Barra do Rocha: TRE-BA decide impugnar pesquisa que apresentava vantagem ao candidato José Luiz


O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) decidiu na tarde desse sábado (14), véspera da eleição, pela impugnação de uma pesquisa pelo Instituto Seculus Consultoria e Assessoria LTDA, a qual apresentava ampla vantagem ao candidato Dr. José Luiz (PDT), ante o seu concorrente, o Professor Léo (PSB). Após ter o pedido de impugnação negado pela 134ª Zona Eleitoral, o candidato Professor Léo recorreu ao TRE-BA e teve decisão favorável ao mandado de segurança contra a decisão proferida em primeira instância.

“A petição inicial narra que a pesquisa eleitoral impugnada se encontra eivada por várias irregularidades, consistentes em: (i) a pesquisa não tratou de intenção de votos; (ii) o candidato representante, ora impetrante, foi erroneamente identificado em pesquisa eleitoral conduzida pela referida empresa representada”, informa um dos trechos da decisão judicial.

O magistrado ainda acrescentou em sua decisão: “teria sido realizada pesquisa sobre avaliação da saúde e registrado como se fosse de intenção de votos. Além disso, indicou-se, no sistema é possível verificar, uma pessoa de nome ‘Sósthenes da Saúde’ como gestor, que é pessoa completamente desconhecida do Impetrante, jamais tendo exercido qualquer função, cargo ou atividade passível de avaliação (…) Invocando a presença dos requisitos autorizadores da tutela liminar de urgência, requer “que se conceda liminar (tutela provisória de urgência), com o objetivo de determinar que seja sustada a divulgação da pesquisa até ulterior deliberação deste Tribunal, sob pena de multa no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).”

“Diante do exposto, concedo a medida liminar, para suspender os efeitos da decisão proferida na Representação nº 0600487-59.2020.6.05.0134, a fim de determinar a suspensão da divulgação do resultado da pesquisa registrada sob o nº BA-07443/2020, até o julgamento final deste mandamus”, destaca o Juiz Ávio Mozar José Ferraz de Novaes.

 

Diabetes é responsável por 43 amputações diárias no Brasil

@Arquivo/Agência Brasil


Neste Dia Mundial de Combate ao Diabetes, lembrado hoje, o Brasil registra a marca de 43 amputações de membros inferiores por dia, decorrentes de complicações da doença. Os dados, do Ministério da Saúde, se referem à soma de 10.546 amputações feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro e agosto deste ano, ao custo de R$ 12,3 milhões.

No mesmo período do ano passado, foram realizadas pelo SUS 10.019 amputações de membros inferiores em decorrência do diabetes, que custaram R$ 11,6 milhões. O crescimento no número de procedimentos em 2020 foi de 5,26%.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta que o principal motivo que leva a essas amputações é a falta de cuidados com a doença, a causa mais comum para amputações de pés e pernas, com cerca de 60%. Em 85% dos casos, o problema aparece como uma ulceração nos pés, ou seja, uma lesão nos tecidos, que pode ser tratada. O diabetes causa perda da sensibilidade, e os ferimentos podem evoluir para o chamado pé diabético, chegando aos casos graves de gangrena que necessitam de amputação.

O paciente diabético precisa ficar atento a qualquer sinal nos pés, como frieiras, bolhas, ferimentos e calos. Os cuidados envolvem secar os pés com cuidado após o banho, manter a pele hidratada, utilizar meias de algodão e sapatos fechados.

Diabetes e covid-19

O diabetes também é um dos principais fatores de risco para o agravamento da covid-19. Por isso, o projeto internacional CoviDiab Registry, uma iniciativa da King’s College London, da Inglaterra, e da Monash University, da Austrália, está reunindo dados globais sobre diabetes e covid-19. Segundo os pesquisadores, há indícios de que o novo coronavírus também possa causar diabetes em quem não tinha.

“É plausível que o Sars-Cov-2 possa causar várias alterações coexistentes do metabolismo da glicose, que podem complicar a fisiopatologia do diabetes pré-existente ou levar a novos mecanismos da doença. Existem, de fato, precedentes para uma etiologia viral para diabetes com tendência à cetose”, informa o projeto.

O que os cientistas ainda não sabem é se o diabetes causado pelo Sars-Cov-2 persiste após a cura da infecção, ou se pode se tornar mais um fator de risco para pacientes com tendência à doença.

Estudo feito no início da pandemia no Brasil mostrou que os pacientes de diabetes negligenciaram os cuidados por causa do isolamento e das medidas restritivas. A pesquisa ouviu 1.701 pacientes entre os dias 22 de abril e 4 de maio e os resultados foram publicados em agosto no periódico científico Diabetes Research and Clinical Practice.

Participaram do levantamento pesquisadores e médicos de diversas instituições, entre elas a International Diabetes Federation, ADJ Diabetes Brasil, Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Universidade de São Paulo (USP), Pan African Women in Health (PAWH), Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Hospital do Rim e Hipertensão de São Paulo.

Do total, 95,1% dos entrevistados reduziram a frequência de saídas da residência e 91,5% passaram a monitorar a glicose no sangue em casa. Foi relatado aumento, diminuição ou maior variabilidade nos níveis de glicose por 59,4% dos participantes, 38,4% deles adiaram consultas médicas e exames de rotina e 59,5% diminuíram a atividade física.

Outra pesquisa foi iniciada em setembro pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), com o objetivo de analisar o autocuidado em diabetes e resiliência na pandemia pelos brasileiros. Podem participar as pessoas com diagnóstico de diabetes, de ambos os sexos, maiores de 18 anos e que residam no Brasil. O formulário está disponível em https://bit.ly/DIABETESvid.

Sintomas, prevenção e tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Com isso, podem ocorrer altas taxas de glicose no sangue que levam a complicações cardíacas, nas artérias, olhos, rins e nervos, podendo inclusive ser fatal.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil soma atualmente mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença. Os dados da Federação Internacional de Diabetes mostram que no ano passado 463 milhões de adultos viviam com diabetes no mundo, sendo que metade não foi diagnosticada. A estimativa é que o número chegue a 700 milhões em 2045. Em 2019, a doença causou 4,2 milhões de mortes no mundo e pelo menos US$ 760 bilhões em gastos com saúde, o que equivale a 10% dos gastos totais com adultos.

Os principais sintomas são fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No diabetes tipo 1, pode ocorrer também perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito. No tipo 2, são sintomas também formigamento nos pés e mãos, infecções na bexiga, rins, pele e infecções de pele, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.

A prevenção é feita com a prática de hábitos saudáveis, como comer diariamente verduras, legumes e frutas; reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras; parar de fumar; praticar exercícios físicos regularmente; e manter o peso controlado. Os fatores de risco para a doença envolvem questões genéticas e também pressão alta, colesterol alto, alterações na taxa de triglicérides, sobrepeso, doenças renais crônicas, mulher que deu à luz criança com mais de 4kg, diabetes gestacional, síndrome de ovários policísticos, distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar, apneia do sono e uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.

O tratamento para o diabetes do tipo 1 é feito com injeções diárias de insulina e pode ser recomendada medicação oral. Para o tipo 2, o tratamento dependerá do grau da doença e pode envolver remédios para impedir a digestão e absorção de carboidratos ou que estimulam a produção de insulina. O tratamento e acompanhamento do diabetes é oferecido gratuitamente pela atenção básica do SUS.

Edição: Graça 
Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Governo anuncia possibilidade de retomar auxílio emergencial com nova onda de covid-19


O governo federal anunciou a possibilidade de retomar o auxílio emergencial se a chamada segunda onda de contágio da covid-19 chegar ao Brasil. Oposição no Senado concorda com a medida e defende que, diante da situação econômica e social, o benefício deve continuar sendo repassado independentemente de uma nova onda da doença. Informações com a repórter Raquel Teixeira, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Falta 1 dia: propaganda eleitoral nas ruas termina às 22h deste sábado (14)

A partir do mesmo horário, também fica proibida a propaganda por meio de alto-falantes ou amplificadores de som
Os candidatos das Eleições Municipais 2020, bem como os partidos políticos que os representam, têm até as 22h deste sábado (14), véspera do primeiro turno do pleito, para fazer propaganda eleitoral por meio da distribuição de material gráfico – como panfletos, santinhos, banners e cartazes – e promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos.

Também termina às 22h o prazo para a propaganda eleitoral por meio de alto-falantes ou amplificadores de som. Esses recursos são proibidos a menos de 200 metros das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário, quartéis militares, hospitais, escolas, igrejas ou bibliotecas.

Quem desobedecer às normas vigentes para o período eleitoral pode ser multado e até preso. Veja o que diz a Lei das Eleições sobre o que pode e não pode durante o pleito.

No dia da votação

Poderão ser usadas bandeiras e adesivos plásticos dentro do limite de 0,5 m² de área. Os carros poderão ostentar adesivos perfurados no vidro traseiro ou em outros lugares, desde que, nesse caso, também seja respeitado o mesmo limite. É permitida a distribuição de panfletos, mas o despejo do material nas ruas, especialmente no dia da votação, é proibido.

Neste domingo (15), quase 148 milhões de eleitores estão aptos a comparecer a seus locais de votação para escolher os prefeitos e os vereadores dos 5.568 municípios do país.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deseja a todos os eleitores uma eleição tranquila, consciente e que o pleito eleitoral de 2020 seja mais uma vez uma celebração da democracia brasileira.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação

Mega-Sena paga hoje prêmio de R$ 40 milhões

@Marcello CasalJr/Agência Brasil

O Concurso 2.318 da Mega-Sena deve pagar hoje (14) o prêmio de R$ 40 milhões a quem acertar as seis dezenas.

O sorteio será feito a partir das 20h no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h nas lotéricas de todo o país ou pela internet.

A aposta simples, de seis números, custa R$ 4,50.

Edição: Graça 
Por Agência Brasil - Brasília

Eliminatórias: Brasil fura retranca da Venezuela e vira líder isolado

@Nelson Almeida/Pool via/Reuters
Assim como na última Copa América, o Brasil sofreu com a forte retranca da Venezuela. A diferença é que, ao contrário do ano passado, a Seleção saiu vitoriosa. Nesta sexta-feira (13), os comandados de Tite superaram a Vinotinto por 1 a 0 no estádio do Morumbi, em São Paulo, pela terceira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar. O duelo foi transmitido ao vivo pela Rádio Nacional e garantiu a liderança isolada aos brasileiros, com nove pontos e 100% de aproveitamento.

Do time considerado ideal, três jogadores não estiveram em campo: o volante Casemiro (infectado pelo novo coronavírus), o meia Philippe Coutinho e o atacante Neymar (lesionados). Apesar da posse de bola e do controle das ações ofensivas, a seleção brasileira mostrou dificuldades, técnicas e de criatividade, para escapar da retranca adversária. São detalhes que Tite terá de ajustar até terça-feira (17), pensando no próximo compromisso: o clássico diante do Uruguai, no estádio Centenário, em Montevidéu, às 20h (horário de Brasília). Com a derrota, os venezuelanos - que, no mesmo dia, recebem o Chile às 18h - continuam na penúltima posição das eliminatórias, ainda zerados.

Brasil vence Venezuela por 1 a 0
Brasil garantiu a liderança após vitória sofrida - Direitos reservados/Lucas Figueiredo -CBF


O primeiro tempo foi quase ele todo jogado na metade venezuelana do campo. A seleção vinotinto se fechou toda, com duas linhas defensivas - uma de cinco atletas e outra de quatro -, para diminuir os espaços do Brasil, que teve a posse da bola em mais de 70% do tempo. Na beira do campo, Tite pedia a todo instante para os brasileiros girarem a bola, com paciência, mas também se movimentarem. O que pouco aconteceu.

Em meio à dificuldade de se aproximar da área venezuelana, a seleção brasileira buscou, muitas vezes, lançamentos para quebrar as linhas adversárias. O Brasil até balançou as redes assim logo aos seis minutos, em jogada concluída pelo atacante Richarlison, mas a arbitragem entendeu que o lateral Renan Lodi - alçado pelo zagueiro Marquinhos, no inicio do lance - estava impedido. Aos 32, agora em posição legal, Renan Lodi cruzou pela esquerda, o atacante Gabriel Jesus desviou e Richarlison, de forma inacreditável, perdeu na pequena área.

Foi a única chance real da Seleção nos 45 minutos iniciais. Com a equipe estática, pouco intensa e com muitos erros na hora do passe final, a insistência nos lançamentos ou em passes mais aprofundados se mostrou pouco eficiente. Fora a oportunidade desperdiçada por Richarlison, o mais perto que o Brasil chegou do gol foi em um chute do volante Douglas Luiz, que passou rente à trave, aos 42 minutos.

Para tentar qualificar o passe e quebrar a marcação, Tite retornou para o segundo tempo com o meia Lucas Paquetá no lugar de Douglas Luiz e com Richarlison caindo pela direita, com Gabriel Jesus no meio do ataque. A equipe seguia insistindo em lançamentos e cruzamentos, ainda sem aquela movimentação esperada pelo técnico. Mas quando ela aconteceu, a rede balançou. Aos 22 minutos, Paquetá esticou a bola para Everton Ribeiro - que voltou do intervalo na esquerda, mas apareceu pela direita. O meia cruzou, a zaga afastou mal e Firmino aproveitou para marcar.

Com a vantagem no placar, o treinador mexeu no ataque, trocando Richarlison e Gabriel Jesus por Everton Cebolinha e Pedro. A última chance brasileira no duelo passou pelos pés do atacante do Flamengo, que brigou pela bola na meia-lua e rolou para Firmino bater colocado, aos 40 minutos, próximo à meta venezuelana. A única oportunidade da Vinotinto foi uma cobrança de falta do meia Romulo Otero, já nos acréscimos, na intermediária. A batida do jogador do Corinthians, porém, resvalou na barreira, sem perigo à meta defendida por Ederson.
Brasil comemora gol contra a Venezuela
Firmino marcou o único gol da partida contra a Venezuela - Direitos reservados/Lucas Figueiredo - CBF
Próximo adversário da seleção brasileira, o Uruguai mostrou força ao derrotar a Colômbia fora de casa por 3 a 0, em Barranquilla. Os atacantes Darwin Núñez, Luís Suárez e Edinson Cavani. A Celeste Olímpica foi a seis pontos, em quarto lugar, enquanto os colombianos caíram para a sétima posição, com quatro pontos. O Chile, por sua vez, ganhou a primeira nas eliminatórias. A Roja recebeu o Peru em Santiago e venceu o "Clássico do Pacífico" por 2 a 0, com dois gols do meia Arturo Vidal. A equipe da casa subiu para quatro pontos e à sexta posição. Com um só ponto, os peruanos estão em oitavo.

Edição: Carol Jardim
Por Lincoln Chaves - Repórter da Rádio Nacional e da TV Brasil – São Paulo - Agência Brasil - São Paulo

Covid-19: Brasil tem 5,8 milhões de casos acumulados e 164 mil mortes

@Reuters/Thomas Peter/Direitos reservados

Os casos de pessoas infectadas pelo coronavírus ao longo da pandemia passam de 5,8 milhões. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde notificaram 29.070 novos diagnósticos positivos para a covid-19, totalizando 5.810.652. Ontem, o painel de informações das autoridades de saúde marcava 5.781.582 casos acumulados.

O balanço foi divulgado pelo Ministério da Saúde na noite desta sexta-feira (13). Hoje a pasta também fez um pronunciamento explicando que as dificuldades de atualização nesta semana se deveram a um problema nos sistemas informatizados que pode ser um ataque cibernético.

Ainda de acordo com a atualização da pasta, as mortes por covid-19 chegaram a 164.737. Nas últimas 24 horas, foram registradas 456 mortes. Ontem, o painel de estatísticas marcava 164.281 óbitos. Ainda há 2.388 falecimentos em investigação.

O balanço apontou também 378.348 pacientes em acompanhamento. Outros 5.267.567 já se recuperaram da doença.
Covid-19 nos estados

Os estados com mais mortes são São Paulo (40.202), relativos ao dia 12, Rio de Janeiro (21.162), Ceará (9.432), Minas Gerais (9.405) e Pernambuco (8.805). As Unidades da Federação com menos casos são Roraima (705), Acre (707), Amapá (774), Tocantins (1.128) e Rondônia (1.497).

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil 13/11/2020
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil / Divulgação/Ministério da Saúde
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Decreto que proíbe aulas na Bahia é prorrogado até 2 de dezembro

Foto: Paula Fróes/GOVBA

O Governo do Estado decidiu prorrogar o decreto que suspende as aulas nas unidades de ensino das redes pública e privada em toda a Bahia. A prorrogação será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (14) e vale até o dia 2 de dezembro.
O decreto, que venceria neste domingo (15), ainda proíbe a realização de atividades com público superior a 200 pessoas, como shows, eventos religiosos, feiras, apresentações circenses, eventos científicos e passeatas.

A publicação também suspende o recadastramento de servidores inativos e pensionistas que fazem aniversário nos meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro.
Ascom/GOVBA

Lula defende união da esquerda, mas quer candidato petista em 2022

Foto: Ricardo Stuckert/instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se posicionou a favor de uma união da esquerda, mas quer que o PT tenha um candidato próprio para as eleições presidenciais de 2022. Durante live com a candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), nesta sexta-feira (13), o petista defendeu que o “maior partido” tenha candidato no próximo pleito.

“Acho que em 2022, se você olhar o quadro político, já tem vários candidatos. Mas quem está com dificuldade é a direita, que está procurando o Luciano (Huck), o (João) Doria, (Sergio) Moro, não sei quem… Eu vou te garantir que se depender do PT e de mim, vamos ter uma aliança de toda a esquerda. Agora, o que as pessoas não podem achar é que o PT não pode ter candidato. Por que como que pode o maior partido não ter candidato?”, afirmou.

A Secretaria de Saúde de Ipiaú confirma, 02 novos casos de coronavirus hoje, 13 de novembro em Ipiaú

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 13 de novembro, tivemos 7.339 casos registrados como suspeitos, sendo 2060 casos confirmados, dentre estes, são 2.011 pessoas RECUPERADAS, 08 estão em isolamento social, 04 estão internadas e 36 foram a óbito. 5.258 casos foram descartados e 21 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 12 casos ativos. 

Obs: Dados da testagem dos profissionais e alunos das Escolas Estaduais foram contabilizados neste boletim em 03/07.

*Use máscara, evite aglomeração e higienize as mãos com água e sabão sempre que puder

Prefeitura de Ipiaú

Mais de 200 porções de drogas apreendidas em menos de uma hora


Mais de 200 porções de drogas foram apreendidas pela Rondesp RMS em menos de uma hora, na noite de quinta-feira (11), em Itinga e Lauro de Freitas, respectivamente.

Por volta das 23h10 uma guarnição em patrulhamento notou que, com a aproximação do efetivo, um indivíduo tentou fugir. As equipes conseguiram abordá-lo e apreenderam com ele um simulacro de pistola, 10 pinos de cocaína, cinco potes com a mesma droga e cerca de 500 gramas de maconha. A ocorrência foi registrada na Delegacia Territorial (DT) da localidade.

No Centro de Lauro de Freitas, também em rondas, as equipes encontraram com uma mulher algumas porções de maconha. “Após questionamentos dos policiais, ela levou as guarnições até o local onde tinha mais drogas armazenadas”, contou o comandante da unidade, major Fabrício Oliveira.

Nesta ação foram apreendidas 250 porções de entorpecentes - entre maconha e cocaína -, três aparelhos celulares, duas balanças, R$ 465, fita adesiva e embalagens para guardar os materiais. A mulher, assim como as drogas, foram apresentadas na DT de Lauro de Freitas.

Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento

Faltam 2 dias: saiba o que você precisa para votar com tranquilidade neste domingo (15)


Quase 148 milhões de brasileiros vão às urnas neste domingo (15) para escolher os próximos prefeitos e vereadores de suas cidades. As Eleições de 2020 contam com mais de 557 mil candidatos disputando cargos no executivo e nas câmaras municipais.

Este ano, as seções eleitorais estarão abertas das 7h às 17h. Em razão da pandemia de Covid-19, a Justiça Eleitoral ampliou em uma hora o horário de votação, com foco na segurança dos eleitores, a fim de diminuir aglomerações nas zonas eleitorais. O período entre 7h e 10h será preferencial para os idosos.

O eleitor deve comparecer à sua seção eleitoral levando um documento oficial com foto e o título eleitoral, se o possuir, porque lá constam os números da zona e da seção eleitoral. Contudo, caso não tenha o título, o cidadão que portar qualquer documento pessoal com foto, sabendo o local correto de votação, poderá exercer seu direito ao voto.

As informações sobre o título eleitoral podem ser obtidas no Portal do TSE, no campo “Serviço ao eleitor”. Quem fez a identificação biométrica poderá optar por usar o e-Título, aplicativo desenvolvido pela Justiça Eleitoral que substitui o título em papel e que pode ser baixado na Google Play e na App Store.


Votação

Como nestas eleições o voto irá apenas para dois candidatos, a memorização dos números pode ser mais fácil, mas não impede que o eleitor possa levar sua “colinha”. A primeira escolha é o número do vereador, que contém cinco dígitos; o segundo voto vai para o candidato a prefeito, cujo número possui dois dígitos.


Campanha

Para as Eleições Municipais de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instituiu protocolos sanitários a fim de proteger a saúde de eleitores, candidatos, agentes da Justiça Eleitoral e demais profissionais que atuarão no pleito.

Com o intuito de informar os cidadãos sobre as ações do Tribunal nesse sentido, prevendo a garantia da proteção de todos durante a votação, principalmente em razão da pandemia de Covid-19, foi lançada a campanha “Vote com Segurança”.

Para realizar a campanha, o TSE ouviu alguns dos maiores especialistas médicos, infectologistas e biólogos do país e estabeleceu um Plano de Segurança Sanitária. A preocupação da Justiça Eleitoral é evitar aglomerações e a disseminação do novo coronavírus nas mais de 401 mil seções eleitorais espalhadas pelo país.

A principal mensagem da Justiça Eleitoral é a de que o eleitor – assim como os mesários e demais colaboradores – permaneça de máscara desde o momento em que sair de casa, evitando contato físico com outras pessoas, e cumpra o dever cívico da forma mais ágil possível, sem permanecer por tempo desnecessário nos locais de votação.

Uma série de vídeos e spots produzidos pelo Tribunal traz dicas sobre o passo a passo da votação, cuidados e lembretes que devem ser tomados antes de sair de casa, bem como todas as informações sobre os dias e horários das eleições.

O que é permitido no dia da eleição

De acordo com a legislação, o eleitor pode, no dia da eleição, manifestar individual e silenciosamente sua preferência por partido político, coligação ou candidato, demonstrada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.

No entanto, a lei proíbe ao eleitor, no dia do pleito, arregimentar outros eleitores ou realizar propaganda de boca de urna, bem como utilizar alto-falante e amplificador de som, promover comício ou carreata e divulgar qualquer espécie de propaganda de partido político ou candidato.

A legislação impede também, no dia do pleito, até o final do horário de votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado e bandeiras, broches, dísticos e adesivos, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem uso de veículos.

Na cabina de votação, é proibido portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou quaisquer instrumentos que possam comprometer o sigilo do voto. Esses aparelhos devem ficar retidos com o mesário enquanto o eleitor vota.

Para votar, o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida poderá contar com o auxílio de pessoa de sua confiança, ainda que não tenha feito o pedido antecipadamente ao juiz eleitoral.

Veja o que pode e o que não pode no dia da eleição.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação

Beneficiários do auxílio emergencial recebem hoje R$ 1,4 bilhão

Foto: Lucas Lacaz Ruiz/Folhapres


Cerca de 3,6 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, no ciclo 4 de pagamentos, nascidos em agosto recebem hoje (13) R$ 1,4 bilhão em suas contas poupança social digital.

Desse total, 657,5 mil receberão R$ 431,4 milhões referentes às parcelas do auxílio emergencial. Os demais, 2,9 milhões, serão contemplados com a segunda parcela do auxílio emergencial residual, em um montante de R$ 958,9 milhões.

A partir desta data, os valores podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem para pagamento de boletos, compras na internet e pelas maquininhas em mais de 1 milhão de estabelecimentos comerciais.

O benefício, criado em abril pelo governo federal, foi estendido até 31 de dezembro por meio da Medida Provisória nº 1000. O auxílio emergencial extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600.

Saques e transferências para quem recebe o crédito nesta sexta-feira serão liberados a partir do dia 28 de novembro.

Agência Brasil

PIB aumentou acima da média nacional em 15 estados em 2018

@Reuters/Bruno Domingos/Direitos reservados

Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 mostram que 15 estados tiveram aumento do volume acima da média nacional de 1,8%. A maior alta foi no Amazonas (5,1%) e Sergipe foi a única unidade da federação que perdeu volume do PIB., com uma queda de 1,8% no quarto ano seguido de resultado negativo. Nos outros estados, as altas ficaram abaixo do índice nacional.

Os dados integram as Contas Regionais 2018, publicadas hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que são elaboradas em parceria com órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus 

(Suframa).

De acordo com o IBGE, com o maior crescimento de volume, o Amazonas é um exemplo do bom resultado do Norte do país, região onde houve a maior elevação em volume do PIB (3,4%). Entre os cinco primeiros do ranking, estão os estados nortistas de Roraima (4,8%) e de Rondônia (3,2%).

Para o técnico do instituto Luiz Antônio de Sá, fatores diferentes contribuíram para o crescimento em cada um desses estados. No Amazonas, que tem um perfil considerado atípico na região, em consequência da forte influência da atividade de indústrias de transformação, o segmento de equipamentos de informática influenciou o avanço de 8,8% na passagem de 2017 para 2018. “Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional”, afirmou.

O perfil de Roraima é mais concentrado nas atividades de serviço, que impulsionadas principalmente pelo comércio e pela administração pública, tiveram alta de 4,4%. “Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, disse o técnico.

No outro destaque da região, Rondônia também registrou crescimento nas atividades industriais (4,8%), impulsionado pela geração de energia elétrica. Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%) completam o ranking dos cinco primeiros estados com melhor desempenho.

Perdas

Questões de condição climática adversas em 2018 e o desempenho econômico contribuíram para o resultado negativo em Sergipe, que teve queda 1,8%, no quarto ano seguido com resultado negativo. . “A falta de chuvas provocou uma queda brusca na produção agrícola do estado e a agricultura perdeu 34,7% em volume”, disse Sá.

Ainda no estado, as atividades de serviços também influenciaram o desempenho abaixo da média nacional e contribuíram para a queda. Esse é o grupo de atividade que mais cresceu na economia nacional e foi muito influente, sobretudo em estados com indústria menos desenvolvida, como é o caso do Sergipe. O índice sergipano ficou abaixo da média nacional (2,1%), crescendo 0,2%. Mesmo não sendo tão influente no estado, a indústria também não contribuiu e teve recuo de 2,6%.

As Contas Regionais 2018 mostram ainda que alguns estados perderam participação no PIB nacional, como é o caso de São Paulo com menos 0,6 ponto percentual do total do país. Foi o segundo ano consecutivo, que a unidade da federação registrou a maior perda de valor relativo. “Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao valor do PIB de Rondônia, por exemplo”, observou o técnico do IBGE.

Conforme o instituto, entre as atividades que contribuíram para a perda de participação de São Paulo, houve destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. O estado representa mais de 50% do total nacional da atividade. “Essa atividade perdeu participação em 2017 e 2018, principalmente, por conta da diminuição das taxas de juros.”

Sudeste

A pesquisa mostrou também que a Região Sudeste, que é a mais habitada do país, foi a única com variação em volume inferior (1,4%) ao índice nacional. Nessa região, apenas o Espírito Santo (3%) cresceu acima da média nacional. Além do Norte (3,4%), houve avanço no Centro-Oeste (2,2%) e no Sul (2,1%). Já o Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%).

O IBGE destacou que, mesmo com crescimento abaixo da média, o Sudeste aumentou sua participação na economia brasileira em 2018. Saiu de 52,9% para 53,1% em relação ao PIB nacional. A elevação tem relação com os desempenhos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectivamente, e foram os dois estados com maior acréscimo em valor relativo.

A Região Sul, por causa da contribuição de Santa Catarina, também avançou sua participação, com 0,1 ponto percentual. Já as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com queda de 0,1 ponto percentual cada, perderam participação no PIB.

Renda

A remuneração dos empregados, principal componente do indicador de renda, perdeu participação, na análise por essa ótica, em relação ao ano anterior a 2017. Passou de 44,3% para 43,6% do PIB brasileiro em 2018. De acordo com o IBGE, é o segundo resultado negativo consecutivo.

O motivo, segundo Sá, é a queda no número de ocupações com vínculo. A região que mais influenciou essa perda de participação foi o Sul, onde a participação da remuneração dos empregados era de 42,7% em 2017 e foi para 42% em 2018. No Sudeste, que sai de 43,9% para 42,8%, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foram os que puxaram o índice, por causa das indústrias extrativas.

Per capta

O PIB per capita do país em 2018 ficou em R$ 33.593,82. O IBGE informou que o resultado significa aumento de 5,9% em valor na comparação com 2017, quando era R$ 31.712,65.

O Distrito Federal permaneceu na liderança, com R$ 85.661,39. O valor é cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. Entre os dez primeiros no ranking do PIB per capita, se destacam estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Edição: Maria Claudia
Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Machucado, Neymar está fora da Seleção Brasileira

Foto: Reprodução/instagram

Em nota oficial, a Confederação Brasileira de Futebol confirmou na noite de quinta-feira (12), que o atacante Neymar Jr. está desconvocado da Seleção Brasileira para os compromissos da equipe nacional na Data FIFA de novembro.

Após quatro dias de tratamentos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), o departamento médico constatou que não haveria tempo hábil para recuperação do jogador antes da partida contra o Uruguai, na terça (17), válida pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo.

No dia seis de novembro, o jogador se apresentou à Seleção Brasileira ainda em fase de tratamento de uma lesão no músculo adutor da perna esquerda sofrida em jogo do PSG pela Liga dos Campeões da Europa. O médico da Seleção Brasileira, Rodrigo Lasmar já havia confirmado que o atleta não estaria à disposição para o jogo desta sexta-feira (13) contra a Venezuela, no Morumbi. Só que havia a expectativa de que ele evoluísse a tempo de enfrentar o Uruguai, o que não se confirmou.

“O jogador se apresentou na segunda-feira e, desde então, foi submetido a um trabalho intensivo de fisioterapia. Ele apresentou boa evolução, mas não suficiente para que estivesse disponível para o jogo contra o Uruguai. Hoje, ao chegarmos em São Paulo, nós já tínhamos um exame programado de ultrassonografia para acompanharmos a resposta da sua cicatrização”, explicou o médico da Seleção Brasileira, Rodrigo Lasmar.

A Seleção Brasileira entra em campo nesta sexta-feira (13) para enfrentar a Venezuela, às 21h30, no Estádio do Morumbi. Quatro dias depois, em Montevidéu, o Brasil faz sua última partida do ano contra o Uruguai, no Estádio Centenário, às 20 horas (Brasília). As duas partidas são válidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

Fortalecimento da saúde pública é desafio dos novos prefeitos

@Rovena Rosa//Agência Brasil

Tornar melhor a vida das pessoas em cada um dos quase 6 mil municípios brasileiros será o desafio dos novos prefeitos a partir de 1º de janeiro de 2021. Entre os temas de destaque está a saúde, que ganhou ainda maior repercussão devido ao contexto da pandemia de covid-19. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil apontam a transversalidade quando o assunto é saúde – trazendo à tona problemas relacionados à moradia, transporte e saneamento básico como fatores determinantes na garantia da saúde dos cidadãos – e revelam alguns dos desafios da pasta na esfera municipal.

“Saúde é um conjunto de ações sociais, ele não é só assistência médica. São atividades de infraestrutura que não dependem só do prefeito, mas que ele pode começar a articular os recursos federais e estaduais para trabalhar essas três coisas que eu acho cruciais para a gente poder melhorar as condições de saúde, que é moradia, água e esgoto”, disse Oswaldo Tanaka, docente do departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Tanaka destacou a importância das unidades básicas de Saúde (UBS) no contexto da pandemia, como forma de atender pacientes no início da infecção e evitar que se tornem casos mais graves. “Do ponto de vista assistencial, acho que nós vamos ter que fortalecer ainda as unidades básicas de Saúde, que, com a covid-19, se mostraram uma porta de entrada muito importante para a gente pegar os casos leves, evitando que eles prossigam.”

A pandemia também reforçou a necessidade de integração da saúde com outras áreas de gestão do município. “Compete ao município tentar evitar aglomeração e aí é poder oferecer transporte coletivo com maior frequência, compete também ao município garantir o uso de máscara, isolamento social e álcool gel em todos os espaços”, disse Tanaka, que acrescentou a questão da moradia, citando que nas periferias as pessoas moram em espaços menores e com maior concentração nas residências, o que aumenta a transmissibilidade da doença.

A docente do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, Lumena Almeida Castro Furtado, avalia que “o processo de saúde está completamente ligado à proteção da vida”. Para ela, além da necessidade do prefeito se comprometer com um sistema de saúde público e universal, ele deve levar em consideração a vinculação da saúde com outras áreas. “O prefeito tem essa possibilidade de considerar a saúde em uma conexão com outras políticas: moradia, educação, cultura, esporte. Nos municípios em que há um trabalho interessante em saúde, o prefeito tem essa visão da saúde para além do serviço de saúde.”

Intersecção

Pela Constituição Brasileira, o município, o estado e a União são responsáveis por tudo no sistema de saúde e cada um tem um tipo de responsabilidade. Do ponto de vista formal, Tanaka explicou que a atenção básica ficou sob responsabilidade do município, na qual ele deveria gastar 15% de seus recursos, e, em princípio, a média e a alta complexidade ficaram com o estado e o nível federal com o financiamento. Essa divisão não exclui a necessidade do trabalho em rede. 

No entanto, a produção do cuidado em saúde acontece já no âmbito do município, com a intersecção de políticas de diferentes áreas. Lumena explicou que a articulação com outros setores é produtora de saúde. “Eu não tenho como fazer saúde integral sem ter essa articulação.”

Outra questão que a docente que considera importante é o prefeito saber que a saúde acontece na relação dos trabalhadores do setor com as pessoas. “Ele tem que investir no trabalhador. Ele tem que tentar ganhar o trabalhador com o projeto de SUS que ele quer construir, tem que compromissar o trabalhador com a proposta que ele quer fazer no sistema de saúde.”

Também é o que pensa a técnica em enfermagem Marta Regina da Fonseca, funcionária pública de um município mineiro há 26 anos. “Percebemos que não somos ouvidos e a gente que está o tempo todo no embate com o paciente, temos muito a acrescentar só que eles não nos ouvem e nem querem. Eu acredito que falta gestão, não recurso”.

Marta conta também que, no município em que atua, muitas vezes as pessoas têm que entrar na Justiça com pedidos de cirurgias de emergência ou pedidos de remédios específicos para doenças crônicas. “É necessário uma redução dessa judicialização, para que a pessoa tenha acesso rápido para aquilo que ele realmente precisa”, disse.
Constitucionalmente, a  atenção básica ficou sob responsabilidade do município - Rovena Rosa/Agência Brasil

Carências
A enfermeira da família Jaqueline Souza de Moraes, que trabalha no serviço público há nove anos na região metropolitana de São Paulo, aponta que o déficit de recursos humanos em todas as categorias (enfermeiros, médicos, agentes de saúde e auxiliares de enfermagem) é uma das maiores carências em termos de saúde do município em que trabalha. 

“A falta de especialidades, como psiquiatra, ginecologista, neurologista, dentre outras, e a longa espera para a realização de exames e procedimentos de alta complexidade também são fatores. A falta de vagas nos centros de apoio ao paciente de saúde mental e usuários de álcool e drogas e falta de suporte integral à mulher vítima de violência também são carências do município”, aponta a enfermeira.

Planejamento

A professora da Unifesp avalia que é preciso haver um planejamento para longo prazo, mesmo que ultrapasse os quatro anos de mandato do prefeito. “Não pode cada vez que chega alguém mudar esse planejamento. Se não, a gente vai estar sempre: um chega, aí não termina o projeto porque foi do outro, vai querer criar uma coisa nova onde não precisa, abre um hospital onde tem mais pressão e não onde é necessário.”

Segundo Lumena, as três esferas de governo são responsáveis por articular uma rede de atendimento, já que os municípios menores, por exemplo, contam com menor estrutura de saúde. “70% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes. Em um município pequeno não vai ter a rede de saúde completa, então o gestor municipal é responsável por articular uma produção em rede [com municípios próximos que tenham as estruturas que faltam].”

Se um paciente entra no sistema de saúde pela UBS, mas precisa de um atendimento especializado que aquela cidade não oferece, o poder municipal é responsável por articular uma rede que proporcione tal atendimento para aquela pessoa. “Então não é que o município é responsável só por atenção básica, ele é responsável por cuidado integral. Assim como o estado é responsável por isso. Se o estado ajudar, fizer o papel dele, é muito mais fácil isso. A União também é responsável por ajudar com diretrizes, por apoiar esse processo, por financiamento, então os três têm responsabilidade por toda a atenção que a pessoa precisa, mas cada um com um tipo de papel.”
Demora por uma consulta com especialistas é uma das maiores reclamações dos usuários do sistema público - REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados
Filas

O professor Oswaldo Tanaka destaca a necessidade do trabalho em rede para o encaminhamento do paciente dentro do sistema de saúde. “No setor saúde hoje nós temos um grande problema que são as filas. As filas para consultas de especialidade, as filas para exames complementares e que depende também de investimento.”

A demora por uma consulta com especialistas é uma das maiores reclamações dos usuários do sistema público. A empregada doméstica Eliane Neres, de 42 anos, é usuária das unidades de saúde, mesmo tendo plano de saúde. Ela utiliza os programas de saúde da mulher e leva a filha Laura, de 3 anos, para consultas e exames, porque a criança não pode ser incluída em seu plano de saúde. 

Embora aprove e elogie as consultas médicas, Eliane considera a saúde do município bem precária. “Para conseguir um agendamento é muito demorado. E são bastante cheios tanto os hospitais como as UBS. Porém, quando precisei fui bem atendida. Os médicos são ótimos. Mas pode melhorar no agendamento. Minha filha tinha um pedido médico para passar com neurologista, mas só consegui depois de um ano. Achei um absurdo!”.

Tanaka avalia que a solução passa por investimento em equipamentos que atendem média e alta complexidade, mas há também o componente da gestão. “Eu acho que vai ter que ter um ajuste entre a gestão municipal e a gestão estadual para que aquela porta de entrada, que é a UBS, consiga dar vazão para as necessidades que ela tem nos equipamentos do ponto de vista estadual”, disse.

Segundo ele, é preciso fazer um ajuste para que os equipamentos do estado possam dar retaguarda para a atenção básica, “que é a porta de entrada principal dos munícipes em relação à assistência médica”.

É o que espera a agente comunitária de saúde Eliane Leite dos Santos, de 47 anos, que está nas duas pontas do sistema: ela trabalha em UBS na região metropolitana de São Paulo e também é paciente. 

“Sou hipertensa há mais ou menos quatro anos e faço meu acompanhamento na UBS. Também nos hospitais passo por algumas especialidades, como pneumologista, otorrinolaringologista e com mastologista. Além das consultas, realizo meus exames de rotina nas UBS e em alguns hospitais da rede e sempre fui bem atendida nesses locais”.

No entanto, Elaine deseja mais atenção à saúde básica. “Espero que os próximos governantes olhem mais pela saúde, pois nossa maior dificuldade nas UBS é a falta de contratação de médicos. No bairro em que trabalho a nossa UBS está só com três médicos, sendo que a UBS cobre quatro áreas [regiões do município], portanto os médicos ficam sobrecarregados. Com mais contratação, nossa demanda seria muito melhor [atendida]. Nossos munícipes merecem”.

Gestantes

A garantia de atendimento à gestante é uma das responsabilidades da saúde pública municipal. A doutora em obstetrícia de alto risco Maria Rita de Souza Mesquita, diretora de defesa profissional da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), diz que a atenção ao pré-natal proporciona uma assistência mais adequada ao parto e menores riscos de complicações tanto para a criança quanto para a paciente, dando as principais orientações sobre a gestação, rastreando situações de risco e tratando intercorrências que podem interferir no bem-estar de ambos.

“O maior desafio que a prefeitura tem é garantir que todas as gestantes, sem exceção, tenham um acesso efetivo à assistência pré-natal, tenham a garantia de uma avaliação durante toda a gestação e a segurança que ela terá um hospital com condições, com ambiência adequada, para dar um atendimento humanizado”, disse.

Maria Rita acrescentou que a gestante deve ter garantidos, além do atendimento na UBS, a realização de exames solicitados durante o pré-natal em laboratórios conveniados e a garantia de hospitais que façam um parto humanizado. “E eles [Poder Público] também têm que garantir hospitais que tenham condições de atendimento para aquelas gestantes que começam o pré-natal e são de baixo risco e se tornam de alto risco. Aí ela passa a não ser mais atendida nessas unidades básicas de Saúde”, explicou.

Saúde integral da gestante

Para a professora Lumena, da Unifesp, não dá para pensar a gestante sem pensar a mulher, então é fundamental que o município tenha o compromisso com sua saúde integral. “Aquela gestante chega para você, ela é aquela mulher que sofre violência doméstica ou que é mãe sozinha e ela tem que dar conta de tudo financeiramente na casa ou é uma mulher que acabou de ficar sem trabalho por causa da pandemia, então a gente tem que pensar aquela mulher, que também está gestante. Para isso, tem que ter uma rede básica que tem vínculo com essa mulher”, disse.

Lumena ressaltou que a rede básica não é a única porta de entrada do sistema de saúde, pode ser que a mulher grávida entre pelo pronto-socorro ou que ela seja uma usuária do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e descobre que está grávida. Diante disso, deve haver articulação para que ela seja encaminhada para um atendimento de cuidado contínuo. “A gestante não é alguém que chegou em uma urgência e você manda embora. Se ela chegar em uma urgência, tem que ser encaminhada para uma UBS para o cuidado contínuo. Ela tem que ter direito a um pré-natal que lhe dê um cuidado continuado”, disse.

Outro direito da gestante é saber qual a maternidade de referência para realização do parto. “Se ela não sabe que maternidade é, ela não vai conseguir chegar”, disse a professora. Ela chamou atenção para o direito ao parto normal humanizado, mas afirmou que poucos municípios têm implementado. “Alguns lugares têm até relação junto com doulas, casas de parto, mas o princípio geral que a gente quer garantir é que ela tenha acesso a um parto humanizado, ela tenha acesso a um parto normal de qualidade, se esse for o processo natural dela, isso é uma coisa bem importante, isso diminui mortalidade materna, isso ajuda a gestante depois no seu pós-parto, essa é uma questão que a gente tem conversado bastante e poucos municípios têm esse compromisso.”

Cesariana

De acordo com a professora, a taxa de cesariana no Brasil é uma das maiores do mundo e a mortalidade materna é maior por isso também. “[A mortalidade materna] tem uma relação forte com o alto índice de cesariana. No privado ainda mais que no SUS”.

A Razão de Mortalidade Materna (RMM), um dos principais indicadores de qualidade de atenção à saúde das mulheres no período reprodutivo, foi de 59,1 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos no país em 2018, enquanto no ano anterior era de 64,5, segundo dados do Ministério da Saúde. A meta do país, dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, é que a mortalidade materna caia para 30 por 100 mil nascidos vivos até o ano de 2030, conforme divulgou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A diretora da Sogesp afirmou ainda que é importante que exista uma equipe multidisciplinar nas unidades básicas de Saúde para o atendimento das gestantes. “Então não é só o médico especialista em obstetrícia que está envolvido nisso. Tem enfermeiras obstetrizes, tem a psicóloga, que também ajudam nesse atendimento. O município deve fornecer condições de atendimento para essa gestante, uma equipe multidisciplinar para dar o atendimento e garantia para esse pré-natal.”

Além disso, Maria Rita afirmou que é responsabilidade do município criar protocolos de atendimento para que eles sejam uniformizados em todas as unidades básicas de Saúde. Dessa forma, os médicos podem realizar a avaliação inicial das gestantes nos mesmos moldes e pedir os mesmos exames básicos para todas elas.

Para que a gestante chegue à unidade de atendimento para o pré-natal, é preciso que ela tenha informações sobre a importância do acompanhamento pré-natal. “Falta programas de educação para as mulheres procurarem o pré-natal de forma efetiva. O problema não é só a disponibilidade do município, é conscientizar a mulher que ela tem que procurar o pré-natal o mais rápido possível quando ela perceber ou souber ou confirmar sua gravidez.”

Parto pelo SUS

A fisioterapeuta Munique de Lima Pereira, que mora no Sul do país, foi demitida, perdeu seu plano de saúde e logo depois descobriu que estava grávida. Ela fez alguns exames no sistema particular quando foi procurar o posto de saúde para consulta e exames. Ela teve algumas dificuldades, mas no fim conseguiu ter o acompanhamento e o parto humanizado.

“Já estava na fase da segunda bateria de exames laboratoriais, agendei direto na unidade de saúde da minha referência e fiz meu cartão SUS. Participei de um acolhimento de gestantes que acontece toda semana, mas achei bem fraco porque a profissional, uma auxiliar de dentista, não entendia nada de gestantes. Depois houve atendimento pela enfermeira e pela médica obstetra que foi excelente, melhor que a médica que eu tinha pelo plano. Ela me indicou um hospital de referência, mas eu busquei avaliação com 40 semanas em outro hospital, o Conceição, pois achei que perdia líquido, mas era alarme falso, no outro dia entrei em trabalho de parto e fiquei em casa com doula até ir para o Conceição”, relatou.

Ela disse que buscou o Hospital Conceição porque tem o programa direcionado para o parto humanizado. “Tanto na avaliação anterior como no trabalho de parto fui bem atendida, pedi preferência por enfermeira obstétrica. Sofri alguma violência obstétrica leve, digamos assim, mas foi respeitado meu plano de parto e minhas escolhas”. Munique e o marido continuam utilizando somente o sistema público de saúde, já as consultas com o pediatra do filho são feitas no particular.
Por Camila Boehm e Ludmilla Souza - Repórteres da Agência Brasil - São Paulo

Ipiaú: Homem é preso pela Polícia Militar com material gráfico ilegal contendo FAKE NEWS do cunho calunioso eleitoral

Foto:Divulgação/Ascom/55ª CIPM

Por volta das 23h40min, dessa quinta-feira (12/11/2020), após denúncia anônima, a guarnição da 55ª CIPM deslocou pela Avenida Lauro de Freitas, próximo à Polpa Eva, onde haviam 03 veículos (uma L200, um Focus e um Logan) fazendo distribuição ilegal de material gráfico, além de outras atitudes suspeitas.
Foto:Divulgação/Ascom/55ª CIPM

Nas proximidades do local, foi interceptado o veículo Logan, de cor prata, não sendo possível alcançar os demais, que evadiram, seguindo direção ignorada. 
Foto:Divulgação/Ascom/55ª CIPM
No veículo, após abordagem e identificação do condutor, foi encontrado material de campanha do candidato Deraldino (DEM), além de quatro volumes de material gráfico, com inscrições caluniosas, se referindo à existência de uma máfia do pátio, Blitz e perseguições contra mototaxista da cidade. Entre os folhetos, também haviam direcionamentos à prefeita da cidade e outras pessoas ligadas à sua gestão. 

O veículo, o condutor e os demais materiais gráficos foram conduzidos e apresentados na Delegacia de Ipiaú, onde foi realizado o registro. 

Conduzido: E. S. B. 

MATERIAIS APREENDIDOS: 04 Volumes, pesando 2,5 kg, contendo folhetos gráficos de manifestação caluniosa; 01 bloco, com cerca de 200 folhetos gráficos de campanha eleitoral do prefeiturável de Ipiaú, Deraldino (DEM); 01 veículo Renault Logan, prata, placa: AXU - 9226

VÍTIMAS: Estado; Executivo Municipal; Sociedade. 

“55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas”

Fonte: Ascom/55ª CIPM

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