Alcolumbre faz campanha para derrubar Silveira e insinua que ministro está envolvido em corrupção

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), fez duras críticas ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), em um almoço nesta semana com integrantes do União Brasil e do governo, entre eles a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).

De acordo com cinco políticos que estavam no encontro ou ouviram relatos dos participantes, o presidente do Senado insinuou que há suspeitas de corrupção envolvendo Silveira, sem citar especificamente quais seriam.

O almoço ocorreu na terça-feira (8), na casa do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, em Brasília. Ao menos oito pessoas, entre integrantes do governo e parlamentares, passaram por lá.

A conversa se deu durante uma discussão sobre a saída de Juscelino Filho (União Brasil) do Ministério das Comunicações, após a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciá-lo sob acusação de corrupção passiva e crimes relacionados a suposto desvio de emendas.

O encontro já estava marcado previamente para discutir a relação do União Brasil com o governo federal. Diante da denúncia, no entanto, a saída de Juscelino foi o tema mais discutido à mesa.

A Folha de S.Paulo apurou que essa não é a primeira vez que o presidente do Senado faz esse tipo de insinuação contra o ministro, segundo políticos que estiveram com o senador nas últimas semanas.

Procurada, a assessoria de Alcolumbre afirmou: “O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, não comentará sobre falsas intrigas e especulações que não são verdadeiras. A sua prioridade é seguir trabalhando para melhorar a vida dos brasileiros”.

A equipe de Silveira afirmou que o ministro “não comenta fofocas”. “Até mesmo por entender que o presidente Davi jamais faria qualquer tipo de afirmação inverídica ou maldosa ao seu respeito. Lamenta também a tentativa de criar intriga entre os dois, uma vez que mantém com o presidente do Senado, há anos, uma relação extremamente respeitosa”, diz, em nota.

Silveira chegou ao Ministério de Minas e Energia, na montagem do governo Lula (PT), na cota de seu partido, o PSD, com o apoio de Alcolumbre e do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Alcolumbre, no entanto, rompeu com Silveira e tem transmitido a integrantes do governo, desde o fim do ano passado, seu descontentamento com a atuação do ministro.

Nessas conversas, tem dito que Silveira não tem mais o seu apoio para permanecer no posto, assim como teria perdido a sustentação de outros antigos aliados do ministro, como Pacheco e outros senadores.

Diversos políticos afirmam que Alcolumbre faz uma articulação explícita para tentar derrubar Silveira do posto.

O senador tem afirmado, por exemplo, que o ex-aliado agora é da cota pessoal de Lula —ou seja, não representa mais o grupo político que o indicou para a vaga. Esse movimento acontece num momento em que membros do centrão têm expectativas de que o petista possa fazer novas mudanças em seu ministério.

Integrantes do PSD, no entanto, dizem que uma eventual troca no comando da pasta pode acirrar ainda mais a insatisfação de membros da legenda com o governo. A bancada do partido na Câmara, por exemplo, diz que não se sente mais representada pelo Ministério da Pesca e pleiteia uma pasta mais robusta.

A Folha de S.Paulo mostrou no fim do ano passado que, para expandir sua influência na administração pública, Silveira fez movimentos que não ganharam respaldo de antigos aliados no Senado, ao mesmo tempo em que se aproximou diretamente do presidente da República. As desavenças envolvem indicações para agências reguladoras.

Segundo auxiliares de Lula, Alcolumbre já levou essas queixas ao próprio presidente. Em almoço recente com o petista e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ele criticou Silveira e comunicou que o ministro não tinha mais apoio dos senadores para permanecer no cargo.

De acordo com parlamentares que ouviram o relato desse encontro, Lula teria respondido que um ministro só permanece no cargo se tiver respaldo político —frase que foi interpretada pelos congressistas como uma sinalização de que o petista poderia demitir Silveira.

A interpretação de políticos próximos é que a construção de uma relação pessoal com o presidente deu forças ao ministro para permanecer no cargo até aqui.

Um cardeal do centrão diz, no entanto, que uma das principais missões de Alcolumbre agora é ver Silveira fora do cargo na Esplanada. Até mesmo aliados de Lula reconhecem que será difícil conter a pressão que o presidente do Senado vem fazendo pela demissão.

Alcolumbre e Silveira viajaram juntos na comitiva internacional de Lula ao Japão e ao Vietnã no fim de março. De acordo com relatos de três pessoas que estiveram na viagem, o ministro não interagiu nem com o presidente do Senado nem com Pacheco.

Victoria Azevedo e Bruno Boghossian / Folhapress

Itamaraty afasta servidor que sugeriu ‘descer o cacete em indígenas’ no gramado do Congresso

O Itamaraty afastou nesta sexta-feira, 11, um servidor da pasta que sugeriu, em reunião sobre a contenção dos indígenas que se manifestaram em frente ao Congresso Nacional, que a polícia deveria “descer o cacete” se eles fizessem “bagunça”. O Estadão apurou com pessoas próximas do ministério que o funcionário é Aldegundes Batista Miranda, motorista oficial das Relações Exteriores. Ele não foi encontrado para se manifestar. O espaço está aberto.

Segundo o Itamaraty, o homem foi identificado e o caso foi encaminhado para a corregedoria da pasta para “apuração de responsabilidade”. O ministério disse também “deplorar o ocorrido” e esclareceu que Aldegundes “não foi instruído a manifestar-se nos termos noticiados”.

A reunião ocorreu nesta quinta-feira, 10, e foi organizada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). O encontro se deu antes de indígenas serem repelidos pela Polícia Legislativa com gás de pimenta. A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que acompanhava a manifestação, também foi ferida.

Em uma gravação da reunião, que foi feita virtualmente, Aldegundes, sem mostrar o rosto, diz: “Você queria deixar o pessoal descer logo? Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça”. Um defensor dos indígenas que estava discursando e foi interrompido pelo servidor do Itamaraty denunciou a fala e pediu a gravação do encontro.

Segundo a Câmara dos Deputados, em nota, cerca de mil indígenas romperam a linha de defesa da Polícia Militar do DF, derrubando os gradis e invadindo o gramado do Congresso. Ainda segundo a Casa, a situação foi controlada e o policiamento da Câmara e do Senado foram reforçados.

“O acordo com o movimento indígena, que reúne lideranças de diferentes etnias do país, era que os cerca de 5 mil manifestantes chegassem apenas até a Avenida José Sarney, anterior à Avenida das Bandeiras, que fica próxima ao gramado do Congresso. Mas, parte dos indígenas resolveu avançar o limite”, disse a assessoria da Câmara em nota.

Já a Secretaria de Polícia do Senado afirmou que devido a um “avanço inesperado” dos indígenas, teve que contê-los “sem grandes intercorrências”. “Ressaltamos que a dissuasão foi realizada exclusivamente por meios não letais e a ordem foi restabelecida”, disse.

A Articulação Nacional dos Povos Indígenas (Apib), associação nacional dos indígenas que organiza um acampamento em Brasília de onde eles marcharam até o Congresso, afirmou que os atos fizeram parte de uma “violência institucional disseminada”.

“Ontem, durante reunião convocada pela SSP-DF, para tratar da organização da marcha do dia de hoje, um participante não-identificado proferiu manifestação de cunho racista e de incitação à violência: “deixa descer logo… deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça”‘, afirmou a Apib em nota.

Célia Xakriabá, que é indígena e estava participando da manifestação, alega ter sido atingida pelo gás de pimenta atirado pela Polícia Legislativa. Em um vídeo publicado nas redes sociais dela, a deputada briga com os policiais ao falar que era parlamentar.

“Eu sou deputada, por que você jogou spray de pimenta em mim? Meu olho está morrendo de dor”, gritou a parlamentar no vídeo publicado nas redes sociais.

Aldegundes, integrava a carreira do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo e exercia uma função administrativa do Setor de Proteção a Pessoas e ao Patrimonio (SEPRO) da Divisão de Recursos Logísticos do Itamaraty.

Segundo o Portal da Transparência, Aldegundes recebe um salário bruto de R$ 6.284,66, além de R$ 698,66 em gratificações mensais A nomeação dele como motorista oficial do Itamaraty foi publicada em maio de 2022, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

MP abre investigação sobre violência policial e mira servidor do Itamaraty

Também nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) determinou a abertura de uma investigação preliminar para investigar a “violência policial sofrida pelos indígenas” presentes na manifestação. Uma das exigências do MP é que Aldegundes seja identificado e que o vídeo e o áudio da reunião organizada pela SSP-DF seja encaminhado para o Núcleo Civil Extrajudicial (Nucive).

O MP solicitou também que sejam entregues gravações captadas pelas câmeras da Praça dos Três Poderes.

“A garantia das liberdades expressivas encontra-se assentada no reconhecimento de uma sociedade plural e democrática, que destaca a importância da participação social, especialmente daqueles historicamente silenciados, como os povos indígenas, bem como exige maiores níveis de transparência estatal e não discriminação” diz o documento assinado nesta sexta.

Gabriel de Sousa e Eduardo Barretto / Estadão Conteúdo

Maioria dos voos do STF em aviões da FAB emprestados pelo governo levou só um ministro

Mais de 70% dos voos da FAB (Força Aérea Brasileira) utilizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) desde 2023 tinham a previsão de levar apenas um ministro, segundo dados oficiais obtidos pela reportagem.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o governo Lula (PT) passou a emprestar aeronaves ao Supremo. A alegação de ambos os lados é a necessidade de garantir a segurança de integrantes da corte após os ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Os nomes dos passageiros não são divulgados e ao menos parte dessa lista foi colocada em sigilo pelo governo pelo prazo de cinco anos.

De 154 voos usados pelo STF no período, 110 aparecem com a estimativa de uso de apenas um ocupante. A relação de voos realizados por ministros, obtida via LAI (Lei de Acesso à Informação), indica o número de passageiros previstos para cada viagem.

As aeronaves vêm sendo usadas para agendas privadas e, em pelo menos um caso, com familiares. No fim de 2024, Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci, foram pela FAB a São Luís (MA) para participar do casamento de Flávio Dino.

Embora os nomes do ministro e de seu acompanhante não tenham sido divulgados, uma pessoa que acompanhou a agenda confirmou a informação à Folha de S.Paulo. O voo estava sendo compartilhado com o Ministério de Portos e Aeroportos, que teve a comitiva divulgada no site da FAB.

Questionado, o STF disse que os integrantes da corte utilizam aviões oficiais por segurança. O tribunal também afirmou que as informações sobre as viagens estão sob sigilo, conforme decisão do TCU de 2024 que permitiu omitir a lista de passageiros dos voos de altas autoridades.

O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, também usou uma aeronave oficial para viajar ao casamento do colega no Maranhão, como noticiou o portal Metrópoles.

O voo dele partiu do Rio, em 30 de novembro de 2024, data da cerimônia. No dia seguinte ao evento, um avião da FAB foi para Campo Grande (MS), onde Barroso tinha uma agenda oficial, e o outro para São Paulo, com previsão de 4 passageiros –sem informar nomes.

Como a Folha de S.Paulo revelou, Moraes ainda viajou sozinho pela FAB de Brasília a São Paulo no fim de março, um dia antes de acompanhar o título conquistado pelo Corinthians no Campeonato Paulista no clássico contra o Palmeiras.

Antes de 2023, apenas o presidente do STF tinha à disposição os aviões da FAB. Isso porque o decreto que regula os voos só autoriza uma lista restrita de autoridades a mobilizar as viagens oficiais, como os presidentes dos Poderes e os ministros do governo federal.

Os ataques do 8 de janeiro fizeram o STF passar a solicitar com frequência aviões da FAB para além do direito existente do presidente, sob argumento de garantir a segurança dos demais ministros.

Desde então, foram 154 viagens feitas pelos ministros que não ocupam a presidência da corte, todas com a relação de passageiros oculta.
Ainda há casos em que os ministros pegam carona em viagens solicitadas por outras autoridades, como integrantes do governo federal —prática que já era recorrente em governos anteriores. Como a Folha de S.Paulo mostrou, Moraes acompanhou voos solicitados por mais de um ministério do governo Lula.

Após o TCU autorizar o sigilo dos voos de altas autoridades, até mesmo os registros de presença dos ministros do STF em voos solicitados por outros órgãos são ocultados.

Autoridades que acompanham a rotina do STF dizem que Moraes é um dos ministros que mais utilizam os voos da FAB. Além de participar das agendas do tribunal em Brasília, o ministro tem residência em São Paulo e dá aulas na Faculdade de Direito da USP.

Há 145 trechos em que a capital federal e a paulista foram a origem ou destino dos voos. Em 51 casos, a saída de Brasília foi registrada no final de uma semana e o retorno no início da seguinte, coincidindo com compromissos de Moraes.

Os dados disponíveis, porém, não permitem afirmar em quantas ocasiões o ministro utilizou as aeronaves.

A lista de voos mobilizados pelo tribunal inclui ainda um deslocamento de Brasília a São Paulo no domingo, 3 de setembro de 2024, dia seguinte ao casamento da filha do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que ocorreu na capital federal.

Apenas um passageiro estava previsto. Questionado, o Supremo não confirmou se as viagens tiveram relação com os casamentos. O STF disse apenas que todos os pedidos de “apoio” do STF feitos à FAB “seguem rigorosamente a legislação vigente, com base no decreto nº 10.267/2020”.

“A principal motivação para solicitações é a garantia da segurança das autoridades com base em análises técnicas”, afirmou o tribunal.

Para a diretora de programas da Transparência Brasil, Marina Atoji, a configuração de um padrão de uso dos voos para fins particulares é problemática. Ela considera que o argumento da segurança precisa ser baseado em algo concreto, como o cenário em que o STF tem um julgamento de grande repercussão.

“Usar os voos da FAB como meio de transporte regular é exagero. Tanto na questão da racionalização do gasto público quanto pelo fato de que há outras formas de se garantir a segurança do ministro nos deslocamentos aéreos, como é feito nas viagens ao exterior”, diz.

As investigações sobre a trama golpista contra a posse de Lula, em 2022, indicam que Moraes teve a localização monitorada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2023, o ministro ainda foi hostilizado no aeroporto de Roma.

Em novembro de 2024 um homem morreu ao se explodir em frente ao STF, depois de tentar entrar no tribunal, e colocou novamente em alerta os Poderes.

Mateus Vargas e Géssica Brandino / Folhapress

Deputado federal dá emenda de R$ 1,3 milhão ‘de presente’ para a noiva, que é vereadora no RS

O deputado federal Covatti Filho (PP-RS) participa de sessão na Câmara dos Deputados
A presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz do Sul (RS), Nicole Weber (Podemos), afirmou que recebeu R$ 1,3 milhão em emendas “de presente” do seu noivo, o deputado federal Covatti Filho (PP-RS), com quem deve se casar em maio.

“Eu mal sabia que isso podia ter sido resolvido dentro de casa”, disse a vereadora em vídeo nas redes sociais, ao anunciar ter conseguido o recurso para uma reforma na parte elétrica do Hospital Santa Cruz, que tem 247 leitos e atende várias cidades da região.

“O deputado Covatti Filho, o meu noivo, me deu de presente para eu repassar para a comunidade, para o Hospital Santa Cruz, R$ 1,3 milhão para que seja feita toda a parte elétrica nova da ala São Francisco”, diz a vereadora na gravação em frente à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em 21 de fevereiro.

Ela afirma que os recursos também servirão para colocar ares-condicionados na unidade. “Com toda certeza, eu, enquanto vereadora, penso que esse é um dos maiores presentes que eu posso dar para minha comunidade”, completa.

A emenda destinada pelo parlamentar não é ilegal. O repasse ocorre, no entanto, em meio a questionamentos do STF (Supremo Tribunal Federal), que cobra mais transparência tanto sobre os autores quanto sobre os beneficiados pelas emendas.

Até o momento, a emenda não foi registrada no sistema de pagamentos do governo federal. A reportagem tenta contato com Covatti e Nicole, ainda sem resposta.

Em 2022, Covatti não ficou nem entre os 20 mais votados na cidade para deputado federal. O município deu 221 dos 112.910 votos que ele recebeu para se reeleger ao terceiro mandato.

É a primeira vez que o deputado envia recursos para a cidade. O parlamentar foi eleito pela primeira vez em 2015 e, desde então, não tinha destinado nenhuma emenda para o município, segundo o Portal da Transparência do governo federal.

Nicole e Covatti costumam publicar declarações apaixonadas nas redes sociais. Em junho do ano passado, quando completaram um ano e meio juntos, a vereadora postou um vídeo relembrando o início do relacionamento. “Acreditem no amor”, diz a postagem, assinada pelos dois.

Nicole está em seu segundo mandato e é cotada para ser candidata a deputada estadual em 2026. Foi a segunda vereadora mais votada de Santa Cruz do Sul nas eleições do ano passado, com 3.749 votos.

Em seu perfil, ela costuma se apresentar como defensora dos direitos da mulher. Chamou de “total retrocesso”, por exemplo, a decisão recente da Justiça da Catalunha, na Espanha, de absolver o jogador Daniel Alves de uma condenação por estupro.

Folhapress

Prefeita de MG acusa Janones de chantageá-la com fotos íntimas e consegue medida protetiva


O deputado federal André Janones (Avante-MG) é acusado pela prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes (Avante), de ameaçar divulgar fotos íntimas suas caso não aceitasse interferências dele na administração municipal.

A denúncia foi feita à Justiça de Minas Gerais, que determinou ao deputado que mantenha distância da prefeita, com quem teve um relacionamento amoroso de 2014 a 2018. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Procurado, Janones não respondeu aos contatos da reportagem.

Em nota, a prefeita declarou que “acionou a Justiça contra o deputado federal André Janones com base na Lei Maria da Penha”.

“O caso tramita sob segredo de Justiça e quaisquer informações adicionais só poderão ser divulgadas mediante autorização judicial”, diz a nota da prefeita.

De acordo com Guedes, ex-chefe de gabinete de Janones, o deputado passou a chantageá-la após recusar a interferência do deputado em assuntos da prefeitura. Segundo a prefeita, ele enviou para um secretário de sua administração uma foto sua com roupas íntimas, a fim de sinalizar a ameaça de distribuir novas fotos feitas sem sua autorização.

A Justiça determinou que Janones não divulgue fotos, vídeos ou postagens sobre a prefeita, nem se aproxime dela ou entre em contato com seus familiares.

O deputado tem no município, de 102 mil habitantes, sua base política e já concorreu a prefeito em 2016.

Folhapress

A mais nova confusão com militares no gabinete do vice-governador Geraldo Jr.

Quem com muitas pedras bole, uma lhe cai na cabeça. O provérbio parece caber como uma luva na situação atual do gabinete militar do vice-governador do Estado, Geraldo Jr. (MDB), que não perde a oportunidade para tentar se cercar do maior número possível de militares.

A última confusão envolve a exoneração do ajudante de ordens da vice-governadoria, o capitão Leandro Passos. Ela teria sido determinada pelo novo assistente militar de Geraldo Jr., coronel Robson Pacheco, ao que parece, sem o consentimento do vice.

Isso porque, ao tomar conhecimento da medida, Geraldo Jr. teria ligado para Passos para dizer que ele voltaria ao cargo. Em seguida, telefonado para o novo assistente militar para lhe dar um esporro. O problema é que a exoneração já foi publicada numa separata, o que torna dificílima sua suspensão.

Funcionários do gabinete do vice dizem que desde que, a pedido, o coronel Fabrício deixou a assistência militar o caos tomou conta do local. Eles acreditam que o coronel Pacheco resolveu transferir Passos para demonstrar autoridade sobre a equipe, que reúne militares e civis.

Por orientação do vice-governador, o militar tem promovido várias mudanças no gabinete, inclusive solicitando novos militares para servir a Geraldo Jr. Desta vez, no entanto, parece que não conseguiu combinar o jogo direito com o chefe, que, segundo informações, estaria fora do Estado e só soube da saída de Passos por terceiros.

Para evitar que as mudanças ganhem publicidade no sistema que permite a gestão de documentos e processos do Estado, Geraldo Jr. tem sugerido que os ofícios com os pedidos de mudanças e transferências sejam entregues diretamente ao Comando Geral da PM. Esquece, no entanto, que a Inteligência do governador é superior à dele.

Política Livre

Destaques