Manifestação antivacina se torna movimento mais amplo contra governo no Canadá
Manifestantes do 'Comboio da Liberdade' bloqueiam ruas diante do Parlamento canadense, em Ottawa
Foto: Ed Jones / AFP |
A ocupação da capital do Canadá se aproxima da segunda semana, com cerca de duas dúzias de ruas bloqueadas e milhares de moradores sem sair de casa por medo de sofrerem assédio. Nolan, um jovem caminhoneiro da Colúmbia Britânica, está totalmente decidido. Depois de dirigir quase 4.500 quilômetros até Ottawa e dormir 11 noites em uma carreta, o motorista de 25 anos, que não quis dar seu sobrenome, promete continuar “enquanto for preciso”. “Este é o momento”, disse ele, de combater a “opressão”.
A retórica apocalíptica é uma característica comum do autodenominado “Comboio da Liberdade” –grupo de caminhoneiros e manifestantes contra o lockdown que conseguiram fechar o centro de Ottawa, a capital do Canadá, e uma parte da fronteira do país com os Estados Unidos. Cheios de indignação contra o que eles consideram o esmagamento da liberdade individual durante a pandemia, os manifestantes iniciaram o protesto no mês passado em oposição a uma exigência de que os caminhoneiros internacionais sejam vacinados contra a Covid-19.
Desde então se transformou em um movimento antigoverno mais amplo, que mistura a retórica antivacina, política de extrema direita e teorias da conspiração, de microchips com 5G a QAnon. Cerca de 500 veículos, de carretas a carros e caminhonetes, estão bloqueando as ruas diante do Parlamento canadense. Um odor de diesel paira no ar, pois os manifestantes levam galões de combustível para manter os caminhões aquecidos, apesar das ameaças de que seriam presos por isso.
Na longa avenida diante do Parlamento, há barracas de comida, mesas de cavalete cheias de pães de cachorro-quente e um palco. No início da semana havia até saunas portáteis e um castelo inflável. Justin Trudeau, o primeiro-ministro de centro-esquerda que é o alvo principal da ira dos manifestantes, deixou sua residência oficial em Ottawa por causa do protesto.
“Indivíduos estão tentando bloquear nossa economia, nossa democracia e a vida cotidiana de nossos cidadãos”, disse Trudeau esta semana. “Isso tem de parar.” É possível que o protesto seja apenas um espasmo de curta duração orquestrado por um grupo ainda limitado de descontentes e irritados. O sindicato que representa os caminhoneiros do Canadá denunciou os participantes.
Mas há alguns primeiros sinais de que o protesto no Canadá poderá provocar eventos semelhantes em outras partes do mundo, da França aos Estados Unidos. Políticos americanos de direita estão observando os acontecimentos de perto para ver se há indícios de uma versão anti-lockdown dos “coletes amarelos”, protestos contra o establishment que varreram a França em 2018.
No mínimo, os eventos em Ottawa sugerem os profundos poços de ressentimento sobre dois anos de restrições sanitárias pesadas devido à pandemia, que têm capacidade para transbordar –dos violentos protestos que irromperam em Amsterdã e Bruxelas nos últimos meses aos caminhoneiros canadenses.
Cathryn Carruthers, cofundadora do Families for Choice [Famílias pela Opção], grupo baseado em Alberta que quer que os pais possam decidir se querem vacinar os filhos, descreve os caminhoneiros como o “sal da terra”. “Ver os caminhoneiros entrarem em ação deu aos canadenses que se sentiam cansados e impotentes uma sensação de esperança de que algo realmente possa mudar e força para se manterem unidos e dizer basta”, diz ela.
TEMOR DE ASSÉDIO
Depois de duas semanas de protestos, os custos começam a crescer. Na segunda-feira (7), os caminhoneiros organizaram o bloqueio da ponte Ambassador, que liga Windsor a Detroit, o mais movimentado cruzamento terrestre entre EUA e Canadá, que responde por mais de um quarto do comércio interfronteiras. Na sexta (11) ainda havia bloqueio de tráfego.
Os congestionamentos na fronteira estão atrasando cerca de 300 milhões de dólares canadenses (R$ 1,2 bilhão) em comércio diário. Os fabricantes de carros Toyota e Ford dizem que a produção está sendo prejudicada. Os manifestantes bloquearam as ruas do aeroporto internacional de Ottawa e tentaram sobrecarregar as linhas telefônicas de emergência com trotes, disse a polícia na quinta (10).
“Os ocupantes que interrompem nossa cadeia de suprimentos estão criando consequências sérias para os canadenses e os trabalhadores do país”, afirmou o ministro dos Transportes, Omar Alghabra. Nos primeiros dias dos protestos, a polícia optou por observar, temendo uma escalada violenta. Muitos moradores se sentem abandonados diante do que consideram assédio.
Alguns disseram que tiveram de limpar excrementos de suas portas e sofreram abusos por usarem máscaras. Dezenas de empresas fecharam, incluindo o principal shopping da cidade, que foi brevemente ocupado por manifestantes sem máscaras que agitavam bandeiras.
Nesta semana, no entanto, a polícia começou a fazer detenções –25 pessoas–, principalmente por acusações de arruaça. Na sexta, Doug Ford, primeiro-ministro de Ontário, declarou estado de emergência, ameaçando aqueles que bloquearem ruas e pontes com multas de 100 mil dólares canadenses (R$ 413 mil) e um ano de cadeia.
Não está claro que nível de apoio os manifestantes têm na sociedade. Entre os canadenses com mais de 5 anos, 82% estão totalmente vacinados –um dos índices mais altos do mundo. Uma pesquisa recente da Abacus Data revelou que 87% dos moradores de Ottawa querem que os protestos acabem.
O sindicato Teamsters Canada, que representa 15 mil motoristas de carretas, denunciou os protestos. “O chamado ‘comboio da liberdade’ e a ridícula exibição de ódio comandados pela direita política e vergonhosamente incentivada por políticos conservadores eleitos não refletem os valores dos Teamsters Canada, nem a vasta maioria de nossos membros”, disse o presidente da organização, François Laporte, em um comunicado.
Os manifestantes insistem que sua queixa é com Trudeau, que se chocou com os não vacinados durante a tensa eleição geral do ano passado. Em um evento em setembro, ele foi atingido por cascalho atirado por manifestantes. Em algumas partes do Canadá, a obrigatoriedade da vacina para certas profissões levou à demissão de policiais, bombeiros e caminhoneiros, incluindo alguns envolvidos nos protestos.
A maior parte das restrições da Covid-19 é controlada pelos governos provinciais, muitos dos quais, incluindo os de Ontário e Québec, exigiram que as pessoas mostrem prova de vacinação para entrar em restaurantes, cinemas e bares. As províncias de Saskatchewan e Alberta, no oeste do país, começaram a abrandar as restrições.
Stéphanie Chouinard, professora de política no Colégio Militar Real em Kingston, Ontário, diz que os organizadores “se agarraram a um sentimento muito real, de raiva, ressentimento e exasperação de uma parte do eleitorado canadense que talvez tenha pago um preço mais alto”, como trabalhadores da linha de frente ou pessoas vulneráveis que não puderam trabalhar em casa. Ela acrescenta: “A extrema direita usou esse ressentimento e essa raiva como pretexto para se organizar e perturbar”.
Os protestos revelaram algumas fissuras no establishment político. Na terça-feira (8), Joël Lightbound, membro do Partido Liberal de Trudeau, acusou o primeiro-ministro de tentar “dividir e estigmatizar” os não vacinados e os descrentes do bloqueio. No Canadá, onde os deputados mais jovens raramente confrontam os líderes partidários, os comentários de Lightbound pegaram muitos de surpresa.
Os Conservadores, de oposição, que recentemente depuseram seu líder por puxar o partido muito para o centro, inicialmente elogiaram os caminhoneiros. No entanto, à medida que os protestos se arrastam, alguns mudaram de rumo diante da percepção de radicalismo, com Candice Bergen, a líder interina, pedindo na quinta-feira o fim do bloqueio.
“Se o que ficar marcado na mente dos canadenses sobre esses eventos é que o Partido Conservador decidiu ficar do lado dos malucos de direita, então [eles] perderam o jogo”, diz Chouinard.
REFLEXO NOS ESTADOS UNIDOS
Do outro lado da fronteira, nos Estados Unidos, os protestos pressionaram ainda mais as cadeias de suprimentos que já estavam forçadas pela pandemia. Mas o governo Biden também está de olho em um problema potencialmente muito maior: e se os caminhoneiros americanos decidirem realizar um protesto semelhante? Eles poderiam gerar um caos parecido em Nova York ou Washington?
Nesta semana, funcionários do Departamento de Segurança Interna dos EUA emitiram um aviso às agências judiciais de todo o país que um grupo de caminhoneiros estava planejando um comboio que começaria na Califórnia e terminaria em Washington, DC. O memorando amplamente divulgado disse que o protesto poderia afetar o Super Bowl em Los Angeles neste domingo (13) e o discurso do Estado da União a ser proferido pelo presidente Joe Biden em 1º de março.
Analistas e autoridades que monitoram grupos de direita online dizem que os envolvidos no movimento da teoria da conspiração QAnon e os apoiadores do ex-presidente Donald Trump estão avaliando a possibilidade de realizar um protesto semelhante nos Estados Unidos. O comboio atraiu comentários de apoio de políticos republicanos como Trump, o senador Ted Cruz e o governador da Flórida, Ron DeSantis, bem como do chefe da Tesla, Elon Musk.
Mas os planos são desencontrados, dizem analistas, e os números envolvidos, pequenos. “Realmente é verdade que os grupos de teorias da conspiração nos EUA e no Canadá têm compartilhado informações nas últimas semanas”, diz Brian Murphy, vice-presidente de operações estratégicas da Logically, grupo formado para combater a desinformação online.
“Mas, nos EUA, os caminhoneiros são um grupo muito mais frouxo, que não tem o histórico de engajamento político dos canadenses. Um movimento americano também precisaria de um conjunto de lideranças para organizá-lo e galvanizá-lo, o que falta agora.” Mike Rains, apresentador do podcast Adventures in HellwQrld, que acompanha a conspiração QAnon, diz: “Muitos dos teóricos da conspiração e vigaristas de direita estão falando vagamente sobre a possibilidade de um comboio nos EUA, mas todo mundo está esperando que alguém comece.
“O problema deles é que as autoridades estarão muito cientes dessa possibilidade e, portanto, muito mais propensas a contê-la antes que chegue a algum lugar. As chances de algo chegar a 150 quilômetros de Washington são muito pequenas.” Rains diz que um alvo mais provável seria a fronteira EUA-México, que é muito mais difícil de policiar e que será o foco do debate político antes das eleições de meio de mandato, em novembro.
Na França, na sexta-feira, comboios de carros e caminhões seguiam de várias regiões para a capital antes dos protestos deste sábado (12). Organizado em grupos do Facebook e do aplicativo de bate-papo Telegram, o movimento heterogêneo parece ser composto por pessoas que se opõem aos requisitos da vacina contra a Covid na França, bem como por alguns que se identificam com o movimento dos coletes amarelos. A prefeitura de Paris disse que os manifestantes seriam proibidos de entrar na capital de sexta a segunda-feira, citando o risco de desordem pública.
Entre as faixas “F*da-se Trudeau” e bandeiras canadenses usadas por alguns manifestantes em Ottawa, também há muitos símbolos de extrema direita, incluindo alguma suástica e a bandeira da Confederação sulista. O sentimento contra a mídia também é forte. Os organizadores se recusaram a admitir repórteres dos principais meios de comunicação em coletivas de imprensa e escolheram a dedo jornalistas de plataformas de direita.
A crise também está alimentando preocupações sobre o financiamento externo do radicalismo doméstico. Marco Mendicino, ministro da Segurança Pública, disse que o Canadá estaria “muito vigilante sobre forças externas e interferência estrangeira”. O site GoFundMe derrubou uma página de doação para o “Freedom Convoy 2022” que tinha levantado 10 milhões de dólares canadenses (R$ 41 milhões) –parte dos quais, acredita-se, vieram de simpatizantes dos EUA–, depois de dizer que o protesto se tornou uma “ocupação” ilegal”.
Apesar da perspectiva de o protesto entrar na terceira semana e do estado de emergência, há poucos sinais de que os caminhoneiros estejam recuando. “Quero ir para casa”, disse nesta semana Tom Marazzo, um dos organizadores. “Mas não irei até que não seja mais necessário aqui, até que o trabalho esteja feito.”
Folhapress
Scholz alerta Rússia sobre sanções imediatas se Ucrânia for atacada
Foto: Kay Nietfeld/Reuters/Arquivo |
O chanceler alemão Olaf Scholz alertou, neste domingo, a Rússia sobre sanções imediatas e “reações duras” se atacar a Ucrânia, mantendo um tom duro antes de uma reunião, nesta semana, com o presidente russo, Vladimir Putin. Scholz viaja para Kiev, nesta segunda-feira, para se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e para Moscou, na terça-feira, para uma reunião com Putin, como parte dos esforços diplomáticos para aliviar as tensões.
As viagens serão para sondar como garantir a paz, que enfrenta uma “ameaça muito, muito séria”, disse Scholz, pedindo à Rússia que diminua a escalada. “Um acordo militar contra a Ucrânia que ponha em risco sua integridade territorial e soberania resultará em duras reações e sanções que preparamos cuidadosamente e que podemos colocar em vigor imediatamente, junto com nossos aliados na Europa e na Otan”, disse Scholz em breves comentários a repórteres.
Os Estados Unidos disseram que os militares russos, que têm mais de 100 mil soldados concentrados perto da Ucrânia, podem invadir a qualquer momento. A Rússia nega ter tais planos e diz que suas ações são uma resposta à agressão dos países da Otan. Berlim não espera resultados concretos dos encontros, disse uma fonte do governo no domingo.
“O chanceler deixará claro que qualquer ataque à Ucrânia terá consequências pesadas… e que não se deve subestimar a unidade entre a União Europeia, Estados Unidos e Grã-Bretanha”, disse a fonte do governo alemão.
Biden promete uma ‘resposta rápida’ se Rússia invadir Ucrânia
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress/Arquivo |
“O presidente Biden reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, escreveu a Casa Branca em comunicado logo após o telefonema. “O presidente Biden deixou claro que os Estados Unidos responderiam rápida e decisivamente, junto com seus aliados e parceiros, a qualquer nova agressão russa contra a Ucrânia.”
“Os dois líderes concordaram sobre a importância de continuar a buscar diplomacia e dissuasão em resposta ao aumento militar da Rússia nas fronteiras da Ucrânia”, completa. Pelas redes sociais, o presidente ucraniano disse que a conversa durou uma hora e foram discutidos os temas de “segurança, economia, riscos existentes, sanções e agressão russa”.
“Vamos parar qualquer escalada em direção à Ucrânia. A capital da Ucrânia, Kiev, outras cidades do nosso estado estão seguras e sob proteção confiável”, Zelenski disse a Biden, segundo comunicado do gabinete do governo ucraniano. Zelenski convidou Biden a visitar a Ucrânia em breve. “Estou convencido de que sua vinda a Kiev nos próximos dias, que são cruciais para estabilizar a situação, será um sinal poderoso e contribuirá para a desescalada”.
A Casa Branca se recusou a comentar o convite. A CNN americana citou uma autoridade ucraniana não identificada dizendo que não houve resposta positiva de Biden à ideia. Mais cedo, Zelenski conversou com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sobre como “unir e coordenar os esforços políticos e diplomáticos para desbloquear o processo de paz e restaurar a estabilidade”, informou o governo da Ucrânia em nota.
“Somos a favor de uma solução política e diplomática do conflito. Não vamos sucumbir a provocações”, disse o presidente. Zelenski tem respondido aos alertas dos EUA de que uma invasão pode acontecer nos próximos dias com severidade e exige provas. Ele minimizou os alertas americanos, dizendo que ainda não viu evidências convincentes.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, convocou uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), citando o fracasso da Rússia em responder à demanda do país por “explicações detalhadas sobre atividades militares nas áreas adjacentes ao território da Ucrânia e no Crimeia temporariamente ocupada.”
“A Rússia não respondeu ao nosso pedido sob o Documento de Viena. Consequentemente, damos o próximo passo. Solicitamos uma reunião com a Rússia e todos os estados participantes dentro de 48 horas para discutir seu reforço e redistribuição ao longo de nossa fronteira e temporariamente Crimeia ocupada”, escreveu Kuleba nas redes sociais.
O Documento de Viena citado pelo ministro estipula que “os Estados participantes irão consultar e cooperar uns com os outros sobre quaisquer atividades incomuns e não programadas de suas forças militares fora de seus locais normais de tempo de paz que sejam militarmente significativas.”
EUA mantêm alerta de invasão nos próximos dias
O conselheiro de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, voltou a afirmar neste domingo que a Rússia pode invadir a Ucrânia “a qualquer momento” e pode criar um pretexto surpresa para um ataque enquanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, se prepara para um encontro diplomático com o presidente Vladimir Putin.
“Não podemos prever perfeitamente o dia, mas já estamos dizendo há algum tempo que há uma janela, e uma invasão pode começar – uma grande ação militar pode começar – pela Rússia na Ucrânia a qualquer momento”, disse Sullivan à CNN. Sullivan disse que Washington continuará compartilhando inteligência com o mundo para impedir Moscou de realizar uma operação surpresa.
Depois do frenesi de telefonemas entre líderes ocidentais e Moscou no sábado, 12, os esforços diplomáticos não conseguiram apaziguar as tensões em torno da crise da Ucrânia. Na sexta-feira, Washington havia alertado que a Rússia enviou, para o entorno da Ucrânia, forças militares suficientes para lançar uma ofensiva “a qualquer momento”. Enquanto a Rússia continua a negar que planeja invadir seu vizinho e semanas de diplomacia frenética mostraram poucos sinais de progresso, Zelenski tenta acalmar as tensões.
Companhias aéreas devem evitar o Mar Negro
Apesar das advertências americanas sobre a proximidade das tropas russas, o governo ucraniano prometeu, neste domingo, manter seu espaço aéreo aberto para viagens internacionais. “O espaço aéreo ucraniano permanece aberto, e o Estado está trabalhando para prevenir os riscos para as companhias aéreas”, disse o Ministério da Infraestrutura em um comunicado divulgado no Facebook.
Ainda assim, o governo aconselhou as companhias aéreas a evitarem sobrevoar as águas do Mar Negro de segunda a sábado devido aos exercícios navais russos na região. Mais de 30 navios russos iniciaram exercícios de treinamento perto da península da Crimeia como parte de exercícios mais amplos da marinha, informou a agência de notícias RIA no sábado.
“A partir de amanhã, as companhias aéreas são aconselhadas a não sobrevoar esta área e planejar rotas ideais com antecedência, levando em consideração a situação atual”, disse o serviço estatal de tráfego aéreo da Ucrânia. Diante do aumento da tensão, a companhia aérea holandesa KLM anunciou, na véspera, que estava suspendendo todos os seus voos no espaço aéreo ucraniano até novo aviso.
Dois terços dos 298 passageiros mortos quando o voo MH17 da Malaysia Airlines foi abatido no leste da Ucrânia em 2014 – quando a Rússia ocupou a Crimeia -, quando voava de Amsterdã para Kuala Lumpur, eram cidadãos holandeses. Um avião ucraniano SkyUP que voava da Ilha da Madeira para Kiev teve de aterrissar em Chinisau, na Moldávia, no sábado, depois que o proprietário do avião proibiu sua entrada no espaço aéreo ucraniano.
“O fechamento do espaço aéreo é um direito soberano da Ucrânia e nenhuma decisão foi tomada nesse sentido”, completou o comunicado do Ministério, após uma reunião na presença de funcionários da Presidência, dos aeroportos e das companhias aéreas ucranianas. A maioria das companhias aéreas continua operando, de acordo com o Ministério, acrescentando que, hoje, 29 companhias aéreas internacionais operam voos de 34 países.
Estadão
Bahia atinge 28.615 casos ativos de Covid-19; 14 óbitos são registrados
Foto: Mateus Pereira/GOVBA/Arquiv |
Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.740.774 casos descartados e 320.168 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste domingo. Na Bahia, 60.532 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Vacinação
Até o momento temos 11.361.864 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.193.261 com a segunda dose ou dose única e 3.125.155 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 327.951 crianças já foram imunizadas.
Mentira já está pronta, diz Barroso sobre tese de Bolsonaro contra urna eletrônica
Foto: Gabriela Biló / Estadão / Arquivo |
Agora, Bolsonaro alega que as Forças Armadas questionaram o TSE sobre supostas vulnerabilidades no sistema eleitoral brasileiro. Barroso explica que, na Comissão de Transparência das Eleições, há um representante das Forças Armadas. “Em dezembro, ele apresentou uma série de perguntas para entender como funciona o sistema”, disse o ministro. “Elas entraram às vésperas do recesso. Em janeiro, boa parte da área técnica do TSE faz uma pausa, e agora as informações solicitadas estão sendo prestadas e vão ser entregues na semana que vem. Só tem perguntas. Não há nenhum comentário. Não falam de vulnerabilidade”, completou Barroso.
“Quando o presidente diz que encontraram vulnerabilidades antes mesmo de receber as respostas às indagações, ele está adiantando, desavisadamente, a estratégia que ele pretende adotar. Para falar a verdade, ele queimou a largada.” Para Barroso, Bolsonaro antecipou a estratégia atual para colocar em dúvida ar urnas brasileiras. “Que é: ‘não importa quais sejam as respostas, eu vou dizer que o sistema eleitoral eletrônico tem vulnerabilidades’. Ele não precisa de fatos, a mentira já está pronta.”
O ministro diz que o que o presidente tem feito é como assistir a um “filme repetido, com mau roteiro”. “Não há nenhuma razão para assistir à reprise. Antes, o presidente dizia que tinha provas de fraude. Intimado a apresentá-las, (ficou claro que) não havia coisa alguma. Essa é uma retórica repetida. É apenas um discurso vazio.” Na entrevista, Barroso reforçou ser a favor do banimento do Telegram no Brasil. “Nenhum ator relevante no processo eleitoral pode atuar no país sem que esteja sujeito à legislação e a determinações da Justiça brasileira. Isso vale para qualquer plataforma”, disse o ministro.
“O Brasil não é casa da sogra para ter aplicativos que façam apologia ao nazismo, ao terrorismo, que vendam armas ou que sejam sede de ataques à democracia que a nossa geração lutou tanto para construir”, afirmou. Para o ministro, “uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras deva ser simplesmente suspensa”. “Na minha casa, entra quem eu quero e quem cumpre as minhas regras.” Barroso deixará o comando do TSE ao final deste mês, quando será substituído pelo ministro Edson Fachin.
Quem é o pastor que o PT chamou para ajudar Lula com os evangélicos
O pastor Paulo Marcelo lidera projetos para aproximar PT e evangélicos
Foto: Eduardo Knapp / Folhapress |
Chegou a hora de Paulo Marcelo Schallenberger, 46, ouvir o que Deus reserva a ele. E não é coisa pouca. “Se prepare, homem”, profetiza o pastor no centro de um púlpito abarrotado de colegas. Estamos em 2013, no congresso Gideões Missionários da Última Hora, uma vitrine gospel para líderes pentecostais do Brasil.
Pouco antes, Abílio Santana havia recebido seu vaticínio: Deus o colocaria no palácio com um “brasão da República”, ele e mais outros três daquele altar. Santana é hoje deputado pelo PL baiano. Marco Feliciano (Republicanos-SP) já era do Parlamento e seria reeleito duas vezes depois. A Câmara também acolheria, em 2018, Flordelis, que depois sairia de lá cassada pelos pares, sob acusação de matar o marido, um pastor como todos ali.
Que se preparasse também Paulo Marcelo. “Estou mudando teu coração, estou mudando tua voz, estou mudando a tua imagem, estou mexendo nas cadeiras porque Brasília também te espera!”, prevê Antônio Silva, o pastor do Gideões. Estamos em 2020, e nada de Paulo Marcelo no centro do poder. Ele tenta uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo Podemos, partido à direita que no futuro abrirá as portas para um homem por quem ele diz sentir repulsa, Sergio Moro, concorrer à Presidência.
Seu santinho político o apresenta como “o candidato de Feliciano”. São amigos já tem mais de duas décadas, desde que os dois pregavam país afora, ele a bordo de uma Variante dourada, e Feliciano, de uma Brasília amarela. Em 2022, Paulo Marcelo chega à capital do país. Desembarcou na última quarta (9) para uma reunião na sede do PT. Ainda sem mandato, é verdade —teve 4.486 votos dois anos atrás, insuficientes para o fazer vencer.
A vitória que lhe importa, agora, é a de Lula. Às 13h do dia 13 de dezembro, encontrou pela primeira vez o homem que fez o avô chorar em 1989. O pastor da Assembleia de Deus queria vê-lo eleito presidente, o que só aconteceria 13 anos depois. Mas aí seu Aloísio já tinha morrido, três anos antes. Com ajuda de um Moisés, o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, o pastor descolou uma reunião no Instituto Lula. O ex-presidente o escutaria por 20 minutos. Acabaram conversando por duas horas e meia.
Paulo Marcelo tinha um plano para furar a bolha pentecostal, em boa parte envelopada por um bolsonarismo que se autoproclama guardião dos bons costumes. Com a bênção de Lula, ele comandará, a partir de março, uma série de iniciativas para aproximar PT e evangélicos. Esse eleitorado tem um histórico de idas e vindas com o partido. Grandes pastores já demonizaram a bandeira vermelha, mas, em 2002, muitos a tremularam.
Foram abandonando a legenda nos últimos anos, conforme as pautas morais avançavam. Em 2018 veio o racha total: todos os grandes líderes que se posicionaram politicamente foram para o lado de Jair Bolsonaro (PL). Paulo Marcelo terá nas mídias petistas um podcast produzido por Silas Bitencourt. Conhecido de longa data, ele é empresário de artistas gospel, como o trio de pregadores mirins da família Ota e, em 2021, idealizou o Culto da Resistência, reality evangélico que promoveu o estimulante sexual Levanta Varão e reuniu de Mara Maravilha a Mister M.
O estúdio será no prédio que sedia o PT no Distrito Federal. A princípio, o apresentador não quer nenhuma alusão explícita à estrela vermelha, símbolo do partido, no logo de seu programa. Já vislumbra, contudo, uma hashtag bem política para viralizar nas redes sociais: #SouCristãoEVotoLula. Outro projeto que Paulo Marcelo quer levar adiante: montar núcleos evangélicos nos 26 estados brasileiros, mais a capital, cada um com cerca de 200 pastores. Na quarta, foi ao gabinete do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) propor que começassem pelo Rio Grande do Sul.
A aproximação com o ex-presidente, assim como seus ataques contra Bolsonaro, abastece um site que é referência nos bastidores do poder evangélico, o Fuxico Gospel. Ele causou frisson quando disse que a igreja atual prega como se fosse medieval. E depois, quando profetizou que Bolsonaro estaria fora do Palácio do Planalto no 1º de janeiro de 2023.
Antes disso tudo, reportagens abordaram sua prisão, sob suspeita de posse de drogas e arma, oito anos atrás, em Foz do Iguaçu (PR). Em depoimento à Polícia Civil, ele disse que a pistola e a substância apreendidas pertenciam a um segurança particular. À Folha repete o relato e acrescenta: “Fake news. Já sofri muito com isso, nunca houve processo”.
Conservadores estão sempre a postos para atacar e foram bem-sucedidos em pintar a esquerda como antifamília, comunista e aborteira, diz o pastor. Está na hora de desconstruir essas ideias. “Falam que a esquerda é contra a família. E Lula que ficou casado 44 anos com a mesma esposa [Marisa Letícia, morta em 2017]? Bolsonaro foi casado três vezes, e a última era… A gente chama aqui no Congresso de pastinha”, diz sobre a primeira-dama Michelle Bolsonaro, usando um apelido pejorativo para funcionárias que recolhem assinaturas de deputados para projetos de lei.
Michelle era secretária parlamentar quando conheceu o marido. Para Paulo Marcelo, há duas frentes a serem trabalhadas. Primeiro, com a esquerda. “Ela precisa entender que nem todo evangélico é o Malafaia, que xinga, que briga”, diz sobre o pastor que pregou no mesmo púlpito que ele nos cem anos da primeira Assembleia de Deus do Brasil, em 2011.
Não descarta chamá-lo como convidado em seu podcast, mas acha que ele nunca aceitaria. Certo está. “Eu não debato com cachorro morto”, afirma Silas Malafaia. “Vou perder meu tempo com um zero à esquerda desses? Tá de brincadeira!” Paulo Marcelo acha que o campo progressista dialoga mal com o segmento. Dos poucos apoios de algum relevo que o PT tem na liderança, a maioria vem de igrejas históricas. Para falar o português claro: falta povo. E evangélicos estão em massa nas periferias, em igrejas pentecostais.
Segundo o pastor, Lula já teria inclusive entendido que os evangélicos que costumam comparecer a eventos religiosos organizados pelo partido são ótimos e tal, mas pregam para convertidos. É preciso alcançar o coração pentecostal. Há ainda a parte dois do trabalho. Aqui o pastor cita “um versículo muito lindo” do bíblico Livro das Lamentações: “Quero trazer à memória o que pode me dar esperança”.
Vai de encontro à estratégia do PT de relembrar evangélicos dos tempos de bonança econômica quando Lula estava no poder —e também de liberdade religiosa. Em quase 15 anos de governos de esquerda, questiona, “quando que a igreja foi fechada, quando que seu pastor foi proibido de pregar?”. Pelo contrário. “Paulo Bernardo [ministro das Comunicações de Dilma] deu rádio para todo mundo nesse país, [evangélicos] têm concessão de TV [a Record, que Edir Macedo comprou em 1989]. Que comunismo é esse aí?”
Aliás, foram abertos templos como nunca, e eles iam muito bem, obrigado. “A pergunta é muito simples: o que na sua vida melhorou? Quanto na sua igreja tinha de receita, na época de Lula e Dilma, e quanto tem de receita hoje?” Paulo Marcelo se considera um cara de centro-esquerda e diz que só se filiou ao Podemos porque já tinha o caminho aberto por lá —era, na época, a legenda de Feliciano.
Os dois já saíram de lá, e hoje o pastor lulista estuda nova morada partidária. Diz que provavelmente concorrerá a algum cargo, ainda na expectativa da profecia feita no Gideões há quase uma década. A afinidade com Lula não abalou sua amizade com o amigo bolsonarista.
“Ambos vivemos em um país democrático, e a prova da nossa amizade é que, mesmo caminhando em caminhos opostos, continuamos amigos”, afirma Feliciano. “Choramos juntos. Sorrimos juntos. Oramos juntos. Conversamos quase todos os dias. Ele com os argumentos dele, e eu com os meus.”
Anna Virginia Balloussier / Folhapress
Dois fuzis e uma submetralhadora são apreendidos
Foto: Divulgação SSP Guarnições da 17a CIPM/ Uruguai também encontraram 207 munições e cinco carregadores, no bairro de Massaranduba. |
O comandante da unidade, major Alex dos Santos Figueiredo, contou que as equipes receberam denúncias de tiros, na rua Leblon. “Fomos informados de que três pessoas foram atingidas e levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santo Antônio, no Largo de Roma”, contou o militar.
De acordo com o oficial, foram realizadas rondas na localidade e, em uma residência abandonada foram encontrados os armamentos. O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Fonte: Ascom | Poliana Lima
Trio que cometia assaltos em Vera Cruz é preso em flagrante
Foto: Divulgação SSP Militares do Batalhão de Polícia Rodoviária realizaram a ação na noite desta sexta -feira (11), após denúncia de uma vítima. |
Os policiais realizavam o trabalho ostensivo na BA 001, KM 17, quando o homem se aproximou e informou que criminosos haviam roubado seu veículo.
O comandante da 5a Cia do batalhão, Paulo Roberto Almeida Amaral, disse que o trio foi alcançado na proximidades, logo em seguida. “Com eles apreendemos uma pistola com um carregador, oito munições, R$ 104, quatro celulares, o carro da vítima e outro veículo utilizado na ação criminosa”, disse o oficial.
“Os assaltantes e os materiais foram apresentados na 24 Delegacia Territorial de Vera Cruz, onde apareceram outras vítimas e reconheceram os homens por praticar outros crimes na região”, concluiu o militar. Vítimas e reconheceram os homens por praticar outros crimes na região.
Fonte: Ascom | Poliana Lima
Ipiaú: Homem é conduzido pela Polícia Militar por agredir companheira , Porem é liberado na Delegacia ( Lei Maria da Penha)
Por volta das 03h40h da madrugada desse sábado (12/02/22), após ligação via 190, a guarnição da 55ª CIPM/1º PELOTÃO deslocou até Rua José Wilson Barbosa, bairro Euclides Neto, em Ipiaú, para averiguar uma denuncia de violência doméstica.
Chegando no local, foi mantido contato com a vítima, que relatou que o seu companheiro, por motivo de ciúmes, chegou agressivo em casa, agrediu a sua filha menor, quebrando móveis e vários utensílios.
O agressor foi conduzido à delegacia de Ipiaú juntamente com as vítimas, para os procedimentos de polícia judiciária, no entanto, apesar da ocorrência ter sido lavrada em Ipiaú, teve que ser direcionada à Delegacia de Jequié por não ter Delegado de plantão na delegacia de Ipiau.
Chegando à Delegacia de Jequié, a vitima foi ouvida pela Delegada Plantonista, relatando que não fora agredida, apenas sofreu ameaça e que não queria que o seu companheiro fosse preso.
Diante do relato da vitima a Delegada não lavrou flagrante, liberando o retorno dessa guarnição e envolvidos para a cidade de Ipiaú onde foram liberados na Delegacia Local.
Autor: L. A. S., de 20 anos> Vitimas: A. C. S., de 26 anos, R. S. A. C. , de 11 anos
Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão
Ucrânia arma milícias nacionalistas para resistir à ocupação de tropas da Rússia
Foto: Forças Armadas da Ucrânia via Reuters |
O ativista ucraniano e miliciano senta-se diante da bandeira de seu partido, deixando pouca dúvida de sua disposição para a ação. A bandeira ostenta dois machados com os cabos unidos, sobre um fundo vermelho. Yuri Hudymenko está pronto para pegar em armas, mas não necessariamente contra a Rússia.
Como membro do Machado Democrático – uma das dezenas de grupos nacionalistas de direita que representam uma força política na Ucrânia e se opõem ferozmente a qualquer concessão a Moscou – sua fúria será direcionada ao governo ucraniano, caso Kiev concorde em concessões em troca da paz.
Moscou concentrou mais de 130 mil soldados na fronteira da Ucrânia, ameaçando invadir a não ser que suas exigências sejam cumpridas: que a Otan descarte a adesão ucraniana e retire suas forças do Leste Europeu.
Continua incerto se os líderes ocidentais e o presidente russo, Vladimir Putin, serão capazes de negociar um acordo. Mas qualquer resolução tende a forçar Kiev a aceitar concessões arriscadas, que poderiam ser desestabilizadoras domesticamente. Nesta semana, por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs uma “finlandização” da Ucrânia, que deixaria o país em uma posição neutra entre a Rússia e a Otan, como a Finlândia durante a Guerra Fria.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, tem poucas cartas para jogar em qualquer negociação com Moscou. Talvez sua melhor carta seja a ameaça da insurgência de grupos nacionalistas, como o Machado Democrático e o ainda mais influente Setor da Direita, no caso de invasão russa. Recentemente, o governo até pediu que os partidos nacionalistas obtenham armamento mais pesado.
Mas os grupos são uma faca de dois gumes, ameaçando não apenas o Kremlin, mas também o governo ucraniano, que poderá ser abalado e possivelmente derrubado por eles se Zelenski concordar com um acordo de paz que, segundo sua visão, ceda demais a Moscou.
O chanceler ucraniano e o ministro da Defesa afirmaram recentemente que o maior risco que o país corre é de desestabilização interna sob a ameaça da invasão, não do ataque em si. E, em um país cujos cidadãos tomaram as ruas duas vezes desde o fim do período soviético e depuseram sem cerimônia governos vistos como capachos de Moscou, essa ameaça não é nada remota. Analistas afirmam que Zelenski estaria assumindo riscos extremos, mesmo ao considerar um acordo de paz, motivo pelo qual ele está tão cuidadoso em não mencionar uma possível via de negociação.
Macron quer sacrificar a soberania da Ucrânia para acalmar a Rússia, mas não entende que isso não funciona”, afirmou Oleksandr Ivanov, diretor de um grupo chamado Movimento Contra a Capitulação. “Aqui, a sociedade civil tem mais influência sobre a política do que os partidos políticos.” Para Zelenski, disse ele, “a ameaça da guerra é, na verdade, apenas uma ameaça, enquanto assinar compromissos é a garantia de protestos”.
Hudymenko concorda. Seu escritório tem as paredes decoradas com vários machados e uma besta, um lembrete de que seu partido dá treinamento paramilitar para seus membros. Ele ressaltou que qualquer protesto contra um possível acordo seria pacífico, mas deixou pouca dúvida de que isso resultaria na deposição de Zelenski. Mesmo os principais partidos políticos ucranianos se opõem a fazer concessões e afirmam que convocarão protestos caso o governo se curve demais.
Macron adotou a estratégia de reavivar o diálogo sobre a guerra no leste da Ucrânia como um passo na direção de um acordo mais amplo, que também incluiria negociações a respeito das demandas russas por uma reforma na arquitetura da segurança europeia que reduza o papel da Otan. Sob uma interpretação, o acordo de paz no leste da Ucrânia poderia descartar uma futura adesão da Ucrânia à aliança.
Nacionalistas da Ucrânia ainda são problema
O risco dos grupos nacionalistas entrou em foco no ano passado, quando Zelenski acusou o Machado Democrático de planejar um protesto armado na Praça da Independência, em Kiev, como parte de uma conspiração golpista.
Isso colocou o partido – fundado por um grupo de blogueiros que escolheram o machado como símbolo pela ferramenta ter sido usada tradicionalmente na Ucrânia tanto como utensílio como arma do camponês – no centro das preocupações com a possibilidade de a política de estímulo ao treinamento militar para civis também elevar o risco de instabilidade interna.
Hudymenko, um ex-jornalista e consultor de marketing, de 34 anos, disse que não pode haver nenhum tipo de reconciliação com os separatistas apoiados pela Rússia antes de as tropas russas se retirarem do leste da Ucrânia, onde Moscou fomenta a guerra desde 2014.
Ele disse que mantém em casa um fuzil Kalashnikov e treina frequentemente com a arma, preparando-se para combater os russos. Hudymenko afirma que só usaria seu fuzil durante um protesto se a polícia abrisse fogo contra a multidão, como ocorreu nos protestos de 2014 em Kiev. “Zelenski e seu governo podem estar sob pressão tanto dos ucranianos quanto da Rússia”, afirmou Hudymenko. “Mas, no fim das contas, eles temem o povo ucraniano mais do que temem o Exército russo.”
Estadão
Casos de covid-19 chegam a 27,4 milhões no Brasil
Foto: Breno Esaki / Agência Saúde DF / Arquivo |
O número de mortes em decorrência de complicações associadas à covid-19 chegou a 638.048, no Brasil. Em 24 horas, o país registrou 896 óbitos. As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde. Ainda há 3.160 mortes em investigação. Nesses casos, são necessários exames e procedimentos posteriores para determinar se a causa da morte foi covid-19.
De ontem para hoje (12), foram registrados mais 140.234 diagnósticos positivos de covid-19. Desde o início da pandemia, foram 27.425.743 casos. Estão em acompanhamento 3.102.223 pacientes. O termo é usado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta, nem evoluíram para morte.
Segundo o boletim, 23.685.472 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 86,4% dos infectados desde o início da pandemia.
Agência Brasil
Hoje é Dia: Dia Mundial do Rádio é o destaque da semana
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
O Hoje é Dia da semana de 13 a 19 de fevereiro relembra o meio de comunicação considerado por muitos como o mais íntimo das pessoas, ou melhor, dos ouvintes, o rádio é o homenageado deste dia 13 de fevereiro. A data, o Dia Mundial do Rádio, é celebrada desde 2011. Veículos da Empresa Brasil de Comunicação já fizeram diversas homenagens à efeméride e a quem fez história via ondas hertzianas.
No ano passado, a Agência Brasil lembrou da data com uma matéria que apontava para a importância e os desafios do meio de comunicação com as novas tecnologias. Também em 2021, o Ciência é Tudo, da TV Brasil, fez um especial sobre a data. Confira no vídeo abaixo:
Por Edgard Matsuki - Repórter Agência Brasil - Brasília
Maria entregará quadra poliesportiva à comunidade da Fazenda do Povo
Na tarde deste domingo, 13, a prefeita Maria das Graças estará na Fazenda do Povo para inaugurar a requalificação da quadra esportiva da localidade. O equipamento, viabilizado com recursos próprios do município, conta com arquibancada, alambrado, iluminação adequada e outros detalhes que permitirão mais opções de lazer para a juventude local, inclusive a realização de eventos culturais.
Na oportunidade a prefeita estará acompanhada da Secretária de Ação Social e Desportos, Rebeca Câncio e do Diretor de Esportes, Givaldo Nascimento, além de outros membros do Governo Municipal e vereadores da base situacionista. Após a cerimônia de inauguração da quadra, ocorrerão competições de Futsal nas categorias infantil (masculino e feminino) e adulto/masculino. . (José Américo Castro/Ascom-Prefeitura de Ipiaú
Bahia atinge 29.309 casos ativos de Covid-19; 29 óbitos são registrados
Foto: Mateus Pereira/GOVBA/Arquiv |
Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.739.702 casos descartados e 322.289 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 60.454 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Vacinação
Até o momento temos 11.361.638 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.192.522 com a segunda dose ou dose única e 3.119.749 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 326.065 crianças já foram imunizadas.
Palmeiras tem sonho interrompido pelo Chelsea e é vice-campeão mundial
Jogadores do Chelsea celebram gol marcado por Lukaku na final contra o Palmeiras no Mundial de Clubes
Foto: Karim Sahib / AFP |
O Palmeiras parou no Chelsea na tentativa de alcançar seu grande sonho, a conquista do Mundial. A equipe alviverde endureceu o jogo contra a formação inglesa e o levou à prorrogação, na noite de sábado (12) dos Emirados Árabes Unidos, mas a decisão da competição acabou como as oito anteriores: vitória do europeu.
O campeão da Champions League chegou ao troféu com um triunfo por 2 a 1. Nos 90 minutos iniciais, Lukaku abriu o placar de cabeça, e Raphael Veiga empatou para a equipe brasileira em pênalti tolo de Thiago Silva. Depois, foi a vez de Luan fazer pênalti. Havertz definiu o placar no estádio Mohammed Bin Hayed, em Abu Dhabi, já aos 12 do segundo tempo extra.
Foi o primeiro título mundial do Chelsea, que havia fracassado em sua tentativa anterior, em 2012, quando perdeu por 1 a 0 a final para o Corinthians. Aquela foi a última ocasião em que um não europeu ficou com a taça. Desde então, venceram Bayern (duas vezes), Real Madrid (quatro vezes), Barcelona e Liverpool.
O resultado dá sequência à chacota que acompanha os palmeirenses a cada fracasso na busca pelo troféu intercontinental. Muitos deles consideram a glória na Copa Rio de 1951 uma conquista da maior grandeza, algo que nunca impediu os rivais de fazer troça, apontando que o clube da zona oeste paulistana não tem Mundial.
Nos últimos anos, corintianos, são-paulinos, santistas e até rivais não paulistas, como os flamenguistas, entoaram com frequência os versinhos: “O Palmeiras não tem Mundial, o Palmeiras não tem Mundial, não tem Copinha, não tem Mundial”. Era uma adaptação de uma velha canção de Dorival Caymmi que se tornou irritante aos ouvidos alviverdes.
A parte da Copinha foi enterrada no mês passado, com a inédita vitória na tradicional Copa São Paulo de juniores. Houve festa em São Paulo no dia 25 de janeiro, com a expectativa de que todos os versos da piadinha musical estariam obsoletos em pouco tempo. Não foi o que ocorreu nos Emirados Árabes, apesar da boa presença alviverde nas arquibancadas.
Anteriormente, em 1999, a caminhada rumo ao troféu foi interrompida em uma falha do ídolo Marcos contra o inglês Manchester United. No Mundial de 2020, no Qatar, a equipe registrou a pior campanha de um sul-americano na competição, com derrotas para o mexicano Tigres e o egípcio Al Al Ahly.
O torneio de 2021, realizado já em 2022 devido a atrasos no calendário durante a pandemia de Covid-19, até começou bem para o Palmeiras. O time superou com facilidade o Al Ahly, algoz no ano anterior, porém não pôde concretizar o passo mais complicado, derrubar o campeão da Champions League.
Não foi uma vitória fácil do Chelsea, que encontrou um adversário bem postado defensivamente. O técnico Abel Ferreira montou um esquema de marcação individual em vários dos jogadores da formação inglesa, que teve bastante dificuldade para quebrar essa barreira de atletas vestindo branco.
Rony, que vinha sendo o jogador mais avançado, virou quase um lateral direito. Acompanhava o tempo todo o ala esquerdo Hudson-Odoi. Do outro lado, Gustavo Scarpa fazia o mesmo com Azpilicueta. Mount (depois Pulisic) era o homem de Piquerez. Marcos Rocha caçava Havertz. No meio, Zé Rafael e Danilo faziam o cerco a Kanté e Kovacic.
O centroavante Lukaku era quase sempre marcado por Luan, que se virava bem, com Gómez na sobra. Assim, os únicos jogadores do campeão europeu que tinham liberdade para trabalhar eram o trio de zagueiros. Christensen, Thiago Silva e Rudiger avançavam e jogavam na intermediária ofensiva.
Era parte da armadilha do Palmeiras, que se armava para contragolpear. O problema era que o homem de velocidade, Rony, partia de uma posição muito recuada. Raphael Veiga e Dudu eram os atletas mais avançados e não têm a mesma rapidez. Mesmo assim, oportunidades apareceram no primeiro tempo.
A melhor dela apareceu aos 27 minutos, em contra-ataque no qual Zé Rafael foi lançado, brigou na meia-lua com dois zagueiros e rolou para Dudu, que entrava livre pela esquerda. Em vez de bater de primeira, o que era uma possibilidade clara, ele tentou conduzir a bola, perdeu a passada e deu um chute desequilibrado.
No início da etapa final, o Chelsea finalmente conseguiu achar espaços, sobretudo do lado esquerdo. Foi por ali que Hudson-Odoi recebeu livre e cruzou, aos nove. Lukaku ganhou a primeira de Luan e cabeceou no canto direito de Weverton.
Abel reagiu colocando Jailson no lugar de Zé Rafael, dando força ao meio-campo. O Palmeiras teve um momento de instabilidade no qual poderia ter levado o segundo, porém renasceu em uma bola alçada na área. Thiago Silva, como já fez outras vezes na carreira, inexplicavelmente disputou pelo alto usando a mão.
Chamado a ver o lance em vídeo, o árbitro australiano Chris Beath apitou pênalti, convertido por Raphael Veiga aos 19. O momento virou. Ouvindo a arquibancada berrar que “o Palmeiras é o time da virada”, os alviverdes passaram a incomodar o time britânico, que, no entanto, continuava perigoso: Havertz e Pulisic erraram por pouco.
O empate persistiu até a prorrogação. O Chelsea, que já demonstrava cansaço, conseguiu sobrevida com algumas substituições. Tinha a posse de bola, porém, em sua única oportunidade mais clara do primeiro tempo extra, havia posição de impedimento. O travessão foi acertado, mas, em caso de bola na rede, o lance teria sido anulado pelo sistema eletrônico de marcação de posição irregular.
A disputa caminhava para os pênaltis até um escanteio para os ingleses em que a bola ficou viva na área. Luan bloqueou chute de Azpilicueta com o braço. Mais uma vez, o juiz foi chamado ao vídeo para apitar pênalti. Havertz o converteu, aos 12 da segunda etapa da prorrogação.
O triunfo, se não era tratado como prioritário pelo Chelsea, amplia o moral de Thomas Tuchel. Depois de ter levado o Paris Saint-Germain à final da Champions League, o alemão assumiu a equipe londrina e triunfou no principal torneio europeu sem ser considerado favorito, derrubando o Manchester City, de Pep Guardiola, na decisão.
O técnico, que só tinha glórias domésticas no currículo, na Alemanha e na França, ganhou novo prestígio com o triunfo internacional. Depois disso, ainda venceu a Supercopa Europeia e, agora, aos 48 anos, celebra a conquista do Mundial.
Ele chegou a desdenhar do torneio, dizendo em dezembro que nem pensava nele. Nos Emirados Árabes Unidos, porém, vibrou bastante com os gols de sua equipe e com o título. Ele chegou a Abu Dhabi apenas na véspera da decisão, recuperado de Covid-19.
Marcos Guedes / Folhapress
Embaixada pede que brasileiros se mantenham ‘alertas e atualizados’ na Ucrânia
Ucranianos protestam contra escalada da tensão com a Rússia, neste sábado (12), em Kiev
Foto: Sergei Supinsky / AFP |
A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado nesta sexta-feira (11) no qual recomenda que os cidadãos brasileiros na Ucrânia se mantenham em alerta em meio ao aumento da tensão com a Rússia na região. O órgão, contudo, informou que não há recomendação contrária à presença dos brasileiros no país.
“A Embaixada reitera que os cidadãos brasileiros devem manter-se alertas e sempre atualizados por meio de fontes locais e internacionais confiáveis. Ao mesmo tempo, não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia”, diz trecho do comunicado.
A representação diplomática afirmou ainda que, “em caso de emergência, divulgará alertas e transmitirá recomendações relevantes para a comunidade brasileira por meio de suas mídias sociais (Facebook e Twitter), sua página oficial e, se necessário, outros meios de comunicação”.
A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.
Na sexta (11), os Estados Unidos repetiram alertas de que Rússia pode invadir Ucrânia “a qualquer momento”, sem citar evidências específicas. O conselheiro de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, afirmou que o ataque poderia ocorrer antes mesmo do fim das Olimpíadas de Inverno, em Pequim, que terminam no próximo dia 20.
Neste sábado (12), em conversa telefônica com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou de “especulação provocativa” a alegação de que prepara uma invasão.
“Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram […] especulações provocativas relacionadas a uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele país”, informou o Kremlin em comunicado. Macron, por sua vez, disse a Putin que “um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar” na fronteira da Rússia com a Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.
Após o telefonema de Macron, Putin iniciou uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para tratar o mesmo assunto. Também neste sábado, os chefes das diplomacias russa e americana também se falaram por telefone.
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a “campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma ‘agressão russa’ tem como fim provocar e encorajar as autoridades de Kiev” a um eventual conflito no Donbass, região no leste do país onde as forças ucranianas enfrentam há oito anos os separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.
Folhapress
Biden diz a Putin que atacar a Ucrânia terá ‘custos severos’
Foto: Jonathan Ernst/Reuters/Arquivo |
Biden disse ainda que uma ofensiva contra a Ucrânia causaria “sofrimento humano generalizado”. O telefonema foi “profissional e substantivo” e durou mais de uma hora. Washington informou, contudo, que a conversa não resultou em “mudança fundamental” sobre a mobilização de tropas russas nas fronteiras com a Ucrânia.
Após dias de esforços diplomáticos para tentar baixar a tensão no leste europeu, a crise voltou a escalar com exercícios militares e trocas de acusações. Na quinta-feira (10), o Kremlin iniciou manobras com as forças da Belarus, ditadura aliada que fica ao norte da Ucrânia, com cerca de 30 mil soldados russos e um número incerto de belarussos operando sistemas antiaéreos, blindados e aviões de ataque avançados.
Na sexta (11), o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, voltou a falar, sem citar evidências específicas, que a Rússia já reuniu forças suficientes para lançar uma ofensiva militar contra a Ucrânia “a qualquer momento”. A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.
A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado no qual pede que os cidadãos brasileiros na Ucrânia se mantenham em alerta, mas informou que não há recomendação contrária à presença no país. Neste sábado (12), as forças armadas da Rússia informaram ter interceptado um submarino dos Estados Unidos próximo a uma ilha do extremo leste do país. De acordo com os militares, a embarcação ignorou um alerta dado pela Marinha russa.
Mais cedo, em conversa por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, Putin chamou de “especulação provocativa” a alegação dos EUA de que a Rússia prepara uma invasão da Ucrânia. “Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram […] especulações provocativas relacionadas a uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele país”, disse a presidência russa.
Macron, por sua vez, disse a Putin que “um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar” na fronteira da Rússia com a Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.
Folhapress
'Disse que eu não era homem': marido esfaqueia esposa e é preso em Campo Grande
Após negociação com policiais do Choque, autor foi socorrido e levado para delegacia; vítima tinha lesões na cabeça
Caso foi registrado na Deam. - (Foto: Henrique Arakaki - Arquivo Midiamax) |
Homem, de 28 anos, foi preso em flagrante na madrugada deste sábado (12) após esfaquear a esposa, de 26, e tentar tirar a própria vida, no Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. Ele confessou ter esfaqueado a mulher e tentou justificar dizendo que ela "teria falado que ele não servia para nada e não era homem".
Quando os policiais militares chegaram à residência, encontraram a vítima ensanguentada e gritando que havia sido esfaqueada pelo marido. O autor estava no interior do imóvel, sentado em uma cadeira, com a faca encostada em seu pescoço e dizendo que iria se matar.
Policiais da Rotac (Rondas Táticas e Ações) do Batalhão de Choque foram acionados e conseguiram convencer o homem a se entregar e largar a arma branca. A vítima relatou que eles haviam se desentendido e o marido desferiu golpes de faca nela. Já o autor, alegou que a esposa "teria o xingado e dito que ele não era homem e não servia para nada".
Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas a mulher precisou ser encaminhada para a Santa Casa, pois tinha ferimentos na cabeça. Já o autor tinha lesões no pulso e pescoço, causadas por ele mesmo. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para Deam (Delegacia Especializada no Atendimento á Mulher).
A faca utilizada no crime também foi apreendida, além de uma motocicleta, que tinha registro de furto ou roubo, encontrada após os policiais vistoriarem a residência do casal.
Semana Pedagógica foi encerrada com reflexão sobre educação especial
Uma palestra sobre os fundamentos do atendimento educacional especializado (AEE) na perspectiva de educação inclusiva, proferida pela professora mestre Maristela Amaral Ribeiro, no auditório do Colégio Celestina Bittencourt, marcou, na tarde da última sexta-feira,11, o encerramento da Jornada Pedagógica realizada pela Secretaria de Educação e Cultura de Ipiaú com o objetivo de preparar os educadores da Rede Municipal para o ano letivo de 2022 que se inicia nesta segunda-feira, 14.
Durante uma semana a Jornada Pedagógica reuniu toda a equipe gestora e docente, para refletir o tema “Educação Integral Humanizadora: acolher, incluir, inovar e educar com diversidade e equidade”. O evento contou com a participação de palestrantes de renome nacional, a exemplo do jornalista e escritor Caco Barcellos, e foi bem avaliada pelos educadores e demais membros da comunidade escolar.
“As discussões, oficinas, dinâmicas e compartilhamento de ideias, assim como as informações passadas pelos palestrantes contribuíram com o fortalecimento do processo educativo. Quero agradecer a todos pela participação efetiva nas atividades propostas. Foi uma semana bem produtiva, onde discutimos temas relevantes para a educação e elaborarmos metas a serem executadas no decorrer do ano letivo ”, comentou a secretária de Educação e Cultura, Erlandia Souza.
(José Américo Castro/Dircom Prefeitura de Ipiaú)
Brasil registra mais de 1.100 mortes por Covid pela 3ª vez na semana
Foto: Tiago Queiroz/Estadão/Arquivo |
O país, assim, chega a 637.232 vidas perdidas e a 27.292.040 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes continua em crescimento e chegou a 880 óbitos por dia, aumento de 68% em relação aos dados de duas semanas atrás. Já a média de casos agora é de 139.001 infecções por dia, queda de 24% também em relação aos dados de duas semanas atrás.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Nesta sexta, as informações foram atualizadas em 24 estados e no Distrito Federal.
O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.
O Brasil registrou 1.923.653 doses de vacinas contra Covid-19, nesta sexta. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 681.056 primeiras doses e 284.664 segundas. Também foram registradas 2.502 doses únicas e 955.431 doses de reforço.
Amazonas e Ceará tiveram registros negativos de doses únicas. Respectivamente, -6 e -406.
Ao todo, 168.786.215 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil –147.618.532 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 152.299.767 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 78,57% da população com a 1ª dose e 70,89% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 104,33% e 94,14%.
Somente 25,78% da população tomou dose de reforço até o momento.
O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 26,27%.
Considerando toda a população acima de 5 anos, 84,33% recebeu uma dose e 76,09% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.
Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Folhapress
Eficácia da dose de reforço contra Covid cai no quarto mês, mostra estudo
Agência americana pesquisa eficiência das terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna
Foto: Paul Hennessy/Sopa Images/Sipa USA/Arquivo |
A eficácia de terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna diminui drasticamente após o quarto mês de administração, de acordo com um novo estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Esse efeito era bem conhecido após a administração de duas doses dessas vacinas, mas foi pouco estudado após a terceira.
O estudo examinou 93 mil hospitalizações e mais de 240 mil atendimentos de emergência relacionados à Covid-19 em dez estados dos Estados Unidos. Foi realizado entre agosto de 2021 e janeiro de 2022 e abrange as ondas das variantes delta e ômicron. Durante os dois períodos, a eficácia medida após uma terceira dose foi sempre maior do que após duas doses, observou o CDC, que publicou este estudo.
Uma vez que a ômicron se tornou a variante dominante, a eficácia contra hospitalizações foi de 91% para aqueles que receberam sua terceira dose dois meses antes da contaminação, mas caía para 78% para pessoas que a receberam pelo menos quatro meses antes. Uma porcentagem que “continua alta”, de acordo com o CDC.
Após o surgimento da ômicron, a eficácia das doses de reforço contra as visitas ao pronto-socorro foi de 87% nos dois meses seguintes, 66% após quatro meses e apenas 31% cinco meses depois. O CDC observa, no entanto, que este último número é “impreciso”, devido ao baixo número de participantes do estudo que receberam sua terceira dose há mais de cinco meses.
No geral, esses resultados “reforçam a importância de considerações suplementares sobre doses adicionais para manter ou aumentar a proteção contra a Covid-19”, escreveu o CDC. Durante uma entrevista coletiva na quarta-feira (9), Anthony Fauci, conselheiro da Casa Branca para a crise sanitária, estimou que pessoas vulneráveis, como idosos ou imunossuprimidos, podem precisar de uma quarta dose no futuro.
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