Turbinado pelo governo Trump e rejeitado por forças políticas tradicionais, partido de extrema direita ganha impulso na Alemanha

Ainda sem apoio suficiente para liderar futuro governo, o AfD se escora na desilusão de um quinto do eleitorado e empurra o país para uma guinada à direita nas eleições deste domingo
Com apenas 12 anos e recém-turbinado pelo atual governo americano, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se posiciona em segundo lugar, somando 21% das intenções de votos, na maioria das pesquisas de opinião para as eleições legislativas deste domingo. Isso representa o dobro do desempenho alcançado há quatro anos, mas ainda insuficiente para liderar o futuro governo alemão.

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A ascensão populista se escora na desilusão dos alemães com a economia, a migração e os gastos com a guerra na Ucrânia. Inevitavelmente empurrará o país, governado nos últimos quatro anos pelo social-democrata Olaf Scholz, para uma guinada à direita.

Trata-se de uma virada no jogo político. Até agora, todos os partidos se comprometeram solenemente a descartar uma coalizão com o AfD, por meio da iniciativa apelidada de firewall, que funciona como um muro de contenção contra a legenda com raízes na ideologia nazista e na retórica do ódio contra imigrantes.
Este desprezo da classe política pela AfD ficou evidente no último debate eleitoral: a candidata Alice Wiedel tornou-se o alvo principal do favorito no pleito de hoje, o conservador Friedrich Merz, líder dos democratas-cristãos; do chanceler Scholz, que amarga o terceiro lugar nas pesquisas; e do líder dos Verdes, Robert Habeck.

“Temos uma boa tradição na Alemanha, que consiste em aprender lições com as experiências do nacional-socialismo”, atacou Scholz. Wiedel não se deu por vencida e disse que esta comparação era escandalosa. “Olha, você pode me insultar aqui esta noite como quiser. Você está insultando milhões de eleitores”, retrucou.

Wiedel se vale do colapso do modelo apresentado pelos partidos tradicionais e da atmosfera de mudança no país, para tentar reformular a imagem de pária do AfD. Ela foi cacifada, na semana anterior ao debate eleitoral, pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que em visita à Alemanha pediu o fim dos firewalls e esnobou o impopular chanceler federal, para encontrar-se com a candidata da extrema direita.

O bilionário Elon Musk também a reverencia como a salvação para o país. Ele abriu a plataforma X para uma entrevista com Wiedel em janeiro, e decretou: “Wiedel é a candidata líder para governar a Alemanha.”

Os novos aliados alemães da Casa Branca são investigados pela BfV, a agência interna de Inteligência, por suspeita de extremismo, confirmada por tribunais regionais. Comungam bandeiras como deportação em massa de imigrantes, segurança nas fronteiras, corte de impostos, encolhimento da máquina estatal e o desprezo pela ciência climática.

O AfD se alimenta da desinformação e insiste que é libertário e não um expoente radical de direita. Na entrevista online com Musk, Alice Wiedel tentou impor mais um revisionismo histórico, ao afirmar erroneamente que Hitler era comunista e socialista, e não de extrema direita. Embora rejeitadas por boa parte dos historiadores, suas declarações foram amplamente replicadas.

Wiesel se apresenta com o frescor da renovação, mas já definiu imigrantes como garotas com burcas e homens portando facas e outros imprestáveis, “todos subsidiados com benefícios do governo”. Seu partido joga com símbolos e declarações ambíguas, que soam como criminosas, mas reverberam com força em um quinto do eleitorado alemão.

Vaticano atualiza estado de saúde do Papa Francisco

Após instabilidade no quadro, vaticano emite nova nota com detalhes sobre a saúde de Papa Francisco, saiba mais!
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, está internado desde 14 de fevereiro de 2025 no hospital Gemelli, em Roma. De acordo com informações divulgadas pelo Vaticano, o pontífice enfrenta um quadro de saúde delicado, descrito como “crítico” em 22 de fevereiro. Durante sua internação, ele recebeu oxigênio suplementar e transfusões de sangue devido a uma crise respiratória prolongada.


O diagnóstico médico aponta para uma pneumonia bilateral, condição que exige cuidados intensivos. Além disso, exames revelaram a presença de plaquetopenia, uma redução no número de plaquetas no sangue, que pode complicar ainda mais o quadro clínico do Papa. Apesar das dificuldades, o Vaticano informou que ele teve uma noite tranquila e de repouso em 23 de fevereiro.

Quais são os desafios enfrentados pelo Papa Francisco?

O Papa Francisco, aos 88 anos, enfrenta desafios significativos em relação à sua saúde. A pneumonia bilateral é uma infecção que afeta ambos os pulmões, tornando a respiração difícil e exigindo tratamento médico rigoroso. A necessidade de oxigênio suplementar indica que o pontífice está com dificuldades respiratórias, possivelmente agravadas por uma condição semelhante à asma.

A plaquetopenia, por sua vez, é uma condição que pode aumentar o risco de sangramentos e complicar o processo de recuperação. O tratamento dessa condição geralmente envolve transfusões de sangue, como as que o Papa Francisco recebeu. Esses desafios médicos são ainda mais complexos devido à idade avançada do pontífice, o que requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para sua recuperação.

Como o Vaticano está lidando com a situação?

O Vaticano tem mantido o público informado sobre o estado de saúde do Papa Francisco através de comunicados regulares. A transparência nas informações é crucial para evitar especulações e garantir que os fiéis estejam cientes da real situação do pontífice. Além disso, a equipe médica do hospital Gemelli está trabalhando diligentemente para fornecer o melhor cuidado possível ao Papa.

Em momentos como este, a comunidade católica global se une em oração pela recuperação do Papa Francisco. O apoio espiritual e emocional é uma parte importante do processo de cura, tanto para o pontífice quanto para aqueles que o cercam. A liderança do Vaticano também continua a desempenhar suas funções administrativas, garantindo que a Igreja Católica continue a operar de maneira eficaz durante a ausência do Papa.

Qual é o impacto dessa situação na Igreja Católica?

A saúde do Papa Francisco é uma preocupação não apenas para o Vaticano, mas para toda a Igreja Católica. Sua liderança tem sido marcada por um enfoque em questões sociais e uma abordagem pastoral que busca aproximar a Igreja dos fiéis. A ausência do Papa devido a problemas de saúde pode impactar a implementação de suas iniciativas e a continuidade de seu trabalho.

No entanto, a estrutura da Igreja Católica é robusta e capaz de lidar com situações de transição. O Colégio dos Cardeais e outros líderes eclesiásticos estão preparados para assumir responsabilidades adicionais conforme necessário. A situação atual também destaca a importância de um planejamento sucessório eficaz dentro da Igreja, garantindo que a missão e os valores católicos continuem a ser promovidos independentemente das circunstâncias. Redação O Antagonista

Com Musk, EUA e imigração, extrema direita busca resultado histórico em eleição na Alemanha

Friedrich Merz caminha para ser o próximo primeiro-ministro da Alemanha. A liderança do conservador nas pesquisas, ainda que signifique uma guinada em diversos aspectos da política alemã, não supera o fato de que o mundo estará prestando mais atenção ao segundo lugar.

Neste domingo (23), na eleição parlamentar que define a 21ª legislatura do país no pós-guerra, a extrema direita deve alcançar seu melhor resultado em 90 anos.

Partido criado em 2013 para confrontar a condução econômica da Europa e que se degenerou rapidamente ao abraçar bandeiras populistas e xenófobas, a AfD (Alternativa para Alemanha) busca o resultado histórico com visibilidade quase planetária. Na esteira da vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, a legenda com integrantes investigados por discurso de ódio e neonazismo foi naturalizada por Elon Musk e incensada por diversos integrantes da “internacional reacionária”.

A expressão cunhada no mês passado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, reflete a preocupação da Europa democrática com o futuro político da Alemanha, sua maior economia, e com o do próprio continente. Em maior ou menor grau, a onda populista já prevalece em diversos países da União Europeia, como Itália, Holanda, Hungria e Áustria, mas alcançará novo patamar com uma presença forte no Bundestag, o Parlamento alemão.

Há bem mais em jogo do que o recrudescimento das políticas imigratórias ou recuos na questão ambiental, tão cara aos alemães. O discurso recente de J. D. Vance, vice-presidente americano, na Conferência de Segurança de Munique, chocou os europeus. Boris Pistorius, ministro alemão da Defesa, classificou a fala de Vance de inaceitável. “Ele compara a condição da Europa com o que está acontecendo em autocracias.”

Vance criticou o Brandmauer, ou firewall, a prática do campo democrático de isolar a extrema direita no Parlamento. Repetiu a cantilena de que a liberdade de expressão é confrontada pela rígida legislação digital da União Europeia. A inversão de papéis e prioridades se completou nos dias seguintes, quando Trump se aproximou de Vladimir Putin e chamou Volodimir Zelenski de ditador.

A Europa se vê agora entre concordar com a Rússia, sua maior ameaça existencial, ou encarar sozinha o apoio à Ucrânia em uma guerra que acontece em seu território.

O conflito e suas consequências consumiram a coalizão de governo montada em 2021 por Olaf Scholz, 66. A inédita elevação de gastos com defesa, para 2% do PIB, deprimiu uma economia já estagnada. A matriz energética dependente do gás russo teve que ser repensada às pressas e com alto custo. Uma austeridade excessiva, condicionada por um freio da dívida pública, versão local do teto de gastos, piorou o cenário. Foi uma discussão sobre o instrumento que pôs fim à coalizão e precipitou a eleição, antes prevista para setembro.

Os alemães vão às urnas preocupados com o bolso. Greves pipocam pelo país desde o fim do ano passado. Na última semana, repleta de visitantes para o Festival de Berlim de cinema, a capital alemã ficou dois dias sem ônibus e metrô.

Merz, 69, promete destravar a economia, investindo contra a burocracia e a regulamentação excessiva e promovendo a digitalização. Absorveu também o discurso linha-dura da extrema direita contra a imigração, como boa parte dos conservadores europeus. Nessa ofensiva, arranhou o firewall, ao propor uma legislação restritiva e aceitar votos da AfD. Centenas de milhares foram às ruas para criticá-lo.

O político da CDU afirma que nunca fará uma coalizão com a legenda extremista e que não reagir aos recentes episódios de violência protagonizados por imigrantes só fará aumentar o apoio à AfD. O último aconteceu na noite de sexta-feira (21) em Berlim. Um refugiado sírio esfaqueou um turista espanhol que visitava o Memorial do Holocausto. A polícia prendeu o suspeito e investiga suas motivações. O homem agredido foi operado e está fora de perigo.

Surfar a onda populista de uma crise imigratória não é apenas opção ideológica da extrema direita alemã, mas talvez seu único argumento. Na área econômica, por exemplo, as soluções da AfD são histéricas: a saída da Alemanha da União Europeia e a volta do marco alemão. O potencial de desastre fez empresas alemãs de grande porte deixarem de lado a tradicional isenção para se posicionar contra um governo populista.

A líder da AfD, Alice Weidel, 46, vinda do mercado financeiro, ainda fala em derrubar as torres eólicas do país. Sua excelente formação, fluente até em mandarim, não bate com a agenda do próprio partido. Assim como sua vida pessoal —é casada com uma cineasta nascida no Sri Lanka, enquanto a AfD defende o “casamento tradicional”.

Antes da atual campanha eleitoral, ela projetava seu partido no poder até 2029. Anabolizada por Musk, os EUA e a urgência da questão imigratória, agora prevê estar em uma coalizão de governo bem antes. “A AfD restará como sua única alternativa”, disse Weidel a Merz no último debate do atual Parlamento, há duas semanas.

O conservador repetiu que não governará com a oponente. “Vocês são tudo o que não somos.”

José Henrique Mariante/Folhapress

Mega-Sena acumula mais uma vez e prêmio vai a R$ 130 milhões

As seis dezenas do concurso 2.832 da Mega-Sena foram sorteadas na noite desse sábado (22) no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Nenhuma aposta acertou o prêmio da faixa principal. A estimativa para o próximo sorteio, na terça-feira (25), é R$ 130 milhões.

Os números sorteados são os seguintes: 02 – 12 – 18 – 21 – 24 – 37.

A quina teve 238 apostas ganhadoras, cada uma vai pagar R$ 32.222,01. Já a quadra registrou 14.573 vencedores que vão receber, individualmente, um prêmio de R$ 751,76.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Agência Brasil

Caiado anuncia pré-candidatura à Presidência em evento em Salvador


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), anunciou neste sábado (22) que pretende lançar sua pré-candidatura à Presidência da República em um evento marcado para 4 de abril, no Centro de Convenções de Salvador. “Conto com vocês nessa caminhada por um país mais justo, próspero, seguro e forte”, publicou no X. A informação é da Veja.

A possibilidade de Caiado disputar a Presidência em 2026 já vinha sendo cogitada há algum tempo. Em entrevista à Veja em abril do ano passado, ele manifestou interesse na corrida pelo Planalto, ressaltando a necessidade de consolidar uma base partidária e ampliar alianças políticas.

Apesar do apoio da ala liderada por ACM Neto (União-BA), o que influenciou a escolha de Salvador para o evento, sua candidatura não é consenso dentro do União Brasil. Nomes de peso, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), devem se ausentar da cerimônia, evidenciando divisões internas no partido.

Papa tem crise de asma prolongada e condição crítica, diz Vaticano (Noticia Atualizada as 18:30h)

Novo comunicado do Vaticano afirma que Francisco precisou de 'terapia de alto fluxo de oxigênio' e transfusão de sangue.
O Vaticano afirmou neste sábado (22) que o papa Francisco tem condição crítica depois de sofrer uma crise de asma prolongada. Segundo o comunicado, o pontífice precisou de terapia de alto fluxo de oxigênio e transfusão de sangue, devido a um quadro de anemia.

"As condições do Santo Padre continuam críticas. Portanto, como explicado ontem, o papa não está fora de perigo. Nesta manhã, o papa Francisco apresentou uma crise respiratória asmática de longa duração, que exigiu uma terapia de alto fluxo de oxigênio", diz o boletim divulgado pelo Vaticano.

De acordo com o comunicado, exames de sangue realizados mostraram uma plaquetopenia associada a uma anemia, o que exigiu transfusões de sangue.

A plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, é a diminuição do número de plaquetas no sangue, podendo surgir em decorrência de diversas situações clínicas, incluindo doenças do sistema imunológico, infecções, deficiências vitamínicas e doenças hereditárias. O tratamento pode incluir a transfusão de plaquetas.

Segundo os médicos, a principal ameaça para Francisco neste momento seria o desenvolvimento de sepse, uma infecção grave do sangue que pode ocorrer como complicação da pneumonia. Até sexta-feira (21), não havia evidências de sepse, e Francisco estava respondendo aos diversos medicamentos que está tomando, informou a equipe médica.

O Vaticano infirmou no comunicado que o prognóstico é reservado. Isso quer dizer que os médicos estão cautelosos e que não é possível prever com segurança se o papa irá melhorar.

Também neste sábado, a assessoria de imprensa da Santa Sé anunciou que Francisco não fará a tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro pelo segundo domingo consecutivo.
Problemas respiratórios
O papa tem 88 anos e está internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma, devido a problemas respiratórios.

Começou com uma crise de bronquite, que evoluiu para uma infecção e uma pneumonia que afetou os dois pulmões.

Durante a semana, o Vaticano informou que o papa respirava sem a necessidade de máquinas, vinha trabalhando e conseguia se movimentar dentro do quadro, além de atender ligações telefônicas.

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