Petistas chamam Alckmin de ‘vice golpista e neoliberal’ e convocam debate
Foto: Marlene Bergamo e Eduardo Knapp/Folhapres |
Os ex-presidentes do PT Rui Falcão e José Genoino estão convidando a militância do partido para um debate sobre a escolha do vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva.
Na divulgação do evento, eles afirmam que a reunião será destinada à militância petista engajada e “contrária à indicação de um vice golpista e neoliberal”, citando o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) nominalmente.
“As candidaturas do PT são sempre decididas no encontro nacional do partido. E ele ainda não ocorreu. Estamos ainda, portanto, no momento de debate”, afirma o deputado federal Rui Falcão (SP).
O debate, que ocorre nesta sexta-feira (4), será aberto apenas para tendências petistas convidadas, e depois postado no YouTube.
Alas do PT contrárias à união entre Lula e o ex-governador de São Paulo têm se mobilizado para impedi-la. Um abaixo-assinado online lançado no final do ano passado para tentar minar a coligação, chamado Manifesto Contra a Chapa Lula Alckmin, chegou a 1.300 signatários.
O texto afirmava que o ex-tucano “tem uma longa trajetória de combate às posições nacionais, democráticas, populares e desenvolvimentistas”. Também o acusava de ter apoiado o “golpe” contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Apesar da oposição expressada por Falcão e Genoino, a aliança é defendida por diversas lideranças petistas como uma forma de ajudar na vitória de Lula.
As tratativas para a formação da chapa Lula-Alckmin foram reveladas pela coluna, em novembro do ano passado. No mês seguinte, a coluna também antecipou que a aliança para a formação da chapa já estava selada, embora ainda não tenha sido oficializada.
Segundo interlocutores, Lula já afirmou que, com o tucano de vice, poderia dormir tranquilo: Alckmin, que foi quatro vezes governador, teria experiência e estatura política. E não transformaria a vice em um centro de conspiração e sabotagem para desestabilizar o governo.
Ainda em dezembro de 2021, Lula e Alckmin fizeram a primeira aparição pública juntos no jantar do grupo Prerrogativas, em um restaurante de São Paulo.
No dia 19 de janeiro deste ano, o ex-presidente defendeu a união com Alckmin em torno de sua candidatura. “Da minha parte não existe nenhum problema de fazer aliança com Alckmin e ter ele de vice. Nós vamos construir um programa de interesse para a sociedade brasileira”, afirmou na ocasião.
Alckmin deixou o PSDB após 33 anos e até agora está sem partido —a informação foi antecipada pela coluna em maio de 2021. A ideia é que o ex-governador se filie ao PSB, sacramentando a aliança entre socialistas e petistas, mas o PV também fez um convite ao ex-governador para ingressar na legenda.
Lula, de acordo com o Datafolha, tem 48% dos votos, ou quase a metade do eleitorado que precisaria para vencer a eleição já na primeira volta.
Mônica Bergamo/Folhapress
INSS retoma atendimento presencial de serviços a partir deste mês
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo |
O atendimento presencial nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está sendo retomado de forma gradual a partir deste mês. Além do público espontâneo, que não exige a necessidade de agendamento prévio, o INSS vai atender presencialmente o segurado que tiver agendado um horário para os serviços que, antes, estavam disponíveis apenas nos canais digitais.
Desde 2020, em razão da pandemia de Covid-19, o INSS havia restringido o atendimento presencial apenas para os serviços que não podiam ser feitos de forma remota, como perícias médicas, avaliação social, reabilitação profissional e justificação administrativa.
Com a portaria 982, publicada no Diário Oficial da União em 2 de março, o público espontâneo que aparecer nas agências poderá ser atendido para os seguintes serviços:
orientações e informações básicas sobre benefícios e serviços previdenciários;
atendimento por decisão judicial;
agendamento de serviços;
emissão de senha para acesso ao Gov.br; e
acesso aos serviços ofertados pelo Autoatendimento Orientado, nas unidades participantes do Projeto do Novo Modelo de Atendimento.
Atendimento presencial agendado
A partir do dia 14 de março, o segurado vai poder agendar atendimento presencial para todos os serviços disponíveis no portal e aplicativo Meu INSS. Isso inclui pedidos de aposentadoria e pensão por morte, emissão de extratos, certificados e outros documentos, obtenção de resultados, entre vários outros. Ao todo, 91 serviços do INSS já são passíveis de atendimento de forma digital.
“É importante frisar que esses serviços também continuam disponíveis de forma inteiramente digital, sem a necessidade de comparecimento nas agências”, escreveu o INSS em nota.
O agendamento continua sendo feito pelo site, pelo aplicativo e no telefone 135.
Esses serviços agendados são classificados em duas categorias: “Atendimento Simplificado” (de baixa complexidade) e “Atendimento Específico”, de alta complexidade. O agendamento para atendimento simplificado será realizado para os casos de:
pensão especial vitalícia da pessoa portadora da síndrome da Talidomida;
pensão mensal vitalícia do seringueiro e seus dependentes;
pensão especial das vítimas de hemodiálise de Caruaru;
bloqueio/desbloqueio de benefício para empréstimo consignado; alteração do local ou forma de pagamento;
retificação de comunicação de acidente do trabalho;
devolução de documentos; entre outros.
Já para os serviços de alta complexidade que não estão disponíveis nos canais remotos ou por meio de agendamento específico, o atendimento também poderá ser feito, excepcionalmente nas agências, nos casos de:
órgão mantenedor do benefício inválido, impossibilitando a solicitação de serviços;
tarefas concluídas com erros na inclusão de documentos ou relatórios, despacho conclusivo divergente da formatação no sistema de benefício, encerramento da tarefa por erro de sistema; utilização de Número de Identificação do Trabalhador (NIT) de terceiro ou equívoco na atribuição do NIT do titular, dependente, instituidor ou representante legal;
impossibilidade de informação ou de conclusão da solicitação pelos canais remotos ou quando a Central 135 não puder atender a demanda consulta à consignação administrativa;
ciência do Cidadão Referente à Necessidade de Inscrição no CadÚnico e
solicitar a contestação de Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP).
O INSS lembra ainda que as agências poderão, mediante agendamento prévio, emitir extratos de empréstimo consignado; de pagamento de benefício/histórico de crédito (HISCRE) que comprova a renda do seu benefício; extrato de Imposto de Renda (IR); extrato Previdenciário; Carta de Concessão do Benefício, que informa a forma de cálculo do valor do seu benefício; e declaração de beneficiário do INSS. Os agendamentos de emissão de extrato deverão ser atendidos na triagem das agências.
Estadão Conteúdo
Justiça Federal manda intimar Telegram em ação de cooperação internacional
Foto: Reuters/Folhapress |
A ordem é desdobramento de uma ação de pedido de cooperação internacional movida pelo MPF na 24ª Vara Cível Federal da capital paulista e foi dada no último dia 25 de fevereiro.
Mais do que um pedido de informações, frisou a Procuradoria, a iniciativa é uma tentativa da obtenção de “provas documentais” para uma apuração em andamento no órgão.
As notificações judiciais devem ser enviadas à sede do Telegram em Dubai, nos Emirados Árabes, e a um escritório da empresa localizado em Londres, Inglaterra.
O MPF deverá fornecer a tradução juramentada dos documentos necessários à instrução das cartas rogatórias, indicar o modelo de documento adequado para cada destino e apontar as autoridades da centrais da Justiça dos dois países que devem ser acionadas.
O Telegram conta com um representante no Brasil há sete anos com o propósito exclusivo de representá-lo em processo de registro da marca junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), órgão do governo federal.
“O fato de o destinatário Telegram FZ LLC não possuir representação estabelecida no Brasil, a despeito de oferecer seus serviços ao público brasileiro, demanda esta utilização da cooperação judicial internacional para formalização da notificação, sob pena de infração à jurisdição e à soberania do Estado em que sediado o destinatário”, afirmou o juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Federal.
Em decisão do mês passado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a plataforma bloqueasse três canais do influenciador bolsonarista Allan do Santos. No último dia 26, em atitude inédita, o serviço de mensagens cumpriu a ordem.
A Procuradoria toca uma ampla investigação sobre a postura das principais plataformas que operam no Brasil diante de práticas organizadas de desinformação e discurso de ódio.
Têm sido cobradas informações e providências dos responsáveis por Twitter, Instagram, Facebook/Meta, YouTube, WhatsApp e Telegram, a respeito de providências que estão adotando para regular comportamentos abusivos na internet.
Dentre as plataformas investigadas, o Telegram é o único que ainda não respondeu. O aplicativo vem escapando de ordens e pedidos também do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com demandas envolvendo publicações na rede social.
O que, segundo a decisão da Justiça Federal de SP, “não afasta seu dever de observar a legislação brasileira, notadamente o Marco Civil da Internet, no que tange aos serviços que oferece ao público brasileiro”.
A dificuldade de alcançar o Telegram está inserida em um debate sobre os desafios de tornar legislações nacionais efetivas em um mercado de serviços na internet cada vez mais globalizado.
Nesse cenário, as opções seriam: aceitar o crescimento desenfreado de uma plataforma que não atende aos contatos do Judiciário brasileiro ou bloquear o Telegram até que a empresa passe a dialogar.
Nas últimas semanas, a corte eleitoral subiu o tom nas críticas ao serviço de comunicação e não descarta a medida mais drástica, que é o bloqueio.
A possibilidade do bloqueio do Telegram gera preocupação de parte dos especialistas na área, dadas as possíveis consequências da medida, que está inserida em um complexo debate não só da perspectiva legal como técnica.
Por outro lado, o Telegram não responde às autoridades, tampouco a pedidos da imprensa.
Marcelo Rocha/Folhapress
Cidade ucraniana sitiada de Mariupol está ficando sem comida
Foto: Social Media.Twitter @AiBurlarchenko via Reuters |
O prefeito Vadym Boychenko fez um apelo televisionado por ajuda militar e disse que um corredor humanitário deve ser criado para retirar os civis da cidade portuária do sudeste do país.
"Estamos simplesmente sendo destruídos", disse.
Por Reuters - Lviv (Ucrânia)
ONU faz reunião de emergência após ataque à usina nuclear da Ucrânia
foto: Reuters/Striger/Direitos reservados |
Após o ataque, que deixou o mundo preocupado com um possível acidente nuclear, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu fazer uma reunião de emergência para discutir a situação.
O representante brasileiro junto à ONU, embaixador Ronaldo Costa Filho, em seu pronunciamento, reiterou que o mundo está enfrentando circunstâncias assustadoras com a catástrofe humanitária na Ucrânia, mas também com a perspectiva de um incidente nuclear de uma dimensão significativa.
"É apenas uma razão a mais para que a comunidade internacional reforce o apelo por um cessar-fogo imediato e também a suspensão de todas as hostilidades na Ucrânia. Estamos sob a ameaça de um incidente radioativo de grandes proporções que poderia ter consequências enormes não apenas para a Ucrânia, mas também para toda a Europa", disse.
Costa Filho ainda criticou o conselho por não conseguir obter resultados concretos e fez um apelo para que Rússia e Ucrânia busquem uma resolução pacífica. "Não estamos no tempo de escalar a violência da retórica e, sim, buscar a paz, criar um ambiente que leve ao cessar-fogo e a uma paz duradoura", afirmou.
Reatores não foram atingidos
Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (IEAE - International Atomic Energy Agency, em inglês), participou virtualmente da reunião da ONU e reforçou que os reatores não foram atingidos.
Ele disse que, na semana passada, foi confirmado que as forças militares russas tomaram a usina de Chernobyl e que, há alguns dias, a agência recebeu informações do governo russo de que as forças militares estavam se aproximando de Zaporizhzhia. A usina de Chernobyl está desativada, mas ainda contém material nuclear.
"Tínhamos a informação de que os russos estavam indo em direção à usina nuclear, com a missão de tomar o controle dessa usina, e que grupos de civis ucranianos estavam atacando os militares russos", disse Grossi.
Ele continuou o relato informando que, durante a madrugada de hoje, foi informado de que um projétil atingiu um edifício adjacente ao bloco de reatores da usina nuclear de Zaporizhzhia. "Os nossos contatos do órgão regulador e também da usina nos confirmaram que nenhum sistema de segurança foi comprometido, tampouco os reatores foram atingidos", destacou.
O diretor da IEAE afirmou, ainda, que não é possivel falar sobre normalidade quando há forças militares em uma usina nuclear. "É importante dizer que a missão da Agência Internacional de Energia Atômica não tem nada a ver com aspectos políticos e diplomáticos que estão na seara do Conselho [de Segurança da ONU]. A nossa atuação é restrita à segurança das instalações nucleares da Ucrânia que estão, evidentemente, como os fatos mostram, em risco constante de danos e acidente".
Edição: Kleber Sampaio
Por Marieta Cazarré - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Ipiaú: Coordenação da Vigilância Epidemiológica e Agentes de Endemias definem novos ideias de trabalho em reunião
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
Foi abordado sobre horas extras, gratificação de 10% no salário, aquisição de materiais e ampliação do trabalho de vigilância ativa dos casos de Esquistossomose, doença causada pela infecção por vermes parasitas de água doce.
Reuniões como essas são importantes para um melhor desempenho da equipe, que, além do trabalho em campo, nas residências, escolas, estabelecimentos, etc., a equipe realiza ações educativas em suas áreas para mostrar à população a importância que ela tem na realização de ações preventivas em seus locais, principalmente em áreas abertas, onde há fortes riscos da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Chikungunya e Zika.
Prefeitura de Ipiaú / DIRCOM
PTB busca espaço em majoritária de Roma e pode indicar vice do interior
Foto: Alan Santos/PR/Arquivo |
O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) busca um espaço na chapa majoritária que carregará o apoio do presidente Jair Bolsonaro na Bahia, que deve contar como pré-candidato ao Palácio de Ondina o ministro da Cidadania, João Roma.
A sigla tem se organizado na gestão do presidente Gean Prates e do secretário-geral Severiano Alves, e sabe que uma vaga no Senado já está praticamente descartada, com a possível indicação da Dra. Raissa Soares, ex-secretária de Porto Seguro.
A vice, no entanto, ainda segue aberta, e o nome que circula nos bastidores é o do vereador de Vitória da Conquista, Ivan Cordeiro.
Ivan, que tem se lançado pré-candidato a deputado federal, é um dos braços direitos de João Roma no Sudoeste da Bahia. A sua aproximação com o ministro, a boa relação com a prefeita Sheila Lemos, o alto engajamento nas redes sociais e, principalmente, nos municípios da região contam a favor do edil bolsonarista.
O nome agrada, e muito, a João Roma, que por todas as vezes que esteve no Sudoeste contou com o auxílio de Ivan, principalmente nas enchentes que acometeram a região no início do ano.
Kremlin diz que paz depende de Ucrânia aceitar condições
Foto: Evgeniy Paulin/Arquivo/Kremlin/Vladmir Putin, presidente da |
Em um sinal claro de que não irá mudar seu plano de guerra, o Kremlin disse nesta sexta (4) que cabe a Kiev aceitar as condições russas para acabar com a crise no país. Dmitri Peskov, o porta-voz de Vladimir Putin, comentou as conversas ocorridas na quinta com uma delegação ucraniana em Belarus. “Foram uma boa oportunidade para apresentar ao lado ucraniano nossa visão para solucionar o problema. Indo em frente, tudo dependerá da reação do lado ucraniano”, disse. A Rússia diz querer desmilitarizar o vizinho, impedindo sua adesão à Otan ou a outras estruturas ocidentais.
Igor Gielow/Folhapress
Grupo de juristas divulga carta de apoio à inclusão de Moema na chapa majoritária governista
Foto: Elói Corrêa/GOVBA/Arquivo/Prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT) |
Um grupo de juristas lançou nesta quinta-feira (3) uma carta em apoio à candidatura da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), para uma das vagas na chapa majoritária governista. O apoio ao nome da petista para substituir o senador Jaques Wagner, que anunciou desistência na segunda-feira (28), vem também em um momento em que o PT discute internamente o lançamento de uma candidatura própria ao governo, ainda que o governador Rui Costa e o secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, apontem o senador Otto Alencar (PSD) como o melhor nome para o grupo.
“Os juristas que subscrevem esta carta, vista a rápida e intensa dinâmica posta para a escolha das candidaturas à chapa majoritária baiana, levando em consideração a recente desistência do ex-governador Jaques Wagner, entendem como necessário o lançamento da pré-candidatura de Moema Gramacho para uma das vagas da chapa majoritária do campo que vem há quase vinte anos depois transformando a Bahia”, diz o trecho inicial da carta. Fontes deste Política Livre dizem que a prefeita está animada com a ideia de substituir Wagner na majoritária – tanto ela quanto Caetano, ainda antes da desistência de Wagner, tiveram os nomes avaliados em sondagens internas.
Os juristas destacam na carta a trajetória de Moema como parlamentar, sindicalista e defensora de bandeiras ligadas aos direitos humanos, combate à fome e defesa de direitos das mulheres. “Como prefeita de Lauro de Freitas, criou a primeira secretaria municipal da mulher do Brasil, e implantou orçamentos participativos, dialogados bairro a bairro com a população sobre as ações do executivo municipal”, subscrevem os juristas.
“Assim, respeitados todos os outros nomes que se propõem a igualmente defender as necessárias premissas do fortalecimento da defesa da democracia, da independência dos Poderes e da defesa dos direitos humanos, consideramos fundamental a inclusão de uma mulher na chapa, e dentre tantas tão valorosas, Moema Gramacho o nome mais bem colocado para disputa de um cargo na chapa majoritária”, diz o trecho final da missiva.
Leia a íntegra da carta.
Davi Lemos
“Os baianos não têm mais um dia de paz”, diz Paulo Câmara sobre assalto em restaurante que deixou uma pessoa morta
Paulo Câmara/Foto; Divulgação |
“Pelas informações levantadas até o momento, trata-se de um pai de família, aposentado da Marinha, que estava comemorando seu aniversário em um restaurante de Lauro de Freitas. Não se pode mais sair de casa que a violência vai até você. Os baianos não têm mais um dia de paz”, criticou o deputado, que nesta semana também se manifestou sobre as cenas do arrastão no Dique do Tororó.
“Infelizmente, essas cenas estão fazendo parte do nosso cotidiano. É sequestro, homicídio, arrastão. Até quando isso? Os baianos não aguentam mais com tanta violência e estão com medo de sair de casa. Um contrassenso porque, enquanto temos uma das melhores polícias do país, a segurança pública aqui não é tratada com seriedade, respeito e prioridade”, criticou Câmara.
PT gasta R$ 6 milhões para defender Lula e outros alvos da Lava Jato
Foto: Hélvio Romero/Arquivo/Estadão/ |
O PT tem feito pagamentos milionários a escritórios de advocacia que atuam na defesa de seus filiados na Operação Lava Jato.
As despesas somaram ao menos R$ 6 milhões ao longo de cinco anos —em valores nominais, sem correção pela inflação, já que os desembolsos não são de períodos fixos, mas variados.
Elas incluem gastos com defensores do ex-presidente Lula e de três ex-tesoureiros que foram condenados em processos da operação.
No caso de um dos escritórios, que recebeu R$ 911 mil entre 2017 e 2018, consta na Justiça Eleitoral que a fonte dos recursos é o fundo partidário, financiado com dinheiro público e destinado à manutenção dos partidos.
A direção petista foi advertida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2021 por gastos desse teor e teve contas do ano de 2015 desaprovadas. Mas recorre da decisão junto ao Supremo Tribunal Federal.
Entre as maiores despesas com honorários nos últimos anos estão as feitas com o escritório D’Urso e Borges, que defende o ex-tesoureiro João Vaccari na Lava Jato.
A banca, do ex-presidente da OAB-SP Luiz Flávio Borges D’Urso, recebeu, desde 2017, R$ 2,9 milhões do partido, em valores não corrigidos.
O ex-tesoureiro permaneceu preso, por ordem do ex-juiz Sergio Moro, de 2015 a 2019. Hoje ele aguarda em liberdade a tramitação de recursos nas instâncias superiores.
As despesas são incluídas nas contas do partido como “serviços de consultoria jurídica”.
Os dados das contas partidárias na Justiça Eleitoral apontam que a fonte das despesas foram “outros recursos”, e não o fundo partidário.
O PT tem cerca de 90% de suas receitas com origem no fundo partidário. Dos valores restantes, há quantia expressiva advinda de contribuição paga por congressistas do partido, com percentual definido sobre o salário recebido.
Em 2021, o partido teve direito a cerca de R$ 100 milhões do fundo público, que é repartido conforme os tamanhos das bancadas na Câmara dos Deputados.
O escritório Teixeira Zanin Martins, que comanda a defesa de Lula nos casos da Lava Jato, recebeu pagamentos que somam R$ 1,2 milhão desde 2019. Também nesse caso, a despesa consta como financiada com “outros recursos”.
Na campanha eleitoral de 2018, na qual Lula tentou se lançar candidato e foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, o partido chegou a declarar pagamento de R$ 1,5 milhão ao escritório com recursos do fundo eleitoral, também de origem pública. Os advogados posteriormente afirmaram que se tratou de um erro e o lançamento foi revisto na documentação oficial.
Neste ano, Lula novamente será candidato à Presidência e lidera as pesquisas de intenção de voto. Ele recuperou seus direitos políticos após a anulação de sentenças pelo Supremo e a declaração de parcialidade do ex-juiz Moro.
O ex-tesoureiro Delúbio Soares, condenado no mensalão e na Lava Jato, é defendido no Paraná por um escritório de Goiás, seu estado natal. Desde 2018, o advogado Pedro Paulo Medeiros foi remunerado pelo trabalho com R$ 661 mil pagos pela legenda.
Outro advogado de ex-tesoureiro que recebeu pagamentos da direção petista foi Elias Mattar Assad, que defendeu Paulo Ferreira, responsável pelas finanças do partido de 2005 a 2010.
Ferreira passou sete meses preso preventivamente entre 2016 e 2017. Condenado por Moro em primeira instância, foi absolvido em segundo grau. Foram pagos ao advogado R$ 42 mil em 2017.
O PT também arcou com as defesas de suspeitos fora do primeiro escalão do partido.
O escritório Bueno de Aguiar, Wendel e Associados, que também representou Paulo Ferreira, defendeu Juscelino Dourado, ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci.
Dourado foi preso junto com Palocci em 2016, sob suspeita de operacionalizar pagamentos ilegais, mas acabou nunca sendo denunciado na operação.
Foram pagos pelo trabalho dos advogados R$ 911 mil em 2017 e 2018. Nesse caso, a fonte das despesas nos dados da Justiça Eleitoral é o fundo partidário.
Em 2017, o partido também desembolsou outros R$ 177 mil ao advogado José Roberto Batochio. À reportagem ele disse que o pagamento se referia ao trabalho de defesa de Paulo Ferreira.
Batochio na época também advogou para Lula, Palocci e para outro ex-assessor do ex-ministro, Branislav Kontic. Palocci posteriormente trocou de advogados e decidiu fazer acordo de colaboração.
Outros repasses do PT ao escritório Bueno de Aguiar estiveram no centro de questionamento da Justiça Eleitoral às contas partidárias de 2015.
A assessoria técnica do TSE apontou como irregulares pagamentos que somaram R$ 455 mil (valores também não corrigidos) pagos à banca de advocacia que citavam como serviços prestados as defesas de Paulo Ferreira, de Juscelino Dourado e de uma funcionária denunciada em desdobramento da Lava Jato em São Paulo, Marta Coerin. O escritório também atuou em uma ação de improbidade na Justiça paulista.
Em voto no ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, que relatou os casos, afirmou que a irregularidade era grave, “na medida em que recursos públicos estão sendo utilizados ao amparo de causas individuais e personalíssimas, de evidente afronta aos princípios da administração pública”.
A maioria dos colegas da corte concordou. Somados com outros problemas na prestação, a decisão foi por desaprovar as contas, com suspensão de cotas do fundo partidário por um mês e restituição de valores.
Segundo a Lei dos Partidos Políticos, a verba do fundo partidário só pode ser usada em processos judiciais e administrativos “de interesse partidário, bem como nos litígios que envolvam candidatos do partido, eleitos ou não, relacionados exclusivamente ao processo eleitoral”.
O fundo partidário é repassado mensalmente aos partidos para financiar atividades políticas, como doutrinação e educação política e o funcionamento de sedes. A verba, por decisão do Congresso, teve um salto em seu orçamento após a proibição da doação de empresas, em 2015.
Além dessa cifra, os partidos recebem nos anos de eleição o fundo eleitoral para bancar gastos de campanha.
As quantias pagas pelo PT aos criminalistas não são as mais elevadas desembolsadas pelo partido com advogados no período. O escritório Aragão & Ferraro, que representa a sigla nas cortes superiores, recebeu quase R$ 8 milhões desde 2018.
A banca foi fundada por Eugênio Aragão, nomeado para o Ministério da Justiça no fim do governo Dilma Rousseff, em 2016.
Também há gastos com escritórios que defendem o partido na Justiça Eleitoral.
OUTRO LADO
Procurado pela Folha, o PT disse, por meio de sua assessoria, que os serviços jurídicos são adquiridos dentro da lei, “na defesa de seus objetivos programáticos e estatutários”, e que presta contas à Justiça Eleitoral dos recursos utilizados, “sejam próprios ou provenientes dos fundos eleitoral e partidário”.
Diz ainda que os casos citados pela reportagem se enquadram na Lei dos Partidos Políticos, que prevê a contratação de advogados em processos de interesse partidário.
Especificamente sobre a contratação em casos da Lava Jato, a direção petista afirmou à reportagem que houve ações “movidas por motivação política e não jurídica”, citando a anulação das sentenças contra o ex-presidente Lula.
“Ressalte-se que os contratos referentes ao ex-presidente são pagos com recursos próprios do PT.”
O partido também disse que o questionamento envolvendo as contas de 2015 está sendo discutido em recurso ainda não julgado no Supremo.
A Folha tentou contato por telefone com o escritório Bueno de Aguiar e enviou perguntas por email, mas não houve resposta até a publicação deste texto.
O Teixeira Zanin Martins respondeu à reportagem: “O escritório foi contratado em 2019 pelo Partido dos Trabalhadores para prestar serviços jurídicos e foi remunerado por recursos privados da entidade, conforme previsto em contrato”.
O advogado José Roberto Batochio disse que, no trabalho para o PT, havia cláusula estabelecendo que os recursos não viriam de fontes públicas, por regras de compliance (conformidade), mas sim de doações particulares ao partido.
“Há declaração expressa do partido de que não se trata de recursos públicos.”
O trabalho de defesa de Lula, Palocci e Branislav Kontic não foi pago pelo partido, diz ele.
O advogado Elias Mattar Assad, de Curitiba, afirmou à reportagem que foi subcontratado para atuar também na defesa de Paulo Ferreira por outro escritório, o Bueno de Aguiar, que pôs em contrato a previsão de que o pagamento não seria feito com fundo partidário.
“Nosso cliente foi libertado sem habeas corpus, em audiência, e no final foi absolvido”, diz Assad.
O advogado Pedro Paulo Medeiros disse à reportagem que é remunerado pelo partido pelo trabalho na defesa de Delúbio Soares e que presta contas das atividades desenvolvidas à legenda, conforme é solicitado.
O D’Urso e Borges diz que não se manifesta sobre o assunto por envolver acordo de confidencialidade.
Felipe Bächtold/Folhapress
‘Totalmente descartada’, diz Tereza Cristina sobre importação de fertilizantes russos durante guerra
Foto: Wilton Júnior/Arquivo/Estadã |
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, descartou totalmente a possibilidade da importação de fertilizantes russos durante a guerra na Ucrânia e reconheceu o impacto do conflito na Europa nos preços dos alimentos.
“Temos suspensão desse comércio porque não temos como pagar esses produtos, nem navios para carregar. Enquanto houver guerra, é totalmente descartada a possibilidade de receber fertilizantes”, afirmou Tereza Cristina, nesta quinta-feira, 3, durante transmissão ao vivo nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao lado dele, a ministra disse, ainda, que o Irã vai substituir o abastecimento de uréia que viria da Rússia.
Eleições 2022
Nome favorito do Centrão para ser vice de Bolsonaro nas eleições deste ano, Tereza Cristina pediu diálogo entre os três Poderes para a resolução dos problemas do Brasil. “Está faltando uma conversa”, disse a titular da Agricultura, que decidiu trocar o União Brasil pelo Progressistas, partido do Centrão.
Em um aceno à sua base eleitoral, Bolsonaro voltou a defender, na live de hoje, o armamento da população e usou Tereza Cristina para argumentar que as mulheres, na sua avaliação, ficariam em situação de igualdade com homens se andassem armadas.
“Quem é mais forte: eu ou Tereza Cristina? Armados, estamos em situação de igualdade. Logicamente, ninguém quer conflito, mas quem está armado impõe respeito”, declarou o presidente.
Eduardo Gayer e Sandra Manfrini/Estadão Conteúdo
Ataque russo à maior central nuclear da Europa provoca incêndio
Porta-voz diz que há ameaça real de perigo nuclear
Reuters: Stringer/Direitos reservados |
As forças russas bombardearam, na noite dessa quinta-feira (3), a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, provocando incêndio e com "ameaça real de perigo nuclear", informaram as autoridades ucranianas.
"Exigimos que parem os disparos com armas pesadas. Há uma ameaça real de perigo nuclear na maior central da Europa", alertou o porta-voz da estação, Andriy Tuz.
A central nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar, é responsável pela produção de um quarto da energia da Ucrânia.
O administrador de Enerhodar também denunciou bombardeios contra a central nuclear. "Ameaça à segurança global. Como resultado do contínuo bombardeio inimigo de edifícios e unidades da maior central nuclear da Europa, ela está em chamas", disse Dmitry Orlov na rede social Telegram.
Ontem, as autoridades ucranianas tinha relatado que as forças militares russas estavam a caminho da central nuclear, enquanto apelavam ao Ocidente para fechar o espaço aéreo sobre as centrais nucleares.
As autoridades ucranianas informaram ainda que "tiros altos" foram ouvidos na cidade de Enerhodar.
"Muitos jovens com roupas desportivas e armados com kalashnikovs entraram na cidade, arrombando portas e tentando entrar nos apartamentos", afirmou a Energoatom em comunicado.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, juntou-se ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para pedir ao Ocidente que feche os céus sobre as centrais nucleares da Ucrânia.
Shmyhal revelou que o pedido foi feito à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à Agência Internacional de Energia Atômica, o órgão de vigilância das Nações Unidas.
"Fechem os céus sobre a Ucrânia. É uma questão de segurança para o mundo inteiro", alertou o governante.
Os Estados Unidos e a Otan descartaram a criação de zona de exclusão aérea na Ucrânia, já que a medida colocaria diretamente os militares russos e ocidentais em confronto.
Os russos têm usado o seu poder de fogo superior nos últimos dias, lançando mísseis e ataques de artilharia em áreas civis e obtendo ganhos significativos no sul da Ucrânia, como parte de um esforço para cortar a ligação do país com o mar Negro e Azov.
O corte do acesso da Ucrânia ao litoral seria um rude golpe para a economia do país e permitiria à Rússia construir um corredor terrestre que se estende desde a sua fronteira até a Crimeia, anexada por Moscou desde 2014, seguindo depois para Oeste até a Romênia.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, incluindo forças terrestres e bombardeios em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até o momento, mais de 2 mil civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1 milhão de refugiados na Polônia, Hungria, Moldávia e Romênia, entre outros países.
O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia pela necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmou ser essa a única maneira de a Rússia se defender e garantiu que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas para isolar ainda mais Moscou.
Por RTP* - Kiev
Putin diz a Macron que Rússia pode aumentar exigências sobre Ucrânia
O presidente Vladimir Putin poderá aumentar suas exigências na lista de demandas apresentadas à Ucrânia - disse o chefe de Estado russo a seu homólogo francês, Emmanuel Macron, durante uma conversa por telefone - informou o Kremlin.
Na conversa descrita como "franca" pela presidência russa, Putin expressou seu "desacordo" com o discurso proferido no dia anterior por seu homólogo francês sobre o conflito na Ucrânia, no qual Macron afirmou que era uma "mentira" que a Rússia lutava contra o nazismo na Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky é judeu e nesta semana pediu aos membros da comunidade em todo o mundo que "não fiquem em silêncio" após o ataque ao seu país.
Macron insistiu na quarta-feira que a Rússia não é o país atacado, mas o "agressor" e que a guerra "não é um conflito entre a Otan e a Rússia".
Sobre as conversas entre uma delegação ucraniana e os russos em Belarus nesta quinta-feira, Putin disse a Macron que seu país poderá colocar na mesa uma "desmilitarização e uma posição neutra para a Ucrânia, para que nenhuma ameaça de qualquer tipo que afete a Rússia possa vir deste território", segundo o Kremlin.
bur-an/mb/tt/jc
Suspeito de ataque à Porta dos Fundos é extraditado da Rússia para o Brasil
Foto: Reprodução/YouTube/Arquivo |
O empresário brasileiro Eduardo Fauzi, suspeito de fazer parte do grupo que atacou com coquetel molotov a sede da produtora Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, foi extraditado da Rússia para o Brasil.
Segundo informações do site russo Argument i Fakty, Eduardo deixou o país acompanhado por dois policiais brasileiros da Interpol, com destino final no Rio de Janeiro. Ele estava preso desde setembro de 2020, após ser detido no Aeroporto Internacional de Koltsovo, a 1.786 quilômetros de Moscou, capital da Rússia. A extradição do economista só foi autorizada em janeiro deste ano.
Na Rússia, Eduardo Fauzi morou com a mãe de seu filho, até ser descoberto pela Interpol e, posteriormente, preso pelas autoridades daquele país. Na ocasião, a defesa do suspeito alegou que ele havia viajado a fim de encontrar um amigo. O empresário chegou a pedir asilo, mas a Rússia não aceitou.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Eduardo Fauzi e com a PF (Polícia Federal), mas ainda não obteve retorno. Quando a resposta for enviada, esta matéria será atualizada.
Folhapress
Bolsonaro e Boris Johnson conversam sobre guerra na Ucrânia; Planalto não comenta sobre cessar-fogo
Ricardo Della Coletta/ |
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, tiveram na tarde desta quinta-feira (3) uma conversa telefônica sobre a crise na Ucrânia.
O Planalto e o Itamaraty não divulgaram informações sobre a conversa. Os britânicos, por sua vez, informaram que os dois líderes “concordaram com a exigência de um cessar-fogo urgente na Ucrânia e disseram que a paz tem que prevalecer”.
“O primeiro-ministro disse que as ações do regime russo na Ucrânia são repugnantes. E acrescentou que civis inocentes estão sendo mortos, e cidades, destruídas, e que o mundo não pode permitir que a agressão do presidente [russo, Vladimir] Putin tenha sucesso”, afirmou o governo do Reino Unido.
Ainda segundo os britânicos, Boris disse a Bolsonaro que o Brasil foi um “aliado vital na Segunda Guerra Mundial” e que a voz do país “foi novamente crucial nesse momento de crise”. O presidente brasileiro já se manifestou expressando “neutralidade” no conflito, mas o representante do país na ONU dirigiu críticas à guerra, votando a favor de uma resolução que pediu o fim da ocupação da Ucrânia por Moscou.
“Juntos, o Reino Unido e o Brasil precisavam pedir o fim da violência”, acrescentou Boris, segundo o escritório de imprensa do governo britânico.
Ricardo Della Coletta/Folhapress
Medo de Leão ser cooptado por Bolsonaro no comando do governo assombra chapa governista
Foto: Divulgação/Arquivo |
Menos por seu perfil, já considerado um tanto quanto imprevisível, do que pelas ligações profundas que o PP mantém nacionalmente com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A insegurança aumentou na medida que uma nova pesquisa mostrou Bolsonaro mais fortalecido, reforçando a tese de que o PT não pode trabalhar com a ideia de que o ex-presidente Lula já ganhou e que a eleição será um passeio para ele nos Estados.
O que, especialmente, petistas, mas também representantes de partidos de esquerda, questionam é sobre quais salvaguardas Rui, o senador Jaques Wagner (PT) e o próprio Otto alinharam com Leão para assegurar que ele irá se manter fiel ao projeto de eleger a chapa que o governo está montando, uma vez que o fato de ele indicar o próximo vice e a suplência do Senado, além de negociar espaços num eventual futuro governo, não fornecem garantia de nada.
Uma hipótese que vem sendo discutida principalmente por deputados petistas diz respeito à possibilidade de, no momento em que assumir o governo, Leão passar a ser assediado pelo governo federal para sair candidato a governador para fornecer o palanque que Bolsonaro ainda não tem no Estado. A pressão seria supostamente feita pelo senador Ciro Nogueira (PI) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL).
Os dois são considerados, junto com Valdemar Costa Neto, presidente do partido do presidente da República, os principais fiadores do governo, responsáveis pela estabilidade parlamentar e até pelo relativo controle da língua do presidente. Por este motivo, controlam o Orçamento da União e a liberação de emendas pelo Congresso, o que pode ser usado, na avaliação de alguns, para seduzir Leão e o PP baiano para a aventura de concorrer ao governo.
“Quero saber como Leão vai reagir, por exemplo, à promessa de Bolsonaro de injetar bilhões na Bahia em troca de seu apoio à reeleição do presidente, o que terá repercussão na sua imagem e nas campanhas dos seus deputados”, diz um deputado da base governista, observando que o vice-governador deveria vir a público anunciar seu compromisso inarredável com a chapa, além de que não vai concorrer em hipótese alguma, para evitar especulações.
“Você já imaginou se Bolsonaro, só de sacanagem, para cooptar Leão, entregar os recursos para a construção da ponte Salvador-Itaparica, um projeto que o vice encampou e que até agora não saiu do papel? Qual vai ser a reação de Leão?”, questiona outro deputado, lembrando ainda que o vice-governador precisa também assegurar de público que não vai disputar a reeleição mesmo que Otto demore de decolar nas pesquisas.
Outro ponto lembrado pelos parlamentares é quanto ao comportamento que Leão vai adotar em relação às bases do PSD. Todo mundo sabe da aguerrida rivalidade entre o partido e o PP no interior, motivo porque, segundo o mesmo entendimento, seria conveniente que o vice se comprometesse a não tentar expandir seu partido sobre a base do legenda de Otto no período em que estiver no governo para não desestabilizar e afundar a campanha.
A possibilidade de não se entenderem em relação a estes pontos tem estimulado, inclusive, boatos de que Otto não aceitaria a candidatura ao governo, a menos que Leão renunciasse e desistisse de assumir a vaga de Rui, o que os aliados do senador do PSD negam que esteja acontecendo, atribuindo os rumores a ‘pura fofoca’ e à vontade dos adversários de impedirem que a chapa seja montada.
Política Livre
Vacinômetro 03 de março da Secretaria de Saúde de Ipiaú
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que foram aplicadas até hoje, 02 de março, 77.631 mil doses de vacina . Sendo que 34.791 mil são referentes a primeira dose e 31.708 mil pessoas já foram imunizadas. Dessas, 557 tomaram a vacina dose única e 11.132 mil pessoas receberam a dose de reforço.
Vacina Salva Vidas.Desinformação Não Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Boletim Covid/ 03 de março confirma 03 novos casos de covid-19
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 03 de março, tivemos 4.046 casos confirmados, dentre estes, são 3.948 pessoas RECUPERADAS, 03 estão em isolamento social, sem internações e 95 foram a óbito. Nesse momento, temos 03 casos ativos. O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
MST ocupa centro de pesquisa cacaueira no extremo sul da Bahia
Foto: Divulgação/MST |
Cerca de 300 integrantes do Movimento dos Sem Terra ocupam, desde a madrugada de quarta-feira (2), uma propriedade em Itabela, no sul da Bahia. No local funciona a Estação de Zootecnia do Extremo Sul da Comissão Executiva Plano de Lavoura de Cacau (Ceplac).
O órgão do governo federal é responsável pela pesquisa experimental na lavoura de cacau e ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o MST, as famílias ocuparam a área para denunciar o que consideram como descaso por parte do governo do Federal com a Ceplac.
A estação zootécnica funciona em Itabela desde 1982. Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) repudiou a ação do MST e disse que “medidas administrativas e legais estão sendo tomadas”.
A nota diz ainda que o Mapa busca identificar os autores da ocupação e garantir a continuidade das atividades de pesquisas que estão em execução.
O órgão do governo federal ainda cita a necessidade de preservação do patrimônio físico e científico do local, e cita a presença de veículos, equipamentos e insumos para utilização na área experimental e nos laboratórios de pesquisa, além de 102 cabeças de bovinos e 18 equinos utilizados nas pesquisas.
G1/Bahia
Por 9 a 2, STF mantém fundão eleitoral de R$ 4,9 bilhões
Foto: Dorivan Marinho/STF/Arquio |
O STF (Supremo Tribunal Federal) manteve nesta quinta-feira (3) o fundo eleitoral público de R$ 4,96 bilhões aos partidos em 2022.
O julgamento começou no último dia 23 e foi encerrado na tarde desta quinta, com 9 votos a 2 a favor da manutenção do fundão. Só os ministros André Mendonça, relator do processo, e Ricardo Lewandowski votaram pela redução do valor.
Entre os nove ministros que aprovaram o valor atual do fundão, houve uma divisão de entendimentos, que não afeta a quantidade de recursos que irá para as legendas este ano.
Os ministros Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Edson Fachin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes consideraram que não foi inconstitucional a elevação, pelo Congresso, do valor do fundo para R$ 5,7 bilhões ao aprovarem a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Posteriormente, quando o Congresso votou a Lei Orçamentária Anual, os R$ 5,7 bilhões para o fundo acabaram reduzidos para R$ 5 bilhões. O Planalto havia sugerido que o montante do fundo fosse de R$ 2,1 bilhões.
Já os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia entenderam que o valor do Orçamento, de R$ 5 bilhões, está de acordo com a Constituição, mas não os R$ 5,7 bilhões da LDO.
Apesar dos votos pela constitucionalidade do fundo, a maioria dos ministros se manifestou nas sessões de forma crítica ao valor aprovado pelo Legislativo.
Rosa Weber, a primeira a votar nesta quinta, disse que “compartilhava o desconforto” de colegas com relação ao aumento dos valores do fundo pelos congressistas.
Já Toffoli afirmou que embora investimentos públicos estejam no “menor patamar da história”, têm aumentado os recursos para financiamento de campanhas.
A ação contra o fundo foi apresentada pelo partido Novo. No dia 23, o ministro André Mendonça, relator do caso, havia votado contra um fundo de ao quase R$ 5 bilhões e entendido que os valores devem voltar ao patamar de 2020, de R$ 2 bilhões, mas corrigidos pela inflação.
Mendonça viu falta de proporcionalidade na decisão do Congresso e também um perigo irreparável ou de difícil reparação no uso do montante para esse fim.
“Inexistiu explicação plausível para o volume de verbas dedicadas ao fundo eleitoral alcançar o patamar de R$ 5,7 bi na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] ou R$ 4,9 bi na LOA [lei orçamentária] —nas eleições gerais de 2022—, em comparação às duas experiências anteriores, a de 2018 (R$ 1,7 bi) e a de 2020 (R$ 2,1 bi)”, afirmou Mendonça.
“Em outras palavras, não considerei justificada a imprescindibilidade do aumento de ao menos 230% em relação às eleições de 2020 e 288% em relação às eleições de 2018 —podendo chegar a até 335% se considerada a perspectiva da LDO”, disse.
O julgamento do fundão é emblemático para Mendonça, por ser o seu primeiro como relator de um processo julgado no plenário da corte. Ex-advogado-geral da União e ministro da Justiça, ele é o mais novo membro do Supremo, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e empossado em dezembro passado.
Na quinta (24), o presidente da corte, Luiz Fux, disse que “o valor [do fundo] é alto, [mas] inconstitucionalidade, aqui, não há”.
“O que está em jogo aqui é valor, e nós não temos capacidade institucional para dispor sobre isso. O que está em jogo aqui é valor, não é confronto com a Constituição. Aliás, o debate aqui é lei com lei, não se debate nada sob o prisma constitucional” disse Fux.
“Sempre sobra para que o Supremo Tribunal fique com a pecha de que aumentou ou diminuiu o fundo eleitoral. Absolutamente não. Nós estamos analisando. Nós somos juízes da Constituição. Nós temos que saber se essa estratégia político-eleitoral inerente à democracia é da nossa competência ou da competência da legislativa”.
A ação do partido Novo questionava trecho da LDO que previa a verba do fundo eleitoral equivalente a 25% do orçamento da Justiça Eleitoral em 2021 e 2022, mais o valor informado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) —soma que totalizava R$ 5,7 bilhões.
Na ação, o Novo sustentava que houve definição arbitrária do valor pelo Legislativo e que o projeto saiu do Executivo com previsão de R$ 2,1 bilhões. A LDO foi aprovada com esse montante e, então, vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, o Congresso derrubou o veto.
Mais tarde, deputados e senadores aprovaram o Orçamento de 2022 com redução da quantia para quase R$ 5 bilhões. Esse valor foi sancionado por Bolsonaro.
Após a formação de maioria, o partido Novo divulgou uma nota na qual afirma que lamenta a decisão do STF.
Segundo a legenda, o fundão “concentra poder em políticos privilegiados e prejudica ainda mais nossa democracia”.
“Lutamos na Câmara contra esse aumento absurdo, que tira recursos de áreas essenciais para garantir ainda mais recursos controlados por caciques partidários. Convictos do atropelo de interesses no Congresso, seguimos defendendo no STF a inconstitucionalidade de uma decisão dos parlamentares “, disse o partido.
“Infelizmente, vivemos em um país onde é necessário relembrar todos os dias que o cidadão paga caro por cada privilégio e benesse concedido a partidos, políticos e grupos de interesse”.
José Marques/Folhapress
Vídeo: Conheça o funcionamento da Cantina Central de Ipiaú
A merenda passa por etapas rígidas até chegar aos estudantes da rede pública
Vem ver, aperta o play! ▶️ Existe um ponto crucial para o bom funcionamento da rede de educação municipal: A merenda escolar.
Você sabe como funciona o trabalho no setor de alimentação em Ipiaú? É isso que vamos descobrir na Cantina Central, com a recepção e guiamento da coordenadora Zélia Vieira, e informações ditas pela nutricionista Brenda Habib, sobre o processo de planejamento e execução da merenda em nosso município.
Prefeitura de Ipiaú: Dircom
ipiau: Prefeitura de Ipiaú realiza serviços de patrolamento e cascalhamento no município
Foto: Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
Foto: Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
Foi iniciado, também, o patrolamento na estrada da região do Corcovado que em breve será finalizado. Uma pausa foi necessária devido a chuva que iniciou nesta quinta-feira.
A meta é realizar cada vez mais serviços que tragam melhor mobilidade e qualidade de vida aos pedestres e motoristas.
Prefeitura de Ipiaú/Cidade do Desenvolvimento
Zelenski diz que só conversa direta com Putin pode parar a guerra
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente ucraniano, Volodimor Zelenski, disse nesta quinta-feira (3) que quer negociar diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo ele, essa é "a única maneira de parar a guerra" entre os dois países, que já dura mais de uma semana.
"Tenho que falar com Putin [...] porque essa é a única maneira de parar esta guerra", disse Zelenski em entrevista coletiva, declarando-se "aberto" e "disposto a abordar todos os problemas" com Putin.
Essa foi a primeira entrevista coletiva do presidente ucraniano desde o início da guerra. Até aqui, ele havia realizado apenas entrevistas exclusivas e publicado vídeos próprios com suas mensagens acerca do conflito.
A coletiva foi realizada na capital Kiev e cercada por forte aparato militar.
Nesta mesma quinta, representantes da Rússia e da Ucrânia se encontram em Belarus para a segunda rodada de negociação entre os dois países Imagens mostram representantes dos países apertando as mãos antes do encontro. Os ucranianos chegaram para o debate com roupas verdes, enquanto os russos, terno e gravata. Zelenski afirmou ainda que, caso seu país seja derrotado pela Rússia, as forças de Putin atacarão o restante da Europa Oriental, começando pelos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia).
Zelenski pediu aos países do Ocidente para que aumentem apoio e pediu aeronaves militares para "fechar o céu" ucraniano.
"Se desaparecermos, que Deus nos proteja, em seguida [os países atacados] serão Letônia, Lituânia, Estônia etc. [...] até o Muro de Berlim. Acreditem em mim", disse Zelenski. Para ele, o presidente russo, Vladimir Putin, tenta reconstruir a esfera de influência europeia da União Soviética na Europa.
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