Pela segunda vez, Cármen cobra explicações do Planalto sobre ‘carteira verde e amarela’

Foto: André Dusek/Estadão
A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia determinou, pela segunda vez, que o Planalto e o Congresso enviem informações, ‘com urgência’, sobre a medida provisória que estabelece o Programa Verde e Amarelo. Desta vez, Cármen toma decisão em ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Nesta semana, a ministra solicitou as mesmas informações em outro processo, movido pelo Solidariedade, que questiona o fato do Planalto ter criado uma nova modalidade de contratação, o que não tem autorização, e a redução de 40% para 20% da multa do FGTS pago ao contratado pelo programa.

“Determino sejam requisitadas, com urgência e prioridade, informações ao Presidente da República e ao Presidente do Congresso Nacional, a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de cinco dias”, decretou Cármen, pela segunda vez. Uma vez entregues, os documentos serão repassados para a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República para manifestações.

Na ação do PDT, a agremiação afirma que o programa de Bolsonaro cria um tratamento ‘discriminatório e anti-isonômico’ a jovens com ensino superior, visto que a ‘carteira verde e amarela’ seria direcionada a jovens sem graduação. “Além de ser uma norma de pouca eficiência, pois, com a crise econômica, os setores com baixos salários permanecem na informalidade”, afirma o partido.

O PDT afirma que a redução da multa do FGTS cria condição para facilitar a demissão do empregado por meio da redução dos custos da rescisão. “Tudo isso através de uma norma que cria um tratamento discriminatório”. A sigla questiona ainda as mudanças no pagamento de adicional de periculosidade, que exige que o empregado esteja, no mínimo, em 50% do período da jornada de trabalho em situação de periculosidade.

A ação do PDT é a segunda a cair nas mãos de Cármen Lúcia sobre o programa de empregos do governo. O Solidariedade moveu ação semelhante, no qual afirma que a ‘carteira verde e amarela’ entra em ‘direta colisão’ com as garantias trabalhistas estabelecidas pela Constituição Federal e que o governo não tem autorização para criar uma nova classe de trabalhadores.

Lançado no início do mês, o pacote da ‘carteira verde e amarela’ é a grande aposta do Planalto para reduzir os índices de desemprego entre a parcela mais jovem da população. Além da desoneração da folha e da redução da multa do FGTS, o governo espera criar 4 milhões de empregos até 2022 — o programa acaba no dia 31 de dezembro daquele ano.

Entre as regras anunciadas para a contratação nesta modalidade, as empresas não poderão ter mais de 20% dos funcionários na ‘carteira verde e amarela’. O programa só é válido para novas contratações, ou seja, a empresa não pode substituir funcionários atuais por empregados do novo contrato.

Os salários para os trabalhadores do ‘verde e amarela’ tem um teto de 1,5 salário mínimo (R$ 1.497). Os pagamentos de férias e 13º salário deverão ser feitos proporcionalmente a cada mês.

Estadão Conteúdo

Ministros do STF e do STJ dizem que TRF-4 ‘errou a mão’ em caso Lula para reafirmar a Lava Jato

Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4
A decisão do TRF-4 de não só manter como também ampliar a condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia (SP) instalou em setores expressivos do Supremo e do Superior Tribunal de Justiça a percepção de que a corte que revisa atos da república de Curitiba errou a mão. O revés imposto ao petista veio mesmo com precedente do STF favorável à sua tese. Questões técnicas que foram desconsideradas reforçaram a percepção de ministros de que o processo foi usado para reafirmar a Lava Jato.

O TRF-4 entendeu que a defesa de Lula não foi prejudicada pelo fato de ele ter apresentado alegações finais ao mesmo tempo que delatores. O Supremo decidiu, por maioria, que colaboradores seriam uma espécie de assistentes da acusação, o que garantiria ao réu o direito de falar por último, para rebater o que lhe for imputado.

Um ministro do STJ lembra que há menções a acusações de delatores na sentença que condenou Lula na primeira instância —e que foi validada pelo TRF-4. Para ele, isso dá força ao argumento da defesa do petista, que reivindicava que o entendimento do Supremo fosse aplicado.

Se isso ocorresse, o caso deveria voltar à primeira instância para que o petista reapresentasse as alegações finais. Esse ministro diz que, por esse motivo, o próprio STJ pode acabar derrubando a decisão do TRF-4.

O entendimento do TRF-4 está afinado com o que argumentou a força-tarefa da Lava Jato na PGR ao ministro Edson Fachin, do Supremo, em outro caso que envolve Lula, o da compra de um terreno para seu instituto.

Na peça, a PGR cita o sítio e diz que o petista não sofreu prejuízo em sua defesa. Em agosto, Fachin mandou o caso do instituto de volta à primeira instância, por conta da ordem das alegações finais.

Painel/Folha de S.Paulo

Nascidos em agosto sem conta na Caixa podem sacar FGTS

  Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal inicia hoje (29) mais uma etapa de liberação do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que paga até R$ 500 por conta ativa ou inativa. Os trabalhadores nascidos em junho e julho sem conta no banco poderão retirar o dinheiro.

O saque começou em setembro para quem tem poupança ou conta corrente na Caixa, com crédito automático. Segundo a Caixa, no total os saques do FGTS podem resultar em uma liberação de cerca de R$ 40 bilhões na economia até o fim do ano.

Originalmente, o saque imediato iria até março, mas o banco antecipou cronograma <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-10/caixa-antecipa-calendario-de-saques-de-ate-r-500-do-fgts>, e todos os trabalhadores receberão o dinheiro este ano.

Atendimento

Os saques de até R$ 500 podem ser feitos nas casas lotéricas e terminais de autoatendimento para quem tem senha do cartão cidadão. Quem tem cartão cidadão e senha pode sacar nos correspondentes Caixa Aqui, apresentando documento de identificação, ou em qualquer outro canal de atendimento.

No caso dos saques de até R$ 100, a orientação da Caixa é procurar casas lotéricas, com apresentação de documento de identificação original com foto. Segundo a Caixa, mais de 20 milhões de trabalhadores podem fazer o saque só com o documento de identificação nas lotéricas.

Quem não tem senha e cartão cidadão e vai sacar mais de R$ 100, deve procurar uma agência da Caixa.

Embora não seja obrigatório, a Caixa orienta, para facilitar o atendimento, que o trabalhador leve também a carteira de trabalho para fazer o saque. Segundo o banco, o documento pode ser necessário para atualizar dados.

As dúvidas sobre valores e a data do saque podem ser consultadas no aplicativo do FGTS (disponível para iOS e Android), pelo site da Caixa ou pelo telefone de atendimento exclusivo 0800-724-2019, disponível 24 horas.

A data limite para saque é 31 de março de 2020. Caso o saque não seja feito até essa data, os valores retornam para a conta do FGTS do trabalhador.

Horário especial

Para facilitar o atendimento, a Caixa vai abrir 2.302 agências em todo o país, em horário estendido hoje e na segunda-feira (2). As agências que abrem às 8h terão o encerramento do atendimento duas horas depois do horário normal de término.

As que abrem às 9h terão atendimento uma hora antes e uma hora depois. Aquelas que abrem às 10h iniciam o atendimento com duas horas de antecedência. E as que abrem às 11h também iniciam o atendimento duas horas antes do horário normal.

A lista das agências com horário especial de atendimento pode ser consultada no site da Caixa. Nesses pontos, o trabalhador poderá tirar dúvidas, fazer ajustes de cadastro dos trabalhadores e emitir senha do Cartão Cidadão.

A Caixa destaca que o saque imediato não altera o direito de sacar todo o saldo da conta do FGTS, caso o trabalhador seja demitido sem justa causa ou em outras hipóteses previstas em lei.

Essa modalidade de saque não significa que houve adesão ao saque aniversário, que é uma nova opção oferecida ao trabalhador, em alternativa ao saque por rescisão do contrato de trabalho.

Por meio do saque aniversário, o trabalhador poderá retirar parte do saldo da conta do FGTS, anualmente, de acordo com o mês de aniversário.

Por Wellton Máximo* – Repórter da Agência Brasil Brasília

Artistas, amigos e fãs acompanham velório de Gugu Liberato

Alesp/Direitos reservados
O velório do corpo do apresentador Gugu Liberato foi aberto ao público no início da tarde desta quinta-feira (27). A fila do público se estende por todo o quarteirão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Além dos milhares de fãs, a todo momento chegam artistas que trabalharam com o apresentador, como o cantor Nil, do grupo Dominó, que fez sucesso nos anos 1980 e 1990. "Este é o momento de trazer à memória os bons momentos que a gente teve com o Gugu. Quero agradecer o carinho do público com o Gugu, mesmo debaixo de chuva vieram, mostram todo o respeito pelo Gugu".

Já a cantora de pagode Adriana Ribeiro destacou a importância do apresentador no incentivo aos cantores. "Ele foi uma das pessoas que deu oportunidade para todos nós da década de 1990 , sem ele nós não existiríamos, ele era generoso e abençoado".
Mãe de Gugu, Maria do Céu é consolada por amigos - Bruna Sampaio e Carol Jacob/Alesp
A apresentadora Mara Maravilha disse que a luz de Gugu não vai se apagar. "O Gugu pediu um intervalo, porque o espetáculo dele é eterno dentro da gente".

O cantor Rafael Ilha, que ficou famoso na banda Polegar, lançada por Gugu, e que estourou nos anos 1990, falou da importância do apresentador na vida dele. "Primeiro, ele foi meu ídolo, depois se tornou meu empresário, depois meu amigo. Ontem (27) eu assisti o Canta comigo (programa de Gugu na Rede Record) e foi um conforto vê-lo sorrindo, fazendo o que ele mais amava fazer. E foi bom antes de ele ter ido, ele ter me visto bem, que é uma coisa que ele torcia muito. Ele era impecável no profissionalismo e no carácter".

A apresentadora Ana Hickmann se disse muito fã e falou da doação de órgãos feita pela família, atendendo a um pedido do apresentador. "Ele é exemplo para todo mundo, não só por isso, mas por tudo que fez na vida dele, cara incrível".

Passaram ainda pelo velório nesta tarde os apresentadores Celso Portioli, César Filho, Luciana Gimenez e diversos colegas de trabalho do apresentador.

Gugu, um dos apresentadores mais populares da TV brasileira, morreu na semana passada em Orlando, nos Estados Unidos, após um acidente doméstico, aos 60 anos.

O velório termina às 10h desta sexta-feira (29). A entrada para o velório será pela Avenida Sargento Mário Kozel Filho.

O corpo será sepultado no jazigo da família no Cemitério Getsêmani, no Morumbi, também na capital paulista.

Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil São Paulo

Proposta define regras para habilitação prévia de candidatos para as eleições

Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
O Projeto de Lei 4893/19 define regras para habilitação prévia de candidatos, com o objetivo de aprimorar a fase de registro de candidaturas e conferir segurança jurídica aos processos eleitorais. O texto altera a Lei das Eleições (9.504/97).

A proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados. “Assim, os órgãos da Justiça Eleitoral terão mais tempo para examinar o cumprimento das condições de elegibilidade de cada candidato, e até a data das eleições todos os pedidos de registro deverão estar julgados em definitivo”, defende o autor, deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

Luiz Philippe de Orleans e Bragança: habilitação prévia trará mais segurança jurídica

Conforme o texto, entre 1º de fevereiro e 31 de março do ano eleitoral os que desejarem se candidatar deverão solicitar à Justiça Eleitoral uma habilitação prévia, instruída com os seguintes dados e documentos:
- número do título de eleitor;
- comprovação de quitação eleitoral, inclusive, se for o caso, do pagamento ou parcelamento de eventuais multas e da prestação de contas de campanha;
- prova de alfabetização, que poderá ser declaração de próprio punho;
- certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição do Poder Judiciário;
- certidões cíveis fornecidas pelos órgãos de distribuição do Poder Judiciário quanto a processos que possam acarretar a perda ou suspensão de direitos políticos; e
- declaração de ocupação de cargo, função ou emprego público, quando for o caso.

O projeto traz ainda prazos e outras regras para o pagamento de multas eleitorais e estabelece que, desde a expedição de certificado de habilitação prévia de
candidatura, é permitida aos candidatos a arrecadação prévia de recursos, sendo a liberação desses valores condicionada ao registro da candidatura. Luiz Philippe de Orleans e Bragança lembra ainda que a habilitação prévia constava de proposta da comissão especial criada em 2017 para propor uma reforma política (PL 8612/17), mas não permaneceu no texto aprovado pelo Congresso Nacional, transformado na Lei 13.488/17.

Tramitação
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.



Fonte: 'Agência Câmara Notícias'.

Projeto limita candidaturas por partido em eleições proporcionais

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Martins: Listas muito grandes prejudicam a compreensão do eleitor e a representatividade da democracia

O Projeto de Lei 5068/19 determina que cada partido poderá registrar, nas eleições proporcionais, número de candidatos equivalentes ao número de cargos em disputa. O texto, que tramita na Câmara dos Deputados, também limita a apresentação de vagas aos partidos, acabando com as coligações nas eleições proporcionais (para o Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras de vereadores).

A proposta altera a Lei das Eleições, que hoje permite que o partido ou coligação registre até 150% do número de vagas abertas nas eleições proporcionais.

Por exemplo, se houver 30 cargos em disputa, o partido ou coligação pode apresentar até 45 candidatos. Em alguns casos, segundo a lei, as coligações podem apresentar até 200% de candidatos para as vagas disputadas.

“Listas tão grandes, se por um lado permitem maior soma de votos para atingir o coeficiente eleitoral, por outro propiciam a proliferação de candidaturas inviáveis ou figurativas, o que prejudica a compreensão do eleitor e representatividade da democracia”, disse o deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), autor do projeto.

Tramitação
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois seguirá para o Plenário da Câmara.

Fonte: 'Agência Câmara Notícias'.

Projeto faz minirreforma eleitoral com transparência partidária

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O Projeto de Lei 4896/19 cria regras de transparência partidária na definição dos dirigentes, no uso dos recursos, e na análise de condutas dos partidos e dirigentes.

O texto é de autoria do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) e outros 25 deputados, para quem as mudanças garantem mais transparência, mais democracia, mais equidade e mais integridade na legislação eleitoral.

“Sem mecanismos de democracia interna, muitos partidos passaram a ter donos. Sem transparência sobre o uso dos recursos recebidos, muitos partidos são tratados como negócios. Sem regras e procedimentos que permitam abertura a novos grupos, muitos partidos usam recursos públicos para perpetuar os mesmos indivíduos no poder”, diz o texto.

Estrutura
Pela proposta, os dirigentes dos diretórios e da sigla serão eleitos para mandato de até quatro anos; os candidatos deverão ser definidos por prévias; os órgãos provisórios só podem funcionar por até dois anos – para evitar intervenção superior sobre os diretórios.

A direção nacional do partido não poderá ser punida com suspensão de repasses do Fundo Partidário se a falta for cometida por órgãos regionais ou municipais. O órgão central é impedido de transferir recursos públicos a órgãos regionais ou municipais que não estiverem com as contas aprovadas.

O partido deverá instalar comissões ou conselhos de ética independentes cujos integrantes serão selecionados por pleito específico com mandato de até dois anos e independência funcional para apurar denúncias.

Informação
Pelo texto, partidos e institutos vinculados às legendas ficaram sujeitos às regras da Lei de Acesso a Informação . As legendas também deverão tornar públicas em sítio na internet o registro das receitas e despesas dos partidos e institutos; balanço patrimonial de todos os órgãos; relação de filiados e dirigentes; endereços dos órgãos partidários; relação de todos os funcionários; entre outros dados.

A ausência dos dados atualizados pode levar à suspensão dos repasses do Fundo Partidários.

Independência nos mandatos
Os parlamentares que votarem contra orientação do partido só poderão ser punidos se a orientação foi aprovada pela maioria absoluta da direção e por dois terços da bancada.

Os partidos poderão reservar cotas de vagas a deputado e vereador para pessoas que tenham destaque em sua área de atuação, garantida a independência na atuação parlamentar.

Recursos
O texto altera a distribuição do fundo partidários. Hoje, 5% é dividido igualmente entre todos os partidos e 95% é dividido de acordo com a representação na Câmara dos Deputados de cada legenda.

A proposta sugere que apenas 90% seja dividido de acordo com a representação e 5% reservados soa partidos que tenham ao menos 30% de cargos de direção preenchidos por mulheres em todas as esferas partidárias.

Além disso, ao menos 30% dos recursos deverão ser divididos entre os diretórios estaduais na proporção do número de filiados.

Quando ao Fundo de Financiamento de Campanhas Eleitorais, o texto determina que os partidos tenham critérios objetivos para a distribuição dos recursos.

O dinheiro para campanhas para deputado e vereador deverão ser repartidos da seguinte forma: 5% igualmente para todos os candidatos; 10% para os que não tenham mandato; 85% de acordo com os critérios partidários.

A cota de 30% de recursos para as candidaturas femininas é incluída em lei com a ressalva de que nenhuma candidata mulher pode receber mais de 50% de todos os recursos destinados às mulheres – o objetivo é impedir as candidaturas-laranja.

Tramitação
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir a voto pelo Plenário da Câmara.

Fonte: 'Agência Câmara Notícias'.

Negromonte desobedece ordem de afastamento do STF e volta a atuar no TCM

Mário Negromonte Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O conselheiro Mario Negromonte ignorou a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele se afastasse do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e voltou a atuar em julgamentos da Corte. De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio, já é a segunda vez que ele vai de encontro à determinação.

Segundo a publicação, há uma falha que pode ter sido usada por Mario Negromonte para descumprir a ordem. Ao invés do presidente do TCM, quem aparece como destinatário do ofício é o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Otto abraça nome de Isidório, que toma aulas e transforma “O doido” em personagem eleitoral

Foto: Reprodução TV Câmara
A pré-candidatura do deputado federal Pastor Isidório (Avante) à Prefeitura de Salvador foi abraçada pelo senador Otto Alencar (PSD).

Isidório já foi apresentado ao presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, “como um fenômeno popular”, e Otto já avisou ao governador Rui Costa (PT) que seu partido o apoiará.

Como revelou em entrevista ao programa “Política na Mesa”, da TV Câmara, o deputado também tem se dedicado a estudar os problemas da cidade.

Às quintas-feiras, ele passou a se reunir com técnicos indicados pelo senador, entre os quais Ivan Barbosa, ex-secretário municipal de Transportes, para discutir os problemas da cidade.

Ao aparecer recentemente no lançamento da pré-candidatura do deputado federal Bacelar (Podemos) à sucessão municipal de Salvador, observadores notaram mudanças no comportamento de Isidório.

Apesar de manter as brincadeiras e referências jococas no discurso, ele teria evitado a vinculação ao personagem do “doido” como algo real, como sempre fez.

Agora, deixa claro que é apenas um personagem. Têm caído no mesmo plano as tiradas homofóbicas e evangélicas. Tudo, conforme deixa claro, não passa de uma estratégia.

Ao deixar o evento do Podemos, ele se dirigiu a uma roda de baianas, na Praça Municipal, que, aludindo à sua condição de evangélico, disseram que ele as destruiria se fosse eleito prefeito.

O deputado negou de pronto, entoando uma música do Candomblé que deixou as moças boquiabertas, revendo o posicionamento anterior.

Em seguida, Isidório caminhou até à rua Chile, sempre com a Bíblia na mão, e sentou-se sobre o passeio, onde passou a alisar um granito.

Disse que, em sua gestão, os pobres seriam mais bem tratados do que as praças. A obra, ele não devia saber, é do governo do Estado, do qual é aliado.

Por meio de Isidório, que teve quase 180 mil votos só em Salvador em 2018, Otto definitivamente colocará um pé na capital baiana.

Líder do tráfico e mais três estavam em Paripiranga

Foto: Divulgação SSP
Policiais da DT local, Cipe Nordeste e 21º CIPM montaram uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, nesta quarta-feira (27).
Líder do tráfico em Paripiranga e mais três criminosos foram localizados nesta quarta-feira (27), durante ação integrada entre equipes da Delegacia Territorial (DT) do município, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste, com apoio da 21ª Companhia Independe da Polícia Militar (CIPM/Cipó). A operação, que teve objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, aconteceu nesta manhã, por volta das 6 horas.

Devaldo de Jesus Serafim, o Branco, Adriano Alves Ferreira e Antônio Lucas Batista Santos foram presos durante a ação. “Gilmario Santos Antunes atirou contra as equipes, foi atingido no revide, socorrido, mas não resistiu aos ferimentos”, contou o comandante da Cipe Nordeste, major PM Wellington Morais.

O titular da DT de Paripiranga, delegado Ozorio Miguel Souza Ramos, que assumiu a delegacia há menos de um mês, contou que Branco era tido como o líder do tráfico na região. “Ele e os demais são os principais suspeitos de um homicídio que aconteceu em 8 de dezembro, proveniente de uma rixa sobre a venda de drogas na região. Agora estamos investigando ligações com outros crimes e a previsão é que tenhamos desdobramentos posteriores”, disse.

Fonte: Ascom/Mariana Andrade

Eleitor com mais de 70 anos que quer continuar a votar também precisa fazer a biometria


O eleitor com mais de 70 anos de idade, que quer continuar a votar, também deve participar da revisão do eleitorado com coleta de dados biométricos realizada pela Justiça Eleitoral. A Constituição Federal (artigo 14, inciso II, parágrafo 1º) estabelece que o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para o cidadão nessa idade.

Os idosos com mais de 70 nos que não participarem dos procedimentos de revisão podem ter seus títulos cancelados, conforme prevê a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.440 /2015. Já conforme a Resolução TSE nº 21.920/2004, não serão canceladas as inscrições de eleitores com deficiência que impossibilite ou torne extremamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, desde que anotada tal circunstância no cadastro.

Os eleitores que necessitarem de outros esclarecimentos podem contatar as unidades de atendimento da zona eleitoral em que forem inscritos ou a Corregedoria Regional Eleitoral da respectiva unidade da Federação, que tem por incumbência a inspeção e a correição dos serviços eleitorais da respectiva localidade.

Vale lembrar que a suspensão e o cancelamento do CPF não são de responsabilidade da Justiça Eleitoral.

Biometria

O cadastramento biométrico é o procedimento de coleta das impressões digitais, fotografia e assinatura, com a atualização dos dados cadastrais do eleitor. Além de reforçar a segurança da identificação na hora do voto, uma vez que as digitais de cada um são únicas, é uma oportunidade para a Justiça Eleitoral realizar a depuração do cadastro, excluindo os eleitores que não comprovaram vínculo com o respectivo município.

Revisão

A revisão do eleitorado é o procedimento pelo qual os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) convocam os eleitores inscritos em uma zona eleitoral para que compareçam pessoalmente ao cartório eleitoral ou em postos criados para atender a esse objetivo, a fim de se verificar a regularidade de sua inscrição eleitoral.

Também o TSE, ao conduzir o processamento dos títulos eleitorais, determinará de ofício a revisão ou a correição das zonas eleitorais, nas hipóteses previstas na Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).

Fonte: TSE
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Agricultura debate criação de associação mundial de produtores de café

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados debate nesta manhã a criação da associação mundial dos países produtores de café.

O autor do requerimento para a realização da audiência, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), lembra que a cafeicultura representa uma das principais atividades agrícolas brasileiras, sendo responsável pela geração de milhões de empregos.

"Embora o Brasil seja o maior produtor de café do mundo não temos sido capazes de exercer uma liderança mundial no mercado de café, que acaba sendo comandado pelos países compradores e, em alguns momentos, por interesses de grupos econômicos da cadeia produtiva em detrimento dos produtores de café", reclama Sávio.

"A criação de uma associação mundial de países produtores de café será um importante instrumento de política comercial e de integração dos interesses dos países produtores para elaborar e implementar ações concretas de formação de estoques reguladores e de políticas de estímulos ao aumento do consumo mundial em benefício de todos", explica o parlamentar.

Debatedores
Foram convidados para o debate:
- o diretor da Associação dos Cafeicultores do Brasil, Marco Antônio Jacob;
- o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese;
- o presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita;
- um representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).


O debate ocorrerá às 9h30, no plenário 6.


Fonte: 'Agência Câmara Notícias'.
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Câmara discute soluções para o desmatamento na Amazônia

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promove seminário nesta manhã sobre as recentes queimadas e o desmatamento na Amazônia.
Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia
Ao longo do dia, haverá quatro mesas de debate com focos em tendências, dinâmicas, impactos e soluções para esse problema socioambiental.

Foram convidados cientistas e representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Defesa, do Ministério Público Federal e de ONGs ambientalistas e indígenas.

Aumento do desmatamento
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também estará presente no seminário, registrou aumento de 30% no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2018 e julho deste ano. O dado oficial, medido pelo sistema de satélite Prodes do governo federal, corresponde a uma área devastada de quase 10 mil km².

Organizador do seminário, o deputado Nilto Tatto (PT-SP), lembra que, de janeiro a agosto, o desmatamento amazônico aumentou 111%, segundo outro sistema do Inpe, o Deter, responsável pelos alertas de queimadas na região.

“É para se acompanhar mais de perto o que vem acontecendo em relação ao aumento de queimadas e desmatamento, que bateu recorde de novo agora. O tema está saindo da imprensa e das manchetes. Não é porque não está mais nas manchetes que essa comissão aqui não vai olhar com carinho. É obrigação do Parlamento", disse o parlamentar acrescentando que a Comissão de Meio Ambiente tem os instrumentos para acompanhar o assunto de perto.

Fiscalização aprovada
Em outubro, a Comissão de Meio Ambiente já havia aprovado uma proposta de fiscalização e controle (PFC 27/19), também de autoria de Nilto Tatto, para que a Câmara acompanhasse as ações de monitoramento e fiscalização do desmatamento nos diferentes biomas do País.

Sem fixar prazo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou recentemente que o governo pretende reduzir o desmatamento na Amazônia por meio da regularização fundiária e do zoneamento econômico, entre outras ações.

Salles é um dos convidados para o seminário na Câmara.


Participação popular
O internauta também poderá participar do debate, marcado para começar às 9 horas, no plenário 2.

Clique no banner abaixo e envie perguntas, críticas e sugestões aos deputados e convidados.
                       
Font: 'Agência Câmara Notícias'.

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Jovem no campo contribui para modernizar agricultura, diz especialista

Tomaz Silva/Agência Brasil
Autoridades, acadêmicos e gestores públicos e privados estão preocupados com a quantidade de jovens que têm deixado o campo para tentar a vida na cidade. O assunto foi destaque na abertura do Seminário Alimento e Sociedade – Estado Geral da Alimentação no Brasil, promovido hoje (27), em Brasília, pelo Instituto Fórum do Futuro.

Segundo o presidente da entidade, Alysson Paolinelli, a chegada das novas tecnologias e a tendência de crescimento do mercado de produtos ambientalmente responsáveis, associados ao interesse dos jovens por esses tipos de produtos, têm reforçado cada vez mais a importância da presença e integração dos jovens à produção rural.

“A participação do jovem é fundamental para lidarmos com as mudanças que vêm acontecendo”, disse Paolinelli. “O mundo hoje, especialmente os jovens, quer conversar sobre alimentos saudáveis e sobre a agricultura verde que está vindo aí: a chamada agricultura biológica, tão em moda”, disse.

Em sua explanação, Paolinelli lembrou que a agricultura no Brasil focalizou muito nas commodities ao longo da história. “E commodities têm um fato inexorável: ou tem um produto em ótima qualidade, a preço competitivo e com constância da oferta, ou não se disputa mercado”. “Com a agricultura verde é diferente”, acrescentou, ao destacar o potencial brasileiro para dar conta de um mercado que busca produtos saudáveis e ecologicamente responsáveis.

“Deus nos deu uma estufa permanente de 12 meses, para que possamos atender a essa nova demanda. Esse salto vai depender da nossa juventude. Agora, essa juventude não é só a que estudou e está preparada. É a sociedade jovem que questiona o que fizemos até agora. Ela precisa vir e participar conosco. Vamos integrá-la a esse projeto”, argumentou.
Jovens

O evento teve lugar no Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Para o representante do IICA no Brasil, Hernán Chiriboga, a saída dos jovens pode prejudicar o uso de adventos tecnológicos no campo. “Temos de tornar o campo mais atrativo para o jovem, inclusive para prepará-lo para o uso da tecnologia. O jovem é que tem mais projetos do que lembranças. Temos que tornar nosso campo em agricultura 4.0”, argumentou, ao defender o uso de tecnologias como as de aplicativos e drones para melhorar a agricultura brasileira.

Também integrando a mesa de abertura, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o foco tem que estar voltado, não só ao jovem, mas também à mulher do campo.“Precisamos levar tecnologia aos mais de 5,4 milhões de pequenos produtores rurais no Brasil, principalmente os pequenos. Tenho certeza de que isso será um atrativo para o jovem ficar no campo e ajudar a rejuvenescer este setor que está ficando com a cabeça branca”.

“Precisamos também olhar as mulheres do campo, que são tão importantes quanto os jovens. Se ela fica no campo, o filho fica também”, acrescentou, defendendor o estímulo a atividades atrativas, como o artesanato, para as pequenas produtoras rurais.
Fórum

O Instituto Fórum do Futuro, grupo de reflexão independente, reúne hoje e amanhã (28), em Brasília, um grupo de acadêmicos, formuladores, gestores públicos e privados com o objetivo de debater propostas para o desenvolvimento sustentável da agricultura no país.

Um dos destaques é a apresentação de resultados do projeto-piloto Biomas Tropicais, desenvolvido pelo Fórum do Futuro, para analisar possibilidades e limites de uso dos recursos naturais. A primeira etapa foi concluída a partir de uma pesquisa no Cerrado. O instituto pretende fazer parceria com entes públicos e privados para expandir a pesquisa aos demais biomas brasileiros.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil  

Estudantes querem psicólogo na escola

Arquivo/Agência Brasil
Sessenta e quatro por cento dos estudantes dos ensinos fundamental e médio ouvidos na terceira edição da pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção “consideram importante” ter psicólogo na escola para atendê-los.

A demanda dos estudantes “tem sentido bastante amplo”, afirma Marisa Villi, diretora da Rede Conhecimento Social, organização criada em 2000 pelas empresas associadas ao Grupo Ibope Inteligência. Segundo ela, os jovens querem profissionais de psicologia na escola “tanto no apoio para lidar com sentimentos, quanto para orientar sobre o que venham a fazer no futuro”.

“Há uma preocupação entre os alunos de que as escolas apoiem no desenho do futuro deles”, destaca Tatiana Klix, diretora da Porvir, uma plataforma que produz conteúdos de apoio a educadores, que também esteve à frente da pesquisa.

A atuação permanente de psicólogos nas escolas está prevista em projeto de lei (PL) aprovado pelo Congresso Nacional. O PL, que chegou a ser vetado pela Presidência da República, foi restabelecido com a derrubada do veto presidencial na tarde dessa quarta-feira (27).

Além do psicólogo, os estudantes destacam a importância de ter médico ou outro profissional de saúde (39%), orientador educacional ou vocacional (37%), e assistente social (24%). Os percentuais não são excludentes. Treze por cento afirmaram que “não são necessários outros profissionais”.

A pesquisa ouviu 258.680 estudantes, de 11 a 21 anos, de todo o Brasil. O levantamento não segue padrões de pesquisa de opinião pontual, com amostra representativa por estado. A coleta de dados é contínua, pela internet. A interpretação dos dados estatísticos foi refinada qualitativamente, com a realização de oficinas com estudantes do universo pesquisado. para compreensão mais elaborada de algumas respostas.

A maior participação na pesquisa foi de estudantes da Região Sudeste (63,5%). A maioria passou a maior parte da vida escolar em escolas públicas (93,4%), tinha de 15 a 17 anos (58%), é formada de meninas (52%) e se define de cor parda (42%).
Outras demandas

A pesquisa também levantou a opinião dos jovens sobre “o que não pode faltar na escola em termos de estrutura física”. A maior demanda é por “tecnologia não só no laboratório de informática” (53%). Em outra parte do questionário aplicado, o uso de tecnologia e a realização de atividades extraclasse foram os aspectos mais mal avaliados na pesquisa.

Para Tatiana Klix, alcançar a escola que os estudantes idealizam “não é impossível e nem exige muito dinheiro”. Segundo Marisa Villi, dá para mudar a escola em horizonte não longo. "O recurso que eles mais querem é para fazer mais pesquisa”.

Os jovens entrevistados também opinaram sobre as “características mais valorizadas em um professor”: 40% das respostas indicam “saber explicar bem os conteúdos”, 29% registram “propor diferentes atividades nas aulas”; 27% assinalam “ser acolhedor e ter uma boa relação com os alunos”, mesmo percentual de “saber estimular o aluno a se questionar e buscar conhecimentos”.

Os alunos também sentem apreço pelos professores que “têm muito conhecimento sobre um assunto” (14%), que “são exigentes e sabem colocar limites nos alunos” (13%), que “sabem relacionar os conteúdos com a vida cotidiana” (11%), e que “têm vários interesses e conhecimentos diversos” (10%).

Por Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil Brasília

Petrobras eleva preço da gasolina em 4% na refinaria

O valor de entrega passa a variar de R$ 1,750 em Goiás a R$ 2,312 no Rio de Janeiro
© Reuters / Paulo Whitaker
A Petrobras anunciou ao mercado o reajuste da gasolina, que passa a valer a partir desta quarta-feira, 27. Segundo a empresa, a alta é de 4%. O preço do óleo diesel permanece inalterado. De acordo com fonte, a revisão foi de R$ 0,074 mais caro. A estatal só informa porcentual de reajuste.

Com essa alta, o valor de entrega passa a variar de R$ 1,750 em Goiás a R$ 2,312 no Rio de Janeiro.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) reclama de defasagem em relação ao mercado internacional, principalmente, do preço do diesel. A maior pressão, segundo o presidente da entidade, Sérgio Araújo, parte do câmbio.

"O aumento não foi suficiente para chegar na paridade internacional e o diesel, que já estava muito defasado, agora está ainda mais, com a alta do dólar. A expectativa era que ele também sofresse aumento. Como não aconteceu, a importação continua inviabilizada", diz ele.

O aumento do combustível, de qualquer forma, deve ter impacto na inflação. Nos cálculos do economista-chefe do banco Haitong, Flávio Serrano, o reajuste de 4% da gasolina nas refinarias deve significar um aumento de 2% a 2,5% para o consumidor. Desse modo, o impacto sobre o IPCA, o índice oficial de inflação, deve ser de 0,1 ponto porcentual, concentrado mais em dezembro.

Por conta disso, a projeção do banco para a inflação oficial deste ano subiu de 3,7% para 3,8%. Serrano ainda lembra que no último dia 19 a Petrobrás já havia elevado a gasolina em 2,7%. Por isso, o impacto total dos dois reajustes deve ser 0,15 ponto porcentual sobre o IPCA.

Já a expectativa para dezembro passou de 0,6% para 0,7%, mas o economista lembra que há risco de ser maior por causa do choque de carnes. Para novembro, a previsão é de alta de 0,47%.

Apesar do impacto relevante da alta do combustível, o economista pondera que ainda não há preocupação em relação a uma piora da dinâmica de inflação, porque, assim como o choque de carnes, é uma pressão de custos. "Tudo isso é mudança de preços relativos. Para virar inflação, tem de dispersar e contaminar as expectativas. A ociosidade da economia tem a capacidade de reduzir os efeitos secundários desse choque", diz. A projeção para o IPCA de 2020 do Haitong segue inalterada em 3,7%.

POR ESTADAO CONTEUDO

Governo corrige valor e propõe fundo eleitoral de R$ 2 bilhões em 2020

A proposta orçamentária do governo prevê R$ 2,034 bilhões para campanhas
© Marcos Corrêa/PR
Em mensagem enviada ao Congresso nesta terça-feira, 26, o Ministério da Economia reduziu o valor proposto para financiar as campanhas eleitorais do ano que vem em R$ 504 milhões. Agora, a proposta orçamentária do governo prevê R$ 2,034 bilhões. O dinheiro será usado por candidatos a prefeito e a vereador em todo o País.

Segundo o secretário de Orçamento Federal, George Soares, a correção foi feita porque houve uma mudança na metodologia no cálculo da compensação fiscal que era dada a emissoras de TV e rádio em troca da veiculação da propaganda partidária. Com a extinção destes programas, em 2017, o valor a mais em impostos que o governo passou a arrecadar é remetido ao fundo eleitoral.

De acordo com o Ministério da Economia, esta arrecadação foi de R$ 765,2 milhões, e não R$ 1,269 bilhão, como constava na proposta orçamentária enviada em agosto. Na ocasião, o partido Novo já havia apontado erro no cálculo, mas estimou um valor total menor ainda para o fundo, de R$ 1,86 bilhão.

Pela regra em vigor, além dos R$ 765,2 milhões da compensação fiscal, o fundo eleitoral também é composto pelo equivalente a 30% do valor destinado a emendas parlamentares de bancada, estimado em R$ 1,3 bilhão. Assim, chega aos R$ 2,034 bilhões previstos pelo governo.

Caso seja aprovado, o valor representaria um aumento de 19% em relação ao R$ 1,7 bilhão que foi gasto na disputa de 2018.

Minirreforma eleitoral

Em setembro, ao votar a minirreforma eleitoral, a Câmara aprovou uma mudança na lei que acaba com esta vinculação, cabendo aos parlamentares definirem o valor do fundo a cada eleição. Na prática, isso abriria uma brecha para que deputados e senadores aumentassem a quantia destinada a campanhas sem um critério definido.

Este trecho da minirreforma, porém, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas já há acordo no Congresso para que o veto seja derrubado. Uma sessão marcada para esta quarta-feira deve discutir o assunto.

Dirigentes partidários atuam para que a quantia destinada a campanhas de prefeitos e vereadores no ano que vem seja de R$ 4 bilhões.

Além da mudança na regra do fundo eleitoral, o Congresso também deve derrubar o veto de Bolsonaro à retomada das propagandas partidárias, exibidas em anos não eleitorais e no primeiro semestre dos anos com eleição. O Ministério da Economia estima um impacto de R$ 400 milhões no Orçamento de 2020, relativo à compensação fiscal dada à emissoras.

Por: Estadão

MP mudou posição e pediu condenação mais dura a Lula

O procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum reviu seu posicionamento anterior de pedir anulação da sentença
© Reuters
A Procuradoria Regional da República voltou atrás na semana passada e pediu que não seja anulado o processo em que Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a segunda instância da Operação Lava Jato de Curitiba, vota nesta quarta, 27, se anula a sentença ou se mantém a condenação de 12 anos e 11 meses de prisão contra o petista.

Em parecer anexado ao processo no dia 19, o procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum reviu seu posicionamento anterior de pedir anulação da sentença e volta do processo para a primeira instância, na 13ª Vara Federal em Curitiba, na fase de alegações finais.

Decisão recente do Supremo Tribunal Federal anulou uma sentença de Curitiba e determinou que réus não colaboradores devem apresentar defesa após seus delatores - no caso analisado, o réu delatado apresentou suas alegações finais simultaneamente aos delatores, após o Ministério Público e os assistentes de acusação.

Com base nesse precedente do STF, Gerum havia se manifestado pela anulação da sentença. No novo parecer, o procurador da equipe da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal na segunda instância considerou o fato de a defesa de Lula não ter postulado a anulação com base na decisão do STF.

"Ora, a partir dessa percepção de que a própria defesa não acredita nas teses que argui, não há por que o Ministério Público encampar sem maior juízo crítico pretendida declaração de nulidade em razão da apresentação simultânea com os demais réus das alegações finais", escreveu Gerum.

Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Thompson Flores e Leandro Paulsen, da Oitava Turma Penal, julgam desde as 9h a apelação criminal em que o petista, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, contesta a sentença da 13.ª Vara Federal de Curitiba e pede a nulidade do processo.

Gerum afirma ainda que a defesa de Lula busca "a anulação do processo penal como estratégia defensiva de alongar o seu curso e eventualmente garantir que a pretensão punitiva seja atingida pela prescrição".

Ele ainda explicou que em um primeiro momento entendeu que o caso do sítio seria similar ao processo anulado pelo STF, em que os réus delatores deveriam ter feito suas defesas finais antes do demais réus. Mas que posteriormente entendeu que a ordem da corte determina que as defesas devem comprovar prejuízo para o réu, para que a sentença seja anulada e haja nova fase de defesas finais do processo. Para o procurador, no caso de Lula não houve prejuízo e sua condenação deve ser mantida e a pena, aumentada.

Fonte: Estadão

Rede aciona STF para impedir fim do DPVAT decretado por Bolsonaro

© Marcos Corrêa/PR
A Rede Sustentabilidade acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a medida provisória do governo Jair Bolsonaro que dá fim ao Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, o DPVAT. A sigla afirma que o Planalto não apresentou argumentos suficientes para justificar a medida, que pode ter sofrido com "potencial desvio de finalidade" ao ser utilizada para atingir um desafeto político do presidente.

Apesar de medidas provisórias terem força de lei no momento em que são assinadas, a extinção valerá somente a partir de 2020. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a decisão foi tomada após o governo notar baixa eficiência do seguro, destacando que a camada mais pobre da população segue segurada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência ou em casos de invalidez.

Em manifestação ao Supremo, a Rede afirma que a gestão Bolsonaro "não traz qualquer elemento que justifique a extinção" do DPVAT, seja imediatamente ou no ano que vem. "Mesmo o argumento de fraudes na concessão de seguros, que certamente deve ser levado em consideração pelo Estado na condução da política pública, deixa de trazer qualquer dado oficial que ampare a suposta urgência na edição da medida", afirma a sigla.

O partido menciona reportagens que mostram que o fim do DPVAT atinge os negócios do deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). Desafeto de Bolsonaro devido ao racha pelo controle do PSL, Bivar é o controlador e presidente do conselho de administração da Excelsior, uma das seguradoras credenciadas pelo governo para a cobertura do DPVAT. Entre janeiro a junho deste ano, a empresa intermediou o pagamento de R$ 168 milhões em indenizações relacionadas ao seguro.

"Assim, a Medida Provisória está eivada não apenas de inconstitucionalidade quanto aos requisitos de relevância e urgência, mas também em função de desvio de finalidade em sua edição", argumenta a Rede. Segundo a sigla, a atitude demonstra o "desapreço" do presidente pelos valores democráticos e prerrogativas constitucionais.

O pedido da agremiação foi distribuído para o ministro Edson Fachin e aguarda parecer.

Fraudes

A Rede menciona operação da Polícia Federal citada pelo Planalto para justificar o fim do seguro. Agentes descobriram levantamentos indevidos de R$ 25 milhões do fundo do DPVAT. Para o partido, o valor "não é desprezível", mas não seria suficiente para extinguir o programa.

"A pergunta que se faz é: o resultado de uma operação justifica a extinção, em regime de urgência, de um programa de proteção social que, em 2018, assegurou o pagamento de 328.142 indenizações?", questiona a legenda.

O partido afirma que a substituição do seguro por atendimentos no SUS e pelo BPC acabaria por "aumentar a demanda" do sistema de saúde, já "excessivamente onerado com a demanda regular". "Tem-se, em verdade, uma urgência inversa: ficarão desamparados 208 milhões de brasileiros, que possuem cobertura para acidentes de trânsito registrados no território nacional", afirma o partido.

A reportagem entrou em contato com o Palácio do Planalto e aguarda resposta. O espaço está aberto manifestações.

Fonte: Estadão

Deputado Eduardo Alencar e Senador Otto Alencar destinam mais uma ambulância para Ipiaú

Delegacia de Polícia que está sendo reformada também é indicação de Eduardo Alencar.
O Deputado Estadual Eduardo Alencar e o Senador Otto Alencar, destinaram mais uma ambulância para servir a população de Ipiaú. Na manhã desta quarta-feira (27), a Prefeitura Municipal recebeu a informação que mais um equipamento de saúde foi encaminhado para atender demandas no município. Em outubro, os parlamentares anunciaram a entrega do primeiro veículo utilitário, que foi destinado ao Hospital Geral do Estado (HGI).

Desta vez, a segunda ambulância, que é um modelo tipo van, fruto de emenda parlamentar, servirá a Secretaria Municipal de Saúde. 

“Essas novas ambulâncias vêm para reforçar a importância do nosso investimento na saúde, objetivando a melhoraria no atendimento, trazendo conforto e segurança nos serviços prestados à população. São importantes conquistas para todos os cidadãos de Ipiaú”, destacou o deputado.
Senador Oto Alencar (PSD) e O Deputado Estadual Eduardo Alencar,(PSD)
Sendo mais uma conquista que firma o compromisso de Eduardo e Otto com Ipiaú e com o grupo que o apoiou, a Prefeita Maria das Graças Mendonça, agradeceu pela honra e o comprometimento com o município. 

“Estamos felizes em receber mais essa notícia. Sempre falo da nossa união e é assim que construímos uma cidade desenvolvida. Seguiremos somando forças com o único objetivo de levar mais qualidade nos atendimentos e melhorias, principalmente na saúde, que é prioridade”, finalizou Maria.
Dircom/Prefeitura de Ipiaú

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