Ciro diz não se arrepender de viagem no 2º turno: ‘Eu sou livre’

Foto: Reprodução/Facebook
Candidato derrotado à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse, em entrevista à BBC News Brasil, não se arrepender da viagem à Europa no segundo turno da eleição presidencial, quando o PT e parte do eleitorado esperavam seu apoio a Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro.

O pedetista reafirmou que a candidatura do ex-prefeito de São Paulo foi uma “fraude” e estava perdida “de véspera”.

“O Haddad é uma fraude cuja origem eu denunciei ancestralmente, porque foi transformado num vice, convidou a Manuela para ser um terceiro não sei de quê de uma candidatura do Lula. Toda burocracia do PT sabia, como todas as pedras no caminho sabiam, menos o nosso povo mais simples, que o Lula não podia ser candidato por uma lei que ele próprio colocou em vigor, a lei da ficha limpa”, declarou.

Ciro repetiu ainda que os números apontavam sua vantagem sobre Bolsonaro em um eventual segundo turno.

“Optei por sair. Eu sou livre. O que eu estou devendo para essa gente? Nada. Me esfolei de trabalhar, lutei, cansei de dizer para todo mundo o que as pesquisas diziam: eu, Ciro Gomes, ganharia as eleições do Bolsonaro no segundo turno”, disse.

"Na crise surgem modelos para fazer mais com menos", diz Rui em encontro com prefeitos

Fotos: Mateus Pereira/GOVBA
Na abertura do 7º Encontro dos Prefeitos da Bahia, na tarde desta sexta-feira (13), o governador Rui Costa reforçou a importância da parceria entre Estado e municípios em momentos de crise. O evento é realizado até o próximo domingo (15), no Vila Galé Mares, em Camaçari, reunindo mil participantes, entre prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais. 
Fotos: Mateus Pereira/GOVBA
"Não está fácil manter serviços públicos com a contenção de investimentos do governo federal, com um país que não cresce. É um esforço extraordinário. Mas temos uma geração de prefeitos que tem feito a diferença, tem se esforçado e apostado em soluções inovadoras, como os consórcios. Estou aqui para reforçar o conceito de que na crise surgem ideias novas e novos modelos para fazer mais com menos. Nós vamos continuar apostando nessa parceria do Estado com os municípios", disse Rui. 

Nesta edição, o tema do encontro é 'Estratégia de Gestão e Captação de Recursos'. O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro, explicou que o evento "é um momento de formação dos prefeitos, com a realização de cursos e o entendimento de diversas matérias que são fundamentais para o cotidiano dos municípios. Com isso, fortalecemos o elo entre os municípios. Além disso, iremos possibilitar que os prefeitos consigam tirar dúvidas e busquem benefícios diretamente com os técnicos de cada pasta”. 

O 7º Encontro dos Prefeitos tem apoio do Governo do Estado. No local estão montados estandes de secretarias e diversos órgãos estaduais. Entre eles, a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) oferece atendimento personalizado até o último dia do encontro. 

“O nosso objetivo aqui é oferecer crédito aos municípios baianos, principalmente na área de infraestrutura. Ao chegar no nosso espaço, os gestores podem esclarecer dúvidas sobre as linhas de crédito, tipo de documentação necessária, além de conhecer os critérios para buscar crédito junto à Desenbahia”, afirmou o diretor de operações da Desenbahia, Paulo Ferreira Costa.

Cooperação técnica

Durante o evento foi assinado um protocolo de intenções para que seja firmado convênio de cooperação técnica entre a UPB e a Bahia Pesca. A ação visa à implantação da atividade de piscicultura em diversos municípios, com a instalação de tanques-rede e tanques escavados para atender os produtores que vivem da agricultura familiar.

Uma carta aberta da UPB sobre o transporte alternativo complementar também foi entregue ao governador.

Secom /GOVBA

Policlínicas já atendem mais da metade dos municípios baianos

Foto: Mateus Pereira/GOVBA
As policlínicas regionais de saúde já atendem a população de 58% dos municípios da Bahia. Com a inauguração da 12ª unidade, em Jacobina, na última quinta-feira (12), são 239 municípios contemplados pelos serviços. Cada policlínica recebe R$ 22 milhões em investimentos do Governo do Estado, que é responsável pela construção, aquisição de equipamentos, mobiliário e micro-ônibus para o transporte dos pacientes. 
Foto: Paula Fróes/GovBA
O principal objetivo das policlínicas é complementar a atenção básica de saúde. Elas são construídas em locais estratégicos no interior do estado, possibilitando a regionalização do atendimento à população, que não precisa percorrer longas distâncias ou aguardar tempo excessivo para o atendimento.
Foto: Paula Fróes_GOVBA
As policlínicas já funcionam nas regiões de Teixeira de Freitas (13 municípios atendidos), Guanambi (22 municípios), Jequié (28 municípios), Irecê (24 municípios), Feira de Santana (28 municípios), Alagoinhas (19 municípios), Santo Antônio de Jesus (28 municípios), Valença (13 municípios), Paulo Afonso (9 municípios), Juazeiro (10 municípios) e Vitória da Conquista (28 municípios). Também estão em construção as unidades de Salvador, Barreiras, Itabuna, São Francisco do Conde, Simões Filho e Senhor do Bonfim. 

A manutenção das unidades é compartilhada entre o Estado, que financia 40% dos custos, e os municípios do consórcio de saúde, que cobrem os 60% restantes.

Entregue pelo governador Rui Costa na quinta-feira (12), a policlínica em Jacobina será administrada pelo consórcio formado por 17 municípios: Caém, Caldeirão Grande, Capim Grosso, Jacobina, Mairi, Miguel Calmon, Mirangaba, Ourolândia, Piritiba, Quixabeira, São José do Jacuípe, Saúde, Serrolândia, Umburanas, Várzea da Roça, Várzea Nova e Várzea do Poço. 

Nas policlínicas, a população têm acesso gratuito a consultas em diversas especialidades médicas, a exemplo de angiologia, cardiologia, endocrinologia, gastrenterologia, neurologia, ortopedia e otorrinolaringologia, e exames como ressonância magnética, tomografia, mamografia, ultrassonografia com doppler, ecocardiografia, mapa, holter, eletroencefalograma, eletrocardiograma, endoscopia e colonoscopia.

Secom/Governo da Bahia

FGTS pode ficar sem recursos suficientes para habitação

@DR
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não terá recursos suficientes para financiar a habitação popular a partir de 2022, segundo o presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário de SP), Basílio Jafet.

Segundo ele, isso em parte ocorre pela liberação do saque de recursos feita pelo governo Jair Bolsonaro a partir desta sexta-feira (13) e pelo governo de Michel Temer. "Deixa o fundo de garantia sem reserva para nada. [Em primeiro lugar, o] Fundo tem a função de ajudar trabalhador na hora difícil; [em] segundo, habitação, infraestrutura e saneamento", afirmou Jafet em evento do setor imobiliário em São Paulo.

"Nos nossos cálculos, mal e mal vamos conseguir financiar a habitação econômica [MCMV entre 2020 e 2021]. Em 2022, não dará para financiar", disse. Ele seguiu as críticas feitas por Ricardo Valadares, presidente da incorporadora Direcional.Valadares se disse contrário aos saques, que privilegiam o uso de curto prazo dos recursos, com consumo. "São recursos escassos de longo prazo sendo colocados no bolso da população para gasto de curto prazo", critica Valadares. "Não vai haver impacto nos próximos dois anos, mas será que a gente não podia fazer mais?", questiona. 

Para Gilberto Abreu, presidente da Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário), é preciso cuidar do FGTS, porque tem recursos escassos. "A grande questão é que por ser limitado, não vai ser caminho para novos saltos de financiamento", afirma.

TSE recebe propostas de empresas interessadas na licitação das urnas eletrônicas


Duas empresas interessadas em participar da licitação para produção e fornecimento das novas urnas eletrônicas modelo 2020 (UE2020) entregaram sua documentação para participação no certame, que foi aberto na manhã desta sexta-feira (13), no Auditório III do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. As empresas são Positivo e Smartmatic, integrando esta última um consórcio denominado SMTT.

Nesta primeira fase, conforme previsto em edital, cada empresa entregou três envelopes aos representantes da Comissão Permanente de Licitação do TSE, contendo habilitação, proposta técnica e preço.

Na fase de habilitação, a empresa apresenta documentos de ordem administrativa sobre seu funcionamento. Já na proposta técnica, a empresa deve comprovar o atendimento aos requisitos técnicos e atender aos critérios previamente exigidos no edital, que contém mais de 400 páginas.

Além disso, cada empresa apresentou um protótipo, também chamado de modelo de engenharia, que será testado na fase subsequente. E, por fim, o envelope de preços, por meio do qual serão verificados os valores mais vantajosos com relação aos projetos.

O secretário de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, Giuseppe Janino, explica que essa é uma licitação na modalidade técnica-preço, em que o valor não é o determinante, mas sim a junção do valor combinado com a qualidade do produto a ser licitado. Segundo ele, as urnas eletrônicas são projetadas para durarem um período de 10 anos.

Janino destaca que, no caso, os modelos 2006 e 2008, que somam 83 mil equipamentos, já ultrapassaram esse tempo e precisam ser substituídos. Além disso, diz ele, “é preciso considerar o crescimento demográfico, que deve acrescentar, para as próximas eleições, cerca de 20 mil seções eleitorais”, e cada uma destas utiliza uma urna eletrônica.

“Portanto, nós temos uma necessidade de colocar no sistema em torno de 103 mil urnas eletrônicas novas. Nesse novo modelo, estamos prevendo alguns avanços como adequação dos componentes eletrônicos ao mercado”, afirmou o secretário, ao ressaltar que o mercado tecnológico evolui muito rapidamente, trazendo a necessidade de adequação de componentes da urna, como, por exemplo, a memória.

A urna eletrônica modelo 2020 terá um novo design de modo a permitir que o eleitor tenha funcionalidades de ergonomia, ou seja, a tela e o teclado numa única visão. A medida vai agilizar a votação, uma vez que o eleitor terá mais controle e menos possibilidade de cometer erros ou equívocos no momento da digitação. Além disso, o terminal do mesário contará com uma tela sensível ao toque (touch screen), onde estarão disponíveis mais informações e funcionalidades.

Mais detalhes

No dia 29 de julho deste ano, o TSE publicou – no Diário Oficial da União e em jornais de grande circulação – o Aviso de Licitação n° 43/2019, destinado à aquisição de até 180 mil novas urnas.

No início do mesmo mês, antes da publicação do edital, o TSE realizou uma audiência pública que contou com representantes da sociedade civil e de empresas especializadas. Todas as sugestões e contribuições viáveis apresentadas na ocasião para aperfeiçoar o projeto básico elaborado pela Secretaria de Tecnologia da Informação foram acolhidas, bem como as manifestações enviadas pela Polícia Federal.

A licitação das urnas eletrônicas, na modalidade concorrência, obedece ao que está previsto na Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/1993). A íntegra do Aviso de Licitação nº 43/2019 está disponível no Sistema de Licitações do TSE.

Confira os 47 estádios da Bahia que receberam investimentos da Sudesb desde 2015

Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
Entre o período de 2015 e 2019, a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) empenhou um investimento de R$ 19.244.444,4 na construção, reforma e manutenção de 47 estádios baianos. O primeiro na lista é o de David Caldeira, o Caldeirão, em Candeias, à frente, inclusive, de Pituaçu, praça esportiva mais famosa da lista (leia mais aqui). 

Os dados foram obtidos pelo Bahia Notícias via Lei de Acesso à Informação. Na lista, há estádios famosos do interior do estado, a exemplo de Adauto Moraes (Juazeiro), Mário Pessoa (Ilhéus) e Valfredão (Riachão do Jacuípe) – este último recebe no ano que vem a Série C do Campeonato Brasileiro, tendo o Jacuipense como representante.

Por outro lado, há outros estádios desconhecidos do público baiano, como o Carlos Roberto Rodrigues (Ibicuí), Deraldão (Mairi) e União (Várzea do Povo).

Confira a lista completa:

1 – David Caldeira - Candeias (2018): R$ 2.115.957,73 (Contrato) 
2 – Pituaçu – Salvador: R$ 2.101.244,97 (Manutenção vitalícia)
3 – Waldomiro Borges - Jequié (2017 e 2019): R$ 1.277.318,64 (Contrato)
4 – Antônio Pena - Catu (2018): R$ 851.993,32 (Convênio)
5 – Estádio Municipal de Ibipitanga (2018): R$ 624.876,19 (Convênio)
6 – Carlos Roberto Rodrigues - Ibicuí (2017): R$ 598.377,67 (Convênio)
7 – Deraldão - Mairi (2017): R$ 592.749,62 (Convênio)
8 – Waldetrudes Carneiro de Magalhães - Serrolândia (2017): R$ 592.749,61 (Convênio)
9 – União - Várzea do Poço (2018): R$ 584.580,06 (Convênio)
10 – Barbosão - Cruz das Almas (2018): R$ 548.339,44 (Convênio)
11 – Estádio Municipal de Banzaê (2018): R$ 531.204,69 (Convênio)
12 – Estádio Municipal de Pedrão (2018): R$ 509.850,25 (Convênio)
13 – Antônio Salomão Filho - Cordeiros (2017): R$ 499.885,53 (Convênio)
14 – Estádio Municipal de Olindina (2018): R$ 468.285,92 (Convênio)
15 – João de Souza Correia - Cícero Dantas (2018): R$ 449.392,9 (Convênio)
16 – Adauto Moraes - Juazeiro (2018): R$ 448.698,05 (Contrato)
17 – Raimundo Matos - Itiúba (2018): R$ 428.691,72 (Convênio)
18 – Mário Nascimento Souza - Amélia Rodrigues (2018): R$ 339.338,06 (Convênio)
19 – Estádio Municipal de Dom Macedo Costa (2018): R$ 333.422,67 (Convênio)
20 – 2 de Julho - Guanambi (2015): R$ 306.843,55 (Contrato)
21 – Coronel Aroldo - Luiz Eduardo Magalhães (2018): R$ 304.555,01 (Convênio)
22 – Minhocão - Malhada de Pedras (2017): R$ 301.504,21 (Convênio)
23 – Moisés Oliveira - João Dourado (2018): R$ 280.984,8 (Convênio)
24 – Estádio Municipal de Ibirapuã (2018): R$ 280.348,19 (Convênio)
25 – Estádio Municipal de Novo Horizonte (2017): R$ 280.103,35 (Convênio)
26 – Lourivaldo Ribeiro da Silva - Contendas do Sincorá (2017): R$ 278.999,42 (Convênio)
27 – Estádio Municipal de Cocos (2017): R$ 275.487,29 (Convênio)
28 – O Gaiolão - Paripiranga (2018): R$ 253.714,57 (Convênio)
29 – Estádio Municipal de Gentio do Ouro (2018): R$ 250.314,34 (Convênio)
30 – Estádio Municipal de Belo Campo (2018): R$ 235.918,26 (Convênio)
31 – José Rocha - Jacobina (2015): R$ 205.513,59 (Contrato)
32 – João de Oliveira Figueiredo - Macaúbas (2016): R$ 201.070,57 (Contrato)
33 – 27 de Junho - Camamu (2018): R$ 191.408,52 (Convênio)
34 – Antônio Carlos Magalhães - Jitaúna (2018): R$ 173.174,2 (Convênio)
35 – Parmênio Ferreira - Condeúba (2017): R$ 173.152,21 (Contrato)
36 – Deocleciano Ferraz - Tremedal (2017): R$ 169.384,84 (Contrato)
37 – Estádio Municipal de Igaporã (2016): R$ 166.218,35 (Contrato)
38 – Paulo Souto - Caetité (2016): R$ 161.270,51 (Contrato)
39 – Ângelo Francisco de Oliveira - Capim Grosso (2018): R$ 160.392,42 (Convênio)
40 – Jonival Lucas - Barro Preto (2018): R$ 151300,25 (Convênio)
41 – José Fernando C. Santos - Coração de Maria (2018): R$ 140 mil (Convênio)
42 – Azevedão - Planalto (2018): R$ 100.816,85 (Convênio)
43 – João Isaías Montalvão - Jeremoabo (2017): R$ 94.466,53 (Convênio)
44 – Valfredão - Riachão do Jacuipe (2018): R$ 59.828,21 (Contrato)
45 – Mário Pessoa - Ilhéus (2017): R$ 57.128,21 (Convênio)
46 – O Pereirão - São Gabriel (2018): R$ 50.597,94 (Convênio)
47 – Estádio Municipal de Camacan (2017): R$ 42.991,25 (Contrato)

Hospital no Rio confirma 11 mortos após incêndio

Fernando Frazão/Agência Brasil
A direção do Hospital Badim confirmou que 11 pacientes morreram no incêndio que atingiu a instituição, na noite de ontem (12). Dos 103 pacientes que estavam no local no momento do fogo, 77 seguem internados em 12 instituições de saúde na cidade. Mais 14 foram levados para suas casas. E 20 funcionários e acompanhantes seguem internados.

O balanço foi divulgado na tarde desta sexta-feira (13) pelo diretor médico do hospital, Fábio Santoro. Segundo ele, todos os protocolos de emergência em casos semelhantes foram respeitados e executados. Ele falou à imprensa e leu um comunicado em nome da instituição.

“Em primeiro lugar, a diretoria do Hospital Badim expressa sua profunda tristeza e se solidariza com as pessoas atingidas. Nós agradecemos a grande rede de solidariedade que se formou desde ontem e vem se fortalecendo. Incluindo vizinhos, profissionais de saúde e familiares. Os nossos colaboradores atuaram ao longo de toda a noite e madrugada, arriscando suas vidas para salvar os nossos pacientes. Todos os recursos humanos e materiais ao nosso alcance foram dedicados a esse resgate, extremamente difícil, que exigiu a remoção dos pacientes em condição de saúde delicada”, disse o diretor.

Os trabalhos da equipe de perícia da Polícia Civil devem ser retomados amanhã. O subsolo do hospital está totalmente alagado por conta do combate às chamas. A água terá que ser drenada para que as equipes prossigam na investigação das causas do fogo, que teria, segundo os primeiros relatos, se iniciado em um gerador de energia.

Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

Edifício de R$ 1 bilhão e alvo da Lava Jato vai ser desocupado pela Petrobras em Salvador

Foto: Google Street View
Alvo de investigações no âmbito da Lava Jato, um dos edifícios mais emblemáticos da Petrobras, a Torre Pituba, será desocupado pela estatal no próximo ano. A saída deve acontecer pouco mais de quatro anos após a inauguração do edifício em Salvador. Construído pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, a obra teve o orçamento é estimado em R$ 1 bilhão. Com 22 andares, 2.600 vagas de garagem e heliponto, a Torre Pituba foi erguida em contrato de locação firmado em 2010 entre Petrobras e o Petros, o fundo de pensão dos funcionários da estatal.
O acordo foi firmado na modalidade “built to suit”, na qual o locador define detalhes do imóvel a ser construído e tem uso exclusivo das instalações. A parceria tem prazo de 30 anos e valor estimado em R$ 1,4 bilhão, conforme o contrato obtido pela Folha. O aluguel pago mensalmente a Petros é de R$ 6,8 milhões, com correção anual pelo Índice Nacional da Construção Civil. O contrato foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal, que apontou pagamento de pelo menos R$ 68 milhões em propinas. Em dezembro, a Lava Jato denunciou 42 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, desvios de recursos de instituição e organização criminosa.

A decisão da Petrobras de deixar a Torre Pituba acontece em meio a execução de um plano de desestatização e redução de gastos da empresa. O imóvel, segundo a Petrobras, tem taxa de ocupação de 20% e elevados custos de aluguel e manutenção. “A Petrobras está realizando estudo para adequar a ocupação dos espaços à estratégia de negócio da companhia”, informou em nota a estatal, destacando que neste ano foram desativados prédios em São Paulo, Rio de Janeiro e Macaé. Há dúvidas a respeito da economicidade da desocupação. O contrato vence em 2045 e prevê o retorno integral do investimento na construção do prédio, independentemente de uma saída antecipada.

Em nota, a Petros informou não recebeu qualquer comunicação da Petrobras a respeito da desocupação da torre, mas destacou que o contrato não pode ser desfeito sem o retorno do investimento. A Petrobras não informou qual será o destino do edifício. Mas a expectativa é que a estatal busque um rompimento de contrato na Justiça.

Folha de S.Paulo

Rui sinaliza que não disputará nada, abrindo caminho para Wagner sair ao governo


Foto: Fernanda Chagas/Política Livre
O ponto mais importante da excelente entrevista – do ponto de vista do conteúdo expresso por um político nordestino e do PT – que o governador Rui Costa deu à revista Veja que circula este final de semana, a qual se pode ler pelo link publicado aqui, é aquele em que fala que pode não ser candidato a nada em 2022.

“Na medida em que me coloco à disposição, concordo em ser qualquer coisa, inclusive (em) não me candidatar a nada. Quero contribuir porque o povo brasileiro não merece passar por isso que está vivendo”, afirma Rui, ao ser abordado sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República.

Ora, ora, todo mundo sabe que o governador pode ser, no máximo, candidato a senador pela Bahia na próxima sucessão estadual e que as referências a um projeto presidencial não passam de marola midiática a fim de mantê-lo numa faixa superior de expectativas do que a que efetivamente tem condições de enfrentar.

O candidato natural do PT para 2022 é Fernando Haddad, que, segundo as últimas pesquisas, venceria o presidente Jair Bolsonaro (PSL), em franco processo de desgaste pelo que fala e pelo que não faz, de acordo com os últimos levantamentos. Haddad surfa no recall da campanha passada, naturalmente.

Portanto, o espaço a que o líder petista baiano estaria restrito seria o de uma candidatura a senador. Ocorre que há uma luta intestina no PT, como prova a disputa ainda não encerrada pelo comando do partido no Estado, para que Rui não concorra a nada, permitindo que Jaques Wagner saia candidato a governador em 2022.

Parece ser este o recado mais importante que Rui dá na conversa com a Veja que, por ser veículo nacional, não percebeu a sua sutileza. Como se sabe no Estado, esta é a tese que Wagner vem defendendo internamente no PT, como já registrou este Política Livre, à qual Rui, irresignado pelo empoderamento, dava sinais de resistência.

A entrevista nacional mais recente do petista mostra que, pelo visto, o governador entendeu a gravidade da situação e a necessidade de concluir o mandato até o fim para não desarrumar a base, jogando numa disputa fratricida seu partido, o PP e o PSD, doidos para sucedê-lo, ao contentar-se em não concorrer a nada em benefício do grupo.

Por Politica Livre
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PSL oferece R$ 100 mil a quem der informação sobre ataque a Bolsonaro

© Stringer .
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dois deputados federais do PSL estão oferecendo recompensas no valor de R$ 100 mil cada por informações que levem ao suposto mandante do atentado cometido há um ano contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O autor do ataque, em Juiz de Fora (MG), é Adélio Bispo de Oliveira, que, segundo a Polícia Federal, agiu sozinho. Mas essa conclusão não convence parte dos apoiadores do presidente.

O primeiro a ter a ideia foi Loester Trutis (MS), que publicou um vídeo nas redes sociais com a oferta do pagamento. "Vamos oferecer uma recompensa de R$ 100 mil para informações que levem à prisão e à condenação do mandante, porque eu acredito que exista uma ajuda externa para o Adelio. Algumas questões não foram esclarecidas", afirma Trutis no vídeo.

A seu lado aparece Ciro Fidélis, apresentado como um empresário de Campo Grande. Dono de lojas na cidade, ele também é assessor do parlamentar na Câmara. O valor da recompensa seria pago pelos dois.

"Há questões importantes: quem paga o advogado do Adelio, que é extremamente caro? Como ele tinha dinheiro para fazer viagem ao interior e acompanhar os filhos do Bolsonaro? Como ele tinha quatro celulares no seu apartamento, e por quê? Como ele pagava cartão de crédito internacional, se não tinha trabalho?", questiona Fidélis.

Trutis pede que informações sejam fornecidas via WhatsApp, para depois serem encaminhadas por ele à Polícia Federal. O deputado faz ainda um apelo para que familiares, amigos e ex-militantes do PSOL, partido ao qual Adelio pertenceu, deem informações.

No vídeo, o parlamentar usa uma camisa amarela que mandou fazer com os dizeres "Meu Partido é o Brasil", idêntica à que Bolsonaro vestia no dia do atentado. Só que com uma diferença: um risco vermelho na altura da barriga, simbolizando o local onde a faca perfurou o presidente.

Na verdade, o atentado não resultou em sangramento externo, mas nos órgãos internos do então candidato.

Após o vídeo de Trutis, seu colega de bancada Bibo Nunes (RS) tomou a mesma atitude. "Quero informação confiável sobre o caso. Não é chegar qualquer coisa. Se for informação comprovada sobre o atentado, dou R$ 100 mil do meu bolso", afirmou.

Ele diz que confia no trabalho da PF. "Mas também tenho o direito de achar que alguém mandou matar", declarou Nunes.

De acordo com Trutis, empresários têm entrado em contato com ele oferecendo ainda mais dinheiro. "Queremos chegar a uma recompensa de R$ 500 mil, diz ele.







Congresso prepara brecha a caixa 2 e esvaziamento do controle de gasto partidário

Foto: Lula Macedo/Câmara dos Deputados
Já aprovado pela Câmara dos Deputados e em vias de ser votado de forma sumária pelo Senado, um projeto de lei que altera regras eleitorais e partidárias amplia as brechas para caixa dois e reduz a possibilidade de punição por irregularidades. Ao mesmo tempo, a proposta amplia a possibilidade de uso de dinheiro público pelas legendas e esvazia os mecanismos de controle e transparência no uso dessas verbas. O texto, que conta com apoio de várias legendas no Congresso, foi aprovado pelo plenário da Câmara por 263 votos a 144 na última semana.

O Senado tentou votá-lo a toque de caixa na quarta (11), mas a pressão de entidades da sociedade civil e de alguns parlamentares forçou o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a adiar a análise para a próxima terça-feira (17). “Trata-se do maior retrocesso desde a redemocratização em termos de transparência e integridade dos partidos políticos”, afirma o cientista político Marcelo Issa, diretor-executivo do movimento Transparência Partidária.

Ao lado de pelo menos outras 22 entidades —entre elas o Transparência Brasil e o Contas Abertas—, ele assina carta de repúdio à proposta que deve ser entregue a Alcolumbre no início da próxima semana. “Entre outros graves retrocessos, a proposta compromete severamente a transparência das contas partidárias e a eficiência dos respectivos processos de fiscalização”, diz o texto.

Entre as propostas constantes do PL 11.021 (que recebeu a numeração 5.029 no Senado) está a abertura para que cada partido apresente à Justiça Eleitoral uma prestação de contas em modelo próprio. A medida quebra a padronização do sistema adotado até agora, dificultando a fiscalização pública. Os atuais 33 partidos políticos brasileiros são financiados atualmente, de forma majoritária, pelos cofres públicos. São dois fundos, o partidário, que é anual e destina cerca de R$ 1 bilhão às legendas, e o eleitoral, de dois em dois anos, que direcionou R$ 1,7 bilhão às campanhas em 2018 —o valor deve ser maior no ano que vem.

Os valores são distribuídos proporcionalmente ao tamanho das siglas. Cabe a elas, por meio de prestação de contas partidária e eleitoral, comprovar a lisura do uso do dinheiro. Atualmente, elas devem apresentar até o mês de abril à Justiça Eleitoral, obrigatoriamente pelo sistema eletrônico SPCA (Sistema de Prestação de Contas Anual), suas contas do ano anterior. O projeto tira a obrigatoriedade de uso do SPCA, estabelecendo que as legendas podem utilizar “qualquer sistema de contabilidade disponível no mercado”. “Cada partido pode usar um sistema diferente. É como se a gente pudesse adquirir diferentes sistemas para declarar o Imposto de Renda”, afirma Issa.

Folha de S.Paulo

Grupos disputam cargo de Valeixo na chefia da PF

Foto: Divulgação
Com a saída do delegado Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal dada como certa, três grupos já disputam internamente o comando da instituição. A movimentação reflete uma medição de forças entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Justiça, Sérgio Moro – a quem a corporação é subordinada – pela influência na instituição. No Palácio do Planalto, um dos cotados é Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que passou a maior parte da carreira em funções fora da PF.

A prioridade do ministro, no entanto, é manter Valeixo no cargo. Caso não seja possível, o grupo ligado a Moro trabalha para manter o comando do órgão sob a influência do ex-juiz da Lava Jato. O receio é de que caso um nome de fora assuma, Moro perca a ascendência sobre a Polícia Federal. O nome do delegado Fabiano Bordignon, atual diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), é citado como opção, conforme antecipou a Coluna do Estadão. Bordignon já foi o chefe da PF em Foz do Iguaçu (PR) e atuou como diretor da penitenciária de Catanduvas (PR) na época em que Moro era juiz corregedor da unidade.

Admitido em 2002 pela PF, Bordignon é citado como um possível meio-termo, cenário em que Bolsonaro pretende dar uma “arejada” na instituição. Desta forma, o ministro da Justiça amenizaria a sua derrota por conta da eventual saída de Valeixo mantendo um nome próximo no comando da PF.

Estadão

Rui Costa admite candidatura à presidência da República em 2022

Foto: Divulgação


O governador da Bahia, Rui Costa (PT), admitiu pela primeira vez a pré-candidatura à presidência da República em 2022. Em entrevista à revista Veja, o petista disse que está “disposto a assumir qualquer tarefa”. “Disse isso ao Lula: mais do que projetarem nomes, os partidos deveriam deixar a vaidade de lado. Se cada um quiser se colocar um degrau acima, não vamos conseguir pensar um projeto de país. Hoje, quero construir com outras lideranças essa alternativa. Mas é óbvio que, se digo que estou disposto a construir algo, então estou disposto a assumir qualquer tarefa. Na medida em que me coloco à disposição, concordo em ser qualquer coisa, inclusive não me candidatar a nada. Quero contribuir porque o povo brasileiro não merece passar por isso que está vivendo”, declarou.

Sobre as eleições de 2018, Rui avaliou que a melhor estratégia teria sido apoiar Ciro Gomes (PDT). “Nas eleições de 2018, o certo era ter apoiado o Ciro Gomes. Fora o Lula, nenhuma das nossas lideranças seria capaz de superar o antipetismo ou disputar a Presidência em pé de igualdade”, disse.

PF suspeita de atuação de ex-diretor do MEC em desvios

© iStock (Foto ilustrativa) 
APolícia Federal e o Ministério Público Federal suspeitam de que o suposto esquema de desvio de R$ 500 milhões no Fies e no ProUni tenha envolvido consultorias de um ex-diretor do Ministério da Educação em troca de vantagens à Universidade Brasil, localizada em Fernandópolis, interior de São Paulo. Mas a informação, segundo a PF, não havia sido confirmada até o momento.

O empresário José Fernando Pinto da Costa, dono da Universidade Brasil, foi preso na Operação Vagatomia, deflagrada no dia 3 passado, por ordem da Justiça Federal de Jales. A Procuradoria requisitou à Polícia Federal inquérito para investigar a suposta ligação de servidores do MEC.

Segundo os investigadores, o esquema incluía fraudes no ingresso de alunos no curso de Medicina da instituição, na obtenção do Financiamento Estudantil do Governo Federal (Fies) e de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e na venda irregular de vagas de transferência para os cursos de complementação do exame Revalida - para revalidação de diploma.

Ao autorizar, na semana passada, as prisões e buscas na Vagatomia, o juiz federal Bruno Valetim Barbosa afirmou haver uma "atuação inaceitável", não só dos investigados, como também "daqueles que devem fiscalizar a utilização das verbas públicas e zelar pela correta utilização dos recursos públicos colocados à disposição da população mais necessitada, tendo em vista a inércia do MEC para coibir práticas absolutamente irregulares como o ingresso de alunos em número absolutamente excessivo e em desrespeito ao que o próprio MEC autorizou".

Segundo o magistrado, em observação à representação da PF e do Ministério Público Federal, José Fernando "possivelmente corrompeu servidores do MEC para que não dessem andamento a fiscalizações que competiam ao órgão, após comunicação do MPF sobre a recomendação expedida no inquérito civil (já que a Pasta sequer respondeu o ofício encaminhado pelo Parquet)".

O magistrado anota que "não se pode descartar a existência de outros envolvidos nos crimes investigados, pois a verdade é que, dificilmente, a Organização Criminosa conseguiria permanecer por tanto tempo praticando os mais variados crimes na área educacional sem, no mínimo, a conivência de servidores públicos".

Um dos casos apontados é o de José Luiz da Silva Valente, que já chegou a ser diretor do Departamento de Desenvolvimento do Ensino Superior da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.

Sobre ele, a PF informou ao juiz. "Durante as investigações recebemos algumas informações que indicaram que poderia haver um relacionamento atípico entre um ex-servidor do MEC identificado como Valente e a Universidade Brasil objetivando a realização de 'consultorias' para o grupo obter facilidades dentro da pasta da educação. Tal informação não foi confirmada até o momento."

Defesas

"A Universidade Brasil vem a público para informar a alunos, docentes e funcionários, bem como a toda a comunidade universitária nacional e à população em geral, que suas atividades acadêmicas e administrativas seguirão as rotinas ordinariamente, a despeito dos recentes fatos ocorridos. Solicitações gerais, atendimento aos alunos, bem como o funcionamento de cursos, com aulas regularmente ministradas, continuarão a ocorrer dentro da normalidade em todos os campi".

"A instituição de ensino esclarece também que está integralmente à disposição da Polícia Federal, assim como às demais autoridades em todas as esferas, para colaborar com quaisquer investigações e também para prestar todos os esclarecimentos que se façam necessários."

O Ministério da Educação emitiu nota. "Em casos de indícios de irregularidades, o MEC irá instaurar processo administrativo para a responsabilização dos envolvidos. Caso as irregularidades sejam comprovadas, serão aplicadas as penalidades previstas em Lei. O MEC também se coloca à disposição da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para colaborar com a investigação."

A reportagem tenta contato com os investigados pela operação Vagatomia. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.

Por: Noticias ao minuto

Só 7% dos deputados e senadores abrem mão de auxílios para moradia

@DR
As eleições do ano passado proporcionaram a maior taxa de renovação do Congresso Nacional dos últimos 30 anos, em torno de 50%, mas não interferiram em algumas práticas tão combatidas pelos novos parlamentares durante a campanha. O auxílio-moradia, concedido pela Câmara e pelo Senado, é um exemplo disso: só 7% deputados e senadores (43 dos 594) abrem mão atualmente do uso do imóvel funcional ou de repasses em dinheiro para pagar as noites em que passam em Brasília.

O custo desses auxílios mensais previstos em lei já passou de R$ 4,6 milhões de fevereiro a agosto. Ao menos R$ 21 milhões ainda são gastos anualmente com a manutenção dos 504 imóveis funcionais do Legislativo Federal. São 411 parlamentares que hoje usufruem desse direito. Outros 119 recebem até R$ 5,5 mil para ajudar nas despesas com hospedagem.

A Câmara nem sequer exige a comprovação do uso da verba. Neste caso, porém, o deputado tem descontado no auxílio o imposto de renda, o que reduz o valor em 27%, passando de R$ 4,2 mil para R$ 3,1 mil. Já no Senado, o modelo aceito é só via reembolso. O senador paga uma conta de hotel, por exemplo, apresenta a nota fiscal e recebe o ressarcimento.

Com patrimônio declarado de R$ 23 milhões, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que era deputado na legislatura passada, é um dos cinco que recebem auxílio-moradia do Senado. "Tratando-se de direito legalmente previsto, ele pode ser exercido, especialmente para quem mantém seu domicílio no Estado de origem (Minas Gerais) e não possui imóvel em Brasília", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo. 

Além de atender a deputados e senadores milionários - 28 dos que recebem em espécie têm mais de R$ 2 milhões em bens -, o benefício também é usado por quem tem imóvel próprio em Brasília. É o caso do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), dono de um apartamento de R$ 200 mil na capital federal, segundo declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele não respondeu à reportagem.

Tanto Pellegrino como Pacheco recebem um salário mensal de R$ 33,7 mil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles estão entre os trabalhadores com os mais altos rendimentos do País - apenas 1% dos brasileiros recebe mais de R$ 27 mil por mês.

Para o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, o salário permite a qualquer parlamentar pagar seus gastos com hospedagem em Brasília. Assim como a maioria dos deputados e senadores, ele passa três noites apenas, em média, na capital federal. "A conta fica em R$ 2,2 mil num flat bem próximo do Congresso. Recebo um salário líquido de R$ 21 mil, dá para pagar", afirma.

Waldir é um dos 43 parlamentares federais que abriram mão do auxílio-moradia e também do uso de um imóvel funcional. Como ele, há outros cinco no PSL - os demais recebem algum tipo de benefício. De todos os partidos, o Novo foi o único a emitir uma resolução nacional que impede a seus mandatários usufruir de tal auxílio. Até maio, Alexis Fonteyne (SP) era o único da bancada a pedir reembolso.

"Tomei essa decisão com a consciência tranquila de que não infringi qualquer regra legal ou determinação partidária. Ressalvo ainda que sempre fui pautado pelo respeito ao dinheiro público, tendo economizado 51% da verba de gabinete no primeiro semestre do ano", disse.

'Mordomia'

Na avaliação do cientista político David Fleischer, americano que vive em Brasília desde 1972 e é professor emérito da Universidade de Brasília, auxílio-moradia e imóvel funcional não são mais justificáveis, já que deputados e senadores têm salários altos. Ele também diz que as medidas são reflexo de um tempo que já não existe mais, quando as "mordomias" eram usadas para agilizar a transferência ou contratação de funcionários de outras regiões do País para a capital federal.

"Quando políticos dos Estados Unidos ou da Europa vêm aqui, ficam assustados com essas mordomias. Eles têm que pagar sua própria passagem de avião, alugar a moradia. Não existe isso", afirma.

Patrimônio

Construídos nos anos 1970 quando Brasília tinha cerca de 500 mil habitantes e infraestrutura hoteleira precária - bem distante da atual metrópole de três milhões de pessoas -, os apartamentos funcionais foram a saída encontrada pelo Congresso para oferecer moradia na capital aos políticos de fora, todos praticamente.

O professor emérito da UnB José Carlos Córdova Coutinho, que mora na capital há mais de 50 anos, afirma que os imóveis foram úteis no passado, mas que hoje não fazem mais sentido. "É um privilégio descabido em 2019", diz o urbanista.

"Brasília é hoje uma cidade muito bem equipada, tem uma rede de hotéis vasta, muitos apartamentos, então não há justificativa para manter esse privilégio. E isso vale para toda a administração pública, não só o Poder Legislativo." De acordo com o Ministério do Turismo, Brasília tem 279 estabelecimentos para hospedagem - dos quais 182 são hotéis. Há cerca de 40 mil leitos disponíveis.

Área nobre

Os imóveis funcionais ficam na região do Plano Piloto, uma das mais nobres de Brasília, e têm, em média, 220 m², mas alguns chegam a 300 m². Contam com três quartos, três banheiros, escritório, cozinha, área de serviço, copa e despensa, além de dependência completa para empregada doméstica. Coutinho diz que apartamentos na região, a depender do estado de conservação, podem chegar a valer até R$ 3 milhões.

POR ESTADÃO CONTEÚDO
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Carmem Lúcia será empossada no TRE-BA na segunda-feira (16)

Foto: Divulgação/TRE-BA
A desembargadora Carmem Lúcia Santos Pinheiro será empossada na segunda-feira (16) para cumprir seu segundo biênio como juíza substituta do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). A cerimônia ocorrerá na Sala de Sessões do Eleitoral baiano, com início previsto para 15h.

A magistrada foi reconduzida para ocupar vaga na Corte Eleitoral por meio de decisão do Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia, em sessão realizada no último mês de julho, e deverá cumprir novo biênio (2019-2021).

O período anterior que passou como juíza substituta do TRE-BA foi de junho de 2017 a junho de 2019, atuando na propaganda eleitoral antecipada e na propaganda eleitoral das eleições estaduais de 2018.

“No próximo biênio, como juíza substituta e nas oportunidades em que for convocada, ocuparei essa posição com o mesmo comprometimento e respeito ao ordenamento jurídico pátrio, na esperança de proteger, cada vez mais, os direitos fundamentais da população baiana”, afirmou.

Perfil – Carmem Lúcia Santos Pinheiro é graduada em Direito pela Universidade de Santa Cruz (1978) e pós-graduada em Direito Eleitoral (2012). Na carreira jurídica, trabalhou como advogada cível e trabalhista, na cidade de Itabuna.

Ingressou na magistratura em 1986, atuando nas Comarcas de Itiruçu, Mutuípe, Canavieiras e Santo Amaro. Em junho de 1993, a juíza foi promovida para a Comarca de Salvador.

Em maio de 2015, ascendeu ao cargo de desembargadora, pelo critério de antiguidade, sendo designada para a Quinta Câmara Cível, Seção Cível de Direito Público e Tribunal Pleno.

Caixa estende horário de atendimento amanhã e abre no sábado

Aplicativo Caixa Econômica Federal- FGTS.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
As agências da Caixa Econômica Federal vão abrir no próximo sábado, das 9h às 15h, para liberação do saque de até R$ 500 em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A Caixa também vai trabalhar com horário estendido por duas horas, amanhã (13), início do saque, e nas próximas segunda (16) e terça-feiras (17).

Assim, as agências, que normalmente abrem às 11h, vão iniciar o atendimento às 9h. Aquelas que abrem às 10h, iniciarão os trabalhos às 8h e as que abrem às 9h, atenderão a partir das 8h e terão uma hora a mais ao final do expediente. No caso de agências que abrem às 8h, serão duas horas a mais ao final do horário de atendimento.

“Vamos avaliar o movimento desses dias para ver se teremos que abrir mais calendários especiais nas semanas seguintes”, disse o vice-presidente de Distribuição, Atendimento e Negócios da Caixa, Valter Nunes. Ele participou hoje (12) de transmissão no Facebook, juntamente com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e o vice-presidente de FGTS da Caixa, Paulo Angelo, para tirar dúvidas sobre o saque imediato.

Depósito automático

A Caixa inicia amanhã (13) o pagamento dos recursos. O banco fará o depósito automático para quem tem conta poupança no banco, seguindo calendário de mês de nascimento.

Quem nasceu em janeiro, fevereiro, março e abril recebe primeiro. Os próximos a ter acesso ao saque são os nascidos em maio, junho, julho e agosto, no dia 27 deste mês. Em seguida, no dia 9 de outubro, será a vez os nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro.

Segundo a Caixa, cerca de 33 milhões de trabalhadores receberão o crédito automático na conta poupança. Os clientes do banco que não quiserem retirar o dinheiro têm até 30 de abril de 2020 para informar a decisão em um dos canais divulgados pela Caixa: site, Internet Banking ou aplicativo no celular.

Os clientes da Caixa que têm conta corrente podem fazer o pedido de crédito em conta por meio dos canais de atendimento

Para aqueles que não têm conta poupança na Caixa, aberta até o dia 24 de julho de 2019, ou conta-corrente, o calendário começa no dia 18 de outubro, para os nascidos em janeiro, e vai até 6 de março de 2020, para os nascidos em dezembro.

Saiba como sacar aqui o pagamento do FGTS.
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Brasília
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Dez mil reais do meu bolso para quem mandar matar esse vagabundo', oferece deputado do PSL

© Fornecido por S.A. O Estado de São Paulo
O deputado estadual Capitão Assumção (PSL) ofereceu R$ 10 mil para quem matar o responsável pelo assassinato a tiros de uma mulher na frente da filha na madrugada desta quarta, 11, em Cariacica, no Espírito Santo.

'Quero ver quem é que vai correr atrás para prender esse vagabundo', diz enquanto aponta para uma foto da mulher assassinada reproduzida no telão do plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) no mesmo dia do crime. 'Dez mil reais do meu bolso para quem mandar matar essa vagabundo. Ele não merece estar vivo, não.'

"Tem que entregar o cara morto, aí eu pago. Vagabundo que tira vida de inocente, vai usar o sistema para ser beneficiado? A gente tem que parar com isso de achar que preso é gente boa. Preso vai para lá porque fez maldade contra o cidadão. Não pode estar vivo uma praga dessa, não. É um custo muito alto para o cidadão."

E enfatiza. 'Se esse miserável for encontrado morto e a gente tiver certeza que foi ele quem matou a jovem, eu pago na maior boa vontade.'

Nesta quinta, 12, ele postou um vídeo em seu Instagram para responder à repercussão de sua fala no plenário. 'Meia dúzia de mimizentos estão magoadinhos porque ofereci 10 mil reais pela cabeça de um bandido. Matou uma jovem e não merecia estar vivo.'

No vídeo, postado na função stories do Instagram e que, portanto, não pode ser compartilhado, ele faz referência a ameaças que teria sofrido.

'Dei aquela declaração e a bandidagem disse que iria partir para cima. Olha aqui o que está aguardando você, vagabundo', fala enquanto tira um revólver da cintura. 'Parte para cima, parte.'

O caso

O deputado se referia à morte de Mayara Oliveira Freitas, de 25 anos, dentro de sua residência, nesta quarta, 11, no bairro de Antônio Ferreira Borges, em Cariacica. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 'a Polícia Militar foi acionada por populares que disseram que a casa havia sido invadida por criminosos encapuzados e a mulher baleada por diversas vezes'.

"Ninguém soube informar sobre autoria ou motivação no local do fato. O Samu chegou a ser acionado para socorro, mas a vítima teve o óbito confirmado no local. O crime está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Mulher (DHPM) da Polícia Civil", afirma a pasta.

Direitos Humanos

Para o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública, conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe-SP) e membro do Grupo Tortura Nunca Mais, a conduta do parlamentar é 'criminosa' e se enquadra na prática de incitação pública de crimes, prevista no código penal, e cuja pena chega a seis meses de detenção, mais multa.

"Ele está incitando os extermínios e linchamentos. Se alguém cometer o homicídio em razão desse incentivo, da incitação, o parlamentar pode responder pelo homicídio. Como um mandante do assassinato. O mandante também responde junto com o executor", afirma.

"A liberdade de expressão não pode ser confundida com a liberdade para cometer crimes", ressalta Castro Alves.

Segundo o advogado, 'todos nós, principalmente os parlamentares, devemos defender o cumprimento das leis'. "A legislação brasileira não prevê pena de morte, execuções e extermínios".

"Quem é acusado de crime grave deve ser investigado, preso e processado criminalmente, com direito a ampla defesa, ao contraditório, devido processo legal e presunção de inocência, inclusive para se evitar que inocentes sejam alvos de injustiças. Ele está pregando a barbarie, a vingança, o "olho por olho e dente por dente, o que é incompatível com a função parlamentar".

"Configura total quebra de decoro e deveria sofrer processo de perda do mandato parlamentar", explica.

"Os familiares das vítimas têm direito de agir com emoção e até acabam, em alguns casos, pregando a violência. E plenamente compreensível. Mas as autoridades públicas não têm esse direito!", ressalta.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informa que o caso já está sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) da Polícia Civil. A Sesp defende o trabalho policial sob o ponto de vista técnico e embasado pela legislação. Os agentes policiais militares e civis do Espírito Santo são treinados para atingir os objetivos de redução de criminalidade e a Secretaria ressalta que espera apresentar, o quanto antes, a prisão dos autores desse crime bárbaro e covarde.

COM A PALAVRA, O PSL

A reportagem entrou em contato com o partido em seus diretórios nacional e do estado de Espírito Santo. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO

A reportagem entrou em contato com o gabinete. O espaço está aberto para manifestação.

/www.msn.com

Em Jacobina, Rui entrega 12ª Policlínica Regional de Saúde

Fotos: Paula Fróes/GOVBA
Moradores de 17 municípios passam a contar com 21 especialidades de exames médicos oferecidos gratuitamente pela Policlínica Regional de Saúde em Jacobina, inaugurada pelo governador Rui Costa, nesta quinta-feira (12). A nova unidade, décima segunda já entregue pelo Governo na Bahia, contou com um investimento de R$ 23 milhões, entre obras, equipamentos e micro-ônibus que farão o transporte de pacientes. A policlínica começa a funcionar na segunda-feira (16).

Além da unidade de saúde, oito micro-ônibus e duas ambulâncias foram entregues à população pelo governador. "Agradeço a parceria com cada um desses municípios. O investimento é de 100% do Governo do Estado em equipamentos e na obra. Mas, a partir da inauguração, o custeio e a manutenção são de responsabilidade do Consórcio Regional de Saúde, que é composto pelo Estado e pelos municípios. A partir de hoje, o custeio mensal é dividido, uma parte do Estado da Bahia e outra parte das prefeituras", explicou Rui que, na oportunidade, recebeu o título de cidadão jacobinense. 

Ainda de acordo com Rui Costa, os consórcios e policlínicas são uma forma nova e mais inteligente de fazer a gestão pública da Saúde. "Esse consórcio é um exemplo do que é feito nos países ricos para oferecer uma saúde pública de qualidade. Um equipamento desse custa caro para construir e custa caro para manter. Por isso nós escolhemos o caminho mais acertado. Em outubro, iremos inaugurar mais uma, dessa vez em Senhor do Bonfim", destacou.

Policlínica

Ao todo, 67 profissionais atuarão para dar assistência à população. São médicos, enfermeiros, psicólogo, farmacêutico, nutricionista, ouvidor, assessores técnicos, assistente social, técnicos em enfermagem, técnicos em radiologia e assistentes administrativos.

As especialidades oferecidas no equipamento são diversas, como angiologia, cardiologia, endocrinologia, gastrenterologia, neurologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia/obstetrícia, mastologia e urologia.

O consórcio que vai administrar a unidade é formado pelos municípios de Caém, Caldeirão Grande, Capim Grosso, Jacobina, Mairi, Miguel Calmon, Mirangaba, Ourolândia, Piritiba, Quixabeira, São José do Jacuípe, Saúde, Serrolândia, Umburanas, Várzea da Roça, Várzea Nova e Várzea do Poço. 

Outras ações 

Em continuidade à agenda, Rui Costa visitou o Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte da Diamantina II (CETEP) e participou da inauguração da sede da Defensoria Pública no município.


Fotos: Paula Fróes/GOVBA

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