Cosems reforça parceria de Estado e municípios durante encontro em Salvador

Com a presença de representantes dos 417 municípios da Bahia, ocorreram nesta quarta-feira (22), no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, a 124ª Assembleia Geral Cosems Bahia (Conselho Estadual dos Secretários de Saúde da Bahia) e o Acolhimento aos Secretários Municipais de Saúde 2025.
O encontro teve como objetivo fortalecer o vínculo do Estado com as cidades baianas, além de subsidiar os gestores com informações que os auxiliem na organização e implementação de ações de qualificação da saúde.
“Mais que um espaço para divulgação e discussão de informações importantes sobre a gestão de saúde, esse encontro é um local de acolhimento e escuta do Governo do Estado aos municípios. O trabalho em parceria com as prefeituras é uma marca dessa administração e é de suma importância para a melhoria do atendimento às necessidades da população, sobretudo quando falamos da atenção básica”, avaliou o  subsecretário de saúde do Estado, Paulo Barbosa, durante a abertura do evento.
“Estamos no início de um novo ciclo, com diversos secretários e secretárias recém-empossados e que têm um grande desafio pela frente na transição com as gestões anteriores, precisando cuidar de imediato da saúde da população”, destacou Stela Souza, secretaria municipal de Saúde de Cabaceira do Paraguaçu e presidente do Cosems Bahia.
Ao longo do dia, os gestores municipais acompanharam mesas e palestras com debates sobre temas como: as principais perspectivas e desafios para o fortalecimento do SUS no ciclo de 2025-2028; o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi); a eficiência na execução de recursos; planejamento e monitoramento municipal; e Controle Social nos municípios.
Na mesa de abertura do evento estiveram presentes: Laíse Rezende, titular da Secretaria da Gestão do Trabalho e Educação Permanente (SGTES) do Ministério da Saúde; Paulo Barbosa, Subsecretário de Saúde do Estado; Hisham Hamida, Presidente do Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (CONASEMS); Marcos Gêmeos, Presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES-BA); Alexandre Reis, Secretário de Saúde de Salvador; Stela Souza, Secretária Municipal de Saúde de Cabaceira do Paraguaçu e Presidente do COSEMS Bahia; e Quinho, Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB).

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Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava golpes com cartões clonados

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos e duas pessoas presas em flagrante na terça-feira (21), em Vitória da Conquista, por equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) da cidade. Os alvos estão envolvidos em diversos golpes com cartões clonados, praticados contra empresas do comércio varejista daquela região.

Diligências e reconhecimento por fotografias e vídeos colaboraram para a identificação de seis suspeitos. Os prejuízos causados pelos criminosos ultrapassam a quantia de R$ 500 mil. As investigações apontaram que o grupo clonava cartões de crédito e débito de várias vítimas em diversos estados, além de subtrair valores de contas bancárias.

De acordo com o titular da DRFR de Vitória da Conquista, delegado Odilson Pereira Silva, foram identificados pelo menos quatro núcleos distintos na quadrilha. O primeiro é responsável por coletar informações de funcionários de bancos e empresas sobre senhas, saldos e movimentações financeiras de pessoas físicas e jurídicas, além de facilitar as compras.

“O segundo núcleo falsifica os cartões e links. O terceiro aplica os golpes propriamente ditos, comprando em empresas do ramo varejista, muitas vezes com a participação de funcionários. Já o quarto núcleo é composto por receptadores que compram os produtos por um preço abaixo do mercado”, detalhou o delegado.

Uma pistola calibre 380, um carro com restrição de furto, três notebooks, um computador, oito celulares, três pendrives, 11 cartões bancários e uma máquina de cartão foram apreendidos durante o cumprimento dos mandados.

Todos os envolvidos identificados foram indiciados por furto qualificado mediante fraude, estelionato, associação criminosa e receptação. Os flagranteados foram submetidos aos exames de praxe e permanecem à disposição da Justiça.

Texto: Ascom PC

Polícia Militar apreendem arma de fogo e drogas em Porto Seguro

Policiais militares do 8º BPM apreenderam uma pistola, munições e drogas, na manhã de terça-feira (21), em Porto Seguro.

Os militares realizavam rondas, quando, ao passarem pela Rua Pentecostal, avistaram um indivíduo adentrar um imóvel ao perceber a presença policial. Os agentes fizeram o acompanhamento, momento em que encontraram o suspeito fazendo uma jovem de 15 anos refém.

Durante o processo de negociação, o sequestrador atirou contra os policiais, além de ameaçar em diversos momentos. No entanto, de forma técnica, os policiais militares conseguiram liberar adolescente e deter o suspeito.

Com ele, foram apreendidos uma pistola e munições 9mm, um kit-roni (conversor de pistola em rifle), 40 porções de skunk, um tablete de maconha, uma porção de cocaína e uma balança de precisão.

O sequestrador e todo material apreendido foram encaminhados ao Disep para o registro da ocorrência.

Área de vegetação queimada no Brasil cresceu 79% em 2024, aponta MapBiomas

Na amazônia, 17,9 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo no ano passado
A área atingida por queimadas no Brasil passou dos 30,8 milhões de hectares em 2024 —um crescimento de 79% em relação ao ano anterior, segundo dados da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas, rede colaborativa coordenada pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) que monitora o uso da terra no país.

De acordo com o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (22), a superfície de terra queimada em 2024 foi a maior registrada desde 2019, quando começa a série histórica do projeto. Da área total atingida, 73% foram de vegetação nativa.

Para o MapBiomas, os números refletem os efeitos de um longo período de seca no país em 2024 e a formação de um El Niño que durou de junho de 2023 a junho de 2024. O fenômeno meteorológico pode causar períodos de seca e calor acima da média no continente e aumenta as chances de eventos climáticos extremos.

O bioma mais afetado pelo fogo foi a amazônia, o mais extenso do país. Foram queimados 17,9 milhões de hectares no ano passado, o que representa 58% da área total com incêndios no Brasil no período. Ali, as florestas foram o tipo de vegetação mais prejudicado pelas chamas, incluindo as florestas inundáveis.

O segundo lugar no ranking dos biomas mais queimados é ocupado pelo cerrado, com 9,7 milhões de hectares atingidos.

“Historicamente, o cerrado evoluiu com queimadas naturais, geralmente provocadas por raios durante a época de chuvas. No entanto, o que temos observado é um aumento expressivo do fogo em períodos de seca, impulsionado principalmente por atividades humanas e intensificado pelas mudanças climáticas”, diz Vera Arruda, pesquisadora do Ipam que integra a equipe do MapBiomas Fogo, em comunicado.

Segundo o MapBiomas, a seca extrema no pantanal em 2024 deixou a região vulnerável às chamas. O bioma foi o terceiro mais prejudicado pelas queimadas, com 1,9 milhão de hectares consumidos pelo fogo durante o ano.

A mata atlântica, o quarto bioma mais atingido pelos incêndios, teve 1 milhão de hectares afetados pelo fogo —número maior do que a soma das áreas queimadas de 2019 a 2023, segundo o relatório. Cerca de 70% dos incêndios foram registrados em áreas agropecuárias, mas as chamas acabaram atingindo também áreas naturais.

A caatinga, com 330 mil hectares queimados, e o pampa, com 3.400 hectares alcançados pelas chamas, foram os biomas menos atingidos pelo fogo em 2024.

Cerca de 24% das queimadas no Brasil no ano passado (7,3 milhões de hectares) aconteceram no Pará, o que coloca o estado como o que teve o maior número de incêndios em vegetação registrados. Mato Grosso (6,8 milhões de hectares) e Tocantins (2,7 milhões de hectares), ocupam a segunda e a terceira posição, respectivamente, entre os estados com mais queimadas em 2024.

“Os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”, conclui Ane Alencar, diretora de ciências do Ipam e coordenadora do MapBiomas Fogo.

Os dados do MapBiomas somam-se agora ao levantamento do programa BD Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgado no início de 2025. De acordo com o relatório, que afere o número de incêndios, foram registrados mais de 278 mil focos de fogo no país durante o ano de 2024, pior número desde 2010, quando houve 319.383 ocorrências.

O aumento em relação ao ano de 2023 foi de 46%.

Dados do BD Queimadas apontam que, apenas na amazônia, foram 140.328 focos. Cerrado e pantanal aparecem na sequência, com 81.432 e 14.498 focos respectivamente.

Everton Lopes Batista, Folhapress

Organizações que defendem minorias no Brasil se preparam para corte de verbas no governo Trump

Organizações brasileiras que atuam com preservação do ambiente, direitos indígenas, diversidade, combate ao racismo, empoderamento feminino e luta contra desinformação se preparam para o corte de recursos no novo governo dos Estados Unidos.

Um dos decretos assinados pelo presidente Donald Trump na segunda-feira (20) impõe uma moratória de 90 dias para ajuda externa dos EUA e reavaliação dos programas financiados pelo governo americano. O objetivo, segundo a equipe do republicano, é garantir que os recursos estejam alinhados às prioridades da política externa da gestão.

Um dos programas financiados com ajuda dos EUA que pode estar na mira de Trump promove o empoderamento de mulheres quilombolas em Minas Gerais. O projeto obteve uma doação de US$ 125 mil do governo americano, mas deve deixar de receber os desembolsos durante a moratória.

“Essa interrupção vai ser muito dura para a gente. Mas, se resolverem cancelar de vez os recursos, aí teremos de acabar com o projeto”, diz Edna Gurutuba, presidente da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais.

O decreto de Trump afirma que a burocracia e a ajuda externa dos EUA “não estão alinhadas com os interesses americanos e, em muitos casos, são antitéticas aos valores” do país. “Elas servem para desestabilizar a paz mundial ao promover ideias em países estrangeiros que são diretamente inversas às relações harmoniosas e estáveis internas e entre os países.”

A ordem determina pausa imediata em desembolsos para avaliar a “consistência com a política externa dos EUA”. Segundo a Folha apurou, algumas organizações da África já tiveram suspensos os repasses da Usaid, a agência do país americano para o desenvolvimento internacional.

Trump já anunciou que, em seu mandato, vai combater iniciativas que considera woke (palavra pejorativa para se referir à esquerda), como as que promovem igualdade racial e de gênero, preservação ambiental e combate às mudanças climáticas, educação midiática e regulação das big techs, entre outras.

Além disso, em decretos, Trump determinou aumento na exploração de combustíveis fósseis, redução de incentivos à transição energética e voltou a retirar os Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris. Ele também acabou com os critérios de diversidade e inclusão no governo.

A Usaid é a maior fonte de recursos do Centro de Trabalho Indigenista, que trabalha com demarcações e direitos dos indígenas. Em 2023, o governo americano, por meio da agência, aprovou um financiamento de US$ 638 mil para o centro trabalhar na recuperação ambiental em áreas indígenas no Maranhão.

Jaime Siqueira, coordenador executivo do centro, afirmou ter entrado em contato com representantes da Usaid para verificar se recursos serão pausados ou cortados, mas foi informado de que ainda não havia posicionamento. “Se cortarem os recursos, vai ser desastroso. Teremos de paralisar o trabalho e a população indígena ficará prejudicada”, disse.

Em 2023, último ano para o qual há dados disponíveis, o governo americano desembolsou US$ 71,2 milhões em ajuda externa para o Brasil, segundo levantamento da Folha. Na América Latina, o maior receptor da ajuda americana é a Colômbia, país que mantém diversas parcerias em combate ao narcotráfico com os EUA. No mundo, o maior destino dos recursos é a Ucrânia, com US$ 17,2 bilhões em 2023, seguida por Israel (US$ 3,3 bilhões) e Jordânia (US$ 1,7 bilhão).

Apesar de não estar entre os maiores receptores de ajuda externa americana, o Brasil pode sofrer um grande impacto porque diversas organizações dependem pesadamente desses recursos.

Procurada, a embaixada dos EUA no Brasil afirmou que aguarda orientações do novo governo.

“Atacar sem fundamentos ONGs e organismos internacionais faz parte das bravatas de Trump”, diz Camila Asano, diretora executiva da Conectas Direitos Humanos, que não recebe verbas do governo dos EUA.

“As instituições democráticas americanas, como o Congresso, devem exigir transparência na destinação dos recursos públicos, seja em eventuais cortes de apoio para sufocar entidades que defendem a igualdade e apoiam grupos minoritários, como no uso de recurso público para fomentar grupos que disseminam ódio e políticas excludentes no acesso.”

Patrícia Campos Mello/Folhapress

Santa Fé Mineração vai produzir minério verde na Bahia

          Mineradora destaca logística privilegiada e abundância em minério de ferro

A Bahia foi escolhida pela Santa Fé Mineração para produzir pellet feed, minério de ferro verde, por consumir menos energia nos altos fornos das siderúrgicas. A boa notícia foi dada pelo presidente da companhia, Frederico Robalinho, durante reunião na Secretaria de Desenvolvimento Econômica (SDE) na segunda-feira (20). O gestor da mineradora destacou a logística privilegiada, a riqueza mineral e o dinamismo do setor quando o estado foi escolhido há 15 anos para prospecção, levantamentos, sondagens, estudos de impacto ambiental, além de aquisição da Licença Prévia, e apresentação dos planos de levantamento econômico que foi submetido à Agência Nacional de Mineração. A reunião contou ainda com a presença da prefeita de Livramento de Nossa Senhora, Joanina Sampaio.
“O ano começou com boas notícias. A Santa Fé Mineração anunciou a consolidação dos principais fundamentos para a implantação da primeira etapa da planta de pellet feed, com 65% de ferro. As áreas da mineradora abrangem os municípios de Brumado e Livramento de Nossa Senhora. Na oportunidade, alinhamos com a companhia, estratégias para fortalecer a economia local e impulsionar o crescimento sustentável da região. Isso mostra o trabalho que o governo Jerônimo Rodrigues tem feito na desconcentração da renda. É importante frisar que a chegada de uma mineradora em um município é muito importante, especialmente na geração de empregos, já que para cada um vaga de trabalho direta, 11 indiretas são geradas, conforme estudos do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).”, afirma o secretário da pasta, Angelo Almeida. 


De acordo com o presidente da companhia, a mineradora encontrou uma área única de um minério magnetitico, ideal para produzir o minério verde. “A FIOL (Ferrovia Oeste Leste) literalmente atravessa a Santa Fé. Uma empresa de mineração com logística privilegiada tem uma grande vantagem, facilitando a chegada do seu produto no mercado. Teremos resultados que beneficiará a comunidade local, com geração de empregos e renda. A primeira unidade fabril deve começar a operar 1 anos e meio após a empresa adquirir a Licença de Instalação (LI). Uma vez produzido, o pellet feed vai para o mercado nacional e internacional.”

Robalinho explica que a Santa Fé já passou por todas as etapas e está na fase final para obter a LI e a expectativa é que saia nos próximos 45 dias ou no máximo em 90 dias. Com a Licença de Instalação, a companhia poderá começar o processo de construção da primeira unidade fabril, que produzirá 1 milhão de toneladas. “Com o tempo e a produção amadurecida, nós vamos dobrar ou triplicar a produção. Temos minério suficiente para chegar até 10 milhões de toneladas”.

Atração de investimentos

Em 2015, a Santa Fé Mineração assinou protocolo de intenções com o Governo do Estado, por meio da SDE, para estudos de pesquisa mineral de ferro. A pesquisa e implantação da unidade de produção de pellet feed tem investimento de cerca de R$ 2 bilhões e quando estiver em pleno funcionamento deverá gerar cerca de 1 mil empregos, nos municípios de Livramento de Nossa Senhora, Brumado e região.

Ascom/SDE

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