No hospital, papa Francisco autoriza novo ciclo de reformas na Igreja Católica
Pontífice quer tornar a instituição mais 'acolhedora e responsiva'. Ele está internado há um mês para tratar uma bronquite.
Mesmo no início da quinta semana de internação para tratar uma pneumonia, o Papa Francisco continua trabalhando em uma das principais prioridades de seu papado: uma reforma da Igreja Católica, para que ela seja uma instituição mais acolhedora e responsiva.
Trabalhando no hospital Gemelli, o pontífice aprovou o processo de implementação das mudanças. O escritório do Vaticano para o sínodo, ou reunião de bispos, divulgou um cronograma até 2028 para concretizar a reforma.
Sinais de melhora
O Vaticano anunciou, nesta sexta-feira (14), que forneceria atualizações médicas sobre o papa com menos frequência, após o "desenvolvimento positivo" do quadro. Os avisos matinais de que Francisco havia dormido bem também foram interrompidos.
Os médicos disseram, nesta semana, que o pontífice de 88 anos não está mais em estado crítico — mas enfatizaram que, ainda assim, as condições de saúde continuam complexas (devido à sua idade, à falta de mobilidade e à perda de parte de um pulmão quando era jovem).
Neste sábado (15), o Vaticano informou que o papa permanece estável no hospital, "confirmando o progresso" na semana passada. Por causa disso, os médicos estão "reduzindo gradualmente" o uso de ventilação mecânica à noite.
Francisco foi internado no hospital em 14 de fevereiro, após um surto de bronquite que o impediu de falar. Os médicos logo adicionaram um diagnóstico de pneumonia dupla e uma infecção polimicrobiana (bacteriana, viral e fúngica) .
As três primeiras semanas de sua hospitalização foram marcadas por uma montanha-russa de contratempos, incluindo crises respiratórias, insuficiência renal leve e um forte ataque de tosse.
Mas as atualizações médicas desta semana se concentraram em sua terapia física e respiratória contínua, bem como na rotação de oxigênio de alto fluxo por tubos nasais durante o dia e uma máscara de ventilação não invasiva à noite para ajudar a garantir seu descanso. Um raio-X confirmou que a infecção estava desaparecendo.
O papa participou esta semana de exercícios espirituais quaresmais no hospital, o que autoridades do Vaticano disseram que implicava uma carga de trabalho mais leve. Ele recebeu um bolo e centenas de mensagens desejando-lhe boa sorte no 12º aniversário de seu papado na quinta-feira.
O único sinal público de vida do papa desde sua hospitalização foi uma mensagem de áudio em que ele, com voz fraca, agradeceu pelas orações.
Nos últimos quatro domingos, a tradicional bênção que o papa dá de uma janela com vista para a Praça de São Pedro foi divulgada como um texto.
Trump emite ordem executiva para desmantelar 7 órgãos governamentais, inclusive de rádio
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o desmantelamento de sete órgãos governamentais, incluindo a matriz do serviço de radiodifusão internacional Voz da América e outro que foca em resolver problemas de sem-tetos.
A ordem executiva, divulgada na noite de sexta-feira, 14, faz parte da missão de reduzir o tamanho do governo federal e testará os limites do poder presidencial, uma vez que a maioria dos pequenos órgãos foi criada por estatuto pelo Congresso. A ordem instrui que os órgãos sejam “eliminados na máxima extensão permitida pela lei aplicável”.
Um dos órgãos que a ordem executiva busca eliminar é a Agência dos Estados Unidos para a Mídia Global, que é a matriz para a Voz da América e a Radio Free Europe/Radio Liberty. Essas organizações foram estabelecidas para enfatizar os valores democráticos, fornecendo notícias em países onde a imprensa livre é ameaçada, incluindo Afeganistão, Irã, Paquistão, Rússia e Ucrânia. As organizações empregam milhares de jornalistas. Alguns funcionários da Voz da América receberam um e-mail neste sábado informando que seu emprego foi encerrado.
Os outros órgãos incluídos na ordem de Trump foram: o Serviço Federal de Mediação e Conciliação, formado para facilitar conflitos entre trabalho e gestão; o Centro Internacional Woodrow Wilson para Acadêmicos, um think tank; o Instituto de Serviços de Museus e Bibliotecas, que fornece subsídios a bibliotecas e museus; o Conselho Interagências dos Estados Unidos sobre Sem-teto; o Fundo de Instituições Financeiras de Desenvolvimento Comunitário, que promove o acesso ao capital e o crescimento econômico local; e a Agência de Desenvolvimento de Negócios de Minorias, que está sob o Departamento de Comércio. Fonte: Dow Jones Newswires.
Estadão Conteúdo
Demora do STF sobre Lei da Anistia me envergonha, diz Marcelo Rubens Paiva a Cármen Lúcia
O escritor Marcelo Rubens Paiva disse neste sábado (15) à ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), que a atuação da corte em relação à Lei da Anistia da ditadura militar o envergonha.
Atualmente tramitam no Supremo três processos que tratam dessa norma, que perdoou autores de crimes políticos ou conexos cometidos entre 1961 e 1979, impedindo a punição a torturadores e responsáveis pela morte de opositores durante o regime.
A movimentação na corte foi impulsionada pela repercussão do filme “Ainda Estou Aqui”, que conta a história do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, pai de Marcelo.
“Por que o Supremo precisou esperar tanto tempo para julgar essa lei [da Anistia]? Isso me envergonha”, disse o escritor dirigindo-se para Cármen, também presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em evento na Faculdade de Direito da USP sobre os 40 anos da redemocratização.
Na mesa, estavam presentes também as professoras Nina Ranieri e Lilia Schwarcz, da USP, Lucineia Rosa dos Santos (PUC-SP), além dos supracitados Marcelo Rubens Paiva e Carmen Lúcia. A mediação foi da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha.
Em sua fala, Marcelo lembrou a luta por justiça levada adiante por sua mãe, Eunice Paiva, retratada no filme por Fernanda Torres.
“A Lei da Anistia foi aprovada pelo governo [do último presidente da ditadura, João] Figueiredo. Uma lei feita para proteger os torturadores, que ficou parada por dez anos na gaveta do Supremo. Minha mãe luta contra essa lei desde 1971.”
“O torturador do meu pai ainda está vivo, morando em Botafogo e recebendo aposentadoria. Dos seis acusados, três já morreram, dois ainda vivem”, completou.
Ele também se manifestou contra os movimentos de bolsonaristas por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É urgente que se vote a Lei da Anistia e, mais que isso, que não haja anistia a golpistas. Sem anistia”, disse.
Marcelo afirmou também que “o mundo inteiro está torcendo por esse julgamento”, referindo-se à denúncia contra Bolsonaro e mais 33 acusados no caso da trama golpista de 2022.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir, nos dias 25 e 26 de março, se aceita ou não a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Marcelo também questionou o público do evento sobre a urgência de uma mobilização popular, pedindo para que as pessoas voltem às ruas e lutem por causas sociais, como o combate ao feminicídio, o direito à interrupção da gravidez, questões raciais e contra a anistia de golpistas.
“Eu acho que o governo tem que ser mais valioso, mais participativo. Mas é preciso, é urgente: precisamos voltar às ruas.” Ele cita ainda que as eleições estão se aproximando e há o risco de um retorno da extrema direita ao poder.
“Cadê Simone Tebet? Geraldo Alckmin e o PSDB? Nós temos que reconstruir a frente ampla que derrotou Bolsonaro. Vamos voltar às ruas e à luta para que o fascismo não volte ao poder.”
Cármen não comentou as declarações de Marcelo. No evento, ela falou antes do escritor e disse que sua geração lutou pela anistia.
“Portanto, lutamos pela anistia, que a gente queria uma ampla, geral e irrestrita. Tem anistia precária, mas nós saímos às ruas naqueles dias, saímos, chorávamos e no dia seguinte continuávamos as brigas”.
A ministra citou sua a sua trajetória acadêmica e política e falou da importância da democracia como uma construção contínua, mas não fez menção ao julgamento que envolve Jair Bolsonaro.
Em sua fala, mencionou ainda a violência contra mulheres e a exclusão de grupos marginalizados que, segundo ela, deixam claro que a democracia brasileira ainda não é plena.
Raíssa Basílio e Géssica Brandino, Folhapress
Trump anuncia operação militar 'decisiva e contundente' contra rebeldes Houthis no Iêmen
Presidente dos EUA também ameaçou o Irã e disse que o apoio do país ao grupo 'deve acabar imediatamente'. Pelo menos nove civis morreram, afirmaram os Houthis.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump ordenou uma operação militar "decisiva e contundente" contra rebeldes Houthis no Iêmen. Segundo ele, soldados americanos estão realizando ataques aéreos neste sábado (15) contra as bases do grupo.
Pelo menos nove civis morreram e nove ficaram feridos nos ataques dos EUA, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelos Houthis.
https://g1.globo.com/mundo/video/fumaca-e-vista-no-ceu-de-sana-capital-do-iemen-13428821.ghtml
"Nossos bravos combatentes estão agora realizando ataques aéreos contra as bases terroristas, líderes e defesas de mísseis para proteger os ativos marítimos, aéreos e navais americanos e para restaurar a liberdade de navegação", escreveu Trump em sua rede social.
Conforme o Washington Post, navios de guerra e jatos dos EUA lançaram ataques em todo o Iêmen, mirando radares, locais de defesa aérea e pontos de lançamento de drones.
Um vídeo obtido pela Reuters mostra fumaça na capital do país, Sana (veja acima). "As explosões foram violentas e sacudiram o bairro como um terremoto. Elas aterrorizaram nossas mulheres e crianças", disse um dos moradores, que se identificou como Abdullah Yahia, à agência.
Os ataques ocorreram poucos dias após os Houthis, aliados do Irã, anunciarem planos de retomar os ataques a navios israelenses que passavam pelos mares Vermelho e Arábico, pelo Estreito de Bab al-Mandab e pelo Golfo de Áden, encerrando um período de relativa calma iniciado em janeiro com o cessar-fogo em Gaza.
Os Houthis lançaram mais de 100 ataques contra navios a partir de novembro de 2023, dizendo que estavam em solidariedade aos palestinos pela guerra de Israel com o Hamas em Gaza.
Durante esse período, o grupo afundou dois navios, apreendeu outro e matou pelo menos quatro marinheiros em uma ofensiva que interrompeu o transporte marítimo global, forçando as empresas a redirecionarem suas rotas para viagens mais longas e caras pelo sul da África.
Na rede social, Trump disse que os Houthis "travaram uma campanha implacável de pirataria, violência e terrorismo contra a América e navios, aeronaves e drones americanos".
"O ataque Houthi a embarcações americanas não será tolerado. Usaremos força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo", escreveu. Se os ataques não pararem, "o inferno vai cair sobre vocês como nada que vocês já viram antes".
Na publicação, o presidente americano ainda ameaçou o Irã e disse que o apoio do país aos Houthis "deve acabar imediatamente". Ele disse que, se o Irã ameaçar os EUA ou as rotas de navegação pelo mundo, será responsabilizado. "E não seremos gentis sobre isso", completou.
Quem são os Houthis?
Os Houthis pertencem ao chamado "Eixo de Resistência", uma rede de organizações simpáticas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas e o regime sírio deposto de Bashar al Assad.
A organização surgiu em 1990 para combater o governo do então presidente Ali Abdullah Saleh. Liderados por Houssein al Houthi, os primeiros integrantes do grupo eram do norte do Iêmen e faziam parte de uma minoria muçulmana xiita do país, os zaiditas.
Os Houthis ganharam força ao longo dos anos, principalmente após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Clamando frases como "Morte aos Estados Unidos", "Morte a Israel", "Maldição sobre os judeus" e "Vitória ao Islã", o grupo não demorou para se declarar parte do "eixo da resistência" liderado pelo Irã contra Israel e o Ocidente.
Houthis e Guerra do Iêmen: 10 anos de conflito
A guerra do Iêmen começou em 2014, quando os Houthis saíram do norte do país e tomaram a capital, Sanaa, forçando o governo reconhecido internacionalmente a fugir para o sul e depois para o exílio.
A Arábia Saudita entrou na guerra em 2015, liderando uma coalizão militar com os Emirados Árabes Unidos e outras nações árabes. O grupo, apoiado pelos Estados Unidos, realizou uma campanha de bombardeios destrutivos e apoia as forças governamentais e as milícias no sul do território iemenita.
Com o passar do tempo, o conflito se tornou uma guerra indireta entre Arábia Saudita e Irã e seus respectivos apoiadores. Por exemplo, de acordo com um relatório publicado em janeiro de 2023, armas fornecidas pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos e usadas pela coalizão mataram dezenas de pessoas no conflito.
Há anos, nenhum dos lados obtém ganhos territoriais: enquanto os houthis mantêm seu controle sobre o norte, Sanaa, e grande parte do oeste densamente povoado, o governo e as milícias controlam o sul e o leste, incluindo as principais áreas centrais, onde estão a maior parte das reservas de petróleo iemenitas.
A guerra no Iêmen foi classificada pela ONU como o mais grave desastre humanitário da atualidade, com deslocamento interno de mais de 4,5 milhões de pessoas e 80% da população vivendo na pobreza. As mais afetadas são as crianças: cerca de 11 milhões delas vivem em situação desesperadora e precisam de ajuda, segundo as Nações Unidas.
Por: G1
Polícia Militar apreende arsenal com suspeitos de vendas de armamento em Remanso
Policiais militares da Cipe Caatinga detiveram dois indivíduos e apreenderam seis armas de fogo, munições, dinheiro e materiais utilizados no reparo de armamentos, no início da noite de quinta-feira (13), no município de Remanso, na região norte do estado.
Os militares receberam a denúncia de que dois indivíduos, envolvidos em vendas de armamento, estariam no povoado do Desterro. Diante do relato, os militares se dirigiram ao local, onde encontraram um dos homens, além de uma espingarda e munições. O segundo suspeito foi encontrado no centro da cidade, com cinco armas de fogo, munições e dinheiro em espécie.
Na ação, foram apreendidos seis armas de fogo, sendo quatro espingardas (duas calibre 28, uma delas com numeração raspada, uma calibre 12 e uma 40) e dois revólveres 38, duas embalagens de chumbo, um cinto para munições, 447 munições de calibre 12, 43 de calibre 38, 7 de calibre 40, 25 de calibre 36, 50 de calibre 28, 30 de calibre 32, quatro recipientes com espoletas, uma coronha de madeira, duas maletas com utensílios para armas de fogo, dois extratores de espoletas, três capas para armas longas, um porta-munições para calibre 40 e R$ 18 mil reais em espécie.
A dupla recebeu voz de prisão, sendo conduzida para a delegacia da cidade, onde foram adotadas as medidas cabíveis.
Registro(s): CIPE Caatinga
Adolescente de 17 anos é esfaqueada na frente de escola
Itabela: Uma adolescente de 17 anos foi esfaqueada na manhã desta sexta-feira (14), quando chegava na escola que estuda, na cidade de Itabela, no sul da Bahia.
De acordo com a direção do Colégio Estadual Paulo Freire, a agressão foi cometida por uma adolescente de 15 anos, que não estuda na instituição e que tinha seguido a vítima. Ela fugiu e está sendo procurada pela polícia.
A adolescente esfaqueada foi atingida oito vezes, em diferentes partes do corpo. Ela foi socorrida por uma professora e levada para o Hospital Municipal Frei Ricardo. O estado de saúde dela é estável.
O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Itabela.
Fonte: G1
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