Se pudesse decidir, queria meu pai candidato ao governo em 2022, diz Cacá em entrevista exclusiva

Deputado federal pela Bahia em seu segundo mandato, Cacá Leão (PP) assumiu a liderança do seu partido na Câmara. O antigo ocupante do posto é o agora presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Para ele, a legenda soube dar “a volta por cima” após a Lava Jato, que derrubou legendas como o PT e MDB.

“Fomos o partido que mais cresceu nas eleições municipais, segundo maior em prefeitos em todo brasil. O PP deu a volta por cima, conseguiu provar a sua inocência”, acredita.

Cacá não se vê perto e nem longe do presidente Jair Bolsonaro, mas deseja que seu governo dê certo. “Eu troço que o Brasil dê certo e, para isso acontecer, o governo do presidente Bolsonaro precisa dar certo”, sentencia.

Filho do vice-governador João Leão, ele lembra que foi o responsável por colocar o PP na oposição ao PT em Lauro de Freitas – cidade que já foi comandada por sua família. Se pudesse decidir, ele diz, iria querer seu pai governador em 2022.

Política Livre: A liderança do PP na Câmara dos Deputados é uma função muito importante. Como está sendo desempenhar esse papel nesses primeiros dias?

Cacá Leão: Tem sido de bastante trabalho. Foi uma correria grande, não é só assumir a liderança do PP. É assumir a liderança depois de o líder anterior assumir a presidência da Câmara. Muitas das discussões são feitas de forma conjunta. Foi uma semana de montagem de equipe, foram dias de bastante trabalho e a gente tendo a volta dos trabalhos e o novo formato híbrido de ações da Câmara. Estamos mudando do completamente online para um formato híbrido, onde os líderes terão que estar presentes, os relatores das matérias também, para facilitar. Foi uma semana de rearrumação.

O PP, junto do PT, MDB, foi um dos partidos mais atingidos pela Lava Jato. Você acredita que o partido deu a volta por cima depois do “Petrolão”?

Com certeza demos a volta por cima. Grande parte das pessoas que foram acuadas, foram inocentadas. Nosso partido deu a volta por cima. Fomos o partido que mais cresceu nas eleições municipais, segundo maior em prefeitos em todo o brasil. O PP deu a volta por cima, conseguiu provar a sua inocência, fez agora o presidente da Câmara. É bastante.

Queria que você falasse do papel da sua legenda nesse momento. A presidência da Câmara talvez seja a segunda função mais importante no país e vocês estão lá agora.

O legislativo é bicameral, temos o presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (DEM), e o presidente da Câmara, o deputado Artur Lira (PP). É muito importante pra mim poder assumir a liderança no melhor momento da história do partido, tem sido gratificante, estamos no centro das discussões. A gente pode falar de vacinação, de auxílio emergencial, retomada da economia, vários temas urgentes que precisam ser tratados. Salvar vidas, fazer com que as pessoas não vivam em situação de miséria e retomada de economia.

Muita gente aponta o presidente Artur Lira como um político articulado, mas que é de retaliar, muito linha dura. O que a gente pode esperar dele?

O Brasil pode esperar muito trabalho. Trato esse tipo de coisa de retaliação como falácia. Ele foi eleito com 302 votos, teve voto em todos os segmentos. Na esquerda, direita e centro. O maior cartão postal, o maior cabo eleitoral dele no processo, é o fato de ele ser conhecido como um homem de palavra. O que ele acerta, ele cumpre. Esses primeiros dias têm sido importantes, inclusive de mudança de funcionamento e de satisfação de toda uma Casa.

Às vezes tenho a impressão de que você não está tão perto, mas também não está exatamente longe do presidente Bolsonaro. Como você se vê nesse jogo?

Eu me enxergo exatamente assim. O PP faz parte da base do presidente Bolsonaro. Ele foi importante na vitória do meu partido, ninguém pode negar isso. Eu, como deputado, tenho liberdade de votar conforme minha consciência, o partido nunca nos cobrou engajamento direto com as pautas. Claro que muitas pautas convergem, a questão econômica eu penso como o governo, por isso temos de votar na maioria das vezes junto com o governo. Eu torço para que o Brasil dê certo e, para isso acontecer, o governo do presidente Bolsonaro precisa dar certo.

Sua família, por base, sempre foi oposição ao PT, em Lauro de Feiras. Depois vocês se aproximaram. Como você vê o PT hoje?

A oposição ao PT começou comigo, eu perdi para Moema (Gramacho, atual prefeita) em 2004. Nos aproximamos ao longo do tempo. Tivemos oportunidade de conviver na Câmara dos Deputados e fui um dos primeiros a apoiar ela na reeleição dela para a Prefeitura. O PP hoje faz parte do governo, ajudamos a reeleger a prefeita. Estamos ajudando ela a governar, assim como aconteceu na Bahia, quando começamos a participar do então governo Jaques Wagner (2006-14). Apoiamos a reeleição, tivemos a eleição de Rui e Leão e a reeleição. Nossa aliança é consolidada. Temos nossas diferenças, e faço parte inclusive dos que, quando sentem as diferenças, externa. Tenho relação ótima com Wagner e Rui, admiro os dois. O governador é um dos mais bem avaliados do Brasil. Tenho certeza que ele tem futuro próspero.

Você tem aspirações na política, obvio. Quais?

Eu comecei perdendo, em 2004. Em 2010 fui ser deputado estadual, em 2014 federal, me reelegi e caminho para renovar nosso mandato de deputado federal. Acredito que a majoritária é destino. Se o destino bater na minha porta, eu abraço.

Você não nega suas relações com figuras do grupo do prefeito ACM Neto. O secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, é seu amigo pessoal. Como é sua proximidade com os outros membros?

Todo mundo sabe da minha amizade com Leo. Ele é um dos meus melhores amigos. Dobramos juntos na eleição, mesmo fazendo parte de grupos políticos diferentes. Sou amigo do prefeito Bruno, tenho carinho grande por Neto. Todos os deputados federais que fazem parte da bancada de Neto são meus amigos. Faço parte do time que torce para que João Roma aceite ser ministro (a entrevista foi concedida um dia antes de o deputado ter sido nomeado para o ministério), vai ser muito importante. Paulo Azi [presidente estadual do DEM] é um dos meus grandes amigos, Arthur Maia é amigo de antes da política. Temos relação forte, grande, mas sabemos separar. Na hora certa, cada um segue seu caminho.

Se você pudesse escolher, o que desejaria para o futuro político do vice-governador João Leão, seu pai?

Gostaria de vê-lo governador da Bahia. Quem sabe, presidente da República. O vice-governador é uma das pessoas que conheço que tem a maior capacidade de trabalho, dorme, acorda e pensa em trabalho, não tem final de semana. É o lazer dele. Quando muita gente no final de semana que ir na praia, ele gosta de pegar o carro, visitar uma obra. Eu sonho em vê-lo poder dar voos mais altos e quem sabe ser governador em 2022.

Alexandre Galvão

Teor do tuíte de Villas Bôas sobre Lula foi atenuado por hoje ministros de Bolsonaro

 

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A famosa postagem no Twitter do então comandante do Exército antes do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha um teor bastante mais incendiário do que o publicado.

Segundo o relato feito em um depoimento publicado pela Fundação Getúlio Vargas na semana passada pelo general da reserva Eduardo Villas Bôas, que comandou o Exército de 2014 a 2019, ao menos três ministros do governo Bolsonaro e o atual chefe da Força souberam da nota.

Ela foi atenuada por ação do então ministro da Defesa, general da reserva Joaquim Silva e Luna, hoje diretor-geral de Itaipu, um episódio até aqui inédito que foi relatado à reportagem por integrantes do governo Michel Temer (MDB).

No dia 2 de abril de 2018, uma segunda-feira, o comandante Eduardo Villas Bôas discutiu a ideia de admoestar o Supremo Tribunal Federal, que em dois dias iria julgar um pedido para evitar a prisão de Lula, condenado em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá.

Silva e Luna foi alertado acerca do tuíte e ficou assustado. Acionou o general da reserva Alberto Mendes Cardoso, conhecida voz moderada que foi chefe da Casa Militar/Gabinete de Segurança Institucional do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Ambos trabalharam para retirar menções que sugerissem intenções de interferência institucional aberta contra o Supremo. Sobrou a ameaça velada, que no livro “General Villas Bôas: Conversa com o comandante”, de Celso Castro, o ex-comandante diz ter sido “um alerta”.

Procurado, Silva e Luna não comentou o episódio.

“Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”, dizia a primeira postagem, feita no dia 3 de abril.

“Asseguro à nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, completava.

No livro da FGV, o general afirma que não discutiu o tema com o ministro, embora cite erroneamente Raul Jungmann como o titular da pasta —ele havia deixado da Defesa no começo de 2018 para assumir a Segurança Pública.

Lula acabou tendo o pedido negado pelo plenário do Supremo e, no dia 7 de abril, foi preso em Curitiba. Deixou a cadeia 580 dias depois, após o STF derrubar a regra que permitia prisão a partir da condenação em segunda instância.

Diferentemente do que se intui da leitura da entrevista de Villas Bôas, o temor militar da volta da esquerda ao poder personificado em Lula, o ex-presidente segue inelegível mesmo solto.

No livro, o ex-comandante repetiu o que havia dito em entrevista à Folha em novembro de 2018, dizendo não se arrepender do gesto e negando intuito de favorecimento político a Bolsonaro, um capitão reformado do Exército.

Por outro lado, descreve o processo de apoio ao hoje presidente entre os militares e a ojeriza crescente ao PT, o que elabora um quadro claro de ação política do Exército, consolidado quando diversos generais da reserva e da ativa integraram o governo em 2019.

Assim, o relato de Villas Bôas envolve diretamente três ministros de Bolsonaro, pois ele afirma que discutiu o tema com sua equipe e com os integrantes do Alto-Comando do Exército, o colegiado de 15 generais de quatro estrelas, o topo da hierarquia.

O ex-comandante afirma que falou com os membros residentes em Brasília, o que coloca o hoje ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo, na discussão. Ele era então chefe do Estado-Maior, segundo posto da Força.

O hoje ministro não quis comentar o episódio. “O conteúdo do livro cabe ao seu autor”, disse, por meio de sua assessoria.

Outro atual ministro era Luiz Eduardo Ramos, que recebera sua quarta estrela em novembro de 2017 e fora nomeado em 28 de fevereiro para ser comandante do Sudeste, em São Paulo.

Ele só assumiu o cargo em 3 de maio, então estava na condição de adido do Estado-Maior do Exército em abril, fazendo a passagem para o comando.

Hoje ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, muito próximo do presidente, o general da reserva nega ter participado. “Não fui consultado”, afirmou, por telefone.

O então comandante também disse ter enviado a nota para os generais de quatro estrelas que já comandavam áreas, no próprio dia 3, e ouviu suas sugestões.

Entre eles estavam o atual chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, que era comandante do Sudeste e interventor militar no Rio de Janeiro à época.

Também integrava o grupo o atual chefe da Força, Edson Leal Pujol, que era o comandante militar do Sul —ele havia substituído o hoje vice-presidente Hamilton Mourão, removido da função após criticar o governo de Dilma Rousseff (PT) em 2015.

A reportagem também não recebeu resposta do Comando do Exército sobre pedido para comentar o caso.

Pujol tem comandado um processo de separar a linha de atuação do serviço ativo dos militares do governo, após o ensaio de crise institucional que envolveu os militares e Bolsonaro no ano passado.

Ele parece cioso do dano potencial à imagem das Forças Armadas reafirmado pelo livro de Villas Bôas.
Igor Gielow/Folhapress

Em Entre Rios, Rui entrega ampliação do sistema de abastecimento de água que teve investimento de R$ 3,5 milhões

Fotos: Carol Garcia/GOVBA
O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Entre Rios foi ampliado pelo Estado e o governador Rui Costa foi à cidade, na manhã deste sábado (13), para inaugurar a obra, que contou com um investimento de R$ 3,5 milhões. Na oportunidade, ainda foi entregue a reforma da Loja de Atendimento da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e uma série de equipamentos agrícolas.
"Além da entrega do sistema de abastecimento, anunciei a contratação do projeto de esgotamento sanitário da cidade e também a instalação de um complexo poliesportivo para atender alunos das redes municipal e estadual de ensino, com equipamentos como ginásio, piscina, pista de atletismo, entre outros. Anunciamos também a reforma e ampliação da Escola Estadual Duque de Caxias, que terá mais 15 salas, laboratório, biblioteca e quadra coberta", destacou o governador.
Fotos: Carol Garcia/GOVBA
Para a ampliação do SAA, a Embasa, que é a executora da intervenção, instalou um novo decantador; fez a interligação de dois poços profundos; construiu uma elevatória de agua bruta; implantou um sistema de reaproveitamento de água de lavagem de filtros para as Estações de Tratamento de Água de Entre Rios; dentre outras ações.

Loja da Embasa
Fotos: Carol Garcia/GOVBA
Com a reforma da Loja da Embasa, o governo estadual garante mais conforto ambiental na melhoria da prestação dos serviços e no atendimento aos clientes/usuários. Nesta ação, foram investidos R$ 147 mil.

Entregas e visita à escola

Antes de deixar Entre Rios, o governador ainda fez a entrega, para a Prefeitura Municipal de Entre Rios, de dois tratores agrícolas, um arado e 100 barracas de feira.

Rui Costa finalizou a agenda visitando e vistoriando as instalações do Colégio Estadual Duque de Caxias, no centro da cidade.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Rui diz que diversos hospitais estão com 100% de ocupação e alerta para colapso: ‘Momento é muito grave’

Foto: Camila Souza/GOVBA
Durante a entrega de obras no município de Entre Rios, no sábado (13), o governador Rui Costa (PT) fez um alerta sobre a situação da pandemia do coronavírus na Bahia. Ele afirmou que o momento é muito grave e disse que vários hospitais estão com 100% de ocupação dos leitos.

O governador pediu, mais uma vez, para que as pessoas respeitem as medidas contra o vírus e usem máscaras e frisou que “se continuar esse ritmo de crescimento da doença na Bahia, em duas ou três semanas nós podemos estar pior do que estávamos em julho do ano passado e corremos o risco de ter colapso no sistema de saúde”.

Veja abaixo os hospitais com 100% de ocupação na Bahia até as 19h30 de sábado (13), de acordo com a plataforma da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), Business Intelligence:

Hospital Geral Ernesto Simões Filho (Salvador)
Hospital Neurocor (Porto Seguro)
Hospital Municipal de Teixeira de Freitas
Hospital Paulo Afonso
Hospital Municipal Dom Antonio Monteiro (Senhor do Bonfim)
Hospital Itiba (Barreiras)
Hospital Municipal Carmela Dutra (Bom Jesus da Lapa)
Hospital Amec (Camacan)
Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães

Flamengo enfrenta Corinthians no Maracanã em busca da ponta da tabela

@Alexandre Vidal/Flamengo

Flamengo e Corinthians se enfrentam a partir das 16h (horário de Brasília) deste domingo (14) no estádio do Maracanã. O Rubro-Negro chega a este confronto com um objetivo claro, vencer para ter a possibilidade de alcançar a liderança do Campeonato Brasileiro na 36ª rodada.

Para isto, a equipe da Gávea, que tem 65 pontos, precisa somar 3 pontos e torcer por um tropeço do líder Internacional (que tem 66 pontos) diante do Vasco, em partida no estádio de São Januário que também inicia às 16h.
100 jogos

Em relação à equipe que vai a campo, o técnico Rogério Ceni não tem grandes dúvidas. O zagueiro Rodrigo Caio, que sofreu lesão na coxa direita na vitória de 2 a 0 sobre o Palmeiras no dia 21 de janeiro, treinou normalmente durante a semana e deve voltar a ser titular. A tendência é que o defensor entre no lugar de Gustavo Henrique.

Mesmo distantes, estaremos juntos mais do que nunca neste domingo!

Vamos com tudo em busca dos nossos objetivos!

Até o fim, Nação! #VamosFlamengo pic.twitter.com/uERpk9fear— Flamengo (@Flamengo) February 12, 2021

Já o meia Diego cumpriu suspensão pelo terceiro amarelo no empate contra o Bragantino e deve reassumir uma posição na equipe titular. Somente o goleiro Diego Alves, com um problema muscular, segue fora.

Dois atletas com presença confirmada tem muito a comemorar no jogo contra o Corinthians. O meia uruguaio Arrascaeta e o artilheiro Gabriel Barbosa completam, nesse domingo, a marca de 100 jogos com a camisa do Flamengo. A provável escalação do Rubro-Negro para o jogo de logo mais é: Hugo; Isla, Arão, Rodrigo Caio (Gustavo Henrique) e Filipe Luís; Diego, Gerson e Everton Ribeiro; Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa.
Em busca da vaga

Já para o Corinthians, que ocupa a 8ª posição da classificação com 49 pontos, vencer é necessário para seguir sonhando com uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. Para buscar os três pontos, o técnico Vagner Mancini fará ao menos uma mudança no time que empatou em 3 a 3 com o Athletico-PR na última quarta-feira (10). Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o volante Gabriel deve dar lugar a Xavier.

Dia de trabalho forte no CT Dr. Joaquim Grava. Seguimos de olho na rodada do fim de semana!

📸 Rodrigo Coca/Ag. Corinthians #VaiCorinthians pic.twitter.com/pjkf8tlfIM— Corinthians (@Corinthians) February 12, 2021

Mas a equipe deve contar com o retorno de dois atletas importantes, o zagueiro Jemerson e o meia Cazares, que se recuperaram de lesão e trabalharam com bola durante a semana. Assim, a provável formação do Timão deve ser: Cássio; Fagner, Bruno Méndez (Jemerson), Gil e Fábio Santos; Xavier, Cantillo, Gustavo Mosquito, Cazares (Araos) e Otero; Léo Natel.
Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Flamengo e Corinthians ao vivo neste domingo com narração de André Luiz Mendes, comentários de Mário Silva e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional, que começa às 15h30, aqui:

Veja a classificação atualizada da Série A do Brasileiro.

Fonte: Agência Brasil

Ipiaú: Boletim Covid/ de, 13 de Fevereiro confirma seis novos casos de coronavirus

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 13 de fevereiro, tivemos 8.417 casos registrados como suspeitos, sendo 2.434 casos confirmados, dentre estes, são 2.355 pessoas RECUPERADAS, 20 estão em isolamento social, 07 estão internadas e 43 foram a óbito. 5.913 casos foram descartados e 52 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 27 casos ativos. 

Obs: Dados da testagem dos profissionais e alunos das Escolas Estaduais foram contabilizados neste boletim em 03/07.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder . 

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

'Maior parte do auxílio em 2020 não teve finalidade emergencial'

© Caixa libera saque do auxílio emergencial para nascidos em julho

O governo perdeu o foco do auxílio emergencial em 2020 e corre o risco de perder novamente agora, avalia o economista-chefe da XP Asset, Fernando Genta, que já teve passagem por Brasília, como secretário adjunto do Ministério da Economia em 2017 e 2018, na gestão do ministro Henrique Meirelles.

Genta argumenta que, atualmente, um programa limitado a até R$ 30 bilhões, por três ou quatro meses, com contrapartidas fiscais, é factível. Mas observa que no ano passado, a maior parte dos recursos do auxílio acabaram indo para pessoas que não tiveram perda de renda do emprego informal, ou seja, não tiveram finalidade emergencial. "O ponto é que você deu muito dinheiro para famílias que não foram impactadas em nada pela crise", diz em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Como vê a já quase certa prorrogação do auxílio emergencial?

No final de 2020, estava claro que o auxílio não seria renovado. Nunca foi o plano A do governo. Obviamente, o cenário mudou, tivemos uma segunda onda, com nova cepa, piora em Manaus. Isso mudou a temperatura no Congresso quanto à necessidade de novo auxílio. Mas sou bem crítico sobre como foi feito o auxílio no ano passado. No primeiro programa, tudo bem, porque não se sabia o que estava acontecendo. Mas renovamos duas vezes o programa sem ter nenhum estudo técnico.

Como avalia a postura do ministro Paulo Guedes nessa discussão?

A tática do Guedes foi esperar para ver como evolui a pandemia. Só que após a eleição no Congresso, o presidente do Senado tem sido muito vocal e o Congresso todo embarcou no auxílio. A pressão está muito grande. A briga que Guedes tem agora é convencer o presidente do Senado a colocar tudo dentro de uma PEC, com contrapartidas.

Como operacionalizar o auxílio?

É difícil. Primeiro é preciso votar o Orçamento e por mais que as lideranças prometam aprovar o Orçamento na virada de fevereiro para março, do jeito que as coisas estão, não me surpreenderia a discussão correr ao longo de março. Aí precisa saber se é viável ou não aprovar um novo programa de auxílio sem ter o Orçamento. Acho questionável. Se for para esse caminho, a Economia está defendendo que isso seja feito por PECs, com contrapartidas. Acho que o Congresso não vai fazer nada à revelia do executivo.

O quanto de gasto com auxílio acha viável considerando as limitações fiscais?

Um auxílio limitado, de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões, por três ou quatro meses, para mim me parece uma barganha justa. Hoje tem o teto, a regra de ouro e a meta de superávit primário que limitam o auxílio. Não temos fontes.

Você criticou em artigo recente a eficácia do auxílio em 2020. Foi uma medida ineficaz?

O auxílio, em boa parte, foi pago para famílias mais pobres. O ponto é que você deu muito dinheiro para famílias que não foram impactadas em nada pela crise. O que gastou de desperdício conseguiria dobrar o orçamento do Bolsa Família por 9 anos. Foi uma desfocalização muito grande. Você acabou transferindo dinheiro para loja de material de construção, para o varejo. No final, foi uma transferência de renda para o varejo, não foi uma questão emergencial. Óbvio, que teve gente que pegou o emergencial. A ineficiência do auxílio foi crescendo ao longo do tempo, porque as pessoas foram retornando ao mercado de trabalho. Por mais que o benefício tenha caído pela metade, por mais que tenha retirado pessoas do Bolsa Família do programa no final, ainda assim a eficiência foi caindo e estamos repetindo a dose. Mas se isso vier acompanhado de barganha que melhore os arcabouços fiscais, beleza.

Quando você fala em desfocalização, o dinheiro do auxílio não foi de fato emergencial?

Com base na pesquisa de microdados da PNAD Covid-19 do IBGE, fizemos uma estimativa de que 77% do dinheiro de auxílio que foi capturado, R$ 230 bilhões, não foi destinado para famílias que tiveram perda de renda com trabalho informal, isso na média. Do dinheiro total do auxílio, em dezembro, 80% foi para quem já não tinha perda de renda informal, seja porque já tinha recuperado o emprego, seja porque não é do setor informal.

Como vê a reação do mercado se o auxílio vier sem contrapartida fiscal?

Auxílio sem ajuste nenhum não é o roteiro. O primeiro cenário é Guedes vencer e consegue fazer tudo amarrado, com auxílio e contrapartidas. O outro é o cenário que sai o auxílio sem o fiscal, mas com a promessa de criar uma comissão para o ajuste. Aí o mercado vai azedar, mas sem implosão. Óbvio que parte já está no preço, o Brasil descolou um pouco mais dos emergentes.

Como você acredita que a decisão do auxílio pode ter impacto na decisão do Banco Central sobre juros?

Se sai um auxílio amarrado, com as contrapartidas, é capaz até que o Banco Central melhore seu diagnóstico fiscal. Se sair alguma coisa sem contrapartida, o juro pode subir antes, com chance de 50 pontos em março já.

Indicadores recentes estão vindo fracos. Como vê a atividade neste começo de ano?

O dado que mais me surpreendeu foi o varejo, porque ainda teve dinheiro do auxílio emergencial em dezembro e caiu em janeiro, da ordem de uns R$ 20 bilhões. Talvez a iminência do fim do auxílio fez as famílias ficarem mais reticentes e não gastarem. Mas trabalhamos com a perspectiva de crescimento de 3,5% a 4% este ano, estou otimista com a vacinação.

Acredita que a vacinação pode ser mais rápida do que muitos analistas estão prevendo neste momento?

Estamos bem construtivos com o cronograma de vacinação. O segundo semestre vai ser bem bom, por causa das vacinas. Nas minhas contas, vamos vacinar todos os brasileiros com mais de 60 anos até maio. Até setembro, 70% da população deve ser vacinada, que é praticamente todo mundo com mais de 19 anos. Os casos e mortes tendem a desabar.
POR ESTADAO CONTEUDO

Jantar de Doria que abriu crise no PSDB teve surpresa, acusações de traição e vinho

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
Cinco horas coalhadas de surpresas, discursos duros, acusações veladas de traição e regadas na última hora com vinho a pedido dos comensais.

Foi assim que a noite da última segunda-feira (8) se transformou em um marco de um dos partidos mais dados a intrigas internas da história brasileira, o PSDB.

Jantares são um esporte na política do país. Boa parte da Nova República foi montada no falecido restaurante Piantella, em Brasília, e Fernando Collor de Mello emergiu candidato a presidente num repasto de pato laqueado no restaurante homônimo de Pequim, em dezembro de 1987.

A segunda-feira passada poderá entrar nessa história, embora não se saiba ainda com qual narrativa.

Para o entorno do governador tucano de São Paulo, João Doria, foi o ponto que demarcou o começo oficial de sua caminhada para tentar suceder a Jair Bolsonaro em janeiro de 2023. Para seus adversários, dentro e fora do PSDB, o enterro de sua pretensão.

Tudo começa no meio do ano passado, quando Doria já se firmava como grande antípoda do presidente no manejo da pandemia de Covid-19. O tucano selou uma aproximação com o DEM, na figura do então poderoso presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do MDB, por meio do chefe do partido, Baleia Rossi (SP).

Dali surgiu a aliança em torno da candidatura vitoriosa de Bruno Covas (PSDB) na capital paulista, com o MDB na chapa com o vice Ricardo Nunes. O próximo passo seria a eleição da Câmara.

Maia queria pegar carona no pedido de seu correligionário Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e tentar a reeleição. Baleia era seu plano B, e virou A no momento em que o Supremo Tribunal Federal vetou a inconstitucionalidade.

Só que era tarde, e Arthur Lira (PP-AL), o rei do Centrão e nome de Bolsonaro, já havia amealhado apoio suficiente na disputa. Doria fechou com Baleia e, com Maia, amargou uma derrota no qual tanto DEM quanto PSDB colaboraram com muitos votos para Lira.

Doria ficou enfurecido e identificou o Aécio Neves como o pai do racha. A amigos, o mineiro nega, dizendo que os deputados votaram por sua sobrevivência eleitoral —o PSDB foi exaurido de verbas de emendas parlamentares pelo Planalto.

A eleição na Câmara foi na segunda retrasada (1º). No fim da semana, o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, passou a disparar convites para um jantar na segunda-feira seguinte para a discussão de cenário político.

O nome mais vistoso da lista era o de Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente e ainda um farol dentro do PSDB. Foram chamados também outros membros da ala histórica do partido, como o senador José Serra (SP) e o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira (SP).

Na definição corrente do Bandeirantes, havia um intruso, o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG) —aliado de Aécio. O restante da mesa era de aliados, e vários subordinados, de Doria, que estavam informados da agenda real do evento.

O jantar começou indigesto já no meio da tarde. Às 15h20, o jornal Folha de S.Paulo publicou que no cardápio haveria a sugestão de Doria de expulsar Aécio do PSDB, reforçar a oposição a Bolsonaro e integrar o grupo do DEM de Maia, que já fora convidado na véspera a integrar o tucanato.

Castro e Bruno Araújo, o presidente do PSDB, estavam em voo de Belo Horizonte e Brasília, respectivamente. Ao chegar a São Paulo, viram a notícia e conversaram, levantando dúvidas sobre a conveniência de participar do jantar.

O mal-estar se expandiu. FHC desistiu de ir ao jantar, e Aloysio cogitou fazer o mesmo. Serra já havia dito não, mas por motivos de saúde.

Ao fim, Castro e Araújo foram ao Bandeirantes. Chegando lá, pouco antes das 20h, encontraram o grupo de Doria: Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional, e também presidente do PSDB-SP), Wilson Pedroso (secretário particular), Antonio Imbassahy (“embaixador” paulista em Brasília) e Cauê Macris (presidente da Assembleia Legislativa paulista).

A eles se juntaram o deputado federal Samuel Moreira (SP), muito próximo do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito paulistano, Bruno Covas, e Aloysio.

O clima começou descontraído, com crítica entre os convidados à ausência de bebidas alcoólicas —Doria não as bebe. De tanta reclamação, o governador pediu para que fossem compradas algumas garrafas de vinho.

Ao longo da primeira hora do jantar, a tal conversa sobre cenários se desenrolou sem grandes atritos.

Os convidados dividiam a grande mesa redonda que fica numa área semidescoberta no teto do Bandeirantes, na ala residencial que não é ocupada por Doria, com uma vista espetacular da zona oeste da capital.

O governador sentou ao lado de Covas, e na sequência estavam Castro, Macris, Imbassahy, Vinholi, Moreira, Pedroso, Aloysio e Araújo, completando o círculo.

Acabado o jantar, que tinha opções de carne e peixe, Doria fez um discurso exaltado. Afirmou que o PSDB não poderia terminar como o DEM, implodido pela eleição na Câmara, e que deveria firmar-se como oposição a Bolsonaro.

Mais: figuras ambíguas, como Aécio, deveriam ou se enquadrar ou serem afastadas. O termo expulsão não foi usado, um reflexo do efeito negativo que a revelação da ideia pela Folha horas antes, mas a ideia geral era a mesma

A palavra coube então a Covas, que colocou as cartas de Doria na mesa ao falar, após uma crítica ligeira a Aécio, sobre a necessidade de o governador assumir o partido.

Macris, o seguinte a discursar, detalhou a ideia. Aqui há um ruído: segundo aliados, o presidente da Assembleia defendeu que Doria assumisse o partido a partir do começo de 2022, para a travessia da campanha presidencial.

Outros comensais não entenderam dessa forma, e a versão que foi circulada no partido era a de que a ideia era substituir Araújo ao fim de seu mandato de dois anos, em maio.

Vinholi e Moreira falaram a seguir, fazendo a mesma defesa do governador. Segundo a versão corrente no governo estadual, o chefe do PSDB-SP também defendeu a recondução de Araújo e dos outros presidentes de diretórios até 2022. Novamente, ela é contestada fora deste círculo.

Chegou então a vez de Castro falar. Ele disse que Doria seria derrotado no seu intuito de remover Aécio, como ocorrera em 2019, e que achava prioritário a recomposição de pontes entre as seções estaduais e as bancadas federais do partido. Ninguém fora de São Paulo apoiaria Doria agora, afirmou.

Ele foi secundado por Aloysio, que considerava muito arriscada a proposta do grupo do paulista. Na sequência, Imbassahy fez uma análise conjuntural e defendeu a necessidade de ter Doria como candidato sólido já. Pedroso foi na mesma linha.

Por fim, Bruno Araújo, visivelmente contrariado, mas em tom calmo. Ele disse que havia sido “muito ruim” saber da ideia de remoção de Aécio pela Folha, e que não tinha apego ao cargo. Afirmou que, se Doria o quisesse, bastaria ter conversado antes com ele.

Em resumo, uma acusação de traição, que foi repetida do outro lado depois do evento, já que todos os aliados de Doria esperavam uma atitude mais complacente do ex-deputado e ex-ministro.

Um silêncio tomou conta da reunião, que foi encerrada pouco antes da 1h de terça após Doria fazer uma espécie de resumo do acontecido. A questão da presidência tucana não foi citada, mas o estrago se propagou de forma sísmica pelo partido a partir daquela madrugada.

A resultante é conhecida: Araújo foi reconduzido nesta sexta (12) à presidência tucana, Aécio Neves ressurgiu do ostracismo em troca dura de acusações com Doria, e o governador Eduardo Leite (RS) foi lançado para disputar a vaga de presidenciável por parte da sigla.

Para o entorno de Doria, o governador errou na forma, mas acertou no conteúdo: a debacle, sob essa ótica, serviu para delimitar quem está de que lado e irá orientar os próximos passos. A ordem agora no Bandeirantes é silenciar e deixar a fervura baixar.

Alguns apontam para Maia na tentativa de encontrar culpados, já que na véspera do jantar ele esteve com Doria e disse que só migraria para o PSDB se o governador tivesse controle sobre o partido.

Na órbita tucana longe de Doria, mesmo em São Paulo, a avaliação é que houve uma tentativa de golpe interno que foi abortada, e que ela vai dificultar enormemente a vida do governador.

Pode ser, alegam os aliados do tucano, mas o PSDB ficará sem o dono do maior ativo hoje contra Bolsonaro, a vacina do Butantan e a condução da crise sanitária. Que pode, lembram, muito bem deixar a sigla e encontrar algum hospedeiro para sua candidatura.

Seja como for, o tucanato só esteve próximo do poder federal em 2014, quando marchou unido com Aécio. Em dois anos será possível aferir o tamanho real da ressaca, ou da euforia, causada pelo vinho da segunda-feira.

Igor Gielow/Folhapress

Bahia registra 64 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas; total de óbitos chega a 10.674

Neste sábado (13), o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) sobre a Covid-19 registrou 64 óbitos. Apesar das mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados hoje. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.674, o que representa uma letalidade de 1,70%.

Na última semana, os números demonstraram uma tendência de crescimento dos óbitos e de quadros clínicos mais graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Neste cenário, o Governo da Bahia abriu novos leitos de terapia intensiva nos municípios de Camaçari, Seabra e Barra nos últimos dias e estão previstas ampliações nas cidades de Ilhéus e Porto Seguro, em um esforço para reduzir a pressão na rede assistencial.

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.587 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,6) e 3.182 recuperados (+0,5%). Dos 627.265 casos confirmados desde o início da pandemia, 601.598 são considerados recuperados e 14.993 encontram-se ativos

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.003.136 casos descartados e 146.373 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado (13). Na Bahia, 41.228 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Com 372.098 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) até as 15 horas deste sábado (13), a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Impeachment: Trump é absolvido em julgamento no Senado

 Após quatro dias de audiências, maioria dos republicanos votou a favor do ex-presidente, acusado de incitar invasão do Capitólio

US SENATE TV VIA REUTERS - 13.2.2021

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi absolvido em seu segundo processo de impeachment no Senado do país em uma votação apertada neste sábado (13). Como era esperado, a maioria dos senadores republicanos votou pela absolvição. Ele era acusado de ter incitado a invasão ao Capitólio, sede do Congresso, em 6 de janeiro.

Votaram a favor da condenação do ex-presidente todos os 50 democratas e apenas 7 republicanos. Eram necessários 17 votos do partido para que a maioria absoluta de dois terços necessária à condenação fossem atingida. Ainda que a margem desfavorável a Trump fosse maior do que em outras votações, os 43 votos a favor dele foram mais do que suficientes.

Foi a segunda vez que Trump foi absolvido em um julgamento de impeachment em pouco mais de um ano. No primeiro processo, encerrado em 5 de fevereiro de 2020, ele era acusado de abuso de poder ao pedir ao governo da Ucrânia que conseguisse evidências de corrupção contra adversários políticos. Ele condicionou a liberação de uma verba de auxílio militar a essa ajuda.

Dia de reviravoltas

No sábado, quinto dia do julgamento, o processo teve algumas reviravoltas. Logo no início do dia, a equipe de acusação pediu para incluir testemunhas no processo. O objetivo era incluir o depoimento da congressista republicana Jaime Herrera Beutler, relatando uma conversa que Trump teve por telefone com o líder do partido na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, no dia da invasão ao Capitólio, 6 de janeiro.

Durante a invasão, McCarthy ligou para Trump, pedindo que ele ordenasse que os invasores saíssem do Capitólio. De início, o então presidente chegou a dizer que os manifestantes não seriam seus apoiadores, mas sim membros de grupos de esquerda, como os antifas.

O representante, então, falou: "não, esse é o seu pessoal". E Trump respondeu: "bom, Kevin, acho então que essas pessoas estão mais revoltadas com a eleição do que você". Os dois republicanos teriam trocado ofensas em seguida.

O parlamentar descreveu a conversa a diversos colegas, incluindo Beutler, que anotou tudo o que ouviu. Além dela, outros membros do partido confirmaram o relato para a emissora norte-americana, mas sem divulgar suas identidades.

Após quatro dias de audiências, o Senado dos EUA deve votar o futuro político do ex-presidente Donald Trump em uma votação neste sábado (13), exatamente um mês após o impeachment ser aprovado pela Câmara dos Representantes, quando ele ainda estava no cargo. Os senadores devem se reunir às 10h (meio-dia no horário de Brasília) e a votação pode começar às 15h (17h em Brasília) Por R7.com

Fiocruz envasa primeiro lote da vacina Oxford/AstraZeneca produzida no Brasil

Foto: Divulgação/Bio-Manguinhos/Fiocruz
A Fiocruz é a responsável no Brasil pela produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

O diretor do Instituto, Maurício Zuma, explicou que o processou começou na segunda-feira (9), com o início do descongelamento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), e que na sexta-feira começou a formulação do lote que será envasado neste sábado (13).

De acordo com a Agência Brasil, serão processadas cerca de 400 mil doses de pré-validação, para garantir que o processo esteja totalmente adequado para a produção da vacina, que seguirão para o controle de qualidade interno do instituto.

O insumo faz parte do lote com 90 litros de IFA recebido pela Bio-Manguinhos/Fiocruz há uma semana, e que são suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses. Ainda estão previstas mais duas remessas de IFA em fevereiro, do total de 15 milhões a serem recebidos ainda este mês.

Depois de envasadas as vacinas seguem para o setor de controle de qualidade interno da Bio-Manguinhos, onde uma análise minuciosa deve garantir a sua integridade e segurança. A Fiocruz informou que vai escalonar a produção ao longo dos primeiros meses para manter a meta de 100,4 milhões de doses até julho deste ano.

No segundo semestre não será mais necessária a importação do IFA, que passará a ser produzido em Bio-Manguinhos, após a conclusão da transferência de tecnologia.

A previsão é de que de agosto a dezembro sejam produzidas mais 110 milhões de doses inteiramente na instituição, garantindo autonomia para o país e continuidade da vacinação para toda a população brasileira.
Por: Bahia noticias

Dia Mundial do Rádio é celebrado neste sábado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em todo país, circulam ondas eletromagnéticas que transmitem informações importantes para a garantia de direitos e para a democracia. Tais ondas são decodificadas por pequenas caixas que podem funcionar apenas com pilhas. De tão relevantes, essas caixas têm, a elas, um dia que foi mundialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): o Dia Mundial do Rádio, comemorado neste sábado, 13 de fevereiro.

O potencial comunicativo do rádio já foi comprovado em vários momentos ao longo da história. Em um deles, ocorrido em outubro de 1938, milhares de norte-americanos entraram em pânico ao ouvirem, na rádio CBS, o ator Orson Welles alertando sobre uma suposta invasão de marcianos.

Tratava-se apenas de um programa de teleteatro, uma versão radiofônica do livro A Guerra dos Mundos, de H.G Wells. Ao se dar conta do alvoroço entre a população, a emissora teve de interromper o programa para esclarecer o fato aos ouvintes que não haviam assistido a parte inicial da transmissão.

O mais democrático
O jornalista Valter Lima comanda, desde 1986, o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional Marcello Casal Jr/Agência Brasil
“O rádio é, sem dúvida, o mais democrático de todos os meios de comunicação. Para desfrutar dele, não há necessidade de pagar internet, nem de ter energia elétrica. Basta ter pilha ou uma bateria”, argumenta o jornalista Valter Lima, âncora, desde 1986, de um dos programas radiofônicos mais longevos do Brasil: o Revista Brasil, da Rádio Nacional, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O aspecto democrático que compõe a essência do rádio é também corroborado pela Unesco que instituiu a data de hoje, 13 de fevereiro, como o Dia Mundial do Rádio.

“A estratégia da Unesco é a de fortalecer o rádio, que é o veículo mais essencial, principalmente nos muitos países onde, seja por conflitos, catástrofes ou por falta de estrutura, não há internet nem energia elétrica acessível para a população. Nesses casos é o rádio que consegue localizar e salvar vidas, justamente por conta da possibilidade de depender apenas de pilha para ser usado”, disse à Agência Brasil o coordenador de comunicação e informação da Unesco no Brasil, Adauto Cândido Soares.

Violência contra radialistas

Adauto Soares acrescenta que o interesse da Unesco em trabalhar neste campo da comunicação está relacionado à visão de que o acesso à informação é parte integrante do direito à comunicação. “Até porque, sabemos, quando um país tem sua democracia atacada, é o direito à comunicação o primeiro a ser silenciado.”

Segundo o coordenador da Unesco, que desenvolve também um trabalho de denúncia de violações de direitos humanos contra jornalistas, os radialistas são as maiores vítimas desse e de outros tipos de violação.

“De um total de 56 jornalistas assassinados em todo o mundo em 2019, 34% atuavam no rádio; 25% em TV; 21% em mídia online; 13% em mídia impressa e 7% em plataformas mistas. Desse total, três mortes ocorreram no Brasil”, disse, citando números do levantamento Protect Journalists, Protect the Truth, publicado pela Unesco em 2020.

Novas tecnologias

A criatividade é uma das características que sempre acompanharam o rádio. Com a chegada de novas tecnologias, em especial, as ligadas à tecnologia da informação, o rádio manteve seu aspecto inovador e continua a se reinventar.

Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flávio Lara Resende lembra que muito se falou sobre a morte do rádio, com a chegada da TV. “Foi quando o rádio perdeu espaço. Mas não perdeu importância”, disse.

“Se perdeu alguma importância após a chegada da TV, depois voltou a ganhar [importância] quando apareceram novas plataformas, e ele se reinventou, apresentando programações segmentadas, canais específicos de jornalismo herdados, influenciados e influenciadores da TV”, disse o presidente da Abert.
Rádio Nacional lança perfil na plataforma Spotify. Listas foram criadas com curadoria de radialistas das emissoras da EBC - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
“Hoje, com a internet, ouve-se a notícia radiofônica e vê-se os jornalistas que fazem a notícia. O rádio continua a ter grande importância e está aumentando cada vez mais, reinventando-se diariamente”, acrescentou.

Diante da necessidade de se reinventar constantemente, a Rádio Nacional lançou recentemente (no dia 10 de fevereiro, em meio às celebrações pelo Dia Mundial do Rádio) seu perfil na plataforma Spotify no qual o público pode ouvir – onde e quando quiser – “o melhor da música brasileira”. Para acessar o serviço, basta acessar as playlists “É Nacional no Spotify”.

Estatísticas
O Brasil registra 5,1 mil rádios comerciais, 700 educativas, 458 rádios públicas e 4,6 mil comunitárias, segundo o Ministério das Comunicações - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
De acordo com o Ministério das Comunicações há, no Brasil, cerca de 5,1 mil rádios comerciais (3.499 na banda FM; e 1325 nas bandas AM, entre ondas médias, curtas e tropicais). Há, ainda, cerca de 700 rádios educativas; 458 rádios públicas; e 4.634 rádios comunitárias.

Na pesquisa Inside Radio, na qual são apresentados aspectos relativos a comportamento e hábitos de ouvintes de rádio, a Kantar Ibope Media constatou que o rádio é ouvido por 78% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas. Além disso, três a cada cinco ouvintes escutam rádio todos os dias. E, em média, cada ouvinte passa cerca de 4h41m por dia ouvindo rádio.

O levantamento avalia também questões relativas à adaptação do rádio à web, bem como novas formas de consumo de áudio, como podcasts e conteúdo on demand.

De acordo com a pesquisa, 81% dos ouvintes escutam rádio por meio de rádio comum; 23% pelo celular; 3% pelo computador; e 4% por meio de outros equipamentos, como tablets.

O crescimento que vem sendo observado na audiência via web demonstra, segundo a Kantar, “a grande capacidade de adaptação do rádio”. Segundo a pesquisa, 9% da população que vive nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas ouviram rádio web nos últimos dias. O percentual é 38% maior do que o registrado no mesmo período de 2019.

Em um ano (entre 2019 e 2020), o tempo médio diário dedicado ao rádio via web aumentou em 15 minutos, passando de 2h40 para 2h55, diz a pesquisa. Além disso, 16% dos ouvintes pesquisados escutam rádio enquanto acessam a internet.

Os podcasts também têm ganhado popularidade. Entre os ouvintes de rádio que acessaram a internet durante a pandemia, 24% ouviram podcasts; 10% aumentaram o uso de podcasts; e 7% ouviram um podcast pela primeira vez.

As chamadas lives também registraram aumento de audiência durante a pandemia, com 75% dos entrevistados dizendo ter começado a assistir lives de shows a partir do início das medidas de isolamento social impostas pela pandemia de covid-19. Ainda segundo o levantamento da Kantar, 75% dos ouvintes de rádio disseram ouvir rádio "com a mesma intensidade, ou até mais", após as medidas e 17% disseram ouvir "muito mais" rádio após o isolamento.

Preocupação
Participação dos ouvintes é a essência do rádio, segundo o radialista da EBC Valter Lima.- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A associação do rádio com novas tecnologias, no entanto, deve ser vista com cautela, para não acabar inviabilizando o formato tradicional desse tão importante veículo. “Emissoras de rádio hoje são em rede, mas a do interior, com outra realidade, não tem essa capacidade de recurso para investimento, como as grandes redes estão fazendo, em especial, quando transformam rádio em uma nova espécie de televisão”, alerta o jornalista Valter Lima.

Segundo ele, ao condicionar o rádio à necessidade de contratação de serviços como o de internet, perde-se exatamente o aspecto democrático que esse veículo sempre teve. “Uma coisa que achatou o desenvolvimento do rádio, infelizmente, foi o fato de ele estar nas mãos de grupos poderosos que possuem também emissoras de televisão [e, em alguns casos, vendem também serviços de internet]. Isso causa um grande desequilíbrio porque, enquanto as TVs estão com equipamentos cada vez mais modernos, há, no interior do Brasil, muitas rádios ainda operando com equipamentos que já até deixaram de ser fabricados”, acrescenta.

Rádios comunitárias

O radialista destaca também o importante papel que as emissoras de rádio comunitárias têm para as regiões “ainda que pequenas” às quais prestam o serviço. Segundo ele, pela proximidade que têm com suas comunidades, essas rádios estão muito mais “antenadas”, com as necessidades locais, do que os grandes grupos de radiodifusão.

Entre os muitos desafios das rádios comunitárias, Valter Lima destaca a necessidade de elas saírem das amarras burocráticas impostas pela legislação.

“É por causa disso que essas rádios, com serviços tão importantes para suas comunidades, não conseguem ir além daquele pedaço tão pequeno. Há também as dificuldades para conseguirem lucros mínimos, de forma a poderem investir e evoluir”, disse o jornalista.

Programas inteligentes

Valter Lima lembra que toda emissora de rádio precisa de ouvintes, e que, para alcançá-los, sempre teve de recorrer a programas inteligentes, criativos e, sobretudo, participativos.

“O conceito de rádio não é o de ser apenas uma caixinha para ser ouvida quando ligada. Rádio precisa ter participação. Precisa ser um espaço para o público dar a sua opinião aos chamados ‘formadores de opinião’. A TV até dá algum espaço para isso, mas nada se compara ao rádio.”

Lara Resende, da Abert, também vê, na interatividade do rádio, um de seus grandes méritos. “A fidelização do ouvinte de rádio é muito interessante porque ele passa a achar que faz parte do programa. Hoje, inúmeras plataformas permitem comentários. Com isso, o rádio ficou ainda mais participativo”, disse.

Tempo real

Um outro aspecto acompanhou o rádio ao longo de sua história: a rapidez com que a notícia é dada, quase que simultaneamente ao fato noticiado. Anos depois, com a ajuda de equipamentos tecnológicos como celulares e internet móvel, outros veículos ganharam velocidade e deram a esse novo tipo de jornalismo veloz o nome de tempo real.

“O rádio sempre foi e continua sendo o primeiro a dar a notícia. O furo é sempre do rádio. Essa é a nossa rotina. Enquanto o outro veículo está digitando texto ou preparando a transmissão nós já estamos no ar usando apenas um aparelho telefônico”, explica Valter Lima.

“Antes do advento do celular, a notícia era dada por meio dos famosos orelhões. Os repórteres andavam com umas 20 fichas no bolso e um cadeado. Sim, um cadeado para travar o telefone, de forma a inviabilizar seu uso pelo concorrente”, lembra o radialista.

Edição: Lílian Beraldo
Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil - Brasília

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