Operação Placebo aprofunda investigações sobre corrupção na saúde

@Rogerio  Santana/Governo do Rio de Janeiro
A Operação Placebo, deflagrada hoje (26) pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, vai aprofundar as investigações para apurar a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado. De acordo com a PF, os elementos de prova obtidos durante as apurações foram compartilhados com a Procuradoria-Geral da República (PGR), dentro da investigação que ocorre no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os trabalhos começaram com a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal (MPF).

No início da manhã, policiais federais chegaram ao Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio, Wilson Witzel, na zona sul da cidade. Segundo a PF, a Operação Placebo apura “indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública de importância internacional, decorrente do novo coronavírus no estado".

Em nota, o governador afirmou que não há nenhuma participação ou autoria dele em qualquer tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo MPF. “Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o estado do Rio de Janeiro.”

Na nota, Witzel disse ainda estranhar declarações de parlamentares da base aliada ao governo sobre operações da PF. “Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais, nos últimos dias, uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”, afirmou.

Questionado mais cedo sobre a operação, o presidente Jair Bolsonaro disse que tomou conhecimento dos fatos pela imprensa. "Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia Federal", disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.

Em nota, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) destacas que as buscas nos palácios das Laranjeiras e da Guanabara tiveram autorização do STJ. "A Fenapef apoia todo e qualquer esforço para apurar e combater a corrupção. Mesmo em tempos de pandemia, os policiais federais seguem fazendo seu trabalho de investigação. A lisura das investigações e o sigilo das operações devem ser preservados em qualquer circunstância."

Mandados de busca e apreensão

Ao todo, a Operação Placebo, inclui 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo STJ. Além dos policiais federais que foram ao Palácio Laranjeiras, equipes da PF se dirigiram ao prédio onde mora o ex-secretário de Saúde Edmar Santos, em Botafogo, na zona sul.

Foram também ao edifício, no Leblon, do ex-subsecretário executivo da Secretaria de Estado de Saúde Gabriel Neves, que foi afastado do cargo e depois exonerado quando começaram as denúncias de aplicação indevida dos recursos na construção e aquisição de equipamentos dos hospitais de campanha. O subsecretário foi preso no dia 7, em operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC) do Ministério Público do Rio, suspeito de obter vantagem na compra de respiradores para os hospitais de campanha. Edmar Santos foi exonerado no dia 8, mas em seguida foi nomeado pelo governador para o novo cargo de secretário extraordinário de Acompanhamento de Ações Governamentais Integradas da Covid-19.

O governo do estado chegou a empenhar R$ 1 bilhão, montante que seria aplicado em contratos emergenciais sem licitação para o combate à covid-19, a maior parte para os hospitais de campanha. Sete unidades estão sendo construídas pelo Instituto de Atenção Básica e Atenção à Saúde (Iabas), organização social também investigada nas denúncias. Apesar de parte dos recursos já ter sido liberada pelo governo estadual, as unidades ainda estão atrasadas. O prazo de entrega era 30 de abril, mas o cronograma já foi atualizado diversas vezes. Estão funcionando atualmente as unidades do Leblon e do Parque dos Atletas, construídas e geridas pela Rede D’Or, e a do Maracanã, também coordenada pelo Iabas.

* Texto ampliado às 12h42 para inclusão de posicionamento da Fenapef

Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Unlabelled

Polícia Federal faz operação em residência do governador Wilson Witzel

                 
PF FAZ OPERAÇÃO NO PALÁCIO LARANJEIRAS, RESIDÊNCIA DO GOVERNADOR WILSON WITZEL FOTO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO
                      A ação é comandada por agentes da PF de Brasília


A Polícia Federal realiza, na manhã desta terça-feira 26, mandados de busca e apreensão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do estado do Rio de Janeiro, na Zona Sul da cidade. A Operação Placebo apura suspeitas de desvios ligados ao Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde para a construção de hospitais de campanha para enfrentamento do Covid-19.Segundo as investigações, foi identificado um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Há 15 dias, o Ministério Público do RJ comunicou a Procuradoria Geral da República sobre citação ao Witzel nas investigações.

A equipe da PF veio de Brasília (DF) e chegou ao Aeroporto Internacional do Rio pouco depois de 5h30m. Há agentes também atuando em um endereço na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, na Zona Sul do Rio, e no Grajaú, na Zona Norte, onde está localizada a sua antiga residência de Wilson Witzel (como pessoa física).

A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: Carta Capital
Unlabelled

Prefeita Maria conversa com cabeleireiros e esteticistas sobre o plano de ( Medidas Protetivas) para o setor.

Foto: Divvulgação/Dircom-PNI
Através de videoconferência, na noite de segunda – feira (25), a Prefeita Maria das Graças juntamente com representantes do setor de Salão de Beleza e Estética de Ipiaú, participaram de uma reunião para dialogar sobre a criação do plano de medidas protetivas contra o coronavírus, para a possível reabertura da atividade econômica no município, assim como a gestão já tem feito com o setor do comércio. O diálogo sobre o plano, levou em consideração todo o cenário encontrado em Ipiaú e na realidade dos representantes.

A Prefeita iniciou a conversa, com os cabeleireiros e esteticistas, falando sobre a importância do setor e de manter as medidas e cuidados no controle da contaminação do Covid 19 no município. 

Ainda com a palavra, sinalizou a importância da elaboração do plano de medidas de prevenção da categoria e pediu atenção a secretária de saúde para a efetivação desse projeto. Informou a todos no momento, que será feito testagens nos profissionais da classe. Já que é uma atividade peculiar aos cuidados pessoais, na qual, os profissionais mantêm contato direto com o cliente.

“O importante nesse momento, é que vocês entreguem a proposta para avaliação. Assim, com o plano pronto, elaborado conjuntamente, apresentaremos para a promotora e faremos o que for melhor para todos. Precisamos construir juntos esse plano, com treinamento, com cuidado e o nosso diálogo estará sempre aberto. Tenham certeza, que faremos o melhor para cuidar das vidas e restabelecer a economia de Ipiaú”, afirmou a Prefeita Maria.

Ao ser franqueada a palavra a Secretaria Laryssa, apresentou aos participantes, dados atuais do boletim epidemiológico, pontuou que o município tem trabalhado incansavelmente para a diminuição considerável de possíveis óbitos, que estão estimados pela projeção no número de contaminados pelo COVID 19. Ainda em suas considerações, enfatizou as ações desenvolvidas pela comissão de controle do coronavírus do município e mostrou preocupação do contágio da doença e com a quantidade de leitos de UTI na nossa região. 

Cada um dos representantes tiveram suas pontuações ouvidas atentamente pela prefeita, apresentaram as dificuldades que estão vivenciando ao longo dos últimos meses. Todos ressaltaram sobre a aprovação das medidas de proteção e das ações feitas pelo município.

O cabeleireiro Manuel, enfatizou que acredita nessa ação. “Acredito que todos nós juntos com essa iniciativa, tudo dará certo. A sociedade será mais humana, e estou me sentindo maravilhado em estar nessa reunião. O importante agora é que poderemos abrir o nosso salão, e ajustar com as medidas para funcionar”.

Roberto Brito, também cabelereiro, lembrou da importância da reunião. “O grupo dos cabeleireiros se reunir com a Prefeita Maria é muito importante. Solicitamos entrar no decreto. A nossa intenção é buscar uma forma junto com o governo municipal para atender o ramo da beleza. Sabemos que a nossa prefeita é sensata”. 

Durante a reunião, ainda foram abordados os temas sobre as atividades internas dos salões e dos centros de estética, as dificuldades de aquisição de equipamentos de proteção individual por parte do setor, e também sobre as necessidades de sustento domiciliar de algumas pessoas da categoria. A prefeita encerrou a reunião agradecendo a todos e solicitou aos representantes do governo, que dessem total atenção a situação da classe. A Secretária de Governo, Vanda Pinheiro, O Coordenador Médico, Dr. Valnei Pestana, a Procuradora Jurídica, Isabelle Araújo, Flavia Mendonça, e a Coordenadora da Vigilância Sanitária, Vanessa Fonseca, também participaram da videoconferência. 

Prefeitura de Ipiaú / Ascom*

De plantas a comidas finas, compras supérfluas geram críticas a órgãos públicos na pandemia

Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Plantas, frutos do mar, louças especiais, cortinas motorizadas, medalhas. Órgãos públicos país afora iniciaram processos para comprar esses itens nos últimos meses e atraíram críticas por cogitar gastos considerados supérfluos no meio da pandemia do coronavírus.
Licitações do tipo até passariam despercebidas em tempos normais, mas ganharam nova dimensão em meio à crise na saúde e na economia. Um levantamento da Folha mostra que a situação se repete no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, nos âmbitos municipal, estadual e federal.
Contratações de serviços como ornamentação de ambientes, produção de eventos e copeiragem também têm entrado na mira de cidadãos e de políticos de oposição, que apontam desperdício de verbas.
Alguns dos processos já estavam com a tramitação em andamento ou se referiam a despesas renovadas periodicamente, mas só se tornaram públicos quando a pandemia estava declarada. Parte das negociações foi suspensa após receber questionamentos.
Um dos primeiros casos a gerar polêmica foi o de dois termos assinados em abril pela gestão Ronaldo Caiado (DEM-GO) que previam o gasto de R$ 611 mil para o fornecimento, por 12 meses, de carnes diversas, frutos do mar e queijos para a cozinha do Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás.
Diante das contestações, Caiado anunciou o cancelamento da execução dos contratos por 120 dias.
Comidas também deram o que falar no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que planejou destinar até R$ 217 mil de seu orçamento para uma empresa que forneceria os alimentos nos voos do presidente do órgão, Dias Toffoli, em aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira), por um ano.
O menu incluía refeições, além de castanhas, patês de vários sabores, como gorgonzola e tomate seco, geleias, sucos e refrigerantes. A repercussão negativa levou o CNJ a suspender temporariamente a licitação.
O STF (Supremo Tribunal Federal), outro órgão presidido por Toffoli, figura na lista das compras controversas, com um pregão para instalar em sua sede cortinas motorizadas do tipo rolô. Gasto previsto: R$ 1,7 milhão. O investimento faz parte das obras de restauração da fachada, divulgadas em 2019.
Uma petição no site Change.org, reivindicando a anulação da medida, já alcançou 43 mil assinaturas.
Cortinas e persianas também são o objeto de um contrato da Presidência da República que destinará R$ 312 mil a uma empresa para cuidar dos adereços nas janelas dos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, além da Granja do Torto e de outros edifícios públicos em Brasília.
A firma terá que instalar e fazer a manutenção sob demanda, ou seja, sempre que for acionada. Segundo o governo, as cortinas ajudam a controlar a incidência dos raios solares e a proteger móveis. A Presidência ressaltou que o processo foi aberto em janeiro, mas sua conclusão, em maio, coincidiu com a pandemia.
Ainda na Praça dos Três Poderes, o Senado publicou edital para comprar milhares de xícaras, pratos, talheres, copos, bandejas e outros materiais de copa e cozinha. Segundo a Casa, os itens vão suprir as necessidades “para o período aproximado de 12 meses”.
Exigências foram colocadas: pratos para refeição e xícaras para chá, por exemplo, deverão ser “confeccionados em porcelana fina” e conter o logotipo do Senado “dourado em alto brilho”.
No dia 6 de maio, a licitação foi encerrada registrando um valor de R$ 181 mil, 49% menor do que o preço que a Casa se dispôs a pagar inicialmente (R$ 354 mil). O órgão, no entanto, decidiu não homologar o resultado enquanto durar a crise, o que significa que o dinheiro não sairá do caixa.
Em nota, o Senado afirmou que “mantém o compromisso com a contenção de despesas” e que, durante a calamidade pública, vai adquirir apenas itens essenciais para seu funcionamento.
No Rio de Janeiro, o Exército recebeu críticas por separar R$ 8,8 milhões do orçamento para contratar, por 12 meses, um serviço de bufê para o Forte de Copacabana. A firma abasteceria as cerimônias realizadas no local. Às vésperas do pregão, em abril, o processo acabou sendo revogado.
A lista de mais de 500 itens exigia iguarias como ceviche de peixe branco, quiche de queijo com alho-poró, guioza de pera com gorgonzola, miniacarajé e camarão com guacamole. O Exército informou à Folha que o forte “julgou pertinente” adiar a concorrência e que não há previsão de retomada.
Também no Rio, o governo estadual manteve durante a crise do coronavírus a previsão de desembolsar até R$ 21,5 mil em plantas ornamentais e insumos de jardim para finalizar a restauração de um chafariz no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC).
Serão comprados exemplares das espécies iresine (uma folhagem vermelha com flores brancas) e grama amendoim, além de brita e areia. A gestão Witzel diz que o processo foi iniciado em janeiro e que o estado é obrigada a proteger bens de valor histórico, artístico e cultural, como é o caso do chafariz e seu entorno.
Em Pernambuco, foi a Assembleia Legislativa que se tornou alvo de ataques por querer embelezar salas de sua sede. Um advogado chegou a levar o caso à Justiça, repudiando o que chamou de “uma inaceitável insensibilidade com o sofrimento da população”.
Com as reações, o gasto de R$ 194 mil para fazer “ornamentação e ambientação de interiores” acabou sendo adiado por iniciativa própria. A grita foi ainda maior porque, ao ser anunciado o pregão, em abril, apareceu o valor de R$ 1,4 milhão —confusão que depois a Casa atribuiu a um erro de digitação.
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o Ministério Público de Pernambuco expediram uma recomendação a gestores públicos locais para que só mantenham licitações relacionadas a necessidades essenciais. Os órgãos aconselharam a suspensão de contratações para festas, eventos e shows.
No Paraná, a Prefeitura de Piraquara acatou orientação do TCE para revogar um pregão de R$ 64 mil para adquirir medalhas e troféus para competições esportivas. Técnicos do tribunal lembraram que torneios estão parados em razão do distanciamento social e sugeriram que o valor fosse para a saúde.
Contratações de prefeituras e Câmaras Municipais no Maranhão, na Bahia e no Espírito Santo também foram brecadas por decisão própria ou após a intervenção de órgãos de controle, que defenderam a importância da contenção de gastos.
Na opinião do professor de gestão pública da FGV-SP Marco Antonio Teixeira, o princípio do interesse público precisa, mais do que nunca, ser levado em conta pelas autoridades. Ele, que também é cientista político, diz que “tudo precisa ser reavaliado à luz do que é mais urgente e indispensável” no momento.
“Esse tipo de contratação desperta mais atenção agora porque falta recurso para o que é essencial, que é o combate à pandemia”, afirma Teixeira. Para o docente, o controle de gastos deve valer inclusive para compras feitas periodicamente por órgãos públicos. “A crise está redefinindo a noção de prioridade”, diz.
Folha de S.Paulo

PF faz operação no Palácio Laranjeiras no Rio de Janeiro

© Shutterstock
Policiais federais estão neste momento no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Há equipes também em outros pontos da cidade.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a operação é da PF de Brasília.

Ainda não há informações sobre o objetivo da ação.

Com informações da Agência Brasil

Empresa promovida por Trump pode fornecer testes ao Brasil

© Shutterstock
A disputa milionária aberta pelo Ministério da Saúde para comprar testes rápidos da covid-19 passou por uma reviravolta. A empresa Abbott, inicialmente desclassificada, conseguiu reverter sua situação e pode vencer o certame para fornecer 7 milhões de exames ao custo de R$ 259 milhões aos cofres públicos. Cada unidade sai por R$ 37, o preço mais baixo entre as candidatas.

A negociação "de emergência", iniciada no dia 20 de abril, foi feita sem licitação, por meio de um chamamento às empresas interessadas em fornecer os testes. Na época, o produto da Abbott ainda não tinha registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que inviabilizou a participação da empresa. Mas como a análise do ministério para a compra emergencial dos testes se arrasta por mais de um mês, deu tempo para a empresa conseguir, enfim, o registro e voltar ao páreo.


Os testes da Abbot ganharam projeção mundial nas últimas semanas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu no dia 29 de abril a empresa na Casa Branca. Ele posou para fotos com o exame "ID NOW" e fez propaganda: "Quero agradecer pelo incrível trabalho que eles fizeram." Dias mais tarde, em 14 de maio, o Food and Drug Administration (FDA), espécie de Anvisa dos EUA, lançou "alerta" para possíveis "resultados inexatos" do exame e disse seguir em busca de mais dados e em contato com a empresa. A Abbott afirmou ao Estadão que o teste usado por Trump entrega "resultados confiáveis".

O produto oferecido ao Ministério da Saúde é outro, chamado de "Panbio COVID-19 IgG/IgM Rapid Test Device", e não foi alvo da análise do FDA. Não há também qualquer questionamento pela Anvisa.

O edital do ministério chegou a causar dúvidas entre empresas que apresentaram ofertas. Na leitura de alguns participantes, seria possível que mais de um laboratório vendesse ao governo, até chegar a 12 milhões de unidades. No documento mais recente sobre o edital, a pasta sinaliza que comprará apenas o teste da Abbott.

O chamado do ministério a empresas para a compra dos testes, sem licitação, foi lançado no dia 20 de abril. Baseado na legislação aprovada para enfrentar a pandemia, os governos têm feito compras emergenciais, sem licitação. Pela média de preço dos produtos ofertados, a compra toda poderia se aproximar de R$ 1 bilhão. Até o fim da segunda semana de maio, a disputa para fornecer testes rápidos era liderada pela Sallus, uma microempresa de Manaus sem histórico de fornecimento ao poder público.

O prazo para os lances se encerrou em 22 de abril. Este intervalo foi determinante para devolver a Abbott ao certame. As análises do ministério para a compra dos testes ocorrem em sigilo, mas foram entregues à reportagem por fontes que acompanham a discussão. Em ofícios, a pasta argumenta que a Abbott apresentava apenas um "protocolo de registro" quando ofereceu o teste e não há irregularidade em classificar a empresa no meio do processo.

Na atualização mais recente do edital entregue à reportagem, a Sallus passou para a terceira colocação. O laboratório público Bahiafarma segue em segundo. Ambas apresentam a mesma oferta: R$ 59, valor diferente do que consta em documentos da semana anterior, quando o melhor preço era da empresa de Manaus.

Como mostrou o Estadão, a Anvisa interditou a linha de produção de testes rápidos para dengue, zika e chikungunya da Bahiafarma, em 2019, após uma análise encontrar "resultados insatisfatórios" sobre "especificidade e sensibilidade" dos produtos. A agência também determinou o recolhimento dos exames. O governo pagou cerca de R$ 120 milhões pelos testes do laboratório em 2016 e R$ 160 milhões em 2017. A Bahiafarma diz que os testes para dengue e outras doenças cumprem com o prometido em bula.

Nas tratativas para compra de teste rápido para a covid-19, o ministério fez uma pesquisa de preços praticados por governos locais e hospitais do País. A média é de R$ 120, mais de três vezes superior ao ofertado pela Abbott. "Ressalta-se que o menor preço encontrado por meio das buscas aos supracitados sites (R$110,00), restou em um valor 197,30% superior ao ofertado pela empresa", escreveu o ministério.

Análise

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou sobre a compra. No edital, a pasta afirma que vai submeter os testes comprados à análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). A Abbott confirma que participou da licitação e não poderia oferecer mais detalhes porque o processo é confidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Wanderlei Silva diz ter oferta para enfrentar Tyson em boxe sem luva

© Getty/O brasileiro recebeu uma proposta de US$ 10 milhões (R$ 54 milhões)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Wanderlei Silva está animado com a possibilidade de enfrentar Mike Tyson. O brasileiro recebeu uma proposta de US$ 10 milhões (R$ 54 milhões) do Bare Knuckle, evento de boxe sem luvas, para enfrentar o norte-americano. Se depender do "Cachorro Louco", o combate acontecerá.

"O Bare Knuckle me contatou perguntou se eu estava interessado em fazer uma luta contra o Mike Tyson nas regras deles. Se eu teria coragem de fazer, foi a palavra que usaram. Falei que coragem eu tenho de sobra. Seria uma honra lutar contra o Mike Tyson, e, se ele aceitar, vai ser um golaço", explicou à reportagem.

A proposta feita a Wanderlei é metade do valor que Tyson receberia. David Feldman, presidente do Bare Knuckle, afirmou ao "MMA Fighting" ter oferecido US$ 20 milhões (R$ 108 milhões) ao norte-americano, além da maior parte das vendas de pay-per-view –Wanderlei ficaria com uma cota menor.


"Se eles soubessem que o dólar tá quase 7 por 1 no meu país...", brincou Wanderlei, aos risos. "Imagina você ir lá e meter uma bomba no queixo do Mike Tyson? Eu ia adorar dar umas porradas no Mike Tyson. Quem não ia querer? Até levar umas também."

A luta contra Mike Tyson passou a ser cogitada depois que o norte-americano postou um vídeo treinando com Rafael Cordeiro, mesmo técnico de Fabrício Werdum. O ex-campeão de boxe afirmou que deverá anunciar ainda nesta semana contra quem será seu retorno aos ringues aos 53 anos. Wanderlei Silva espera que seja contra ele.

"Toparia até fazer uma luta de luva com ele mesmo, no boxe tradicional. Tenho nome suficiente para poder dizer que faria uma luta com o Mike Tyson, que é um dos meus ídolos. Faço na regra dele e vou para ganhar. Essa luta tem tudo para ser uma das que mais vai vender da história", completou.

Afastado, Collor critica retórica confrontacionista de Bolsonaro

                                                               © Edilson Rodrigues/Agência Senado
Collor sugere uma mudança de retórica e procedimentos, para que o fim do governo Bolsonaro seja diferente do seu
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente e senador Fernando Collor (PROS-AL) criticou nesta segunda (25) Jair Bolsonaro, por sua participação nos protestos antidemocráticos e pelas negociações obscuras com o chamado centrão para construir uma base no Congresso.

Com a experiência de quem se viu afastado da Presidência, Collor sugere uma mudança de retórica e procedimentos, para que o fim do governo Bolsonaro seja diferente do seu.

"Por eu ter visto esse filme, por eu ter vivido esse filme, é que eu não gostaria de vê-lo repetido", disse no Ao Vivo em Casa, série de lives da Folha de S.Paulo.

Em 1992, Collor foi alvo de um impeachment instaurado pela Câmara. O processo não foi concluído, pois ele apresentou sua renúncia antes de seu julgamento pelo Senado.

O atual senador acabou inocentado das últimas ações em 2014 referentes a esse período. Em 2019, no entanto, se tornou réu novamente, dessa vez no âmbito da Lava Jato. Recomenda a Bolsonaro mudar a retórica de confronto com as demais instituições e aconselha a construção de uma base sólida partidária não somente para evitar o seu afastamento do cargo.

O primeiro presidente eleito democraticamente após a ditadura militar (1964-1985) diz que errou ao "não ter dado atenção" para construir maioria no Congresso. Para ele, sua posição se deveu a uma animosidade já existente entre os parlamentares após o início de seu governo, contrários a seus planos de estabilidade econômica.

Bolsonaro, argumenta Collor, carrega esse discurso desde a campanha e o reforça ao participar de protestos, onde havia faixas pedindo intervenção militar e fechamento do Congresso e do STF. "É muito difícil não depreender que de alguma forma há uma certa simpatia dele pelo que dizem aquelas faixas."

Collor não acredita que o caráter confrontacionista indica uma estratégia. "Acho que ele está agindo muito por instinto. Mas, querendo ou não, esse instinto se coordena muito intimamente com um método. E esse método nos conduz, no seu limite, ao fascismo."

Collor comentou o histórico episódio da invasão da Polícia Federal ao prédio da Folha de S.Paulo em 1990. Argumentou que foi surpreendido com a notícia, trazida pela ministra Zélia Cardoso de Mello (Economia).

Ele diz que nem mesmo o ministro da Justiça (Bernardo Cabral) e o diretor da PF (Romeu Tuma) tinham ciência da ação. A versão coincide com a de Tuma (1931-2010): o delegado responsável, João Lourenço, não avisou os superiores.

O relato, porém, difere da apuração de jornalistas da época a partir de informações de pessoas próximas ao governo. No livro "Notícias do Planalto", Mario Sergio Conti também afirma que Collor "fora informado previamente da diligência" na Folha de S.Paulo e "concordou com a inspeção".

PF cobra de Heleno provas de insatisfação de Bolsonaro com segurança

© Marcello Casal Jr./ABR
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal cobra do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, informações sobre reclamações ou dificuldades na escolha de nomes na segurança de Jair Bolsonaro e de seus familiares.

Em ofício encaminhado ao Planalto no dia 19, os investigadores fizeram quatro pedidos ao ministro para tentar entender se o presidente da República se referia a sua segurança pessoal ao ameaçar mudanças no Rio durante reunião ministerial em 22 de abril.

O documento integra o inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações do ex-ministro Sergio Moro de interferência do presidente na PF.

A polícia cobra de Heleno informações sobre as trocas ocorridas no comando da chefia da segurança de Bolsonaro e família no anos de 2019 e 2020 e o detalhamento de "eventuais óbices ou embaraços" a nomes escolhidos para a função.

Bolsonaro tem afirmado que, na reunião ministerial gravada em 22 de abril, tratou de interferência em órgãos de segurança do governo por causa de insatisfação com sua proteção pessoal.

Ele nega ter falado em ingerência na Polícia Federal para ter acesso a relatórios de inteligência da corporação, acusação que tem sido feita pelo ex-ministro Sergio Moro.

De acordo com o presidente, quando disse na reunião de abril "por isso vou interferir, ponto final", ele estava se referindo ao GSI, comandado por Augusto Heleno e que é responsável por sua proteção.

Na gravação do encontro liberada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello, o presidente diz: "Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira".

Ainda na reunião, Bolsonaro reclamou que a Polícia Federal não lhe dá informações, que não pode ser surpreendido com notícias e fala em intervir em ministérios.

No vídeo da reunião é possível ver que o presidente olha para Moro no momento em que diz que vai interferir.

Os investigadores cobram ainda de Heleno a lista de trocas de comando na chefia no escritório regional do GSI no Rio e questionam se outras pessoas ligadas a Bolsonaro tiveram acesso a segurança, contrariando a lei 13.844/2019, que limita o serviço ao chefe do Executivo e familiares direto.

O presidente mesmo disse que a segurança dele é responsabilidade do GSI. Mas uma apuração do Jornal Nacional, publicada no dia 15 de maio, mostra que o presidente tinha promovido o responsável pela segurança 28 dias antes da reunião -em vez de demiti-lo. E ainda promoveu, para o lugar dele, o número dois da diretoria.

E, mesmo no Rio de Janeiro, houve troca na chefia do escritório do GSI menos de dois meses antes da reunião ministerial.

Além de pedido ao GSI, a PF também começou a recolher provas ligadas à Superintendência do Rio.

Os investigadores pediram à Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado os relatórios de produtividade da unidade fluminense da corporação.

Uma das versões usadas pelo presidente e seus defensores para explicar a cobrança de Bolsonaro por uma mudança na Rio é uma suposta queda na produtividade.

Contudo, em depoimento à PF, o delegado Carlos Henrique Oliveira de Sousa, nomeado o diretor-executivo da corporação, disse que a Superintendência do órgão no Rio não tinha problemas de produtividade quando ele assumiu o cargo, em novembro de 2019, em substituição ao delegado Ricardo Saadi.

Ele ficou no cargo até último dia 13 quando foi chamado para ser o número dois da PF.

Outra linha de investigação é averiguar se as apurações relacionadas com Operação Furna da Onça vazaram para família Bolsonaro antes de sua deflagração.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o empresário Paulo Marinho, ex-aliado do presidente, disse que um dos interesses do clã no controle da Polícia Federal pode ter ligação com um episódio ocorrido ainda na campanha presidencial.

Marinho afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) soube, uma semana depois do primeiro turno das eleições de 2018, que haveria a deflagração da Furna da Onça.

Em nota, Flávio Bolsonaro negou as acusações e falou que a entrevista foi "invenção de alguém desesperado e sem votos".

O empresário e o chefe de gabinete do senador, Miguel Ângelo Braga Grillo, prestam depoimentos nesta terça (26) na PF sobre o caso.

Bahia tem 477 mortes e mais de 14 mil casos confirmados de coronavírus

Foto: Divulgação/ Ascom HGRS
A Bahia soma 14.204 infectados pelo novo coronavírus e 477 mortes no total. Os números estão em boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) na noite desta segunda-feira (25). No documento, a pasta explica que os 17 óbitos registrados nas últimas 24 horas referem-se a falecimentos ocorridos em intervalo de 20 dias, mas só cadastrados agora.

Nos casos confirmados, 3.965 foram curados, e 9.762 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica. A taxa de ocupação hospitalar está em 57,8% em enfermaria (911 internados nos 1.576 leitos abertos) e 72,2% em UTI (454 pacientes em 629 vagas).

Os casos confirmados ocorreram em 249 municípios. Salvador concentra 63,02% dos registros. Os municípios com maior coeficiente de incidência por 1.000.000 habitantes são Uruçuca (4.483,65), Ipiaú (3.967,48), Itabuna (3.930,16), Salvador (3.084,59) e Itajuípe (2.830,51).

Inadimplência cresce 72,4% em instituições privadas de ensino superior, diz sindicato

Foto: Reprodução/G1
A taxa de inadimplência nas instituições privadas de ensino superior ficou em 26,3% em abril, um crescimento de 72,4% na comparação com o mesmo mês de 2019, quando fechou em 15,3%. Os dados foram divulgados na pesquisa de inadimplência do Sindicato das Instituições de Ensino Superior Privado (Semesp) e já registram o impacto econômico da pandemia do novo coronavírus no setor.

As faculdades particulares são responsáveis por 75% do total de matrículas no ensino superior no país. Em 2018, foram registradas 8,4 milhões de matrículas nessa etapa, diz o estudo divulgado nesta segunda-feira (25).

O levantamento, feito com base em uma amostra de 146 instituic?o?es brasileiras, ouviu estabelecimentos de pequeno e médio porte (com menos de 7 mil estudantes) e de grande porte (com mais de 7 mil), segundo a Agência Brasil.

“As instituic?o?es de ensino superior de grande porte registraram a taxa mais alta de inadimplência. Em abril de 2020, o percentual ficou em 29,5%, enquanto que as instituic?o?es de pequeno ou me?dio porte atingiram 25,2% no mesmo peri?odo”, revela a pesquisa.

O estudo também mediu a taxa de evasão, que mede o percentual de alunos que desistiram do curso ou trancaram a matrícula no me?s de abril. Segundo o levantamento, a taxa aumentou 32,5% entre os anos 2019 e 2020. Em abril de 2019, a taxa ficou em 2,1%, contra 2,8%, em 2020.

O crescimento das desistências foi puxado principalmente pela desistência dos alunos matriculados em cursos presenciais, que registraram aumentou de 47%. De acordo com o levantamento, a evasão no ensino superior presencial, em abril, foi de 2,9%, contra 1,9%, no mesmo mês do ano passado.

Já no ensino a distância, a taxa de evasa?o manteve-se esta?vel, registrando 1,1% em abril de 202, o mesmo percentual de abril do ano passado.

O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelatto, disse que a pesquisa apurou a inadimplência de 30 dias, mas que o Semesp trabalha com um período de 90 dias para medir esse indicador. “Foi o que foi possível registrar, até o momento, com os efeitos desse período de pandemia”, afirmou Capelatto.

Ele disse que a inadimplência média fica torno de 10% e que a crise pode levar a um salto, passando para 15%. “Temos uma situação, que é essa taxa de inadimplência que vai diminuindo ao longo do ano. Essa [taxa registrada em abril] é uma taxa de 30 dias. Hoje a inadimplência média está em torno de 9,3%, e acreditamos que ela vai crescer para uns 15%, quando for medida a inadimplência em 90 dias", disse.

Capelatto destacou que muitas faculdades têm acenado com a concessão de descontos para os inadimplentes e criticou as iniciativas de projeto de lei, apresentadas em diferentes estados, que estabelecem uma redução de cerca de 30% no valor das mensalidades.

Para Capelatto, somado à evasão e à inadimplência, o desconto de 30% nas mensalidades pode criar dificuldades para que as empresas consigam manter os pagamentos, como os salários em dia. “Se a gente considerar que vai ter 30% de inadimplência, 30% de evasão, se der desconto de 30%, as faculdades não vão ter como pagar as pessoas”, disse. “Se tivermos isso, pode ter certeza de que 30% das instituições terão que fechar as portas até o final de 2020."

Capelatto defendeu que, caso algum projeto similar seja aprovado, as análises de reduções das mensalidades sejam ser feitas caso a caso, de acordo com a situação financeira de cada aluno. Levantamento apresentado na semana passada pela Semesp mostra que 61,9% dos jovens de 18 a 24 anos da classe A (que tem renda domiciliar de mais de oito salários mínimos) frequentam o ensino superior, enquanto apenas 10,5% dos jovens da classe E (com renda domiciliar de até meio salário mínimo) fazem graduação.

Para a rede privada de ensino superior, uma das saídas para o abandono dos estudantes é o aumento de repasses para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de modo que chegue a garantir 500 mil vagas.

O Semesp também reivindica aumento dos recursos próprios de financiamento estudantil de instituições com aporte de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “É fundamental ter políticas de recuperação ou de sustentação das instituições de ensino superior, uma por meio da ampliação do Fies. Hoje apenas 2,6% dos estudantes entram com o Fies, e a grande parte entra com financiamento próprio das instituições”, afirmou Capelatto.
Unlabelled

Homem é detido pela Polícia Militar em Itagibá por ameaçar a sua esposa/Violência Doméstica ( Lei Maria da Penha

Foto: Divulgação
Por volta das 15h40min desse sábado, dia 23 de maio de 2020, a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá foi acionada por populares, via telefone, que informaram que na rua do Cacau, distrito de Acaraci, uma a senhora estava sendo ameaçada pelo seu esposo.

A guarnição deslocou imediatamente até o endereço. No local, a vítima relatou que foi ameaçada pelo seu esposo, tendo o mesmo lhe dito que levaria o casal de filhos para a roça e que quando voltasse ela iria ver o que iria acontecer com ela. Tal situação ocorreu após a vítima negar a dividir o auxílio emergencial do governo federal com o mesmo. 

A vítima disse que teria medo do esposo pelo fato dele andar com um canivete, e que ele, com raiva jogou no meio da rua, 3 televisores (01 tv led 32" Philips, 01 tv de tubo 20" Philco e 01 tv de tubo 20" Semp). Tendo agredido a vítima verbalmente com xingamentos.

O suspeito negou a violência e disse que a sua esposa foi quem o agrediu. 

Os envolvidos foram conduzidos à delegacia de Ipiaú.

Fonte: ”55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas!”
Unlabelled

Polícia Miltar prende condutor não habilitado e apreende veículo or crime de trânsito e direção perigosa em Ipiaú

Foto: Divulgação/55ª CIPM
Por volta das 18h00min desse sábado (23/05/2020), a guarnição da 55ª CIPM/PETO realizava rondas pela Avenida Nossa Senhora Aparecida, quando flagrou um veículo realizando manobra perigosa (cavalo de pau), na saída do Posto Aparecida. De imediato, foi realizado o bloqueio do veículo e dada voz de abordagem ao condutor. 

Durante a abordagem verificou-se que o condutor não possuía a Carteira Nacional de Habilitação - CNH. 

O autor, juntamente com o veículo, foram apresentados na delegacia de Ipiaú.
Autor: M. B. C.; Nas:24/09/2000; Veiculo Apreendido; 01 veículo VW Gol 1.0 de cor branca, Placa Policial NYW - 3918/IPIAÚ;

Fonte: ”55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas!”

Senado aprova MP que altera cargos e funções na Polícia Federal

@Jefferson Rudy/Agência Brasil
O Senado aprovou, hoje (25), a Medida Provisória 918/2020, que altera a estrutura de cargos da Polícia Federal (PF). A MP cria Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE) e Funções Gratificadas (FG) e extingue cargos em comissão do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS). Agora, o texto segue para a promulgação.

A proposta cria 45 FCPE e 471 FG para a Polícia Federal. Também transforma 281 cargos DAS, alocados na Polícia Federal, em 338 funções comissionadas do Poder Executivo e seis funções gratificadas. De acordo com a mensagem enviada ao Congresso Nacional, o governo avalia que a medida vai fortalecer a instituição.

“A análise da atual estrutura da Polícia Federal evidencia a necessidade de reforçá-la, pois atualmente suas unidades descentralizadas carecem de estrutura formal. Assim, o fortalecimento da estrutura da instituição é imperativo, por ser a Polícia Federal a principal frente do país na atuação policial nas fronteiras e no combate às organizações criminosas, ao tráfico de drogas, à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao terrorismo, dentre outras atividades exclusivamente por ela desempenhadas”, argumetou o governo na justificativa da MP.

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), teceu elogios à PF. “Essa medida é mais do que justa à Polícia Federal. Com a Polícia Federal, a lei é para todos”. Já o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que a medida poderá ser importante para reforçar a segurança nas fronteiras.

“Essa reorganização da PF pode resolver alguns problemas, como a disponibilidade de funções gratificadas para realocar policiais e delegados em regiões de fronteiras. Entendemos necessária essa reorganização”, disse o emedebista.

* Com informações da Agência Senado

Bolsonaro vai à PGR cumprimentar novo procurador da PFDC

@Marcos Correia/PR
O presidente Jair Bolsonaro foi hoje (25) à sede da Procuradoria-Geral da República (PGR) cumprimentar o novo procurador Federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, que tomou posse nesta segunda-feira para um mandato de dois anos. Bolsonaro ficou poucos minutos no local, tirou fotos e retornou ao Palácio do Planalto, sede do Executivo.

De forma improvisada, ao final cerimônia, que foi fechada e transmitida por videoconferência, o presidente pediu permissão ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para comparecer pessoalmente. “Se me permite a ousadia, se me convidar eu vou agora aí apertar a mão do nosso novo integrante desse colegiado maravilhoso da Procuradoria-Geral da República”, disse Bolsonaro. Aras consentiu: “Estaremos esperando vossa excelência com a alegria de sempre”.

Durante a cerimônia, o presidente afirmou que “cada dia mais, o nosso Ministério Público se mostra completamente inteirado com o destino da nossa nação”. “Um grande homem soma-se nesse momento a essa posição e nós desejamos a ele e a todos os integrantes do MP muito sucesso para o bem do nosso Brasil”.

Posse
No discurso de posse, Vilhena ressaltou a importância do diálogo com todos os Poderes. Ele disse ainda que a pandemia do novo coronavírus representa uma “crise sanitária sem igual”, que escancarou a precariedade do sistema de saúde brasileiro e a vulnerabilidade dos mais pobres.

“São milhões de brasileiros que não têm acesso à água encanada e tratada; não dispõem de rede de esgoto; não desfrutam de alimentação adequada; não têm moradia nem emprego dignos e que se veem em enorme dificuldade e, em muitos casos, até mesmo impossibilitados de cumprir o necessário isolamento social, o que os torna ainda mais expostos à contaminação pelo vírus”, disse.

Vilhena foi indicado por Aras e teve a nomeação confirmada pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF). O subprocurador-geral da República é especialista em direito público pela Universidade de Brasília (UnB) e integra o MPF desde 1989, tendo atuado junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O novo titular da PFDC substitui a subprocuradora Deborah Duprat, que ocupava o cargo há quatro anos, desde maio de 2016. Em relatório final sobre sua gestão, ela destacou ter proposto ações diretas de inconstitucionalidade de 65 leis que violavam os direitos humanos, além de ter feito 33 recomendações a órgãos do Poder Público para que implementassem medidas voltadas a assegurar a proteção de direitos.

Criada em 1993, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão é um órgão com independência funcional e autonomia institucional que funciona dentro da estrutura do Ministério Público Federal (MPF), tendo como objetivo a promoção e a defesa dos direitos fundamentais.
Por Andreia Verdélio e Felipe Pontes – Repórteres da Agência Brasil - Brasília

Secretarias de Estado implementam ações para a pequena economia na capital e no interior

Fotos: GOVBA
Aplicativo para compra e venda de produtos e serviços, produção de máscaras e serviço de delivery para produtos da agricultura familiar estão entre as ações 

Uma série de iniciativas para fomentar a pequena economia está sendo desenvolvida por diferentes secretarias do Governo do Estado da Bahia. O objetivo é dar a oportunidade para que o pequeno empresário ou prestador de serviço, o agricultor familiar ou o trabalhador autônomo possa manter suas atividades, mesmo com as limitações impostas pela pandemia da Covid-19. São exemplos das iniciativas a plataforma digital gratuita Fique no Lar, as iniciativas de delivery que estão sendo realizadas em toda a Bahia com apoio da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR) para ajudar a cadeia da Agricultura familiar, e o projeto Trabalhando em Rede no Combate ao Coronavírus, com a produção de dois milhões de máscaras de proteção artesanais para distribuição gratuita.

Lançado em abril, o aplicativo Fique no Lar foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e disponibilizada para o Governo do Estado através de uma parceria com as secretarias de Desenvolvimento Econômico (SDE) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Em um mês, a ferramenta alcançou 777 cadastros de empresas, em 108 municípios baianos. Salvador lidera os cadastrados com 286 estabelecimentos. O setor de alimentos é o campeão de cadastros. Em todos os territórios do estado, associações e cooperativas da agricultura familiar se adaptam à nova realidade e adotam o sistema delivery como uma das estratégias de comercialização. O app está disponível para android na Playstore e para iOS no App Store

O superintendente de Desenvolvimento Econômico da SDE, Paulo Guimarães, reforça que a pandemia da Covid-19 tem trazido uma série de dificuldades e desafios para a economia, principalmente para as micro e pequenas empresas. “Não se sabe o que vai acontecer quando a pandemia passar, mas certamente, para sobreviver e para ter uma chance na nova economia que surgirá, será exigido das empresas criatividade e adaptação a novas formas de prestação de serviços e de se fazer comércio”.

Guimarães destaca que as empresas só estão conseguindo sobreviver porque estão se adaptando à tecnologia da encomenda, da entrega e do atendimento virtual. “Isso deverá permanecer após o fim da pandemia e trará, com certeza, alterações nas relações de trabalho, nas relações comerciais. As empresas que se adaptarem melhor terão mais oportunidades no futuro. Os trabalhadores também precisam estar cada vez mais qualificados para o atendimento virtual, para trabalhar autonomamente, e isso vai exigir uma qualificação do profissional, diferente da que era exigida anteriormente no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, muitas serão as necessidades de investimentos públicos, para que a economia volte a crescer”.

Palavra de empreendedor

Para a coordenadora da Câmara Estadual da Mulher Empresária da Fecomércio-BA, Rosemma Maluf, o aplicativo é uma ferramenta que proporciona a sobrevivência das pequenas empresas durante o período de quarentena. “É muito importante a iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de criar uma aplicativo para que as pequenas empresas possam anunciar o seu negócio e os clientes possam, com a recomendação da quarentena, fazer os seus pedidos. Principalmente nessa fase em que a economia precisa girar, os pequenos negócios precisam encontrar uma alternativa para a sua sobrevivência”.

Um exemplo é o pequeno empreendedor André Brenha, proprietário de uma pizzaria no bairro de Piatã, em Salvador. Ele conta com a ferramenta para atravessar este momento difícil para a economia. “Eu quero agradecer a iniciativa do aplicativo Fique no Lar, que nos ajuda, pequenos empreendedores, a termos nosso estoque e a nossa produção sempre em alta. Eu aproveito e peço a todos para ficarem em casa e pedirem pelo delivery”.

Pequeno produtor delivery

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) vem divulgando, em seus meios de comunicação, as iniciativas de delivery que estão sendo realizadas em toda a Bahia. No site da secretaria (www.sdr.ba.gov.br), por exemplo, está disponibilizado um catálogo com nome e contato de empreendimentos que estão realizando entregas, tanto em Salvador como no interior baiano. São diversos produtos que a população pode adquirir em casa, como morangos, chocolates, cafés, castanhas de caju, derivados do milho, do licuri e do umbu e diversos cortes de cordeiros e cabritos.

Entre as cooperativas que têm se destacado está a Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), localizada no Território Baixo Sul. Ela entrega, de domingo a sexta, produtos como goma para beiju, farinha de mandioca, doce de banana, além de produtos in natura como banana-da-terra, banana-maçã, aipim e abacaxi na rede Walmart. Os produtos industrializados da cooperativa também podem ser encontrados na Rede Mix.

De acordo com a representante da Coopatan, Adriana Sousa Resende, a cooperativa não parou suas atividades e nem seu abastecimento de Salvador e região. “Sabemos a importância de escoar a produção para a geração de renda dos agricultores familiares e para continuar nossas atividades. Redobramos os cuidados com o controle de qualidade para preservar a saúde dos cooperados, colaboradores e consumidores, levando até as gôndolas produtos saudáveis e rastreáveis. Estamos mostrando a importância dos pequenos produtores de alimentos no abastecimento das cidades”, afirmou Adriana.

Segundo dados da FAO, agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, cerca de 80% dos alimentos produzidos no mundo são da agricultura familiar. Hoje, é possível encontrar desde hortaliças, frutas e verduras até produtos diferenciados como azeite de licuri, palmito, cervejas artesanais de licuri e de umbu, chocolates sem lactose, geleia de mel de cacau, produtos lácteos, cortes nobres de caprinos e ovinos, dentre outros. São alimentos mais saudáveis, produzidos com o cuidado com o meio ambiente e a geração de renda para mais de três milhões de baianos que vivem da agricultura familiar.

Trabalhando em rede

Das mãos de 600 costureiras de Salvador, Itabuna, Senhor do Bonfim, Juazeiro, Vitória da Conquista e municípios vizinhos surge mais um reforço no enfrentamento à Covid-19 na Bahia. Por meio do projeto “Trabalhando em Rede no Combate ao Coronavírus”, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), as profissionais estão produzindo dois milhões de máscaras de proteção para distribuição gratuita. O secretário da Setre, Davidson Magalhães, destaca a importância da iniciativa. “O Projeto Trabalhando em Rede, além de ser mais uma ação do Governo do Estado no combate à pandemia do coronavírus, já que a máscara funciona como uma barreira contra a propagação do vírus, vai garantir, por dois meses, renda para 600 costureiras, que, nesse período, vão produzir dois milhões de máscaras". O financiamento é feito através do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad) e executado por Organizações da Sociedade Civil (OSC).

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Destaques