Frustração com governo Lula 3 atinge 67% do eleitorado, aponta Quaest


Frustração é um sentimento que atinge a maioria dos eleitores brasileiros em relação ao governo Lula 3. Pesquisa Genial/Quaest verificou que 67% estão frustrados – sendo 36% muito e 31% pouco. É a primeira vez que o instituto faz essa abordagem. A Coluna do Estadão teve acesso exclusivo aos dados que trazem outros recortes preocupantes para o Palácio do Planalto.

Os piores índices estão no Sul e Sudeste – 76% e 73%, respectivamente. Mas no Nordeste, forte reduto eleitoral do petista, esse desgosto já atinge mais de metade do eleitorado (55%). Além disso, 53% dos que votaram em Lula no segundo turno também disseram estar muito ou pouco frustrados. A pesquisa foi feita de 27 a 31 de março e ouviu 2.024 eleitores presencialmente. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e o nível de confiança, 95%.

Recorde de desaprovação

O levantamento mostrou que a aprovação da gestão petista atingiu o pior patamar desde a posse de Lula, no início de 2023. O índice de desaprovação, que era de 49% em janeiro deste ano, subiu para 56% no mês passado. A aprovação, por sua vez, caiu de 47% para 41% no período. Outros 3% dos entrevistados não souberam responder.

No Nordeste, a aprovação de Lula caiu para 52%, o pior índice na região. O presidente tem o pior desempenho por região no Sul, com 64% de desaprovação e 34% de aprovação.

Roseann Kennedy/Estadão

Mineiro tem o corpo crivado de balas em homicídio no Bairro da Lagoa em Teixeira de Freitas

Teixeira de Freitas: Neste sábado, 05 de abril, um homem de 24 anos foi brutalmente assassinado a tiros na noite deste sábado (05) no bairro Lagoa, em Teixeira de Freitas. O crime ocorreu por volta das 19h20, na Rua Deolizano Rodrigues, e chocou moradores da região.

A vítima, identificada como Gleyson Gomes da Silva, natural de Guanhães/Minas Gerais, estava na cidade para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo testemunhas, ele estava em frente a um imóvel, realizando uma ligação telefônica, quando foi surpreendido por criminosos em um Fiat Palio branco. Os atiradores chegaram disparando e fugiram em seguida, sem deixar pistas.

Militares da 87ª CIPM isolaram o local até a chegada da Polícia Técnica (DPT). O delegado plantonista e os peritos Flávio Sampaio, Mariana Cardoso e Elson Junior realizaram a perícia de local e recolheram diversas cápsulas de calibre 9mm e .380 no local.

O corpo de Gleyson apresentava ferimentos a bala nos braços, costas e múltiplos tiros na cabeça, indicando extrema violência. Após a perícia, o servidor público Ricardo removeu o corpo para o IML de Teixeira de Freitas.

O Núcleo de Homicídios da 8ª COORPIN assumiu o caso, mas ainda não há informações sobre motivação ou autoria. A polícia busca imagens de câmeras e testemunhas para identificar os criminosos.

Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews

Ato na Avenida Paulista pede anistia para condenados do 8 de janeiro

Ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns governadores, como o de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o de Minas Gerais, Romeu Zema, participam da manifestação.

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) participam de um ato na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, na tarde deste domingo (6), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pede a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, o maior ataque às instituições da República desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.

Além de Bolsonaro, estão presentes na manifestação o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o de Minas Gerais, Romeu Zema; o do Paraná, Ratinho Júnior; o do Amazonas, Wilson Lima; o de Goiás, Ronaldo Caiado; e o de Mato Grosso, Mauro Mendes.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou ao ato em cima de um trio elétrico. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também participou da manifestação.

O ato começou por volta das 14h com uma oração puxada pela deputada federal Priscila Costa (PL-CE), presidente do PL Mulher.

Bolsonaro é réu por tentativa de golpe

No mês passado, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade tornar réus o ex-presidente Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal — que pode levar a condenações com penas de prisão. Esses oito nomes compõem o chamado "núcleo crucial" da tentativa de ruptura democrática, segundo a PGR.

Maioria dos brasileiros é contra anistia

Pesquisa Quaest divulgada neste domingo (6) mostra que 56% dos brasileiros são contrários à anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2022, enquanto 34% defendem que o grupo seja solto (ou porque a prisão nem deveria ter ocorrido, ou porque já está preso há tempo demais). O restante (10%) não sabia ou não respondeu. 
O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, considerou as respostas das 2.004 pessoas entrevistadas, entre 27 e 31/03. O nível de confiabilidade é de 95%, e a margem de erro, de 2 pontos.

Ibirataia: Domingo também é dia de trabalho para o prefeito Sandro Futuca

O compromisso com o progresso de Ibirataia não tem dia nem hora marcada! Neste DOMINGO, o prefeito Sandro Futuca, acompanhado do secretário de Infraestrutura, Welington Sobrinho , esteve em campo acompanhando de perto o andamento de importantes obras no município.

Uma das visitas foi à obra de calçamento do bairro da AABB, onde por muito tempo os moradores enfrentaram dificuldades para chegar às suas casas, principalmente em dias de chuva, com lama e alagamentos. A realidade agora está mudando, com mais dignidade, mobilidade e qualidade de vida para todos.

Logo depois, o prefeito seguiu para o Ponto Chique II, onde também está sendo realizado o calçamento das vias. O objetivo da visita foi acompanhar o ritmo das melhorias e garantir que tudo esteja sendo feito com qualidade e atenção às necessidades da comunidade.

O trabalho não para, nem no domingo. Sandro Futuca segue incansável, mostrando na prática o compromisso com o desenvolvimento de Ibirataia e com o bem-estar de cada cidadão.

Fonte: Ascom/Prefeitura de Ibirataia

Milhares vão às ruas nos EUA contra Donald Trump

Protestos foram os maiores contra o presidente republicano desde seu retorno ao poder, no final de janeiro.
Milhares de manifestantes saíram neste sábado (5) às ruas de Washington e outras cidades dos Estados Unidos contra as políticas de Donald Trump, nos maiores protestos contra o presidente republicano desde seu retorno, no final de janeiro, ao poder.


Uma grande faixa que dizia "Tire suas mãos!" se estendia a poucos quarteirões da Casa Branca. Os manifestantes carregavam cartazes onde se lia "Não é meu presidente!", "O fascismo chegou", "Parem o mal" e "Tirem suas mãos da nossa Seguridade Social".

Jane Ellen Saums, de 66 anos, disse que estava aterrorizada com a campanha de redução da administração federal que Trump está conduzindo junto com o bilionário Elon Musk.
"É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com nosso governo, (...) tudo está sendo totalmente atropelado, desde o meio ambiente até os direitos pessoais", queixou-se esta trabalhadora imobiliária.

Em um momento de crescente ressentimento mundial contra o republicano, foram realizadas manifestações contra ele em capitais como Paris, Roma, Berlim e Londres.

Em Paris, cerca de 200 pessoas, a maioria americanos, se reuniram na Praça da República para protestar contra o presidente republicano. Alguns manifestantes discursaram durante o protesto no centro da capital francesa, segurando faixas e cartazes com frases como "Resista ao tirano", "Estado de direito", "Feministas pela liberdade, não pelo fascismo" e "Salve a democracia".
Em Berlim, diante de uma concessionária da Tesla, manifestantes exibiram cartazes convocando americanos que vivem na Alemanha a se manifestarem pelo "fim do caos" em seu país.

Uma coalizão composta por dezenas de grupos de esquerda, como MoveOn e Women's March, convocou manifestações sob o lema "Tire suas mãos" em mais de 1.000 cidades e municípios americanos.
Por France Presse

‘Guerra do batom’ se torna pivô de projeto de anistia a golpistas do 8/1 e expõe o STF como alvo

A baiana Débora Rodrigues dos Santos picha a estátua da Justiça, na praça dos Três Poderes, com a frase 'perdeu, mané'
Em um vídeo publicado nas redes sociais, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) convocou a militância bolsonarista para o ato a favor da anistia aos golpistas que invadiram a sede dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Uma música épica serviu de trilha sonora para o texto, recitado à maneira de um jogral por apoiadoras do ex-presidente. Todas vestiam camisa branca com o dizer “Anistia Já!”, escrito com batom, e incentivavam que as mulheres fossem à avenida Paulista, neste domingo (6), empunhando sua maquiagem.

Era uma referência ao caso de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio tombado, dano qualificado com violência e associação criminosa armada.

Ela ficou conhecida por ter pichado a estátua diante do STF (Supremo Tribunal Federal) durante os ataques golpistas e virou símbolo da defesa de anistia pela oposição no Congresso. Para especialistas, seu caso reflete também a maneira como o Judiciário virou um alvo político na história recente do país.

“A razão da anistia é deixar essa história que a esquerda insiste em resgatar para trás. O governo Lula é atrapalhado, falar em tentativa de golpe é cortina de fumaça para a falta de liderança do PT”, diz a deputada federal Rosana Valle (PL-SP), que participou do vídeo.

“Os bolsonaristas estão usando Débora para ter uma comoção, são milhares de mulheres presas no país. Não pode haver anistia, porque a impunidade deixa um recado de que é possível dar golpe”, diz a deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP).

Nascida em Irecê, na Bahia, Débora, de 39 anos, mora em Paulínia (SP), a 117 km da capital paulista. Ela é casada, tem dois filhos —um de 11 anos e outro de 8— e concluiu um curso, há quase duas décadas, para trabalhar como cabeleireira. Em depoimento à Polícia Federal, disse ter pagado R$ 50 do próprio bolso para viajar de ônibus do interior paulista até o Distrito Federal.

Ela ficou um dia acampada em frente à sede do Quartel-General do Exército e, no dia da invasão, caminhou oito quilômetros até a praça dos Três Poderes. Chegando lá, disse ter avistado um homem tentando pichar a estátua do STF com o dizer “perdeu, mané” e resolveu ajudá-lo, relata a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Naquele contexto, a frase “perdeu, mané” fazia referência à fala do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, dita a bolsonaristas que o hostilizaram, durante uma viagem a Nova York, logo depois das eleições presidenciais de 2022.

A cabeleireira passou dois anos presa em Rio Claro, no interior paulista, e chegou a enviar uma carta, pedindo desculpas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que negou à sua defesa nove pedidos de liberdade provisória.

O ministro ainda votou pela condenação dela a 14 anos de prisão, com uma multa de R$ 50 mil. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto, e Luiz Fux pediu vistas, suspendendo o julgamento no último dia 24.

No dia 28, Moraes decidiu por conceder prisão domiciliar a Débora. Bolsonaro viu, na decisão do ministro, um “recuo tático”, acreditando ser desmedida a pena de 14 anos de prisão.

Paulo Ramiro, professor de sociologia da ESPM (Escola Superior de Marketing e Propaganda), diz que a ação da cabeleireira não é só uma pintura em um monumento: tem peso simbólico, antes das consequências políticas e jurídicas.

“É uma afronta aos Poderes instituídos e uma tentativa de passar por cima das leis”, diz ele, lembrando a importância da escultura “A Justiça”, criada em 1961 pelo artista plástico mineiro Alfredo Ceschiatti. A obra reproduz a deusa romana Justiça, que corresponde, na tradição da mitologia grega, a Dice. Estilizada, a escultura tem os olhos vendados, numa representação da imparcialidade do Judiciário.

Segundo Ramiro, a atitude de Débora se inscreve no contexto do neopopulismo, ascendente na América Latina. Essa forma de exercer o poder, diz o pesquisador, transmite aos apoiadores a crença de que as instituições não têm legitimidade para exercer as suas funções. Ramiro diz que, na origem do problema, a pichação da estátua significa uma politização do Judiciário.

Ele afirma que Bolsonaro atacou o STF ao longo de seu mandato porque a corte precisou se expor para julgar temas sobre os quais o Legislativo evita debater, como as pautas de comportamento, caras à militância do ex-presidente. “Diante de um Congresso pouco atuante, o STF se politiza”, afirma Ramiro.

Nesse desequilíbrio entre os Poderes, a democracia brasileira se fragiliza, tornando-se mais suscetível a arroubos autoritários. Professor de ciências políticas da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Paulo Henrique Cassimiro concorda que a politização do Judiciário tem sido um problema para a democracia brasileira.

“A frase de Barroso já é um equívoco. Ele não tinha de falar aquilo, mesmo hostilizado”, diz, acrescentando que o caso da cabeleireira será usado por bolsonaristas para votar o projeto sobre a anistia.

“Ao isolar o caso de uma tentativa de golpe, é mais fácil fazer parecer que há um exagero na pena dela”, afirma o pesquisador. “Os militares de 1964 nunca foram responsabilizados por seus atos. Não anistiar os golpistas de 2022 pode marcar um ponto de virada para a democracia”.

No início da última semana, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, disse avaliar a candidatura de Débora nas eleições de 2026, como um símbolo da luta por liberdade de expressão.

Do outro lado, a esquerda também passou a explorar a simbologia do batom. Em um evento realizado para lembrar a data do golpe militar, petistas passaram a defender a mobilização popular nas ruas, sugerindo a apropriação da maquiagem pela militância feminina.

Ecoando a fala de José Dirceu e José Genoino, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, líder do grupo Prerrogativas, que é alinhado ao governo Lula, afirmou que o batom deveria simbolizar a situação de milhares de mulheres, encarceradas no “sistema penitenciário medieval” do país.

Para Gabriela Zancaner Bandeira de Mello, professora de direito constitucional da PUC-SP, a politização do Judiciário sempre existiu, embora o STF tenha precisado atuar em temas que o Congresso poderia legislar. “Não acho que seja grande a pena de 14 anos para Débora”, diz Bandeira de Mello.

A especialista tampouco pensa que Moraes entrou em contradição ao conceder a prisão domiciliar para a acusada. Para ela, o ministro reconhece que a ré não pode ser penalizada pela demora do julgamento.

“Não se deve ter anistia. A nossa democracia ainda não está consolidada. Passamos por dois impeachments e uma tentativa de golpe de Estado”, afirma.

Gustavo Zeitel/Folhapress

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