China se opõe às sanções contra Rússia e chama ações dos EUA de ‘imorais’

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping/Foto: Aleksey Druzhinin/Kremlin

A China acusou os Estados Unidos de criar “medo e pânico” sobre a crise na Ucrânia e sugeriu que o apoio dos EUA e da União Europeia à expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deixou o presidente Vladimir Putin com poucas opções, e que os chineses se opõem às sanções impostas contra a Rússia, reiterando uma posição chinesa de longa data.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, pediu negociações para reduzir as tensões que crescem rapidamente. Segundo ela, os EUA estão alimentando as tensões ao fornecer armas defensivas à Ucrânia, sem mencionar o posicionamento de até 190.000 soldados russos na fronteira ucraniana. Hua também não mencionou os esforços dos EUA, França e outros para envolver a Rússia diplomaticamente.

Os laços com a Rússia se estreitaram sob o comando do líder chinês Xi Jinping, que recebeu o presidente russo, Vladimir Putin, em negociações em Pequim no início deste mês. Os dois lados emitiram uma declaração conjunta apoiando a oposição de Moscou a uma expansão da Otan nas ex-repúblicas soviéticas e apoiando a reivindicação da China à ilha autônoma de Taiwan.

Pequim não vê as sanções como “a melhor maneira de resolver problemas”, disse a porta-voz Hua Chunying em uma entrevista a jornalistas em Pequim nesta quarta-feira, 23. Ela também criticou os EUA e a Otan por instalarem armas ofensivas perto da Rússia, perguntando se “eles já pensaram nas consequências de encurralar uma grande potência”.

A crise na Ucrânia forçou a China a um delicado ato de equilíbrio, pois busca apoiar a Rússia contra os EUA, ao mesmo tempo em que se apresenta como uma potência global responsável. O presidente americano, Joe Biden, impôs sanções a Moscou por reconhecer a independência das duas autoproclamadas repúblicas separatistas ucranianas e prometeu que mais viriam. Outros aliados dos EUA, como União Europeia, Japão e Reino Unido, também atingiram a Rússia com medidas econômicas punitivas.

Os EUA vão bloquear duas grandes instituições financeiras da Rússia, o VEB (banco público de desenvolvimento equivalente ao BNDES brasileiro) e o banco militar Promsvyazbank (PSB), juntamente com 42 de suas subsidiárias. O governo dos EUA também vai restringir a negociação da dívida soberana do país, que impedirá Moscou de arrecadar dinheiro no Ocidente. Também serão sancionados membros da elite russa e seus parentes.

Já a União Europeia anunciou sanções contra 351 legisladores da Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo), que votaram a favor do reconhecimento das regiões separatistas. Os membros da Duma que são alvo das sanções passam a ter quaisquer bens na UE congelados e ficam proibidos de viajar aos países do bloco. Além disso, 27 autoridades e instituições russas de Defesa e do setor bancário e financeiro também foram sancionados, com o objetivo de limitar o acesso de Moscou aos mercados financeiro e de capitais da UE.

Hua disse que os EUA são “culpados” pela situação da Ucrânia, afirmando que o governo americano estava “colocando lenha na fogueira enquanto apontava o dedo para outras pessoas que tentavam apagar o fogo”. “Esse ato é irresponsável e imoral”, disse a porta-voz sobre os movimentos dos EUA.

A China frequentemente critica a política de sanções dos EUA, também impostas a Pequim por questões como denúncias de abusos de direitos humanos na região de Xinjiang, no extremo oeste chinês, e medidas para prender ativistas pró-democracia em Hong Kong. Hua também comparou as ações dos EUA com as da China, que ela disse serem mais construtivas.

“Ao contrário dos EUA, que estão enviando armas, aumentando as tensões e aumentando a possibilidade de guerra, a China tem pedido a todas as partes que respeitem e valorizem as preocupações legítimas de segurança umas das outras”, disse Hua, que conduziu o briefing diário do Ministério das Relações Exteriores pela primeira vez desde setembro. “Temos feito esforços para resolver a questão por meio de negociações e consultas para proteger a paz e a estabilidade regionais.”

A China não se pronunciou diretamente sobre o reconhecimento das regiões separatistas, uma questão delicada para sua política interna, assim como nunca reconheceu formalmente a anexação pela Rússia da Península da Crimeia, em 2014. A península fora cedida à Ucrânia na era soviética e sua anexação foi uma represália de Moscou à instalação de um governo pró-Ocidente em Kiev.

China pensando em Taiwan

O resultado da crise na Ucrânia é visto como tendo ramificações para a China sobre sua ameaça de invadir Taiwan, um aliado próximo dos EUA, e sua disputa de fronteira com a Índia e suas reivindicações nos mares do sul da China e leste da China, onde levantou preocupações sobre o conflito com o Japão, as Filipinas e outros.

Hua disse que aqueles que acusam a China de contradizer sua posição de respeitar a soberania nacional e a integridade territorial em relação aos movimentos da Rússia em direção à Ucrânia foram “impulsionados por segundas intenções ou deliberadamente distorcendo ou interpretando mal a China”.

“Para entender correta e objetivamente a situação da Ucrânia e buscar uma solução racional e pacífica, é necessário entender os méritos da questão da Ucrânia e abordar adequadamente as preocupações legítimas de segurança dos países relevantes com base na igualdade e no respeito mútuo”, disse Hua.

Putin promete resposta e Ucrânia se prepara

Em resposta às sanções impostas pelos países, Putin ameaçou com condenações. “Os interesses da Rússia e a segurança de nossos cidadãos são incondicionais para nós”, afirmou o presidente russo em vídeo divulgado nesta quarta.

Falando no Dia dos Defensores da Pátria, um feriado que celebra as forças armadas da Rússia, Putin não mencionou explicitamente a Ucrânia. Mas repetiu uma frase familiar na crise atual, culpando a “atividade militar do bloco da Otan” pelos perigos do mundo e dizendo que os apelos da Rússia para construir um sistema equitativo de segurança internacional “continuam sem resposta”.

As falas, levaram a Ucrânia a se preparar para um conflito, com o planejamento de um estado de emergência de 30 dias e mobilização de militares reservistas. “Nosso exército está pronto” para se defender contra um ataque das forças russas, disse Oleksiy Danilov, chefe do conselho de defesa e segurança nacional da Ucrânia.

Os Estados Unidos utilizaram o termo “invasão” pela primeira vez de forma oficial na última terça-feira, para descrever a entrada de tropas através da fronteira ucraniana. O movimento aconteceu após Putin reconhecer a independência das regiões de Donetsk e Luhansk, controladas por separatistas apoiados pela Rússia desde 2014.

Com a escalada dos últimos dias, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cancelou uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, agendada para o final da semana. Horas depois, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que não havia planos de uma cúpula entre Biden e Putin. “A diplomacia não pode ter sucesso a menos que a Rússia mude de rumo”, disse.

Estadão Conteúdo

Caminhoneiros dos EUA se inspiram no Canadá e protestam contra restrições anti-Covid

Caminhão concentrado com outros veículos em Adelanto, na Califórnia, prepara-se para iniciar viagem até Washington; na mensagem, lê-se: 'agricultores e caminhoneiros pela liberdade'
Foto: Mario Tama /Getty Images/AFP
Inspirados em seus colegas do Canadá, que organizaram bloqueios durante três semanas até que foram detidos pela polícia local, caminhoneiros dos Estados Unidos planejam embarcar nesta quarta-feira (23) em uma viagem de mais de 4.000 km do estado da Califórnia até a capital do país, Washington, em defesa do fim das restrições para conter a pandemia de Covid.

Autonomeado “comboio do povo” —também motivado pelo canadense “comboios da liberdade”—, o grupo anuncia que vai passar 11 dias na estrada até desembarcar na região metropolitana de Washington em 5 de março. O número de caminhoneiros e veículos envolvidos é incerto.

Ainda assim, o governo americano reagiu. O Pentágono anunciou nesta terça (22) que 400 membros da Guarda Nacional da capital estarão a postos para fornecer apoio em pontos de tráfego estratégicos a partir do próximo sábado (26) até 7 de março. Cerca de 50 veículos táticos de grande porte também serão colocados à disposição.

Com casos, mortes e internações por Covid em queda após uma grave onda motivada pela variante ômicron, os EUA têm assistido à derrubada da maior parte das restrições, tanto em estados dominados por republicanos, quanto naqueles onde há maioria democrata. Cerca de 65% da população está com o primeiro esquema vacinal completo.

Na Califórnia, onde tem início o comboio de caminhoneiros, também houve afrouxamento das medidas. O declínio da ômicron no estado levou o governo local a suspender a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços fechados, com exceção de transporte público, hospitais e asilos, mas somente para aqueles que estejam imunizados.

Ainda assim, o estado, governado pelo democrata Gavin Newsom, mantém um estado de emergência desde os meses iniciais da pandemia, algo que entrou na lista de demandas dos manifestantes, que pedem que a medida seja suspensa permanentemente.

Brian Brase, caminhoneiro que é um dos organizadores do comboio, disse à agência de notícias Reuters que, independentemente de onde os caminhões pararem, eles “não vão a lugar nenhum” até que as demandas do grupo sejam atendidas. Outras exigências incluem o fim da cobrança do passaporte vacinal.

Outro comboio, este partindo da Pensilvânia, está também a caminho de Washington. Bob Bolus, um dos organizadores, disse a uma afiliada da rede ABC que os manifestantes não têm intenção de violar as leis ou bloquear o tráfego da região, mas que isso poderia mudar caso as exigências em relação às restrições da pandemia não forem atendidas. “Eles não vão nos intimidar. Nós somos o poder, não eles.”

Também entra na conta dos protestos a situação econômica americana. A inflação nos EUA chegou a 7,5% neste mês, segundo dados divulgados na última semana, o que representa a maior alta em quatro décadas. Ainda que outros índices nacionais sejam positivos, números como esse colocaram combustível nos atos.

A situação melhorou desde que o governo de Joe Biden injetou trilhões de dólares, levando ao crescimento econômico de 5,7% em 2021, o mais forte desde 1984, segundo dados do Departamento de Comércio em janeiro. Enquanto isso, o desemprego está em 4%, perto da taxa de 3,5% de fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia.

No Canadá, que inspirou os protestos nos EUA e também em outros países, como Nova Zelândia, um protesto iniciado por caminhoneiros e ao qual se somaram líderes de movimentos de extrema direita e ex-policiais ocupou diferentes pontos do país por cerca de um mês. Partes da fronteira com os EUA, como a ponte Ambassador, em Ontário, também foram bloqueadas, desaguando em perdas econômicas.

O premiê Justin Trudeau chegou a decretar estado de emergência nacional para conter os atos. Com isso, permitiu que os bancos do país congelassem as contas bancárias de todos os suspeitos de envolvimento com os bloqueios —cerca de 220 contas foram bloqueadas, assim como mais de 250 endereços de bitcoin. O congelamento foi encerrado nesta quarta, anunciaram as autoridades.

Ainda assim, foi preciso que a polícia agisse para retirar os manifestantes das ruas da capital Ottawa. Na segunda, 196 pessoas foram detidas e 115 veículos, rebocados. Nos primeiros dias do protesto, havia mais de 400 veículos ocupando as ruas do centro.

Folhapress

Comunidades de Cipó e Paulo Afonso recebem doações


Oito comunidades das cidades de Cipó e Paulo Afonso receberam alimentos e roupas doadas pela 21ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), pelo 15° Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) e pelo 20º Batalhão da PM.
Em Cipó, a 21ª CIPM distribuiu 30 cestas básicas, além de roupas e cobertores para moradores dos bairros de Santos Dumont, Liberdade, Vitória e Mulungu I, além dos povoados de Itapicuru, Bananeira e Barro Branco.

"Nesses tempos difíceis de crise financeira, é importante mostrar o melhor lado da natureza humana. A solidariedade é o sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros", pontuou o comandante da unidade, major José Luís Lima.

No Norte do estado, equipes do 15º GBM e do 20° BPM se uniram e entregaram cerca de 50 toneladas de roupas e calçados no bairro de Prainha, em Paulo Afonso.

"Estamos organizando para doarmos também em outras localidades. Têm muitas pessoas carentes que precisam desse apoio. Enquanto houver donativos, continuaremos com as doações”, comentou a subtenente Alice Pereira, integrante do 15º GBM.
Fonte: Ascom/ Silvânia Nascimento

Submetralhadora e drogas são abandonadas em Feira de Santana

Foto: Divulgação SSP
Uma submetralhadora, munições e porções de entorpecentes foram localizadas por guarnições da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Feira de Santana), na noite de terça-feira (22). O flagrante ocorreu no bairro de Mangabeira, região do Condomínio Alto do Rosário, em Feira de Santana.
Foto: Divulgação SSP
Segundo o comandante da 66ª CIPM, major Joilson Lessa da Costa, os PMs faziam rondas preventivas na localidade, quando suspeitos perceberam a presença policial e fugiram. No local as equipes encontraram o material abandonado.

Foram achados uma submetralhadora com carregador e munições, 82 porções de cocaína, LSD e crack, um tablete de maconha, embalagens para armazenar drogas e duas balanças. Todo material foi apresentado na Central de Flagrantes de Feira de Santana.
Fonte: Ascom: Marcia Santana

Operação desarticula quadrilha e resulta em oito prisões em Iguaí

                                                        Foto: Divulgação: Ascom PC
Drogas, armas, munições e uma motocicleta foram apreendidas durante a ação. Grupo costumava filmar e divulgar vídeos das agressões às vítimas.

Oito pessoas foram presas, nesta quarta-feira (23), durante a Operação Thêmis, deflagrada em Iguaí, com o objetivo de desarticular uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e homicídios, naquela região. As diligências contaram com 40 policiais civis de unidades de Itapetinga, Vitória da Conquista e Jequié.
Foto: Divulgação: Ascom PC
Dez mandados de busca foram cumpridos, resultando na apreensão de dois revólveres, 18 munições de diferentes calibres, um simulacro de pistola, 700 gramas de maconha, 133 porções da mesma droga embaladas para venda, 100 gramas de cocaína, cinco pinos de crack, três balanças, centenas de embalagens vazias, um radiocomunicador, oito celulares e uma motocicleta com sinais identificadores adulterados.

O coordenador da 21ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itapetinga), delegado Antônio Roberto Júnior, comentou que a quadrilha era conhecida por filmar e divulgar vídeos das agressões às vítimas. “Eles compartilharam imagens de uma pessoa amarrada, sendo torturada e surrada com um fio elétrico. Era uma espécie de ‘tribunal do crime’. O vídeo viralizou nas redes sociais.”, detalhou o delegado.

Dos presos, sete já tinham os mandados expedidos pela Justiça, dentre eles o líder da quadrilha, e um foi autuado em flagrante por tráfico. Outros três integrantes do grupo estão sendo procurados pelas equipes policiais. “Temos as ordens judiciais e seguiremos com as ações”, completou o coordenador.
Fonte: Ascom l PC

Grupo se acorrenta em frente ao STJ, em Brasília, durante ato contra mudanças na cobertura de planos de saúde

Grupo se acorrenta em frente ao STJ, em ato contra mudanças na cobertura de saúde

Um grupo realiza manifestação em frente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, no início da tarde desta quarta-feira (23). O motivo é a retomada do julgamento de dois recursos que podem alterar o entendimento sobre a cobertura de planos de saúde em todo o país.

Nesta tarde, a Segunda Seção do STJ analisa se a lista de procedimentos de cobertura obrigatória, instituída pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), deve ser exemplificativa ou taxativa. Isto é, se as operadoras dos planos podem ou não ser obrigadas a cobrir procedimentos não incluídos na relação.

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Os ativistas se posicionaram em fileira e se acorrentaram na grade que fica ao redor do STJ, para pedir que não haja mudança no entendimento atual, que prevê que a lista é uma referência mínima e que pode haver inclusão de outras técnicas não previstas explicitamente.

Os participantes afirmam que, se houver mudança, a possibilidade de cobertura será reduzida, e tratamentos e medicamentos comprovados cientificamente, mas sem inclusão expressa no rol da ANS, não poderão mais ser cobrados judicialmente pelos usuários.

De acordo com a advogada Graziela Costa Leite, que tem um filho com atrofia muscular espinhal (AME), a manifestação é para que a prescrição médica continue soberana. "Hoje, os planos de saúde são obrigados a fornecer qualquer tratamento de saúde que seja prescrito. Mesmo que seja necessário que se entre com uma ação judicial. Se esse projeto for aprovado, isso não será mais possível e muitos tratamentos terão que ser interrompidos", explica.

Já as empresas afirmam que a interpretação atual cria insegurança jurídica e provoca gastos exorbitantes aos planos de saúde.

Nos últimos dias, com a proximidade do julgamento, o apresentador da TV Globo Marcos Mion mobilizou suas redes sociais para repercutir sobre o assunto. Segundo ele, a medida pode afetar o tratamento de pessoas autistas, e pacientes com outras condições, que necessitam de procedimentos e terapias comumente negados por planos de saúde.

Entendimento

O entendimento atual, mais permissivo aos consumidores, prevalece há mais de 20 anos em tribunais do país, que são predominantemente favoráveis a uma interpretação ampla, considerando a lista de procedimentos como referência mínima ou exemplificativa.

Porém, há divergência entre a 3ª e a 4ª turmas do STJ, que adotam entendimentos opostos, respectivamente, o exemplificativo e o taxativo. Por isso, a análise pela Segunda Seção, formada pelos ministros de ambas as turmas, deve determinar uma posição definitiva na Corte sobre o tema.

Por Brenda Ortiz, g1 DF

 

Brasileiro preso na Tailândia por tráfico de drogas manda áudio a amigos: 'Cuida dos meus aí, não vou sair dessa'; OUÇA

Jordi Vilsinski Beffa, de Apucarana (PR), é um dos três brasileiros presos na Tailândia por suspeita de tráfico de drogas — Foto: Redes Sociais
O paranaense Jordi Vilsinski Beffa, de Apucarana, que foi preso por tráfico de drogas com outros dois brasileiros, no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, avisou que havia sido detido por meio de áudio enviado a amigos.

Em uma das mensagens, trocadas com amigos em áudio e texto, Beffa pediu que os amigos cuidassem da família dele, caso não consiga "voltar". Ouça o áudio acima.

"Qualquer coisa, cuida dos meus aí. Tá bom. Obrigado, irmão. Abraço. Não vou sair dessa", disse.

O advogado Petrônio Cardoso, da família de Jordi, disse nesta quarta-feira (23) que os familiares não sabiam da viagem internacional, já que o jovem saiu de casa no dia 11, dizendo que viajaria para Balneário Camboriú, em Santa Catarina.


Segundo as autoridades tailandesas, ele e os outros dois presos foram flagrados com 15,5 quilos de cocaína. A defesa da família do paranaense disse que ele não conhecia os outros dois presos.

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade de droga e das circunstâncias.

Além de Jordi, os outros dois brasileiros são a jovem Mary Hellen Coelho Silva, de 21 anos, moradora de Pouso Alegre (MG) e um homem, de 27 anos, que não teve o nome e nem a cidade de origem divulgados.

O Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta assistência aos brasileiros.

'Cuida da minha mãe', escreveu Jordi a amigo

Ainda de acordo com o advogado, a família soube da prisão por áudios e mensagens de texto que Jordi Beffa trocou com amigos.

Em uma das conversas, o brasileiro pede que o amigo cuide da mãe dele e comenta não saber se vai conseguir voltar.
  1. Jordi: "Cuida da minha mãe irmão. Eu peguei o celular aqui rápido".
  2. Amigo: "Pode deixar irmão".
  3. Jordi: "Mas não sei quanto tempo vou ficar".
  4. Amigo: "Amo você".
  5. Jordi: "Se um dia eu chegar voltar".
  6. Jordi: "Cuida deles por mim. Amo você. Se cuida irmão".
O advogado da família disse que o paranaense trabalhava com carteira assinada como operador de máquinas em uma fábrica de roupas e máscaras havia três anos. Ele pediu demissão do local três dias antes da viagem.

Ainda conforme a defesa, Jordi também terminou um namoro na semana em que viajou para a Tailândia.

Além de Jordi, os outros dois brasileiros são a jovem Mary Hellen Coelho Silva, de 21 anos, moradora de Pouso Alegre (MG) e um homem, de 27 anos, que não teve o nome e nem a cidade de origem divulgados.
O Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta assistência aos brasileiros.

Aniversário na prisão

A defesa disse que o jovem de Apucarana completa 24 anos na quinta-feira (24) e, portanto, deve passar o aniversário na prisão tailandesa.

Em um e-mail enviado à defesa da família, a embaixada brasileira na Tailândia informou que ele está detido no presídio de Samut Prakan, em condições adequadas de acordo com o padrão do país. A embaixada disse na mensagem que Jordi ainda não passou por uma audiência na justiça.

O texto diz ainda que, normalmente, os presos no país são autorizados a falar com familiares por meio de um aplicativo e que os familiares serão avisados quando for possível fazer contato, em horários autorizados pela polícia.

A família do paranaense informou que ele saiu de casa com somente uma mala e que esta mala citada não aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades tailandesas, mas somente outra mala, que eles desconhecem a origem.

O advogado não sabe dizer se ele deixou a bagagem em algum local ou se as autoridades não fotografaram a mala vista pela família.
Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem dos brasileiros, segundo as autoridades tailandesas — Foto: RPC/Reprodução
Em entrevista à RPC, o advogado disse que acredita em uma condenação aproximada de 5 anos ao jovem, que é uma das penas mínimas.

Porém, conforme a defesa, só deve ser possível tentar trazê-lo de volta ao Brasil após o caso ser julgado, o que deve ocorrer em até dois anos, devido a processos represados na Tailândia, por causa da pandemia.

Prisões

Primeiramente foram presos o homem, de 27 anos, e a jovem. Eles saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram ao país em um voo, por volta das 7h de segunda-feira (14).

A droga foi encontrada com o homem e a jovem após a equipe do aeroporto desconfiar de itens mostrados no raio X.


Os funcionários da alfândega revistaram as três malas dos passageiros e encontraram 9 quilos de cocaína. A droga estava escondida em um compartimento oculto.

Horas depois, as autoridades prenderam o jovem de Apucarana. Ele chegou ao aeroporto em outro voo. Jordi Vilsinski Beffa foi preso após os agentes encontraram 6,5 quilos de cocaína escondidos em duas malas.


Segundo Mariana Coelho, irmã da jovem mineira, a notícia da prisão também chegou por meio de um áudio que ela mesma enviou por um aplicativo de mensagens.

Com voz de choro e aparentando desespero, a jovem pediu para que a irmã entrasse em contato com um advogado para trazer ela de volta ao Brasil.
A família conta com a ajuda de advogados do município, mas estão em busca de brasileiros que possam ajudar direto da Tailândia. Familiares e amigos pedem que Mary Hellen seja trazida para o Brasil e que seja julgada pela justiça brasileira.
Mariana Coelho (direita) com sua irmã Mary Hellen (esquerda) — Foto: Arquivo pessoa

O que dizem as autoridades brasileiras:

O Itamaraty informou que está acompanhando a situação e que presta assistência aos brasileiros, mas não detalhou o que está sendo feito em relação ao caso. O órgão disse ainda que "em observância ao direito à privacidade", não pode fornecer dados específicos sobre "casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros".

A Polícia Federal (PF) informou que não foi comunicada oficialmente do fato e nem procurada pelos familiares dos presos.


Pena de morte

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte. O mesmo ocorre em outros países do Sudeste Asiático.

Em abril de 2015, o paranaense Rodrigo Gularte foi executado na Indonésia pelo crime de tráfico de drogas. Ele ficou 11 anos preso após ser flagrado no aeroporto com 6 quilos de cocaína revestidos em pranchas de surfe.
Fonte g1 Paraná.

‘Não existe plano B, Otto é candidato ao Senado’, diz deputado do PSD

No entanto, conforme apurado por este Política Livre, Otto, pressionado pelo grupo que compõe, já marcou uma bateria de exames médicos
Foto: Reprodução/Facebook | Montagem: Política Livre
O deputado estadual Alex da Piatã declarou, em uma publicação feita no Twitter nesta quarta-feira (23), que o senador Otto Alencar, também do PSD, será candidato à reeleição e não ao governo.

Segundo Alex, “não existe plano B”. “Conversei muito com o senador ontem à noite, e não existe plano B: Dr. Otto é candidato ao Senado”, escreveu nas redes sociais.

“A Bahia e o Brasil querem o nosso senador nos representando por mais oito anos. Rumo à vitória”, acrescentou.

No entanto, conforme apurado por este Política Livre, Otto, pressionado pelo grupo que compõe, já marcou uma bateria de exames médicos.

Quer saber se a avaliação lhe permite atender ao desafio que as cúpulas do PT e do PP estão lhe impondo para assumir a liderança de uma campanha majoritária.

Mateus Soares

Real Time Big Data: ACM Neto lidera intenções de votos para o governo da Bahia; veja números

Foto: Divulgação/ACM Neto

O ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) lidera nova pesquisa de intenção de votos para o governo da Bahia. De acordo com o instituto Real Time Big Data, em pesquisa divulgada pela TV Record Itapoan, Neto tem 45% das intenções de votos, contra 30% de Jaques Wagner (PT), no primeiro cenário estimulado. A pesquisa foi registrada no TSE com o número BA-07144/2022BA-07144/2022 e ouviu 1.200 pessoas por telefone, com margem de erro de 3% para um intervalo e confiança de 95%. Confira os números:

Cenário 1 (estimulado)

ACM Neto (União Brasil) – 45%
Jaques Wagner (PT) – 30%
João Roma (Republicanos) – 9%
Bernadete (PSOL) – 5%
Branco / Nulo – 7%
Não sabe – 4%

Cenário 2 (estimulado)

ACM Neto (União Brasil) – 48%
Otto Alencar (PSD) – 17%
João Roma (Republicanos) – 10%
Bernadete (PSOL) – 7%
Branco / Nulo – 10%
Não sabe – 8%

‘Pastor do PT’ leva a Lula plano sobre evangélicos com dicas sobre temas tabus

Foto: Marlene Bergamo/Arquivo/Folhapress

O pastor Paulo Marcelo Schallenberger, convocado pelo PT para dialogar com o segmento evangélico, apresentou nesta semana ao ex-presidente Lula um “projeto de inclusão” do partido nas igrejas.

O documento cita estratégias para tanto, como “trazer para entrevistas pastores que foram beneficiados no governo do PT” e incentivar menções de “atos dos governos anteriores que beneficiaram a igreja evangélica”.

Paulo Marcelo também fala em usar grupos de WhatsApp. Destaca, contudo, que isso não deve ser feito para “divulgar conteúdo de ataque, para não gerar pauta de vitimismo, já que essa é a estratégia do atual governo”.

Em entrevista à Folha no começo do mês, o pastor reforçou que evangélicos abriram templos como nunca durante administrações petistas, e eles iam muito bem, obrigado. “A pergunta é muito simples: o que na sua vida melhorou? Quanto na sua igreja tinha de receita, na época de Lula e Dilma, e quanto tem de receita hoje?”

Segundo ele, que por anos pregou no congresso Gideões Missionários da Última Hora —uma vitrine gospel para líderes pentecostais do Brasil—, o esboço do projeto foi entregue a Lula por Moisés Selerges Júnior, presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC.

Foi Moisés quem fez a ponte entre o provável candidato do PT à Presidência e o pastor que tem como amigo um aliado de Jair Bolsonaro (PL), o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP).

Paulo Marcelo aponta a necessidade de reverter rótulos que, em sua visão, são impingidos por má-fé ou ignorância à sigla.

Exemplo: muitos evangélicos acreditam que petistas têm uma agenda anticristã e que vão obrigar pastores a praticar atos contrários à sua doutrina —como não poder falar mal de casamento homoafetivo.

A visão a ser construída, de acordo com o pastor, é de que isso não é verdade. Mas ele faz a ressalva de que líderes religiosos não poderão “interferir nas escolhas individuais”. Ou seja, não devem fazer lobby para que o Estado impeça essas uniões de acontecerem, no exemplo em questão.

“A igreja pode pregar no seu Evangelho que não aceita [o tema], mas não posso exigir que o restante da sociedade seja como nós. Tenho que respeitar para ser respeitado”, ele diz à reportagem

Paulo Marcelo começa a gravar em março um podcast voltado a evangélicos. O programa deve desviar de polêmicas que “gerem conflitos e sejam usados pelos adversários como contraprova de que o PT é contra a doutrina cristã”, diz no texto que apresentou ao partido.

A chave para uma reaproximação com o segundo maior bloco religioso do país, que só perde em número para católicos, seria relembrar benefícios concedidos durante gestões petistas e que contemplaram muitos fiéis.

Para Paulo Marcelo, evangélicos eram mais felizes naqueles tempos, e o PT precisa lembrá-los disso.

Como mostrou a Folha, grandes igrejas que estiveram com Bolsonaro em 2018 vão emitindo sinais de que tamanho entusiasmo pode não se repetir neste ano. O recuo é associado ao bom desempenho eleitoral de Lula, mas não só.

Quem atua nos bastidores do segmento avalia: claro que a perspectiva de uma vitória petista, talvez até mesmo no primeiro turno, assusta líderes evangélicos que têm por hábito manter boas relações com o governante da vez.

Mas há também um sentimento dúbio sobre Bolsonaro, um católico não praticante que melhor do que ninguém soube sintonizar com as demandas morais do grupo e cumpriu a promessa de emplacar um ministro evangélico no Supremo Tribunal Federal, André Mendonça.

Já havia certa insatisfação com a conduta presidencial na mais grave crise sanitária do século, como a recusa em se vacinar contra a Covid.

Ninguém quer falar às claras sobre a possibilidade de desembarcar do bolsonarismo, até para não virar alvo de colegas hábeis em incitar turbas evangélicas contra desertores —o mais citado é Silas Malafaia, ex-apoiador de Lula que virou um dos mais vocais escudeiros do atual presidente.

No próximo dia 8, Bolsonaro deve abrir o Palácio da Alvorada para líderes evangélicos, numa tentativa de demonstrar força no bloco religioso que já foi alheio ao debate eleitoral, mas que hoje é o que mais se articula politicamente no Brasil.

Malafaia, uma das presenças confirmadas, diz não acreditar que muitos de seus colegas vão pular fora do bolsonarismo até outubro.

Anna Virginia Balloussier/Folhapress

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Real Time Big Data: Rui lidera disputa pelo Senado na Bahia

Na sequência, Zé Ronaldo, Otto Alencar, Hilton Coelho e Cacá Leão surgem com 8%, 8%, 3% e 2%, respectivamente
Foto: Reprodução/YouTube/Arquivo
O governador Rui Costa (PT) lidera a nova pesquisa de intenção de votos para o Senado. De acordo com o instituto Real Time Big Data, em pesquisa divulgada pela TV Record Itapoan nesta quarta-feira (23), o petista tem 46% das intenções de voto.

Na sequência, Zé Ronaldo, Otto Alencar, Hilton Coelho e Cacá Leão surgem com 8%, 8%, 3% e 2%, respectivamente.

Por fim, aparecem Márcio Marinho, Raissa Soares e Marcelo Nilo com 2%, 1% e 1%, na mesma ordem.

Brancos e nulos somam 18% e 11% não sabem.

Em um outro cenário, sem Rui Costa, Otto Alencar lidera com 23% contra 13% de Zé Ronaldo.

Confira:

Cenário 1 / com Rui Costa

Rui Costa – 46%

Zé Ronaldo – 8%

Otto – 8%

Hilton Coelho – 3%

Cacá Leão – 2%

Marcio Marinho – 2%

Raissa Soares – 1%

Marcelo Nilo – 1%

Brancos e Nulos – 18%

Não Sabem – 11%

Cenário 2 / sem Rui Costa

Otto Alencar – 23%

Zé Ronaldo – 13%

Hilton Coelho – 8%

Cacá Leão – 3%

Marcio Marinho – 3%

Raissa Soares – 2%

Marcelo Nilo – 2%

Brancos e Nulos – 27%

Não Sabem – 19%

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas por telefone e está registrada no TSE (nº BA-07144/2022BA-07144/2022). A margem de erro de aproximadamente 3,0% para um intervalo e confiança de 95%.

Japão e Austrália anunciam sanções contra Rússia e separatistas

Foto: Eugene Hoshito/Pool Via Reuters Direitos reservados
O Japão e a Austrália anunciaram hoje (23) sanções contra a Rússia e os territórios separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, que o presidente Vladimir Putin reconheceu na segunda-feira (21) como independentes.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo vai proibir novas emissões e distribuição de títulos de dívida soberana russa no Japão, em resposta às "ações na Ucrânia".

Kishida afirmou que o país também vai proibir o comércio com Lugansk e Donetsk, suspender a emissão de vistos para pessoas ligadas às duas regiões do leste da Ucrânia e congelar seus bens no Japão.

O premiê adiantou que as sanções vão entrar em vigor "o mais depressa possível". Segundo ele, o Japão está preparado para adotar medidas adicionais, se a situação piorar, em coordenação com os demais países-membros do G7.
Austrália

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou sanções contra instituições bancárias como o VEB, um dos maiores bancos de investimento e desenvolvimento da Rússia, e o banco militar do país, entre outros.

A Austrália também vai impor sanções contra indústrias de diversos setores, como energia, mineração e hidrocarbonetos, das regiões de Donestsk e Lugansk, que passam ainda a ser atingidas por sanções impostas em 2011 à Crimeia e a Sebastopol, então ocupadas pela Rússia.

Morrison disse que a Austrália vai proibir ainda a entrada e aplicar sanções financeiras a oito membros do conselho de segurança da Rússia, órgão que reúne os principais decisores do país, especialmente os líderes do Exército e dos serviços secretos.

Tanto Morrison quanto Kishida condenaram a decisão russa, que consideram violação da soberania e da integridade territorial ucraniana, bem como do direito internacional.

Kishida garantiu que o Japão fará tudo para proteger os japoneses que ainda estão na Ucrânia, apesar de Tóquio ter, há dez dias, aconselhado seus cidadãos a deixar o país.

Morrison lembrou que ainda há cerca de 1.400 australianos vivendo na Ucrânia e que determinou o processamento urgente dos pedidos de vistos apresentados por ucranianos, incluindo estudantes.
Por RTP* - Tóquio e Camberra

Nenhuma aposta acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 40 milhões

                       Foram sorteadas as seguintes dezenas: 28 - 34 - 40 - 41 - 52 - 55

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
No primeiro sorteio da Mega Semana de Carnaval, nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.456 da Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 40 milhões.

O sorteio das seis dezenas foi realizado na noite dessa terça-feira (22) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Foram sorteadas as seguintes dezenas: 28 - 34 - 40 - 41 - 52 - 55.

A quina registrou 31 apostas ganhadoras; cada uma pagará um prêmio de R$ 81.253,19. A quadra teve 2.581 apostas vencedoras; cada ganhador receberá R$ 1.394,17.

O próximo concurso da Mega Semana de Carnaval será nesta quinta-feira (24). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de amanhã, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Edição: Aécio Amado

Por Agência Brasil - Brasília

Número de mortes em Petrópolis chega a 197

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O número de mortes devido ao forte temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana fluminense, chegou a 197, segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. A chuva mais forte foi no dia 15 de fevereiro e provocou enxurradas ne deslizamentos de terra em vários pontos do município. Desde então, a cidade tem sofrido com o mau tempo.

A previsão para hoje (23), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, é de novas pancadas de chuvas na região.

Os bombeiros seguem, dia e noite, com trabalhos de busca e resgate, desde o dia 15, de acordo com informações da corporação. Vinte e quatro pessoas foram resgatadas com vida nas primeiras horas do desastre.

Polícia Civil e Ministério Público Estadual também continuam os trabalhos de identificação e liberação de corpos, além das buscas por desaparecidos. Até ontem, mais de 800 pessoas estavam abrigadas em escolas de Petrópolis.

Edição: Graça Adjuto
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio d

Presidente dos Estados Unidos anuncia sanções contra a Rússia

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress/Arquivo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em declaração nesta terça-feira (22) que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia e anunciou sanções econômicas contra o país voltadas a dificultar o financiamentos e a atuação internacional de instituições financeiras russas.

Biden divulgou sanções à dívida soberana da Rússia e medidas para que o país não consiga mais buscar recursos no Ocidente, proibindo também que a Rússia compre títulos no mercado ocidental.

O governante declarou restrições para dois bancos russos, embora não de perfis comerciais. Ele acrescentou que dialogou com o governo da Alemanha para que o gasoduto ligando o país e a Rússia “não avance”.

“Vou começar a impor sanções muito mais duras do que as que implementamos em 2014 [ano do conflito anterior entre Rússia e Ucrânia]. E iremos avançar ainda mais se Rússia continuar a invasão”, disse.

O presidente dos EUA criticou a Rússia pelo reconhecimento da independência de duas províncias separatistas localizadas na Ucrânia (Donetsk e Luhansk) e pelo envio de tropas a esses territórios, adentrando a fronteira ucraniana.

Hoje, Vladimir Putin, presidente da Rússia, pediu e obteve a autorização do Parlamento do país para o emprego de Forças Armadas no exterior.

“Putin conseguiu o apoio do Congresso. Isso significa que ele pode agir de forma mais violenta. Nós ainda achamos que Putin vai avançar ainda mais e atacar a Ucrânia. Espero que esteja errado, mas só fazem escalar as agressões”, comentou.

Embora tenha dito que não pretende lutar contra a Rússia, Biden afirmou que irá defender os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e apoiar a Ucrânia.

“Vamos julgar a Rússia por ações e não por palavras. O que a Rússia fizer estaremos prontos para reagir. A Rússia vai pagar um preço ainda mais alto se continuar essas agressões. Os Estados Unidos vão dar assistência militar para a Ucrânia. Autorizei novas tropas na medida em que soubemos que tropas russas não vão sair de Belarus”, pontuou.

Biden assinalou que está discutindo alternativas para os impactos econômicos aos cidadãos dos Estados Unidos. A Rússia é um dos maiores fornecedores de petróleo e gás do mundo, o que pode afetar o mercado norte-Brasíliamericano.
Agência Brasil

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