Servidor do governo federal era ‘braço burocrático’ de organização criminosa em Brasília, diz MPF
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Foto: Reprodução/Policial federal durante busca e apreensão na operação Bleeder |
O MPF afirma no pedido de afastamento de Celso Mamede do Ministério do Desenvolvimento Regional que ele é o “braço burocrático” em Brasília da organização criminosa investigada por desvios em obras de açudes em regiões castigadas pela seca na Paraíba.
A dispensa de Mamede foi publicada no Diário Oficial da União na sexta (19) após a Justiça ordenar seu afastamento na operação Bleeder. Ele ocupava o cargo Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, área do governo sob influência de indicados do Centrão.
Até outubro, a secretaria era chefiada pelo advogado Tiago Pontes Queiroz, também afastado do cargo após ter o sigilo quebrado em outra investigação sobre desvio de dinheiro, essa no Ministério da Saúde.
Foi Queiroz que em dezembro de 2020 designou Mamede como substituto eventual do cargo em comissão de Coordenador-Geral da Coordenação-Geral de Obras e Aquisições do Departamento de Estruturação Regional e Urbana.
Ao pedir o afastamento de Mamede, o MPF afirma que há indícios de que ele se “utiliza do seu cargo público para a prática de ilícitos criminais, especialmente em razão de sua atuação na aprovação de projetos e na fiscalização das obras de interesse” da organização criminosa.
No entendimento dos investigadores, se permanecesse no cargo, o servidor “poderia atuar internamente no sentido de dificultar investigações e encobrir rastros”.
Mamede era responsável por fiscalizar e vistoriar as obras e, segundo o MPF, se aliou a João Feitosa, apontado como líder da organização criminosa que utilizava empresas de fachada para fraudar as licitações e pagava suborno a servidores.
Os investigadores monitoraram visitas que ele fez a cidades da Paraíba, em 2020, para vistoriar obras de açudes e confirmaram os encontros do servidor com João Feitosa.
O MPF aponta que os projetos dos açudes eram elaborados “com a ajuda e a camaradagem do próprio vistoriador”, no caso Celso Mamede.
Camila Mattoso, Folhapress
Decarga apreende R$ 1 milhão em cigarros contrabandeados
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Foto: Ascom PC |
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Foto: Ascom PC |
A abordagem ocorreu por volta das 3h, próximo ao Posto Elite, na BR-101, município de Feira de Santana. "O motorista foi autuado em flagrante por contrabando e pode até perder a propriedade da carreta, registrada em seu nome", explicou Gustavo Coutinho, titular da Decarga.
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Foto: Ascom PC |
Na oportunidade, os investigadores da unidade, em abordagem a outro veículo suspeito, encontraram escondidas no porta-malas cerca de mil aves silvestres. Elas estavam acondicionado em caixas de madeira. Os dois indivíduos que estavam no veículo Ford Focus interceptado foram presos em flagrante por crime ambiental.
"Os pássaros estavam em situação de maus tratos e alguns não suportaram as péssimas condições de transporte. As aves sobreviventes foram entregues ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para soltura em local adequado", afirmou o delegado.
A carreta com os cigarros apreendidos ficará à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: Ascom PC
Presidente sanciona lei que institui o auxílio gás
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Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil |


Cada família beneficiada vai receber, a cada dois meses, o equivalente a 50% da média do preço nacional do botijão de 13 quilos. Esse valor será estabelecido pelo Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos seis meses anteriores, conforme regras que ainda serão definidas em decreto.
O auxílio será destinado às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ou que morem na mesma casa de quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Ele será concedido, preferencialmente, às famílias com mulheres vítimas de violência doméstica que estejam sob o monitoramento de medidas protetivas de urgência. A preferência de pagamento também será para a mulher responsável pela família.
O governo utilizará a estrutura do Auxílio Brasil para fazer os pagamentos do auxílio gás. A operacionalização do programa social é feita pela Caixa Econômica Federal.
Fonte de recursos
O programa será financiado com recursos dos royalties pertencentes à União na produção de petróleo e gás natural sob o regime de partilha de produção, de parte da venda do excedente em óleo da União e bônus de assinatura nas licitações de áreas para a exploração de petróleo e de gás natural. Além disso, serão utilizados outros recursos que venham a ser previstos no Orçamento Geral da União e dividendos da Petrobras pagos ao Tesouro Nacional.
A lei tem ainda como uma das fontes de financiamento o montante que cabe à União da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que passará a incidir sobre o botijão de gás de 13 quilos.
Aprovado no mês passado pelo Congresso, a previsão é que o benefício terá um custo de cerca de R$ 592 milhões e poderá atender dois milhões de famílias do CadÚnico.
Edição: Maria Claudia
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Em audiências, TSE recebe sugestões para regras eleitorais de 2022
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou hoje (22) uma série de audiências públicas para receber sugestões da sociedade civil sobre as regras eleitorais que devem vigorar nas eleições gerais de 2022
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Além da própria Constituição e do Código Eleitoral e leis correlatas, as eleições são reguladas por resoluções do TSE, que disciplinam detalhes sobre diversos pontos do pleito, como o registro de candidaturas e a propaganda eleitoral, por exemplo.
Todas as audiências podem ser acompanhadas ao vivo no canal do TSE no YouTube. Nesta segunda-feira, o tribunal abriu espaço para a manifestação sobre a resolução que trata da prestação de contas de campanha.
A maior parte dos participantes, até o momento, foi composta por advogados da área eleitoral, que propuseram ajustes em alguns detalhes específicos. Também participaram representantes de partidos políticos e de entidades como a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), entre outras.
“O que nós buscamos com esse diálogo, com essas contribuições, é dar previsibilidade, estabilidade e coerência às regras regulamentadoras das eleições de 2022”, disse o ministro Edson Fachin, vice-presidente do TSE, na abertura dos trabalhos. Ele preside a comissão responsável pela elaboração das resoluções.
As inscrições para falar durante as audiências, que foram abertas para qualquer cidadão, já se encerraram. Entretanto, quem ainda quiser enviar contribuições às resoluções pode fazê-lo até amanhã (23) pelo formulário eletrônico disponibilizado pelo TSE.
No portal do TSE podem ser encontradas também as minutas de todas as resoluções para as eleições de 2022. As audiências públicas são uma das etapas para a redação das normas para o ano que vem, cujo texto final deve ser aprovado pelo plenário da Corte Eleitoral.
Edição: Denise Griesinger
Por Agência Brasil - Brasília
Caixa paga hoje Auxílio Brasil a cadastrados com NIS final 4
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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
A Caixa paga nesta segunda-feira (22) o Auxílio Brasil para beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) com final 4. O valor médio do benefício é de R$ 217,18. As datas seguirão o modelo do Bolsa Família, que pagava os beneficiários nos dez últimos dias úteis do mês.



O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Benefícios básicos
O novo programa social tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas ou em competições científicas e acadêmicas.
Podem receber o Auxílio Brasil as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e aquelas com renda per capita de até R$ 200, consideradas em condição de pobreza.
Calendário de pagamento
A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil.
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Calendário de pagamento do Auxílio Brasil - Divulgação/Caixa |
Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para integrar o programa social, os nove tipos diferentes de benefícios e o que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, que vigoraram até outubro.
Segundo o Ministério da Cidadania, neste primeiro mês de funcionamento do novo programa social, serão contempladas mais de 14,5 milhões de famílias em um investimento superior a R$ 3,25 bilhões.
Edição: Kleber Sampaio
Por Agência Brasil - Brasília
Ipiaú: Calendário de vacinação de 22 a 26 de novembro, das 08h às 12h
Confira o dia da vacinação na sua UBS no quadro acima.
3ª Dose - população a partir de 18 anos - 5 meses que recebeu a 2ª dose. 2ª Dose - Disponível - Confira a data no seu cartão de vacinação. Se sua vacina foi Astrazeneca ou Pfizer fique atento ao intervalo que agora é de 8 semanas. 1ª Dose - adolescentes a partir de 12 anos Documentos necessários: Cartão do SUS atualizado, CPF, Cartão de Vacinação, Comprovante de Residência ou Cartão Família.
Pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida recebem a vacina em casa. A solicitação deve ser realizada por um responsável no Posto de Saúde mais próximo do seu domicílio .
Atenção Atualizações da Vacinação da Covid-19
3ª Dose ou Dose de Reforço;
População a partir de 18 anos com 5 meses que recebeu a segunda dose já pode tomar a dose de reforço
Imunossuprimidos - após 28 dias que recebeu a segunda dose pode tomar a dose de reforço
2ª Dose
O Intervalo da primeira para a segunda dose para quem tomou Astrazeneca ou Pfizer passa a ser de 8 semanas.
Quem tomou a vacina Janssen precisará tomar a segunda dose. A Secretaria Municipal de Saúde aguarda a chegada de lote desse imunizante para cumprir o ciclo vacinal.
Vacina Salva Vidas. Desinformação Não.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Ubatã: Onda de violência preocupa ubatenses e autoridades; 03 homicídios são registrados em 24h
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Homens foram executados na rua do Lajedo, em Ubatã (Foto: Ubatã Notícias) |
Criminosos executaram, por volta de 1:20h da madrugada deste domingo (21), dois homens na rua do Lajedo, em Ubatã. As vítimas foram identificadas como Iago Olívio dos Santos, vulgo Bleide, e Cleiton Nascimento Santos. Conforme informações da PM, os criminosos quebraram o cadeado, invadiram a residência onde estavam as vítimas e executaram os dois ainda no local.
Uma das vítimas tentou fugir dos criminosos, mas foi alcançada e acabou sendo executado no quintal de uma outra casa, ao lado de uma cisterna. A Polícia Militar não informou se havia parentesco entre os homens executados e se eles possuíam passagem pela Polícia. Os corpos já foram removidos pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Com os assassinatos deste domingo, Ubatã chega a 5 homicídios em 2021 (lembrar), (lembrar), (lembrar) os três últimos registrados num intervalo de 24h.
A Polícia Civil investigará se os crimes possuem relação com o tráfico de drogas. (Ubatã Notícias)
PSD tenta ocupar espaço de PSDB em crise e vê Alckmin como trunfo simbólico
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Foto: Werther Santana/Arquivo/Estadão/Geraldo Alckmim |
Na quarta-feira (24), o PSD fará seu encontro nacional, em Brasília. O partido disputa a filiação de Geraldo Alckmin (de saída do PSDB) e promete que a reunião será em paz, sem bagunça.
Na quarta pela manhã, o PSD realizará um encontro de mulheres da sigla. A reunião nacional será à tarde, com presidentes de diretórios e parlamentares
Lideranças falam com confiança que o quadro recente do PSDB, que culminou no fiasco das prévias deste domingo (21), abre caminho para o PSD ficar mais forte e ocupar espaço. A passagem de Alckmin seria simbólica nesse processo.
Alem do ex-governador de São Paulo, o PSD pretende lançar também seu próprio candidato presidencial em 2022, o senador Rodrigo Pacheco (MG), atual presidente do Senado.
Em 2020, o PSD esteve entre os partidos que mais cresceram em número de prefeitos em relação a 2016, saltando de 539 para 652. O PSDB encolheu e caiu de 804 para 519 prefeituras vencidas.
Painel/Folhapress
Políticos veem PSDB em frangalhos, e terceira via segue sem rumo
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Foto: Dida Sampaio/Arquivo/Estadão |
O fiasco das prévias presidenciais tucanas, interrompidas neste domingo (21), foi visto como retrato de um partido em frangalhos. A avaliação é de dirigentes do PSDB e também de outras legendas, que monitoram essa definição para se orientarem a respeito de costuras políticas estaduais e nacionais.
O destino do PSDB com João Doria (SP) ou Eduardo Leite (RS) afeta grande parte do espectro da centro-direita e da direita, passando por PL (que poderá ter Jair Bolsonaro), União Brasil e Podemos (de Sergio Moro).
Esses partidos têm divisões internas sobre qual dos dois devem apoiar e a respeito dos efeitos da vitória de Leite ou de Doria sobre suas campanhas em 2022 e também sobre a chance de uma terceira via.
Em São Paulo, por exemplo, um dos entraves para a entrada de Bolsonaro no PL foi o apoio previamente combinado por Valdemar Costa Neto a Rodrigo Garcia (PSDB).
Antes das prévias, as campanhas de Doria e Leite anunciavam gestos de união para depois da divulgação do resultado, em tentativa de projetar imagem harmônica. O fiasco deste domingo, no entanto, aumentou a fissura.
Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus e também candidato nas prévias, diz ao Painel que Bruno Araújo, presidente do PSDB, quis que ele e Doria falassem ao lado de Leite à tarde, mas que não houve acordo.
“Pela ideia do Bruno, falaríamos os três. Mas não tem cabimento. Com esse rapaz não dá”, afirma. “Não dá, porque sempre tem subterfúgio, ele é escorregadio, está mal aconselhado”, completa.
Doria e Virgílio se revoltaram com a proposta de aliados de Leite de deixar as prévias para o ano que vem —o gaúcho diz que não concorda com ela. Segundo o ex-senador, o governador do RS quer melar o processo.
“2022 significa não fazer, né? Quer levar para uma convenção para fazer maioria fácil. Quer excluir o povo do processo decisório”, afirma Virgílio.
Painel/Folhapress
Professores e estudantes comentam o primeiro dia de Enem
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Após o fim do primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, a Agência Brasil conversou com professores e estudantes. Eles relatam que o exame seguiu o padrão de edições anteriores e que exigia bastante interpretação de texto. Em um ano de pandemia, o preparo foi mais difícil e, os candidatos disseram que acharam a prova bastante difícil. 



Heloísa Lara, 24 anos, fez a prova em Cacoal (RO). A estudante que quer cursar medicina é veterana no Enem. Hoje, ela diz que estava com muita dor de cabeça.“Eu achei mais difícil do que no ano passado, não sei se foi porque eu não estava bem e não consegui me concentrar direito”, conta.
Apesar disso, ela gostou da prova. “Eu gostei bastante dos textos, porque trouxeram assuntos importantes como a escravidão, o abandono de animais e também a crise dos refugiados, que foram textos que me marcaram bastante”.
Quando fez o Enem 2020, Heloísa contou à Agência Brasil que a sala de prova estava vazia porque muitos estudantes tinham faltado. Nesta edição, foi diferente. “Esse ano teve muito mais salas cheias, apesar disso teve o distanciamento. Os fiscais ofereciam álcool em gel na entrada e para os que não levaram álcool. Todos usando máscara, mas na hora da saída teve aglomeração”, diz.
Pelas regras do Enem é obrigatório o uso de máscaras e o distanciamento. As pessoas com covid-19 e outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer aos locais de prova.
No Rio de Janeiro, Iuri Cabral, 19 anos, conta que, por conta da pandemia e do ensino remoto, ele passou boa parte dos últimos meses sem estudar.
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Estudantes chegam para o primeiro dia de prova do Enem 2021,na Uerj, no Rio de Janeiro - Tomaz Silva/Agência Brasil |
Apenas recentemente, com a retomada das aulas presenciais, ele diz que conseguiu retomar também os estudos e correr atrás do tempo perdido.
“Eu acho que fui bem na prova, tive algumas dificuldades, mas no geral fui bem. O tema da redação foi bem diferente do que eu esperava, mas consegui desenvolver bem o texto. No geral, achei bom o conteúdo da prova, foi o que eu estudei”, diz o estudante que também pretende cursar medicina.
Evani de Sousa Costa, 31 anos, fez a prova em São Paulo. Este foi o primeiro o primeiro Enem que fez. “Achei tudo muito difícil”, conta. Ela pretende usar a nota para cursar farmácia. “Não tive muito tempo para estudar esse ano, mas mesmo assim decidi fazer o exame. Hoje não fui muito bem, sai arrasada, mas espero que dê tudo certo”, diz.
Questões interpretativas
Na avaliação do professor de geografia e atualidades do Descomplica Cláudio Hansen, ao contrário do que vinha sendo observado nos últimos anos, com questões mais conteudistas, as questões das provas de hoje foram mais interpretativas. “O que a gente reparou agora foi mais uma necessidade de você entender os textos e conseguir contextualizar, mais do que exigir de você conhecimento para você acertar a questão, era mais uma capacidade interpretativa e de contextualização”, diz.
Segundo Hansen, ter a maioria das questões de um tipo, pode desequilibrar a avaliação. “A prova do Enem reconhecidamente é dividida em questões fáceis, médias e difíceis, então quando coloca a prova muito ligada a um modelo só interpretativa ou só conteudista, ela perde um pouco da proposta dela de analisar habilidades e competências, que é uma das coisas que se fala do enem prova que quer interpretar um caminho de aprendizagem do aluno, em diferentes níveis de cobrança”, analisa.
De acordo com o professor, a prova cobrou questões indígenas, discriminação racial, questões de meio ambiente, de gênero, mas deixou de fora pontos polêmicos, como desmatamento. O período do regime militar apareceu apenas indiretamente em uma questão que trazia a canção Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho. A música que traz críticas sociais foi composta na década de 1970.
Para o diretor do curso Anglo, Daniel Perry, a prova manteve o padrão de anos anteriores em termos de habilidades cobradas e de nível de dificuldade. “Muita análise de diferentes gêneros textuais em todas as áreas do conhecimento. Não apresentou polêmicas, mas dialogou com temas da atualidade, como a passividade política, erotização do corpo feminino, o racismo, questão indígena, dentre outros”, diz e acrescenta: “O exame foi equilibrado no que se refere a nível de dificuldade, como é praxe do Enem, uma boa distribuição entre questões fáceis, médias e difíceis. Foi uma prova trabalhosa e cansativa, como também é padrão desse exame de seleção”.
Prova de redação
O tema da redação desta edição, segundo professores ouvidos pela Agência Brasil, seguiu a linha adotada em provas anteriores, de tratar de questões sociais brasileiras. O tema "Invisibilidade e Registro Civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil" foi elogiado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
De acordo com educadores, a questão traz à tona um importante debate para o país. A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que cerca de 3 milhões de pessoas não possuam um registro civil, como certidão de nascimento, o que faz com que fiquem impedidas de ter acesso a programas sociais e outras garantias.
O diretor e professor do Colégio e Curso Ao Cubo, Rafael Pinna, ressalta que mesmo com o registro, ainda há um caminho para garantir os direitos a todos os cidadãos. "Há uma questão sutil, mas muito importante no tema: a escolha da palavra 'garantia' na frase-tema. Há uma indicação de que o registro civil "garanta" a cidadania do indivíduo. Isso não é verdade em um país que sofre com a fome, a falta de moradia, o analfabetismo e a exclusão digital, entre tantos outros problemas sociais graves e excludentes. O registro civil é uma condição para a cidadania, mas não uma garantia dela", diz.
O Enem ocorre em meio a uma série de polêmicas envolvendo a atual gestão do Inep. Na última sexta-feira (19), às vésperas do exame, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) coletou, organizou e compilou as principais situações enfrentadas pelos funcionários da autarquia, que segundo a organização indicam assédio institucional. Neste mês, 37 servidores pediram exoneração de seus cargos, entre eles estão pessoas ligadas ao Enem. O documento foi entregue à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal, Frente Parlamentar Mista da Educação, Frente Servir Brasil, Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União, Ouvidoria do Inep e Comissão de Ética do Inep.
Tanto o presidente do Inep, Danilo Dupas, quanto o ministro da Educação, Milton Ribeiro, têm negado as acusações e dizem não haver interferência no Enem. Acionado por parlamentares, o TCU poderá realizar auditoria no Inep e no Enem.
Enem 2021
O Enem começou a ser aplicado hoje (21) em mais de 1,7 mil cidades. Mais de 3 milhões de candidatos estão inscritos. Os estudantes fizeram as provas de redação, linguagens e ciências humanas. O exame segue no próximo domingo (28), quando serão aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza.
O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.
Questões do Enem
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) exibirá a correção ao vivo das provas no programa Caiu no Enem, que vai ao ar nos dois dias de Enem, das 19h30 às 21h. No programa especial da TV Brasil, que também será transmitido pela Agência Brasil e Rádio Nacional. Mais informações sobre a cobertura do Enem estão disponíveis aqui.
Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar gratuitamente o Questões Enem, um banco que reúne questões do Enem de 2009 a 2020.No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.
Assista na TV Brasil:
Edição: Claudia Felczak/ Bruna: Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Atualizado em 21/11/2021 - 20:13
Polícia Militar prende homem em Itagibá que tinha em seu desfavor um mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio
Na noite desse sábado, por volta das 23h10min, a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá recebeu uma denúncia, via telefone funcional, informando que havia uma pessoa no Loteamento Primavera, no município de Itagibá, teria em seu desfavor um mandado de prisão em aberto e estaria na festa da cavalgada da lua.
A guarnição efetuou uma varredura no local do evento e localizou o suspeito, confirmando a denúncia que realmente havia um mandado de prisão em aberto por tentativa de Homicídio, mandado N° 0000392-64.2020.8.05.0117.01.0001-16
Após ser abordado foi dada voz de prisão, sendo o suspeito conduzido à delegacia de Itagibá, para as providências da polícia civil.
Conduzido: I. S. S., Nas: 04/11/2001, End: Rua A, Nova Esperança, Itagibá - BA
Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Partidos da terceira via veem com preocupação fiasco de prévias do PSDB
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Foto: Lailson Leoncio/Futura Press/Folhapress |
O fiasco nas prévias do PSDB para escolha do candidato do partido à Presidência da República causou surpresa e até preocupação em possíveis aliados de outras siglas nas eleições de 2022. Mais do que falha técnica no aplicativo de votação, o problema revelou desorganização, falta de preparo e divisão do PSDB, com potencial de prejudicar a campanha ao Palácio do Planalto.
A opinião foi manifestada ao Estadão por dirigentes de legendas da centro-direita, que discutem com os tucanos o lançamento de um nome da terceira via para se contrapor às candidaturas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As prévias do PSDB acabaram adiadas por causa da instabilidade no sistema de votação, num processo que terminou por expor ainda mais o racha no partido, com troca de acusações entre os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, também pré-candidato nas prévias, ficou ao lado de Doria e se posicionou primeiramente contra o argumento de Leite sobre a necessidade de suspender as prévias diante dos problemas constatados no aplicativo de votação. Os dois acabaram cedendo, mas até agora não há acordo sobre nova data para as eleições internas. Doria e Virgílio querem a continuidade da votação no próximo domingo; Leite avalia que seria melhor retomar as prévias em fevereiro de 2022.
Falhas no aplicativo, verificadas desde cedo, impediram muitos filiados de votar e provocaram inúmeros protestos. “O processo de votação em aplicativo encontra-se pausado em razão de questões de infraestrutura técnica, que não comportou a demanda dos votantes das prévias. Os votos registrados neste domingo estão preservados e o PSDB está definindo, junto com os candidatos, em que momento o processo será retomado”, informou o PSDB, em nota divulgada neste domingo, 21.
Sem fim
O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que o processo é ruim e mostra falta de preparo do PSDB. “Acho que não se pode criar um fato e não ter um final organizado”, argumentou Bivar, que vai comandar o União Brasil, partido a ser criado com a fusão entre o PSL e o DEM. “Não sou do quadro do PSDB, longe de mim daqui de longe julgar, mas acredito que essa decisão deveria sair hoje (domingo).”
Outro dirigente de partido de centro que tem conversado com o PSDB disse ao Estadão que as prévias arranharam ainda mais a imagem da sigla e podem até mesmo dificultar um acordo para fazer com que os tucanos liderem uma chapa da terceira via.
Além das dificuldades para votar, o problema técnico motivou acusações de fraude entre aliados dos dois principais adversários na disputa. Nos bastidores, apoiadores do governador de São Paulo acusaram a campanha de Leite de querer ganhar no “tapetão” em um processo “vergonhoso”. O deputado Aécio Neves (MG), um dos principais aliados do governador gaúcho, defendeu o adiamento do resultado, como ocorreu.
Em conversas reservadas, Aécio disse que adversários de Leite estavam usando desculpas para justificar uma possível derrota, mesma acusação feita pela campanha de Doria em relação ao rival. Durante todo o dia não faltaram denúncias de compra de votos, pagamento de cabos eleitorais e tentativas de melar o processo.
Aliado do PSDB, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, tentou jogar água na fervura política. “Estamos no início de uma nova realidade em que você não precisa sair de casa para votar. Isso ainda não está consolidado”, disse Freire. “Tem muito mais acerto do que problemas. Temos que nos acostumar com isso e cada vez vamos ter menos dificuldade.”
Estadão
MTST faz novo almoço com camarão em ocupação de SP após polêmica
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Foto: Jardiel Carvalho/Folhapres |
Após alvoroço político nas redes sociais, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) organizou, na tarde deste domingo (21), um novo almoço com camarão seco doado por apoiadores para moradores da ocupação Carolina Maria de Jesus, no bairro Jardim Iguatemi, na zona leste de São Paulo.
O ingrediente repercutiu nas últimas semanas, após circular uma foto que mostra o ator e cineasta Wagner Moura comendo uma marmita que tinha camarão servida em evento organizado pelo MTST na ocupação, no último dia 12.
“O trabalhador precisa se alimentar e tem direito de comer camarão, e não só camarão, mas carne, bife, o que quiser”, diz Claudia Garcez, coordenadora estadual e organizadora da ocupação. “Esse pensamento de que pobre tem que ir pra fila do osso é genocida.”
Membro da coordenação nacional do MTST e colunista da Folha, Guilherme Boulos (PSOL) esteve no evento e disse que decidiram fazer o almoço deste domingo como um ato de resistência e em resposta às críticas. “Essas pessoas que estão do outro lado não engolem quando veem um sem teto comendo camarão, quando veem que tem cinema dentro de uma ocupação. Mas essas mesmas pessoas não deram um pio sobre a fila do osso.”
Foram distribuídas 300 refeições, todas elas com o camarão seco, como acarajé, caruru e moqueca de língua.
“Por isso, vai ter camarão sim, vai ter acarajé. A gente não pode aceitar que essa elite brasileira queira dizer o que o povo brasileiro pode comer ou não”, disse.
“A gente está lutando contra a fome que esse governo trouxe para as famílias que têm sentido na pele toda a crise econômica nessa pandemia e contamos com a solidariedade de chefs e instituições que estão ajudando a fazer esse evento”, diz Garcez.
O almoço deste domingo foi organizado pela chef Bel Coelho e por Beatriz de Sousa, dona do restaurante Acarajazz, que doou as refeições do último evento no local. Todos os ingredientes, incluindo o camarão seco, foram doados por apoiadores, entre eles, quitandas, instituições, restaurantes e chefs como Alex Atala.
A foto de Wagner Moura, publicada nas redes sociais por Boulos, mostrava o diretor de “Marighella” comendo, em uma marmita plástica, um prato que incluía camarão seco.
Em seguida, o filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou em seu Twitter uma crítica ao movimento por servir camarão ao que chamou de “elite do partido”.
Bolsonaristas, então, passaram a criticar o MTST pela escolha do crustáceo para o cardápio do evento que doava refeições.
“Quem gosta de ver pobre roendo osso é o Bolsonaro”, escreveu o MTST em resposta, ao lado de foto de Eduardo Bolsonaro vestido de xeque em viagem ao Oriente Médio.
O assunto logo se tornou um dos mais comentados na rede social e viralizou com o uso do termo “acarajé”.
A marmita que Moura comeu durante o evento na verdade, não era um acarajé, bolinho feito à base de feijão fradinho e frito no azeite de dendê e que leva camarão, e sim um prato com vatapá, caruru, camarão seco e salada.
Naquela ocasião, 150 refeições foram doadas: cem acarajés prontos e cinco kits com o equivalente a 50 acarajés. Esses kits tinham os ingredientes separados, para serem comidos no prato.
O camarão seco, que aparece em receitas como bobó, moqueca e pirão, é mais fácil de ser encontrado em mercados e é mais barato do que o camarão rosa grande ou um camarão tigre, por exemplo.
Segundo a chef Bel Coelho, o camarão é parte do acarajé, de raiz africana, e base de muita comida popular e de terreiro. “Alguns camarões, como os carnudos, são, de fato, mais caros. Mas quando ele passa por um processo de secagem ou de defumação, fica mais barato.”
“A ideia [do almoço] não é devolver nem reagir, é uma pauta positiva para falar da identidade alimentar do Brasil”, diz. “No fim, as pessoas não estão criticando os pobres só porque comeram camarão, mas estão criticando a comida afro-brasileira, a comida de terreiro, de santo.”
“O acarajé é uma receita que resgata a cultura do nosso povo. A maioria dos moradores da ocupação são mulheres negras e nordestinas. Nada mais justo do que oferecer uma comida que representa um símbolo de resistência”, diz Beatriz de Sousa, do Acarajazz.
Nathalia Durval / Folha de São Paulo
Boletim Covid/ 21 de novembro, confirma: Nesse momento, temos 00 caso ativo.
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 21 de novembro, tivemos 13.344 casos registrados como suspeitos, sendo 3.188 casos confirmados, dentre estes, são 3.102 pessoas RECUPERADAS, 00 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.151 casos foram descartados e 05 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 00 caso ativo.
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Bahia registra 244 novos casos de Covid-19 e mais 3 óbitos pela doença
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Foto: Paula Fróes/GOVBA/Arquivo |
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 244 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,02%) e 317 recuperados (+0,03%). O boletim epidemiológico deste domingo (21) também registra 3 óbitos. Dos 1.255.481 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.225.440 já são considerados recuperados, 2.811 encontram-se ativos e 27.230 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.611.934 casos descartados e 250.931 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 52.478 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Vacinação
Com 10.952.306 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 86,02% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas.
Após suspensão das prévias no PSDB, Doria e Arthur Virgilio decidem não se pronunciar
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Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress |
Após a suspensão das prévias no PSDB, os candidatos João Doria e Arthur Virgilio Neto decidiram não se pronunciar publicamente às 18h como previsto anteriormente.
O partido não definiu quando a votação será retomada — há impasse sobre isso entre os concorrentes. Até lá, a sigla afirma que manterá os votos deste domingo lacrados.
Para tentar uma solução, os candidatos já citados anteriormente, além do governador Eduardo Leite, discutiram, em reunião com a direção do PSDB ao longo da tarde, adiar ou prorrogar as prévias.
A reunião foi proposta pela campanha gaúcha. O problema agravou a briga entre as campanhas de Leite e de Doria.
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil vem a público manifestar repúdio à ação sofrida pelo Pr. Carlos Januário
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil vem a público manifestar repúdio à ação sofrida pelo Pr. Carlos Januário e solidariedade ao momento de tensão, fazendo isso através da Nota em anexo.
Parabenizamos o Dr. Isaías Lins pela defesa contundente e inteligência hermenêutica que resultou no arquivamento do processo.
Nossa preocupação agora se volta para o futuro e agiremos para preservar nossos direitos de “liberdade religiosa e liberdade de consciência e crença” exarados claramente na Constituição do Brasil.
Ordem dos Pastores Batistas do Brasil
bit.ly/notaopbb2111
Polícia Federal apreende 265 kg de cocaína no Porto de Natal
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Foto: Policia Federal |
Em operação conjunta com a Receita Federal, a Polícia Federal (PF) apreendeu 265 quilos de cocaína, no Porto de Natal, no Rio Grande do Norte, na tarde desse sábado (20).



De acordo com a PF, a droga estava escondida em um carregamento de mangas e tinha como destino o Porto de Roterdã, na Holanda.
A apreensão ocorreu durante uma fiscalização de rotina que envolveu o uso de cães farejadores de drogas. Não houve prisões.
A cocaína apreendida foi recolhida para o depósito da PF, que dará prosseguimento às investigações e irá instaurar inquérito policial para identificar os responsáveis pela ação criminosa.
Edição: Aécio Amado
Por Agência Brasil - Brasília
Na eleição do Chile, candidato da direita radical chega em vantagem
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Foto: Ernesto Benavides/AFP |
José Antonio Kast é o candidato ultraconservador à presidência do Chile – e é o favorito na eleição deste domingo, 21. Com um discurso pouco convencional, ele flerta com a ditadura de Augusto Pinochet e com o nacionalismo populista. Até bem pouco tempo, sua candidatura estaria restrita a um nicho de saudosistas do general. Mas hoje, com o presidente Sebastián Piñera em queda livre, Kast tornou-se um bastião do conservadorismo chileno e herdou o apoio da direita moderada.
De acordo com a última pesquisa eleitoral divulgada, Kast tem 25% das intenções de voto e o socialista Gabriel Boric tem 19%. Os outros candidatos não chegam a 12%. Assim, José Antonio Kast e Gabriel Boric avançariam para o segundo turno. Kast, no entanto, chega à eleição como favorito: segundo pesquisas feitas nesta semana, ele teria 44% dos votos no segundo turno, e derrotaria o seu provável oponente, Boric, que teria 40% dos votos.
“As autoridades não são capazes de manter a ordem pública e a esquerda relativiza a violência. Se não mudarmos, vamos direto para o precipício e para o subdesenvolvimento”, diz uma propaganda de Kast. No seu programa de governo, duas propostas chamam a atenção: eliminar o atual Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) e retirar o Chile da ONU.
Segundo Kast, o INDH protege apenas manifestantes – e não a polícia. No caso da ONU, segundo ele, não faz sentido o Chile participar de uma organização que tem como membros Nicarágua, Venezuela e Coreia do Norte. Foi com esse tipo de diatribe que ele decolou, deixando para trás Sebastián Sichel, aliado de Piñera, e Gabriel Boric, o nome da esquerda.
Em entrevista a uma rádio, Roberto Izikson, do instituto de pesquisas Cadem, afirmou que o perfil do eleitorado de Kast é composto de pessoas mais velhas, com alto poder aquisitivo, que votaram contra a nova Constituição no plebiscito do ano passado.
Segundo a cientista política Danae Mlynarz, a razão do crescimento de Kast é seu discurso bélico. “É mais que seu discurso de ódio, presente em suas falas homofóbicas, sexistas e xenófobas”, afirma. Sobre imigração, por exemplo, ele promete construir uma vala na fronteira com Peru e Bolívia para impedir a entrada de estrangeiros.
Para Cristóbal Rovira, cientista político da Universidade Diego Portales, Kast mobiliza vários setores do seu eleitorado porque trabalha com “diferentes agendas”, algo característico da direita populista radical. Um desses setores é a “família militar”, da qual fazem parte pessoas vinculadas ao regime militar de Pinochet ou têm saudades da ditadura. “Ele coloca em dúvida se o julgamento feito contra os militares foi realmente justo”, afirma.
Com tal linha de pensamento, era inevitável que Kast gravitasse na direção de Donald Trump e Jair Bolsonaro. Em 2018, ele esteve no Rio de Janeiro e se encontrou com o presidente brasileiro. De presente, deu a Bolsonaro uma camisa da seleção chilena de futebol e uma cópia do livro El Ladrillo, que aborda as mudanças econômicas realizadas pelos economistas liberais de Chicago durante os anos de ditadura militar do Chile.
“Que a gente siga fortalecendo a relação entre os dois países e juntos possamos construir uma aliança que derrote definitivamente a esquerda na América Latina”, disse Kast, na ocasião, pelo Twitter. Hoje candidato à presidência, ele é chamado pela imprensa e por analistas de “Bolsonaro chileno”.
Moderação
Apesar da admiração por Bolsonaro e de não ter muito freio na língua, Kast vem tentando se controlar nas últimas semanas e descolar a sua imagem de radical adepto do bolsonarismo. O objetivo é estratégico: angariar mais votos.
Em um debate no fim de setembro, Sichel, um conservador moderado, questionou Kast a respeito de sua paixonite por Bolsonaro. Falando como um bom político, de olho no segundo turno, ele respondeu que não apoia completamente o brasileiro. “Ele fez coisas importantes, como a redução da criminalidade e da corrupção no Brasil. E isso eu apoio”, afirmou.
Filho de um ex-oficial do Exército nazista que imigrou para o Chile, Kast, um advogado, foi deputado federal por quatro mandatos seguidos. Em sua segunda tentativa de chegar à presidência, terá pelo caminho o maior rival ideológico: Gabriel Boric, ex-líder estudantil, que deve atrair o voto da esquerda. No segundo turno, em 19 dezembro, se as pesquisas se confirmarem, os dois disputarão a cadeira de Piñera.
Polarização na eleição do Chile
Há pouco mais de dois anos, quando o presidente Sebastián Piñera disse em uma entrevista para um canal de televisão que o Chile era um verdadeiro oásis em meio a uma América Latina em convulsão, pois tinha uma democracia estável, ele não imaginava que em poucos dias estudantes começariam a protestar de forma organizada. Muito menos que isso seria apenas o início de uma grande revolta social que acabou abalando a política do país.
De lá para cá, o governo abandonou o seu programa, perdeu força e Piñera se tornou um coadjuvante. Após as eleições primárias de julho deste ano e a definição dos candidatos para a disputa eleitoral, foi observado também um enfraquecimento das candidaturas de centro-direita e de centro-esquerda. Enquanto isso, Boric, um candidato de esquerda moderado, e Kast, que concorre por fora sem ter participado das primárias, ganharam espaço.
“Vejo uma situação bem complexa, essa é a eleição com maior incerteza que já tivemos. Nós não sabemos de fato quantas pessoas vão votar e qual é o perfil. A idade que têm, onde vivem, o poder aquisitivo. Dependendo de como isso se configurar, o cenário pode mudar”, afirma a cientista política Danae Mlynarz. Desde 2011, o voto não é obrigatório no Chile e o país costuma ter uma baixa participação nas urnas. Em 2017, nas últimas eleições presidenciais, por exemplo, menos de 50% da população votou no primeiro turno.
Estudante de química na Universidade Católica do Chile, Almendra Leyton nem cogita deixar de participar das eleições. Ela tem consciência da responsabilidade do seu voto. “Sinto que é algo muito importante, ainda mais depois do que aconteceu em de 2019, onde as nossas grandes necessidades como país foram mais do que expostas, como educação e saúde de qualidade para todos, o fim dos fundos de pensão, entre outras bandeiras”. A jovem de 20 anos votará em Boric e está incomodada com as campanhas difamatórias, as fakenews e com a polarização que essas eleições têm gerado, apesar de acreditar que é algo inevitável em virtude do momento que o país vive.
Um estudo publicado na edição de setembro / outubro da revista Nueva Sociedad mostra que no Chile a polarização ocorre apenas entre as elites e não na população em geral. Na elite econômica do país, por exemplo, 72% se declaram de direita, 18% de centro e 5% de esquerda. Já na elite cultural, 26% são de direita, 17% de centro e 56% de esquerda. Quando a mesma pesquisa foi feita entre os cidadãos comuns, os resultados apresentados foram diferentes, mostrando que há um maior equilíbrio de posicionamento ideológico. Dentre os entrevistados, 34% afirmaram ser de centro, 22% de direita e 30% de esquerda.
“Se analisarmos a situação da elite política em nosso país, há um setor expressivo que é de direita, outro de esquerda e poucos se posicionam ao centro. Caso Boric e Kast realmente avancem para o segundo turno, nenhum dos dois deve obter um grande número de votos. Se eles são os dois polos nessas eleições, o que ficar em primeiro lugar terá uma maioria frágil”, avalia Cristóbal Rovira, cientista político da Universidade Diego Portales e um dos autores do estudo
Cristóbal afirma também que no segundo turno, o desafio dos dois candidatos será conquistar os votos do eleitorado de centro, já que a população não está tão polarizada. Se um candidato seguir com uma agenda mais radical, será mais difícil ele conquistar esse eleitor”, ressalta. Nesse ponto, Boric leva vantagem sobre Kast, mas ainda assim ele precisará ampliar suas alianças partidárias.
A história mostra que a população chilena já esteve mais dividida em relação à política. Um exemplo foi o resultado apertado no plebiscito de 1988 pela manutenção ou não do governo Pinochet. Com a redemocratização e o passar dos anos, essa polarização perdeu força. Parte disso se deve ao fato da direita e da esquerda se posicionarem nas questões públicas de maneira mais moderada.
Segundo Cristóbal, esse movimento fez com que centro-direita e a centro-esquerda se aproximassem após os anos 2000, apesar das suas diferenças, o que acabou incomodando parte dos cidadãos. Setores esquerdistas, por exemplo, passaram a criticar a centro-esquerda alegando que ela se adaptou ao neoliberalismo. Alguns anos depois surge a Frente Ampla, uma coalizão política e pela qual Gabriel Boric concorre nas eleições deste ano após ter vencido as eleições primárias da esquerda.
Aos 18 anos, Andrés Montenegro vai votar pela primeira vez para presidente e está ansioso pelo momento. Para fazer a sua escolha, ele se informou sobre os candidatos, viu debates na televisão, conversou com sua família e com seus amigos de escola. “Vou votar naquele que é menos antagonista às minhas ideias, o que me representa um pouco mais”, diz. Andrés é aluno do Instituto Nacional General José Miguel Carrera, um dos colégios mais antigos do país e onde estudaram vários ex-presidentes.
Neste domingo, os chilenos também vão eleger deputados e senadores. Caso ocorra segundo turno na eleição presidencial, ele será disputado no dia 19 de dezembro. O próximo presidente irá governar o Chile de 2022 a 2026.
Estadão
STF ignora trégua e impõe novas derrotas a Bolsonaro e seus aliados
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Foto: Alan Santos/PR |
Pouco mais de dois meses depois de o presidente Jair Bolsonaro mudar de postura e recuar dos ataques que vinha fazendo ao STF (Supremo Tribunal Federal), o Judiciário segue impondo derrotas ao chefe do Executivo e a seus aliados.
O presidente mudou de estratégia após as manifestações de 7 de setembro -quando elevou o tom e ameaçou não cumprir ordens do STF. Desde então, parou de disparar críticas a integrantes da corte e passou até a defender a lisura das urnas eletrônicas.
Nos bastidores da corte, entretanto, a nova postura de Bolsonaro é vista com desconfiança e há um entendimento da maioria dos magistrados de que o tribunal não pode baixar a guarda.
Por isso, o Supremo mantém o tom das críticas ao governo e continua a impor reveses ao Executivo. A decisão de derrubar as emendas de relator, por exemplo, representou um duro golpe no Palácio do Planalto e ampliou as dificuldades governistas para construção de uma base de apoio sólida no Congresso.
Essas emendas eram manejadas pelo governo em parceria com a cúpula do Legislativo para beneficiar deputados e senadores aliados e facilitar a aprovação de projetos de interesse de Bolsonaro.
O STF, entretanto, afirmou que não havia transparência na destinação das verbas e suspendeu os repasses.
Bolsonaro chegou a criticar a decisão monocrática da ministra Rosa Weber contra tais emendas, mas a pressão não foi suficiente para evitar uma derrota no plenário, que ratificou a ordem da magistrada pelo placar de 8 a 2.
Nos últimos meses, até o ministro Dias Toffoli, um dos integrantes do Supremo mais próximos de Bolsonaro, mudou de postura e passou a dar sinais de distanciamento do presidente.
Além de também ter votado para derrubar as emendas de relator, afirmações recentes do magistrado foram interpretadas como uma tentativa de afastar a pecha de bolsonarista.
A fama do ministro nesse sentido começou a ganhar corpo ainda nas eleições de 2018, quando Bolsonaro era favorito e Toffoli afirmou que preferia chamar a ditadura militar iniciada em 1964 de “movimento”, e não de “golpe”.
Em evento no STJ (Superior Tribunal de Justiça) no fim de outubro último, entretanto, o ministro deu efusivos parabéns ao presidente do Supremo, Luiz Fux, pelo discurso de 8 de setembro. Em sua fala, o magistrado rebateu os ataques de Bolsonaro à corte e a Alexandre de Moraes, por ser um “bastião” da defesa da democracia.
Sem citar o chefe do Executivo, Toffoli disse que os perigos do mundo contemporâneo são as ameaças às instituições.
O magistrado afirmou ainda que o mundo vive uma batalha pela verdade factual. “Se uns dizem que a terra é plana, como discutir com eles? Se essa tribuna não é uma tribuna, é uma mesa, como conversarmos?”.
Além de Toffoli, outros ministros não têm hesitado em dar decisões contrárias a líderes do bolsonarismo tampouco demonstram que há chance de recuarem devido às críticas que recebem da militância do presidente.
Na última semana, por exemplo, a corte autorizou a abertura de inquérito contra Bia Kicis (PSL-DF) e José Medeiros (Podemos-MT), dois dos deputados mais fiéis a Bolsonaro, para investigar a suposta prática de racismo de ambos.
No caso da parlamentar, que preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante da Câmara, a apuração foi autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski e servirá para verificar se ela cometeu crime pela forma como criticou, nas redes sociais, o processo seletivo realizado pela empresa Magazine Luiza com vagas destinadas a negros.
Na publicação, Kicis ataca a empresa e compartilha uma imagem em que a pele dos ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta foi pintada de preto.
Já Medeiros tornou-se alvo de inquérito por decisão de Alexandre de Moraes após ter chamado de “mulamba” uma mulher que defendeu a abertura da CPI da Covid no Senado para investigar o governo federal. Ambas as decisões foram tomadas a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).
As derrotas do presidentes e aliados se estendem ao âmbito eleitoral, sob a liderança dos três ministros do STF que integram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A corte apertou o cerco contra o bolsonarismo e tomou decisões que visam evitar a disseminação de fake news e preparar o tribunal para as eleições de 2022. Os julgamentos foram marcados por críticas ao chefe do Executivo e seu entorno.
Nos pleitos anteriores, a corte editou resoluções e recomendações sobre o tema, mas as medidas não foram suficientes, e a Justiça fracassou no combate às notícias falsas.
Agora, o tribunal optou por firmar uma jurisprudência que represente de fato uma ameaça aos políticos que propagarem informações fraudulentas.
A mais importante delas foi tomada em 28 de outubro. O tribunal cassou o deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR) por ter feito uma transmissão ao vivo nas redes sociais no dia das eleições de 2018. Na ocasião, ele afirmou que tinha provas de que as urnas eletrônicas haviam sido adulteradas para prejudicar o então candidato Jair Bolsonaro.
Apesar do período de trégua, o chefe do Executivo classificou a decisão como um “estupro” e uma “violência” da corte eleitoral.
O TSE seguiu enviando duros recados ao presidente. Mesmo decidindo favoravelmente a Bolsonaro ao rejeitar ações do PT que pediam a cassação do presidente por suposto envolvimento em esquema de disparo em massa de fake news nas eleições de 2018, a corte não poupou críticas e alertas.
Alexandre de Moraes, por exemplo, fez inúmeras ponderações antes de votar contra a ação. “Nós podemos absolver aqui por falta de provas, mas sabemos o que ocorreu. Sabemos o que vem ocorrendo e não vamos permitir que isso ocorra”.
E avisou: “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado, e as pessoas que assim o fizeram irão para cadeia por atentar contra as eleições e contra a democracia no Brasil”.
Bolsonaro, por sua vez, que chegou a anunciar que não respeitaria resultado das eleições realizadas via voto eletrônico e chegou a insinuar que havia um complô no Judiciário para derrotá-lo no pleito, mudou de postura sobre as urnas eletrônicas.
“Tenho tranquilidade, porque o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem. Por quê? Porque tem portaria do presidente do TSE, o Barroso, convidando entidades para participar das eleições, entre elas as nossas, as suas Forças Armadas”, afirmou em 5 de novembro.
Matheus Teixeira / Folha de São Paulo
Homem bate na mãe, tenta agredir pai e ameaça “beber sangue” da família
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Foto: Polícia Militar |
Um homem muito agressivo com a família, mas que fugiu ao ver os policiais, foi preso na segunda vez que partiu para cima dos próprios pais, na tarde de sábado (20), no Loteamento Ananias, em Rondonópolis (215 km ao Sul).
As vítimas contaram que ele estava muito agressivo com a própria família e a mãe dele pediu o celular de uma sobrinha para filmar as atitudes do filho. Ele não gostou e partiu para cima da própria mãe, tomou o celular da mão dela e arremessou no chão, danificando o aparelho. Depois empurrou a mãe na parede e arremessou um capacete no tórax dela.
O pai do suspeito interveio para socorrer a esposa, foi agredido pelo filho com um banco, mas ele conseguiu se desvencilhar evitando a lesão e em seguida ameaçou dizendo que iria “beber sangue” de todos eles.
Quando ele percebeu a chegada da Polícia Militar fugiu pelos fundos da chácara, adentrando na mata, não sendo possível localizá-lo. Contudo, uma hora depois, ele voltou para a casa dos pais mais agressivo ainda, mas desta vez, foi preso, algemado e levado para a Delegacia da Polícia Civil onde vai responder pelos crimes de lesão corporal, dano e ameaça.
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Menino morto após afundar em piscina de escola em SP disse que 'ia para o céu' pouco antes, diz pai
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Luigi, de 9 anos, morreu após afundar em piscina de escola particular em São Vicente, SP — Foto: Arquivo pessoal |
O pai do menino de nove anos que morreu após afundar na piscina da escola onde estudava, em São Vicente, no litoral de São Paulo, contou que, pouco antes de morrer, o filho disse durante um culto que estava "indo para o céu". A Polícia Civil investiga o caso, trabalhando com a hipótese de mal súbito.
"Luigi era um menino carinho, amoroso, muito afetuoso. A vida dele era abraçar todos, sem exceção", conta o pai, o autônomo Rafael, ao g1 neste sábado (20), que prefere que o sobrenome da família não seja divulgado. O menino, que estudava em uma escola particular no Rio Branco, tinha arritmia e déficit intelectual. "Constava na ficha da escola, inclusive que não podia fazer esforço físico", diz.
O que confortou a família, conforme o próprio pai relata, foi uma mensagem enviada por uma frequentadora da mesma igreja que eles. "No domingo [antes da morte], estivemos no culto [...]. Ao término do santo culto, ele abraçou uma irmã e disse 'dá um glória a Deus que eu estou indo para o céu", relatou. "Após receber a mensagem dessa irmã, Deus nos confortou grandemente".
O caso aconteceu por volta de 15h30, em uma escola particular na Rua Antonio Riscale Husni, no Rio Branco. Testemunhas disseram à Polícia Militar que o menino estava dentro da piscina recreativa da escola e, inesperadamente, afundou. A piscina tem 70 centímetros de profundidade.
Ainda conforme o depoimento, logo depois, passados alguns segundos, ele foi resgatado e socorrido por uma professora. O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros, levando a criança ao Hospital Municipal de São Vicente, mas Luigi não resistiu e morreu em seguida.
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Foto de arquivo da escola mostra piscina utilizada pelas crianças da unidade. Caso teria ocorrido nesse local — Foto: Reprodução/Redes sociais |
O pai diz que recebeu uma ligação da escola informando que ele tinha desmaiado e estava sendo levado para o hospital. Chegando à unidade, já receberam a notícia do falecimento. "Imaginávamos que fosse do coração", recorda.
Segundo ele, naquele dia, eles não foram avisados previamente que seria dia de piscina. "Não tem recado na agenda e, também, como não sabíamos, não foram enviadas roupas de banho", explica. Eles souberam do acontecido mais tarde. A certidão de atendimento dos bombeiros e o atestado de óbito constariam afogamento. A Polícia Civil, no entanto, trabalha com a hipótese de mal súbito (veja detalhes abaixo).
Investigação
Ao g1, a Polícia Civil informou que analisou as câmeras de monitoramento da unidade, e que havia 19 crianças na área recreativa. A piscina, com 70 centímetros de profundidade, era usada pelos alunos do 5º ano e estava sendo supervisionada por uma professora. No entanto, Luigi era do 2º ano, segundo seu pai. Ainda de acordo com a polícia, nas imagens, é possível ver que o menino estava pulando na água, vai até a borda, e de repente afunda.
Na sequência, a professora o tira da água, ainda vivo, conforme destaca a polícia. Uma testemunha informou à investigação que, na última semana, segundo a mãe, o menino teria desmaiado. Ainda conforme a polícia, a causa provável da morte da criança é um mal súbito, mas isso só será determinado no exame necroscópico, que demora cerca de um mês para ter o resultado.
O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de São Vicente como morte suspeita, e segue sob investigação. Nas redes sociais, o Colégio Luiz Júnior afirmou que lamenta o ocorrido, e que está prestando todo o apoio aos pais do aluno. A unidade ainda frisa que a escola se cerca de todos os cuidados com os alunos nos momentos de atividades pedagógicas e/ou recreativas.
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