Senado e Câmara lançam portal conjunto para informar tramitação de projetos

Foto: Pedro França/Agência Senado

As secretarias-gerais das Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados lançaram nesta sexta-feira (28) o portal Simplificou, onde é possível consultar o estado da tramitação de proposições legislativas nas duas Casas.

O portal exibe para o usuário o caminho esquematizado do projeto, com ícones indicando onde ele se iniciou, em qual estágio de tramitação se encontra, qual foi a conclusão de cada etapa (aprovação, rejeição, sanção, veto) e quais são os próximos passos. Também traz os links para as páginas detalhadas dos projetos em cada Casa, onde há informações adicionais sobre cada um.

Ele reúne as informações sobre projetos de lei ordinária (PLs) e complementar (PLPs), propostas de emendas constitucionais (PECs) e projetos de decreto legislativo (PDLs). Medidas provisórias (MPs) e projetos de lei do Congresso (PLNs) continuam na página do Congresso Nacional.

O Simplificou é mais uma etapa do trabalho de padronização das informações sobre o processo legislativo, que começou em 2019, quando a nomenclatura e numeração de projetos foi unificada — antes, cada Casa tinha seu próprio modelo, e um projeto mudava de tipo e número quando se movia de uma para outra.

Transparência

O secretário-geral da Mesa do Senado, Gustavo A. Sabóia Vieira, afirmou que o esforço recente das duas Casas tem como foco informar claramente a sociedade sobre o trabalho do Congresso.

— O Parlamento brasileiro tem tido um protagonismo importante em termos de diálogo direto com os cidadãos. Nossa parceria é fundamental para disponibilizar a informação legislativa de uma forma que faça sentido.

Para Ruthier de Sousa Silva, secretário-geral da Mesa da Câmara, a linguagem visual mais amigável e explicativa do novo portal vai facilitar o entendimento do que mais interessa às pessoas, que é consultar rapidamente o estado dos projetos de lei.

— O grande benefício da informação facilitada é a transparência. Qualquer cidadão vai poder entender por onde já passou e por onde ainda vai passar o projeto.

Diretor da Secretaria de Apoio aos Órgãos do Parlamento do Senado (Saop), Waldir Miranda faz eco a esse ponto, observando que as nuances do processo legislativo podem ser confusas sem um guia de qualidade.

— A ideia é [o portal] ser uma visão global para o cidadão que quer entender se um projeto já virou lei ou não. Quando ele sai de uma Casa, parece que já virou lei, mas não, ele ainda vai para a outra e, às vezes, volta para a primeira.

A equipe de Publicidade e Marketing da Comunicação do Senado é responsável por toda a campanha de divulgação do novo portal. Para o lançamento da nova página de tramitação unificada, a campanha foi desenvolvida com peças de divulgação criadas para TV, rádio, mídias sociais, WhatsApp e para o portal do Senado. É uma continuidade da primeira fase, criada e divulgada em 2019, com cores suaves e formas simples para passar a ideia de clareza sobre um tema que não é assim tão fácil de se entender: o processo legislativo.
Fonte: Agência Senado

Operação localiza assaltante de banco em Salvador

Foto: Divulgação/SSP
O líder de uma organização criminosa envolvida com assaltos a bancos e carros-forte, tráfico de drogas e homicídios foi localizado, nesta sexta-feira (28), no bairro de Patamares, em Salvador. Equipes das Rondesps Atlântico e BTS, além do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) participaram do flagrante.

Os policiais civis e militares iniciaram ações de inteligência, na Rua Manoel Antônio Galvão, após denúncias de homens armados. Durante varreduras, o criminoso foi avistado armado e, na tentativa de prisão, ele correu para um imóvel.

Quando as equipes entraram, na casa, houve confronto e o assaltante de banco acabou ferido. Ele foi socorrido para o hospital Roberto Santos, mas não resistiu. Uma pistola calibre 380, carregador, munições, 252 pedras de crack, 37 porções de maconha, 16 pinos de cocaína e dois celulares foram apreendidos.

Chapadaa Diamantina

Em 2018, durante ação conjunta, as polícias Civil e Militar cumpriram 21 mandados de prisão contra a organização criminosa. Os integrantes do bando foram localizados, em cidades da região da Chapada Diamantina.

O criminoso encontrado, nesta sexta-feira (28), em Salvador, também foi alvo da operação. Naquele ano, ele estava no sistema prisional, onde foi cumprido o mandado de prisão.
Fonte: Ascom: Alberto Maraux

Fábrica de espadas é desmontada em Cruz das Almas

Foto: Divulgação/SSP
Uma fábrica clandestina de espadas foi descoberta por equipes da 27ª Companhia Independente da Polícia Militar, na sexta-feira (28), no município de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano.

"Fomos informados sobre o local e o nosso subcomandante, capitão Danilo, juntamente com outros integrantes da unidade, foi averiguar. As equipes confirmaram o que foi repassado na denúncia e desmontaram o espaço ilegal", explicou o comandante da 27ª CIPM, major Edicarlos da Costa.

No imóvel foram apreendidos uma caixa de pólvora, 304 espadas de bambu, seis sacos de pólvora e cinco aparelhos celulares.
Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento

Suspeito de matar médico é preso em Feira de Santana

Foto: Tony Silva
Corpo de Andrade Lopes Santana foi encontrado nesta manhã no município de São Gonçalo dos Campos
Equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira) e da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Feira de Santana prenderam, no início da tarde desta sexta-feira (28), o suspeito de matar o médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, cujo corpo foi encontrado nesta manhã no Rio Jacuípe, no município de São Gonçalo dos Campos. A motivação está sendo apurada.

Andrade havia desaparecido na segunda-feira (24), depois de sair de Araci, a 220 km de Salvador, com destino a Feira de Santana. Natural do Acre, o médico teve o corpo amarrado a uma âncora, também localizada pelos policiais.

O mandado de prisão foi cumprido na residência do suspeito, no bairro da Santa Mônica, em Feira de Santana.
Fonte: Ascom / Polícia Civil

Em live com petistas, Genoíno convoca militância às ruas neste sábado e diz que é contra frente ampla em 2022

Foto: Divulgação/
Na imagem, o ex-deputado federal José Genoíno

Um dos fundadores e ex-presidente do PT, o ex-deputado federal José Genoíno disse numa live realizada pela Escola Luiza Mahin, do PT de Todas as Lutas, nesta sexta-feira (28), que enfrenta a terceira quarentena de sua vida. Após duas prisões – em 1972 e 2013 – vive agora a realidade da pandemia. “A cabeça e o coração não podem ficar presos, o corpo pode”.

E foi com esse espírito de inconformidade que Genoíno palestrou na abertura do 6º Curso de Formação Política da escola baiana. O tema, a encruzilhada “Diante da situação do país, o Brasil tem jeito? O que fazer?”. Numa clara convocação para os atos fora Bolsonaro deste sábado (29), desde que respeitados os protocolos sanitários, sugeriu “que as pessoas não podem ficar no desespero da impotência, que é possível derrotar a barbárie que a burguesia produziu”.

O petista iniciou sua fala enumerando a série de crises que o mundo e o capitalismo atravessam, agravadas pela pandemia do coronavírus, e disse que “uma crise sistêmica” se resolve com mudanças estruturais. Afirmou não acreditar, porém, numa frente ampla contra o bolsonarismo em 2022. “Temos que organizar um bloco de esquerda com conteúdo programático, porque parte da direita gourmet não quer acabar com a hegemonia do capital”.

“Programa de transformação é a base da nossa aliança”, defendeu Genoíno, para quem uma das debilidades do PT foi ter chegado ao poder, dirigido o país durante mais de 10 anos, e não mudar as instituições do Estado de concepção excludente e autoritária, e nem mexido nas estruturas de riqueza.

O primeiro dia do 6º Curso de Formação Política da Escola Luiza Mahin contou com uma audiência virtual de 970 pessoas do Brasil e do exterior (foram ao todo 1185 inscritos de 22 estados, cinco países e quatro etnias indígenas). Também palestraram a ex-secretária de Políticas Para as Mulheres do Brasil no governo Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci, e Helena Abramo, socióloga e pesquisadora.

O evento prossegue amanhã (29), a partir das 9h, às 9h, com os ex-ministros Alexandre Padilha e Humberto Costa e o tema “Saúde pública e Pandemia: Políticas de Estado e Políticas de Governo para a Saúde”. Participam também como expositores a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Adélia Pinheiro, a epidemiologista Maria Yury Ichihara (Fiocruz-BA) e José Renato Peneluppi (Informe internacional).

‘Reinaugurações’ marcam viagens de Bolsonaro pelo País

Foto: Alan Santos /PR

A pouco mais de um ano da eleição de 2022, o presidente Jair Bolsonaro intensificou a agenda de compromissos pelo País em viagens que incluem “reinaugurações” de obras já realizadas ou iniciadas nos mandatos de seus antecessores. Das dezessete visitas a obras de infraestrutura entregues neste ano, onze começaram em gestões passadas, aponta levantamento feito pelo Estadão – a reportagem não considerou eventos menores, como de entrega de viaturas, por exemplo.

Um viaduto em Maceió e um trecho do Canal do Sertão, que leva água do Rio São Francisco a municípios do semiárido, ambos em Alagoas, já tinham sido inaugurados quando Bolsonaro os “entregou” à população.

A maioria das viagens foi para o Nordeste, onde Bolsonaro tem rejeição de 62%, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Ao visitar as cidades nordestinas, o presidente costuma aproveitar o palanque para tentar se contrapor a lideranças locais – os alvos são principalmente governadores de esquerda ou ligados a grupos políticos que se opõem ao bolsonarismo.

Apenas em 2021, ele já se envolveu em polêmicas nos redutos políticos dos governadores Camilo Santana (PT), no Ceará, Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, e Renan Filho (MDB), em Alagoas.

O caso envolvendo o filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é relator da CPI da Covid, é representativo. Na terra do adversário político, Bolsonaro esteve ao lado do ex-presidente e também senador por aquele Estado, Fernando Collor (PROS), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Atacou Calheiros pai e “reinaugurou” um viaduto que já havia sido aberto em 2020. O financiamento da obra saiu nos governos Dilma e Michel Temer.

O presidente prestigiou ainda eventos de obras incompletas, revitalizadas ou readequadas, e também de retomada de obras federais. Em Coribe, oeste da Bahia, ele comandou em janeiro a cerimônia de readequação da rodovia BR-135, o que incluiu ajustes no traçado e reformas de pontos mais críticos. O trecho já estava em operação havia mais de dois anos.

Aglomeração

No Ceará, a visita do presidente em março deste ano – no pico da pandemia – rendeu até um pedido de investigação pelo Ministério Público Federal no Estado. Procuradores viram indícios de crime contra a saúde pública. Bolsonaro protagonizou um evento com aglomeração e não usou máscara.

O mandatário estava lá para assinar a retomada de obras viárias nos municípios de Tianguá e Caucaia, uma das poucas agendas que não foram voltadas para feitos de governos passados. Os projetos estavam paralisados desde 2011 e 2018, respectivamente. No mesmo dia, também visitou as obras de duplicação da BR-222 – que tiveram início com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de Dilma – e o Anel Viário de Fortaleza. Este, na “inauguração”, já operava havia mais de dez dias.

Outros compromissos mais “autorais” de Bolsonaro foram o lançamento do projeto de revitalização de Furnas, a entrega de moradias do programa Casa Verde e Amarela e, neste mês, inaugurações de pontes em Santa Filomena, no Piauí, e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Outro evento do qual o presidente participou – e que não entra neste levamento – foi a inauguração, ano passado, da Torre do Relógio da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) – o ato teve cunho político, com críticas indiretas ao governador João Doria.

Neste mês de maio, Bolsonaro esteve na inauguração de uma ponte que liga Rondônia ao Acre. Reuniu apoiadores e andou de moto – sem capacete, o que é considerado infração gravíssima. Na garupa, levou consigo o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

Estadão

Estados e municípios citam agravamento da pandemia e pedem R$ 40 bi extras ao orçamento da Saúde

Foto: Paula Fróes/GOVBA
Representantes dos secretários estaduais e municipais de Saúde enviaram um ofício ao Ministério da Saúde em que apontam “sinais claros” de agravamento da epidemia no país e apontam a necessidade de que haja ao menos R$ 40 bilhões de crédito adicional ao Orçamento da pasta neste ano.

Segundo os gestores, o recurso deve ser transferido para reforço, na ponta, do atendimento hospitalar, custeio de serviços da atenção básica e vigilância e compra de insumos, remédios e equipamentos.

No ofício, assinado pelo Conass e pelo Conasems, conselhos que representam gestores estaduais e municipais do SUS, o grupo cita dados da Fiocruz que apontam que 18 estados têm ocupação de leitos maior que 80%, e pede que a pasta agilize a busca por recursos extras para apoio a estados e municípios.

O pedido foi reforçado em reunião com representantes do Ministério da Saúde nesta quinta-feira (27). Na ocasião, parte dos secretários citou preocupação diante do risco de uma terceira onda da Covid.

“Estamos olhando no horizonte e estamos claramente vendo uma escalada [de casos]. Se vai vir um terceiro degrau ou uma terceira onda, chamem como quiser, mas o certo é que está parecendo que virá, e os estados estão esgotados”, disse Carlos Lula, secretário de saúde do Maranhão e presidente do Conass. “Vai ficar ainda mais difícil se não nos sensibilizarmos e entender que precisamos de recursos agora. O SUS não vai aguentar os próximos meses se não tiver ajuda.”

Segundo ele, um primeiro pedido por recurso extras no Orçamento para repasse aos estados e municípios neste ano foi feito em março, também em ofício, mas não teve resposta.

Apesar dos alertas de piora na crise sanitária em 2021, o governo reservou inicialmente menos recursos para a Saúde neste ano do que em 2020, primeiro ano da pandemia, como mostrou a Folha em abril.

Isso ocorre porque o valor não considerou a necessidade de recursos adicionais por causa da pandemia, o que já havia levado a créditos adicionais em 2020, apontam gestores.

Ao sancionar o Orçamento, o presidente Jair Bolsonaro também impôs vetos que retiraram R$ 2,2 bilhões de recursos da pasta —o que fez o total passar de R$ 146 bilhões para R$ 144 bilhões.

A Saúde, porém, tem dito que há espaço para solicitar recursos extras conforme necessário, o que tem ocorrido. Secretários, porém, dizem que há dificuldade de recursos na ponta.

No novo ofício, os gestores argumentam que o subfinanciamento do SUS se agravou com a pandemia e com a redução no orçamento.

“Diante do cenário gravíssimo em que estamos, e no intuito de que o Sistema Único de Saúde continue respondendo de forma efetiva ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, é preciso que os recursos para o financiamento do SUS previstos no orçamento do Ministério da Saúde, por meio da Lei Orçamentária Anual/2021, atendam as demandas dos entes federados para a oferta das ações e serviços públicos de saúde em todo território brasileiro”, disse o grupo no ofício.

O pedido foi reforçado por outros secretários durante o encontro com a Saúde. Alguns deles, porém, fizeram ressalvas à definição de “nova onda”.

“Falam que estamos entrando na terceira onda, mas acho que nem saímos da primeira. Nosso alerta é no sentido de estarmos atentos ao recrudescimento da pandemia nesse momento”, disse o presidente do Conasems, Willames Freire.

“Para 2021, vamos precisar de muito mais recursos do que tivemos em 2020. O pleito apresentado, e que queremos apresentar ao presidente e Congresso, é de necessidade de aporte financeiro e renovação de recursos de Orçamento de guerra que tivemos em 2020. É mais do que necessário e urgente”, afirmou.

À Folha o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que vai discutir a demanda dos secretários de saúde com o Ministério da Economia.

Nos últimos meses, a pasta já tem feito pedidos por créditos adicionais. Segundo a Economia, já foram disponibilizados R$ 37,9 bilhões em recursos extraordinários à Saúde. Desse total, porém, R$ 21,6 bilhões são de medidas provisórias do ano anterior e que foram reabertas neste ano, as quais tratavam de recursos sobretudo para vacinas.

Outros R$ 16,4 bilhões são de recursos extras solicitados neste ano, e disponibilizados por meio de quatro medidas provisórias, as quais visavam custeio de leitos, equipamentos e vacinas.

Questionada sobre a previsão de novos recursos, a Economia disse ter atendido todas as demandas de crédito extraordinário ao orçamento da Saúde até o momento e que ainda não recebeu novos pedidos.

Disse ainda que o valor previsto para esse ano pode ser elevado com a aprovação de novas solicitações da Saúde “em caso de constatação, por aquele órgão, da necessidade de novos aportes”.
Natália Cancian / Folha de São Paulo

Governo acionará térmicas sem contrato para evitar racionamento de energia

Foto: Beth Santos/Secretaria-Geral da PR

O Ministério de Minas e Energia deverá publicar nos próximos dias uma portaria que permitirá a contratação das chamadas térmicas “merchants”, em mais um esforço para tentar evitar um racionamento de energia diante da grave seca sobre os reservatórios das hidrelétricas.

Essas usinas vendiam energia exclusivamente no mercado de curto prazo e algumas delas estão hoje sem contrato e com operações paralisadas. A ideia é integrá-las ao sistema elétrico, ampliando a capacidade de geração térmica para poupar água nas barragens.

Com a portaria, o governo pretende oferecer melhores condições de remuneração para essas usinas, segundo a secretária-executiva do ministério, Marisete Pereira.

Pela nova regra, elas poderão ser acionadas sempre que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) achar necessário. Antes, a autorização era caso a caso.

Embora os reservatórios estejam em níveis historicamente baixos, Pereira diz que a situação é diferente daquela vivida pelo Brasil no período que antecedeu o apagão de 2001. Ela afirma que não existe o risco de blecautes e, com essas medidas, nem mesmo o racionamento de energia será necessário.

“Estamos tomando medidas desde outubro do ano passado”, afirma. “A gente já vinha acionando as térmicas. Estamos muito atentos.”

Na quinta-feita (27), o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) propôs flexibilizar restrições operacionais em grandes usinas para permitir a economia de água nos reservatórios.

Elas são obrigadas a respeitar limites mínimos de vazão, para garantir outras atividades econômicas e a captação para as cidades rio abaixo. A ideia agora é permitir que elas segurem um pouco mais de água.

O comitê vai analisar semanalmente os níveis de água dependendo das condições de chuva em cada região.

Dados do ONS, que faz a gestão do sistema, indicam que o volume de chuva se manteve abaixo do normal em maio e a perspectiva é que permaneça assim pelos próximos três meses.

A secretária-executiva do ministério diz que o governo não prevê, neste momento, a contratação emergencial de energia.

Para compensar os elevados custos das térmicas merchant, a pasta disse, em nota, que “estão sendo tomadas ações para aumentar a disponibilidade dos recursos termelétricos, a gás natural, biomassa e a óleo combustível”.

O objetivo é tentar reduzir os custos de geração, mesclando as diversas fontes disponíveis, considerando o preço mais vantajoso: durante a safra agrícola, por exemplo, o preço da energia gerada pela biomassa é mais competitivo.

No mercado, a avaliação é que o país ainda não está à beira de um racionamento, mas o fornecimento de energia pode ser um gargalo se o país retomar o crescimento de forma acelerada.

A principal preocupação, neste momento, é com a capacidade de atendimento nos horários de pico, quando o consumo é maior.

No inverno, esse pico costuma ocorrer no início da noite, quando há mais aparelhos de TV e chuveiros ligados, por exemplo. No verão, há também um pico no início da tarde, pelo elevado consumo de aparelhos de ar condicionado.

Representantes das distribuidoras consideram que a situação é grave o bastante para que o governo implante medidas —ou anúncios— de deslocamento do consumo de energia nesses horários.

“Talvez fosse mais correto ir à população avisar que a energia está escassa e que o preço é maior, e assim todos podemos economizar”, diz Paulo Pedrosa, presidente da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres).

A ideia, no entanto, foi descartada tanto pela equipe técnica do ministério quanto a política, do Planalto. No Congresso, parlamentares tentam reduzir os efeitos políticos de uma crise hídrica em meio à pandemia.

A Casa Civil decidiu então criar um grupo de emergência para acompanhar os desdobramentos dessa crise.

Além de Minas e Energia, fazem parte do grupo os Ministérios da Economia, da Infraestrutura, da Agricultura, das Comunicações, do Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e a AGU (Advocacia-Geral da União).

Uma das preocupações na ala política do governo, por exemplo, será o impacto dessa redução do volume dos leitos dos rios, especialmente na região Nordeste.

Às vésperas de um ano eleitoral, congressistas —principalmente do centrão e da bancada ruralista— se preocupam com a capacidade de captação de água e oferta de peixes para a pesca em áreas afetadas pela seca no Nordeste. Também se preocupam com o impacto na irrigação das lavouras.

Assessores do Planalto afirmam que, com popularidade em queda e se preparando para a disputa pela reeleição, Jair Bolsonaro não quer uma nova crise atrapalhando a campanha.

Julio Wiziack e Nicola Pamplona / Folha de São Paulo

Ato de Bolsonaro com Pazuello passa de ‘melhor pesquisa eleitoral’ a evento ‘sem nenhum viés político’

Foto: Alan Santos/PR
O passeio motociclístico liderado pelo presidente Jair Bolsonaro no último domingo (23) foi descrito de imediato por seus filhos e auxiliares como “demonstração gigantesca de apoio popular”, retrato de “força política”, “melhor pesquisa eleitoral”, “festa da democracia” e até “Datapovo”.

No entanto, os desdobramentos do ato envolvendo um general da ativa, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, obrigaram o presidente a dar uma guinada no seu discurso e a dizer agora que o encontro “não teve nenhum viés político”.

Para forçar uma interpretação do regulamento disciplinar do Exército, Pazuello e Bolsonaro passaram a argumentar que a manifestação não teve natureza político-partidária, o que livraria de punição o general da ativa.

Na defesa formulada, como resposta ao procedimento aberto pelo Exército para apurar sua presença no evento, Pazuello usou esse argumento, segundo interlocutores.

Mas a tese de que não teria ocorrido uma transgressão disciplinar pode não encontrar respaldo junto ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Após o episódio, em conversas com colegas de farda e de patente, ele manifestou incômodo, inconformismo e insatisfação com o gesto de Pazuello.

O fato de o comandante ter entregue o formulário para que o ex-ministro escreva sua defesa já foi um gesto que denota a gravidade do episódio, segundo generais que conversaram com Paulo Sérgio nos dias posteriores à manifestação de domingo.

Esses generais temem uma cisão irreversível entre o comandante do Exército e o presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas. O temor é de que, diante de uma punição, Bolsonaro decida contestar o ato administrativo, o que elevaria a crise a outro patamar.

O decreto de 2002 que institui o regulamento disciplinar do Exército prevê como transgressão disciplinar “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária.”

O Estatuto dos Militares, uma lei em vigor desde 1980, também veda “quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político”.

Bolsonaro passou a última quinta-feira (27) no Amazonas com o comandante do Exército e o ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto.

Em sua live semanal de quinta, o presidente disse que o ato com motociclistas no Rio de Janeiro não teve viés político pelo fato de ele não estar filiado a nenhuma legenda.

“É um encontro que não teve nenhum viés político, até porque eu não estou filiado a partido político nenhum ainda. Foi um movimento pela liberdade, pela democracia e apoio ao presidente”, afirmou Bolsonaro, que está sem partido desde novembro de 2019, quando deixou o PSL, sigla pela qual se elegeu no ano anterior.

Bolsonaro começou a mobilizar apoiadores para participar do ato no Rio de Janeiro logo após o passeio que havia promovido em Brasília, em 9 de maio. De acordo com relato feito à Folha, o presidente esperava mais participantes e, para não correr riscos, iniciou a convocação para o evento na capital fluminense com antecedência.

“Amigos do Rio de Janeiro, no próximo domingo, dia 23, juntamente com o [deputado] Otoni de Paula, vamos dar um passeio de moto no Rio de Janeiro. Fui convidado por várias associações e agora vou neste compromisso, motivo de honra e satisfação, voltar ao nosso querido Rio de Janeiro. Até domingo, se Deus quiser”, disse em vídeo publicado no dia 18 de maio pelo deputado do PSC-RJ, que imitou com a boca o ronco de um motor de moto ao lado do presidente.

Do alto do carro de som, Bolsonaro, com dois microfones na mão, diz ter “amplo apoio de motociclistas de todo o Brasil”. “Isso nos anima, isso nos traz oxigênio, isso nos traz responsabilidade e autoridade também para poder agir em nome de vocês”, disse Bolsonaro em uma manifestação transmitida por diversos apoiadores.

O presidente também disse à multidão que “um momento como este não tem preço. Ser reconhecido e ser, porque não dizer, aplaudido por parte da população apesar das dificuldades”.

No discurso, Bolsonaro destacou que o “povo brasileiro” é forte e que, “em sua grande maioria sabe dar valor à liberdade aos seus direitos, reconhece nos verdadeiros representantes aqueles que, realmente, estão ao seu lado e quem não está”.

“Vamos sim, cada vez mais, fazendo com que as pessoas eleitas por você melhorem a sua qualidade. E nós temos este compromisso.”

Apesar de agora dizer que não se tratou de um ato com viés político, Bolsonaro fez menção ao petista Fernando Haddad, derrotado por ele nas urnas em 2018.

“Imaginem se o poste tivesse sido eleito presidente da República. Como estaria nosso Brasil no dia de hoje?”, indagou o presidente aos apoiadores.

Pazuello foi mais breve em seus comentários ao lado do chefe.

“Fala, galera”, disse o general. “Eu não ia perder esse passeio de moto de jeito nenhum. Tamo junto, hein? Tamo junto. Parabéns pra galera que está aí, prestigiando o PR [presidente]. PR é gente de bem. PR é gente de bem. Abraço, galera”, afirmou o ex-ministro da Saúde.

Na sequência, filhos e assessores de Bolsonaro foram às redes sociais comemorar a mobilização e destacaram o caráter político do evento.

Em sua lista de transmissão no Telegram, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) compartilhou texto de um site cujo título é “Bolsonaro mostra força política liderando no Rio passeio com milhares de motociclistas”.

“Bom dia a todos, menos pra você que ficou com dor de cotovelo com a demonstração gigantesca de apoio popular do presidente Jair Bolsonaro! Valeu, Rio de Janeiro!!!!”, escreveu o senador.

“Hoje foi mais um dia histórico! Apesar de todo esse apoio, não são os brasileiros que estão com Bolsonaro, é o presidente que está com o povo”, afirmou em outra publicação.

O filho 01 do presidente também compartilhou fotos do ato e disse que “a melhor pesquisa eleitoral é o povo, ao qual [sic] o presidente nunca saiu do lado!”. E completou: “Verdadeira festa da democracia!! Parabéns, Rio de Janeiro”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também comemorou a mobilização.

“Obrigado a todos pelo apoio gigantesco que oferecem ao meu pai! Isso certamente jamais será desconsiderado!”, escreveu no Twitter.

Ao comentar uma postagem do próprio presidente sobre o ato, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, escreveu “DATAPOVO”.

Semanas antes, pesquisa do Datafolha apontou que a gestão Bolsonaro tinha a aprovação de 24% dos brasileiros, a pior marca de seu mandato até aqui (em março, eram 30%). Já a rejeição ao governo (classificação ruim ou péssimo) ficou em 45%.

O levantamento do instituto também apontou que Lula (PT) liderava a corrida para a Presidência —41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro.

Daniel Carvalho e Ricardo Della Coletta / Folha de São Paulo

Fluminense visita São Paulo na estreia no Campeonato Brasileiro

Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net/Direitos Reservados

Motivado pela vitória de 3 a 1 sobre o River Plate (Argentina), que lhe garantiu a vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores, o Fluminense enfrenta o São Paulo, neste sábado (29) a partir das 21h (horário de Brasília) no estádio do Morumbi, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.

O Tricolor paulista também chega muito motivado a esta partida, após alcançar seu primeiro título sob o comando do técnico argentino Hernán Crespo, o Campeonato Paulista, após triunfo sobre o Palmeiras no último final de semana.

Mudanças na equipe

A equipe das Laranjeiras estreia na competição nacional em momento no qual o técnico Roger fez grandes mudanças na equipe titular. Após falhar na final do Campeonato Carioca diante do Flamengo, o treinador sacou os laterais Calegari e Danilo Barcelos e os atacantes Luiz Henrique e Kayky para colocar Samuel Xavier, Egídio, Caio Paulista e Gabriel Teixeira. E o resultado foi a histórica classificação na competição continental.

Assim, fica no ar a possibilidade da realização destas e de outras trocas. Uma delas pode ser dar um descanso ao atacante Fred. Aos 37 anos, o artilheiro vive um ótimo momento, mas tem a possibilidade de ser poupado após a realização de uma sequência desgastante de partidas decisivas. Assim, o uruguaio Abel Hernández pode vir a ter uma oportunidade como titular.

Considerando as últimas apresentações do Fluminense, uma possível escalação para a estreia no Brasileiro teria: Marcos Felipe; Samuel Xavier (Calegari), Nino, Luccas Claro e Egídio (Danilo Barcelos); Yago Felipe, Martinelli e Nenê (Cazares); Caio Paulista (Kayky), Gabriel Teixeira ( Luiz Henrique) e Fred (Abel Hernández).
Desfalque de Daniel Alves

Já o São Paulo chega ao primeiro compromisso no Brasileiro com a possibilidade de repetir a escalação que conquistou o título do Campeonato Paulista. Como o técnico Crespo poupou os titulares no jogo contra o Sporting Cristal (Peru), é bem provável que o time paulista entre em campo com a seguinte formação: Tiago Volpi; Arboleda, Miranda e Léo; Igor Vinícius, Luan, Liziero, Igor Gomes e Reinaldo; Gabriel Sara e Pablo.

Nesta formação duas ausências são sentidas, a do brasileiro Daniel Alves e a do argentino Benítez, que ainda não se recuperaram de lesões que sofreram no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paulista.
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Liga dos Campeões tem capítulo final com Chelsea e Manchester City

Thomas Tuchel (esquerda) e Pep Guardiola em ação pelo Campeonato Inglês - Pool via Reuters/Martin Rickett/Direitos Reservados
A principal competição de clubes da Europa terá, neste sábado (29), o seu capítulo final, quando Chelsea (Inglatera) e Manchester City (Inglaterra) disputam a decisão da Liga dos Campeões a partir das 16h (horário de Brasília) no estádio do Dragão, em Portugal.

Thomas Tuchel (esquerda) e Pep Guardiola em ação pelo Campeonato Inglês - Pool via Reuters/Martin Rickett/Direitos Reservados
Conquista inédita

O Manchester City chega à final em um momento especial, após a conquista do Campeonato Inglês (a terceira sob o comando do técnico Pep Guardiola). E não dá para falar do momento excepcional vivido pela equipe de Manchester sem considerar a influência do técnico espanhol.

Vencedor da Liga dos Campeões como treinador em duas oportunidades (ambas comandando o Barcelona), Guardiola faz história ao conduzir o Manchester City pela primeira oportunidade a uma decisão da principal competição de clubes do Velho Continente.

Para tentar levar o City à conquista continental o treinador espanhol aposta demais no controle do jogo através da posse de bola. Na sua equipe, que privilegia a coletividade ao invés das individualidades, o destaque é o belga Kevin de Bruyne (que, durante a temporada, já foi escalado em inúmeras posições do meio-campo e do ataque).

Em busca do bicampeonato

Se o City busca levantar o troféu da Liga dos Campeões pela primeira vez, o Chelsea quer o bicampeonato. A equipe de Londres conquistou a competição continental pela primeira vez na temporada 2011/2012, em final contra o Bayern de Munique (Alemanha).

Assim como o City conta com a estrela do técnico espanhol Pep Guardiola, o Chelsea tem em seu comando um dos treinadores mais promissores da atualidade, Thomas Tuchel. O alemão, que iniciou sua carreira em seu país (onde comandou o Mainz 05 e o Borussia Dortmund), dirige o time de Londres após uma passagem vitoriosa no PSG (França), onde conquistou por duas vezes o Campeonato Francês e a Supercopa da França, além de uma Copa da França e uma Copa da Liga Francesa.
Thomas Tuchel (esquerda) e Pep Guardiola em ação pelo Campeonato Inglês - Pool via Reuters/Martin Rickett/Direitos Reservados
Mas o ponto alto da passagem de Tuchel pela equipe de Paris foi a classificação, na última temporada, para a final da Liga dos Campeões, na qual o PSG foi derrotado pelo Bayern de Munique.

Agora no Chelsea, o treinador alemão arma sua equipe de forma a priorizar a solidez defensiva. Já o ataque é baseado nas transições rápidas. E neste esquema o francês Kanté cumpre um papel fundamental, organizando a equipe.
Thomas Tuchel (esquerda) e Pep Guardiola em ação pelo Campeonato Inglês - Pool via Reuters/Martin Rickett/Direitos Reservados.
Terceira final inglesa

Chelsea e Manchester City protagonizarão a terceira final inglesa da história da Liga dos Campeões, após a conquista alcançada pelo Manchester United (Inglaterra) diante do time de Londres, em Moscou (Rússia) em 2008, e o triunfo do Liverpool (Inglaterra) sobre o Tottenham (Inglaterra), em 2019 em Madri (Espanha).

Agora, a terceira final inglesa pode ver a coroação de um campeão inédito ou o retorno do time de Londres ao topo da Europa.

Edição: Fábio Lisboa
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Mega-Sena acumulada sorteia R$ 100 milhões neste sábado

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasl
O concurso 2.376 da Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões neste sábado (29). O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Segundo a Caixa, o prêmio é o maior do concurso a ser sorteado neste ano. até então, o maior prêmio pago no ano foi de R$ 49,3 milhões para uma aposta de Bolão Caixa, com sete cotas, na cidade do Rio de Janeiro

As apostas concurso 2.376 da Mega-Sena podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas lotéricas de todo o país, pelo portal Loterias Caixa, no app Loterias Caixa ou por meio do Internet Banking Caixa para clientes do banco.

O valor de uma aposta simples é de R$ 4,50.
Por Agência Brasil - Brasília

Nota de falecimento do senhor Sebastião Duarte da Fazenda do Povo.

Família: Esposa: Jocélia Santos; Irmãos Maria de Ceará, Márcia da casa das aves, Mãe Damiana Duarte; Filhos, Marcos Duarte conhecido como pipoca; comunicam o  falecimento do senhor Sebastião Duarte, "popular tia da fazenda do povo", o velório está sendo realizado em sua residência na fazenda do povo, o sepultamento às 17 horas no cemitério da fazenda do povo. os familiares agradece a todos os amigos pela solidariedade neste momento de tristeza e dor.

Polícia apreende mais de uma tonelada de maconha em duas operações

 

Divulgação, Polícia Militar
Em duas operações, a Polícia Militar Rodoviária apreendeu mais de uma tonelada de maconha nesta quinta-feira (27). Segundo a polícia, a primeira apreensão ocorreu no início da tarde desta quinta-feira (27), na MS 164 Km 105 em Ponta Porã, onde um veículo foi apreendido com 503 quilos de maconha
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Ainda de acordo com a polícia, equipe do Tático Ostensivo Rodoviário efetuava abordagens na rodovia MS 164 no Km 105, quando foi dada ordem de parado a um veículo VW Fox, onde o condutor do mesmo não acatou a ordem dos policiais iniciando fuga pela rodovia, sendo alcançado cerca de 01 km a frente. O condutor ainda tentou fugir se escondendo em uma plantação de milho, porém foi encontrado e preso pela equipe.

No interior do porta malas, nos bancos traseiro e dianteiro havia grande quantidade de tabletes de maconha, envoltos em fita adesiva, que pós pesados totalizaram 503 quilos da droga. Em um breve relato o autor, um homem de 25 anos, disse aos policiais que recebeu de um amigo a proposta de transportar a droga de Ponta Porã até o Distrito de Nova Itamarati, que tinha o auxílio de um “batedor” que repassava as informações sobre a presença de policiamento na rodovia e que pelo serviço receberia a quantia de 2 mil reais.

O autor recebeu voz de prisão e foi encaminhado com o veículo e a droga a Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, onde foi autuado por tráfico de drogas.

Amambai – A segunda apreensão ocorreu no início da noite, quando em abordagens na rodovia MS 156, em frente a Base Operacional de Amambai, foi abordado um veículo Chevrolet Onix com placas de Cascavel/PR, conduzido por um homem de 26 anos, que expressou demasiado nervosismo e respostas desencontradas, instantes após, foi abordado um caminhão Ford Cargo tipo boiadeiro, também com placas de Cascavel/PR. Diante das atitudes dos condutores, foi feito uma busca minuciosa nos veículos, onde foi encontrado um compartimento oculto (fundo falso) no caminhão boiadeiro, com grande quantidade de maconha, que após pesados totalizaram 935 quilos da droga.

O motorista do caminhão, um homem de 27 anos, relatou aos policiais que foi contratado pelo condutor do veículo Chevrolet Onix para realizar o transporte da droga e que receberia a quantia de 20 mil reais para cometer o ilícito. Já o condutor do Onix afirmou espontaneamente aos policiais que realizava a função de “batedor” do entorpecente.

Diante dos fatos ambos os condutores receberam voz de prisão e foram encaminhados juntamente com os veículos e a droga até a Polícia Civil de Amambai/MS, onde foram autuados em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.https://midiamax.uol.com.br/

ACM Neto articula ingresso de Geraldo Alckmin no Democratas nos próximos dias

O presidente do DEM, ACM Neto, e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin

Cobiçado pelo PSD de Gilberto Kassab para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador Geraldo Alckmin está em negociações avançadas para migrar do PSDB para o DEM, de olho na disputa pela sucessão de João Doria no ano que vem.

Uma figura importante do DEM que acompanha as tratativas disse à coluna Radar, da revista Veja, que hoje a sigla é a primeira opção do tucano, e que o anúncio deverá ser feito em breve, caso a investida se confirme.

Se a filiação de Alckmin realmente vingar, será o troco de ACM Neto, presidente nacional do Democratas, à saída do vice-governador Rodrigo Garcia para o PSDB de Doria, oficializada há duas semanas.

Na ocasião, Neto foi às redes sociais atacar a “inabilidade política” do governador tucano, a quem atribuiu uma “inexplicável imposição” ao ex-correligionário.

Pelo PSDB, do qual foi um dos fundadores há mais de 30 anos, Alckmin concorreu ao Palácio do Planalto em 2018 (pela segunda vez) e obteve apenas 4,76% dos votos — o pior resultado de um candidato do partido à Presidência. Desde o fracasso nas urnas, acabou perdendo espaço dentro do partido para o grupo de Doria — que sonha com a cadeira de Jair Bolsonaro.

Em São Paulo, ele foi eleito vice de Mario Covas em 1994 e 1998, e governador em 2002, 2010 e 2014, tendo sido derrotado por Lula em 2006. Também disputou duas vezes a prefeitura da capital paulista, em 2000 e 2008, mas ficou no primeiro turno em ambas.

As informações são da coluna Radar, da revista Veja.

Rui e mais 17 governadores decidem ir ao STF contra convocação da CPI da Covid

Foto: Camila Souza/GOVBA

Governadores de 18 estados decidiram acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para que a corte proíba a CPI da Covid de convocar chefes de Executivos estaduais a depor.

Na quarta-feira (26), a comissão aprovou requerimento para convocar nove governadores para explicar o uso de recursos federais nos estados no combate da pandemia.

O pedido que será feito à corte, porém, não foi assinado apenas pelos que foram convocados, o que dá peso à ação.

Os governadores querem que o tribunal afirme que a CPI não tem poderes para convocá-los e que a medida seria uma afronta ao pacto federativo.

Após diversas negociações, os senadores aprovaram requerimentos voltados apenas aos responsáveis por governos estaduais que foram alvo de operação da Polícia Federal para apurar suspeitas de irregularidades com as verbas federais no enfrentamento da pandemia.

São eles Wilson Lima (AM), Helder Barbalho (PA), Ibaneis Rocha (DF), Mauro Carlesse (TO), Carlos Moises (SC), Antonio Oliverio Garcia de Almeida (RR), Waldez Góes (AP), Wellington Dias (PI) e Marcos José Rocha dos Santos (RO). Também foi convocado o ex-governador do Rio Wilson Witzel.

Assinam a ação que será protocolada no STF os governos de Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Roraima, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Sul, Rondônia, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.

Senadores governistas, como Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), pretendiam inicialmente convocar mais governadores, como João Doria (PSDB), de São Paulo.

No entanto, o próprio governo trabalhou para reduzir essa lista. Na visão do Executivo, a convocação de muitos governadores resultaria inevitavelmente na prorrogação da CPI, o que não interessa ao Palácio do Planalto.

A comissão tem prazo inicial (prorrogável) de 90 dias para realizar procedimentos de investigação e elaborar um relatório final, a ser encaminhado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.

Além de apurar ações e omissões do governo Bolsonaro, a comissão trata de repasses de verbas federais para estados e municípios.

Quando o Supremo determinou a instalação da CPI para apurar a gestão da pandemia, a base aliada do governo já havia tentado ampliar o escopo da investigação para governadores a fim de diluir o desgaste do governo federal com as investigações.

Os senadores da CPI da Covid também aprovaram na quarta requerimento para convocar novamente o ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.

O Palácio do Planalto não teve sucesso nessa articulação, mas incluiu o repasse do governo federal aos estados como um dos focos das apurações.

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse acreditar que o Senado não tem competência para convocar governadores e ainda afirmou que essa questão poderia ter sido resolvida internamente pelo Legislativo.

“Não dá para passar a ideia para o STF de que estamos embalando um problema aqui no Senado e colocando uma bomba no colo deles”, afirmou durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (28), em referência aos requerimentos aprovados.

Inicialmente contrário à presença dos governadores, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a presença de governadores, seja por meio de convite ou mesmo convocação, poderia ser importante para questioná-los sobre a relação com o governo federal e esclarecer a “ruptura do pacto federativo”.

O relator da CPI também fez um balanço do primeiro mês de investigações da comissão. Renan afirmou que tem “100% de convicção” de que muitas vidas poderiam ter sido salvas durante a pandemia, se o governo federal tivesse uma outra postura de enfrentamento.

“Se alguma coisa pudesse ser dita como antecipação de tudo que até agora se observou, eu diria que temos clareza absoluta, 100% de convicção, que muitas vidas poderiam ter sido salvas se o governo tivesse adotado um comportamento com decisões lógicas, objetivas, em favor da ciência e em defesa da vida”, disse.

Renan afirmou que um importante depoimento vai acontecer no dia 24 de junho, quando a comissão vai ouvir a representante do Movimento Alerta, Jurema Werneck, que vai apresentar um estudo feito a pedido da comissão que vai quantificar quantas vidas poderiam ter sido salvas se o governo tivesse sido adquiridos vacinas com mais rapidez e tivesse adotado medidas como o isolamento social.

O relator da CPI descartou a hipótese de elaborar um relatório parcial da apuração da CPI, como havia sido pedido pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).

“O relatório preliminar só tem muito sentido quando você esgota algum aspecto da investigação”, afirmou.

Randolfe, por sua vez, afirmou que os documentos e depoimentos até o momento deixam clara a existência de um “ministério paralelo”, um comando alternativo ao Ministério da Saúde, que “apostava na infecção de todos”, a imunidade de rebanho.

O vice-presidente também disse que o depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, reforçou e deixou claro que o governo se omitiu em relação à aquisição de vacinas.

“Os documentos que chegam à CPI deixam claro e, sobretudo os depoimentos da Pfizer e do Butantan, que ocorreu uma grave omissão por parte do governo federal, sobretudo na atuação dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores.”

O relator e o vice-presidente da CPI também defenderam que as decisões da comissão não sejam mais tomadas por meio de acordos, uma vez que os governistas não estariam contribuindo com as investigações.

Renan pediu que as decisões sejam tomadas de forma deliberativa, por meio de votações, para fazer um “exercício da maioria”.

Renan e Randolfe reuniram a imprensa nesta sexta e mostraram a sala-cofre do Senado, que costuma receber documentos sigilosos usados pela CPI. A sala, no entanto, estava praticamente vazia, uma vez que a maior parte dos documentos hoje são enviados por meio digital.

A CPI já recebeu até o momento 300 gigabytes de documentos, sendo um terço deles sigilosos. Esse montante representa 10% do total que esperam receber.

Randolfe criticou alguns órgãos do governo federal, que enviam documentos incompletos ou ignoram os requerimentos. Afirmou que os técnicos da CPI vão fazer um balanço e podem responsabilizar os gestores.

O senador citou como exemplo uma resposta da Presidência, que afirmou não possuir detalhes sobre os passeios do presidente Bolsonaro, no entorno de Brasília, provocando aglomerações. Randolfe disse que a comissão vai então investigar por outros caminhos, pedindo para os grupos de mídia as imagens feitas durante esses eventos.

Matheus Teixeira/Julia Chaib/Folhapress

Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 28 de maio, tivemos, 4 novos casos e um óbito

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 28 de maio, tivemos 9626 casos registrados como suspeitos, sendo 2.813 casos confirmados, dentre estes, são 2.738 pessoas RECUPERADAS, 04 estão em isolamento social, 05 estão internadas e 66 foram a óbito. 6772 casos foram descartados e 41 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 09 casos ativos.

Perdemos mais uma pessoa em decorrência da Covid-19. A vítima era idosa, do sexo masculino, faleceu no último dia 25 e estava internada há mais de 30 dias.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Vacinômetro 28 de maio, Secretaria de Saúde de Ipiaú

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que foram aplicadas até hoje, 28 de maio, 13.939 doses da vacina. Sendo que 1262 profissionais de saúde receberam a primeira dose, dentre estes 763 tomaram a segunda dose. 6196 idosos acima de 60 anos tomaram a primeira dose, destes 3791 já estão imunizados. Foram aplicadas 1414 doses referentes a primeira dose em pessoas com comorbidades e 21 dessas pessoas já receberam a dose de reforço. No grupo de policiais são 64 já  vacinados com a primeira  dose e 4 já completaram o ciclo vacinal.  Além disso, 361 profissionais  de educação, 53 profissionais de limpeza urbana e 10 profissionais de comunicação também já tomaram a primeira  dose do imunizante.  

Vacina Salva Vidas. Desinformação Não/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Senado aprova novo critério para Benefício de Prestação Continuada Fonte: Agência Senado

O Senado aprovou a Medida Provisória 1.023/2020, que estabelece novos critérios para concessão do Benefício de Prestação Continuada. O BPC é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família. Também são beneficiados os idosos acima de 65 anos na mesma situação. Os novos critérios do BPC previstos na MP abrangem pessoas com renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Atualmente o critério é de 1/4 do salário mínimo. A medida segue para sanção presidencial.

Fonte: Agência Senado

Bahia ultrapassa marca de 1 milhão de casos de Covid-19

Foto: Divulgação

A Bahia ultrapassou, nesta sexta-feira (28), a marca de 1 milhão de casos confirmados de Covid-19. Com as 4.060 confirmações das últimas 24h, o Estado alcançou 1.003.523 casos do novo coronavírus. A taxa de crescimentos das últimas 24h foi de +0,4%. O boletim epidemiológico desta sexta-feira também registra 5.546 recuperados (+0,6%) e 115 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), dos 1.003.523 casos confirmados desde o início da pandemia, 965.804 já são considerados recuperados, 16.748 encontram-se ativos e 20.971 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.267.035 casos descartados e 223.306 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta sexta-feira. Na Bahia, 49.075 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Ainda segundo a Sesab, às 12h desta sexta-feira, 182 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 70 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 3.310.961 vacinados contra o coronavírus, dos quais 1.507.374 receberam também a segunda dose, até as 16 horas desta sexta-feira, a Bahia é um dos estados com o maior número de imunizados.

Covid-19: 73,9% dos municípios adotaram medidas de restrição

Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC

A nova edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) demonstra que 2.092 das prefeituras consultadas (73,9%) disseram ter adotado alguma forma de fechamento ou restrição de horário das atividades não essenciais e 705 (24,9%) disseram não ter lançado mão deste recurso durante a pandemia. Na edição anterior, as medidas de distanciamento foram informadas por 61,6% dos municípios.

De acordo com a CNM, entre os municípios consultados, 783 (27,7%) relataram terem ficado sem vacina contra a covid-19 nesta semana. Do total, 2.014 (71,1%) não manifestaram desabastecimento do imunizante. Na semana passada, 1.002 localidades tiveram desabastecimento de imunizantes.

Das cidades que não receberam imunizante, 478 (61%) ficaram sem aplicar a primeira dose e 458 (58,5%) ficaram sem a segunda dose. Nos municípios que não aplicaram a segunda dose, 435 (79,7%) não receberam a CoronaVac e 106 (19,4%) o imunizante Oxford/AstraZeneca.

Ao indagar os municípios sobre a vacinação de profissionais da Educação, a pesquisa registrou que 1.372 (48,5%) já iniciaram a vacinação, enquanto 1.433 (50,6%) ainda não começaram.

Segundo a pesquisa, 1.444 (51%) informaram que a vacinação de trabalhadores da educação será pré-requisito para a volta às aulas presencial. Já 1.159 (40,9%) não adotaram essa exigência.

A pesquisa da informa que 1.194 cidades reclamaram que o repasse de recursos federais feito por meio das portarias 731 e 894 para ações de combate à pandemia de covid-19 não foi satisfatório. A primeira portaria estabelece, em caráter excepcional e temporário, incentivo financeiro federal para ações estratégicas de apoio à gestação, pré-natal e puerpério; a segunda portaria, também em caráter excepcional, institui incentivos financeiros federais de custeio no âmbito da Atenção Primária à Saúde.

O número corresponde a 42,2% dos 2.831 municípios ouvidos no levantamento. Já 45%, o que representa 1.273 dos municípios pesquisados, consideraram os repasses suficientes es 364 prefeituras não responderam à questão.

Insumos
O risco de desabastecimento de medicamentos do chamado “kit intubação” foi apontado por 656 cidades, o equivalente a 23,2% das consultadas. No levantamento anterior, 535 municípios apontaram o problema. Os remédios são usados no suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde sobre o repasse de recursos aos estados e municípios e aguarda retorno.
Agência Brasil

Ipiaú ainda não retomará as aulas presenciai, mas aplicará projeto piloto.

Foto Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Em reunião realizada na manhã da última terça-feira, 25, no prédio da Prefeitura Municipal, a Secretaria de Saúde de Ipiaú, representada pela titular da pasta, Laryssa Dias, apresentou ao Comitê Municipal Intersetorial de Gerenciamento da Educação, o Projeto Piloto de retomada gradativa das atividades escolares.
Foto Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Na oportunidade os membros do comitê presentes na reunião votaram, por unanimidade, em favor da aplicação do projeto. Em dezembro do ano passado, o Comitê teve acesso ao protocolo sanitário desenvolvido pela Secretaria para a segurança da comunidade educacional.
Foto Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
O Comitê Municipal Intersetorial de Gerenciamento da Educação foi criado em outubro de 2020 pela prefeita Maria das Graças Mendonça. O Comitê é formado formado por representantes das secretarias municipais de Educação e Cultura, Planejamento e Administração, Infraestrutura, e Saúde, assim como dos conselhos municipais de Assistência Social da Criança e do Adolescente e do Conselho Tutelar, além da Vigilância Epidemiológica Municipal, Câmara de Vereadores, APLB/Sindicato, escolas das redes pública e privada, entidades da sociedade civil organizada, Polícia Militar e Ministério Público.

O Projeto Piloto é um estudo que será realizado com um grupo pequeno que será orientado, treinado e monitorado, e servirá de base para a retomada das aulas presenciais futuramente. Será um trabalho minucioso que terá os dados avaliados e apresentados à comunidade em seguida. “Não é um retorno às aulas, é um Projeto Piloto para que no futuro as aulas sejam retomadas”, é o que afirma Laryssa Dias, secretária de Saúde.

Ela explica que para a escola participar do Projeto Piloto tem alguns requisitos que precisam ser cumpridos pela instituição, que passará por inspeção da Vigilância Sanitária para atestar se o espaço está de acordo com o protocolo sanitário para evitar contaminação pelo coronavírus. O protocolo aponta a necessidade de regras de higienização, distanciamento e imunização.

Durante a reunião com o Comitê Intersetorial, a secretária Laryssa Dias fez um breve relato a respeito das condições físicas das unidades escolares de Ipiaú e destacou que nas escolas da rede privada já se verifica adequações quanto às exigências sanitárias da Secretaria Municipal de Saúde.

A participação no Projeto Piloto é facultativa, pois depende da concordância dos pais dos estudantes. Para os alunos que não forem autorizados a participar está assegurado a continuidade das aulas remotas sem prejuízo de acesso ao conteúdo.

Ainda não há uma data para que o Projeto Piloto comece a funcionar, mas as escolas interessadas devem se cadastrar na Secretaria de Saúde. Isso deverá acontecer após uma análise do Ministério Público e do Conselho Municipal de Educação. Outro detalhe é que esse funcionamento está condicionado às determinações dos decretos governamentais.
José Américo Castro - Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Coronavac é eficaz contra variantes do coronavírus, diz estudo chinês

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

A Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, é eficaz contra a maioria das variantes do coronavírus Sars-CoV-2 conhecidas e com potencial de maior preocupação, diz estudo conduzido na China.

Os anticorpos produzidos pela vacina foram capazes de bloquear igualmente a ação da forma ancestral do vírus chinesa e das variantes D614G (a primeira mutação a surgir do vírus), B.1.1.7 (britânica) e B.1.429 (californiana). No caso das variantes P.1 (de Manaus), B.1.351 (sul-africana) e B.1.526 (nova-iorquina), a vacina se mostrou eficaz, mas foram produzidos menos anticorpos neutralizantes, de um quarto a um quinto dos que foram detectados para as outras cepas.

O estudo foi publicado na forma de correspondência —um artigo breve, porém revisado por pares— na última edição da Lancet, uma das mais prestigiosas revistas científicas, na última quinta (27).

No Brasil, a Coronavac é produzida em uma parceria da empresa com o Instituto Butantan, em São Paulo, e ela responde por cerca de 6 em cada 10 doses de imunizante aplicadas no Brasil.

Para avaliar a medida de proteção conferida pelo fármaco, os pesquisadores colheram amostras de sangue de 93 profissionais de saúde saudáveis antes e depois de serem imunizados com as duas doses da Coronavac. As amostras do soro (porção do sangue contendo os anticorpos) foram testadas contra pseudovírus (réplicas artificiais do vírus) contendo as mutações de cada uma das formas do patógeno.

Como era de esperado, o sangue pré-vacinação não apresentou nenhum anticorpo neutralizante contra o Sars-CoV-2. Já entre as amostras dos indivíduos imunizados, 76% continham anticorpos capazes de neutralizar o vírus “selvagem” (ancestral).

Essa taxa, no entanto, caiu consideravelmente quando testado contra três das variantes, a P.1 (só 34% das amostras neutralizaram essa variante), nova-iorquina (26%) e sul-africana (5%). Segundo os autores, isso se deve à mutação E484K, comum a essas três variantes, que são conhecidas por reduzir significativamente a ação de anticorpos neutralizantes específicos contra essas variedades.

No entanto, é importante destacar que os anticorpos neutralizantes são apenas uma forma de proteção conferida por vacinas, e outras, como a imunidade celular, podem também atuar. Os autores afirmam que, assim como as vacinas de mRNA (RNA mensageiro, caso de Pfizer e Moderna), as vacinas de vírus inativado têm sido eficazes em proteger contra as formas do vírus em circulação, incluindo as VOCs (variantes que causam preocupação).

Quanto à variante P.1, embora a Coronavac tenha produzido menos anticorpos capazes de neutralizá-la, a proteção ainda assim se confirmou. Outros estudos, incluindo um desenvolvido por pesquisadores do Instituto Butantan, mostraram um potencial da vacina em proteger contra a variante de Manaus.

Outras vacinas em uso também apresentaram redução na capacidade de neutralização in vitro contra formas do vírus, mas, em estudos de eficácia na vida real (efetividade), todas as vacinas têm se mostrado eficazes em reduzir casos graves e óbitos da Covid, incluindo na África do Sul, onde a B.1.351 é predominante.

Como o estudo foi feito em laboratório, é importante continuar monitorando a ação das vacinas na população, especialmente nas regiões onde formas do vírus contendo a mutação E484K, como o Brasil, para avaliar a proteção da vacina.

Em Serrana, cidade do interior de São Paulo, um estudo conduzido pelo Instituto Butantan com o objetivo de avaliar a eficácia da Coronavac contra a variante P.1 já foi concluído. Os resultados devem ser apresentados nos próximos dias, segundo o diretor do instituto, Dimas Covas.

Ana Bottallo, Folhapress

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