Campanha busca estimular consumo de leite e derivados no país

Foto: Antônio Araujo?Mapa
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou hoje (3) a 1ª Semana do Leite e Derivados. Desenvolvida em parceria com entidades do setor privado, a pedido de produtores, a iniciativa busca estimular a população a consumir mais laticínios e destaca os benefícios destes para a saúde humana e a importância do segmento para a economia brasileira.“Esta iniciativa foi um pedido da nossa Câmara Setorial [da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados], dos produtores, que nos fizeram vários pedidos, dentre eles um para que fizéssemos algo para promover [o consumo do] leite”, informou a ministra Tereza Cristina durante a cerimônia de apresentação da campanha, nesta manhã, em Brasília.

Criada em 2003, como um órgão consultivo do ministério, a Câmara Setorial reúne a representantes de 30 instituições, além de convidados, para discutir políticas, estratégias e diretrizes relacionadas à produção e comercialização do leite e de seus derivados, subsidiando o governo federal na tomada de decisões. A realização da campanha foi uma das principais decisões discutidas durante a 18ª reunião do órgão, realizada no dia 17 de setembro deste ano.

Com o lema Alimentos Que Fazem o Brasil Crescer, a primeira edição da semana contará com a divulgação de peças publicitárias que buscam promover o consumo dos produtos lácteos. Estabelecimentos comerciais também divulgarão o estímulo à ingestão de mais leite e derivados.

O Brasil é o 3º maior produtor de leite e derivados do mundo, com produção de 34 bilhões de litros de leite por ano.“O setor supermercadista acolheu com muito carinho e disposição o pedido da ministra para promovermos todo o segmento lácteo em nossas mais de 90 mil lojas afiliadas à Associação Brasileira de Supermercados [Abras], bem como [nas plataformas de] comércio eletrônico”, disse o presidente da Abras, João Galassi, citando o exemplo de outras campanhas, como as de promoção da carne suína, de pescados e do vinho nacional.

“Mas, nesta jornada, nos propusemos a conceber uma ação que transcende o foco das vendas promocionais. Esta campanha tem como essência uma agenda mais abrangente e educativa. Traduzida pelo objetivo de trabalharmos importantes mensagens, com a qualidade da produção brasileira de lácteos e dos benefícios destes para a saúde de todos”, acrescentou Galassi.

O presidente do Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lpes de Freitas, destacou que a iniciativa chega em momento oportuno para os produtores – referindo-se às dificuldades de um cenário que conjuga alta dos custos de produção com leve queda do valor de referência pago pela indústria láctea aos pecuaristas.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite estima que, entre outubro de 2020 e o mês passado, os custos de produção aumentaram cerca de 33%, enquanto o valor de varejo que a indústria paga aos produtores aumentou apenas 12,8%. Já o Índice de Custos de Produção de Leite (ICPLeite), calculado pela Embrapa Gado de Leite, mostrou que, em setembro, a alta dos custos acumulada em 12 meses chegava a 33,9%. O índice aponta que, de abril deste ano (R$ 1,98/l) a setembro (R$ 2,39/l), a média nacional dos valores pagos aos produtores teve seis altas consecutivas, em parte por causa da menor oferta do produto.

“O que todos querem… eu quero o preço do leite um pouco melhor. Ainda mais numa época como esta, em que o preço [pago ao produtor] está dando sinal de baixa. Mas queremos mais que isto. Queremos desenvolvimento social. Precisamos de prosperidade para o nosso país”, afirmou Lopes. “E o desenvolvimento que fazemos com um setor não é só pela pujança econômica, é pela capacidade das pessoas se organizarem.”

Segundo a Embrapa, após ter aumentado ano a ano, por mais de uma década, o consumo de lácteos, no Brasil, estagnou a partir de 2014. Entre 2000 e 2014, a produção de leite cresceu à taxa média anual de 5,2% - acima, portanto, da expansão média do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,3% ao ano. No período de 2014 a 2020, a produção leiteira cresceu apenas 0,5% ao ano.

Ainda assim, o Brasil é, hoje, o terceiro maior produtor de leite e derivados do mundo, tendo respondido por 34 bilhões de litros em 2020. De acordo com o Ministério da Agricultura, 99% das cidades brasileiras contam com pelo menos um produtor de leite. No total, o país tem mais de 1 milhão de produtores, a maioria, agricultores familiares. Segundo a pasta, o setor movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano e gera mais de 4 milhões de empregos.

“Por isto, este é um momento ímpar dentro da história da cadeia produtiva do leite. Este movimento, esta campanha, tem uma importância muito grande para mostrarmos à sociedade não só o quanto o leite e seus derivados são importantes para a saúde humana, mas também a importância da nossa cadeia sob todos os pontos de vista, principalmente em relação à geração de emprego e renda”, destacou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, Geraldo de Carvalho Borges.

Na cerimônia de lançamento, os produtores pediram que a campanha se torne regular, o que tem apoio da própria ministra Tereza Cristina. “Tenho certeza de que esta iniciativa será um sucesso e duradoura”, disse a ministra, lembrando que iniciativas como esta demonstram a importância do trabalhador rural para quem vive nos centros urbanos.

"Às vezes, a criança conhece só a caixinha de leite que pega na prateleira do supermercado; não sabe que alguém acordou cedo, apartou o bezerro da vaca, tirou o leite, colocou o leite para refrigerar antes de outra pessoa ir buscá-lo e transportá-lo até a indústria que o transformou para que chegasse ao supermercado. É muito importante que estas campanhas sejam educativas em todos os aspectos, da nutrição [ao esclarecimento] sobre o que o homem do campo faz para levar alimento do campo à cidade”, enfatizou a ministra.
O Brasil é o 3º maior produtor de leite e derivados do mundo, com produção de 34 bilhões de litros de leite por ano.
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Presidente da Febraban defende autonomia do Banco Central

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, defendeu hoje (3) a autonomia do Banco Central, enquanto regulador bancário, na condução da política monetária, e convocou as instituições financeiras no desafio de ajudar a autoridade monetária a combater a inflação.

“Não há alternativa ao BC, senão reagir ao processo inflacionário que tem, além de fatores externos, [a influência de] fatores internos que a potencializam”, disse na apresentação da plataforma para ajudar as pessoas a melhor planejar suas finanças.

De acordo com Sidney, os efeitos da inflação são mais perceptíveis nas “classes menos favorecidas”.

“Temos de reconhecer que o BC sozinho não conseguirá vencer essa batalha. Há outros atores que influenciam os andamentos da economia”, alertou referindo-se aos recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal. “[A questão dos] Precatórios e o Auxílio Brasil causaram sensação de que a política fiscal foi quebrada, mas confio que Guedes [ministro Paulo Guedes, da Economia] e equipe vão manter compromissos da política fiscal”.

Ele lembrou que o Risco Brasil cresceu cerca de 60% esse ano e que a Bolsa de Valores já tem o “pior desempenho na comparação com países avançados e emergentes”.

“Precisamos ser capazes para não deixar os agentes econômicos consolidarem o risco percebido de que a âncora fiscal pode ter sido abandonada”, argumentou ao lembrar que o país ainda sofre “efeitos severos da pandemia”, disse.

“A mensagem que deixamos é de que o espaço que precisa ser aberto para o Auxílio Brasil e para os precatórios não pode representar o fim do arcabouço fiscal. É preciso definir quais são os valores para o auxílio e para os precatórios, de forma a não serem excedidos. E precisamos reduzir o déficit primário de 2021”, concluiu.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Financiar casas populares preserva a natureza, diz presidente da Caixa

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, fez hoje (3) uma apresentação sobre as ações ambientais do banco no estande brasileiro na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26). Ele afirmou que a principal linha de atuação da Caixa, o financiamento de casas populares, ajuda a preservar a natureza.

“Hoje, é comum as pessoas morarem em casas que vieram da destruição de algum bioma. Então, quando você financia essas casas bem construídas, você tira essa população carente e reduz a destruição”, disse Guimarães, que participou da COP-26 diretamente de Brasília, em estúdio montado pelo Ministério do Meio Ambiente.

Ele destacou que o banco financia atualmente a construção anual de 600 mil casas para as faixas de baixa renda, e que a carteira de crédito do banco estatal reduz o risco ambiental provocado pela falta de habitação e renda. “Essas casas vieram a substituir casas, muitas vezes, em encostas em que se havia desmatado tudo... casas de sapê”, disse.

Juros baixos
A seguir, destacou iniciativas como a de financiamento a juros baixos para instalação de células fotovoltaicas visando a produção de energia solar em casas populares.

Ele salientou, ainda, a aplicação de R$ 150 milhões do lucro da Caixa em um programa que pretende plantar dez milhões de árvores pelo país. Denominado Caixa Florestas, o projeto foi lançado em outubro e nesta semana foram anunciados os primeiros setores contemplados.

Entre os destinatários do dinheiro figuram programas selecionados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional para preservação de nascentes e mananciais. O projeto Nascente Viva, por exemplo, prevê o plantio de 450 mil árvores em 27 municípios da bacia do rio Verde Grande, em Minas Gerais, com o objetivo de recuperar 1,5 mil nascentes.

Segundo a Caixa, o objetivo do programa de plantio de árvores é proteger uma área total de 3,5 milhões de hectares.
Por Agência Brasil - Brasília

Dezenove dos 26 suspeitos mortos em ação policial em Varginha são identificados; veja quem são

Armamento apreendido durante operação da PM e PRF que resultou na morte de 26 suspeitos de roubo a bancos em Varginha (MG) — Foto: Tarciso Silva/EPTV
Os corpos foram encaminhados de Varginha para o Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte. Os homens identificados são dos estados de Amazonas, Rondônia, Goiás, Maranhão, São Paulo e Minas Gerais, além de Brasília.
Foto: G1
Os corpos foram encaminhados de Varginha para o Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte. Os homens identificados são dos estados de Amazonas, Rondônia, Goiás, Maranhão, São Paulo e Minas Gerais, além de Brasília.

Os corpos estão no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte. Dezesseis corpos já foram liberados para os familiares.

O g1 teve acesso a boletins de ocorrência registrados entre 2011 e 2021 em que os homens aparecem como citados. Pelo menos oito dos dez mineiros identificados até o momento já tinham antecedentes criminais, como roubo, assalto à mão armada e tráfico.

Veja os identificados até o momento:

1. Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG) - liberado;

Tinha passagens por porte ilegal de arma de fogo e receptação. O nome dele aparece em um boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal pelo crime de roubo de carga e caminhões. A ocorrência foi em março de 2021, na BR-262, em Uberaba.

2. Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO) - liberado;

3. Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF) - liberado;

4. Evando José Pimenta Junior, 37 anos, Uberlândia (MG)- liberado;

Na casa dele, em Uberlândia, os policiais já cumpriram mandados de busca e apreensão em julho e agosto de 2013. Evando e José Rodrigo Damas Alves, outro homem que morreu durante o confronto com a polícia em Varginha, se conheciam. Em 2016, os dois foram abordados pela polícia no Bairro Bom Jesus, em Uberlândia. Segundo o boletim de ocorrência, José Rodrigo era o motorista – e estava dirigindo com sintomas de embriaguez – e Evando "se apresentou como o dono do carro".

5. Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO) - liberado;

Segundo a Polícia Civil de Rondônia, Gerônimo foi quem assassinou o dono de uma pet shop de Porto Velho por não concordar com o preço cobrado pelo serviço. O corpo do empresário Henrique Fernando Barbosa foi encontrado dentro de um carro na rua 13 de Setembro, Bairro Areal, em 11 de março deste ano. No veículo da vítima havia várias marcas de tiros. Após o crime, a investigação da Civil apontou que Gerônimo foi o autor do homicídio do empresário. Ele estava foragido da Justiça havia oito meses.

6. Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG) - liberado;

Tinha passagens por furto e tráfico de drogas. Em 2014, durante uma abordagem policial, atirou contra militares que participavam da ação por isso tem anotação por tentativa de homicídio. A ocorrência foi registrada na cidade de Coromandel, no Triângulo.

7. Giuliano Silva Lopes, 32 anos, Uberlândia (MG) - liberado;

8. Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG) - liberado;

Tinha passagens por furto e roubo. Em 2015, Gleison foi preso ao tentar entrar em um supermercado. Ele estava no telhado do estabelecimento quando os militares conseguiram prende-lo. Em 2012, participou do assalto ao prédio da ABZC, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebú, em Uberada. Na época, seis homens armados invadiram o setor financeiro da associação, renderam funcionários e levaram cheques, documentos e celulares.

9. Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF);

10. Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG) - liberado;

Em 2012, quando era menor de idade, participou de um assalto à mão armada. Tinha várias passagens por dirigir sem carteira de habilitação. Em 2016 se passou por aluno e foi até a Escola Estadual Corina de Oliveira, no Bairro Mercês, em Uberaba, para ameaçar a ex-namorada. "Vou te matar, vou te dar um tiro" foram as ameças que o rapaz disse a vítima no dia em que a ocorrência foi registrada.

11. José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA) - liberado;

12. José Rodrigo Dama Alves, 33 anos, Uberlândia (MG) - liberado;

Tinha passagens pelo sistema prisional. Em julho de 2018, foi abordado pela Polícia Militar com um carro furtado. Durante a ação, ele e um comparsa tentaram fugir e acabaram batendo em uma viatura da PM. Com eles, os policiais encontraram uma pistola calibre 380 que havia sido furtado em Uberlândia, no Triângulo. Segundo o boletim de ocorrência do furto do revólver, o autor seria "magro, alto e negro". Características que, segundo a polícia, eram as mesmas de José Rodrigo.

13. Julio Cesar de Lira, 36 anos, Santos (SP) - liberado;

14. Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM) - liberado;

Segundo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na ficha criminal de Nunis só havia um processo no Juizado Especial Cível da Comarca de Humaitá. Na ocasião, o homem havia sido denunciado por um acidente de trânsito, em 2015, mas o processo não seguiu adiante por conta da ausência da autora da ação em uma audiência, sendo, posteriormente, arquivado.

15. Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG) - liberado;

Tinha passagens por tráfico de drogas e receptação. Em 2012, quando era menor, fez parte de um grupo que tentou arrombar uma casa lotérica no Bairro Luizote de Freitas, em Uberlândia. No mesmo ano, uma pessoa que teve a moto roubada reconheceu Raphael por uma tatuagem que ele tinha na perna.

16. Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG) - liberado;

17. Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO);

18. Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG) - liberado;

Em 2012 participou de um roubo a uma loja de material de construção. Ele e um comparsa levaram R$ 13 mil em dinheiro e correntes de ouro de funcionárias do estabelecimento. Os dois foram localizados horas depois do crime. Em 2017, a PM apreendeu com Thalles armas de fogo, entre elas umas pistola calibre 38. Teve passagens pelo sistema prisional.

19. Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO).

Eles foram identificados por meio de exame datiloscópico (impressão digital), em trabalho realizado conjuntamente pelo Instituto de Identificação da Polícia Civil de Minas Gerais, que emitiu 13 laudos, e pela Polícia Federal, que emitiu sete. Em um dos casos, as duas corporações emitiram o documento.

A Polícia Civil disse ainda que, além da identificação dos corpos, "está em curso a investigação de fatos e circunstâncias para possíveis correlações com outros eventos".

Críticas à operação

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pediu uma apuração sobre as mortes. A deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente do colegiado, diz que vai acionar o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública investigar o caso. O Ministério Público já disse que vai investigar a ação.

A deputada ainda fez críticas à atuação dos agentes.

"Uma operação policial exitosa é uma operação que não deixa óbitos para trás. Infelizmente, no Brasil, a juventude negra ainda continua tendo pena de morte como a única alternativa", disse a parlamentar.

Ela também defendeu que os mortos tivessem sido responsabilizado pelo crime que cometeram. "Um crime contra patrimônio não justifica a retirada de vida, seja de quem quer que seja", acrescentou.

Regimentalmente, para que a comissão possa iniciar a apuração oficial, é preciso que os deputados membros aprovem um requerimento. Ainda não há uma previsão para que isso ocorra.

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais enviou um ofício pedindo explicações ao Ministério Público, à Ouvidoria de Polícia e à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) sobre a ação policial que terminou com 26 mortos em Varginha, no Sul do estado.

“Chama-nos a atenção o fato de a mídia noticiar um confronto altamente armado no qual uma das partes foi ‘totalmente eliminada’”, diz a nota. Nenhum policial ficou ferido durante a operação.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também acredita que uma investigação deve ser feita para apurar a ação

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que "os policiais atuaram no estrito cumprimento do dever legal, utilizando a força necessária para repelir injusta agressão e manter a ordem pública e a incolumidade das pessoas, evitando a atuação de uma quadrilha, que pelo poderio bélico encontrado, poderia instaurar o caos na região, inclusive colocando a vida de cidadãos de bem em risco".

A Polícia Militar disse que, "de imediato, na primeira hora dos fatos, divulgou, ao vivo, em suas redes sociais, todas as ações que foram realizadas, além de organizar uma coletiva de imprensa com os responsáveis pela operação, que estiveram in loco. Não havendo, portanto, qualquer restrição de acesso à informação relacionada à ocorrência".

"Sobre a ação policial, além das medidas de Polícia Militar Judiciária adotadas, a instituição instaurou um Inquérito Policial Militar".

Banco de perfis

Amostras de DNA coletadas dos 26 corpos dos suspeitos de assalto a banco serão inseridas no banco nacional de perfis genéticos. A partir disso, poderá ser apontada a eventual participação deles em outros crimes.
Coletiva da Polícia Civil sobre ataque em Varginha. — Foto: Carlos Eduardo Alvim / TV Globo
A secretária-executiva da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a médica legista Tatiana Telles, informou na manhã desta segunda-feira (1º) que esse banco de perfis genéticos procura coincidências, os chamados "matches", entre o DNA desses corpos e o DNA achado em locais de crime no Brasil.

“Muito provavelmente nós teremos coincidências de atuações dessa quadrilha em outros locais de crime, em que por ventura tenham sido inseridos vestígios”, disse a médica legista Tatiana Telles.

Protocolo usado em Brumadinho

Segundo a médica legista Tatiana Telles, assim que a Polícia Civil tomou conhecimento sobre as mortes na operação, encaminhou uma aeronave para Varginha, onde foram feitos os primeiros trabalhos para identificação dos corpos. Eles foram separados por numeração e foi feita uma primeira coleta de digitais.

Após o traslado dos cadáveres para Belo Horizonte em rabecões, cinco peritos e dez legistas começaram a atuar na realização de exames no Instituto Médico-Legal (IML) André Roquette por volta das 21h deste domingo (31).

A decisão de trazê-los para a capital se deveu à complexidade dos trabalhos. Para identificação dos corpos, foi adotado um protocolo semelhante ao adotado na tragédia de Brumadinho em 2019.

"Assim que os corpos foram recebidos no IML, foram classificados com numeração, foram devidamente colocados protocolo de desastre de massa, igual foi feito em Brumadinho", disse o legista Marcelo Mari.

Os corpos foram submetidos a exames de raio-X, passaram por coleta de DNA e ainda foram refeitas as coletas de impressão digital, para uma dupla chegassem. Os trabalhos seguiram ao longo de toda a madrugada e apenas uma pausa foi feita entre 6h20 e 7h.

Segundo Tatiana Telles, algumas famílias já procuraram o local buscando informações sobre a identificação dos suspeitos, que ainda não tem previsão para conclusão.

"Os familiares que tiverem supostos entes queridos em meio a esses corpos tragam documentos, como exames, tomografias, fotografias que apareçam os dentes, os rostos se tiverem tatuagens, documentos pessoais. Qualquer elemento que facilita a identificação antropológica dos suspeitos", afirmou o médico legista José Roberto Rezende Costa.

O prazo para conclusão do laudo pericial é de dez dias, podendo ser prorrogado devido à complexidade dos trabalhos.

26 mortes

De acordo com levantamentos policiais, a quadrilha se preparava para atacar um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil em Varginha. A Polícia Militar (PM) disse que os suspeitos haviam alugado um sítio na cidade para ficarem perto do batalhão da corporação e assim realizarem a ação.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os confrontos com os homens ocorreram em duas abordagens diferentes. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 deles morreram no local.

Em uma segunda chácara, conforme a PRF, foi encontrada outra parte da quadrilha e, neste local, após intensa troca de tiros, ocorreram as demais mortes.

25 suspeitos de roubos a bancos são mortos durante troca de tiros com PM, PRF e Bope em Varginha, MG — Foto: Divulgação/Polícia Militar
Armamento de guerra
Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra o que seria armamento de guerra apreendido pelas forças policiais junto com a quadrilha que pretendia assaltar bancos no Sul de Minas.

Conforme a PM, os suspeitos tinham uniformes, coletes balísticos, coturnos e roupas camufladas. Além disso, tinham carregadores já municiados e armamentos de todos os calibres, como fuzis, escopetas e também "miguelitos", usados para furar pneus de viaturas.

A polícia também apreendeu com os suspeitos vários galões de combustível e materiais que seriam usados como explosivos.

Os integrantes da quadrilha poderiam fugir em uma carreta com fundo falso apreendida pela Polícia Rodoviária Federal. A suspeita é da PRF, que localizou o veículo em Muzambinho (MG).

A A Policia Militar disse que divulgou "todas as ações que foram realizadas, além de organizar uma coletiva de imprensa com os responsáveis pela operação, que estiveram in loco. Não havendo, portanto, qualquer restrição de acesso à informação relacionada à ocorrência. Sobre a ação policial, além das medidas de Polícia Militar Judiciária adotadas, a instituição instaurou um Inquérito Policial Militar".

Domínio de cidades
O modo de agir dos integrantes da quadrilha de roubos é denominado como “domínio de cidades”. Neste tipo de prática, os criminosos utilizam práticas para impedir que as forças de segurança possam reagir e também colocam em risco a população.

A explicação é do comandante do Batalhão de Operações Especias (Bope), tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes. Em entrevista ao g1, ele explicou que a ação dos homens mortos no Sul de Minas é diferente da chamada de “novo cangaço” e é, na verdade, a denominada “domínio de cidades”.
Parte das armas utilizadas pelos integrantes da quadrilha de roubos a bancos motos em Varginha (MG) — Foto: Franco Junior/g1
Armamento apreendido durante operação da PM e PRF que resultou na morte de 25 suspeitos de roubo a bancos em Varginha (MG) — Foto: Tarciso Silva/EPTV
“Nesse contexto de atuação criminosa, o ‘novo cangaço’ subintende a ações de menor vulto. Ações de quadrilhas menores, com menor poderio bélico e em cidades menores”, disse ao g1.

“O domínio de cidades seria uma evolução do novo cangaço, seria uma forma mais violenta, com mais material empregado, mais efetivo por parte dos criminosos. Ou seja, onde ele teria que dominar a cidade impedindo uma reação imediata da força de segurança, onde ele teria tempo para concretizar a ação criminosa. Basicamente a diferença entre novo cangaço e domínio de cidades seria isso: a quantidade de agentes e esse ânimo em impedir qualquer reação por parte da força de segurança local”, completou.

Por Cristina Moreno de Castro e Carlos Eduardo Alvim, g1 Minas e TV Globo — Belo Horizonte
03/11/2021 11h58 Atualizado há 57 minutos
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Suspeitos de roubos a bancos encontrados com explosivos

Foto: Divulgação SSP
Armas e munições tambem foram apreendidas com o três criminosos, em ação da Rondesp RMS. 
Equipes da Rondesp RMS apreenderam, na madrugada desta quarta-feira (3), artefatos explosivos com três criminosos suspeitos de roubos a bancos. O flagrante aconteceu, na Estrada Cova da Gia, no município de Simões Filho.
Quando o trio e mais dois comparsas perceberam a presença dos policiais, desceram do carro e, na tentativa de fuga, atiraram contra o efetivo. Na perseguição, dois conseguiram fugir e três foram atingidos durante o revide. Eles foram socorridos para o Hospital Municipal de Simões Filho, mas não resistiram.

Ao perceber que dentro do veículo possuía explosivos, a Rondesp RMS acionou o Bope, que desmontou o material e realizou a detonação. Com os criminosos também foram apreendidos uma pistola calibre 40, dois revólveres, duas balaclavas e roupas camufladas.

A ocorrência foi registrada na Corregedoria da PM.
Fonte: Ascom/ Silvânia Nascimento

Com saída de Datena, Bivar considera nome de ACM Neto para o Planalto em 2022

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo

Com a filiação do apresentador José Luiz Datena ao PSD, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, inseriu o ex-prefeito ACM Neto como um dos nomes cotados para concorrer ao Planalto em 2022 pelo União Brasil, fruto da fusão do seu partido com o DEM.

“Tudo é possível alterar”, argumentou Bivar, em entrevista ao site Folha de Pernambuco, sobre a chance de o baiano mudar os planos. Segundo ele, o governador Ronaldo Caiado e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta também figuram como hipóteses.

Hoje, Neto é cotado para disputar o Governo do Estado no próximo pleito. O democrata tem viajado pelo estado em pré-campanha.

Caminhoneiros falam em manter greve; estradas seguem sem bloqueios

Foto: Gervásio Batista/Arquivo/Agência Brasil

Mesmo com fraca adesão, caminhoneiros autônomos prometem manter a greve nacional iniciada na segunda-feira, em protesto contra a alta de preços do óleo diesel. “Continuamos a paralisação até o governo apresentar alguma resposta às demandas da categoria. A adesão está boa, dentro do esperado e em vários Estados. Há poucos caminhões rodando nas rodovias”, disse o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias. A interrupção das atividades está concentrada, porém, entre autônomos, sem adesão dos celetistas e empresas transportadoras.

Balanço divulgado ontem pelo Ministério da Infraestrutura indicou que as rodovias federais e pontos logísticos estratégicos do País continuavam sem nenhuma ocorrência de bloqueio parcial ou total. Segundo o ministério, existia apenas um ponto de concentração no km 276 da BR-116/RJ (na rodovia Presidente Dutra), em Barra Mansa (RJ), sem bloqueio e sem abordagem a caminhoneiros que seguiam viagem.

Diante da proibição de interdições e bloqueios nas estradas, a greve nacional está restrita a manifestações às margens das rodovias e para veículos estacionados em postos de combustíveis. O governo federal se antecipou aos atos e obteve 29 liminares judiciais proibindo bloqueios nas estradas e em pontos logísticos estratégicos de 20 Estados.

“O movimento segue aqui em Ijuí (RS), apesar do efeito das liminares”, afirmou o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer.

Isadora Duarte/Estadão

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Entenda o que é o semipresidencialismo, sistema defendido por Lira e outros parlamentares

Foto: Dida Sampaio/Arquivo/Estadão

A discussão sobre o semipresidencialismo ganhou corpo recentemente com o apoio de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, e de políticos como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Uma proposta sobre o tema foi protocolada na Câmara no ano passado e poderia ser colocada em andamento por Lira, mas há inúmeras divergências quanto à aplicação do modelo ao Brasil.

Mas o que é o semipresidencialismo?

Nesse modelo, existe um presidente, eleito pelo voto popular, e um primeiro-ministro, escolhido pelo Parlamento. Os dois compartilham atribuições governamentais, afirma Sérgio Praça, cientista político da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

As tarefas de cada um deles variam e dependem das designações determinadas pelo Parlamento local ao implementar o sistema. França e Portugal estão entre os exemplos de nações que adotam o modelo.

“Existe uma variação grande de país para país sobre quais são essas tarefas “, diz Praça. Caso o sistema fosse implementado no Brasil, as tarefas atribuídas ao presidente e ao primeiro-ministro seriam determinadas pelo Congresso.

​Defensores da proposta afirmam que o semipresidencialismo permitiria maior estabilidade política ao país. Já os críticos dizem que o modelo seria de difícil aplicação no Brasil e não traria os efeitos pretendidos.

​O autor da PEC (proposta de emenda à Constituição), deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), protocolou o texto em agosto do ano passado e afirma ter procurado Lira para fazer o texto andar na Câmara.

Em entrevista à Folha em julho deste ano, Moreira argumentou que o semipresidencialismo não visa ser contra ou a favor de Jair Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sim um sistema para melhorar a governabilidade do país.

Ele defende que a mudança deixaria mais clara a coalizão formada para dar sustentação a governos. “O semipresidencialismo é uma evolução do presidencialismo. Não é um novo regime, é um novo modelo de governança.”

A proposta é criticada pelo PT, que lidera as pesquisas de intenção de voto para 2022, e por partidos de oposição a Bolsonaro, que veem nela uma tentativa de Lira de se esquivar da análise dos pedidos de impeachment.

O semipresidencialismo, em que o presidente, eleito pelo voto direto, seria o chefe de Estado, e um primeiro-ministro escolhido pelo Congresso seria o chefe de governo, já vem sendo tema de discussão há alguns anos.

Caso ele fosse implantado agora, Bolsonaro perderia poderes, bem como seu sucessor em 2022 ou ele próprio, caso seja reeleito. O ministro do STF Luís Roberto Barroso, por exemplo, defende que o sistema seja adotado apenas depois de 2026.

Para Praça, caso a proposta fosse implantada no Brasil, o modelo não surtiria o efeito imaginado pelos defensores. Ele dá como exemplo a grande quantidade de partidos por aqui, diferentemente de outros países que utilizam o modelo.

“O único efeito que a implementação do semipresidencialismo teria no Brasil é confundir as pessoas, e não aumentaria a governabilidade, não diminuiria o impeachment como problema político permanente do país, não fortaleceria os partidos do ponto de vista organizacional programático”, diz Praça.

Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper, também não considera viável o modelo no Brasil. “Seria um sistema de difícil compreensão acerca dos limites de cada ator para a população e que poderia nos levar a impasses institucionais ainda mais complicados do que aqueles que temos hoje.”

“Vivemos uma crise de governo hoje que não pode ser confundida com uma crise de regime. Nesse sentido, é mais importante educar os brasileiros para a cidadania e a compreensão das instituições vigentes que pensar em amplas reformas a cada véspera de um processo eleitoral, como temos feito atualmente.”

Lira tem dito que o semipresidencialismo é uma maneira de combater a instabilidade e melhorar a gestão. Ele argumenta que todos os presidentes da República foram alvo de pedidos de abertura de impeachment. No caso dos mais de cem pedidos contra Bolsonaro, cabe justamente a Lira analisar se aceita ou não a peça.

O Brasil já teve um plebiscito sobre o tema. A consulta ocorreu em 1993, e a população brasileira rejeitou a implementação do parlamentarismo, preferindo permanecer com o modelo presidencialista.

O que é o semipresidencialismo? 
É um sistema de governo em que existe um presidente, eleito por voto popular, e um primeiro-ministro, escolhido pelo Parlamento.

Quais as características desse modelo? 
As atribuições que ficam a cargo do presidente em um sistema presidencialista seriam divididas. Uma parte segue com ele, enquanto outra parcela passa a ser executada pelo primeiro-ministro. A forma como é feita essa divisão depende da formatação dada pelo Parlamento de cada país.

O que mudaria na eleição? 
A princípio, nada. O eleitor continuaria a escolher o presidente por meio do voto popular. Entretanto, as tarefas do presidente eleito seriam divididas com um primeiro-ministro, eleito pelos deputados federais.

Quem é o autor da PEC do semipresidencialismo? 
O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

O que prevê a proposta de emenda à Constituição? 
O texto estabelece que o primeiro-ministro seria preferencialmente um membro do Congresso, mas não exclusivamente. Também não existiria impedimento para que o cargo fosse ocupado por um parente do presidente que exerça atividade política.
Para o cargo de presidente da República segue valendo a mesma regra, eleito por voto popular. Já o primeiro-ministro seria indicado pelo presidente e, para ser chancelado pela Casa, teria que formar maioria no Congresso.

A Lei do Impeachment continuaria valendo para o presidente. No caso de uma crise, o primeiro-ministro poderia ser trocado diretamente pelo Parlamento. Depois de uma terceira troca, porém, o presidente tem a possibilidade de dissolver a Câmara. Neste caso, ocorreriam novas eleições para deputado federal.

​Quando passaria a ter validade? 
A proposta é que o novo modelo, caso adotado, entrasse em vigor a partir das eleições de 2026.

Quem apoia uma mudança para o semipresidencialismo?
A proposta tem apoio de ministros do Supremo como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso e de políticos como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Existem outros países que adotaram esse modelo? 
Cerca 50 países países no mundo utilizam esse modelo. Entre os de maior destaque estão Portugal e França. Entretanto, o formato de cada modelo varia de país para país e depende da formulação do projeto internamente.

Outros países podem servir de modelo para o Brasil?
Especialistas apontam que o sistema político de cada local possui características próprias, por isso não seria possível simplesmente importar o modelo de outro país para o Brasil. Eles citam como exemplo o grande número de partidos brasileiros, o que não ocorre em outras nações semipresidencialistas.

O Brasil já teve algum modelo diferente do presidencialismo? 
A partir da Proclamação da República em 1889, o Brasil passou a ser um país presidencialista, ou seja, um presidente eleito pelo voto popular é o chefe do governo. O modelo durou até a renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Com a saída dele do governo, quem deveria assumir o cargo era seu vice-presidente, João Goulart.

Por conta de divergências políticas e resistências ao nome do então vice por parte de alguns setores do país, o Congresso adotou o parlamentarismo, aproveitando que Goulart encontrava-se em viagem ao exterior.

Isso permitiu que Jango assumisse o cargo de presidente. Entretanto, as tensões políticas permaneceram. Meses depois, o Brasil voltaria ao presidencialismo. Com o golpe de 1964, o país passou a ser governado pelos militares pelas duas décadas seguintes.

Quais os argumentos dos defensores da proposta? 
A estabilidade é o principal. Quem defende o modelo afirma que ele evitará as instabilidades provocadas pela possibilidade de impeachment do presidente. Também argumentam que ficaria mais transparente para a população quais partidos realmente apoiam o governo, evitando negociações escondidas entre o presidente e partidos em busca de apoio no Congresso.

Quais os argumentos dos críticos? 
Um dos problemas apontados é que o semipresidencialismo confundiria os eleitores, dificultando a participação popular no processo político brasileiro.

Outro argumento está relacionado ao alto número de partidos existentes no Brasil. Isso poderia impedir a estabilidade almejada pela ideia.

Críticos também argumentam que ela tem sido defendida apenas como estratégia de Lira para se esquivar dos mais de cem pedidos de impeachment contra Bolsonaro que aguardam análise pelo presidente da Câmara.

Tayguara Ribeiro/Folhapress

STF retoma trabalhos presenciais nesta quarta-feira

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A partir desta quarta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma gradualmente os trabalhos presenciais. Os julgamentos nas turmas e no plenário, que até agora eram realizados virtualmente, voltarão a ser feitos presencialmente. O atendimento ao público externo também será retomado.

Haverá exceções para os trabalhos presenciais. As sessões de julgamento, tanto no plenário quanto nas turmas, poderão ser realizadas virtualmente caso as respectivas presidências determinem ou algum ministro alegue motivos pessoais para não comparecer. Nas audiências públicas, o relator poderá determinar se os trabalhos serão presenciais ou virtuais.

O acesso ao plenário e às turmas do Supremo será liberado apenas aos ministros, integrantes do Ministério Público, advogados dos processos da pauta do dia e de servidores e colaboradores indispensáveis ao funcionamento da sessão. O comparecimento do público nesses locais continuará vetado.

As regras para o funcionamento do STF foram editadas na Resolução 748/2021, assinada em 26 de outubro pelo presidente do Supremo, ministro Luiz Fux. Segundo a resolução, todos os frequentadores do STF deverão apresentar o certificado de vacinação emitido pelo aplicativo Conecte-SUS, do Ministério da Saúde, usar máscaras de proteção facial e ter a temperatura medida. As obrigações valem tanto para o público interno quanto externo do STF.

De acordo com a resolução editada por Fux, a retomada dos trabalhos presenciais considera que 95% da força de trabalho, entre servidores e colaboradores, cumpriram o calendário vacinal completo e que 59% das pessoas que trabalham diariamente no STF são jovens, com idade entre 21 e 45 anos.

O STF retorna aos trabalhos presenciais depois de um ano e oito meses. Na semana passada, a Câmara dos Deputados tinha voltado ao trabalho presencial, com a exigência de passaporte de vacinação para entrar nas dependências da Casa.

Edição: Graça Adjuto
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio acumulado em R$ 65 milhões

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (3) um prêmio acumulado em R$ 65 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.425 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.
Por Agência Brasil - Brasília

Trabalhadores nascidos em fevereiro podem sacar auxílio emergencial Foto: Marcelo

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

                                           Sétima parcela foi depositada em 21 de outubro
Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em fevereiro podem sacar, a partir de hoje (3), a sétima parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro foi depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 21 de outubro.

Os recursos também podem ser transferidos para uma conta corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.

O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.

Neste ano, a rodada de pagamentos teve sete parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, receberam R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebeu R$ 375; e pessoas que moram sozinhas receberam R$ 150.

Regras

Pelas regras estabelecidas, o auxílio foi pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa fosse inferior a meio salário mínimo. O beneficiário precisava ter sido considerado elegível até dezembro de 2020, pois não houve nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continuou valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.

O programa se encerraria com a quarta parcela, depositada em julho e sacada em agosto, mas foi prorrogado até outubro, com os mesmos valores para o benefício.

A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.

 Colaborou Andreia Verdélio
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

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