Caixa libera R$ 246 milhões de auxílio emergencial neste sábado
@Marcelo Camargo/Agência Brasil |
A Caixa disponibilizará R$ 246 milhões do auxílio emergencial para 405.163 mil pessoas neste sábado (16). O banco recebeu ontem (14) da Dataprev o novo lote de beneficiários. No total, serão realizados 311.637 créditos em contas da Caixa e 93.526 em contas de outros bancos.
Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do auxílio, o número de pessoas que tiveram o benefício creditado pela Caixa ultrapassou 50 milhões, num total de R$ 35,7 bilhões, já considerando os créditos deste sábado.
Até o início da tarde dessa quinta-feira (14), 52,6 milhões de cidadãos se cadastraram para solicitar o benefício. O site auxilio.caixa.gov.br superou a marca de 862,5 milhões de visitas e a Central Exclusiva 111 registra mais de 159 milhões de ligações. O aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial conta com 82,2 milhões de downloads e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, ultrapassa 88 milhões de downloads.
De acordo com dados divulgados pela Dataprev em 5 de maio, somando o público dos que se inscreveram pelo aplicativo ou site com os do Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), 97 milhões de cadastros passaram por análise de elegibilidade e foram homologados pelo Ministério da Cidadania.
Caixa Tem
Para os beneficiários que recebem o auxílio emergencial pela poupança social digital, a Caixa orienta que seja realizada a atualização do Caixa Tem na loja de aplicativos. Além da alternativa para saque sem cartão, a nova versão possibilita maior número de acessos simultâneos.
Segundo o banco, essa ampliação da capacidade prevê atendimento aos usuários que não conseguem acesso imediato nos horários de maior utilização. O gerenciador de acessos (espera virtual) foi configurado para 5 mil usuários por minuto. Essa configuração está garantindo a estabilidade do serviço, com uma espera média de 1 minuto.
Saque em espécie
Os beneficiários que receberam o crédito do auxílio emergencial na poupança social digital já podem fazer o saque do benefício em espécie. A operação é realizada nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui, de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento.
Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Terra arrasada: ministro alerta para grave futuro das companhias aéreas
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado |
Em reunião com empresários do setor industrial, realizada nesta semana, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assustou a classe sobre o futuro das companhias aéreas no Brasil ao descrever um cenário de terra arrasada.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, no encontro, o ministro falou sobre as dificuldades logísticas no país durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e alertou que o mercado de aviação pode ficar mais concentrado, com menor número de empresas.
O ministério disse que esta trabalhando para encontrar alternativas e evitar o cenário.
Oxford já prevê concluir pesquisa de vacina até agosto
© Shutterstock |
Ogrupo de pesquisadores da Universidade de Oxford que está na corrida para desenvolver uma vacina contra o coronavírus prometeu finalizar em agosto os testes clínicos da vacina, que já foi aplicada em 1,1 mil voluntários no fim de abril. Mas a Agência Europeia de Medicamentos se mostrou cética quanto à promessa de ter uma cura para a covid-19 no mercado ainda neste ano, pois o desenvolvimento e o licenciamento desse tipo de medicamento leva mais tempo, e, no cenário mais otimista, isso aconteceria no prazo de um ano.
Em entrevista à Rádio 4 da BBC, nesta quinta-feira, o professor de Medicina da universidade e diretor não executivo da farmacêutica Roche, Sir John Bell, disse que, se as etapas da pesquisa de Oxford continuarem a dar certo o governo britânico terá aprovado a vacina no começo de setembro e começado a fabricá-la para a população. Agora, o grupo precisa avaliar se as pessoas que receberam a dose contra o coronavírus foram infectadas ou não - para ver se encontraram uma vacina com potencial para acabar com a pandemia.
Em 23 de abril, os pesquisadores injetaram nos 320 primeiros voluntários a vacina ChAdOx1 nCoV-19, que é a combinação do adenovírus de chimpanzé e do material genético de uma proteína encontrada na superfície do coronavírus - usada para infectar células humanas. Outro grupo recebeu uma vacina para meningite, pois os efeitos colaterais são similares aos causados pela ChAdOx1 nCoV-19: elevação da temperatura corporal, dor de cabeça e nos braços. Assim, os pacientes não teriam como saber qual das duas vacinas receberam.
Para descobrir se a vacina funciona, é preciso olhar nas estatísticas o nível de infecção dos dois grupos. E, para isso, é necessário que um pequeno grupo desenvolva a covid-19. E é nesta etapa que os pesquisadores se encontram. "A rapidez com que nosso time tenha os números necessários (para a avaliação) depende do nível de transmissão do vírus na população. Se a transmissão permanecer alta, poderemos ter dados suficientes em dois meses. Caso a transmissão caia, isso pode levar seis meses", diz um post de 23 de abril da Oxford. "Até junho, devemos ter o número suficiente de pessoas com a doença. E, se eles não tiverem sido infectados, é bola para frente", afirmou Bell à BBC.
Processo longo
Já o chefe do departamento de vacinas da Agência Europeia de Medicamentos, Marco Cavaleri, disse em conferência virtual que "são muito poucas as vacinas que chegam até o processo final de licença e, em muitos casos se requer provas adicionais para confirmar que não provocam nenhum efeito colateral grave".
Ele ainda pontuou que não é possível descartar uma terceira etapa do processo de desenvolvimento da vacina, na qual o nível de proteção e os efeitos colaterais são investigados mediante provas em milhares de pessoas fora dos laboratórios - o que leva a determinar, entre outros fatores, se a vacina faz com que as pessoas se tornem mais suscetíveis ao contágio.
Por outro lado, a agência também tem 115 ensaios clínicos pendentes para os sintomas causados pelo coronavírus. Cavaleri afirmou que alguns desses ensaios poderiam ser aprovados na Europa ainda neste ano, mas não especificou qual método seria. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Covid-19: Teresópolis estabelece rodízio de pessoas com base no CPF
@DR |
Apartir desta sexta-feira (15), os moradores de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, vão poder sair às ruas dia sim, dia não. Para evitar a propagação do coronavírus, a prefeitura estabeleceu um sistema de isolamento baseado no número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Donos de CPF com final par (0, 2, 4, 6 e 8) só poderão circular pela cidade nos dias pares. Donos de CPF com final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9) só poderão ir às ruas nos dias ímpares. Também será proibida a circulação pelas ruas ou a permanência em áreas públicas de qualquer pessoa entre às 23h e às 5h. A medida vale até o dia 20 - por seis dias, portanto -, mas pode ser prorrogada conforme avaliação da administração pública. Quem desrespeitar a ordem poderá ser multado em R$ 136,42.
Estão excluídos dessas regras de circulação trabalhadores de serviços essenciais que estejam transitando entre a casa e o local de trabalho, além de pessoas que estejam indo ou voltando de unidades de saúde ou clínicas veterinárias. A circulação das 23h às 5h também será autorizada a trabalhadores de serviços públicos, como coleta de lixo.
A fiscalização será feita por guardas municipais, fiscais fazendários, fiscais de obras, fiscais sanitários e fiscais ambientais. Toda pessoa que sair às ruas deverá portar um documento com foto que contenha o número do CPF ou o próprio CPF (que não tem foto) e um documento com foto.
Outra medida estabelecida pela prefeitura durante esse período é o uso de máscaras por quem estiver nas ruas, em qualquer transporte público, táxi ou qualquer veículo de transporte por aplicativo, como Uber. Estabelecimentos comerciais autorizados a funcionar, motoristas de transporte coletivo, de táxis e veículos por aplicativo deverão conferir o CPF do cliente antes de autorizar sua entrada na loja ou no veículo. Se o CPF indicar que a pessoa não está autorizada a circular naquele dia, o cliente deve ser proibido de ingressar no estabelecimento ou no veículo.
Até quarta-feira (13), Teresópolis registrava 104 casos de covid-19, com 10 mortes.
Por: Estadão Conteúdo
Conmebol aprova novas regras antes do retorno dos torneios de futebol
© Pixabay |
Sem data para o reinício das Copas Libertadores e Sul-Americana, a Conmebol aprovou novas regras para a retomada das duas competições. Gestos corriqueiros no esporte, como trocar camisas com os adversários ao final da partida, beijar a bola, cuspir no chão e assoar o nariz serão proibidos no retorno dos torneios. A decisão foi tomada na noite de ontem (13) após reunião por videoconferência do Conselho, cujo objetivo era discutir medidas capazes de diminuir os riscos de contágio do novo coronavírus (covid-19) quando as partidas recomeçarem.
A lista de novas exigências - publicada no site oficial da entidade - estabelece que os jogadores não poderão mais compartilhar objetos de cunho pessoal como, por exemplo, garrafas de água e de bebida isotônica. Os reservas de cada equipe deverão utilizar máscaras, assim como os membros da comissão que estiverem no banco de suplentes. Além disso, todos terão que se submeter a controles de temperatura antes do início do jogo. A Conmebol ainda poderá solicitar aos clubes exames de covid-19 dos atletas durante os períodos de treinamento.
A imprensa também terá que se habituar a estas mudanças. As entrevistas após o jogo permanecem liberadas, porém, o atleta ou qualquer outro profissional deverá usar um protetor facial ao concedê-la.
Os regulamentos das competições preveem a possibilidade de troca na lista de jogadores inscritos de cada clube, no decorrer de cada fase. Na Libertadores, três mudanças poderão ser realizadas - nas quartas de final e na semifinal - em relação à etapa anterior. Na Sul-Americana, as mesmas determinações valem nas oitavas de final e na semifinal. Para ambas as competições, os clubes vão ter o direito de fazer cinco substituições durante os 90 minutos de partida.
Já as penas disciplinares financeiras ficarão mais leves. A entidade determinou a redução de 30% dos valores anteriormente exigidos pelo Código Disciplinar e Regulamento. Entretanto, este corte não vale para os profissionais que tomarem cartões amarelos e vermelhos. Nestes casos, os jogadores permanecem obrigados a pagar entre US$ 200 e 750, dólares, respectivamente.
Com informações da Agência Brasil
'Comece a ser um líder, se for capaz', diz Doria a Bolsonaro
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Ogovernador de São Paulo, João Doria (PSDB), reagiu nesta quinta-feira às declarações de Jair Bolsonaro e cobrou que o presidente "comece a ser um líder, se for capaz". "Hoje (ontem), mais uma vez, o presidente da República perde a chance de defender a saúde e a vida dos brasileiros. São Paulo está lutando para proteger vidas."
O governador disse que Bolsonaro "despreza vidas". "Ele prefere fazer comícios, andar de jet-ski, treinar tiros e fazer churrasco. Enquanto isso, milhares de brasileiros estão morrendo todos os dias. Acorde para a realidade, presidente Bolsonaro. Saia da bolha de ódio e comece a ser um líder, se for capaz."
O governador paulista afirmou lamentar que o presidente, em vez de trabalhar pela saúde do povo, "esteja mais preocupado em atender um pequeno grupo de empresários ligados à Fiesp".
"Gostaria que o Brasil tivesse um líder que liderasse o combate ao coronavírus, a luta pela vida, o respeito pela ciência, medicina e saúde. Um presidente que fosse solidário, visitando hospitais de campanha, cidades que estão em colapso", declarou o tucano, que vem protagonizando embates frequentes com Bolsonaro durante a crise sanitária.
Doria deixou mais uma vez um "convite" ao presidente: "Em vez de pedir para jogar pesado contra São Paulo, jogue a favor do Brasil", afirmou o tucano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mortos por coronavírus no mundo superam 300 mil
@Reuters |
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais de 300 mil pessoas já morreram no mundo pelo novo coronavírus, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia.
O número real de óbitos por Covid-19, porém, deve ser muito maior, considerando a subnotificação – faltam testes em massa em muitos países, incluindo o Brasil, e há muitos casos e óbitos em investigação sem resolução até o momento.
A velocidade com que as mortes ocorrem no mundo parece estar diminuindo. O número de mortes dobrou de 50 mil para 100 mil em apenas oito dias, entre 2 e 10 de abril. Para que a marca dobrasse de 100 mil para 200 mil óbitos, foram necessários 15 dias. E, entre a marca de 150 mil e 300 mil mortes, foram 27 dias.
Já no Brasil o aumento porcentual do número de óbitos diário é maior do que na Europa, antigo epicentro da pandemia. O número oficial de mortes crescia a 6,5% ao dia na sexta-feira (8), no Brasil. Em dia equivalente da epidemia na Itália, crescia a 3,1%. Faz duas semanas, os ritmos dos dois países eram similares. O ritmo está em 2,5% na França. No Reino Unido, 3%. Nos EUA, 8,2%. No estado de São Paulo, 4,6%.
Cerca de 30% das mortes em todo o mundo ocorreram nos Estados Unidos. O país registrou, até esta quinta (14), 84.575 óbitos causados pelo novo coronavírus Sars-CoV-2. Depois vêm Reino Unido (33.692), Itália (31.368), Espanha (27.104) e França (27.077), no top 5.
O Brasil ocupa a sexta posição no ranking, com 13.149 óbitos confirmados pela doença.
A primeira morte pelo novo coronavírus foi anunciada pelas autoridades chinesas em 11 de janeiro. Os alertas para uma nova doença surgiram em dezembro no país, e a OMS (Organização Mundial da Saúde) foi avisada oficialmente em 31 de dezembro.
Um mês após a primeira notificação do governo chinês, 25 países já tinham casos confirmados da doença. Outros 30 dias depois, já eram 60 territórios com presença do vírus.
Em 30 de março, esse número havia saltado para 174 países. Em 30 de abril, eram 180 países. Na quarta (13), Lesoto confirmou seu primeiro caso e elevou o total para 181.
Caixa pausará por quatro meses a prestação da casa própria
Foto: Daniel Teixeira/Estadão |
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quinta-feira (14) que a Caixa Econômica Federal vai ampliar de três para quatro meses a suspensão da cobrança de financiamento imobiliário, uma das medidas de auxílio para afetados pela crise do novo coronavírus.
Ao sair do Palácio da Alvorada, o presidente disse que até o momento 2,3 milhões de pessoas pediram à instituição uma pausa no pagamento das parcelas da casa própria.
“Vi uma notícia na mídia agora e liguei para o Pedro [Guimarães, presidente da Caixa] para saber se era verdadeira. Era mais grave do que tinha lido. Dois milhões e trezentos mil clientes da Caixa que pagam casa própria pediram para pausar o crédito. Ou seja, como regra a Caixa permitiu o atraso até dois meses. A Caixa decidiu prorrogar por mais um mês, para três meses. E nessa prorrogação 2,3 milhões, de um universo de 5 milhões.
Ou seja, o pessoal não tem dinheiro para pagar a prestação da casa própria”, declarou o mandatário.
“E o Pedro Guimarães -conversei com ele agora, em comum acordo- diz que vai aumentar para quatro meses. Porque não adianta apenas prorrogar se o elemento que perdeu o emprego, teve o salário reduzido, não tem como pagar prestação da casa própria. O que está sobrando dinheiro para ele está sendo para comida”, concluiu
Folhapress
Boletim Informativo Coronavírus e Nota de Esclarecimento. Secretaria Municipal de Saúde - Ipiau/BA 14/05/2020
NOTA DE ESCLARECIMENTO COVID IPIAÚ/BA N.23/2020 , 16:00 horas
A Prefeitura Municipal de Ipiaú/BA, através do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, informa na data de hoje (14.05.2020) tivemos ciência de mais 02 casos positivos PARA COVID-19 . Os pacientes tratam-se de 01 adulto jovem e 01(um) idoso. Sendo que um desses casos, evoluiu para óbito na data de 13.05.2020, já divulgado hoje(14.05.2020) em Nota Esclarecimento COVID Ipiaú/Ba nº 22/2020, às 10:00 horas .O outro paciente já se encontra em isolamento domiciliar. Dessa forma, até presente data temos total de 514 casos registrados como suspeitos para COVID-19, sendo 160 casos confirmados, 23 pessoas que testaram positivos para COVID já estão CURADAS,168 casos descartados,28 casos em fase de investigação,821 pessoas em quarentena, e 04 óbitos. Reforçamos a necessidade e importância de seguirmos o distanciamento social e higiene adequada das mãos, além do uso de máscaras reutilizáveis ao sair de casa. Lembramos ainda que seguimos com o Serviço do DISQUE COVID IPIAÚ através dos seguintes contatos: (73) 99160-2376, (73) 98144-8055, (73) 98231-1014, diariamente, de segunda a domingo, das 08:00 às 17:00 horas, para recebimento de orientações pela equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. Orientamos que todo paciente SUSPEITO PARA COVID-19 (pessoa com FEBRE, TOSSE SECA,DOR DE GARGANTA,DOR NO CORPO,CEFALEIA,CANSAÇO,PERDA RECENTE DE OLFATO E PALADAR E DIFICULDADE PARA RESPIRAR,NOS CASOS MAIS GRAVES)pode procurar o Centro de Triagem para COVID-19, que funciona 24 horas, durante todos os dias da semana, localizado na Rua Altino Cerqueira, próximo ao Ginásio de Esportes. Todos nós temos responsabilidade social para ajudar no combate ao Coronavírus. Dessa forma, salientamos que todas as medidas e esforços tem sido empreendido por parte desta secretaria para evitar a propagação do vírus no município de Ipiaú, precisamos da colaboração de toda sociedade. Ipiaú/BA,14 de maio de 2020.
STF mantém prazos do calendário eleitoral, apesar da pandemia do novo coronavírus BRASIL
Foto:youtube/Sessão remota do Supremo Tribunal Federal |
O plenário Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira manter o prazo previsto no calendário eleitoral para o registro de candidatura, filiação partidária, mudança de domicílio eleitoral e desincompatibilização com cargo público. A data limite era 4 de abril. Em uma ação, o PP pediu suspensão do prazo por 30 dias, por conta das dificuldades causadas pela pandemia do coronavírus.
Para Rosa Weber, relatora do processo e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não foi demonstrado que a situação causada pela pandemia viola os princípios da soberania popular e da periodicidade das eleições, previstos na Constituição Federal. Segundo a ministra que havia concedido uma liminar mantendo o calendário, a suspensão do prazo teria como consequência risco para a normalidade e a legitimidade das eleições.
A relatora também ressaltou que o TSE divulgou a possiblidade de partidos adotarem outros meios para assegurarem a filiação como o recebimento de documentos pela internet.
“Mesmo em tempo de crise, o respeito a essas regras não pode ser entendido como uma limitação à democracia. A contingência da pandemia exige a adaptação de procedimentos, a criação de ferramentas e o uso da tecnologia, mas não a suspensão das normas”, disse o ministro Edson Fachin.
“Não há nenhuma proporcionalidade entre a gravidade da pandemia e a alteração das regras democráticas referentes às eleições. Existe a necessidade de afastar qualquer insegurança jurídica nas regras democráticas, dentre elas, uma das mais importantes: a alternância de poder garantido pelas eleições. A pandemia, por mais grave que seja, não afeta a normalidade democrática”, declarou Alexandre de Moraes.
“É nos momentos de crise que nós devemos defender com intransigência os direitos e garantias do cidadão, dentre os quais se inclui o direito de votar e de ser votado”, concluiu Ricardo Lewandowski.
As informações são do jornal O Globo.
Ex-deputado é preso em operação contra fraudes em contratos no Rio
@Reuters: Sergio Moraes/Direitos Reservados |
O ex-deputado estadual Paulo Melo é um dos presos da operação deflagrada hoje (14) pela Polícia Federal (PF),e pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar fraudes em contratos de terceirização de mão de obra nos últimos dez anos no estado do Rio, inclusive durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Além de Melo, também foram cumpridos outros quatro mandados de prisão preventiva. A operação Favorito é um desdobramento das operações Quinto do Ouro e Cadeia Velha.
Segundo a PF, empresários pagaram propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a deputados estaduais e a outros agentes públicos para conseguir fornecer serviço de mão de obra terceirizada para o governo do estado e órgãos estaduais, nos últimos dez anos.
De acordo com as investigações, a organização criminosa teria inclusive aproveitado a situação de calamidade ocasionada pela pandemia, que autoriza contratações emergenciais e sem licitação, para obter contratos milionários de forma ilícita com o poder público.
“Além disso, constatou-se, através de diálogos interceptados em março e abril de 2020, que a organização criminosa vinha destruindo provas e realizando ações de contrainteligência”, diz o MPF.
Segundo as investigações, os criminosos usaram cooperativas de trabalho e organizações sociais para permitir a lavagem de recursos públicos indevidamente desviados e disfarçar o repasse de valores para agentes públicos envolvidos no esquema.
Defesa
A advogada Patrícia Proetti, que faz a defesa do ex-deputado, disse que sua prisão “mostra-se absolutamente descabida e atemporal” uma vez que o inquérito policial que apura possível conduta criminosa de outro investigado e supostas compras superfaturadas para montagem de hospital de campanha nada tem a ver com o ex-parlamentar.
No dia 20 de março, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio autorizou Paulo Melo a cumprir seu regime semiaberto inteiramente em prisão domiciliar, sem necessidade de retornar ao presídio enquanto houver a pandemia do novo coronavírus, conforme decisão da Vara de Execuções Penais.
Melo foi preso em 2017, no âmbito da Operação Cadeia Velha, e depois condenado por envolvimento em um esquema de corrupção com empresas de ônibus.
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
Banco Central antecipa produção de R$ 9 bilhões em cédulas
@Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
O Banco Central (BC) antecipou para este mês pedido de produção de cédulas, no valor de R$ 9 bilhões, para a Casa da Moeda. Essa produção já estava prevista na programação anual, mas a antecipação foi necessária para evitar a falta de cédulas. Desde o início da pandemia de covid-19, o BC observou que há “entesouramento” do dinheiro no país.
Segundo o BC, o entesouramento ocorre porque as pessoas estão guardando o dinheiro em vez de colocar em circulação. “O pedido visa a construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do fenômeno de entesouramento que se observa desde o início da pandemia. O BC entende que o entesouramento pode ser consequência de três fatores: saques por pessoas e empresas para formação de reservas, diminuição do volume de compras no comércio em geral e porque parcela considerável dos valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios [como o auxílio emergencial] ainda não retornou ao sistema bancário”, diz o BC, em nota.
Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - BrasíliaRisco país e dólar disparam e Brasil vira uma economia arriscada
© Shutterstock |
OBrasil passou nas últimas semanas a ser um país mais arriscado para o estrangeiro investir, se descolando de outros emergentes. Isso porque, se a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus é uma realidade para todos, os ruídos políticos, além de serem muito mais intensos aqui, elevaram as preocupações sobre a recuperação da atividade econômica e em relação às contas fiscais brasileiras.
Resultado: o risco país subiu bem mais no País do que em outras regiões e o real é a moeda que mais se desvaloriza ante o dólar entre os principais emergentes. Com a tendência de os juros reais se tornarem negativos aqui nos próximos meses, a avaliação de estrategistas e economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast é que o Brasil vai ficar ainda mais distante do radar dos grandes investidores.
Uma das medidas da piora da percepção sobre o perfil de risco do Brasil é o comportamento recente do indicador que mede a chance de um país dar um calote na sua dívida externa, o Credit Default Swap (CDS). Só este ano, o CDS do Brasil subiu 255%. Como comparação, na América Latina, o do México avançou 175% e o do Chile teve aumento de 140% no mesmo período. Entre emergentes de outras regiões, o da África do Sul subiu 137%, o da Turquia ganhou 112% e o da Coreia do Sul, 55%. Nessa lista, Argentina e Venezuela estão excluídas, por já estarem em situação de calote.
No câmbio, o dólar já subiu mais de 47% no Brasil este ano, enquanto no México avançou 29%, na Turquia, 17% e na África do Sul, 32%.
Antes da crise do coronavírus e da piora do ambiente político, investidores viam o Brasil com chance de voltar à classificação grau de investimento, o selo de bom pagador concedido pelas agências de avaliação de risco, como mostravam as taxas do CDS no começo de janeiro, que operavam na casa dos 95 pontos (menor nível em dez anos). Em abril, as taxas chegaram a superar 400 pontos, mesmo nível que o Brasil tinha no começo de 2016, pouco antes do impeachment de Dilma Rousseff. Na quarta-feira, 13, o CDS foi negociado a 355 pontos, alta de 25 pontos em apenas um dia, segundo cotações da IHS Markit.
"Estamos cada vez mais pessimistas sobre as perspectivas com o Brasil", afirma o economista sênior em Londres para América Latina da consultoria Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia. "Este é o pior momento para uma crise política no Brasil", afirma a analista de moedas do banco alemão Commerzbank, You-Na Park-Heger. O País deve enfrentar uma forte recessão por causa do choque causado pela pandemia.
Novo recorde
E em meio a toda essa turbulência, a cotação do dólar bateu novo recorde nominal na quarta-feira, 13. A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5,90. No dia, a alta foi de 0,55%. No mês, o dólar já acumula alta de 8,5% e no ano, 47,09%.
Por Estadão Conteúdo
As várias versões na investigação que pode levar a saída de Bolsonaro
@Reuters |
FÁBIO FABRINIBRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os depoimentos à Polícia Federal são as primeiras diligências do inquérito que opõe o ex-ministro Sergio Moro (Justiça) ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em declarações públicas e em depoimento, o ex-juiz da Lava Jato acusou o mandatário de tentar trocar dirigentes das PF para alocar gente de sua confiança nos cargos e, com isso, ter acesso a informações e relatórios de investigações.
Também listou como um dos motivos a suposta preocupação de Bolsonaro com inquéritos em curso no Supremo e cujo potencial é o de atingir seus filhos e alguns aliados.
Um inquérito foi aberto com base nas afirmações de Moro para apurar se o presidente cometeu crime ou, em outra hipótese, se o ex-ministro fez uma denúncia caluniosa. Desde a segunda (11), diversos citados nas declarações do ex-juiz estão sendo ouvidos em Brasília e Curitiba.
Moro sustenta que as pressões de Bolsonaro para interferir na PF vêm do ano passado, quando abriu uma crise para emplacar um nome de sua confiança na Superintendência do Rio de Janeiro. Na ocasião, quase caiu o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo.
As pressões teriam continuado este ano, até 24 de abril, quando Valeixo foi demitido e Moro, em seguida, rompeu com o presidente. O ex-ministro sustenta que Bolsonaro "lhe relatou verbalmente no Palácio do Planalto que precisava de pessoas de sua confiança para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligência".
Bolsonaro nega tentativa de ingerência. Diz que, como presidente, é sua a prerrogativa de nomear o diretor-geral da PF e até o ministro da Justiça.Após apuração da PF, a Procuradoria-Geral da República avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.
Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF -que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.
A seguir, as diferentes versões em depoimentos e um perguntas e respostas para entender o caso.
MAURÍCIO VALEIXO, EX-DIRETOR GERAL DA POLÍCIA FEDERAL
Motivos de sua exoneração - O ex-ministro Sergio Moro atribui a exoneração de Valeixo a uma suposta tentativa do presidente de ter linha direta com o chefe da PF e interferir politicamente na corporação.
Em depoimento, Valeixo disse à PF que, em duas conversas com Bolsonaro, o presidente lhe disse que gostaria de ter no cargo alguém com quem tivesse mais "afinidade".Ingerência - Moro declarou que Bolsonaro queria a troca no comando da PF para ter acesso a relatórios de inteligência. Sugeriu que ele quisesse obter dados e controlar investigações, pois estaria preocupado com inquéritos no Supremo que têm como alvos potenciais seus filhos e aliados políticos.
Valeixo declarou que, quando há uma indicação com interesse sobre uma investigação específica, está caracterizada uma interferência política na PF, mas que isso não ocorreu em nenhum momento de sua gestão.
Acrescentou que Bolsonaro nunca tratou diretamente com ele sobre a troca de superintendentes da PF nem nunca lhe pediu relatórios de inteligência ou informações sobre investigações ou inquéritos policiais.
Troca de superintendentes - Um dos pontos cruciais da investigação é se Bolsonaro pressionava pela troca de comando na Superintendência da PF no Rio com o intuito de controlar investigações de interesse de sua família.
Valeixo disse que foi consultado por Moro em junho de 2019 sobre a troca do então superintendente no Rio, Ricardo Saadi, e que o nome do substituto, Alexandre Saraiva, então chefe da PF no Amazonas, havia sido ventilado por Bolsonaro. Valeixo declarou não saber por quais razões o presidente teria feito aquela indicação.
Exoneração a pedido - Há suspeitas de fraude no decreto de exoneração de Valeixo, pois ele foi publicado em 24 de abril com a assinatura de Moro e registrou a dispensa como "a pedido" do diretor-geral. Os dois, contudo, não teriam dado aval para isso.
No depoimento, Valeixo disse ter falado na véspera com Bolsonaro, por telefone, sendo avisado que seria exonerado. O presidente, segundo ele, perguntou se poderia registrá-la como "a pedido", tendo o então diretor-geral dito que sim. Valeixo, porém, disse que o pedido de demissão nunca foi formalizado por ele.
ALEXANDRE RAMAGEM, DIRETOR DA ABIN (AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA)
Relações com o clã Bolsonaro - Moro afirmou que Bolsonaro queria substituir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, por Ramagem, amigo da família do presidente, e que isso poderia configurar desvio de finalidade na nomeação. Justificou que a troca era sem causa e viabilizaria ao presidente interagir diretamente com os delegados nomeados para colher relatórios de inteligência.
Ramagem negou ter amizade com os filhos de Bolsonaro, mas disse que goza de "consideração, respeito e apreço da família" do presidente e da confiança dele. Alegou que, mesmo que tivesse intimidade pessoal com o clã, isso não seria motivo para desprezar seu currículo de policial.
Escalado pela PF, Ramagem comandou a segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
Nomeação para a diretoria-geral da PF - Ramagem foi nomeado por Bolsonaro para assumir a PF, mas o Supremo barrou o ato por suspeita de desvio de finalidade. O presidente, então, decidiu alçar ao posto um delegado ligado a Ramagem, também egresso da Abin, Rolando Alexandre de Souza.
No depoimento, Ramagem admitiu ter sido consultado sobre as qualificações de Rolando tanto por Bolsonaro quanto pelo ministro da Justiça, André Mendonça.
Ingerência na PF - Moro diz que a possível troca de comando na PF poderia dar margem a interferência nas investigações. Segundo Ramagem, o presidente "nunca chegou a conversar, sob a forma de intromissão", sobre investigações específicas da Polícia Federal que pudessem, de alguma forma, atingir pessoas a ele ligadas.
RICARDO SAADI, EX-SUPERINTENDENTE DA PF NO RIO DE JANEIRO
Motivos de sua exoneração - A exoneração de Saadi da Superintendência da PF no Rio foi apontada por Moro como um dos principais movimentos de Bolsonaro para interferir na corporação.
Em depoimento, Saadi afirmou que a sua saída, em agosto 2019, não foi justificada à época pelo então diretor-geral, Maurício Valeixo. Saadi disse que Valeixo lhe telefonou dizendo que iria adiantar os "planos de troca" no comando da PF no Rio, "não revelando eventuais razões para tanto".
Interferência política - Bolsonaro é suspeito de tentar obter dados de apurações em curso no Rio para, supostamente, proteger familiares e aliados.Saadi contou que "nem o presidente da República Jair Bolsonaro, nem o ex-ministro da Justiça
Sergio Moro" lhe solicitaram direta ou indiretamente relatórios de inteligência". Ele também negou ter recebido solicitações de informações ou de arquivamento de inquéritos.Produtividade - Bolsonaro atribuiu sua intenção de trocar Saadi, no ano passado, a questões de produtividade no comando da superintendência.
Ao depor na segunda (11), o delegado negou problemas de desempenho. Disse que, ao assumir, a PF no Rio tinha uma das piores performances, passando, em sua gestão, a figurar entre uma das melhores. Ele disse que sua saída já vinha sendo negociada com a diretoria-geral e estava relacionada a questões familiares.
LUIZ EDUARDO RAMOS, MINISTRO DA SECRETARIA DE GOVERNO
Reunião ministerial - Moro afirmou que, na reunião ministerial de 22 de abril, o presidente cobrou "a substituição do SR/RJ [superintendente no Rio], do diretor-geral e relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal".
Teria dito também, na versão do ex-ministro, que iria interferir em todos os ministérios e, quanto à Justiça, se não pudesse trocar o superintendente do Rio, "trocaria o diretor-geral e o próprio ministro". Bolsonaro, no entanto, declarou nesta terça-feira (12) que não existiram no encontro, gravado em vídeo, as palavras Polícia Federal e nem superintendência.
A versão de Ramos contrasta com a de Bolsonaro. Em depoimento, ele disse que o presidente "se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros".
Segundo ele, também acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro.
Vídeo da reunião - Segundo pessoas que tiveram acesso ao vídeo da reunião, Bolsonaro vinculou na ocasião a mudança na Superintendência da PF do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família.
Ramos disse que entendeu que o presidente falava de sua segurança pessoal ao citar a troca de ministro. Ele disse que a referência, neste caso, estaria sendo feita a Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), que chefia o órgão responsável pela segurança do presidente, e não à PF, vinculada à pasta de Moro.
Solução intermediária - Moro disse que, um dia após a reunião ministerial, se reuniu com Ramos e os ministros Heleno e Braga Netto (Casa Civil), relatando as pressões do presidente, a possibilidade de sair do governo e, nessa hipótese, "falar a verdade" publicamente. Ramos teria se comprometido a conversar com Bolsonaro para propor uma solução intermediária de troca na PF, com a nomeação de um delegado da confiança do então ministro da Justiça.
Em depoimento, o titular da Secretaria de Governo confirmou que o ex-ministro da Justiça o procurou após estar com Bolsonaro. Ele afirmou que chegou a tentar achar uma solução para o impasse sobre a mudança na diretoria-geral da PF e que nunca levou a contraproposta feita por Moro ao presidente.
GENERAL AUGUSTO HELENO, MINISTRO DO GSI (GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL)Reunião ministerial - Moro disse que, na reunião de 22 de abril, o presidente cobrou "a substituição do SR/RJ [superintendente no Rio], do diretor-geral e relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal".
Teria dito também, na versão do ex-ministro, que iria interferir em todos os ministérios e, quanto à Justiça, se não pudesse trocar o superintendente do Rio, "trocaria o diretor-geral e o próprio ministro". Bolsonaro, no entanto, declarou nesta terça que não existiram no encontro, gravado em vídeo, as palavras Polícia Federal e nem superintendência.
Sobre esse ponto, Heleno deu a mesma versão de Ramos. Disse que Bolsonaro, na reunião, cobrou "de forma generalizada" todos os ministros da área de inteligência, "tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa."
Acesso a relatórios - Moro disse em depoimento que, na reunião ministerial, após cobrar acesso a relatórios de inteligência da PF, Bolsonaro ouviu de Heleno que o presidente não podia receber aquele tipo de documento.
Ao depor, o ministro disse que não se recorda se a fala a ele atribuída realmente aconteceu, razão pela qual não pode dizer a que tipo de relatório se refere a frase.Solução intermediária - Moro disse que, um dia após a reunião ministerial, se reuniu com Ramos, Heleno e Braga Netto, relatando as pressões do presidente, a possibilidade de sair do governo e, nessa hipótese, "falar a verdade" publicamente. Heleno teria se comprometido a conversar com Bolsonaro para demovê-lo da demissão de Valeixo.
Heleno confirma a conversa com Moro. Diz que aceitou falar com o presidente sobre a questão de Moro, mas que já sabia da determinação de Bolsonaro de demitir o diretor-geral da PF.
BRAGA NETTO, MINISTRO DA CASA CIVIL
Reunião ministerial - Moro disse que Bolsonaro lhe disse precisar de pessoas de sua confiança em cargos de comando da PF para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligência.
Para corroborar essa informação, afirmou que, na reunião ministerial de 22 de abril, o presidente cobrou "a substituição do SR/RJ [superintendente no Rio], do diretor-geral e relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal".
Teria dito também, na versão do ex-ministro, que iria interferir em todos os ministérios e, quanto à Justiça, se não pudesse trocar o superintendente do Rio, "trocaria o diretor-geral e o próprio ministro". Bolsonaro, no entanto, declarou nesta terça que não existiram no encontro, gravado em vídeo, as palavras Polícia Federal e nem superintendência.
Braga Netto corroborou a versão de Bolsonaro ao depor. Afirmou que, ao mencionar a troca da "segurança no Rio de Janeiro", no seu entender, o presidente tratava de sua segurança pessoal naquele estado, a cargo do GSI, e não da PF.
Solução intermediária - Moro disse que, um dia após a reunião ministerial, se reuniu com Ramos, Heleno e Braga Netto, relatando as pressões do presidente, a possibilidade de sair do governo e, nessa hipótese, "falar a verdade" publicamente. Braga Netto disse que, para acalmar Moro, ele e os colegas disseram que iriam conversar com Bolsonaro.
Segundo o ministro da Casa Civil, "não houve o compromisso de demover" Bolsonaro da intenção de mexer no comando da polícia. Braga Netto disse que não chegou a falar com o presidente e que não teve uma iniciativa de buscar uma "solução intermediária" para o impasse .
Investigações Incômodas - Braga Netto foi questionado sobre eventuais investigações da PF que poderiam estar incomodando Bolsonaro e, com isso, levando-o a pressionar pela troca em postos-chave da corporação.
O chefe da Casa Civil disse se recordar apenas que o presidente se queixava de não terem sido esclarecidas as circunstâncias do depoimento de um porteiro de seu condomínio, no Rio de Janeiro, que envolveu seu nome no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O porteiro admitiu depois que errou ao falar de Bolsonaro.
O ministro disse ainda se recordar que Bolsonaro reclamou dos dados recebidos pelo Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência). Braga Netto afirmou que os dados, compilados pela Abin, eram insuficientes.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Qual a origem e o objetivo da investigação?
O inquérito foi aberto horas depois de Sergio Moro pedir demissão do Ministério da Justiça com acusações ao presidente Jair Bolsonaro. O objetivo da apuração é verificar se as afirmações do ex-ministro, de que Bolsonaro teria tentado interferir na PF, são verdadeiras ou se ele mentiu sobre o comportamento do chefe do Executivo.
Bolsonaro poderá ser denunciado pela PGR e, se o Congresso aprovar o prosseguimento das investigações, será afastado do cargo automaticamente por 180 dias.Quais os possíveis crimes investigados?
No pedido de abertura de inquérito, o procurador-geral da República, Augusto Aras, citou oito crimes que podem ter sido cometidos: falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, prevaricação, denunciação caluniosa e crime contra a honra. Nada impede, no entanto, que a investigação encontre outros crimes.Moro também é investigado? Por quais supostos crimes?
A PGR não afirma, no pedido para apurar o caso, os crimes que podem ser imputados a cada um. Interlocutores de Aras, porém, afirmam que os delitos possivelmente cometidos por Moro são denunciação caluniosa, crime contra a honra e prevaricação.
O que Moro disse em depoimento à Polícia Federal?
O ex-ministro reafirmou as acusações feitas ao pedir demissão do Executivo e detalhou sua relação com Bolsonaro. Sobre a intromissão no trabalho da Polícia Federal, Moro revelou que, por mensagem, o presidente cobrou a substituição na Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
"Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro", disse Bolsonaro pelo WhatsApp, segundo transcrição do depoimento do ex-ministro à PF. Além disso, ressaltou que o presidente teria reclamado e demonstrado a intenção de trocar a chefia da corporação em Pernambuco.
O que Moro apresentou como possíveis provas?
O ex-juiz da Lava Jato apresentou conversas trocadas por WhatsApp e relatou que Bolsonaro chegou a ameaçá-lo em uma reunião ministerial gravada pelo governo.
Qual o interesse de Bolsonaro na Superintedência da Polícia Federal no Rio de Janeiro?
O presidente até agora não explicou. Ele nega interferência, mas tentou forçar a substituição do chefe do órgão no estado quatro vezes em menos de um ano e meio. Segundo o ex-juiz, o presidente fez pressões pela mudança em agosto de 2019 e em janeiro, março e abril deste ano.A preocupação com investigações, desconhecimento sobre processos, síndrome de perseguição, inimigos políticos e fake news são alguns dos principais pontos elencados por pessoas ouvidas pela Folha de S.Paulo para tentar desvendar o que há no Rio de interesse a Bolsonaro.
Quem irá definir se os relatos de Moro configuram uma ingerência passível de denúncia ou apenas o exercício de prerrogativas presidenciais?
Ao finalizar as apurações, a PF fará um relatório em que concluirá que ambos são inocentes ou, se for o contrário, indiciará os dois ou apenas um deles. Esse relatório policial será encaminhado à PGR, que não fica vinculada à conclusão da corporação. Ou seja, caberá a Aras analisar as provas e decidir se oferece ou não a denúncia.
Há prazo para a conclusão das investigações?
O Código de Processo Penal estabelece que inquéritos têm de ser concluídos em 30 dias ou em 10 dias se envolver réu preso. Esse prazo, no entanto, nunca é respeitado, inclusive nas investigações que correm perante o STF.
O despacho do ministro Celso de Mello obrigando a PF a ouvir Moro em até cinco dias, e não em 60 dias, como havia determinado inicialmente, é um indicativo de que o magistrado quer acelerar as apurações. Não dá para afirmar, porém, até quando elas se estenderão.
Quais podem ser as consequências a Bolsonaro nessa investigação?
O presidente pode ser denunciado pela PGR e, se a acusação for aceita por dois terços da Câmara dos Deputados, ele será afastado automaticamente do cargo por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado. Caso o Legislativo barre o prosseguimento das investigações, o processo voltará a correr após ele deixar o mandato.
Governo da Bahia conclui hospital de campanha na Arena Fonte Nova com 240 leitos
Foto: Reprodução/ Twitter/Hospital de campanha na Arena Fonte Nova |
O governo da Bahia anunciou na manhã desta quinta-feira (14) a conclusão das obras do maior hospital de campanha do Estado, na Arena Fonte Nova, com 240 leitos – 100 de UTI e 140 de enfermaria. O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, no Twitter.
A unidade receberá pacientes infectados pelo novo coronavírus. Até esta quarta-feira (13), a Bahia tinha 6.547 casos confirmados e 236 mortos.
Obras concluídas do maior hospital de campanha da Bahia, Arena Fonte Nova, com 240 leitos, sendo 100 leitos de UTI e 140 de enfermaria. Enquanto chegam os equipamentos, estamos aperfeiçoando o sistema de ar condicionado e tocando o barco sob o timão do Gov @costa_rui
Kassab completa 500 dias como ‘secretário-fantasma’ de Doria
Foto: Agência Brasil/Gilberto Kassab |
No próximo domingo (17), o ex-ministro e ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, completa 500 dias afastado do cargo de secretário-chefe da Casa Civil do governo de João Doria (PSDB) em São Paulo.
Kassab perdeu seu espaço no plano de articulação política de Doria em 19 de dezembro de 2018, ainda no governo de transição, quando foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal por suspeita de receber R$ 58 milhões da JBS entre 2010 e 2016.
Doria, que aspira concorrer à Presidência em 2022, havia idealizado essa função para Kassab e manteve sua nomeação em janeiro de 2019. Kassab não compareceu à posse do governador em 1º de janeiro, foi nomeado para o cargo e pediu licença não remunerada, tornado-se até hoje uma espécie de “secretário-fantasma”.
O decreto do governador que autoriza o afastamento de Kassab “com prejuízo dos vencimentos e sem quaisquer ônus para o Estado” para “tratar de assuntos de interesse particular” foi assinado em 3 de janeiro.
Kassab, porém, manteve o controle da pasta. O cargo é exercido na prática pelo secretário-executivo da Casa Civil, Antônio Carlos Rizeque Malufe, aliado do titular e também filiado ao PSD.
O futuro de Kassab no Palácio dos Bandeirantes depende tanto do andamento da investigação que trata da suposta propina da JBS como de sua relação com Doria —e neste ponto a eleição municipal é crucial.
Se até aqui, no entanto, o secretário afastado não retomou seu posto nem foi demitido de vez, é improvável que o impasse se resolva em meio à pandemia do coronavírus.
O inquérito que investiga Kassab sob suspeita de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral, iniciado no STF (Supremo Tribunal Federal) em 2018, avançou pouco nesses 500 dias. No último dia 27, passou a tramitar em segredo de Justiça na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
A Polícia Federal rastreou pagamento de R$ 23 milhões da JBS a empresas de transporte e consultoria ligadas à Kassab.
O ex-ministro argumenta que as firmas prestaram serviço à JBS. A própria PF, ao defender investigação mais detalhada, diz que há relato de atividades das empresas e coloca em dúvida a delação dos irmãos Batista. Kassab nega irregularidades e diz prestar os esclarecimentos necessários.
Não houve até agora oferecimento de denúncia ou arquivamento. A investigação passou seis meses em poder da Polícia Federal desde que chegou ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, enviada pelo STF em junho de 2019.
Depois de compor os governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), transitando com desenvoltura entre campos políticos adversários, Kassab agora ensaia aproximação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em entrevista à Folha, descartou um impeachment neste momento e afirmou que não negocia cargos com Bolsonaro. Disse que não é base de apoio dele e nem faz parte do centrão.
“Em nenhum momento foi veiculada menção a cargos. Até porque como o partido é independente, ele não participa. Alguns parlamentares do partido, até por conta dessa independência, têm tido contribuição junto ao governo, sugerindo nomes para alguns cargos. Eu não tenho acompanhado”, disse.
O diálogo estabelecido com Bolsonaro, embora acenda um alerta para Doria —novo rival do presidente na crise do coronavírus—, não leva a um rompimento com o tucano. Aliados de Doria acham natural que, na realpolitik, Kassab mantenha as duas pontes.
Tanto é que Doria até agora não demitiu Kassab. No governo, o entendimento é o de que a demissão passaria o recado de que o ex-ministro é culpado. Kassab também fez seu gesto ao livrar a imagem da gestão tucana pedindo afastamento.
A situação de um “secretário-fantasma” por 500 dias foi descrita como “esdrúxula” por um tucano. Já um aliado do PSD se espantou ao ser informado de que Kassab segue afastado —ele achava que o ex-ministro já tinha deixado o cargo.
O nome de Kassab é publicado no Diário Oficial todos os dias. Seu papel, segundo aliados, não é só esse. Dono da simbólica Casa Civil, ele segue em contato frequente com Doria ou seus auxiliares, aconselhando politicamente o governador.
Também defende os interesses do governo paulista em Brasília, em pautas no Congresso Nacional, e localmente, ajudando na tramitação de projetos na Assembleia Legislativa.
Quem conhece a dupla, contudo, diz que a relação piorou e que Kassab tem menos ascendência sobre o governo Doria. Boa parte das funções da Casa Civil são desempenhadas por outros secretários de Doria, como Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional) e Rodrigo Garcia (Governo).
Kassab é visto no Bandeirantes como um político pragmático e interessado em seu projeto de fortalecer o PSD. Nos últimos tempos, ele anda mais voltado para as eleições municipais —articula contra o adiamento do pleito para além deste ano e pelo uso do fundo eleitoral.
Para consolidar seu partido, quer reeleger Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte. Em São Paulo, a sigla tem batido de frente com o PSDB em disputas pelo interior –enquanto na capital Andrea Matarazzo (PSD) vai concorrer contra o tucano Bruno Covas.
A eleição municipal é vista no governo Doria como um ponto definidor da lealdade de Kassab. Antes da crise do governo Bolsonaro degringolar, Matarazzo aventou a possibilidade de ser o nome bolsonarista na disputa, já que a Aliança pelo Brasil ainda não se viabilizou.
O movimento, mal visto pelo tucanato, já foi abandonado por Matarazzo por outras razões. Resta saber se o candidato do PSD abraçaria Covas num segundo turno. O embarque de Kassab no projeto Doria 2022 também é dúvida —o ex-ministro cita presidenciáveis no seu partido.
Em nota à Folha, Kassab faz elogios a Doria e suas ações contra o coronavírus, afirmando que o tucano “tem recebido merecido reconhecimento” e que contribui “da melhor maneira possível”.
“Vale ressaltar que a relação com o governador continua boa, como sempre foi, e que lamenta a existência de fofocas da parte de alguns que, alheios à boa política, não enxergam que as saudáveis disputas partidárias e programáticas que acontecem neste momento nos municípios por conta do cenário eleitoral, não interferem em relações pessoais e na aliança política com o governo do estado”, diz.
Em nota, o Governo de São Paulo declarou que o afastamento foi a pedido de Kassab e que a atuação na Casa Civil é feita de forma eficiente por Malufe. “O governador João Doria não faz juízo de valor sobre aspectos legais, já que há uma investigação em curso”, diz.
Kassab afirmou ainda que Malufe é “extremamente qualificado” e que a “investigação segue seu curso com naturalidade”.
Folha de S.Paulo
Auxílio emergencial: Caixa não libera novos créditos há duas semanas
@Divulgação |
A Caixa Econômica Federal completa nesta quinta-feira (14) duas semanas sem liberar novos créditos do Auxílio Emergencial, segundo o G1. Nesta terça-feira (13), o banco divulgou que há havia creditado R$ 33,5 bilhões a 50 milhões de brasileiros, o mesmo número informado em abril.
Até a noite de terça-feira (13), Caixa e Ministério da Cidadania não haviam divulgado o calendário de pagamentos para a segunda e a terceira parcelas. Apenas os trabalhadores que já são beneficiários do Bolsa Família têm data para receber, já que os pagamentos seguem o calendário do Bolsa.
Empresário ligado à gestão Witzel é preso em operação sobre desvios no governo Cabral
Foto: Fábio Motta/Estadão/As investigações remontam ao governo de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro |
O empresário Mário Peixoto, ligado ao secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Lucas Tristão, braço-direito do governador Wilson Witzel (PSC), foi preso na manhã desta quinta-feira (14) na Operação Favorito, deflagrada em conjunto pelas polícias Civil e Federal.
A detenção na Operação Favorito ocorreu no âmbito das investigações da Operação Lava Jato sobre atos durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral. É atribuída a Peixoto a nomeação de cargos-chave no Detran, Cedae, Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Loterj, entre outros órgãos da atual administração estadual. A empresa de sua família, a Atrio Rio, já firmou R$ 81 milhões em contratos com a gestão Witzel, boa parte sem licitação. Ela atua na terceirização de mão-de-obra para o estado.
Além do empresário, também é alvo da ação o ex-presidente da Assembleia Legislativa fluminense Paulo Melo (MDB), e outros três pessoas cujos nomes não foram divulgados.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, a operação investiga uma organização criminosa que desviou R$ 3,95 milhões em recursos públicos da área da Saúde, por meio de uma organização social para administração de UPAs (Unidade de Pronto Atendimento).
Esta é a primeira fase da Lava Jato deflagrada desde o início da pandemia do novo coronavírus. Peixoto foi alvo de delação premiada do ex-presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Jonas Lopes. Ele afirmou que o empresário era um dos responsáveis por pagar uma mesada de R$ 200 mil aos conselheiros da corte em 2012 e 2013.
Ele passou a ser um personagem do mundo político quando teve fotos e vídeo de seu casamento divulgadas pelo ex-governador Anthony Garotinho. A cerimônia num castelo na Itália reuniu políticos do MDB atualmente acusados de corrupção.
É também sócio num empreendimento imobiliário do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (MDB), que chegou a ser preso sob acusação de corrupção -está em prisão domiciliar. Mesmo sendo alvo de investigações, Peixoto conseguiu se aproximar de Witzel durante a campanha eleitoral de 2018, quando o ex-juiz era ainda um azarão.
No período eleitoral, a Atrio Rio -atualmente comandada por pessoas ligadas ao empresário- contratou Lucas Tristão, à época coordenador da campanha do governador, como advogado num processo contra o estado. Witzel afirmava durante a campanha que era sócio de Tristão, embora a relação nunca tenha sido formalizada à OAB-ES, responsável pelo registro de escritórios de advocacia. O governador disse à Folha, inclusive, que analisou a petição assinada por seu então coordenador de campanha em favor da Atrio Rio.
“Ele me apresentou a petição para que eu analisasse e verificasse se era uma petição adequada ao direito que se pleiteava. Entendi que estava adequada e que haveria possibilidade de sucesso”, disse o governador.
A sociedade de Tristão, ex-aluno do governador, foi uma das justificativas apresentadas por Witzel para explicar como depositou R$ 215 mil de recursos próprios na campanha mesmo tendo declarado à Justiça Eleitoral não ter conta bancária -seu patrimônio era apenas uma casa de R$ 400 mil não vendida.
Ele afirmou que o dinheiro veio de luvas pelo ingresso em dois escritórios de advocacia, sendo um deles o de seu atual secretário.
Por: Politica Livre
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