Bahia atinge 28.615 casos ativos de Covid-19; 14 óbitos são registrados

Foto: Mateus Pereira/GOVBA/Arquiv
O boletim epidemiológico divulgado neste domingo (13) pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) registra 28.615 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 4.915 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,34%), 5.595 recuperados (+0,40%) e mais 14 óbitos. Dos 1.457.280 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.400.174 já são considerados recuperados e 28.491 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.740.774 casos descartados e 320.168 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste domingo. Na Bahia, 60.532 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Até o momento temos 11.361.864 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.193.261 com a segunda dose ou dose única e 3.125.155 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 327.951 crianças já foram imunizadas.

Mentira já está pronta, diz Barroso sobre tese de Bolsonaro contra urna eletrônica

Foto: Gabriela Biló / Estadão / Arquivo
Prestes a encerrar seu mandato à frente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Luís Roberto Barroso criticou a insistência do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em tentar levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral. “O presidente tinha dado a palavra de que esse assunto estava encerrado”, disse Barroso em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (13). “Chegou a elogiar o sistema de votação eletrônico brasileiro. O filme é repetido, com um mau roteiro.”

Agora, Bolsonaro alega que as Forças Armadas questionaram o TSE sobre supostas vulnerabilidades no sistema eleitoral brasileiro. Barroso explica que, na Comissão de Transparência das Eleições, há um representante das Forças Armadas. “Em dezembro, ele apresentou uma série de perguntas para entender como funciona o sistema”, disse o ministro. “Elas entraram às vésperas do recesso. Em janeiro, boa parte da área técnica do TSE faz uma pausa, e agora as informações solicitadas estão sendo prestadas e vão ser entregues na semana que vem. Só tem perguntas. Não há nenhum comentário. Não falam de vulnerabilidade”, completou Barroso.

“Quando o presidente diz que encontraram vulnerabilidades antes mesmo de receber as respostas às indagações, ele está adiantando, desavisadamente, a estratégia que ele pretende adotar. Para falar a verdade, ele queimou a largada.” Para Barroso, Bolsonaro antecipou a estratégia atual para colocar em dúvida ar urnas brasileiras. “Que é: ‘não importa quais sejam as respostas, eu vou dizer que o sistema eleitoral eletrônico tem vulnerabilidades’. Ele não precisa de fatos, a mentira já está pronta.”

O ministro diz que o que o presidente tem feito é como assistir a um “filme repetido, com mau roteiro”. “Não há nenhuma razão para assistir à reprise. Antes, o presidente dizia que tinha provas de fraude. Intimado a apresentá-las, (ficou claro que) não havia coisa alguma. Essa é uma retórica repetida. É apenas um discurso vazio.” Na entrevista, Barroso reforçou ser a favor do banimento do Telegram no Brasil. “Nenhum ator relevante no processo eleitoral pode atuar no país sem que esteja sujeito à legislação e a determinações da Justiça brasileira. Isso vale para qualquer plataforma”, disse o ministro.

“O Brasil não é casa da sogra para ter aplicativos que façam apologia ao nazismo, ao terrorismo, que vendam armas ou que sejam sede de ataques à democracia que a nossa geração lutou tanto para construir”, afirmou. Para o ministro, “uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras deva ser simplesmente suspensa”. “Na minha casa, entra quem eu quero e quem cumpre as minhas regras.” Barroso deixará o comando do TSE ao final deste mês, quando será substituído pelo ministro Edson Fachin.

Quem é o pastor que o PT chamou para ajudar Lula com os evangélicos

                         O pastor Paulo Marcelo lidera projetos para aproximar PT e evangélicos
Foto: Eduardo Knapp / Folhapress
Chegou a hora de Paulo Marcelo Schallenberger, 46, ouvir o que Deus reserva a ele. E não é coisa pouca. “Se prepare, homem”, profetiza o pastor no centro de um púlpito abarrotado de colegas. Estamos em 2013, no congresso Gideões Missionários da Última Hora, uma vitrine gospel para líderes pentecostais do Brasil.

Pouco antes, Abílio Santana havia recebido seu vaticínio: Deus o colocaria no palácio com um “brasão da República”, ele e mais outros três daquele altar. Santana é hoje deputado pelo PL baiano. Marco Feliciano (Republicanos-SP) já era do Parlamento e seria reeleito duas vezes depois. A Câmara também acolheria, em 2018, Flordelis, que depois sairia de lá cassada pelos pares, sob acusação de matar o marido, um pastor como todos ali.

Que se preparasse também Paulo Marcelo. “Estou mudando teu coração, estou mudando tua voz, estou mudando a tua imagem, estou mexendo nas cadeiras porque Brasília também te espera!”, prevê Antônio Silva, o pastor do Gideões. Estamos em 2020, e nada de Paulo Marcelo no centro do poder. Ele tenta uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo Podemos, partido à direita que no futuro abrirá as portas para um homem por quem ele diz sentir repulsa, Sergio Moro, concorrer à Presidência.

Seu santinho político o apresenta como “o candidato de Feliciano”. São amigos já tem mais de duas décadas, desde que os dois pregavam país afora, ele a bordo de uma Variante dourada, e Feliciano, de uma Brasília amarela. Em 2022, Paulo Marcelo chega à capital do país. Desembarcou na última quarta (9) para uma reunião na sede do PT. Ainda sem mandato, é verdade —teve 4.486 votos dois anos atrás, insuficientes para o fazer vencer.

A vitória que lhe importa, agora, é a de Lula. Às 13h do dia 13 de dezembro, encontrou pela primeira vez o homem que fez o avô chorar em 1989. O pastor da Assembleia de Deus queria vê-lo eleito presidente, o que só aconteceria 13 anos depois. Mas aí seu Aloísio já tinha morrido, três anos antes. Com ajuda de um Moisés, o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, o pastor descolou uma reunião no Instituto Lula. O ex-presidente o escutaria por 20 minutos. Acabaram conversando por duas horas e meia.

Paulo Marcelo tinha um plano para furar a bolha pentecostal, em boa parte envelopada por um bolsonarismo que se autoproclama guardião dos bons costumes. Com a bênção de Lula, ele comandará, a partir de março, uma série de iniciativas para aproximar PT e evangélicos. Esse eleitorado tem um histórico de idas e vindas com o partido. Grandes pastores já demonizaram a bandeira vermelha, mas, em 2002, muitos a tremularam.

Foram abandonando a legenda nos últimos anos, conforme as pautas morais avançavam. Em 2018 veio o racha total: todos os grandes líderes que se posicionaram politicamente foram para o lado de Jair Bolsonaro (PL). Paulo Marcelo terá nas mídias petistas um podcast produzido por Silas Bitencourt. Conhecido de longa data, ele é empresário de artistas gospel, como o trio de pregadores mirins da família Ota e, em 2021, idealizou o Culto da Resistência, reality evangélico que promoveu o estimulante sexual Levanta Varão e reuniu de Mara Maravilha a Mister M.

O estúdio será no prédio que sedia o PT no Distrito Federal. A princípio, o apresentador não quer nenhuma alusão explícita à estrela vermelha, símbolo do partido, no logo de seu programa. Já vislumbra, contudo, uma hashtag bem política para viralizar nas redes sociais: #SouCristãoEVotoLula. Outro projeto que Paulo Marcelo quer levar adiante: montar núcleos evangélicos nos 26 estados brasileiros, mais a capital, cada um com cerca de 200 pastores. Na quarta, foi ao gabinete do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) propor que começassem pelo Rio Grande do Sul.

A aproximação com o ex-presidente, assim como seus ataques contra Bolsonaro, abastece um site que é referência nos bastidores do poder evangélico, o Fuxico Gospel. Ele causou frisson quando disse que a igreja atual prega como se fosse medieval. E depois, quando profetizou que Bolsonaro estaria fora do Palácio do Planalto no 1º de janeiro de 2023.

Antes disso tudo, reportagens abordaram sua prisão, sob suspeita de posse de drogas e arma, oito anos atrás, em Foz do Iguaçu (PR). Em depoimento à Polícia Civil, ele disse que a pistola e a substância apreendidas pertenciam a um segurança particular. À Folha repete o relato e acrescenta: “Fake news. Já sofri muito com isso, nunca houve processo”.

Conservadores estão sempre a postos para atacar e foram bem-sucedidos em pintar a esquerda como antifamília, comunista e aborteira, diz o pastor. Está na hora de desconstruir essas ideias. “Falam que a esquerda é contra a família. E Lula que ficou casado 44 anos com a mesma esposa [Marisa Letícia, morta em 2017]? Bolsonaro foi casado três vezes, e a última era… A gente chama aqui no Congresso de pastinha”, diz sobre a primeira-dama Michelle Bolsonaro, usando um apelido pejorativo para funcionárias que recolhem assinaturas de deputados para projetos de lei.

Michelle era secretária parlamentar quando conheceu o marido. Para Paulo Marcelo, há duas frentes a serem trabalhadas. Primeiro, com a esquerda. “Ela precisa entender que nem todo evangélico é o Malafaia, que xinga, que briga”, diz sobre o pastor que pregou no mesmo púlpito que ele nos cem anos da primeira Assembleia de Deus do Brasil, em 2011.

Não descarta chamá-lo como convidado em seu podcast, mas acha que ele nunca aceitaria. Certo está. “Eu não debato com cachorro morto”, afirma Silas Malafaia. “Vou perder meu tempo com um zero à esquerda desses? Tá de brincadeira!” Paulo Marcelo acha que o campo progressista dialoga mal com o segmento. Dos poucos apoios de algum relevo que o PT tem na liderança, a maioria vem de igrejas históricas. Para falar o português claro: falta povo. E evangélicos estão em massa nas periferias, em igrejas pentecostais.

Segundo o pastor, Lula já teria inclusive entendido que os evangélicos que costumam comparecer a eventos religiosos organizados pelo partido são ótimos e tal, mas pregam para convertidos. É preciso alcançar o coração pentecostal. Há ainda a parte dois do trabalho. Aqui o pastor cita “um versículo muito lindo” do bíblico Livro das Lamentações: “Quero trazer à memória o que pode me dar esperança”.

Vai de encontro à estratégia do PT de relembrar evangélicos dos tempos de bonança econômica quando Lula estava no poder —e também de liberdade religiosa. Em quase 15 anos de governos de esquerda, questiona, “quando que a igreja foi fechada, quando que seu pastor foi proibido de pregar?”. Pelo contrário. “Paulo Bernardo [ministro das Comunicações de Dilma] deu rádio para todo mundo nesse país, [evangélicos] têm concessão de TV [a Record, que Edir Macedo comprou em 1989]. Que comunismo é esse aí?”

Aliás, foram abertos templos como nunca, e eles iam muito bem, obrigado. “A pergunta é muito simples: o que na sua vida melhorou? Quanto na sua igreja tinha de receita, na época de Lula e Dilma, e quanto tem de receita hoje?” Paulo Marcelo se considera um cara de centro-esquerda e diz que só se filiou ao Podemos porque já tinha o caminho aberto por lá —era, na época, a legenda de Feliciano.

Os dois já saíram de lá, e hoje o pastor lulista estuda nova morada partidária. Diz que provavelmente concorrerá a algum cargo, ainda na expectativa da profecia feita no Gideões há quase uma década. A afinidade com Lula não abalou sua amizade com o amigo bolsonarista.

“Ambos vivemos em um país democrático, e a prova da nossa amizade é que, mesmo caminhando em caminhos opostos, continuamos amigos”, afirma Feliciano. “Choramos juntos. Sorrimos juntos. Oramos juntos. Conversamos quase todos os dias. Ele com os argumentos dele, e eu com os meus.”

Anna Virginia Balloussier / Folhapress

Dois fuzis e uma submetralhadora são apreendidos

Foto: Divulgação SSP
Guarnições da 17a CIPM/ Uruguai também encontraram 207 munições e cinco carregadores, no bairro de Massaranduba.
Dois fuzis calibre 5,56, uma submetralhadora calibre 40, 207 munições e cinco carregadores foram apreendidos no bairro de Massaranduba, região da Cidade Baixa de Salvador, na noite de sexta-feira (11). A ação foi realizada por guarnições da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Uruguai), após denúncias de confronto entre organizações criminosas.

O comandante da unidade, major Alex dos Santos Figueiredo, contou que as equipes receberam denúncias de tiros, na rua Leblon. “Fomos informados de que três pessoas foram atingidas e levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santo Antônio, no Largo de Roma”, contou o militar.

De acordo com o oficial, foram realizadas rondas na localidade e, em uma residência abandonada foram encontrados os armamentos. O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Fonte: Ascom | Poliana Lima

Trio que cometia assaltos em Vera Cruz é preso em flagrante

Foto: Divulgação SSP
Militares do Batalhão de Polícia Rodoviária realizaram a ação na noite desta sexta -feira (11), após denúncia de uma vítima.
Guarnições do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) prenderam em flagrante um trio que cometia assaltos na região. Eles foram capturados nesta sexta-feira (11), após uma vítima de um roubo a carro acionar a unidade, em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Uma pistola foi apreendida.

Os policiais realizavam o trabalho ostensivo na BA 001, KM 17, quando o homem se aproximou e informou que criminosos haviam roubado seu veículo.

O comandante da 5a Cia do batalhão, Paulo Roberto Almeida Amaral, disse que o trio foi alcançado na proximidades, logo em seguida. “Com eles apreendemos uma pistola com um carregador, oito munições, R$ 104, quatro celulares, o carro da vítima e outro veículo utilizado na ação criminosa”, disse o oficial.

“Os assaltantes e os materiais foram apresentados na 24 Delegacia Territorial de Vera Cruz, onde apareceram outras vítimas e reconheceram os homens por praticar outros crimes na região”, concluiu o militar. Vítimas e reconheceram os homens por praticar outros crimes na região.
Fonte: Ascom | Poliana Lima

Ipiaú: Homem é conduzido pela Polícia Militar por agredir companheira , Porem é liberado na Delegacia ( Lei Maria da Penha)

Por volta das 03h40h da madrugada desse sábado (12/02/22), após ligação via 190, a guarnição da 55ª CIPM/1º PELOTÃO deslocou até Rua José Wilson Barbosa, bairro Euclides Neto, em Ipiaú, para averiguar uma denuncia de violência doméstica.

Chegando no local, foi mantido contato com a vítima, que relatou que o seu companheiro, por motivo de ciúmes, chegou agressivo em casa, agrediu a sua filha menor, quebrando móveis e vários utensílios.

O agressor foi conduzido à delegacia de Ipiaú juntamente com as vítimas, para os procedimentos de polícia judiciária, no entanto, apesar da ocorrência ter sido lavrada em Ipiaú, teve que ser direcionada à Delegacia de Jequié por não ter Delegado de plantão na delegacia de Ipiau.

Chegando à Delegacia de Jequié, a vitima foi ouvida pela Delegada Plantonista, relatando que não fora agredida, apenas sofreu ameaça e que não queria que o seu companheiro fosse preso.

Diante do relato da vitima a Delegada não lavrou flagrante, liberando o retorno dessa guarnição e envolvidos para a cidade de Ipiaú onde foram liberados na Delegacia Local.

Autor: L. A. S., de 20 anos> Vitimas: A. C. S., de 26 anos, R. S. A. C. , de 11 anos

Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão

Ucrânia arma milícias nacionalistas para resistir à ocupação de tropas da Rússia

Foto: Forças Armadas da Ucrânia via Reuters

O ativista ucraniano e miliciano senta-se diante da bandeira de seu partido, deixando pouca dúvida de sua disposição para a ação. A bandeira ostenta dois machados com os cabos unidos, sobre um fundo vermelho. Yuri Hudymenko está pronto para pegar em armas, mas não necessariamente contra a Rússia.

Como membro do Machado Democrático – uma das dezenas de grupos nacionalistas de direita que representam uma força política na Ucrânia e se opõem ferozmente a qualquer concessão a Moscou – sua fúria será direcionada ao governo ucraniano, caso Kiev concorde em concessões em troca da paz.

Moscou concentrou mais de 130 mil soldados na fronteira da Ucrânia, ameaçando invadir a não ser que suas exigências sejam cumpridas: que a Otan descarte a adesão ucraniana e retire suas forças do Leste Europeu.

Continua incerto se os líderes ocidentais e o presidente russo, Vladimir Putin, serão capazes de negociar um acordo. Mas qualquer resolução tende a forçar Kiev a aceitar concessões arriscadas, que poderiam ser desestabilizadoras domesticamente. Nesta semana, por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs uma “finlandização” da Ucrânia, que deixaria o país em uma posição neutra entre a Rússia e a Otan, como a Finlândia durante a Guerra Fria.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, tem poucas cartas para jogar em qualquer negociação com Moscou. Talvez sua melhor carta seja a ameaça da insurgência de grupos nacionalistas, como o Machado Democrático e o ainda mais influente Setor da Direita, no caso de invasão russa. Recentemente, o governo até pediu que os partidos nacionalistas obtenham armamento mais pesado.

Mas os grupos são uma faca de dois gumes, ameaçando não apenas o Kremlin, mas também o governo ucraniano, que poderá ser abalado e possivelmente derrubado por eles se Zelenski concordar com um acordo de paz que, segundo sua visão, ceda demais a Moscou.

O chanceler ucraniano e o ministro da Defesa afirmaram recentemente que o maior risco que o país corre é de desestabilização interna sob a ameaça da invasão, não do ataque em si. E, em um país cujos cidadãos tomaram as ruas duas vezes desde o fim do período soviético e depuseram sem cerimônia governos vistos como capachos de Moscou, essa ameaça não é nada remota. Analistas afirmam que Zelenski estaria assumindo riscos extremos, mesmo ao considerar um acordo de paz, motivo pelo qual ele está tão cuidadoso em não mencionar uma possível via de negociação.

Macron quer sacrificar a soberania da Ucrânia para acalmar a Rússia, mas não entende que isso não funciona”, afirmou Oleksandr Ivanov, diretor de um grupo chamado Movimento Contra a Capitulação. “Aqui, a sociedade civil tem mais influência sobre a política do que os partidos políticos.” Para Zelenski, disse ele, “a ameaça da guerra é, na verdade, apenas uma ameaça, enquanto assinar compromissos é a garantia de protestos”.

Hudymenko concorda. Seu escritório tem as paredes decoradas com vários machados e uma besta, um lembrete de que seu partido dá treinamento paramilitar para seus membros. Ele ressaltou que qualquer protesto contra um possível acordo seria pacífico, mas deixou pouca dúvida de que isso resultaria na deposição de Zelenski. Mesmo os principais partidos políticos ucranianos se opõem a fazer concessões e afirmam que convocarão protestos caso o governo se curve demais.

Macron adotou a estratégia de reavivar o diálogo sobre a guerra no leste da Ucrânia como um passo na direção de um acordo mais amplo, que também incluiria negociações a respeito das demandas russas por uma reforma na arquitetura da segurança europeia que reduza o papel da Otan. Sob uma interpretação, o acordo de paz no leste da Ucrânia poderia descartar uma futura adesão da Ucrânia à aliança.

Nacionalistas da Ucrânia ainda são problema

O risco dos grupos nacionalistas entrou em foco no ano passado, quando Zelenski acusou o Machado Democrático de planejar um protesto armado na Praça da Independência, em Kiev, como parte de uma conspiração golpista.

Isso colocou o partido – fundado por um grupo de blogueiros que escolheram o machado como símbolo pela ferramenta ter sido usada tradicionalmente na Ucrânia tanto como utensílio como arma do camponês – no centro das preocupações com a possibilidade de a política de estímulo ao treinamento militar para civis também elevar o risco de instabilidade interna.

Hudymenko, um ex-jornalista e consultor de marketing, de 34 anos, disse que não pode haver nenhum tipo de reconciliação com os separatistas apoiados pela Rússia antes de as tropas russas se retirarem do leste da Ucrânia, onde Moscou fomenta a guerra desde 2014.

Ele disse que mantém em casa um fuzil Kalashnikov e treina frequentemente com a arma, preparando-se para combater os russos. Hudymenko afirma que só usaria seu fuzil durante um protesto se a polícia abrisse fogo contra a multidão, como ocorreu nos protestos de 2014 em Kiev. “Zelenski e seu governo podem estar sob pressão tanto dos ucranianos quanto da Rússia”, afirmou Hudymenko. “Mas, no fim das contas, eles temem o povo ucraniano mais do que temem o Exército russo.”
Estadão

Casos de covid-19 chegam a 27,4 milhões no Brasil

Foto: Breno Esaki / Agência Saúde DF / Arquivo

O número de mortes em decorrência de complicações associadas à covid-19 chegou a 638.048, no Brasil. Em 24 horas, o país registrou 896 óbitos. As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde. Ainda há 3.160 mortes em investigação. Nesses casos, são necessários exames e procedimentos posteriores para determinar se a causa da morte foi covid-19.

De ontem para hoje (12), foram registrados mais 140.234 diagnósticos positivos de covid-19. Desde o início da pandemia, foram 27.425.743 casos. Estão em acompanhamento 3.102.223 pacientes. O termo é usado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta, nem evoluíram para morte.

Segundo o boletim, 23.685.472 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 86,4% dos infectados desde o início da pandemia.

Agência Brasil

Hoje é Dia: Dia Mundial do Rádio é o destaque da semana

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Hoje é Dia da semana de 13 a 19 de fevereiro relembra o meio de comunicação considerado por muitos como o mais íntimo das pessoas, ou melhor, dos ouvintes, o rádio é o homenageado deste dia 13 de fevereiro. A data, o Dia Mundial do Rádio, é celebrada desde 2011. Veículos da Empresa Brasil de Comunicação já fizeram diversas homenagens à efeméride e a quem fez história via ondas hertzianas.

Por Edgard Matsuki - Repórter Agência Brasil - Brasília

Maria entregará quadra poliesportiva à comunidade da Fazenda do Povo

Na tarde deste domingo, 13, a prefeita Maria das Graças estará na Fazenda do Povo para inaugurar a requalificação da quadra esportiva da localidade. O equipamento, viabilizado com recursos próprios do município, conta com arquibancada, alambrado, iluminação adequada e outros detalhes que permitirão mais opções de lazer para a juventude local, inclusive a realização de eventos culturais.
Na oportunidade a prefeita estará acompanhada da Secretária de Ação Social e Desportos, Rebeca Câncio e do Diretor de Esportes, Givaldo Nascimento, além de outros membros do Governo Municipal e vereadores da base situacionista. Após a cerimônia de inauguração da quadra, ocorrerão competições de Futsal nas categorias infantil (masculino e feminino) e adulto/masculino. . (José Américo Castro/Ascom-Prefeitura de Ipiaú

Bahia atinge 29.309 casos ativos de Covid-19; 29 óbitos são registrados

Foto: Mateus Pereira/GOVBA/Arquiv
O boletim epidemiológico deste sábado (12) registra 29.309 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 8.317 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,58%), 9.225 recuperados (+0,67%) e mais 29 óbitos. Dos 1.452.365 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.394.579 já são considerados recuperados e 28.477 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.739.702 casos descartados e 322.289 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 60.454 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Até o momento temos 11.361.638 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.192.522 com a segunda dose ou dose única e 3.119.749 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 326.065 crianças já foram imunizadas.

Palmeiras tem sonho interrompido pelo Chelsea e é vice-campeão mundial

Jogadores do Chelsea celebram gol marcado por Lukaku na final contra o Palmeiras no Mundial de Clubes
Foto: Karim Sahib / AFP
O Palmeiras parou no Chelsea na tentativa de alcançar seu grande sonho, a conquista do Mundial. A equipe alviverde endureceu o jogo contra a formação inglesa e o levou à prorrogação, na noite de sábado (12) dos Emirados Árabes Unidos, mas a decisão da competição acabou como as oito anteriores: vitória do europeu.

O campeão da Champions League chegou ao troféu com um triunfo por 2 a 1. Nos 90 minutos iniciais, Lukaku abriu o placar de cabeça, e Raphael Veiga empatou para a equipe brasileira em pênalti tolo de Thiago Silva. Depois, foi a vez de Luan fazer pênalti. Havertz definiu o placar no estádio Mohammed Bin Hayed, em Abu Dhabi, já aos 12 do segundo tempo extra.

Foi o primeiro título mundial do Chelsea, que havia fracassado em sua tentativa anterior, em 2012, quando perdeu por 1 a 0 a final para o Corinthians. Aquela foi a última ocasião em que um não europeu ficou com a taça. Desde então, venceram Bayern (duas vezes), Real Madrid (quatro vezes), Barcelona e Liverpool.

O resultado dá sequência à chacota que acompanha os palmeirenses a cada fracasso na busca pelo troféu intercontinental. Muitos deles consideram a glória na Copa Rio de 1951 uma conquista da maior grandeza, algo que nunca impediu os rivais de fazer troça, apontando que o clube da zona oeste paulistana não tem Mundial.

Nos últimos anos, corintianos, são-paulinos, santistas e até rivais não paulistas, como os flamenguistas, entoaram com frequência os versinhos: “O Palmeiras não tem Mundial, o Palmeiras não tem Mundial, não tem Copinha, não tem Mundial”. Era uma adaptação de uma velha canção de Dorival Caymmi que se tornou irritante aos ouvidos alviverdes.

A parte da Copinha foi enterrada no mês passado, com a inédita vitória na tradicional Copa São Paulo de juniores. Houve festa em São Paulo no dia 25 de janeiro, com a expectativa de que todos os versos da piadinha musical estariam obsoletos em pouco tempo. Não foi o que ocorreu nos Emirados Árabes, apesar da boa presença alviverde nas arquibancadas.

Anteriormente, em 1999, a caminhada rumo ao troféu foi interrompida em uma falha do ídolo Marcos contra o inglês Manchester United. No Mundial de 2020, no Qatar, a equipe registrou a pior campanha de um sul-americano na competição, com derrotas para o mexicano Tigres e o egípcio Al Al Ahly.

O torneio de 2021, realizado já em 2022 devido a atrasos no calendário durante a pandemia de Covid-19, até começou bem para o Palmeiras. O time superou com facilidade o Al Ahly, algoz no ano anterior, porém não pôde concretizar o passo mais complicado, derrubar o campeão da Champions League.

Não foi uma vitória fácil do Chelsea, que encontrou um adversário bem postado defensivamente. O técnico Abel Ferreira montou um esquema de marcação individual em vários dos jogadores da formação inglesa, que teve bastante dificuldade para quebrar essa barreira de atletas vestindo branco.

Rony, que vinha sendo o jogador mais avançado, virou quase um lateral direito. Acompanhava o tempo todo o ala esquerdo Hudson-Odoi. Do outro lado, Gustavo Scarpa fazia o mesmo com Azpilicueta. Mount (depois Pulisic) era o homem de Piquerez. Marcos Rocha caçava Havertz. No meio, Zé Rafael e Danilo faziam o cerco a Kanté e Kovacic.

O centroavante Lukaku era quase sempre marcado por Luan, que se virava bem, com Gómez na sobra. Assim, os únicos jogadores do campeão europeu que tinham liberdade para trabalhar eram o trio de zagueiros. Christensen, Thiago Silva e Rudiger avançavam e jogavam na intermediária ofensiva.

Era parte da armadilha do Palmeiras, que se armava para contragolpear. O problema era que o homem de velocidade, Rony, partia de uma posição muito recuada. Raphael Veiga e Dudu eram os atletas mais avançados e não têm a mesma rapidez. Mesmo assim, oportunidades apareceram no primeiro tempo.

A melhor dela apareceu aos 27 minutos, em contra-ataque no qual Zé Rafael foi lançado, brigou na meia-lua com dois zagueiros e rolou para Dudu, que entrava livre pela esquerda. Em vez de bater de primeira, o que era uma possibilidade clara, ele tentou conduzir a bola, perdeu a passada e deu um chute desequilibrado.

No início da etapa final, o Chelsea finalmente conseguiu achar espaços, sobretudo do lado esquerdo. Foi por ali que Hudson-Odoi recebeu livre e cruzou, aos nove. Lukaku ganhou a primeira de Luan e cabeceou no canto direito de Weverton.

Abel reagiu colocando Jailson no lugar de Zé Rafael, dando força ao meio-campo. O Palmeiras teve um momento de instabilidade no qual poderia ter levado o segundo, porém renasceu em uma bola alçada na área. Thiago Silva, como já fez outras vezes na carreira, inexplicavelmente disputou pelo alto usando a mão.

Chamado a ver o lance em vídeo, o árbitro australiano Chris Beath apitou pênalti, convertido por Raphael Veiga aos 19. O momento virou. Ouvindo a arquibancada berrar que “o Palmeiras é o time da virada”, os alviverdes passaram a incomodar o time britânico, que, no entanto, continuava perigoso: Havertz e Pulisic erraram por pouco.

O empate persistiu até a prorrogação. O Chelsea, que já demonstrava cansaço, conseguiu sobrevida com algumas substituições. Tinha a posse de bola, porém, em sua única oportunidade mais clara do primeiro tempo extra, havia posição de impedimento. O travessão foi acertado, mas, em caso de bola na rede, o lance teria sido anulado pelo sistema eletrônico de marcação de posição irregular.

A disputa caminhava para os pênaltis até um escanteio para os ingleses em que a bola ficou viva na área. Luan bloqueou chute de Azpilicueta com o braço. Mais uma vez, o juiz foi chamado ao vídeo para apitar pênalti. Havertz o converteu, aos 12 da segunda etapa da prorrogação.

O triunfo, se não era tratado como prioritário pelo Chelsea, amplia o moral de Thomas Tuchel. Depois de ter levado o Paris Saint-Germain à final da Champions League, o alemão assumiu a equipe londrina e triunfou no principal torneio europeu sem ser considerado favorito, derrubando o Manchester City, de Pep Guardiola, na decisão.

O técnico, que só tinha glórias domésticas no currículo, na Alemanha e na França, ganhou novo prestígio com o triunfo internacional. Depois disso, ainda venceu a Supercopa Europeia e, agora, aos 48 anos, celebra a conquista do Mundial.

Ele chegou a desdenhar do torneio, dizendo em dezembro que nem pensava nele. Nos Emirados Árabes Unidos, porém, vibrou bastante com os gols de sua equipe e com o título. Ele chegou a Abu Dhabi apenas na véspera da decisão, recuperado de Covid-19.

Marcos Guedes / Folhapress

Embaixada pede que brasileiros se mantenham ‘alertas e atualizados’ na Ucrânia

           Ucranianos protestam contra escalada da tensão com a Rússia, neste sábado (12), em Kiev
Foto: Sergei Supinsky / AFP
A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado nesta sexta-feira (11) no qual recomenda que os cidadãos brasileiros na Ucrânia se mantenham em alerta em meio ao aumento da tensão com a Rússia na região. O órgão, contudo, informou que não há recomendação contrária à presença dos brasileiros no país.

“A Embaixada reitera que os cidadãos brasileiros devem manter-se alertas e sempre atualizados por meio de fontes locais e internacionais confiáveis. Ao mesmo tempo, não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia”, diz trecho do comunicado.

A representação diplomática afirmou ainda que, “em caso de emergência, divulgará alertas e transmitirá recomendações relevantes para a comunidade brasileira por meio de suas mídias sociais (Facebook e Twitter), sua página oficial e, se necessário, outros meios de comunicação”.

A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.

Na sexta (11), os Estados Unidos repetiram alertas de que Rússia pode invadir Ucrânia “a qualquer momento”, sem citar evidências específicas. O conselheiro de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, afirmou que o ataque poderia ocorrer antes mesmo do fim das Olimpíadas de Inverno, em Pequim, que terminam no próximo dia 20.

Neste sábado (12), em conversa telefônica com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou de “especulação provocativa” a alegação de que prepara uma invasão.

“Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram […] especulações provocativas relacionadas a uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele país”, informou o Kremlin em comunicado. Macron, por sua vez, disse a Putin que “um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar” na fronteira da Rússia com a Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.

Após o telefonema de Macron, Putin iniciou uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para tratar o mesmo assunto. Também neste sábado, os chefes das diplomacias russa e americana também se falaram por telefone.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a “campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma ‘agressão russa’ tem como fim provocar e encorajar as autoridades de Kiev” a um eventual conflito no Donbass, região no leste do país onde as forças ucranianas enfrentam há oito anos os separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.

Folhapress

Biden diz a Putin que atacar a Ucrânia terá ‘custos severos’

Foto: Jonathan Ernst/Reuters/Arquivo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado (12) ao presidente russo, Vladimir Putin, que uma eventual invasão da Ucrânia implicará uma resposta “rápida e decisiva” do Ocidente, com “custos severos” à Rússia. “Enquanto os Estados Unidos continuam preparados para se engajar na diplomacia, em plena coordenação com seus aliados e parceiros, estamos igualmente preparados para outros cenários”, disse Biden a Putin em conversa telefônica, segundo comunicado divulgado pela Casa Branca.

Biden disse ainda que uma ofensiva contra a Ucrânia causaria “sofrimento humano generalizado”. O telefonema foi “profissional e substantivo” e durou mais de uma hora. Washington informou, contudo, que a conversa não resultou em “mudança fundamental” sobre a mobilização de tropas russas nas fronteiras com a Ucrânia.

Após dias de esforços diplomáticos para tentar baixar a tensão no leste europeu, a crise voltou a escalar com exercícios militares e trocas de acusações. Na quinta-feira (10), o Kremlin iniciou manobras com as forças da Belarus, ditadura aliada que fica ao norte da Ucrânia, com cerca de 30 mil soldados russos e um número incerto de belarussos operando sistemas antiaéreos, blindados e aviões de ataque avançados.

Na sexta (11), o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, voltou a falar, sem citar evidências específicas, que a Rússia já reuniu forças suficientes para lançar uma ofensiva militar contra a Ucrânia “a qualquer momento”. A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.

A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado no qual pede que os cidadãos brasileiros na Ucrânia se mantenham em alerta, mas informou que não há recomendação contrária à presença no país. Neste sábado (12), as forças armadas da Rússia informaram ter interceptado um submarino dos Estados Unidos próximo a uma ilha do extremo leste do país. De acordo com os militares, a embarcação ignorou um alerta dado pela Marinha russa.

Mais cedo, em conversa por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, Putin chamou de “especulação provocativa” a alegação dos EUA de que a Rússia prepara uma invasão da Ucrânia. “Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram […] especulações provocativas relacionadas a uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele país”, disse a presidência russa.

Macron, por sua vez, disse a Putin que “um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar” na fronteira da Rússia com a Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.

Folhapress

'Disse que eu não era homem': marido esfaqueia esposa e é preso em Campo Grande

Após negociação com policiais do Choque, autor foi socorrido e levado para delegacia; vítima tinha lesões na cabeça
Caso foi registrado na Deam. - (Foto: Henrique Arakaki - Arquivo Midiamax)
Homem, de 28 anos, foi preso em flagrante na madrugada deste sábado (12) após esfaquear a esposa, de 26, e tentar tirar a própria vida, no Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. Ele confessou ter esfaqueado a mulher e tentou justificar dizendo que ela "teria falado que ele não servia para nada e não era homem".

Quando os policiais militares chegaram à residência, encontraram a vítima ensanguentada e gritando que havia sido esfaqueada pelo marido. O autor estava no interior do imóvel, sentado em uma cadeira, com a faca encostada em seu pescoço e dizendo que iria se matar.

Policiais da Rotac (Rondas Táticas e Ações) do Batalhão de Choque foram acionados e conseguiram convencer o homem a se entregar e largar a arma branca. A vítima relatou que eles haviam se desentendido e o marido desferiu golpes de faca nela. Já o autor, alegou que a esposa "teria o xingado e dito que ele não era homem e não servia para nada".

Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas a mulher precisou ser encaminhada para a Santa Casa, pois tinha ferimentos na cabeça. Já o autor tinha lesões no pulso e pescoço, causadas por ele mesmo. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para Deam (Delegacia Especializada no Atendimento á Mulher).

A faca utilizada no crime também foi apreendida, além de uma motocicleta, que tinha registro de furto ou roubo, encontrada após os policiais vistoriarem a residência do casal.

Semana Pedagógica foi encerrada com reflexão sobre educação especial

Uma palestra sobre os fundamentos do atendimento educacional especializado (AEE) na perspectiva de educação inclusiva, proferida pela professora mestre Maristela Amaral Ribeiro, no auditório do Colégio Celestina Bittencourt, marcou, na tarde da última sexta-feira,11, o encerramento da Jornada Pedagógica realizada pela Secretaria de Educação e Cultura de Ipiaú com o objetivo de preparar os educadores da Rede Municipal para o ano letivo de 2022 que se inicia nesta segunda-feira, 14.

Durante uma semana a Jornada Pedagógica reuniu toda a equipe gestora e docente, para refletir o tema “Educação Integral Humanizadora: acolher, incluir, inovar e educar com diversidade e equidade”. O evento contou com a participação de palestrantes de renome nacional, a exemplo do jornalista e escritor Caco Barcellos, e foi bem avaliada pelos educadores e demais membros da comunidade escolar.

“As discussões, oficinas, dinâmicas e compartilhamento de ideias, assim como as informações passadas pelos palestrantes contribuíram com o fortalecimento do processo educativo. Quero agradecer a todos pela participação efetiva nas atividades propostas. Foi uma semana bem produtiva, onde discutimos temas relevantes para a educação e elaborarmos metas a serem executadas no decorrer do ano letivo ”, comentou a secretária de Educação e Cultura, Erlandia Souza.

(José Américo Castro/Dircom Prefeitura de Ipiaú)

Brasil registra mais de 1.100 mortes por Covid pela 3ª vez na semana

Foto: Tiago Queiroz/Estadão/Arquivo
O Brasil voltou a registrar mais de 1.000 mortes por Covid, nesta sexta-feira (11). Foram 1.121 óbitos e 166.528 casos de Covid.

O país, assim, chega a 637.232 vidas perdidas e a 27.292.040 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes continua em crescimento e chegou a 880 óbitos por dia, aumento de 68% em relação aos dados de duas semanas atrás. Já a média de casos agora é de 139.001 infecções por dia, queda de 24% também em relação aos dados de duas semanas atrás.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Nesta sexta, as informações foram atualizadas em 24 estados e no Distrito Federal.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 1.923.653 doses de vacinas contra Covid-19, nesta sexta. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 681.056 primeiras doses e 284.664 segundas. Também foram registradas 2.502 doses únicas e 955.431 doses de reforço.

Amazonas e Ceará tiveram registros negativos de doses únicas. Respectivamente, -6 e -406.

Ao todo, 168.786.215 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil –147.618.532 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 152.299.767 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 78,57% da população com a 1ª dose e 70,89% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 104,33% e 94,14%.

Somente 25,78% da população tomou dose de reforço até o momento.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 26,27%.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 84,33% recebeu uma dose e 76,09% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Folhapress

Eficácia da dose de reforço contra Covid cai no quarto mês, mostra estudo

Agência americana pesquisa eficiência das terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna
Foto: Paul Hennessy/Sopa Images/Sipa USA/Arquivo
A eficácia de terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna diminui drasticamente após o quarto mês de administração, de acordo com um novo estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Esse efeito era bem conhecido após a administração de duas doses dessas vacinas, mas foi pouco estudado após a terceira.

O estudo examinou 93 mil hospitalizações e mais de 240 mil atendimentos de emergência relacionados à Covid-19 em dez estados dos Estados Unidos. Foi realizado entre agosto de 2021 e janeiro de 2022 e abrange as ondas das variantes delta e ômicron. Durante os dois períodos, a eficácia medida após uma terceira dose foi sempre maior do que após duas doses, observou o CDC, que publicou este estudo.

Uma vez que a ômicron se tornou a variante dominante, a eficácia contra hospitalizações foi de 91% para aqueles que receberam sua terceira dose dois meses antes da contaminação, mas caía para 78% para pessoas que a receberam pelo menos quatro meses antes. Uma porcentagem que “continua alta”, de acordo com o CDC.

Após o surgimento da ômicron, a eficácia das doses de reforço contra as visitas ao pronto-socorro foi de 87% nos dois meses seguintes, 66% após quatro meses e apenas 31% cinco meses depois. O CDC observa, no entanto, que este último número é “impreciso”, devido ao baixo número de participantes do estudo que receberam sua terceira dose há mais de cinco meses.

No geral, esses resultados “reforçam a importância de considerações suplementares sobre doses adicionais para manter ou aumentar a proteção contra a Covid-19”, escreveu o CDC. Durante uma entrevista coletiva na quarta-feira (9), Anthony Fauci, conselheiro da Casa Branca para a crise sanitária, estimou que pessoas vulneráveis, como idosos ou imunossuprimidos, podem precisar de uma quarta dose no futuro.

Folhapress

Fiocruz atualiza protocolo de retorno às aulas contra variante Ômicron

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ Arquivo

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) atualizou ontem (11) suas recomendações para a prevenção da covid-19 no retorno às aulas, acompanhando novos critérios de autoridades sanitárias internacionais e sociedades médicas nacionais diante da variante Ômicron. As orientações do Grupo de Trabalho de Retorno às Atividades Escolares Presenciais da Fiocruz podem ser consultadas em uma nota técnica que inclui protocolos em temas como isolamento, testagem e suspensão de aulas. O grupo recomenda que o ensino seja preferencialmente presencial.

“Sob forte recomendação de organismos internacionais e de setores do Judiciário, entre outros, recomenda-se que esse retorno seja presencial, uma vez que os prejuízos sociais, emocionais, educacionais, sanitários e econômicos já não permitem a manutenção do modelo remoto como preferencial para o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes”, afirma a nota técnica.

Ao introduzir o texto, os pesquisadores destacam que a variante Ômicron já representa mais de 95% dos genomas de SARS-CoV-2 sequenciados no país, e que sua característica mais marcante é a alta transmissibilidade, o que também implica maior potencial de transmissão domiciliar. Citando dados dos Estados Unidos e do Brasil, os pesquisadores acrescentam que, com o predomínio dessa cepa, aumentou o registro de casos de covid-19 entre crianças e adolescentes, aparentemente sem aumento percentual de internações e mortes.

Isolamento

O documento contextualiza que autoridades sanitárias dos Estados Unidos e Europa estabeleceram critérios mais curtos para isolamento e quarentena com a chegada da variante Ômicron, e que as Sociedades de Pediatria do Rio de Janeiro e de São Paulo também atualizaram seus critérios diante da nova cepa.

A Fiocruz orienta que, para adultos ou crianças com casos leves ou moderados de covid-19 são necessários 10 dias de isolamento a contar da data de início dos sintomas. Mesmo assim, o retorno deve estar condicionado à ausência de sintomas, febre ou uso de antitérmicos nas últimas 24 horas. Caso outro teste seja realizado no quinto dia e o resultado seja negativo, esse tempo de isolamento pode ser reduzido para sete dias.

Os casos assintomáticos confirmados precisam de cinco dias de isolamento a contar da data do teste positivo, desde que um novo teste no quinto dia tenha o resultado negativo. Caso o resultado desse novo teste seja positivo, o isolamento se estende para sete dias.

A fundação reforça que o uso de máscara é fundamental. Para as pessoas que não puderem usar máscaras por contraindicação médica, o protocolo muda caso testem positivo para covid-19 sem apresentar sintomas. Nesse caso, a orientação é que repitam o teste no quinto dia e, em caso positivo, o isolamento deve ser de 10 dias em vez de sete. Para pessoas que não possam usar máscaras e tenham casos sintomáticos, as orientações são as mesmas que para a população em geral.

Quando a criança ou o adulto tiver contato com alguma pessoa infectada, a quarentena deve ser de 10 dias a partir do contato, ou de sete dias caso um teste tenha resultado negativo no quinto dia após o contato. Já se o teste for positivo ou houver sintomas, aplicam-se os critérios recomendados para casos sintomáticos ou assintomáticos.

Para pessoas que tenham apresentado Covid-19 grave ou sejam imunodeprimidas por doença ou por uso de imunossupressores, a recomendação é fazer quarentena de 20 dias, retornando apenas se nas últimas 24 horas não tiver sintomas nem febre e não tiver usado antitérmicos.

Diante da informação de um caso positivo, os especialistas aconselham que se deve incentivar o rastreamento de contatos e buscar a realização de testes. A suspensão de aulas para uma turma deve ser adotada apenas em último caso e só é recomendada caso haja três ou mais diagnósticos simultâneos confirmados, o que deve ser informado às autoridades sanitárias e acompanhado para o rastreio de casos relacionados. Já o fechamento da escola deve ocorrer somente em caso de recomendação das autoridades sanitárias locais.

“Ressaltamos que o isolamento social, a adoção do ensino remoto e a descontinuidade na frequência à escola têm sido responsáveis pela ampliação das lacunas de desenvolvimento psicossocial, entre outros problemas já apontados, como a insegurança alimentar e a evasão escolar, motivos pelo qual reforçamos a necessidade de manutenção de aulas presenciais”, defende a Fiocruz.

Vacinação e testagem

Além do rastreio de casos, os protocolos de prevenção à covid-19 das escolas devem observar a ventilação dos ambientes, o uso adequado de máscaras, a lavagem de mãos e o distanciamento social, lembra a Fiocruz. Esses cuidados devem ser intensificados principalmente nos momentos das refeições, evitando realizá-las em locais sem o devido distanciamento e ventilação.

A Fiocruz explica ainda que a vacinação de toda a comunidade escolar tem grande relevância no controle da transmissão do vírus, e que a vacinação dos responsáveis e profissionais da educação também promove a proteção indireta das crianças menores de 5 anos, que ainda não podem ser vacinadas.

“Ressaltamos, conforme apontado em outras publicações técnicas deste Grupo, que a realização de inquéritos para avaliação da cobertura vacinal local é fundamental para ampliar a segurança dos que frequentam as escolas, bem como para adotar ações educacionais para comunidades e grupos em que há maior resistência ou baixa adesão à vacinação”, diz a nota técnica.

Os pesquisadores também destacam que os testes são uma ferramenta importante para detectar e isolar casos, além de servirem como referência para determinar o tempo correto de isolamento. Eles avaliam que a disponibilidade de autotestes de covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também seria uma estratégia que poderia ser utilizada para o controle das infecções no ambiente escolar, aliado à vacinação, para ajudar a garantir a manutenção de atividades escolares presenciais. Em caso de um autoteste positivo, porém, ainda é necessário buscar atendimento médico.

“No Brasil, sem a distribuição dos autotestes pelo SUS, há estimativas de que o autoteste terá valores entre R$ 80 a até R$ 400 para venda nas farmácias. Esses valores tornarão o autoteste inacessível para a maior parcela da população, acirrando desigualdades e mantendo a pressão por testes nas unidades básicas de saúde”, afirmam os pesquisadores que assinam a nota técnica.

Uma ferramenta importante apontada pelo documento é a comunicação ágil entre escolas, pais e alunos. A Fiocruz recomenda que as escolas devem planejar um sistema rápido de informação e vigilância da covid-19 no ambiente escolar, utilizando, inclusive, grupos de WhatsApp, questionários ou outras formas de comunicação rápida, para que pais, estudantes e trabalhadores da educação possam enviar a informação imediata para tomada de decisão dos gestores.
Agência Brasil

‘Fase aguda’ da pandemia pode acabar em 2022 se 70% do mundo estiver vacinado

O diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus

O diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na sexta-feira (11) que a “fase aguda” da pandemia da Covid-19 pode terminar este ano, caso se atinja uma taxa de vacinação de 70% da população mundial.

“Nossa expectativa é do fim da fase aguda da pandemia este ano, desde que 70% da população mundial seja vacinada até o meio do ano, por volta de junho, ou julho”, declarou o diretor-geral à imprensa, durante visita à África do Sul. “Está em nossas mãos. É uma questão de decisão.”

O chefe da OMS estava visitando os laboratórios da empresa de biotecnologia Afrigen, com sede na Cidade do Cabo, que fabricou a primeira vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19 na África.

Preparada a partir do sequenciamento do código genético publicamente disponível do laboratório Moderna, esta vacina estará pronta para testes clínicos em novembro e será aprovada até 2024.

“Esta vacina será mais adaptada aos contextos em que será utilizada, com menos obrigações de armazenamento e a um preço mais baixo”, disse o chefe da OMS.

O projeto Afigen é apoiado pela OMS e pelo mecanismo Covax de acesso a vacinas. Apenas 11% dos africanos são vacinados, a taxa mais baixa do mundo.

Folhapress

Bolsonaro é pressionado a abandonar discurso antivacina por sobrevivência eleitoral

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR/Arquivo

A oito meses da eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido pressionado por ministros e aliados a abandonar o discurso antivacina. Mais do que isso: pessoas próximas ao mandatário querem que ele se vacine e exalte feitos do governo que possibilitaram a imunização da população. Aliados dizem acreditar que a condução do governo na pandemia é o principal obstáculo do chefe do Executivo em busca da recondução ao Palácio do Planalto. A aposta será tentar humanizar o presidente nos próximos meses.

Em dois anos, o Brasil ultrapassou a marca de 650 mil mortos pela Covid-19. Auxiliares próximos tentam convencê-lo de que ele já deu publicidade às suas dúvidas quanto à eficácia da vacina, principalmente em relação às crianças. Portanto, para eles, agora Bolsonaro deveria parar de trazer o assunto à tona.

Até o ministro Paulo Guedes (Economia), que não é da área política do governo, fez um apelo. Ele disse ao mandatário que pararia de reclamar em público de propostas de reajustes para servidores públicos se Bolsonaro encerrasse as críticas à vacinação. O cálculo é eleitoral. A vacina, ao contrário do discurso do presidente, teve ampla adesão na sociedade. Cerca de 70% da população brasileira já completou o esquema vacinal.

Em entrevista ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que coordena a campanha do pai, afirmou que o discurso a respeito da vacina trouxe desgastes para Bolsonaro. Apesar dos apelos, o presidente costuma ter uma postura reativa sempre que o assunto aparece. Pessoas próximas dizem que ele se mostra impassível e até irritado quando levantam o tema.

Segundo relatos, já teria chegado a ele números que mostram um alto percentual de seus eleitores favoráveis à vacinação. Auxiliares avaliam que há um descompasso entre o que o governo tem feito e o que o presidente tem dito. Apesar do posicionamento antivacina de Bolsonaro, sua administração já comprou mais de 500 milhões de doses, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

Quem defende o silêncio de Bolsonaro nesse tema diz acreditar que este é o melhor cenário, diante da dificuldade do presidente em defender o imunizante, cuja eficácia já foi amplamente comprovada. Outra ala mais pragmática de seus aliados condiciona qualquer possibilidade de sucesso eleitoral à adesão do presidente à campanha de vacinação.

O chefe do Executivo tem amplo histórico de declarações críticas aos imunizantes, protagonizou disputa política com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por causa da Coronavac; e o seu então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ignorou ofertas da Pfizer por meses.

Em dezembro e janeiro, Bolsonaro mirou a vacinação de crianças. Assim como ele não tomou o imunizante, disse que não levaria sua filha mais nova, Laura, 11, para se vacinar. Ele chegou a protagonizar um novo embate com o diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, ao indicar que a agência teria interesse na aprovação da vacina para crianças de 5 a 11 anos.

“Então a vacina —pai e mãe, você que tem filhos de 5 a 11 anos de idade— é não obrigatória. Eu adianto a minha posição: a minha filha de 11 anos não será vacinada”, declarou o presidente. No último mês, o presidente tem modulado um pouco o discurso. A estratégia é dizer que todas as vacinas foram compradas pelo governo federal, mas que a aplicação não é obrigatória.

Em evento no Nordeste nos últimos dias, Bolsonaro focou esse ponto. “O governo sempre esteve ao lado de vocês. No tocante à vacina para a Covid, toda e qualquer vacina foi comprada pelo governo federal. E nós disponibilizamos a vocês, de forma não obrigatória. Cada um que fizesse seu juízo e tomasse ou não sua vacina. É um direito de cada um de vocês. Jamais o governo federal vai exigir de vocês passaporte vacinal”, disse.

Outro ponto levantado por seus aliados para defender o governo da acusação de má gestão da pandemia é dizer que não houve corrupção envolvendo a compra das vacinas, mesmo após uma dura CPI da Covid. No começo de fevereiro, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) a conclusão da Polícia Federal de que o presidente não prevaricou no caso da Covaxin. A expectativa é que o caso seja arquivado.

A suspeita recaía em Bolsonaro por causa do episódio em que foi avisado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, de supostas irregularidades na compra da Covaxin, negociada com a intermediação da Precisa Medicamentos. O delegado da PF entendeu que não era atribuição do presidente comunicar supostas irregularidades a órgãos de controle.

Além de o discurso antivacina do presidente prejudicá-lo eleitoralmente, há uma expectativa entre seus aliados de que vire munição contra candidatos nos estados. Ainda que a maioria dos seus ministros que devem disputar cargos públicos tenha se vacinado e defendido publicamente a vacinação, eles dizem acreditar que as críticas também vão respingar em suas campanhas.

Uma das principais preocupações do entorno de Bolsonaro hoje é, portanto, humanizá-lo. Como apontou um interlocutor de seu grupo político, ele mostra mais solidariedade às vítimas de eventuais complicações advindas do imunizante do que aos mortos pelo vírus —o que é estatisticamente incomparável.

Pesquisas mostram que o presidente tem perdido votos especialmente em parcela do eleitorado feminino. Recentemente, ele próprio reconheceu isso e disse que “a maioria [das mulheres] vota na esquerda”. “Se há reação por parte das mulheres [a ele], faz uma visitinha em Pacaraima, Boa Vista, nos abrigos, e vê como é que estão as mulheres fugindo do paraíso socialista defendido pelo PT”, disse o presidente.

Bolsonaro coleciona declarações polêmicas e rejeição com essa parcela do eleitorado. Em 2018, foi alvo de manifestações do movimento #EleNão. O presidente já se referiu à sua filha Laura como “fraquejada”. Ele se tornou réu no STF por ser acusado de incitar estupro contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

A ação foi suspensa em 2019 pelo ministro Luiz Fux, que citou que um presidente, no exercício do mandato, não pode ser processado por atos alheios à atuação.

Julia Chaib, Marianna Holanda e Idiana Tomazelli / Folhapress

Ação conjunta recupera celulares roubados e arma

Foto: Divulgação SSP
Em cerca de uma hora, policiais da Rondesp Sul, Companhia Independente de Polícia Rodoviária e Polícia Federal alcançaram quatro suspeitos e recuperaram eletrônicos roubados em uma loja, no Centro de Ilhéus. Armas e simulacros também foram achados na iniciativa.

Segundo o comandante da Rondesp Sul, major Fábio Luiz Magalhães, os policiais receberam a informação de um assalto a loja de uma operadora de celular por volta das 8h30. As equipes conseguiram interceptar os envolvidos com um bloqueio montado na BR-415, em direção à cidade de Itabuna.

Com o quarteto foram recuperados 37 celulares novos, sete aparelhos usados, um revólver calibre 38 e dois simulacros usados no crime.

Uma menor e três homens foram conduzidos à sede da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Ilhéus).
Fonte: Ascom: Marcia Santana

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