Aliados e adversários políticos lamentam morte de Bruno Covas

Foto: Governo do Estado de São Paulo 
Aliados e adversários políticos manifestaram pesar pela perda do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, na manhã deste domingo (16), no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

O governador do estado, João Doria, agradeceu, em nota, a dedicação de Bruno Covas à população paulistana e manifestou solidariedade à família pela morte do prefeito, que estava licenciado do cargo desde o dia 2 deste mês. O prefeito morreu hoje, às 8h20, em consequência do agravamento de um câncer diagnosticado em outubro de 2019. “Sua garra nos inspira e seu trabalho nos motiva”, escreveu Doria.

O Poder Judiciário de São Paulo também destacou a luta de Covas pela vida. “Encerrou, no dia de hoje, uma trajetória que nos deixará exemplos de coragem e bravura frente à doença que precocemente o fez deixar a vida terrena”, diz o texto publicado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). “Destacava-se pela delicadeza de trato, que aproximava as pessoas e permitia, com isso, soluções aos problemas mais críticos enfrentados no dia a dia”, afirmou o presidente do TJSP, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco.

O diretório estadual e municipal do PSDB, partido do prefeito, destacou que Covas foi um quadro da política “formado na militância partidária que valorizava o diálogo e a construção de consensos”.

Pelas redes sociais, políticos de diversos matizes partidários lamentaram a morte precoce do prefeito. Guilherme Boulos, do PSOL, que enfrentou Covas no segundo turno das eleições municipais de 2020, disse: “Tivemos uma convivência franca e democrática. Minha solidariedade aos seus familiares e amigos neste momento difícil. Vá em paz, Bruno!”.

Ex-presidentes da República, como Michel Temer, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva também escreveram mensagens públicas de pesar.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, relembrou a trajetória familiar dos Covas. “Assim como seu avô, o governador Mario Covas, lutou bravamente pela vida e honrou o mandato que recebeu do povo paulistano até o final, sempre com altivez.”

O Santos, time do coração de Bruno Covas, publicou no Twitter mensagem lamentando a perda do torcedor: "O Santos FC lamenta profundamente o falecimento do prefeito de São Paulo, Bruno Covas. Santista apaixonado, Covas foi um exemplo de luta e amor à vida nessa triste batalha contra o câncer. Nossos sentimentos aos amigos e familiares!"

Homenagens

O corpo do prefeito será levado para o hall do Edifício Matarazzo, sede da prefeitura paulistana, onde será feita uma homenagem restrita a amigos e familiares, devido à pandemia.

Em seguida, o corpo de Bruno Covas seguirá em carro aberto, em cortejo, pela Avenida Paulista, pelo Viaduto do Chá e Largo Paissandu e pelas avenidas São João e Ipiranga, além da Rua da Consolação e outras vias. O corpo será sepultado na cidade de Santos, terra natal do prefeito, em cerimônia também restrita à família.

Um link via YouTube será disponibilizado para os que desejarem acompanhar a cerimônia no Hall Monumental do Palácio Matarazzo. A homenagem terá início às 13h.

Trajetória

Bruno Covas era filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas. Nascido em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, Bruno Covas foi advogado, economista e político brasileiro. Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001). No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.

Sua carreira na política começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito da cidade natal. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo em 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado daquele ano no estado.

No ano seguinte, assumiu como secretário estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.

Em 2016, candidatou-se a vice-prefeito de São Paulo na chapa de João Doria e eleito, e renunciou ao mandato de deputado federal. Dois anos depois, assumiu a prefeitura após a renúncia de João Doria, que deixou o cargo para concorrer ao governo paulista. Em sua gestão, teve que enfrentar a pandemia do novo coronavírus, que chegou a São Paulo em fevereiro de 2020.
Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

 

Morre o prefeito de São Paulo, Bruno Covas

Foto: Governo do Estado de São Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, morreu às 8h20 deste domingo (16), aos 41 anos, em decorrência do câncer da transição esôfago-gástrica e complicações do tratamento. O corpo do prefeito será levado para o hall do Edifício Matarazzo, sede da prefeitura paulistana, onde será feita uma homenagem restrita a amigos e familiares, devido à pandemia.
Em seguida, o corpo de Bruno Covas seguirá em carro aberto, em cortejo, pela Avenida Paulista, pelo Viaduto do Chá e Largo Paissandu e pelas avenidas São João e Ipiranga, além da Rua da Consolação e outras vias. O corpo será sepultado na cidade de Santos, terra natal do prefeito, em cerimônia também restrita à família.

Licenciado do cargo no início deste mês, Bruno Covas estava em tratamento no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

Filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas, Bruno nasceu em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, e foi advogado, economista e político brasileiro.

Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001), sua grande inspiração e influência política . No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da Juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.

Sua carreira na política começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito de sua cidade natal. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo e m 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado d aquele ano.

No ano seguinte, assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.


Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Atualizado em 16/05/2021 - 11:10

Otto responsabiliza Bolsonaro por crise na pandemia, garante que PSD está satisfeito no governo Rui Costa e dá ‘conselho’ a Neto e Roma

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Otto Alencar (PSD) responsabiliza o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo atual quadro brasileiro na pandemia, citando o negacionismo e atitudes inadequadas do chefe do Palácio do Planalto durante a crise sanitária como responsáveis pela crise em que o país está mergulhado.

Ele culpa Bolsonaro por, segundo ele, ter rejeitado a oferta feita no ano passado por representantes da Pfizer, que ofereceram prioridade da vacina contra a Covid-19 ao governo brasileiro. “A Pfizer mandou uma carta assinada pelo doutor Albert Bourla, que é o executivo-chefe, para oferecer vacina e o governo não quis. O presidente rejeitou”, afirmou.

“A CPI começou agora, nós tivemos ontem [quarta] a quinta reunião, e quem está nas cordas é o governo, que toda hora busca uma maneira de obstruir os trabalhos, como fez o filho do presidente quando agrediu o relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Nós não queremos dificultar a ação do governo. Quem dificulta a ação do governo é o próprio presidente da República”.

Segundo o senador baiano, “todas as crises pelo Brasil foram estimuladas, fomentadas e gestadas pelo presidente da República e por aqueles que transitam em torno dele”. “Não pode ser um governo equilibrado quando em dois anos e quatro meses troca 19 ministros de Estado, inclusive ministros militares”, lembrou.

Apesar de optar pela cautela, o presidente do PSD na Bahia falou um pouco a respeito do cenário local da política. No entanto, não mostrou as cartas quanto a uma possível tentativa de reeleição em 2022. “Eu não tomo decisão fora da hora porque tem que esperar os fatos acontecerem”, resumiu.

A este Política Livre, Otto garantiu que o seu partido está completamente satisfeito com os espaços que tem no governo Rui Costa. Indiretamente, ele de certa forma cutucou o Democratas e o Republicanos, de ACM Neto e João Roma, respectivamente.

“O que adianta ter ministério no Governo Bolsonaro e o governo ter 24% de aprovação?”, questionou. “Não adianta nada”, completou. Hoje, o DEM possui dois ministros no governo federal: Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Tereza Cristina (Agricultura). Já o Republicanos é representado por João Roma, nomeado em fevereiro deste ano na Cidadania.

Inclusive, esta última indicação de Bolsonaro provocou um conflito entre Roma e o presidente nacional do DEM, ACM Neto. Questionado se uma eventual candidatura do republicano ao Governo da Bahia dividiria o grupo de Neto, Otto não entrou em detalhes, mas aconselhou nas entrelinhas: “Se não se entenderem vão ter uma diáspora e cada um fica responsável por aquilo que faz”.

Confira a entrevista na íntegra:

Política Livre – Muitos têm dito que a CPI da Covid não traz nada de que todos já não saibam sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro na pandemia. Como mostrar que isso não é verdade, senador?

Otto Alencar – Já está mostrando. Ontem mesmo [quarta] foi mostrado que a Pfizer mandou uma carta assinada pelo doutor Albert Bourla, que é o executivo-chefe da Pfizer, para oferecer vacina e o governo não quis. O presidente rejeitou. Quantas vezes o presidente disse que não queria vacina, inclusive, a vacina CoronaVac do Doria? Já ficou provado que quiseram alterar a bula da hidroxicloroquina, o que seria um crime contra o povo brasileiro, já que a hidroxicloroquina não tem efeito nenhum na cura da doença. Também está claro, como ficou ontem, como mentiu o ex-secretário de Comunicação a respeito da falta de conhecimento e de trabalho para evitar a expansão da doença. A CPI começou agora, nós tivemos ontem a quinta reunião, e quem está nas cordas é o governo, que toda hora busca uma maneira de obstruir os trabalhos, como ontem fez o filho do presidente quando agrediu o relator, o senador Renan Calheiros. Nós não queremos dificultar a ação do governo. Quem dificulta a ação do governo é o próprio presidente da República. Todas as crises pelo Brasil, todas elas foram estimuladas, fomentadas e gestadas pelo presidente da República e por aqueles que transitam em torno dele. Não pode ser um governo equilibrado quando em dois anos e quatro meses troca 19 ministros de Estado. Em dois anos e quatro meses o governo já substituiu 19 ministros de Estado, inclusive ministros militares. O General Fernando Azevedo, o General Santos Cruz… Então não existe meta, existe um presidente perdido que não estava preparado para governar o Brasil.

Quem o senhor acha que pode ter orientado Bolsonaro contra as recomendações de Mandetta, por exemplo?

Ele mesmo. A cabeça dele. Ele que defendeu a hidroxicloroquina. Ele que disse que não tinha que usar máscara. Ele que promoveu aglomerações. O próprio pessoal da família dele estimulava que ele não cumprisse as regras sanitárias, o que é lamentável. O deputado Osmar Terra que falava – um absurdo isso – que poderia ter imunidade de rebanho. Imunidade de rebanho em um país com 215 milhões de brasileiros? Imunidade de rebanho, que deu a crise lá em Manaus, que se enterrou gente em vala comum. Imunidade de rebanho. Hidroxicloroquina em Manaus, que resultou a morte de tantas pessoas.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Falando um pouco aqui da Bahia, o senhor já se decidiu a concorrer ao Senado na chapa que Wagner deve liderar ao governo em 2022?

Não. Eu só vou tomar essa decisão em março de 2022. Eu não tomo decisão fora da hora porque tem que esperar os fatos acontecerem.

Como o senhor viu a iniciativa do governador Rui Costa de entregar mais duas secretarias importantes ao PP?

Normal. O governador é quem define quem serão os auxiliares dele. Eu acho que ele escolheu dois nomes bons. O vice-governador já estava em uma secretaria e o ex-presidente da Assembleia, Nelson Leal, é um bom nome, ele é experiente, tem capacidade de trabalho e conhece bem a Bahia, então pode ajudar muito nesse setor do Desenvolvimento Econômico.

Seria uma compensação para o fato de que João Leão não assumirá mais o governo nem poderá ser ou indicar o filho à vice?

Ninguém sabe. Eu não sei o que vou ser em 2022. Só vou resolver em março. O João Leão é um homem que tem todas as condições de alcançar e galgar outros cargos importantes.

E o PSD, está satisfeito com o espaço que tem hoje no governo ou, a partir dos ajustes que Rui está fazendo, vai exigir mais espaço?

Não. 

O PSD está muito satisfeito com Rui porque ele está com uma ótima aprovação. É um ótimo governador. Essa questão de espaço, quando o governo funciona para todos, como tem funcionado o governo de Rui, tanto funcionou para todos que fez a maior bancada de deputados estaduais e federais em 2018. Não precisa ter busca de espaço para interesses de ordens partidárias. O que interessa é que o governo funcione bem. O que adianta um partido ter muito espaço e ter um governador mal avaliado? O que adianta ter ministério no Governo Bolsonaro e o governo ter 24% de aprovação? Não adianta nada.

O senhor acredita que Wagner pode superar ACM Neto em favoritismo para a eleição de 2022?

Não sei. Quando começar a eleição que nós vamos ver. Wagner foi um ótimo governador. Ele fez oito anos de um bom governo, inclusive eu fui secretário de Infraestrutura dele e construí quatro mil quilômetros de estradas na Bahia. Fizemos o programa Luz Para Todos que avançou muito. Chegamos a ter quase 520 mil ligações no interior. Na zona rural não tinha luz, ficava todo mundo em um apagão. Teve o Água Para Todos. Wagner foi um ótimo governador, fez grandes obras de Infraestrutura e, na área social, avançou com hospitais. Então ele tem respaldo. Agora essa situação de eleição, eu fazer previsão agora não dá. Eu sei que ele é forte e o partido dele é forte, e nós vamos em março decidir essa questão de candidato a governador, vice-governador e senador também.

Vocês contam que uma eventual candidatura de João Roma divida o grupo de ACM Neto e favoreça Wagner?

Não sei. Essa é uma discussão que deve ficar restrita aos que estão pelejando lá no Democratas e no Republicanos, com Roma e o Neto. Eles vão ter que decidir lá. Eu não vou me envolver na esfera partidária que não é a minha esfera partidária. Eu não posso resolver isso. Eu não olho para o outro lado. Eu não olho para o partido dos outros. Eu olho para o meu e o meu grupo, que é com quem estou alinhado. Não posso me envolver em questões internas de partidos e de alianças políticas do Republicanos com o Democratas. Os partidos devem se entender. Se não se entenderem vão ter uma diáspora e cada um fica responsável por aquilo que faz. Ninguém chega a ser prefeito de Salvador sem bom juízo. Se o cara vai lá e faz dissidência interna aí eles vão ter dificuldades. Mas eu não quero me envolver nisso.

Mateus Soares

Biden usará voo para deportação em massa de brasileiros, como Trump

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress/Joe Biden, presidente dos EUA

Os Estados Unidos estão prestes a enviar ao Brasil o primeiro voo fretado de imigrantes brasileiros deportados desde o início do governo de Joe Biden. Na quinta-feira, cerca de 130 brasileiros serão mandados de volta, segundo três fontes que acompanham as questões imigratórias americanas. Os voos fretados com deportados ao Brasil tornaram-se frequentes no governo de Donald Trump, como marca de uma contestada política e de uma retórica anti-imigração.

Parte dos imigrantes acredita, no entanto, que Biden tratará melhor os indocumentados e há relatos nesta linha. Por isso, o fluxo dos que chegam ilegalmente pela fronteira com México aumentou. Autoridades que acompanham o tema e organizações de apoio aos imigrantes têm relatado o crescimento do contingente de brasileiros nessa situação.

O número, segundo estimativas feitas por pessoas que lidam com a questão no dia a dia, é equivalente ou até superior ao patamar registrado em 2019, quando a imigração ilegal por brasileiros bateu recordes.

O total de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente começou a crescer em 2015, mas ainda se mantinha em patamares baixos. O grande pico nas apreensões pela Patrulha de Fronteira dos EUA (CBP, sigla em inglês) aconteceu em 2019, quando chegou a 18 mil casos – no ano anterior,haviam sido 1,6 mil.

No ano passado, as travessias caíram em razão dos bloqueios de viagem durante a pandemia e à política estabelecida pelo governo Trump. Para diplomatas, há um fluxo reprimido de imigrantes que agora fazem a travessia a pé.

No ano passado, Trump incluiu os brasileiros no protocolo conhecido como “Fique no México”, que remetia ao país vizinho automaticamente aqueles estrangeiros sem documentos apreendidos pelo serviço de fronteira, para que esperassem fora do país pela análise dos pedidos de asilo. Antes, os brasileiros aguardavam em solo americano pela decisão dos tribunais de imigração.

Segundo organizações que acompanham o tema e fontes do governo brasileiro, ao menos 30 menores de idade cruzaram a fronteira americana sozinhos ou acompanhados de adultos que não são seus responsáveis legais – e estão sob custódia americana. Há brasileiros menores de idade em abrigos no Texas, na Califórnia e em Illinois.

Em 2018, auge da crise diplomática provocada pela separação de famílias, 49 crianças brasileiras ficaram em abrigos. Além de menores, há atualmente adultos e famílias inteiras chegando aos EUA pelo México. Só em dois abrigos para famílias em El Paso, no Texas, há cerca de 300 brasileiros atualmente.

“Os brasileiros entenderam que a fronteira estaria aberta, que eles poderiam entrar, com a mudança de governo nos EUA. Provavelmente, é a narrativa que está sendo contada no Brasil pelos coiotes. E, infelizmente, a situação no Brasil piorou. Eles vêm com a esperança de trabalhar aqui, se sustentar e de que haverá uma reforma imigratória”, afirma Heloísa Galvão, coordenadora do Grupo Mulher Brasileira.

Na campanha eleitoral, Biden prometeu trabalhar para regularizar a situação dos imigrantes ilegais que vivem hoje nos EUA, dar tratamento digno aos que chegassem pela fronteira e não deportar estrangeiros nos 100 primeiros dias de governo.

A organização coordenada por Heloísa Galvão fica em Boston, região onde está a maior comunidade de imigrantes do Brasil nos EUA. Ela recebe ligações e pedidos de ajuda dos recém-chegados ou dos parentes de imigrantes detidos diariamente.

“A viagem não é o reino encantado que vendem para eles no Brasil. O governo americano está distribuindo as pessoas que chegam para vários lugares do país, porque estão com os centros de detenção lotados”, afirma Heloísa.

Segundo fontes com acesso aos trâmites de deportação, o voo só não partiu antes dos EUA porque autoridades americanas discutiam como providenciar o teste negativo de covid-19 para todos os brasileiros que serão deportados. Desde 30 de dezembro, todos os passageiros que entram no Brasil precisam apresentar um exame PCR.

Itamaraty não respondeu à reportagem do Estadão sobre o voo, mas afirmou que já foi informado sobre o caso e as autoridades consulares brasileiras nos EUA estão prestando assistência às famílias.

Ainda de acordo com a chancelaria, por meio de suas repartições consulares nos EUA, “o governo presta toda a assistência possível a brasileiros privados de liberdade em solo americano, respeitando os tratados internacionais vigentes, como a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e a legislação local”.

O questionamento sobre o voo foi enviado à agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), à CBP, ao Departamento de Segurança Interna, ao Departamento de Estado americano, à Embaixada dos EUA em Brasília e à Casa Branca, que não responderam à reportagem. O CBP encaminhou dados mensais referentes às apreensões na fronteira em abril, que especificam o número de brasileiros que entraram ilegalmente.
Estadão Conteúdo

Morre a atriz Eva Wilma, uma das maiores estrelas da televisão e do teatro, aos 87

Foto: Fábio Braga/Folhapress

Um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, a atriz Eva Wilma morreu neste sábado, aos 87 anos. Ela estava internada no hospital Albert Einstein desde abril tratando um câncer de ovário. A atriz havia sido internada em janeiro deste ano com pneumonia.

Não fosse pela proibição dos pais, Eva Wilma teria iniciado sua carreira no “Holiday on Ice”, o espetáculo de patinação artística que excursionava sem parar pelo mundo afora. Aos 14 anos de idade, ela já era bailarina clássica, e sua desenvoltura a mantinha firme mesmo sobre uma superfície de gelo.

Mas a estreia como atriz não demorou. Em 1952, aos 19, começou no teatro com “Uma Mulher e Três Palhaços” ao lado de seu futuro marido, o ator John Herbert, morto há dez anos. No ano seguinte, fez seu primeiro filme, a comédia “Uma Pulga na Balança”, dirigida pelo italiano Luciano Salce.

Foi em 1953 que também apareceu na televisão pela primeira vez, no seriado “Namorados de São Paulo”, em que contracenava com Mario Sergio. John Herbert logo substituiu o ator original, e o programa teve seu título alterado para “Alô, Doçura”. Com ele, Eva Wilma entrou para a história da nossa TV.

Concebido por Cassiano Gabus Mendes como uma resposta brasileira à série americana “I Love Lucy”, “Alô, Doçura” foi exibido pela Tupi até 1964. Não havia personagens fixos, mas Eva Wilma e John Herbert —com quem a atriz se casou em 1955— sempre interpretavam um casal que enfrentava alguma rusga conjugal. Com episódios de apenas 15 minutos de duração, o programa marcou época, e foi um precursor do que hoje chamamos de sitcom.​
Tony Goes, Folhapress

Média móvel de óbitos por Covid no Brasil completa cinco dias abaixo de 2.000

Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil ficou abaixo de 2.000 óbitos por dia pelo quinto dia consecutivo, marcando 1.910 neste sábado (15) após quase dois meses superando a marca.

O país registrou 2.067 mortes pela Covid-19 e 69.300 novos casos da doença –e chega, assim, a 434.852 óbitos e a 15.590.613 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia, no ano passado.

Ainda são 115 dias com a média acima de 1.000 óbitos diários. A média é um instrumento estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados. O dado é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Foram atualizadas as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19 por 20 estados e o Distrito Federal.

Nesta sexta, foram registradas 530.552 doses aplicadas da vacina contra a Covid –uma oscilação de 30% para menos em relação ao dia anterior. Foram 275.933 primeiras doses e 254.619 segundas.

De acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde, 38.596.357 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid no país —19.094.815 delas já receberam a segunda dose do imunizante e cerca de um mês após a injeção podem ser consideradas totalmente imunizadas.

Especialistas alertam que cuidados básicos como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidos mesmo após a aplicação das duas doses do imunizante, uma vez que nenhuma vacina garante 100% de proteção contra a doença.

Uma retomada mais segura da vida normal deve ser feita apenas quando pelo menos 70% de toda a população estiver imunizada, o que deve proporcionar grande queda na circulação do Sars-CoV-2.

Com os dados vacinais desta sexta, 18,23% da população com mais de 18 anos recebeu a 1ª dose da vacina contra a Covid e 9,02% recebeu a segunda.

Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

Caixa começa a pagar hoje segunda parcela do auxílio emergencial

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Trabalhadores informais nascidos em janeiro recebem hoje (16) a segunda parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.

O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a quatro semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.

Na última quinta-feira (13), a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da segunda parcela. O calendário de depósitos, que começaria hoje e terminaria em 16 de junho, será aberto hoje e acabará em 30 de maio.

Ao todo 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.

O pagamento da primeira parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 16. O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.

A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.Agência Brasil


A Secretaria de Saúde de Ipiaú confirma neste sábado, 15 de maio, mais 01 caso de covid, e 09 casos ativos

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 15 de maio, tivemos 9434 casos registrados como suspeitos, sendo 2.763 casos confirmados, dentre estes, são 2.694 pessoas RECUPERADAS, 05 estão em isolamento social, 04 estão internadas e 64 foram a óbito. 6579 casos foram descartados e 31 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 09 casos ativos.
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Brasil é o único país que utiliza urnas eletrônicas sem voto impresso

Mais de trinta países adotaram diversas versões de urna eletrônica, todas com voto impresso

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Brasil já perdeu há muito tempo o direito ao ufanismo pela criação da urna eletrônica, em 1996.

Além de usar equipamentos anacrônicos, de 1ª geração, o Brasil é o único País do mundo a não adotar o voto impresso, entre os que têm sistema eletrônico de votação.

Hoje, três dezenas de países adotaram diversas versões de urna eletrônica, todas com voto impresso. Enquanto isso, a urna brasileira perde espaço.

O Equador, que a utilizou em 2004, optou pelas urnas de segunda e terceira gerações. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Já há 13 anos, 39 estados dos EUA, 3 do México e várias províncias do Canadá passaram a exigir voto impresso em urnas eletrônicas.

Até o Paraguai desconfia na urna eletrônica brasileira: após testá-la entre 2003 e 2006, proibiu sua utilização desde 2008.

Em 2009, a Alemanha proibiu urna eletrônica sem voto impresso para garantir ao eleitor o direito de conferir o destino do seu voto.

Em 2011, a Argentina iniciou a implantação de equipamentos eletrônicos de 3ª geração, com registros simultâneos de voto impresso e digital.
Fonte: Diário do Poder

Terremoto de 4.3 na Escala Richter é registrado no Pará

Foto: Google Maps
O Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que integra a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), registrou um terremoto na região do município de Breves, no Pará, que fica a aproximadamente 220 km da capital Belém. O fenômeno ocorreu na tarde desta sexta-feira (14). De acordo com nota técnica do SGB, o tremor teve magnitude de 4.3 graus na Escala Richter. A escala varia de zero a infinito, mas nunca foram registrados tremores acima de 10 graus. Entre um grau e outro, os efeitos são 10 vezes maiores.

Além do Serviço Geológico do Brasil, a Rede Sismográfica Brasileira é composta por especialistas das Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), além do instituto de pesquisa Observatório Nacional (ON), com mais de 80 estações espalhadas pelo Brasil. Estas estações têm um registro contínuo dos dados produzidos por movimentos da crosta terrestre e, quando ocorrem eventos sísmicos, as informações são analisadas para a determinação da localização, magnitude e outros parâmetros dos fenômenos físicos.

Entre as orientações à população durante a ocorrência desse fenômeno, os pesquisadores dizem que é preciso tentar manter a calma caso seja percebido que algo estranho. Se o cidadão estiver em casa ou apartamento, a orientação é não sair do local enquanto o terremoto estiver ocorrendo, visto que a correria para sair dos ambientes pode causar mais danos do que outras medidas.

Deve-se também ficar longe de janelas e locais onde objetos possam cair. Se possível, tentar ficar embaixo de uma mesa resistente ou embaixo de batentes de portas. Caso esteja em local aberto, a orientação é se afastar de áreas com a possibilidade de quedas de objetos volumosos, como prédios, postes, placas e árvores.(ABr)

Multidão lota Esplanada dos Ministérios em apoio a Bolsonaro, neste sábado

Fotos: Redes sociais/Reprodução
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lotaram o gramado central da Esplanada dos Ministérios neste sábado (15). Desde às 6h da manhã foi bloqueado o trânsito nas vias S1 e N1, que dão acesso a Esplanada. A movimentação das comitivas de caminhoneiro e produtores rurais teve início no começo da tarde.

A presença em peso dos manifestantes atende ao pedido feito por Bolsonaro no último domingo (9), durante um passeio de moto pelas ruas centrais de Brasília. Em vídeos publicados nas redes sociais, e alguns replicados pelo próprio Bolsonaro, os manifestantes afirmam que o ato é em defesa da “direita brasileira” em “total apoio ao presidente Bolsonaro” e contra as medidas restritivas, adotadas por diversos governadores.

Os grupos de outros estados ficaram concentrados no Parque Leão, que fica no Recanto das Emas, uma região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 20 km do centro da Capital Federal.

Um dos organizadores do movimento Brasil Verde e Amarelo afirma em vídeo, que Bolsonaro tem apoio para fazer o que quiser. “Convocamos toda sociedade de modo geral, você comerciante que sofreu muito com lockdown, você industrial que teve esse mesmo problema, essa maluquice de alguns governadores e prefeitos, aonde não deixaram a nossa economia andar. Tentando prejudicar de toda forma nossa presidente da República Jair Bolsonaro. Vamos dizer chega! Presidente nós autorizamos, faça o que tem que ser feito”.
Bolsonaro montou a cavalo diante da multidão na Esplanada dos Ministérios – Foto: PMDF.
Entre os idealizadores do ato de apoio à Bolsonaro estão também, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (Andaterra) e a Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal), Movimento Pátria Amada Brasil, Movimento Nas Ruas, Movimento Eu autorizo Presidente e Movimento Direita Parecis Agro.
Os evangélicos também fizeram frente no ato de apoio a direita brasileira, e desde às 9h estiveram reunidos, por meios dos grupos organizados e seus pastores na Marcha das Famílias com Deus pela Liberdade.

Por volta das 16h, Bolsonaro apareceu montado em um cavalo. O presidente estava acompanhado dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Agricultura,Tereza Cristina; do Turismo, Gilson Machado, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes e do general Braga Neto, ministro da Defesa.

Acenou para os apoiadores, disse algumas palavras de agradecimentos aos presentes. “Vocês estão reescrevendo a história do Brasil. Em vocês, nós confiamos. Não é vocês que estão comigo. Eu estou com vocês. Esse é um governo democrata que respeita seu povo e ama a liberdade”.

Em seu discurso fez duras críticas as medidas de isolamento social, adotadas por alguns governos estaduais e municipais. Afirmou que lutou muito, mas que a situação do desemprego no país “é por causa de governadores e suas políticas sem embasamento científico”.

Bolsonaro falou também sobre armas, e afirmou que “está cada vez mais legalizando as armas no Brasil”.

A Polícia Militar do Distrito Federal esteve presente na Esplanada dos Ministérios e ajudou na organização do trânsito, com a escolta de caminhões e ônibus do Recanto das Emas até a zona central de Brasília. Não houve divulgação do número de manifestantes que estiveram no local, mas pelas imagens divulgadas pela PMDF, o gramado central da Esplanada ficou praticamente lotado.
Foto: Reprodução/Redes sociais
Desde setembro de 2018, após uma carreata pró-Bolsonaro, que reuniu mais de 25 mil carros, a PMDF não divulga números de manifestantes, devido a polêmica que houve na época com a imprensa sobre o número de carros contabilizados e divulgados pela corporação.
Fonte: Diário do Poder

Covid-19: país tem 15,5 milhões de casos acumulados e 434,7 mil mortes

Foto: Warley de Andrade/TV Brasi

O balanço divulgado neste sábado (15) pelo Ministério da Saúde registra 67.009 novos diagnósticos de covid-19 em 24 horas. Esse dado eleva para 15.586.534 o número de pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia no país.

As mortes pelo novo coronavírus ao longo da pandemia aproximam-se de 435 mil. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 2.087 novos óbitos, totalizando 434.715.

O balanço apontou também 1.089.423 pacientes em acompanhamento e 14.062.396 recuperados da doença.

Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes são os seguintes: São Paulo (103.995), Rio de Janeiro (47.951), Minas Gerais (37.283), Rio Grande do Sul (26.657) e Paraná (24.597).

As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.571), Acre (1.612), Amapá (1.614), Tocantins (2.711) e Alagoas (4.478).

Agência Brasil

Cândido Sales: Idoso de 70 anos é preso suspeito de estuprar quatro netas

Foto: Divulgação/Ascom PC
Um idoso de 70 anos foi preso, na manhã desta sexta-feira (14), suspeito de estuprar quatro netas no município de Cândido Sales, no sudoeste da Bahia. As informações são do portal G1.
As investigações começaram há três anos. Segundo o delegado Hélder Andrade dos Santos, os estupros começaram quando as netas tinham 6 anos e se estenderam até a adolescência.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, que não teve a identidade revelada, foi preso dentro de um ônibus, quando saía da cidade. Ele foi levado para a delegacia e depois transferido para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista.
O idoso responde por estupro de vulnerável. A pena para o crime pode variar de 8 a 15 anos de prisão.

'O DEM deliberou pela expulsão de Rodrigo Maia', diz deputado baiano

Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
O deputado federal Arthur Maia (DEM-BA) utilizou as redes sociais para comunicar a expulsão de Rodrigo Maia dos quadros do Democratas e para criticá-lo duramente pelos ataques feitos ao presidente nacional da sigla, ACM Neto (veja aqui).

“O DEM deliberou pela expulsão de Rodrigo Maia. Depois que perdeu todo o apoio dentre os deputados, não havia mais clima para ele no partido. Agrediu ACM Neto para forçar a expulsão e tentar driblar a lei eleitoral, pois a expulsão teoricamente não dá perda de mandato”, disse Arthur.

O parlamentar baiano ainda defendeu que Maia deve perder o mandato, mesmo sendo expulso do DEM, visto que ele teria forçado a situação.

“Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta. Ninguém poderia admitir a sua permanência com o propósito deliberado de insultar as pessoas”, opinou.

De forma jocosa, Arthur Maia ainda comentou que o parlamentar carioca, a quem ele chama de “Nhonho” - uma referência a um personagem da série mexicana de humor “Chaves” -, é odiado pelos brasileiros e tentou dar um golpe para não perder a presidência da Câmara.

“Rodrigo Maia é uma figura odiada pelos brasileiros, depois da sua melancólica passagem pela presidência da Câmara. Tentou dar um golpe para permanecer presidente, não deu certo. Não pode andar nas ruas, tamanha a sua antipatia popular. Vive numa prisão particular”, finalizou.

Bahia registra 4.043 novos casos de Covid-19 e mais 92 óbitos pela doença

Foto: Divulgação

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.043 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) e 3.866 recuperados (+0,4%). O boletim epidemiológico deste sábado (15) também registra 92 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. Dos 952.796 casos confirmados desde o início da pandemia, 915.258 já são considerados recuperados, 17.707 encontram-se ativos e 19.831 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.237.374 casos descartados e 210.907 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado (15). Na Bahia, 48.225 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 19.831, representando uma letalidade de 2,08%. Dentre os óbitos, 55,67% ocorreram no sexo masculino e 44,33% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,75% corresponderam a parda, seguidos por branca com 22,01%, preta com 15,37%, amarela com 0,44%, indígena com 0,12% e não há informação em 7,31% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 63,71%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,50%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Situação da regulação de Covid-19

Às 12h deste sábado, 49 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 45 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 2.950.567 vacinados contra o coronavírus (Covid-19), dos quais 1.324.506 receberam também a segunda dose, até as 15 horas deste sábado, a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas.

Tem se observado volume excedente de doses nos frascos das vacinas contra a Covid-19, o que possibilita a utilização de 11 e até 12 doses em apenas um frasco, assim como acontece com outras vacinas multidoses. O Ministério da Saúde emitiu uma nota que autoriza a utilização do volume excedente, desde que seja possível aspirar uma dose completa de 0,5 ml de um único frasco-ampola. Desta forma, poderá ser observado que alguns municípios possuem taxa de vacinação superior a 100%.

Petrobras diz acreditar em licença para explorar petróleo na foz do Amazonas

Foto: Pedro Falcão/Agência Brasil
A Petrobras diz ainda ter esperanças de conseguir licença ambiental para explorar petróleo na região da foz do rio Amazonas, mesmo após negativa do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) a pedido semelhante feito pela petroleira francesa Total.

Em entrevista nesta sexta (14), o diretor de Exploração e Produção da estatal, Fernando Borges, afirmou esperar que a licença para os primeiros poços na região seja obtida em 2022, para início das perfurações ainda naquele ano.

“Acho que nosso trabalho junto ao Ibama está evoluindo bem”, afirmou. “Temos tido bastante entrega no sentido de atender os requisitos de licenciamento em uma área sensível como aquela e demonstrar que a gente pode fazer de forma segura.”

A resposta negativa do Ibama à Total foi dada no fim de 2018, em decisão sem possibilidade de recurso, alegando risco de danos irreparáveis nos “recifes biogênicos presentes na região e à biodiversidade marinha de forma mais ampla”.

A Total operava cinco blocos exploratórios na região, próximos de um grande sistema de corais descoberto em 2016 e que se estende do Maranhão à Guiana Francesa. É único no mundo por estar em águas profundas de pouca luminosidade.

Em 2020, a petroleira francesa transferiu sua fatia nas concessões à Petrobras, que já era sócia dos projetos. Borges defende que a estatal tem mais conhecimento das bacias brasileiras e está fazendo um “trabalho robusto” de estudo de impacto ambiental e de planos de emergência.

A bacia petrolífera da Foz do Amazonas se tornou mais cobiçada após a descoberta, a partir de 2015, de reservas gigantes de petróleo na Guiana pela petroleira americana ExxonMobil. Em 2020, a Total anunciou descobertas também no Suriname, aumentando o interesse pela região.

“São reservas em torno de dez bilhões de barris [de petróleo] e a gente está ali no mesmo sistema petrolífero”, argumentou o diretor da Petrobras.

Organizações ambientalistas, porém, são contrárias à atividade próxima ao raro tipo de coral encontrado na região. No início do ano, propostas para explorar petróleo em uma área próxima ao arquipélago de Fernando de Noronha também entraram na mira dessas organizações.

Em protesto realizado em janeiro, elas ameaçaram questionar na Justiça a oferta de áreas petrolíferas em locais considerados sensíveis para a conservação da biodiversidade, em leilão agendado pelo governo para outubro.

As bacias da Foz do Amazonas e do Rio Grande do Norte, onde estão os blocos do leilão de outubro, estão na chamada margem equatorial, uma das apostas para manutenção da produção nacional de petróleo após o esgotamento do pré-sal, de onde saem hoje por mais de 70% do petróleo extraído no país.

Também estão nesta área as bacias do Ceará e do Pará-Maranhão, onde as petroleiras têm enfrentado dificuldades para obter licenciamento.

Na entrevista desta quinta, a Petrobras diz que espera definir no próximo ano o projeto de exploração das reservas gigantes de gás descobertas no litoral de Sergipe, bacia que é considerada a próxima aposta do setor após o pré-sal.

A primeira produção na nova fronteira foi prevista originalmente para 2023. Em 2020, a estatal retirou o projeto de seu plano de investimentos o período entre 2021 e 2025. A produção na área vai demandar a construção de um gasoduto para escoar a produção ao continente.

Nos próximos anos, o foco do aumento da produção continuará sendo o pré-sal, em frente ao litoral do Sudeste. A empresa prevê a instalação de 13 plataformas de produção, 12 delas no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo.

Principais focos de crescimento da empresa no curto prazo, os campo de Búzios e Mero receberão oito unidades. Eles estão localizados em frente aos municípios de Niterói, Maricá e Saquarema, os dois primeiros hoje os maiores arrecadadores de royalties do país.

Nicola Pamplona, Folhapress

Petrobras bate recorde de vendas de diesel S-10

Foto: Agência Brasil

A Petrobras bateu o recorde de vendas de diesel S-10 com baixo teor de enxofre, no mês de abril, alcançando a marca de 437 mil barris por dia (bpd), o que representa aumento de 4,4% em relação ao recorde anterior de 418 mil bpd, registrado em março de 2021.

O crescimento das vendas de S-10 gerou receita de US$ 4,6 bilhões no primeiro trimestre de 2021, 24% a mais do que no quarto trimestre do ano passado. Esse aumento reflete as ações da companhia para reduzir os efeitos da pandemia da covid-19 sobre a demanda de combustíveis e os esforços para ampliar a oferta de derivados com menor impacto ao meio ambiente.

De acordo com o diretor de Comercialização e Logística, Cláudio Mastella, “essa ampliação da oferta de diesel S-10 é um dos projetos da companhia para oferta de produtos de maior valor agregado e com menos emissões. Desta forma, buscamos melhor performance operacional e mais competitividade no novo mercado de refino”, avaliou.

A companhia está reestruturando seu parque de refino para ampliar a produção do diesel S-10, de baixo teor de enxofre, com adequações na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Refinaria de Paulínia (Replan) e na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. A expectativa da Petrobras é aumentar a produção de diesel S-10, que atualmente representa 50% da produção total de diesel da estatal e chegar a praticamente 100% até 2025.
Agência Brasil

Bombeiros do 14º GBM atuam em explosão em fábrica

Após cerca de cinco horas de atuação, equipes do 14º Grupamento de Bombeiros Militar (14ºGBM-Madre de Deus) e bombeiros especialistas em operações de emergências com produtos perigosos, finalizaram a ocorrência de acidente numa empresa de envase e revenda de GLP, em São Francisco do Conde, Região Metropolitana de Salvador (RMS). O acidente aconteceu na manhã desta sexta-feira (14), duas pessoas ficaram feridas e foram levadas para unidades de saúde por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), outra não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

No inicio da operação os bombeiros montaram um Sistema de Comando de Incidentes (SCI) no local para que fosse traçada a melhor estratégia de atuação, sendo assim, foram utilizadas duas linhas de combate, com bombeiros militares e brigadistas da empresa, com a técnica de rebatimento dos gases que ainda estavam no ar, para que fossem dissipados e anulada a possibilidade de uma reignição. Posteriormente a equipe de bombeiros especialistas em operações de emergências com produtos perigosos realizou a detecção de gases e monitoramento ambiental do local.

“Foi uma operação bastante minuciosa, pois ao chegarmos ao local verificamos que ainda existia cerca de 200 botijoes com vazamento de pouca quantidade de GLP. Tivemos que agir rápido, com bastante precisão e cautela. Durante toda operação tivemos o apoio dos brigadistas da empresa”, explicou o major BM Allan Guanais, comandante do 14ºGBM.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) esteve no local para a retirada do corpo da vítima fatal, assim como para a realização de perícia para que seja constatada a causa do acidente.
Fonte: Ascom | CBMBA

PM lança operações para combater tráfico e mortes violentas

Foto: Alberto Maraux
Com os objetivos de combater organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e reduzir as mortes violentas, na capital baiana, a Polícia Militar lançou, nesta sexta-feira (14), as operações Grifo e Intensificação Tática. A solenidade foi realizada, na região da orla, no bairro de Boca do Rio, em Salvador.
Foto: Alberto Maraux
Unidades especializadas e territoriais da PM atuarão, em áreas, onde se concentram disputas entre organizações criminosas. Os bairros que compõe o Subúrbio Ferroviário da capital baiana contarão com o patrulhamento diferenciado.

Buscamos sempre melhorar a vida do cidadão baiano. Estamos com redução das mortes violentas na RMS e no interior, mas com aumento na capital. Apostamos nesse patrulhamento diferenciado, aliado a ações de inteligência, para combater os crimes contra a vida", declarou o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino

Participaram também da solenidade o subsecretário da SSP, delegado Hélio Jorge Paixão, o comandante da PM, coronel Paulo Coutinho, entre outras autoridades.
Fonte: Ascom | Alberto Maraux

Israel bombardeia Gaza para conter militantes palestinos

Foto: Divulgação/Pelo menos 126 pessoas foram mortas em Gaza desde segunda

Israel assolou Gaza com fogo de artilharia e ataques aéreos nesta sexta-feira (13), visando túneis de militantes palestinos para tentar deter os ataques de foguete persistentes contra cidades israelenses.

Em uma ofensiva de 40 minutos antes do amanhecer, ao menos 13 palestinos foram mortos, incluindo uma mãe e seus três filhos, cujos corpos foram recuperados dos escombros de sua casa, disseram autoridades de saúde de Gaza.

A operação israelense incluiu 160 aeronaves, além de tanques e fogo de artilharia, fora da Cidade de Gaza, disse o coronel Jonathan Conricus, porta-voz dos militares de Israel.

As levas de foguetes palestinos contra o sul de Israel vieram na sequência no quinto dia dos combates mais intensos entre Israel e militantes de Gaza desde 2014.

Mais tarde, uma autoridade militar israelense disse que mais de 2 mil foguetes foram disparados de Gaza a Israel desde o início do conflito e que seu país destruiu vários quilômetros de túneis usados pelos militantes.

Pelo menos 126 pessoas foram mortas em Gaza desde segunda-feira (10), incluindo 31 crianças e 20 mulheres, e 950 ficaram feridas, disseram autoridades médicas palestinas.

Entre os oito mortos em Israel estão um soldado que patrulhava a fronteira de Gaza e seis civis israelenses, incluindo duas crianças, segundo autoridades israelenses.

O Egito lidera os esforços internacionais para obter um cessar-fogo e impedir que o conflito se dissemine. Fontes de segurança disseram que nenhum dos lados parece receptivo até agora, mas uma autoridade palestina disse que as negociações se intensificaram nesta sexta-feira.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelou por um cessar-fogo imediato.

“Os combates têm o potencial de desencadear uma crise humanitária e de segurança irrefreável e fomentar ainda mais o extremismo…”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu a volta da paz durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O Hamas, grupo islâmico que comanda Gaza, disparou os ataques de foguete na segunda-feira para retaliar choques da polícia israelense com palestinos perto da mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do islã, em Jerusalém Oriental.

Desde então, os episódios de violência se espalharam em cidades onde judeus e a minoria árabe de Israel convivem lado a lado. Também houve confrontos entre manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada, onde autoridades de saúde disseram que 11 palestinos foram mortos nesta sexta-feira.

Agência Brasil

‘Se falar cloroquina é crime, falar em maconha é legal’, diz Bolsonaro

Foto: Divulgação/Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores, nesta sexta-feira (14), que falar em cloroquina no país é crime, mas não há problema em falar sobre maconha. A fala do presidente foi dita após um apoiador criticar o projeto de lei 399.

O objetivo do PL399 é aumentar a acessibilidade aos medicamentos à base de Cannabis, autorizando o plantio regulado. Se o Brasil tiver matéria-prima nacional, não dependerá mais da importação de insumos, o que encarece e dificulta o tratamento de pacientes.​

“Engraçado, né? Se falar cloroquina é crime, falar em maconha é legal. Jesus também não pode falar, não pode falar em Jesus também não”, disse. O vídeo foi publicado por um canal simpatizante do presidente.

Bolsonaro fez a comparação com a cloroquina por ser apoiador do medicamento contra a Covid-19 —o remédio não tem eficácia comprovada para a doença. O assunto tem sido um dos principais da CPI da Covid.

Na última semana, o presidente saiu em defesa do medicamento. Em suas redes sociais, na sexta-feira (7), ele disse que existem diferentes grupos de médicos. Alguns receitam a cloroquina, que seria o primeiro grupo, outros ivermectina, o segundo grupo, de acordo com o presidente.

“Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?”, afirmou.

Ele tinha voltado a defender o uso de hidroxicloroquina para pacientes de Covid um dia antes, chamou os que se opõem à prescrição do medicamento de “canalhas” e afirmou que a CPI do Senado é uma “xaropada”.

“Eu nunca vi ninguém morrer por ter usado hidroxicloroquina, que é largamente usada na região amazônica para combater malária e lúpus”, disse. “Canalha é aquele que critica cloroquina e ivermectina e não apresenta alternativa.”



Raquel Lopes, Folhapress

Covid explode no Paraguai, e sistema de saúde entra em colapso

Foto: Reprodução/CNN/
Antes exemplo de controle da pandemia, país vive caos com disseminação de variante brasileira e fim de restrições

Com o pai e a mãe precisando ser internados por um agravamento da Covid-19, Wilson Campusano e sua irmã conseguiram, com muito custo, uma vaga para o casal em um hospital do convênio. Mas todo o resto teve que vir da renda da família: a maca em que eles estão deitados, medicamentos, álcool para desinfetar as mãos, máscaras, refeições e até um aparelho usado com o cilindro de oxigênio para ajudá-los a respirar.

Quem instalou esse dispositivo, aliás, foi uma amiga da família, que é dentista, com a ajuda de um vídeo enviado por outra amiga, médica. Um dos médicos do hospital aproveitou para ver também a gravação, já que ele precisava instalar em outro paciente e não sabia como fazê-lo.

Juan e Nilda, pais de Wilson, moram em Encarnación, no sul do Paraguai. O autônomo de 37 anos vive em São Paulo, mas teve que ir para sua terra natal às pressas depois que os dois adoeceram. “O brasileiro se queixa da medicina no Brasil, mas aqui é bem pior”, afirma.

Assim como outros familiares de doentes, ele e a irmã fazem as vezes de enfermeiros, já que não há profissionais suficientes para atender à demanda. “Tem que correr para avisar quando o oxigênio acaba, quando precisam de algum medicamento”, diz. Em corredores lotados de pessoas contaminadas, se expõem a também contrair o patógeno, simplesmente porque não há alternativa.

Exemplo positivo na América do Sul nos primeiros meses da pandemia, por manter a doença sob controle com regras estritas de isolamento social e fechamento de fronteiras, o Paraguai agora vive seu pior momento da crise sanitária, com rápido aumento no número de casos e mortes, colapso hospitalar, UTIs com ocupação total e fila de pacientes aguardando por leitos.

Nas palavras do diretor de Vigilância Sanitária local, Guillermo Sequera, o país “samba no ritmo do Brasil”. Um dos fatores que agravaram a crise veio justamente daqui: em meados de março, a variante P.1, identificada em Manaus, já era responsável por mais de 50% dos casos detectados no Paraguai, segundo um estudo.

Nos primeiros meses deste ano, o total de mortes por Covid-19, que supera 5.000, é mais do que o dobro das 2.262 mortes de todo o ano passado.

Os números absolutos podem parecer baixos, mas proporcionalmente à população, de 7 milhões de pessoas, são preocupantes. O país tem, por exemplo, o segundo maior índice mundial de mortes diárias por milhão de habitantes: 11,22, perdendo apenas para o Uruguai.

A média estava em 80 por dia em 12 de maio —na mesma data do ano passado, era zero, e não passou de 23 ao longo de todo 2020.
“Tínhamos a pandemia controlada porque nos mantivemos encerrados por sete meses: as atividades não essenciais fecharam, as escolas foram suspensas, diminuiu muito a interação entre as pessoas. Nesta quarentena estrita, aproveitamos para melhorar o sistema de saúde”, diz Elena Candia, presidente da Sociedade Paraguaia de Infectologia.

Aos poucos, e pressionado pela crise econômica, o governo relaxou as restrições até suspendê-las, em outubro. “Mas aí a população entendeu que acabou também a pandemia. Abandonaram as medidas de proteção, foram promovidos encontros de mais de cem pessoas em lugares fechados, atividades não essenciais foram retomadas”, diz Candia.

Segundo ela, em janeiro e fevereiro, mais de 10 mil paraguaios passaram férias no Brasil. Acredita-se que desta forma a variante P.1 entrou e se espalhou pelo país. Na Semana Santa, vários moradores da capital visitaram familiares no interior, levando o vírus para cidades que antes tinham poucos casos —e que têm carência de médicos e hospitais. “E chegamos ao dia de hoje, com o sistema de saúde totalmente em colapso.”

No dia da entrevista, quinta-feira (13), Candia informou que havia 150 pacientes esperando por um leito de UTI. Muita gente já morre em casa, sem atendimento. Ainda que o número de leitos de terapia intensiva tenha duplicado desde o início da pandemia (de 300 para 630), é pouco para dar conta da alta demanda.

Mesmo que mais leitos fossem abertos, não há profissionais suficientes para prestar atendimento. São apenas cem médicos intensivistas no país, a maioria em Assunção. Muitos leitos do interior são manejados por médicos que não têm experiência com esse tipo de paciente.

Após a entrada da variante P.1 no país, o perfil dos pacientes críticos mudou. Agora, quase 70% dos que ingressam na UTI têm menos de 60 anos.

“Seguimos o padrão do Brasil. As curvas são similares, o número de casos e mortos proporcionalmente à população também. E não podemos esquecer que temos fronteiras terrestres abertas, o que dificulta ainda mais o controle”, diz Candia.

As fronteiras com Brasil e Argentina ficaram fechadas por sete meses no ano passado e reabriram em outubro.

Segundo a médica, atualmente o Paraguai não tem um plano de controle da pandemia. Em março, a situação levou a população às ruas para protestar contra o presidente Mario Abdo Benítez e sua condução da crise. O governo chegou a tentar uma quarentena de oito dias durante a Semana Santa, mas não teve efeito no controle da transmissão, afirma a infectologista. A expectativa é que, com os encontros familiares no Dia das Mães local neste sábado (15), a situação piore.

A vacinação, que poderia aliviar a crise sanitária, tem ocorrido em um ritmo muito lento. Até agora, menos de 1% da população tomou as duas doses.

O país comprou ou recebeu como doação imunizantes de vários laboratórios, incluindo doses da vacina russa Sputnik V, da indiana Covaxin e as produzidas pela chinesa Sinopharm e pela britânica AstraZeneca. Mas têm chegado em pouquíssima quantidade.

Aliado de Jair Bolsonaro, Abdo Benítez reclamou em março da demora no envio das vacinas pelo consórcio Covax —iniciativa global promovida pela OMS para facilitar o acesso a imunizantes— e pediu ajuda aos países da região.

O chanceler paraguaio, Euclides Acevedo, chegou a vir ao Brasil para pedir auxílio ao governo. “Temos dinheiro, mas não sabemos onde comprar as vacinas. Parece que elas se escondem de nós”, disse Acevedo na ocasião.

Nesse contexto, o apoio de Abdo Benítez a Taiwan, vista pela China como uma província rebelde, chegou a ser questionado, por abalar as relações diplomáticas com Pequim. Taiwan acusou o governo chinês de chantagear seu aliado sul-americano com o oferecimento de vacinas em troca do rompimento dessas relações diplomáticas e, em 22 de abril, doou US$ 16,5 milhões a Abdo Benítez para financiar a compra de doses da Covaxin.

Enquanto isso, sem acesso a um auxílio financeiro suficiente que lhes permita ficar em casa e sem vacinas para protegê-los, os paraguaios ficam expostos à doença. Segundo a previsão do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, se nada for feito, o número de mortes diárias deve dobrar até o fim de maio e chegar a 200 por dia em 12 de junho.

“Estamos verdadeiramente esgotados porque não vemos solução em curto prazo. Vemos pacientes com muitas necessidades e nos encontramos de mãos atadas porque muitas vezes não podemos ajudar. É muito estressante”, diz Elena Candia.

Em Encarnación, Juan e Nilda, pais de Wilson Campusano, lutam para sobreviver. Não há vaga de UTI, e as enfermarias também estão cheias. Alguns hospitais privados cobram o equivalente a R$ 18 mil apenas para internar o paciente, fora diárias de R$ 3.000. Mesmo assim estão lotados. “Só por milagre de Deus a gente conseguiu essa vaga”, diz ele.

Ele está aliviado porque a mãe conseguir ir para um quarto. Já seu pai ainda está no corredor. Perto deles, quem não tem recursos para comprar a própria maca precisa passar o dia e a noite em cadeiras que trazem de casa.
Flávia Mantovani, Folhapress

Brasil suspende voos de Índia, Reino Unido e África do Sul para evitar variante do coronavírus

Foto: Pedro Mordes
O governo brasileiro anunciou, nesta sexta-feira (14), a suspensão temporária de voos vindos da Índia, da África do Sul e do Reino Unido, devido ao risco de propagação da variante do coronavírus identificada no país asiático como B.1.617 e classificada de preocupação global pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A medida vale por 14 dias e busca evitar o impacto epidemiológico que a nova cepa poderia causar no Brasil, que, segundo iniciativa do consórcio de veículos de imprensa, alcançou nesta sexta a marca de 432.785 óbitos e 15.521.313 casos de Covid-19.

A suspensão dos voos, segundo portaria publicada na edição extra do Diário Oficial desta sexta, segue uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Fica suspensa, em caráter temporário, a autorização de embarque para a República Federativa do Brasil de viajante estrangeiro, procedente ou com passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia nos últimos quatorze dias”, diz a portaria.

A medida não se aplica à operação de voos de carga, que devem ser manipuladas por trabalhadores paramentados com equipamentos de proteção individual. A determinação foi assinada pelos ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Anderson Gustavo Torres (Justiça e Segurança Pública) e Marcelo Queiroga (Saúde).

A B.1.617 tem se alastrado no país asiático, provocando números recordes de infecção e morte por Covid-19. Mais de 22 milhões de indianos já contraíram o coronavírus, e as mortes diárias estão em torno de 4.000.

Fora da Índia e do Reino Unido, subtipos da variante já foram sequenciados na Áustralia, Singapura, Estados Unidos, Alemanha e Rússia, de acordo com o acompanhamento do Centro de Vigilância de Patógenos Genômicos em South Cambridgeshire.

Agora são sete as variantes de preocupação: duas identificadas no Brasil (P.1 e P.2), a britânica, sul-africana, a californiana, a nova-iorquina e a indiana.​

O subtipo da variante indiana identificado como B.1.617.2 preocupa governo, cientistas e população no Reino Unido e já se coloca como principal obstáculo para a volta da Inglaterra à vida normal. Os primeiros indícios são de que a variante pode ser até “50% mais transmissível” que a linhagem B.1.1.7, hoje predominante entre os casos de Covid-19 registrados entre os britânicos.

Em entrevista nesta sexta, a líder técnica para Covid-19 da OMS, Maria van Kerkhove, afirmou que “a pandemia ainda não terminou e as variantes provocam muita incerteza”. O risco de caos hospitalar e mais mortes existe mesmo com o avanço da imunização, de acordo com os especialistas, porque, além de nem todos estarem vacinados, falta clareza científica a respeito da eficácia dos imunizantes em relação às variantes.
Raquel Lopes, Folhapress

Presidente do PSDB-BA destaca convergência histórica com o Democratas: “Continuarei defendendo a união”

Foto: Divulgação/Presidente do PSDB da Bahia, o deputado federal Adolfo Viana

O presidente do PSDB da Bahia, o deputado federal Adolfo Viana, destaca e relembra a convergência histórica de pensamento entre o partido e o Democratas, ao comentar sobre as divergências entre o ex-prefeito de Salvador ACM Neto e o governador de São Paulo, João Doria.
“Continuarei defendendo a união e a consolidação de um projeto único. A nossa luta é para que o PSDB e o Democratas caminhem juntos em 2022. Eventuais divergências serão superadas por um interesse maior”, disse o parlamentar.

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