Bahia tem 15.628 casos ativos de Covid-19

Foto: Divulgação/Arquivo

O boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), desta segunda-feira (21), registra 15.628 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 281 casos da doença (taxa de crescimento de +0,02%), com 1.847 pessoas foram recuperadas (+0,13%) e mais 29 mortes.

De acordo com a Sesab, de 1.485.803 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.441.246 são considerados recuperados e 28.929 pessoas foram a óbito. O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.752.481 casos descartados e 322.252 em investigação.

Segundo a secretaria, estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas desta segunda-feira. Na Bahia, 61.507 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que 11.386.069 pessoas foram vacinadas com a primeira dose, 10.311.053 com a segunda dose ou dose única e 3.487.841 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 496.830 crianças já foram imunizadas.

Rui afirma que seu nome está à disposição para ser candidato ou concluir o mandato

Foto: Divulgação/Arquivo
O governador Rui Costa defendeu, nesta segunda-feira (21), uma ampla coalização em torno do ex-presidente Lula visando a vitória nas eleições de outubro. Ele acha “natural” que Lula e o PT conversem com outras correntes na economia com o objetivo de construir propostas para governar o Brasil nos próximos anos. Rui foi entrevistado pela jornalista Miriam Leitão, da GloboNews, que exibe o conteúdo na íntegra hoje, às 23h30, com retransmissão nas redes sociais do governador.

Sobre a sucessão no Estado, Rui Costa voltou a afirmar o desejo de ajudar o seu grupo político da melhor maneira possível, inclusive concluindo seu mandato até o final de dezembro: “Teria o maior orgulho de ficar”. Também garantiu que se o mesmo grupo entender que ele cumprirá um papel importante sendo candidato ao Senado, “o meu nome estará à disposição”.

Política Livre

Boris Johnson prepara fim de restrições e política de convivência com a Covid

       Medidas devem valer apenas para a Inglaterra, e cientistas alertam para relaxamento prematuro
Foto: Dylan Martinez/Divulgação/Arquivo
Contrariando especialistas, o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar nesta segunda-feira (21) a estratégia “convivendo com a Covid”, que retira as restrições ainda em vigor, para alcançar.

Apenas um dia após a rainha Elizabeth 2ª receber o diagnóstico positivo para Covid-19, o premiê prepara a derrubada da obrigação de auto-isolamento para infectados e o fim do fornecimento de testes gratuitos para a população.

“Hoje irá marcar um momento de orgulho depois de um dos períodos mais difíceis na história do nosso país, quando começamos a aprender a conviver com a Covid”, afirmou antes de seu pronunciamento no Parlamento.

O governo adiantou que irá manter alguns sistemas de vigilância e planos para medidas de contenção no caso de uma nova variante surgir.

Ainda não está claro, porém, se o relaxamento se aplicaria somente à Inglaterra ou se seria válido para todo o Reino Unido, uma vez que as gestões locais têm tido certa autonomia para definir suas estratégias. O primeiro-ministro do País de Gales, Mark Drakeford, por exemplo, já demonstrou ser contrário à decisão e classificou qualquer mudança na estratégia de exames como “prematura e irresponsável”.

“A testagem tem tido um papel central em quebrar correntes de transmissão e como uma ferramenta de vigilância que nos ajuda a detectar e responder a variantes que surgem”, defendeu. “É essencial que isso continue.”

A derrubada das restrições vai na mesma linha de como o governo britânico tem lidado com os demais protocolos e vem na esteira de outras medidas anunciadas em meio à crise pela qual passa Boris. O premiê está no meio de uma polêmica envolvendo festas durante a pandemia na residência oficial em Downing Street.

Médicos e cientistas, no entanto, alertaram que o relaxamento deixará o país vulnerável a uma nova variante e pediram que Boris não seja “entusiasmado” com a saúde do país. Conselheiros do governo também disseram que o relaxamento pode levar a um rápido crescimento da doença.

Com um total de 18,6 milhões de casos, o Reino Unido vê uma queda acentuada na média móvel após a variante ômicron levar ao maior pico desde o início da pandemia. Neste domingo (20), a média dos últimos sete dias foi de 42.918 infecções, bem abaixo das 180 mil registradas no início de janeiro.

As mortes também tiveram uma leve alta, mas ficaram bem longe do que foi visto em janeiro de 2021. A curva de hospitalizações, apesar de um maior crescimento, apresentou comportamento semelhante.

O premiê, por sua vez, já afirmou não querer que as pessoas “joguem a cautela pela janela”, mas a ampla cobertura vacinal significa que o governo quer passar de uma obrigação imposta pelo Estado para o incentivo da responsabilidade pessoal —71,6% estão com esquema completo.

Cientistas ponderam ainda ser imprevisível o quão rápido o comportamento das pessoas irá mudar, já que a maioria continua a evitar regiões movimentadas e usar máscaras, mesmo após essas regras deixarem de existir.

A divergência em torno do relaxamento foi vista também dentro do próprio governo, com um conflito entre os ministros da Saúde e das Finanças, Sajid Javid e Rishi Sunak respectivamente, sobre o financiamento de algumas das medidas, segundo a mídia local. Uma fonte ligada à gestão disse à agência de notícias Reuters que uma reunião entre os principais ministros foi adiada, mas deve acontecer ainda nesta segunda.

Uma divisão entre conservadores já havia ocorrido em dezembro do ano passado, quando medidas mais duras para conter o surto da ômicron, apresentadas como “Plano B”, foram aprovadas no Parlamento, mas expuseram um racha no partido de Boris.

Os planos de agora vêm sendo discutidos há semanas e colocam o país como a primeira grande economia europeia a permitir que pessoas infectadas frequentem sem restrições lojas e transporte público e trabalhem presencialmente.

Colocar o ônus sobre os empregadores para definir regras de isolamento e exigir que as pessoas paguem pelos testes, porém, pode afetar mais os mais pobres, que geralmente estão em empregos que envolvem uma maior interação com colegas ou clientes.

Até agora, o governo procurou manter a economia aberta combinando testes rápidos em massa com a exigência legal de cinco dias de autoi-solamento, abordagem que permitiu ao país atravessar a onda da variante ômicron.

Folhapress

Operação do Detran-BA inspeciona empresas credenciadas ao órgão em todo estado

Foto: Divulgação/Arquivo

O Detran-BA (Departamento Estadual de Trânsito) iniciou o ciclo de fiscalização anual das quase 1.300 empresas credenciadas pela autarquia para a prestação de serviços. Na lista, estão as CFCs (Centros de Formação de Condutores), clínicas médicas, ECV (vistoria eletrônica), EPIV (Estampagem de Placas de Identificação Veicular), desmontagem de veículos, regravação de chassis e Pátios.

As Equipes da Comissão Central de Fiscalização (CCF) inspecionam as atividades realizadas pelas empresas que atuam junto ao órgão, com o objetivo de coibir irregularidades no âmbito de cada credenciamento, previstas nas Resoluções e Portarias que regulamentam os serviços, além de prestar, in loco, orientações complementares sobre a qualidade no atendimento e no serviço prestado ao cidadão.

Gustavo Carvalho, coordenador da CCF, ressalta que o cronograma de trabalho previsto para 2022 será intenso e elenca alguns itens que passarão pela fiscalização. “Serão inspecionados os preços máximo e mínimo cobrados no ato da estampagem das placas de identificação veicular, a aceitação do cartão de crédito como opção para pagamento dos serviços realizados pelas clínicas aos candidatos à CNH, as condições estruturais das empresas para o atendimento ao público, a regularização documental e utilização do duplo comando (freio-embreagem) nos veículos de aulas e provas práticas das autoescolas e a atuação das empresas de vistoria veicular. A ação tem a função de padronizar e melhorar o atendimento”, destaca.

Este ano, também estarão incluídas na operação do Departamento, as empresas credenciadas para desmontagem de veículos e comercialização de partes, peças e acessórios automotivos. A fiscalização seguirá embasada pela Portaria Detran-BA 045/2019.

Ao encontrar irregularidades na prestação dos serviços ou na infraestrutura, a Comissão de Fiscalização notificará a credenciada para que, no prazo máximo de 15 dias, sejam apresentadas as comprovações das adequações sinalizadas. Após este período, caso não sejam cumpridas as exigências estipuladas, serão aplicadas as penalidades previstas pela Portaria, que vão desde a advertência, suspensão até o descredenciamento definitivo.

“Elaboramos roteiros diversificados para alcançar todas as regiões do estado visando oferecer atendimento qualificado e dentro das normas estabelecidas pelo Detran-BA, oferecendo uma maior segurança ao cidadão no momento de contratar um serviço de trânsito”, ratifica Rodrigo Pimentel, diretor-geral do órgão.

Denúncias ou reclamações sobre credenciadas podem ser realizadas na Ouvidoria do Detran, que atende de segunda a sexta-feira das 9h às 16h, no telefone 3116-2324, pelo site (www.detran.ba.gov.br) na aba ‘Fale Conosco’ ou pelo e-mail protocolo.detran@detran.ba.gov.br

‘Esquisito tomar certas atitudes sem combinar com os colegas’, diz Roma sobre articulação de Rui ao Senado

                A fala do ministro foi feita em entrevista à rádio Brado na manhã desta segunda-feira

O ministro João Roma (PRB) afirmou, em entrevista à rádio Brado na manhã desta segunda-feira (21), que o governador Rui Costa (PT) tem “todo direito de sair do governo e ser candidato ao Senado”, porém o republicano condenou a suposta decisão do petista sem “combinar com os colegas”.

“Trocar uma coisa que não existe por outra coisa que não existe. Porque você está contando com coisas que faltam combinar com a população. É legítimo. É do processo democrático. Cada um seu partido tem que buscar as suas articulações, mas estou vendo muito bate-cabeça”, disse Roma.

“Rui Costa tem todo direito de sair do governo e ser candidato ao Senado e defender as suas ideias. Mas nós vamos para a rua, e ele vai estar de um lado e eu vou estar do outro. O que fica esquisito é tomar certas atitudes sem combinar com os colegas”.

“Mas é melhor que eles batam a cabeça porque a gente vai confiante e no caminho certo”, acrescentou o pré-candidato ao governo do Estado.    

Mateus Soares

55ª CIPM: Polícia Militar prende homem por desrodem em Ipiaú.

Foto: Divulgação/Viatura da 55ª CIPM
Por volta das 17h desse sábado (19/02/22), após denúncia via 190, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou até Rua Piauí, Pau D’arco, em Ipiaú para verificar uma ocorrência de briga de família.

Ao chegar no local, a proprietária da residência informou que o seu irmão teria consumido bebida alcoólica e estava discutindo com ela e sua filha, que é cadeirante, e desrespeitando as mesmas.

Sendo assim, o autor foi encaminhado até a Delegacia de Ipiaú para que fossem adotados os procedimentos de polícia judiciária.

Autor: J. de O. M., Nasc: 02/11/1974

Fonte: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão

A Prefeitura de Ipiaú concluiu a reconstrução de umas das pontes da região do Ribeirão do Félix.

Finalizada a requalificação de umas das pontes mais acessadas da zona rural, a da região do Ribeirão do Félix. Ação cumprida com sucesso pelas Secretarias de Infraestrutura, e de Agricultura e Meio Ambiente.
A ponte da região de Ribeirão do Félix foi derrubada durante a enchente de dezembro.
Prefeitura de Ipiaú/ Dircom

Janela do troca-troca partidário na Câmara será teste de força para 3ª via

Foto: Cleia Viana/Arquivo/Câmara

A janela do troca-troca partidário na Câmara dos Deputados, que se abrirá no dia 3 de março e irá até 1º de abril, representará um teste de força dos presidenciáveis da chamada terceira via, que tentam se desvencilhar do balaio de candidatos com baixa pontuação nas pesquisas e chegar perto dos dois mais bem posicionados, o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Um fator primordial moverá os deputados: a avaliação sobre qual partido lhes dará as melhores condições regionais para conseguir a reeleição em outubro.

Para isso, é preciso haver uma definição mais clara sobre quais siglas vão de fato se unir em federações. A nova regra que permite a união de legendas aumenta a chance de eleição dos candidatos do bloco, mas exige atuação conjunta nos quatro anos da legislatura.

O PT, de Lula, que tem uma identidade ideológica mais consolidada, deverá ficar praticamente intacto, saindo dos atuais 53 deputados para 54, com a volta do deputado Josias Gomes (hoje secretário de desenvolvimento Rural da Bahia). A sigla é a segunda maior da Casa.

O PL de Valdemar Costa Neto, que conseguiu vencer a disputa e filiar Jair Bolsonaro, deverá ser a sigla que terá o maior crescimento, saindo dos atuais 43 para cerca de 60. Com isso, poderá ser a maior da Casa a partir de abril.

No pelotão da chamada terceira via, a disputa maior é para não murchar.

Nas pesquisas, Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) apresentam leve vantagem em relação a nomes como João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Rodrigo Pacheco (PSD). Até o momento, porém, nenhum dos partidos desponta como um grande ímã para atrair novos filiados.

Em alguns casos, ocorre, inclusive, um movimento contrário.

O PSDB de João Doria, por exemplo, rachou entre o grupo que apoia o presidenciável e governador de São Paulo e aquele que tenta minar sua candidatura. Partido que dominou a cena política nacional na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e liderou a oposição nos anos PT, o PSDB vive uma crise sem precedentes.

A bancada corre o risco de perder até 10 dos seus 31 deputados federais. Já indicaram que vão deixar o partido Rose Modesto (MS), Mara Rocha (AC) e Rodrigo de Castro (MG). Outros nomes também negociam trocar de legenda.

Parlamentares afirmam que a perspectiva de “debandada” pode ser amenizada, pois alguns deputados que pretendiam sair agora esperam resultados de eventuais federações. A bancada tucana também passou a usar como estratégia para segurar nomes a antecipação das discussões sobre partilha do fundo eleitoral entre os candidatos à reeleição em outubro.

Muitos tucanos se agarram à expectativa de uma federação com o MDB, que é considerada desafiadora —os emedebistas também conversam com o União Brasil (fusão de DEM e PSL).

Mais factível se apresenta a federação PSDB com o Cidadania. Neste sábado (19), o partido comandado por Roberto Freire decidiu por margem apertada fazer uma federação com os tucanos, 56 a 47 votos.

Atualmente com 25 deputados, o PDT de Ciro Gomes deve perder cerca de cinco parlamentares, entre eles Túlio Gadêlha (PE), que já anunciou que deve ir para a Rede, e Alex Santana (BA). O partido busca a adesão de outros nomes. Até o momento, conseguiu tirar David Miranda (RJ) do PSOL.

O Podemos de Sergio Moro é praticamente nanico na Câmara, com apenas 11 das 513 cadeiras. Seja qual for a movimentação partidária, ela não deve ser robusta o suficiente para tirá-lo dessa condição.

A tentativa do partido é não encolher, o que seria um desgaste que se acrescentaria à frustrada expectativa de que o lançamento da candidatura de Moro e sua filiação levariam o partido a absorver um contingente expressivo de parlamentares.

Só foi anunciada uma migração para o partido: a de Kim Kataguiri (SP), que fez a movimentação para acompanhar o pré-candidato a governador de São Paulo Arthur do Val.

O MDB de Simone Tebet também passou por encolhimento nas últimas eleições e atualmente tem uma bancada mediana, de 34 parlamentares. Não há expectativa de que isso mude substancialmente. A federação com União Brasil ou com PSDB é vista como saída para aumentar o poder na Câmara e para articular palanques para a senadora.

O PSD do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), igualmente não acalenta expectativas de mudanças relevantes em sua fatia, 35 cadeiras. Uma das baixas do partido deve ser o deputado Éder Mauro (PA), alinhado ao presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, o PSD atraiu para suas fileiras o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), e também deve receber o tucano Rodrigo de Castro (MG) e Luisa Canziani (PR), cuja desfiliação do PTB deve ser julgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta semana.

A própria candidatura de Pacheco não vem empolgando e o presidente da legenda, Gilberto Kassab, já trabalha com um plano B, que seria o governador gaúcho Eduardo Leite, atualmente no PSDB.

Já o União Brasil, hoje a maior bancada da Câmara, com 81 parlamentares, vai encolher após a saída em bloco de bolsonaristas do PSL rumo ao PL e outras siglas do centrão, devendo ficar com algo entre 50 e 60 parlamentares.

O partido não tem mais um presidenciável, após a pré-candidatura do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta perder tração, e negocia federação com o MDB e, com bem menos perspectivas, com o PSDB. Também é objeto de desejo de Moro, mas há grandes resistências internas à adesão à candidatura do ex-juiz.

A situação das bancadas se mostra semelhante no Senado, com o partido do presidente Jair Bolsonaro devendo ser o grande vencedor do troca-troca de partidos.

O PL começou a atual legislatura com apenas dois senadores, número que acabou triplicando. O grande fator de mudança, no entanto, foi a filiação do chefe do Executivo, que resultou na migração de seu filho, Flávio Bolsonaro (RJ), do vice-líder do governo Marcos Rogério (RO) e de Zequinha Marinho (MA).

Devem seguir o mesmo caminho o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), Chico Rodrigues (União Brasil- RR) e Roberto Rocha (PSDB-MA). Com isso, o PL se tornaria a terceira maior bancada do Senado.

Os senadores não precisam seguir a janela partidária, podendo trocar de legendas a qualquer momento, sem o risco de perda de mandato. As demais migrações que se deram no Senado nos últimos meses serviram mais para acomodar interesses eleitorais dos próprios parlamentares, principalmente os que vão tentar se eleger governadores.

O PT ganhou apenas um senador, Fabiano Contarato (ES), ex-Rede, que afirmou neste sábado (19) que disputará o governo do Espírito Santo. O partido então passou a contar com 7 senadores, sendo a quinta maior bancada.

O MDB de Tebet também teve apenas uma aquisição nos últimos meses, com Carlos Viana (MG) que deixou o PSD também com a intenção de disputar o governo de seu estado.

Assim como também aconteceu na Câmara dos Deputados, a filiação do ex-juiz Sergio Moro não provocou grande impacto na bancada do Podemos, que permaneceu do mesmo tamanho, com nove senadores.

EXPECTATIVA DAS LEGENDAS PARA JANELA DE TROCA PARTIDÁRIA NA CÂMARA
PL
Com a filiação de Jair Bolsonaro, deve ser a sigla com maior crescimento, saindo de 43 para cerca de 60 deputados

PT
Deverá ficar praticamente intacto, saindo dos atuais 53 deputados para 54

MDB
Com 34 deputados, não espera mudar significativamente de tamanho

PSD
Não espera ter mudança significativa de tamanho em sua bancada de 35 deputados

Podemos 
Com 11 deputados, espera não encolher. Única adesão anunciada é a de Kim Kataguiri (SP)

PDT
Deve perder cerca de 5 deputados dos atuais 25 que compõem a bancada

PSDB 
Rachado sobre a candidatura de João Doria, corre o risco de perder até 10 dos seus 31 deputados

União Brasil 
Maior bancada da Câmara com 81 parlamentares, deve encolher com a saída de bolsonaristas e ficar com algo entre 50 e 60 deputados

Danielle Brant, Ranier Bragon e Renato Machado/Folhapress

PSOL destoa do PT e critica ditadura da Nicarágua e perseguição a opositores

Foto: Zanone Fraissat/Arquivo/Folhapress

Enquanto o PT evita críticas à ditadura nicaraguense, o PSOL soltou nota na semana passada em solidariedade a ativistas perseguidos pelo regime de Daniel Ortega.

“Nos solidarizamos com o povo nicaraguense que luta em defesa dos princípios originais da Revolução Sandinista”, diz o partido.

A nota foi motivada pela condenação da ativista Dora Maria Téllez, uma das figuras históricas da revolução que levou Ortega ao poder pela primeira vez, em 1978. Atualmente, ela faz oposição ao governo.

“Dora Téllez foi uma das principais mulheres na liderança da Revolução Sandinista e teve papel importante na tomada do Palácio Nacional de Manágua em 1978, sendo ainda ministra do governo Ortega. Hoje ela responde a um processo jurídico arbitrário motivado pela perseguição política do governo Ortega/Murillo”, diz a nota, fazendo referência também à mulher do ditador e atual vice-presidente, Rosario Murillo.

Já o PT chegou a soltar uma nota no ano passado celebrando a reeleição de Ortega, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relativizou a ditadura no país numa entrevista.

Fábio Zanini/Folhapress

Kassab afirma que candidatura de Otto ao governo seria ‘uma punição’ ao senador

O ex-ministro confirmou que o atual conflito existente no grupo de Rui Costa ocorre pelo fato de o governador da Bahia querer disputar o Senado no lugar de Ott
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo
Presidente nacional do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab declarou, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band News, na noite deste domingo (21), que o atual conflito existente no grupo de Rui Costa (PT) ocorre pelo fato de o governador da Bahia querer disputar o Senado no lugar de Otto Alencar.

Segundo ele, “seria punição ao Otto”. “Rui Costa quer ser senador e Otto também quer. Isso poderia ser um gesto negativo. Muito ruim. Otto é um tradicional parceiro do PT”, disse Kassab, que emendou:

“Dentro do partido [o PSD] é ele quem lidera as manifestações em favor da aliança com Lula até no primeiro turno. Isso é traduzido de maneira negativa para o Otto e para o partido. Ele é aliado do PT na Bahia”

Para Kassab, essa costura na Bahia que ganhou o noticiário após o encontro entre Rui, Otto, Wagner, João Leão e Lula em São Paulo “é uma péssima sinalização”.

“Acredito que lá, sim, Otto sai candidato a senador e isso agrada muito o PSD”, acrescentou

EUA acusam Rússia de criar listas de ucranianos ‘a serem mortos’

Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Acusação é feita em carta enviada às Nações Unida

Em carta enviada à alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, os Estados Unidos (EUA) alertam para “catástrofe” em caso de uma invasão russa da Ucrânia. Washington diz ter “informações credíveis” de que Moscou está criando listas de ucranianos “a serem mortos ou enviados para campos” após ocupação militar. O Kremlin rejeita a acusação e afirma que é “mentira absoluta”.

Na carta, divulgada pelo Washington Post, os EUA dizem estar “seriamente preocupados que uma nova invasão russa na Ucrânia cause sofrimento humano generalizado” e uma “catástrofe dos direitos humanos”.

O documento é assinado pela embaixadora dos EUA na ONU, Sheba Crocker, e endereçada à alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. De acordo com o texto, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou que “a Rússia tem como alvo grupos específicos de ucranianos”.

“Gostaria de chamar a atenção para informações perturbadoras, recentemente obtidas pelos Estados Unidos, que indicam que estão sendo planejadas violações e abusos de direitos humanos após nova invasão”, diz a carta.

“Esses atos, que em operações russas anteriores incluíram assassinatos seletivos, sequestros/desaparecimentos forçados, detenções injustas e uso de tortura, provavelmente teriam como alvo aqueles que se opõem às ações russas”, acrescenta a mensagem. Croker descreve que os alvos dos militares russos incluem “opositores ao regime russo, dissidentes russos e bielorrussos exilados na Ucrânia, jornalistas e ativistas anticorrupção e populações vulneráveis, como minorias étnicas e religiosas e pessoas LGBTQI+”.

“Também temos informações credíveis de que as forças russas provavelmente usarão medidas letais para dispersar protestos pacíficos ou enfrentar exercícios pacíficos de resistência por parte da população civil”, acrescenta o documento.

A carta foi enviada na noite de domingo ao gabinete de direitos humanos da ONU na Suíça, segundo o Washington Post.

“Mentira absoluta”

O Kremlin reagiu à carta da embaixadora dos EUA da ONU, argumentando que a suposta lista de ucranianos é “mentira absoluta”. A embaixada dos EUA em Moscou alertou os norte-americanos sobre possíveis ataques em locais públicos na Rússia, afirmando que deveriam ter planos de evacuação em vigor. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu o aviso como “altamente incomum”.

A carta é divulgada no momento em que se tentam os últimos esforços diplomáticos para evitar uma invasão russa na Ucrânia. Depois de ter se reunido mais uma vez com o presidente russo, Vladimir Putin, nesse domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que Putin e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, estarão de acordo, “em princípio”, com a realização de uma cúpula sobre segurança. Moscou, entretanto, disse que não há, por agora, planos concretos nesse sentido e que é “prematuro” falar dessa possibilidade.

O porta-voz do Kremlin afirmou, porém, que Moscou continua aberta a negociações. “Há um entendimento de que o diálogo deve continuar ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros”, disse Peskov, acresentando que “se necessário, os presidentes russo e norte-americano podem ter uma conversa telefônica ou entrar em contato por outros métodos”.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) convocou para hoje reunião extraordinária dos seus 57 países-membros para discutir a escalada de tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia também se reúnem nesta segunda-feira em Bruxelas, com o chanceler ucraniano.

Agência Brasil

Defesa e PF passaram por cima de nota técnica sobre tráfico de armas para zerar taxa de exportação

Foto: Werther Santana/Arquivo/Estadão

Em 14 de julho do ano passado, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do governo federal tomou uma decisão amplamente comemorada pela indústria de armamentos: revogou o imposto de 150% sobre a exportação de revólveres, carabinas, rifles semiautomáticos e de munições para uso civil na América do Sul e América Central, incluindo os países do Caribe. A reportagem é do blog de Malu Gaspar, do jornal “O Globo”.

A eliminação da alíquota era uma reivindicação antiga das empresas, – especialmente da Taurus, a maior do país. Em 2019, elas já tinham conseguido em 2019 zerar a taxa para armas de menor calibre, mas enfrentavam a resistência da Polícia Federal para eliminar a cobrança sobre a exportação armas e munições de grande porte.

O pedido para eliminar o imposto tinha sido feito pela própria Taurus em setembro de 2020. Mas, em dezembro, o delegado responsável pela divisão de repressão ao tráfico de armas, Marcus Vinícius Dantas, fez uma nota técnica se opondo frontalmente à liberação.


Bombeiros atualizam número de mortos em Petrópolis para 171

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As mortes provocadas pela chuva da última semana em Petrópolis, na região serrana fluminense, chegam a pelo menos 171, segundo informações do Corpo de Bombeiros. As equipes trabalham dia e noite no resgate de vítimas. Além dos corpos encontrados, os bombeiros retiraram 24 pessoas com vida.

Segundo a prefeitura de Petrópolis, 114 corpos tinham sido sepultados até a noite de ontem. O trabalho de identificação e liberação de corpos continua sendo feito pelo Instituto Médico Legal (IML). Também estão sendo procurados mais de 100 desaparecidos.

O temporal mais forte caiu no dia 15 de fevereiro, mas desde então a chuva voltou a atingir a cidade em diversas ocasiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para hoje é de pancadas de chuva ao longo do dia.

Ontem, a Defesa Civil de Petrópolis acionou, no fim da tarde, as sirenes do primeiro distrito, além de emitir avisos por SMS e grupos de comunicação por aplicativo. O primeiro distrito envolve a parte mais densa da cidade e os bairros já atingidos pelos deslizamentos de terra e enchentes do dia 15, como Alto da Serra, Bingen, Quitandinha, Valparaíso e centro.

Hospital de Campanha

A Marinha terminou de montar ontem (20) um hospital de campanha no Sesi Petrópolis, na Rua Bingen. A unidade funciona das 8h às 18h, com 12 leitos de enfermaria e cinco estações de atendimento ambulatorial, aberto a pessoas que precisem de atendimento de baixa complexidade.

De acordo com o diretor do Centro de Medicina Operativa da Marinha, capitão Kleber Coelho de Moraes Ricciardi, a unidade vai apoiar os hospitais da cidade.

“Estamos aqui para apoiar a estrutura de saúde local, realizando atendimentos clínicos, laboratoriais, odontológicos, pediátricos, ortopédicos e pequenos procedimentos. Assim, deixamos os atendimentos de maior complexidade para os hospitais previamente estabelecidos”.

O apoio da Marinha à tragédia de Petrópolis começou na madrugada do dia 16, na desobstrução das vias com motosserras. Caminhões, retroescavadeiras e material para a instalação do hospital de campanha chegaram na manhã do dia 17. O efetivo da força na cidade é de 60 viaturas e 300 militares, entre fuzileiros navais, médicos, enfermeiros e farmacêuticos.
Agência Brasil

Homem é preso pela Polícia Militar em Ibirataia por agredir companheira (Lei Maria da Penha)

Por volta das 10h35min dessa sexta-feira (18/02/22), a guarnição da 55ª CIPM/Ibirataia, em rondas pela Avenida Lourival José de Souza, Ponto Chic I, foi  abordada por uma senhora com sinais de agressões na boca e pescoço, informando que seu companheiro teria agredindo por volta de uma hora da manhã e estava sendo seguida, ao tempo em que apontava o seu companheiro.

De imediato o autor saiu em corrida tentando fuga, contudo foi capturado pelos policiais militares. Foi realizada a busca na residência com o consentimento da vítima para encontrar documentos do autor.

O autor foi conduzido à delegacia de Ibirataia, onde ele relatou que já tinha várias passagens de roubo e um confronto com a guarnição da rondesp, quando foi alvejado com 3 disparo na perna.

Autor: G. S., Nasc.: 28/04/1989; Vitima: V. D. S., Nasc: 19/01/1996

Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Covid-19: São Paulo identifica terceiro caso da subvariante BA.2

Foto: NIAID

A cidade de São Paulo identificou o terceiro caso de uma pessoa contaminada com a subvariante BA.2 do coronavírus. O paciente é um homem, de 45 anos, residente de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, que foi atendido no sistema de saúde da capital paulista.

A identificação foi feita na última sexta-feira (18) pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Instituto Butantan a partir da análise genômica do vírus. A BA.2 surgiu a partir das mutações da variante ômicron (BA.1).

O homem já havia recebido as três doses de vacinas contra a covid-19 e teve sintomas no último dia 30 de janeiro. Ele passou 14 dias em quarentena e não apresenta mais sinais da doença.
Agência Brasil

Bahia tem 17.223 casos ativos de Covid-19; 18 óbitos são registrados

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF/Arquivo

O boletim epidemiológico deste domingo (20) registra 17.223 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 991 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,07%), 2.962 recuperados (+0,21%) e mais 18 óbitos. Dos 1.485.522 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.439.399 já são considerados recuperados e 28.900 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.752.176 casos descartados e 322.115 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste domingo. Na Bahia, 61.499 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Até o momento temos 11.401.414 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.319.795 com a segunda dose ou dose única e 3.435.979 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 468.095 crianças já foram imunizadas.

Covid-19 registra 406 novos óbitos em 24 horas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

O Brasil alcançou neste domingo (20) a marca de 644.286 mortes causadas em decorrência de complicações associadas à covid-19. Em 24 horas foram 406 novos registros. Já o total de pessoas infectadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia subiu para 28.208.212. Foram 40.625 novos diagnósticos positivos em 24 horas.

A quantidade de casos em acompanhamento está em 2.515.854. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte. Ainda há 3.105 mortes em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 25.048.072 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 88,8% dos infectados desde o início da pandemia.

Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (163.160), Rio de Janeiro (71.316), Minas Gerais (59.107), Paraná (42.049) e Rio Grande do Sul (37.908). Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.956), Amapá (2.097), Roraima (2.125), Tocantins (4.086, segundo última estimativa divulgada) e Sergipe (6.217).
Agência Brasil

SUS: atendimento a pessoas com transtornos mentais aumenta 11% em 2021

Foto: Marcello Casal Jr/Agência 

Os atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas aumentaram 11%, no Sistema Único de Saúde (SUS), durante o ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, a rede pública realizou 400,3 mil atendimentos em virtude de transtornos causados pelo consumo de substâncias químicas. Em 2020, foram registrados 356 mil atendimentos.

Do total de atendimentos realizados no ano passado, 159,6 mil estão relacionados ao uso abusivo do álcool. Em seguida, vêm os transtornos mentais e comportamentais causados pelo uso de cocaína (31,9 mil) e fumo (18,8 mil). Opiáceos, canabinoides, sedativos, hipnóticos, alucinógenos, solventes voláteis e estimulantes (incluindo a cafeína) também fazem parte do levantamento, com números menores de registros. Por fim, o uso de múltiplas drogas e de outras substâncias psicoativas não listadas individualmente somam 151,3 mil atendimentos.

Perfil
Pacientes do sexo masculino são a maioria dos usuários atendidos pelo SUS, em qualquer dos casos. Já em relação à faixa etária, a maior parcela tem entre 25 e 29 anos (303,7 mil registros), seguidos da faixa de 10 a 24 anos (49,4 mil) e daqueles com 60 ou mais (38,4 mil). Os números foram divulgados hoje (20), Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, como uma forma de alerta para o que o ministério, em nota, classificou como “um problema global”.

Para a pasta, o aumento do último ano pode ser um indicativo de que, após evitarem ir a estabelecimentos de saúde durante todo o ano de 2020, com medo de serem infectados pelo novo coronavírus, mais pessoas voltaram a buscar atendimento médico em 2021. “Importante lembrar que esses números não são suficientes para retratar o problema da dependência química no país, tendo em vista que estamos falando especificamente da quantidade de atendimentos e não do total de pessoas dependentes”, explica, na nota, o coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do ministério Rafael Bernardon.

“Além disso, muitas pessoas com transtornos decorrentes do uso dessas substâncias não procuram os serviços de saúde por fatores diversos, como o estigma e a falta de informação”, pontua.

Agência Brasil

Polo do agronegócio de MT ‘inaugura’ outdoor chamando Lula de traidor

Foto: Reprodução/Instagram

Movimentos conservadores de Rondonópolis (MT) farão a “inauguração” de um outdoor na segunda-feira na cidade (21), chamando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de bandido e traidor.

A cidade é um conhecido polo do agronegócio do Centro-Oeste, com grande produção de grãos para exportação. A iniciativa mostra que, apesar dos acenos de Lula ao setor rural, grande parte dos seus representantes ainda pende para o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A peça publicitária fica às margens da BR-364, próxima a um posto da Polícia Rodoviária Federal.

Fábio Zanini, Folhapress

Tremores de terra são sentidos em ao menos três cidades da BA, CE e MG

Foto: Reprodução/Arquivo

Moradores de ao menos duas cidades nordestinas distantes quase 700 quilômetros foram surpreendidos por pequenos tremores de terra ao longo deste sábado (19).

Embora tenham sido captados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN), os abalos sísmicos foram de pequena intensidade e não causaram estragos maiores.

Um primeiro sismo foi registrado na região de Curaçá, no norte da Bahia, por volta das 5h de ontem. A partir dos dados de suas estações sismográficas, o LabSis calcula que o tremor de terra atingiu uma magnitude preliminar de 2.1 na escala Richter (mR).

O segundo evento sísmico confirmado pelo LabSis-UFRN ao longo deste sábado ocorreu na região de Canindé, no norte cearense, a cerca de 100 quilômetros de Fortaleza. Por volta de 21h33, os moradores de Canindé sentiram o tremor de terra que o laboratório potiguar calcula ter atingido 2.4 mR.

Segundo os especialistas, tremores de baixa intensidade como os registrados, ontem, em Curaçá e Canindé, são frequentes, mesmo no Brasil, e, na maioria das vezes, a população sequer percebe os abalos causados pelo contínuo processo de acomodação das rochas que formam a crosta terrestre.

Em Canindé, por exemplo, um abalo sísmico de 1.8 mR já tinha ocorrido no último dia 10. Além disso, na madrugada de ontem, a Rede Sismográfica Brasileira, registrou dois eventos de magnitudes semelhantes em Divinópolis (MG) – cidade onde, desde o inicio deste ano, já foram registrados ao menos 36 eventos semelhantes.

“Tremores desta ordem de grandeza ocorrem com uma certa frequência no país, principalmente na região Nordeste, dada as características locais”, explicou à Agência Brasil o geofísico Eduardo Menezes, do LabSis-UFRN.

“Normalmente, estes eventos são causados pela existência de falhas geológicas. E seus efeitos, principalmente emocionais, são mais sentidos quando os abalos ocorrem próximos a áreas urbanas”, acrescentou o especialista, destacando que, eventualmente, os tremores de pequena intensidade podem causar algum dano estrutural às construções, principalmente caso se repitam em um curto espaço de tempo.

Agência Brasil

Número de mortos em Petrópolis chega a 152

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Até a noite de ontem (19), as equipes de resgate que atuam em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, retiraram 24 pessoas com vida dos deslizamentos e enchentes que afetam a cidade desde terça-feira (15), quando um temporal caiu na região. A cidade foi novamente atingida por chuvas fortes na quinta-feira (17). O número de mortos subiu para 152 e ainda há 165 pessoas desaparecidas, segundo a Polícia Civil do estado.

As equipes da Defesa Civil mantiveram as buscas durante toda a noite, mesmo com a chuva forte a moderada. Desde terça-feira foram registrados mais de 800 chamados, sendo a maioria por deslizamentos, que afetaram casas e vias públicas em diferentes pontos da cidade. Cerca de 800 pessoas estão sendo atendidas pela Assistência Social, em 20 pontos de apoio montados para acolher os moradores de área de risco.

Cães farejadores

Cães farejadores da Guarda Civil Municipal de Petrópolis e de outras corporações, de diversos estados do país que enviaram ajuda à cidade, estão auxiliando nas buscas pelos corpos das vítimas dos deslizamentos de terra. São 35 cães atuando em locais como o Alto da Serra, Rua Teresa, Sargento Boening, Caxambu e Cremerie.

A expectativa é que hoje (20) o número de animais atuando nos trabalhos de busca e resgate suba para 45. Eles foram enviados de estados e municípios como Teresópolis, Magé, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina. Também são aguardados quatro cães da Argentina e mais animais enviados pelo governo de Goiás e do Rio Grande do Sul.

De acordo com o responsável técnico e operacional do Grupamento de Operações com Cães de Petrópolis, Leandro Lopes, os cães tiveram uma participação importante no resgate de dezenas de corpos.

“Para que possamos dar mais velocidade e dinâmica ao trabalho, a partir do momento que fazemos a detecção e o animal dá o sinal de positivo, já partimos para outro ponto enquanto os bombeiros iniciam as escavações no local indicado. Por isso, não temos ainda um levantamento de quantas vítimas foram encontradas com vida ou não”.

Limpeza

A prefeitura de Petrópolis realiza hoje uma megaoperação para limpeza das ruas, com o apoio das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. Serão mais de dois mil homens e mulheres atuando em diversos pontos da cidade, além de máquinas e caminhões, na primeira ação da Frente Nacional dos Prefeitos.

A Companhia de Limpeza Urbana da capital (Comlurb) enviou 15 caminhões basculantes de grande porte, dois menores, sete pás mecânicas e quatro caminhões pipa, além de duas vans equipadas com moto bomba e itens para remoção de galhos, caminhão de apoio e cinco vans de poda de árvore, com 50 motosserras.

Ontem, o trabalho de limpeza contou com mais de mil pessoas, concentradas nas ruas do Centro Histórico, Bingen, Coronel Veiga e Washington Luiz. As equipes atuam também em regiões como Centro, Quitandinha, Alto da Serra, Chácara Flora e Corrêas. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, metade das cerca de 20 vias fundamentais para a mobilidade urbana do município atingidas após as chuvas já foram desobstruídas.

As empresas de ônibus de Petrópolis estão restabelecendo gradualmente a operação das linhas. Ontem (19), os ônibus permaneceram operando com redução de horários e de frota.

A prefeitura de Petrópolis pede que os moradores evitem sair de casa, para agilizar as ações de limpeza com menos pessoas circulando pela cidade.

Ações do estado

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES) enviou ontem quatro motolâncias do grupamento de motociclistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital para atuar nas ações de socorro em locais de difícil acesso em Petrópolis. Outras quatro chegam hoje ao município.

Segundo o governo do estado, os agentes atendem a demanda espontânea da população e alcançam locais onde outros veículos ainda não conseguem chegar, por causa da dificuldade de mobilidade e obstrução das vias após os deslizamentos de terra.

Equipes da Vigilância Sanitária Estadual estiveram nos abrigos que acolhem as vítimas para reforçar a orientação a respeito dos protocolos de segurança e contaminação por covid-19.

O Detran também está atuando na cidade, para a emissão de identidades e segunda via de carteiras de habilitação. Já foram entregues 54 documentos, com cerca de 300 atendimentos aos moradores sem documentação civil ou segunda via de CNH.

O programa RJ para Todos, da Secretaria de Governo, já atendeu 2.810 petropolitanos no Colégio Estadual Rui Barbosa. Entre as ações oferecidas estão a expedição de carteira de trabalho digital, banco de empregos e orientação jurídica.

Comerciantes

Para fazer um diagnóstico sobre os prejuízos financeiros sofridos pelos comerciantes de Petrópolis, a prefeitura lançou um formulário on-line. O questionário pode ser preenchido pelo link. É necessário informar dados como razão social, CNPJ, telefone, e-mail, endereço, atividade econômica e quantidade de colaboradores, além dos prejuízos sofridos e estimativa de custo para retomar a atividade.

Segundo o secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa, equipes multidisciplinares também irão colher informações presencialmente.

“Vamos ter que reconstruir a cidade. Por isso, vamos manter um diálogo com os empresários de Petrópolis, que são os que geram emprego e renda para a nossa cidade, para buscar a melhor forma para ajudá-los e juntos reerguermos a cidade. Quero destacar também que os empresários de Petrópolis também estão se mobilizando para as doações para aqueles que mais precisam”.

Edição: Claudia
Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Clássico avião soviético Antonov An-12 retorna ao Brasil para buscar foguete

Um Antonov An-12 durante decolagem no Aeroporto de Kastrup em Copenhagen, Dinamarca
Foto: Jakob Dahlgaard Kristensen/Wikimedia Commons/Arquivo
O clássico avião soviético Antonov An-12 retorna ao Brasil neste sábado (19) para transportar um foguete produzido em São José dos Campos, no interior de São Paulo, pelo IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço).

O modelo, fabricado pela ucraniana Motor Sich, é um quadrimotor turboélice, e começou a ser feito no final da década de 1950, operando na URSS e países próximos.

Ele ganhou vários apelidos devido à grande fumaça emitida pelos seus motores Ivchenko AI-20, além de seu barulho característico. O modelo ainda é operado por diversos pequenos operadores civis e algumas forças aéreas, inclusive da Rússia.

O ​An-12 está no Aeroporto do Recife, após voar de Cabinda, em Angola, até Pernambuco, passando por Abuja, na Nigéria, e Dacar, no Senegal.

A previsão é que ele chegasse em São José no início da tarde deste sábado. Fotógrafos locais registraram a pouso do modelo no Recife.

O instituto, sediado em São José dos Campos e submetido ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), desenvolve o Veículo Lançador de Satélites e os próprios satélites, tendo algumas funções similares do JPL da NASA. ​

No instituto, é fabricado o foguete suborbital VSB-30 (Veículo de Sondagem Booster – 30), desenvolvido em conjunto com os alemães do DLR, e capaz de levar até 400 kg de carga como satélites até uma altitude máxima de 270 km.

O primeiro lançamento foi em 2004 e até hoje foram feitos 30. A maioria tem sido feita no Esrange (European Spaceresearch RANGE), construído pela Agência Espacial Europeia e de posse da Corporação Sueca do Espaço, já que é localizado na cidade de Kiruna.

E o próximo lançamento será em breve, novamente na Suécia. E para isso a Motor Sich foi novamente contratada para levar cinco motores que compõem o VSB30, segundo a Aeroin.

Dentre estes operadores está a Motor Sich Airlines, companhia aérea pertencente à fabricante de motores homônima, que produz os motores para os “irmãos maiores” do An-12, os gigantes An-124 Ruslan e An-225 Myria, o maior avião comercial do mundo.

Carlos Martins, Folhapress

Kassab esgarça limites com jogo múltiplo em negociações do PSD

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o ex-presidente Lula (PT) em jantar do grupo Prerrogativas, em dezembro
Foto: Divulgação/Arquivo
Não que seja exclusividade dele nesta fase de incertezas do jogo eleitoral, mas uma passada de olhos pelas falas e movimentações recentes do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, pode dar a impressão aos mais desavisados de que o ex-ministro esteja afoito ou até perdido.

Mas há estratégia, e das sofisticadas, segundo correligionários e potenciais aliados ouvidos pela Folha.

Isso explicaria a existência simultânea do discurso de que o partido terá candidato próprio à Presidência da República, da insinuação (desmentida um dia depois) de aliança com o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno e do flerte em alguns estados com o PDT de Ciro Gomes.

À primeira vista conflitantes, todas as hipóteses cabem hoje no balaio do ex-prefeito da capital paulista, que em 2011 fundou o Partido Social Democrático com a antológica definição de que a legenda não seria “nem de direita, nem de esquerda, nem de centro”.

A marca do pragmatismo é apontada no universo político como a razão de Kassab para empurrar as conversas até o limite em que seja possível ter algum grau de certeza de que estará perto do projeto com maior chance de vitória, ao lado do objetivo maior de engordar as bancadas da sigla.

O esforço para manter a unidade na agremiação, que comporta simpatizantes de Lula e de Jair Bolsonaro (PL) e busca o rótulo de maior partido de centro no país, está por trás do plano de candidatura autônoma ao Planalto, na visão de interlocutores.

A pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), no entanto, já é descartada, dentro e fora do PSD, diante da postura vacilante do senador. O próprio Kassab indicou concordar com isso ao abrir diálogo com o tucano Eduardo Leite e demonstrar empolgação com o nome do gaúcho.

Apesar de Pacheco ter frustrado seus planos até aqui, o dirigente mantém tom cordial com o aliado, à espera da desistência. É uma demonstração, segundo pessoas que orbitam o ex-prefeito, de seu modo diplomático de fazer política, pouco dado a rompantes ou ataques públicos.

O afastamento dele do governador João Doria (PSDB), por exemplo, ficou restrito aos bastidores. Sua saída do cargo no governo paulista —que nem chegou a assumir, após virem à tona acusações de corrupção passiva e e falsidade ideológica eleitoral— envolveu até elogios abertos.

A ala do PSDB que trabalha pela candidatura de Leite vê condições para avanço com o PSD. Nesta semana, a filiação do governador do Rio Grande do Sul, derrotado por Doria nas prévias tucanas, passou a ser tratada como certa por alas do partido de Kassab.

Leite pediu garantias de que terá coligação robusta e não será abandonado pelo partido. A confirmação da troca só deve ocorrer após a retirada de campo de Pacheco.

Nos cálculos da ala do PSD favorável ao lançamento de postulante próprio ao Planalto, isso ajudaria os candidatos ao Legislativo a se desvencilharem da polarização entre Lula e Bolsonaro. Eles poderão se escorar no nome de um quadro do partido caso optem por uma campanha de tom neutro.

Um dos argumentos em favor da ideia é o de que isso contribuiria para a meta de ampliar as bancadas nos estados e na Câmara, onde hoje há 25 parlamentares do PSD. As projeções mais otimistas falam em dobrar o número de deputados federais e elevar o de senadores dos atuais 11 para ao menos 15.

Por esse raciocínio, o primordial para conter rebeliões em uma legenda heterogênea e repelir rachas é ter candidato próprio. Um integrante do grupo de Leite, que compara Kassab a um piloto que precisa administrar vontades conflitantes, diz que a única rota é equilibrar a situação interna.

Além de Leite —que sofre pressão para continuar no PSDB e passou a ser cotado também como candidato à reeleição no governo gaúcho—, o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung (sem partido) é apontado como provável presidenciável do PSD, um cenário tido como mais remoto.

Paralelamente, avança o assédio de Lula pelo apoio do partido ao PT já no primeiro turno, dado que no segundo uma adesão já é dada como certa caso o adversário seja Bolsonaro. O enfrentamento entre os dois é o mais factível à luz das atuais pesquisas de intenção de voto.

Kassab, até então empenhado em rebater a possibilidade de coligação imediata com o ex-presidente, deu sinais em entrevistas na semana passada de que a chance não está fora de seu radar. Ela envolveria, contudo, prós e contras nada irrelevantes.

A vantagem óbvia estaria na expectativa de cargos —o próprio dirigente do partido foi ministro nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB)— em eventual governo de Lula. O ex-presidente se mostra disposto a uma conversão ao centro para ganhar o pleito e conseguir governar.

Um fator determinante nessa equação, porém, é a hipótese de que o ex-governador Geraldo Alckmin se filie ao PSD para ocupar a vice do petista. A sigla de Alckmin é um detalhe no arranjo montado por Lula, já decidido a ter o ex-tucano a seu lado. Para Kassab, no entanto, empecilhos surgiriam.

Apesar do prestígio de ter um vice-presidente do partido, o PSD ficaria com margem de manobra reduzida para pleitear ministérios e outros cargos, dado que já teria espaço nobre na cúpula do governo. Em uma das versões que circulam, Kassab teria interesse ele mesmo na vaga de vice, o que enfrentaria resistência no PT.

Ainda que Alckmin ingresse no PSB (o que é hoje o mais provável), o abraço declarado do PSD a Lula implicaria prejuízo à estratégia de passar pelo primeiro turno à paisana, de certo modo, e assegurar a eleição de deputados antes de escolher um dos lados da corrida presidencial.

Um aceno antecipado na direção do petista embute ainda o perigo de debandada durante a janela partidária, em abril. Por isso, parlamentares consultados pela reportagem afirmam que dificilmente antes do prazo das convenções, em agosto, virá algum compromisso mais definitivo.

Nos últimos dias, Kassab reiterou a deputados que o plano é ter competidor próprio na briga pelo Planalto e afastou a ideia de união com o PT no primeiro turno.

Apesar disso, o ex-ministro avalizou tratativas com petistas e bolsonaristas nos estados. Na Bahia, o senador Otto Alencar (PSD), de perfil lulista, sairia ao governo no lugar do também senador Jaques Wagner (PT), que abriria mão do posto em troca do apoio da legenda ao PT na esfera nacional.

No Paraná, o governador Ratinho Júnior (PSD), eleito com as bênçãos de Bolsonaro em 2018, costura alianças com partidos da base do governo e agora se equilibra entre o histórico de relação com o Planalto e a rejeição de parte de seu eleitorado a essa vinculação.

Ao mesmo tempo, líderes do PSD articulam palanques com o PDT de Ciro Gomes. O caso mais emblemático é do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que fechou um acordo com o pré-candidato pedetista ao governo local e disparou alfinetadas a Lula, depois minimizadas.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), esteve com Ciro, mas também é cortejado pelo PT em busca de uma composição na disputa pelo Governo de Minas Gerais.

Dois articuladores da campanha de Ciro ouvidos sob reserva confirmam que as negociações têm a anuência de Kassab. Mesmo com o panorama instável, há a avaliação de que interessa ao PDT ter a sinalização da sigla, única do campo de centro com a qual as conversas têm evoluído.

E assim, entre aproximações momentâneas e recuos táticos que podem confundir aliados e adversários, o patrono do PSD reforça a fama de sempre jogar com mais de uma opção à mão e tentar ganhar tempo, como resumem colegas de partido e líderes envolvidos em costuras com ele.

A eleição de 2022 é encarada, nesses meios, como um teste para a pecha de político habilidoso do ex-prefeito. Ele também é descrito como o artífice de “um novo MDB”, em alusão à composição multifacetada e à aptidão para margear o poder sem tanto apreço a amarras ideológicas.

Ainda que abrigue bolsonaristas e possua até um ministro na gestão Bolsonaro —Fábio Faria (Comunicações), que Kassab considera escolha da cota pessoal—, a sigla buscou manter distância protocolar do presidente e do centrão, bloco que dá sustentação ao atual mandatário. Entretanto, votou com o governo em várias ocasiões.

A visão que o dirigente compartilha com interlocutores é a de que o PSD se traduz hoje como o principal partido de centro no país e está em posição de vantagem na comparação com outros de contornos semelhantes, como MDB, PSDB e União Brasil (fruto da fusão de PSL e DEM).

O entendimento, por essa ótica benevolente, é o de que as demais legendas falharam na solução de cisões domésticas ou estão começando agora processos de unificação que o PSD estabeleceu desde a sua origem, permitindo que, dez anos depois, apresente um clima menos conflagrado.

Isso explicaria o fato de o partido ter hoje seu apoio disputado por diferentes forças, além de figurar como um aliado desejável no Congresso para qualquer governo.

Procurado via assessoria de imprensa, Kassab não atendeu ao pedido de entrevista para esta reportagem.

RAIO-X
Gilberto Kassab, 61
Economista e engenheiro civil, foi secretário de Planejamento de São Paulo (1997-8, governo Celso Pitta, PPB e PTN), deputado federal (1999-2005), vice-prefeito (2005-6, governo José Serra, PSDB) e prefeito (2006-13) de São Paulo, ministro das Cidades (governo Dilma Rousseff, PT, 2015-16) e da Ciência e Tecnologia (governo Michel Temer, MDB, 2016-18). Foi do PL, PFL, DEM e, em 2011, fundou o PSD, que preside.

Joelmir Tavares, Folhapress

Rainha Elizabeth está com Covid

Foto: Reprodução/Arquivo

A rainha Elizabeth 2ª recebeu o diagnóstico de Covid-19, informou neste domingo (20) o Palácio de Buckingham. Ela tem 95 anos.

De acordo com um comunicado oficial, Elizabeth está apresentando sintomas leves, como os de um resfriado, e deve manter uma agenda tranquila na próxima semana. “Ela continuará a receber cuidados médicos e a seguir as orientações apropriadas”, diz o texto.

A rainha, que recentemente iniciou as comemorações do aniversário de 70 anos de seu reinado —Jubileu de Platina—, já recebeu as três doses de vacina contra o coronavírus.

No último dia 10, a monarquia já tinha confirmado que o príncipe herdeiro Charles, 73, também havia recebido o diagnóstico de Covid. Ele estivera com a mãe dias antes. Foi a segunda vez que Charles teve a doença —na primeira, em março de 2020, ainda nos meses iniciais da pandemia, ele teve sintomas leves e passou sete dias isolado na Escócia antes de retomar suas funções.

Quatro dias depois, a Clarence House, residência oficial do príncipe, informou que sua mulher, Camilla Parker-Bowles, 74, também recebeu diagnóstico de Covid-19. No começo do mês, a duquesa da Cornualha teve o apoio da rainha para que receba o título de rainha consorte quando Charles assumir o trono.

Folhapress

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