local histórico de encontros da esquerda recifense.

Entre um show e outro, os apoiadores do ex-presidente entoavam em coro músicas que embalaram campanhas eleitorais do petista. Gritos contra o presidente Bolsonaro se repetiam nos intervalos.

A Polícia Militar não informou a estimativa oficial de público. No microfone, o apresentador do evento falava em 200 mil pessoas.

“Cheguei às 11h para pegar o melhor lugar. Não me importo com o sol. Esperei Lula sair da prisão como se espera um filho”, disse a agricultora Luisa Santos Bonifácio, 55.

Quando o locutor anunciou que o ex-presidente já havia chegado, a multidão deu um “boa noite, Lula”.

Antes de seguir para o centro da cidade, Lula se encontrou em um hotel com o prefeito Geraldo Julio (PSB), o deputado federal João Campos (PSB) e Renata Campos (PSB), viúva do ex-governador Eduardo Campos.

Os três apoiaram Aécio Neves em 2014 e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Nas eleições de 2018, apoiaram o candidato Fernando Haddad (PT).

Após o discurso, Lula segue para um jantar na casa da deputada federal Marília Arraes (PT), que teve a candidatura ao governo de Pernambuco retirada nas eleições passadas após o petista conseguir neutralidade do PSB no primeiro turno da disputa presidencial.

Folha

Privatização do saneamento trava no Congresso com resistência

© iStock

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O projeto que facilita a entrada da iniciativa privada no setor de saneamento enfrenta dificuldades para avançar no Congresso.

Na Câmara, sofre atrasos por causa de resistência das bancadas do Norte e do Nordeste, além da oposição. Deputados reclamam ainda de falta de atuação do governo.

No Senado, onde as bancadas são organizadas por estado e o lobby de governadores é mais forte, a proposta deve ter vida ainda mais difícil.

A principal divergência refere-se aos contratos de programa, que são assinados diretamente entre municípios e companhias estaduais de água e esgoto, sem concorrência.

Hoje, os prefeitos podem fazer contratos com empresas privadas, mas alegam que há muita burocracia que dificulta o processo. Com o texto apoiado pelo governo, esse tipo de contrato seria substituído por uma concessão, em que é necessário concorrência com o setor privado.

O projeto, apontado como prioridade pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e apoiado pelo governo Jair Bolsonaro, foi aprovado em comissão especial da Câmara no dia 30 de outubro.A previsão inicial era de que o texto fosse ao plenário na próxima terça-feira (19). No entanto, a votação deve ser adiada (ao menos) para o dia 26 de novembro.

O relator do projeto na Câmara, Geninho Zuliani (DEM-SP), afirmou que a demora se deu por causa das turbulências políticas provocadas pela decisão de proibir o início do cumprimento da pena após condenação em segunda instância, e a consequente soltura do ex-presidente Lula.

Os temas monopolizaram a agenda da Câmara nas últimas semanas -que também foram marcadas por interdição com a cúpula dos Brics na Esplanada e o feriado da Proclamação da República.Parlamentares que participaram da discussão na comissão, porém, dizem que as confusões são apenas uma parte do motivo do adiamento, e que as negociações para a aprovação no plenário não foram concluídas.
"Eu sou a favor do texto, mas na comissão é mais fácil, no plenário é mais difícil porque o pessoal do Norte e Nordeste é mais defensor das estatais", afirmou o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP), membro da comissão especial.

Alguns partidos, como Novo, PSL e PSDB já expressaram posicionamentos favoráveis à aprovação do texto. Os deputados com maior resistência são os ligados a governos estaduais, principalmente Norte e Nordeste, e os deputados de partidos de oposição, que prometem obstrução.

"Somos radicalmente contrários a essa privatização do saneamento básico no Brasil. Vamos estabelecer uma resistência frontal", disse o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP).

Aí, há dois tipos de divergência, segundo Zuliani. Ele afirma que se de um lado há partidos como o PSOL que não aceitam as mudanças no regime atual, outros deputados mantém divergências pontuais, principalmente em relação ao prazo para que as trocas de regime ocorram.

"Estamos dialogando com algumas divergências internas, de parlamentares que acreditam que os contratos de programa devem ser extintos e que o marco tem que acontecer, mas têm discussões sobre os prazos", afirmou.

No texto que saiu da comissão, em caso de estatais com bons resultados (cobertura de 90% do serviço de abastecimento de água e 60% da coleta e tratamento de esgoto), o serviço poderá ser estendido por até cinco anos após o fim do contrato desde que o prazo final não ultrapasse 31 de dezembro de 2033.Além disso, pelo texto aprovado no colegiado, o prefeito pode renovar o contrato, desde que sejam definidos critérios como a universalização dos serviços. A renovação poderia ser feita no prazo de um ano após o novo marco.

O projeto prevê que caso haja descumprimento de metas, tanto por uma empresa pública como privada, pode haver rompimento do contrato e abertura de nova licitação.Essas metas são: o atendimento de 99% da população com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgoto até 31 de dezembro de 2033.

Deputados reclamam que o governo Bolsonaro não tem se empenhado na aprovação do texto, apesar de a equipe econômica e o Planalto serem favoráveis às mudanças.Eles dizem que faltam declarações do presidente em defesa da proposta e empenho de líderes na articulação em torno de votos, tarefa que está a cargo de Maia novamente, como aconteceu na reforma da Previdência.

Com uma aprovação na Câmara, o texto seguirá para o Senado, onde foi aprovado em junho. A divisão igualitária de número de senadores por estado faz com que questões que mexam com entes da federação sejam mais delicadas.

No início de novembro, o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), admitiu que os senadores tiveram que ceder à oposição e aprovar um texto mais brando para mandá-lo à Câmara."O texto saiu melhor para as estatais por causa do acordo que a gente fez [com a oposição] para mandar para a Câmara rápido", disse.

Na votação, os senadores decidiram que o melhor seria permitir que os municípios prorrogassem os contratos sem licitação com as estatais de água e esgoto, o que permitiria a atuação de companhias estaduais por mais 30 anos.O prazo é considerado absurdo pelos deputados que apoiam o novo marco, já que ultrapassaria o ano de 2033. "Essas emendas no Senado distorceram o projeto", afirma Zuliani.

Ex-piloto da Stock Car Tuka Rocha morre 3 dias após queda de avião

É a terceira morte em decorrência do acidente, que aconteceu na última quinta-feira (14)
© Google
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha, 36, morreu na manhã deste domingo (17), vítima da queda de um avião bimotor no município de Marau, na Bahia.

É a terceira morte em decorrência do acidente, que aconteceu na última quinta-feira (14). A informação foi confirmada pela Sesab (Secretaria de Saúde do estado da Bahia).

Tuka Rocha estava internado no Hospital Geral do Estado, em Salvador, com 80% do corpo queimado. 

Outra vítima, Maysa Marques Mussi, 27, faleceu na noite deste sábado. Ela era irmã da jornalista e relações públicas Marcela Brandão Elias, 37, que também morreu no acidente. Maysa era casada com Eduardo Mussi, irmão do deputado federal licenciado Guilherme Mussi (PP-SP).

O jatinho caiu por volta das 14h da última quinta ao tentar pousar na pista de um resort de luxo no distrito de Barra Grande, em Maraú. A aeronave havia saído de São Paulo.

Também estavam a bordo: Eduardo Elias (marido de Marcela), Eduardo (filho de 6 anos do casal), Marcelo Constantino (neto do empresário Nenê Constantino, fundador da Gol), Eduardo Mussi, Marie Cavelan, Fernando Oliveira e Aires Napoleão Guerra (piloto da aeronave).

Os sete permanecem internados no Hospital Geral do Estado, segundo a Sesab, que não informou o estado de saúde das vítimas.

Temer: 'Lula não fez bem invocando a polarização'

Temer disse que a autocrítica é importante para fundamentar eventuais recuos
@DR
O ex-presidente Michel Temer (MDB) criticou neste sábado, 16, declarações do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o PT não ter de fazer autocrítica. Para Temer, que esteve no 5.º Congresso Nacional do Movimento Brasil Livre (MBL) em São Paulo, a fala do petista "invoca" a polarização. 

"Eu lamento muito que o ex-presidente Lula tenha se manifestado nesses dias aumentando esta radicalização ou ainda esta polarização", disse Temer. "Acho que o Lula faria muito bem se saísse e dissesse 'olha, meus caros, eu saio daqui e eu quero a unidade do País' e não colocar brasileiro contra brasileiro, mas sim brasileiro com brasileiro. Lula não fez bem invocando a polarização."

Temer disse que a autocrítica é importante para fundamentar eventuais recuos e, sem citar Lula neste momento, afirmou que "só não recua quem é ditador e autoritário".

"Autocrítica é sempre fundamental. Eu fazia essa autocrítica quando eu estava na Presidência. De vez em quando, eu praticava os atos e havia muita objeção até da imprensa. Eu reverificava o tema e, às vezes, regulava. E aí as pessoas criticavam porque eu recuava. Mas o recuo é algo democrático. Só não recua quem é ditador e autoritário. Discordo dos que dizem que não é preciso fazer autocrítica."

Na quinta, em Salvador, Lula fez seu primeiro pronunciamento para o PT, durante a Executiva Nacional da sigla. Ele disse que o partido não precisa fazer nenhuma autocrítica e que "vai polarizar" na disputa presidencial em 2022.

"Tem companheiro do PT que também fala que tem que fazer autocrítica. Faça você a crítica. Eu não vou fazer o papel de oposição. A oposição existe para isso", disse Lula. Sobre a polarização, Lula afirmou: "Sabe quem polariza? Quem disputa o título. O PT polarizou em 1989, 94, 98, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, e vai polarizar em 2022".
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Quatro moradores de rua são encontrados mortos em Barueri

Quatro moradores de rua morrem com indícios de envenenamento em Barueri
Quatro moradores de rua foram encontrados mortos na manhã deste sábado (16), no Centro de Barueri, na Grande São Paulo. O grupo estava em frente a uma padaria com outros quatro moradores, que passaram mal e foram levados para um hospital da região. A suspeita é que eles tenham ingerido uma bebida envenenada.

Em nota, a Prefeitura de Barueri informou que um dos socorridos contou que recebeu uma bebida quando esteve na Cracolândia, região central de São Paulo, e a ofereceu aos demais. A Cracolândia fica a 25 quilômetros de onde os moradores começaram a passar mal. A Polícia Civil apreendeu a garrafa e solicitou uma perícia técnica do conteúdo.

O grupo foi encontrado na Avenida Campos Sales, por volta das 8h30.

Veja quem são os mortos:

Edson Sampaio da Silva, de 40 anos
Luiz Pereira da Silva, de 49 anos
Marlon Alves Gonçalves, de 39 anos
Denis da Silva, de idade não identificada
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), onde vão passar por exames.

Os quatro sobreviventes são três homens com idades de 31, 38 e 43 anos, e uma mulher de 54 anos. Todos foram internados, sendo três em estado grave. Três deles foram encaminhados para o Hospital Municipal de Barueri e o outro para o Pronto-Socorro Central.

O caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia Central de Barueri, de acordo com a SSP.
Fonte: G1


Criticada por usar dados do Coaf, Eliana diz que devassa de Toffoli é um ‘absurdo’

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Adriano Vizoni/Folhapress
A ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon considera “um verdadeiro absurdo” o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, requerer ao Banco Central o acesso a todos os relatórios de inteligência financeira produzidos nos últimos três anos.

“No bojo de um inquérito sem pé e sem cabeça, ele determina ao Coaf a entrega de dados fiscais de mais de 600 mil pessoas. Será que têm 600 mil indiciados no inquérito estapafúrdio? Na verdade, parece que ele quer ter todas as pessoas sob seu controle”, afirma.(*)

Em 2011, ela foi alvo de queixa-crime oferecida pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho). As entidades sustentaram ter havido quebra ilegal de sigilo bancário e fiscal, quando o Conselho Nacional de Justiça usou dados do Coaf ao fazer inspeção nas folhas de pagamento e declarações de renda de magistrados e servidores de tribunais.

O objetivo era apurar as suspeitas de incompatibilidade entre os rendimentos e o patrimônio de 62 juízes.

A Procuradoria Geral da República entendeu que não houve quebra de sigilo, tendo arquivado a representação criminal.

Ao comparar os dois episódios, Eliana Calmon diz estranhar o silêncio da magistratura em relação à devassa de Toffoli: “Ninguém diz nada e o Supremo avança, sem limite e sem pudor. Até onde irá? Ninguém sabe”.

“O CNJ era órgão de investigação, mas os tribunais não aceitavam o acesso às anotações do Coaf, ao argumento de que só com autorização judicial era possível trabalhar com dados fiscais”, diz a ex-corregedora.

Em fevereiro de 2012, o então procurador-geral, Roberto Gurgel, afirmou que os dados divulgados “não contêm a identificação de magistrados e servidores que eventualmente realizaram operações qualificadas de atípicas’.

Ajufe, AMB e Anamatra haviam impetrado mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, com pedido de liminar, para suspender as investigações da corregedoria com dados do Coaf.

Em nota pública, os três presidentes à época, respectivamente, Gabriel Wedy, Henrique Calandra e Renato Sant´Anna, afirmaram que a “Corregedoria Nacional de Justiça havia decidido, ao arrepio da lei, desrespeitar direito líquido e certo”.

“Tais procedimentos haviam sido implantados sem o conhecimento prévio do próprio CNJ e sem autorização judicial, desde 2009, pela Corregedoria, que, não satisfeita, passou, agora, a investigar, a partir de dados que solicitou ao Coaf, até os cônjuges e descendentes de magistrados e servidores, ou seja, de pessoas que sequer integram o Poder Judiciário, totalizando mais de 200 mil pessoas”, afirmaram.

O cargo de corregedor nacional é exercido sempre por um ministro do Superior Tribunal de Justiça.

A liminar suspendendo todas as investigações do CNJ –a começar pelo Tribunal de Justiça de São Paulo–, foi concedida às 21h de 19 de dezembro, último dia do Ano Judiciário de 2011, pelo ministro Ricardo Lewandowski. O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, não se encontrava no STF.

Posteriormente, o ministro Luiz Fux, do STF, suspendeu parcialmente a liminar que impedia a corregedoria de fazer inspeções nas folhas de pagamento e declarações de renda de magistrados e servidores de 22 tribunais, medida autorizada por Eliana Calmon.

Dez pedidos de vista feitos por integrantes do CNJ interromperam o andamento de processos que já estavam prontos para ser julgados.

Na sessão plenária do dia 4 de setembro de 2012, ela se emocionou ao ser aplaudida de pé, na despedida do cargo de corregedora nacional de Justiça.

Folha
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Alto-falantes inteligentes chegam ao Brasil com novas funções e riscos

Foto: Marcello Casal JR
Os alto-falantes inteligentes chegaram ao Brasil. Nesta semana, o Google lançou o Nest Mini, caixa de som carregada com o assistente da empresa. Em outubro, a Amazon pôs no mercado o Echo, equipamento carregado com o assistente Alexa. À medida que os assistentes virtuais oferecem novas opções para os usuários brasileiros, levantam preocupações em relação à privacidade.

Os assistentes virtuais existem há vários anos. Eles consistem em sistemas inteligentes instalados em dispositivos, como computadores ou smartphones. Em 2011, a Apple inseriu a Siri nos iPhones 4. Em 2012 o Google lançou seu recurso, chamado de Now. No ano seguinte, a Microsoft anunciou o Cortana. Em 2014, foi a vez de a Amazon disponibilizar o Alexa ao mercado. Em 2016, o Google introduziu seu assistente e colocou no mercado um dispositivo específico com alto-falante, o Home. Em 2018, o Facebook entrou na disputa com o Portal.

Os alto-falantes inteligentes marcam o encontro entre os assistentes digitais e os dispositivos que podem não apenas tocar músicas, mas estabelecer “conversas”, respondendo a diversos comandos. De uma pergunta, como no mecanismo de busca, a operações em outro equipamento conectado, como ligar ou desligar uma lâmpada ou acionar um eletrodoméstico, como uma televisão.

Com essa habilidade, tais dispositivos podem tornar-se o “centro de comando” das casas conectadas, em um ambiente do que vem sendo chamado Internet das Coisas. Além disso, conectam outros dispositivos dos usuários, como smartphones e computadores, fazendo com que o consumo de informações e a gestão das rotinas seja feita por meio destes.
Gestão da rotina

O Nest Mini, do Google, permite que pessoas interajam com o equipamento acessando conteúdos e serviços, de notícias a agendas. Com o uso da conta Google, as ações conectam os diversos dispositivos. “Posso fazer um lembrete e ele me notificar em outro dispositivo, no celular”, exemplificou o chefe de parcerias em dispositivos do Google Brasil, Vinicius Dib, em evento de lançamento do produto realizado em São Paulo na segunda-feira (10).

O Nest começou a ser comercializado com conteúdos específicos para os usuários. “Já temos 20 feeds de notícias de diferentes veículos de imprensa”, informou Walquíria Saad, da equipe de parcerias para assistentes do Google Brasil, no evento de lançamento.

O grupo de produtos da Amazon – Echo, Echo Dot e Echo Show 5 – também funciona com interação por voz, fornecendo informações e possibilitando a conexão com eletrodomésticos e outros objetos conectados em casa.

“No Brasil, a Alexa é brasileira. Construímos uma experiência totalmente nova, que honra o idioma e a cultura únicos do Brasil, permitindo que os consumidores simplesmente peçam para tocar uma música, ouvir as notícias e ter informações sobre o clima, controlar sua casa inteligente e muito mais”, disse o vice-presidente da Amazon Alexa, Toni Reid.
Mercado mundial

Segundo pesquisa da consultoria Zion Maket Research, o mercado de assistentes virtuais inteligentes movimentou US$ 2,3 bilhões em 2018 e pode chegar a US$ 19,6 bilhões em 2025, com crescimento médio de 35% ao ano.

Os autores do estudo apontam que essa disseminação será ancorada sobretudo no uso doméstico de assistentes, bem como pelo crescimento dos dispositivos conectados à Internet das Coisas.

Em 2018, foram vendidas no mundo 98 milhões de unidades de alto-falantes inteligentes. Em 2019, a consultoria estima que o total de unidades comercializadas chegue a 164 milhões.

Levantamento realizado pela Microsoft com 2 mil pessoas em cinco países – Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá e Índia – em 2019 mapeou as tendências desses equipamentos. No estudo, 72% dos entrevistados afirmaram já ter utilizado um assistente digital, sendo 35% por meio de alto-falantes inteligentes. Outros 75% contaram ter o desejo de adquirir esse tipo de aparelho.

Entre as pessoas ouvidas pelo estudo, 36% disseram fazer uso do assistente do Google e igual percentual relatou recorrer à Siri, da Apple. Outros 25% adotam o Amazon Alexa; e 19%, o Microsoft Cortana.
Privacidade

Entre os ouvidos, 41% relataram preocupações com privacidade e confiança, como o receio de o dispositivo ouvir e gravar conversas sem estar ativado. A inquietação mostrou-se procedente. Em abril deste ano, a Amazon admitiu que conversas de pessoas em casas com o Echo eram registradas e ouvidas por funcionários. À época, a companhia justificou que o monitoramento era feito para melhorar o reconhecimento de voz pelo sistema.

Em julho, o Google reconheceu que as conversas de pessoas próximas a seus alto-falantes inteligentes eram gravadas e verificadas por funcionários. Em publicação no site da empresa em setembro, o gerente sênior para o Google Assistente, Nino Tasca, afirmou que a empresa não armazena conversas. No entanto, se ativada a opção “Atividade de Voz & Áudio” o usuário permite tanto a guarda das conversas quanto a conferência por funcionários “para melhorar a tecnologia de fala”.

A Microsoft também admitiu a prática, realizada em seus serviços com interação por voz, como o assistente Cortana e o Skype. A empresa mudou a política de privacidade para contemplar esse tipo de conduta, afirmando a sua continuidade.
Conselhos

Para Luã Fergus, policy fellow na Fundação para a Liberdade de Prensa da Colômbia e pesquisador do tema, os riscos à privacidade são “enormes”. Ele cita a possibilidade de vazamento de áudios, compartilhamento de dados com autoridades policiais e “hackeamentos”, situação agravada pelo fato destes equipamentos estarem dentro do lar.

“Os usuários nem sempre entendem quando e de que maneira esses dispositivos estão realmente coletando informações. Por isso, é imperativo pensar e discutir adequadas garantias legais e técnicas à medida que os assistentes digitais se popularizam. Apesar de o Brasil ter um Código de Defesa do Consumidor, ainda não temos uma lei de proteção de dados pessoais em vigor, ou seja, possíveis abusos podem ser mais difíceis de serem remediados”, ressalta Fergus.

O pesquisador defende que os usuários conheçam como os dados coletados são utilizados, o que pode ser visto nas políticas de privacidade das empresas. Ele sugere alguns cuidados para quem adquirir esse tipo de aparelho: “apagar os registros de áudio periodicamente, não ter conversas sensíveis perto deles e desligá-lo em momentos íntimos”.

Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil Brasília

Lula diz que PT não deve ser coadjuvante e frustra siglas que buscavam aliança para 2020

Foto: Ricardo Stuckert/PT
Líderes de partidos de esquerda que almejavam o apoio do PT nas eleições municipais de 2020 frustraram-se com o discurso de Lula no encontro da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado na quinta-feira (14), em Salvador. Na ocasião, o ex-presidente reafirmou a tese de que a sigla que governou o país de 2003 a 2016 não deve ser coadjuvante no pleito.

Para Carlos Siqueira, dirigente do PSB, Lula tem uma “visão exclusivamente partidária” em um contexto político que “exige a formação de uma frente para além da esquerda”. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

O partido ainda não anunciou se lançará candidato como cabeça de chapa no pleito em Salvador.

Atentos a tom de Lula, ministros do STF podem mudar voto sobre prisão em 2ª instância

Declarações do petista sobre fazer do Brasil um Chile estariam desagradando
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão de olho no comportamento do ex-presidente Lula (PT) desde que foi solto, especialmente Marco Aurélio, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli, que votaram para derrubar a prisão após condenação em 2ª instância.

Segundo informações do jornalista Guilherme Amado, da Época, se o petista mantiver postura rígida, ameaçando fazer do Brasil um Chile, haverá quem mude seu voto.

Atualmente, o placar que se avizinha é de 3 a 2, com Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello a favor de Lula e Cármen Lúcia e Edson Fachin, contra. Mantida essa previsão, os casos do tríplex e do sítio serão anulados e voltarão à primeira instância.

‘Vamos cuidar da nossa vida e ele da dele’, diz presidente do PSB sobre Lula

Foto: Ascom/PSB
Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira afirmou neste sábado (16) que não houve conversa institucional entre o partido socialista e o ex-presidente Lula, desde a soltura no último dia 8.

“Ele tem direito de manter o que quiser, vamos cuidar da nossa vida e ele cuida da dele”, disse ao Congresso em Foco após ser questionado se espera que Lula mantenha o discurso de tornar o PT hegemônico. De acordo com Siqueira, “diálogo tem que ter com quem quer diálogo”, disse.

O dirigente partidário afirmou que o ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação João Mangabeira, braço ideológico do PSB, Ricardo Coutinho, não representou a legenda durante reunião com Lula na última terça (12).

“Fez uma visita de cortesia, não teve nada em nome do partido, o partido não foi chamado a falar com ninguém ainda e nem tem essa expectativa”, disse.

Durante reunião da executiva nacional do PT, realizada última quinta (14), em Salvador, Lula afirmou que a legenda “vai polarizar” nas próximas eleições.

“Não existe tradição de partido no Brasil como o PT. No Brasil, a tradição é sobretudo de partidos locais, regionais. Não tem partido nacional como o PT. É por isso que nós vamos sim polarizar . Se o PT tiver um candidato à altura, o PT vai polarizar. Eles não conseguirão tirar o PT da disputa eleitoral desse país, com Lula ou sem Lula”, relatou.

Para Carlos Siqueira, o diálogo dos partidos de oposição não é alterado após a saída do ex-presidente da prisão: “Eu acho que não muda nada. O momento não é de falar em eleição porque não estamos em ano eleitoral, o momento é de seguir a frente ampla em defesa da democracia e dos direitos sociais. A eleição vai ser discutida na hora de falar de eleição. Há um diálogo em torno de ideias e não com eleição, a eleição é outro tema, no ano eleitoral vamos discutir sobre ela”. As informações são do Congresso em Foco.

Em 78 dias, óleo avança e desafia investigação

Fonto: Limpurb
Há 78 dias, o petróleo cru encontrado na costa brasileira ainda era chamado de “substância escura e oleosa”. O que poderia parecer inicialmente um caso isolado se mostrou, contudo, uma das maiores tragédias ambientais do País, atingindo desde então quase 600 localidades do Nordeste e do Espírito Santo.

O óleo chegou a praias, ilhas, manguezais, rios e Áreas de Proteção Permanentes (APPs) em grandes manchas ou fragmentos. Em alguns lugares, foi encontrado mais de uma vez, inclusive em pontos que estavam praticamente limpos, como a Praia de Itapuama uma das mais afetadas em Pernambuco.

Os casos mais recentes são de vestígios, menores ou do tamanho da palma da mão, mas também impactantes para as comunidades locais, como a capixaba Praia de Regência, atingida há quatro anos pela lama da barragem de Mariana. O encontro do óleo e da lama também se repetiu em Abrolhos, na Bahia, que reúne a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul.

A retirada começa de forma improvisada, pela população local e até por turistas, e depois conta com diferentes esferas governamentais. Com o avanço do óleo por destinos turísticos do Nordeste, a gestão Jair Bolsonaro foi pressionada a intensificar a resposta. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, negou demora na reação ao desastre e o governo enviou militares às praias para ajudar na limpeza.

Em vários pontos, a maior parte da força-tarefa é de voluntários muitas vezes sem equipamento adequado para evitar o contato direto com a substância. “Não era para voluntários terem contato com o resíduo nas praias. É só pegar o exemplo de outros países. Mas imagina o pescador, que tem no mar a fonte de renda, vendo que está chegando o piche”, afirma Sidney Marcelino Leite, coordenador do movimento Salve Maracaípe.

Com a menor concentração de óleo em alguns Estados e o relato de contaminação ao contato com óleo, ONGs têm visto menos voluntários e até tentam emplacar convocações como “o óleo não acabou” e “cadê vocês?”. “O grosso (do óleo) parou de chegar, as pessoas acham que está tudo bem e cai o número de voluntários. Ainda vem bastante gente no fim de semana. Agora, o processo é mais minucioso, como o de tirar das pedras”, diz Leite.

Investigação

Até agora, a Polícia Federal não tem uma explicação definitiva sobre a origem e a causa do derramamento. Bolsonaro afirmou que o óleo tem “DNA da Venezuela”, mas não há provas de que o país vizinho tenha relação direta com o vazamento, que teria começado em meados de julho até atingir, em agosto, o litoral do País.

Entre as hipóteses estão o derramamento por um navio que teria passado pela área ou, até mesmo, afundado. Segundo a PF, o navio grego Bouboulina é o principal suspeito, mas a empresa proprietária nega e especialistas têm questionado os indícios do governo. Outras questões seguem sem resposta, como o impacto no pescado. Embora o governo federal considere seguro o consumo, a pesquisa usada como base era inicial e teve anúncio contestado até por um dos cientistas responsáveis (por envolver produto da pesca industrial, minoria na região).

A maior parte dos esforços científicos vem de universidades federais, organizadas individualmente ou em rede do Norte ao Sul do Brasil. “O trabalho de pesquisadores e voluntários é desenvolvido em rede com outros Estados. Umas são formais, como as dos institutos, e outras informais”, conta Jailson Bittencourt de Andrade, do Centro Interdisciplinar de Energia da Federal da Bahia (UFBA) e vice-presidente regional da Associação Brasileira de Ciências.

As pesquisas buscam soluções para questões emergenciais, mas devem se prolongar. “Os efeitos não vão cessar de imediato. É preciso alguns anos para investigar as consequências no ambiente e nos organismos”, diz Emerson Soares, coordenador da força-tarefa da Federal de Alagoas (Ufal), que reúne 22 professores e cerca de 80 alunos de graduação e pós. Pesquisadores estimam que serão precisos de 10 a 20 anos para acabar com os efeitos nocivos do óleo.

Também são desconhecidos os efeitos no turismo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis potiguar, não houve cancelamentos expressivos de reservas e o impacto deverá ser conhecido no início de dezembro, quando dados da ocupação hoteleira do último trimestre são tabulados.

Destino

No Sudeste, Estados e Prefeituras têm feito treinamentos diante da possível chegada do óleo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), correntes marinhas podem levar o material até o norte fluminense, mas uma proteção natural dificulta a passagem ao sul de Cabo Frio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão

Telemarketing é setor que mais destrói empregos

Foto: Werther Santana/Estadão
Porta de entrada de muitos brasileiros com qualificação mais baixa no mercado de trabalho, a profissão de operador de telemarketing dá sinais de esgotamento. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a atividade foi a que mais destruiu postos de trabalho em 12 meses até setembro e não parou de perder vagas nos últimos quatro anos. Este ano, a categoria dos atendentes tem tido o pior resultado no saldo de vagas (a diferença entre vagas abertas e fechadas no período), com 21.115 postos de trabalho a menos.

Os números de trabalhadores nessa função ajudam a contar a história recente e vertiginosa da economia brasileira. Quando o País cresceu 7,5%, em 2010, a função de auxiliar de teleatendimento teve saldo recorde. Foram quase 40 mil postos de emprego a mais em 12 meses, até setembro. Em 2016, já em plena recessão, foram cortados 31,6 mil empregos, apontam os dados compilados para o Estado pela consultoria LCA.

Do lado da economia, a piora no varejo e nos serviços nos últimos anos também ajuda a explicar a queda de oportunidades para atendentes. Somente na empresa Atento, a maior empregadora privada do País, o número de funcionários recuou 11%, quando comparados os anos de 2014, antes da recessão, e 2019. Hoje, são 80 mil empregados.

“É um tipo de vaga que acaba absorvendo trabalhadores sem tanta qualificação ou que estão procurando se recolocar em momentos de crise”, lembra o economista Cosmo Donato, da LCA. Ele completa que, apesar de mudanças recentes nas regras de terceirização, que poderiam fortalecer centrais já consolidadas de call center, o trabalho de atendente tornou-se mais vulnerável ao esbarrar em mudanças na legislação.

No ano passado, o Senado aprovou uma restrição nos horários e dias permitidos para o cliente receber ligações, além da possibilidade de cadastrar números de telefones de consumidores que não querem receber ligações das empresas.

Estadão
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Conexão Eleitoral: TSE promove audiências públicas para debater resoluções das Eleições 2020

                   
                        

Esta semana, o programa Conexão Eleitoral mostra que, de 26 a 28 de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará audiências públicas para debater as resoluções que regulamentarão as Eleições Municipais de 2020. As minutas das instruções já podem ser consultadas no Portal do TSE.

O processo de prestação de contas eleitorais também será detalhado no programa. Reportagem explica a importância de coligações, de partidos e de candidatos informarem à Justiça Eleitoral as movimentações financeiras realizadas durante a campanha.

Esta edição fala ainda sobre o empenho da Justiça Eleitoral em incentivar os jovens a participarem da vida política do país. As ações da Semana do Jovem Eleitor serão realizadas de 25 a 29 de novembro, com o objetivo de conscientizar esses futuros eleitores sobre a importância do voto. Mais de 1,4 milhão de brasileiros de 16 e 17 anos de idade votaram nas Eleições Gerais de 2018.

O Conexão

Produzido pelo Núcleo de Rádio e TV do Tribunal Superior Eleitoral, o Conexão Eleitoral vai ao ar pela TV Justiça nas segundas-feiras, às 19h30. As reprises ocorrem nas quartas, às 11h, nas quintas, às 20h30, nos sábados, às 5h, e nos domingos, às 21h.

Você também pode assistir ao programa na página da Justiça Eleitoral no YouTube.

Réu visitou só PM em 11 idas a condomínio, indica planilha

Apreendidas pela Polícia Civil e analisadas pela Folha de S.Paulo, as planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado de participação no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, entrou ao menos 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra de janeiro a outubro do ano passado -a vereadora do PSOL foi morta em março.

Apreendidas pela Polícia Civil e analisadas pela Folha de S.Paulo, as planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas, Élcio sempre teve como destino a casa 65, de Ronnie Lessa, policial militar aposentado também acusado e preso pelo crime.

A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por algum morador da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro -então deputado federal.

Essa menção ao imóvel do presidente passou a ser alvo de averiguação no mês passado quando um dos porteiros declarou, em depoimentos à polícia, que o ex-PM Élcio entrou no condomínio naquele dia após autorização do "seu Jair", da casa 58.

A citação ao presidente, porém, logo foi considerada equivocada na investigação. Isso porque, no dia do crime, o então parlamentar Bolsonaro estava em Brasília e registrou presença em sessões de votação na Câmara.

Além disso, uma perícia feita pelo Ministério Público em gravações da portaria apontou que quem autorizou a entrada de Elcio naquele dia foi Ronnie Lessa.

Presos, tanto Élcio como Ronnie afirmaram em interrogatório na Justiça que são amigos de duas décadas e frequentam um a casa do outro.

As tabelas de controle de acesso ao condomínio têm colunas para que os porteiros indiquem as seguintes informações sobre o visitante: nome da pessoa, modelo, cor e placa do veículo, casa de destino, horário de entrada e de saída, identidade e de quem foi a autorização para entrar.

A reportagem identificou as entradas de Élcio com base na placa do carro que ele declarou à Polícia Civil. Trata-se de um Renault Logan, de placa AGH-8202, registrado em nome de sua mulher.

Além disso, as entradas descrevem seu número de identidade da PM –corporação da qual foi expulso em 2015. Na coluna de nome, por vezes ele aparece equivocadamente identificado como Elson.

Dos 12 acessos de Élcio no condomínio de janeiro a outubro de 2018, 3 ocorreram antes do crime –nos dias 11, 15 e 18 de fevereiro. As planilhas apontam como destino nessas ocasiões a casa 65.

Outras 8 entradas ocorreram após o assassinato de Marielle. A primeira delas se deu cinco dias após o crime, no dia 19. A segunda, em 14 de abril. Em maio, foram três visitas a Ronnie, segundo as planilhas: nos dias 16, 26 e 29. Há 2 acessos em junho (9 e 11) e outro no dia 6 de outubro.

Além do destino, existe outra diferença entre os 11 registros de entrada de Élcio à casa de Ronnie e o único que aponta como destino a antiga residência de Bolsonaro.

Em todos os acessos feitos para o imóvel de Ronnie, a coluna sobre o responsável pela autorização está preenchida –constam cinco nomes diferentes nesse período. Na referência à casa do presidente, o campo não foi preenchido.

As planilhas mostram ainda que os porteiros do condomínio se dividem em plantões com uma equipe de quatro pessoas. O funcionário que citou Bolsonaro em seu depoimento estava presente em 2 desses 12 acessos de Élcio ao Vivendas da Barra: no dia do crime, 14 de março, e depois em 6 de outubro.

A menção a Bolsonaro pelo porteiro levou a Promotoria a consultar o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a possibilidade de continuar com a investigação no Rio. A Procuradoria-Geral da República considerou não haver indícios contra o presidente e autorizou a sequência da apuração sobre o mandante do crime.

A primeira medida após a autorização da PGR foi recolher o computador da administração do condomínio. O objetivo dos peritos é analisar se houve alguma alteração no sistema de gravação de chamadas entre a portaria e as casas do local.

A gravação usada pelo Ministério Público para contradizer o porteiro faz parte de um CD entregue pelo próprio condomínio em outubro.

A Folha de S.Paulo revelou, contudo, que a perícia da Promotoria não avaliou a possibilidade de algum arquivo ter sido apagado ou renomeado antes de ser entregue às autoridades. Ela tinha como único objetivo instruir a ação penal contra os acusados de matar Marielle e Anderson, provando o encontro dos dois réus.

Em paralelo, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar possíveis delitos de obstrução de Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa pelo porteiro contra Bolsonaro.

O presidente atribuiu o depoimento do porteiro como uma suposta influência do governador Wilson Witzel (PSC) na condução do inquérito. Eleito colando sua imagem à de Bolsonaro, o chefe do Executivo fluminense viu a família presidencial romper com a aliança há dois meses.

A investigação iniciada logo após o assassinato, em 14 de março, teve falhas reconhecidas pelo delegado Giniton Lages, responsável pelo inquérito até março deste ano, quando Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos.

As falhas atrasaram a identificação dos acusados do crime e ocorreram na coleta e análise de imagens a fim de identificar o trajeto feito pelo veículo usado pelos assassinos, um Cobalt.Isso impediu, inclusive, que a polícia pudesse determinar se o carro saiu ou não do condomínio Vivendas da Barra.

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