Lula soma vitórias 1 ano após STF liberar candidatura; entenda a situação do petista

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Em decisão inesperada há um ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou as condenações do ex-presidente Lula (PT) na Lava Jato, devolvendo os direitos políticos ao petista e mudando completamente o xadrez da eleição presidencial de 2022.

Desde então, Lula acumulou vitórias nos tribunais, sendo a mais significativa a ocorrida logo depois, com o julgamento da corte que declarou que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao conduzir procedimentos em Curitiba.

Outro marco simbólico para o petista ocorreu na última semana, quando o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a única ação penal ainda ativa contra o ex-presidente, que tramitava em Brasília, da Operação Zelotes.

Com o arquivamento de acusações e a declaração de prescrição de casos, hoje é improvável que Lula volte a ser condenado criminalmente na Lava Jato e operações relacionadas. O ex-presidente permaneceu preso por 580 dias entre 2018 e 2019 em decorrência de sentença do caso tríplex de Guarujá (SP). À época, foi solto graças a decisão do Supremo que reviu prisões de condenados que estejam recursos pendentes em instâncias superiores.

A disputa acerca dos casos tem deixado os tribunais e migrado para a arena política, com o lançamento das pré-candidaturas de dois símbolos da Lava Jato: Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, ambos filiados ao partido Podemos.

Lula e o PT comemoram as decisões afirmando que a Justiça reconheceu que houve perseguição. Apoiadores da Lava Jato dizem que os arquivamentos refletem a existência de brechas no Judiciário e não são um atestado de inocência.

A contenda de narrativas deve ter novos capítulos no pleito deste ano, quando Lula e Moro devem se enfrentar. O ex-presidente lidera todas as pesquisas eleitorais, à frente do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

A REVIRAVOLTA

Em 8 de março de 2021, Edson Fachin decidiu de maneira individual anular as duas sentenças expedidas contra Lula em Curitiba e enviar os casos para a Justiça Federal no DF.

Fachin argumentou em decisão que não havia ligação direta daquelas acusações com a Petrobras —requisito que fixava os casos da Lava Jato na Vara Federal paranaense. Outras duas ações penais que ainda estavam em tramitação no Paraná também foram incluídas na ordem.

O ministro citou em sua decisão precedentes do Supremo nesse sentido que haviam beneficiado outros réus antes do petista. Com a anulação das condenações nos casos do tríplex e do sítio de Atibaia, Lula deixou de ser ficha-suja, fator que havia barrado sua participação nas eleições presidenciais de 2018.

A medida de Fachin seria posteriormente confirmada por seus colegas na corte.

À época, no entanto, a decisão do ministro era vista como um modo de ele evitar que a corte julgasse outro pedido do ex-presidente Lula, de consequências mais amplas: a declaração de parcialidade de Moro à frente de casos da Lava Jato.

Fachin entendia que, com a anulação dos casos no Paraná, o julgamento sobre a conduta de Moro havia perdido objeto. A tese não vingou.

JUIZ DECLARADO PARCIAL

Mesmo com a oposição de Edson Fachin, o julgamento sobre a imparcialidade de Moro foi adiante no STF por iniciativa do ministro Gilmar Mendes, um dos principais críticos do ex-juiz.

A sessão sobre o assunto começou logo no dia seguinte à anulação das condenações. Gilmar e o colega Ricardo Lewandowski votaram por declarar Moro suspeito. Após pedido de vista, o julgamento foi concluído no dia 23 de março, com o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia. Ela mudou posicionamento declarado em 2018 e também votou contra o ex-juiz paranaense.

Os ministros entenderam que um conjunto de atitudes mostrou que Moro agia de modo parcial. Foram incluídos no rol a interceptação telefônica de advogados, a divulgação de trechos de delação do ex-ministro Antônio Palocci nas vésperas da eleição de 2018 e a liberação de áudios de conversas com a ex-presidente Dilma Rousseff.

Recurso contra essa decisão acabou levado ao plenário do Supremo, onde votam os 11 integrantes da corte. O julgamento só foi encerrado em junho, com o placar de 7 a 4 a favor da tese de Lula.

As mensagens de procuradores no aplicativo Telegram, hackeadas em 2019, foram citadas nos votos de Gilmar e Lewandowski, embora o Supremo até hoje não tenha decidido quanto à validade do uso delas em julgamento.

AS PRESCRIÇÕES

Após as decisões do STF, os processos foram enviados do Paraná para o Distrito Federal. Os procuradores no DF podiam pedir a revalidação das denúncias elaboradas anteriormente pela força-tarefa de Curitiba.

A iniciativa da acusação não prosperou no caso do sítio de Atibaia (SP), que havia sido sentenciado no Paraná pela juíza substituta Gabriela Hardt.

Em agosto, a juíza Pollyana Kelly Alves, da 12ª Vara Federal do DF, rejeitou a denúncia reapresentada pelo Ministério Público. Considerou que a Procuradoria deixou de readequar a acusação em consonância com as decisões do Supremo e que o caso prescreveu.

Ela não se manifestou sobre o mérito das acusações, ou seja, se os denunciados eram culpados ou não.

A prescrição ocorre quando o Estado perde a possibilidade de punir devido ao tempo decorrido desde os fatos ou desde o início do processo.

No crime de corrupção, esse intervalo é de 16 anos. No caso do ex-presidente, a contagem do prazo cai pela metade por ele ter mais de 70 anos de idade.

A outra declaração de prescrição ocorreu no mais importante dos processos do ex-presidente na Lava Jato, o do tríplex. Foi devido a essa ação penal que o petista foi preso em 2018.

Em dezembro passado, a Procuradoria no DF afirmou em manifestação à Justiça que não haveria como reapresentar a denúncia devido à prescrição dos fatos. Pouco mais de um mês depois, a juíza Pollyana Kelly Alves confirmou o entendimento e mandou arquivar o caso.

‘ÁRVORE ENVENENADA’

A declaração de parcialidade de Moro não provocou efeitos só sobre as duas sentenças expedidas por ele e por Gabriela Hardt.

Outros casos que tramitavam fora do Paraná também foram afetados pela anulação de provas que tinham sido obtidas a partir de decisões do ex-juiz.

A única ação penal aberta contra Lula em São Paulo foi um deles. Acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região a respeito citou a tese dos “frutos da árvore envenenada”. Essa figura é usada no direito para ilustrar a necessidade de anulação de atos expedidos em decorrência de uma medida anterior com vícios.

Esse processo abordava doações da empreiteira ARG, que possuía negócios em Guiné Equatorial, ao Instituto Lula.

Em setembro, o juiz federal no DF Frederico Botelho Viana mandou trancar outra ação penal, que tramitava desde 2019 contra Lula e que tratava de negócios da Odebrecht. Também houve reflexos da decisão que invalidou as provas em investigação com a atuação de Moro.

“Tal circunstância minguou a estrutura argumentativa inicial da imputação realizada nesta ação penal”, escreveu o juiz Viana.

ARQUIVAMENTOS DE INVESTIGAÇÕES

Também no caso de investigações que estavam em aberto houve desdobramentos da anulação das provas obtidas a partir de ordem de Moro. Um exemplo é o inquérito que apurava negócios de um dos filhos de Lula, Fábio Luís, com a telefônica Oi. A investigação, que se converteu na 69ª fase da Lava Jato, em 2019, foi arquivada em janeiro porque tinha partido de elementos considerados nulos.

Também houve o arquivamento de inquérito sobre o não pagamento de impostos nas reformas no tríplex e no sítio.

Decisão favorável ao ex-presidente também ocorreu em caso que não envolveu a declaração de parcialidade de Moro. Uma investigação aberta a partir de um trecho da delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, sobre suposto tráfico de influência no exterior, foi arquivada no ano passado.

AS ABSOLVIÇÕES

Lula chegou a ser réu, não de maneira simultânea, em 11 ações penais no Paraná, DF e São Paulo.

As absolvições de fato do ex-presidente já haviam começado antes mesmo da chamada Vaza Jato, a divulgação de diálogos dos procuradores que abalou a credibilidade da operação.

Em 2018, a Justiça Federal arquivou ação penal na qual Lula era acusado de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O processo surgiu a partir da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.

Em 2019, a Justiça Federal também decidiu absolvê-lo sumariamente no caso do chamado “quadrilhão do PT”, em que líderes petistas eram acusados de integrar organização criminosa. A ex-presidente Dilma também foi beneficiada dessa decisão.

Um ano depois, houve o trancamento de ação penal em que Lula era acusado de receber propina para influenciar contratos firmados entre o BNDES e a Odebrecht em Angola.

Já após a anulação das sentenças por Fachin, houve absolvição em um dos casos da Operação Zelotes, em que era acusado de beneficiar montadoras na edição de uma medida provisória, em troca de benefícios ao PT.

A DECISÃO DE LEWANDOWSKI

Na última quarta-feira (2), o ministro Lewandowski decidiu suspender a tramitação de ação penal a qual Lula respondia no DF junto com seu filho mais novo, Luís Cláudio.

Era a última ação penal contra o petista que ainda não havia sido suspensa, trancada, anulada ou que houvesse a absolvição pela Justiça.

Esse processo trata da compra de caças suecos pelo governo brasileiro e aborda repasse a Luís Cláudio de R$ 2,55 milhões de um escritório apontado como sendo de lobistas. A acusação afirma que o filho apresentou textos tirados da internet para provar que produziu relatórios em atividade de consultoria.

No ano passado, com base nas mensagens dos procuradores, a defesa questionou a atuação do Ministério Público também nesse caso, falando em conluio com os integrantes da força-tarefa no Paraná.

Lewandowski concordou com os argumentos. Citando trechos dos diálogos, disse que os procuradores “agiam de forma concertada”, para urdir a acusação de forma artificiosa.

DESDOBRAMENTOS AINDA PENDENTES

O caso da Operação Zelotes ainda precisará ser analisado pelos demais ministros da corte. Em tese, poderá voltar a tramitar e ser sentenciado.

Houve decisão recente do Supremo também em outra antiga pendência judicial do ex-presidente: a ação que tramitava em Curitiba referente à compra, pela Odebrecht, de um terreno para o Instituto Lula.

Esse caso também foi enviado para o DF em 2021 e teve o andamento suspenso por Lewandowski.

Em fevereiro, o ministro e os colegas Gilmar Mendes e Kássio Nunes Marques votaram por barrar provas do acordo de colaboração da Odebrecht nessa ação.

Lewandowski, entre outros argumentos, afirmou que Moro atuou na “recepção do acordo de leniência celebrado pela Odebrecht, como prova de acusação”.

Com a anulação dos atos de Moro e a retirada da delação, essa ação também tende a ficar esvaziada.

Há ainda outro caso com origem em Curitiba e que não teve decisão definitiva de arquivamento. Ele trata de doações da Odebrecht ao Instituto Lula e havia sido iniciado no Paraná em 2020, já após a exoneração de Sergio Moro.

Em 2021, Lewandowski também determinou a suspensão da tramitação no DF.

Felipe Bächtold / Folha de São Paulo



Defensores da candidatura de Eduardo Leite dizem que ele agrega mais partidos do que Doria

Foto: Divulgação/Assessoria João Doria

Defensores da candidatura presidencial de Eduardo Leite, seja pelo PSDB ou pelo PSD, apontam que ele teria mais facilidade de agregar apoios do que o governador de SP, João Doria.

Segundo um dos seus principais apoiadores entre os tucanos, o atual governador do Rio Grande do Sul teria condições bem mais favoráveis para juntar o União Brasil e o MDB em uma eventual coligação eleitoral.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo

Brasil registra 645 mortes por Covid e 55.821 casos em 24 horas

Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress
O Brasil registrou 645 mortes por Covid e 55.821 casos da doença, neste sábado (5). Com isso, o país chega a 651.988 mortes e 29.030.136 casos registrados de Covid-19 desde o início da pandemia.

As médias móveis de mortes e de casos permanecem em queda, em relação aos dados de duas semanas atrás. A média de óbitos agora é de 428, redução de 49%, e a de infecções é de 41.006, queda de 60%.

O recurso estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados, é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 20 estados.​

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022.

Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 378.416 doses de vacinas contra Covid-19, neste sábado. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 50.133 primeiras doses, 99.752 segundas doses. Além disso, foram registradas 536 doses únicas e 227.995 doses de reforço.

Ao todo, 172.990.867 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Já são 155.727.963 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. ​ Quanto às doses de reforço, foram aplicadas 65.963.437.​

Assim, o país já tem 80,53% da população com a 1ª dose e 72,49% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen, e 30,70% da população com reforço vacinal.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 46,91%. Na mesma faixa etárias, 1,40% receberam a segunda dose ou a dose única.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 86,43% recebeu uma dose e 77,80% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​
Folha de S. Paulo

Onda de mulheres vices reflui, e eleitas em 2018 traçam novos planos para 2022

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Quatro anos depois de uma onda que abriu espaço para uma presença recorde de mulheres em disputas majoritárias, as eleições de outubro indicam que haverá menos espaço para candidaturas femininas aos cargos mais importantes em disputa em 2022.

No ano em que a conquista do voto feminino no Brasil completa 90 anos, o país vive um panorama de maior pragmatismo dos partidos, o que fortalece a aposta em nomes da política tradicional, em sua maioria homens, para a disputa nacional e também nos estados.

O principal sintoma do menor espaço está nas vice-governadoras. Das sete que foram eleitas em 2018, nenhuma vai concorrer ao mesmo cargo este ano. Duas são cotadas para concorrer a governos estaduais, mas sem garantia de apoio aos seus nomes pelas coalizões nos estados.

O avanço do número de vices há quatro anos aconteceu na esteira da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que definiu que ao menos 30% do fundo público de financiamento de campanhas deve ir para candidaturas femininas. Naquele ano, foram 67 candidatas a vice, contra 45 em 2014.

Para os demais cargos majoritários, a situação não é diferente. Até fevereiro, foram lançadas ao menos 24 pré-candidaturas a governos estaduais, mas apenas 10 dentre os maiores partidos do Congresso. Para o Planalto, são pré-candidatas a senadora Simone Tebet (MDB) e a líder sindical Vera Lúcia (PSTU).

Única governadora eleita em 2018, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, concorrerá à reeleição. Também são cotados nomes como os da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), em Pernambuco, e o da ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), em Roraima.

Dentre as vice-governadoras, Izolda Cela deve assumir o governo do Ceará em abril, com a renúncia do governador Camilo Santana (PT) para concorrer ao Senado. Mesmo com a missão de completar o mandato, ela ainda disputa com outros três postulantes a pré-candidatura ao governo do estado pelo PDT.

De perfil técnico e com uma trajetória ligada à educação, Izolda começou a ganhar força nos últimos dias, sobretudo por um nome que enfrentaria menos resistência da ala do PT cearense que defende candidatura própria em detrimento da manutenção da aliança com o PDT.

Não é o caso de Lígia Feliciano (PDT), da Paraíba, que adotou nos últimos meses um discurso de oposição ao governador João Azevêdo (PSB), candidato à reeleição. Apesar de se assumir como candidata ao governo, está isolada politicamente frente aos três principais grupos políticos do estado.

Assim como Izolda Cela, a vice-governadora do Piauí, Regina Sousa (PT), também deve assumir o comando do governo do estado em abril com a renúncia do governador Wellington Dias (PT) para ser candidato ao Senado.

Mas Regina não é cotada para concorrer à sucessão: o PT escolheu o secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, como pré-candidato ao governo, em uma chapa que deve ter outro homem, o deputado estadual Themístocles Filho (MDB), como candidato a vice.

À Folha Regina celebra a provável ascensão ao cargo de governadora em abril e diz que não pleiteou concorrer à sucessão por uma decisão pessoal: “Se quisesse concorrer, teria apoio. Mas não tenho mais muito apetite para fazer política”.

As articulações em curso devem resultar em uma chapa sem presença feminina, ao contrário de 2018 e 2014, quando Wellington Dias teve mulheres como vice. Para Regina Sousa, o cenário é resultado das negociações para manter a aliança que sustenta o governo petista no Piauí.

“Pesa essa questão da coalizão. Não é uma coisa simples, e às vezes, a gente perde espaços. Ninguém governa sozinho”, diz.

Das outras quatro vice-governadoras eleitas em 2018, ao menos três anunciaram que são candidatas a deputada federal, a despeito de poderem legalmente concorrer ao mesmo cargo. São elas Eliane Aquino (PT), de Sergipe, Daniela Reinehr (PL), de Santa Catarina, e Jacqueline Moraes (PSB), do Espírito Santo.

Luciana Santos (PC do B), vice-governadora de Pernambuco, é pré-candidata ao Senado. Mas sua candidatura ainda depende de um consenso na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB), que tem outros pré-candidatos ao cargo.

Presidente nacional do PC do B, ela afirma que seu partido dá espaço e valoriza candidaturas de mulheres para cargos majoritários. Por outro lado, lembra que a escolha para candidaturas de governador e senador, por exemplo, são fruto de ampla composição de diferentes forças políticas.

“Quanto mais ampla a frente, mais a subjetividade do machismo se apresenta e, portanto, há mais dificuldade para viabilizar as mulheres em posições de candidaturas majoritárias”, afirma.

Apesar de reconhecer o crescimento da presença de mulheres nas majoritárias em 2018, Luciana destaca que será difícil repetir este cenário nas eleições de outubro.

“Estamos em um ambiente de muitos retrocessos sob a presidência de Bolsonaro, há uma ausência completa de políticas que promovam o papel da mulher. O cenário não é muito alvissareiro em função desse retrocesso”, diz.

Eliane Aquino (PT), vice-governadora de Sergipe, tem uma avaliação semelhante. Ela diz que falta continuidade na trajetória política de parte das mulheres que assumem cargos eletivos, resultado da falta de espaço em ambientes de decisão nos partidos.

“A mulher ocupar a posição de vice em uma chapa majoritária é importante. Mas daí para chegar nos espaços centrais de poder é outra luta”, diz Aquino, que se lançou pré-candidata a deputada federal.

Primeira vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes (PSB) também vai disputar um assento na Câmara dos Deputados –segundo ela, esse é o “trajeto normal” dos vice-governadores no estado.

Ex-camelô e ex-vereadora, Jacqueline também reforça que, historicamente, os partidos políticos não dão espaço às mulheres. Em 2016, idealizou a campanha Não Seja Laranja, que condena práticas que colocam a mulher como uma espécie de figurante do processo eleitoral e político. Em 2019, a Folha revelou a existência esquemas de candidaturas laranjas nos estados de Pernambuco e Minas Gerais.

Para Jacqueline Moraes, ainda há uma série de obstáculos a serem superados. “Assumi o governo três vezes nesses últimos quatro anos e sempre escutei coisas do tipo ‘a senhora vai dar conta?’, ‘a senhora tem medo?’ como se fosse uma incapacidade. Existe o conceito de que a mulher não dá conta do recado e esse é um estereótipo que precisamos quebrar”, diz ela.

No campo bolsonarista, deve ser candidata a deputada federal a vice-governadora de Santa Catarina Daniela Reinehr (PL), rompida com o governador Carlos Moisés (sem partido) desde 2020.

Professora da Universidade Federal de Pernambuco, a cientista política Priscila Lapa reforça que a consolidação de um ciclo político conservador entre 2019 e 2022 tende a deixar em segundo plano a pauta da participação das mulheres na política.

“A gente vinha numa crescente das agendas femininas, seja com mais mulheres candidatas, seja com candidaturas mais competitivas. Mas em 2022 devem prevalecer pautas mais pragmáticas. A variável do voto feminino perde fôlego em comparação com 2018”, avalia.

Por outro lado, ela destaca que o bolsonarismo abriu espaços para a ascensão de mulheres no campo conservador, caso da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), que deve ser candidata ao Senado.

“É um perfil de candidata que defende que a mulher na política não necessariamente representa o rompimento com a tradição”.

Victoria Azevedo e João Pedro Pitombo / Folha de São Paulo

Fomos traídos por Putin com essa guerra, acusa magnata russo das motos

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ARTHUR CALDEIRA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O CEO da MV Agusta, Timur Sardarov, divulgou uma carta aberta à imprensa, na qual critica a invasão da Ucrânia pela Rússia e se diz traído pelo governo de Vladimir Putin. O empresário russo também tem publicado críticas ao conflito em suas redes sociais.

"Para mim, como russo, é a maior tragédia dos meus 40 anos de existência. Nunca pensei que me sentiria tão traído pela ação do meu próprio país", diz um trecho da carta.

Sardarov, que assumiu a MV Agusta em 2018, vem de uma família de oligarcas bem estabelecidos em seu país natal e é a figura russa mais proeminente na indústria de motocicletas.

O magnata afirma que tem muitos amigos na Ucrânia e, durante toda sua criação e de acordo com a educação que recebeu de seus pais aprendeu que as duas nações eram irmãs muito próximas. "Toda a minha família está chocada, todas as pessoas que conheço estão chocadas, com raiva e se sentem traídas", afirma Sardarov.

A cobertura da guerra feita pela mídia russa e ocidental também foi alvo de críticas por parte do empresário, que considerou a retórica polarizada. "Acredito que a maioria dos russos também sente o mesmo. Os russos são uma nação muito orgulhosa e em nossa história ninguém nos traiu mais do que este regime liderado por Putin", em mais uma crítica ao governo do seu país.

Sardarov encerra o comunicado dizendo que está rezando pelo povo ucraniano e também pelos jovens soldados russos que, segundo ele, "foram jogados neste conflito de matança de irmãos".Além da reação do CEO da MV Agusta, a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) já havia anunciado o cancelamento da 7ª etapa do Campeonato Mundial de Motocross 2022, que seria realizado em Orlyonok, na Rússia.

Segundo a FIM, devido à situação atual, não é possível realizar o Grande Prêmio previsto para 1º de maio na cidade russa. Em breve, a federação deverá anunciar uma etapa substituta.

Sem candidato ao governo, articulação governista joga toalha em relação à atração do MDB

 Ex-secretário Fábio Villas-Boas, considerado uma das prioridades na eleição de deputado do grupo governista, pode ir para outro partido

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Premida pela indefinição da chapa governista, a articulação política do governo dá sinais de que jogou a toalha em relação à atração do MDB para a base e a campanha à sucessão estadual.

Ontem, prepostos do grupo passaram a procurar uma outra legenda à qual filiar o ex-secretário estadual de Saúde Fábio Villas-Boas, que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

A preferência é por um partido que possa integrar a federação partidária, na qual as chances de eleições são consideradas mais seguras por todos.
Política Livre

Zelenski pede ajuda dos EUA para conseguir caças russos para combater Moscou

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O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, realizou uma reunião por vídeo com senadores dos Estados Unidos e pediu ajuda para conseguir aviões para sua Força Aérea.

O líder ucraniano “fez um pedido desesperado para que países europeus providenciem aviões russos para a Ucrânia”, disse Chuck Schumer, líder da maioria do Senado, sobre a reunião que aconteceu neste sábado (5).

“Farei tudo que eu puder para ajudar”, completou o democrata, em um comunicado. Mais de 280 senadores estiveram presentes na conversa.

Não está claro, porém, como Washington pode auxiliar na transferência dessas aeronaves russas, que teriam que vir de países europeus que já disponham delas.

É possível, por exemplo, que os EUA ajudem a Ucrânia a pagar por elas. Ou então providenciem caças de reposição para os países aliados que cederem os aviões.

Zelenski também pediu que seja implementada uma área de exclusão sobre o espaço aéreo ucraniano, mas até agora os EUA e a Otan (aliança militar do Ocidente) negaram tal demanda, temendo aumentar as tensões com Moscou.

Senadores publicaram mensagens de apoio ao ucraniano após a conversa, como Marco Rubio e Lindsey Graham, ambos do partido Republicano.

O líder da minoria, Mitch McConnell (também republicano), está trabalhando junto ao democrata Schumer para conseguir auxílios para a Ucrânia, afirmou uma fonte com conhecimento sobre a reunião.

O pacote incluiria um total de US$ 10 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) em ajuda econômica, humanitária e de segurança.

Folha de S. Paulo

Premiê de Israel fala com Putin, Zelenski, Scholz e Macron para discutir guerra da Ucrânia

Foto: Mikhail Klimentiev e Jack Guez/AFP

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, fez neste sábado (5) uma rodada de conversas com alguns dos líderes que protagonizam a guerra da Ucrânia.

Presencialmente, em Moscou, encontrou-se com o russo Vladimir Putin. Depois, por telefone, falou com o ucraniano Volodimir Zelenski. Na sequência, voou para Berlim para se reunir com o alemão Olaf Scholz. Mais cedo, antes de ir à Rússia, Bennett conversou com o francês Emmanuel Macron.

Israel, lar de uma população substancial de imigrantes russos, ofereceu-se para mediar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia —embora as autoridades tenham minimizado as expectativas de um avanço nas negociações.

Apesar de ser aliado dos Estados Unidos, ter condenado a invasão russa, expressado solidariedade a Kiev e enviado ajuda humanitária à Ucrânia, Israel afirmou que manterá as conversas com Moscou na esperança de ajudar a aliviar a crise.

Além disso, o país do Oriente Médio está atento ao apoio militar de Moscou ao ditador Bashar al-Assad na vizinha Síria, onde Israel ataca regularmente alvos militares iranianos e do Hizbullah. O contato com Moscou evita que forças russas e israelenses se ataquem por acidente.

De acordo com o porta-voz de Bennett, que segue a religião judaica, o premiê não violou o descanso sagrado do sábado ao viajar a Moscou e conversar com outros líderes porque o judaísmo prevê exceções quando o objetivo é preservar a vida humana.

Folha de S. Paulo

China espera o butim enquanto velocidade da guerra na Ucrânia agonia Rússia e Ocidente

Foto: Alexei Drujinin/AFP
Nesses dez dias que abalaram o mundo, roubando aqui o título do clássico de John Reed sobre o golpe revolucionário bolchevique de 1917, muitas verdades de consumo instantâneo surgiram sob as lagartas dos tanques de Vladimir Putin na Ucrânia.

Uma das mais repetidas é a suposta ressurreição da Otan, a aliança militar ocidental criada em 1949 para deter o rolo compressor de Stálin sobre as ruínas europeias. Suposta pois, como aliança militar, a Otan não cumpre seu objetivo de fundação. Mostra-se fraca e insegura.

A definição é de quem está com as bombas sobre a cabeça, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. Ele se queixava de que o clube não havia topado fazer uma zona de exclusão aérea sobre seu país, o que colocaria ocidentais e russos um na mira do outro.

Para o mundo, claro, é melhor que seja assim: uma Otan que fosse inclinada a agir militarmente nos garantiria uma Terceira Guerra Mundial, o que dá a Putin uma vantagem de saída algo assustadora. E mesmo esse risco segue no radar, a depender da leitura que o russo fizer de movimentos como o envio de armas ofensivas para Kiev ou mesmo de sanções mais duras, como ele já ventila.

Por ora, os EUA, secundados pelos aliados, apostam na Primeira Guerra Mundial das Sanções, com o isolamento sem precedentes da Rússia do sistema internacional. É um cabo de guerra. Até agora, por toda a destruição prevista de sua economia e talvez base de apoio interna, Putin não piscou.

Mesmo quando associou as sanções a atos de guerra, na sexta (4) e no sábado (5), ele o fez desdenhando do efeito até aqui. Mas se a carestia vertical na sociedade, dos oligarcas bilionários aos moradores dos rincões russos, apertar, como tudo indica que irá, a ideia de um presidente acuado com armas nucleares não soa confortável.

Seja como for, a esta altura, sua campanha, problemática como está sendo para ele por não ter quebrado Kiev de forma rápida, prossegue num crescendo de violência.

A perspectiva de um conflito mais longo apavora a todos. Ucranianos, pelo evidente sofrimento de sua população. O Kremlin, por abrir a porta para a exaustão militar que obrigue a escaladas de violência que podem ou não condizer com seu objetivo —que é sempre presumido. Ninguém sabe até onde Putin irá.

O Ocidente, pois sem uma derrota rápida de Putin os efeitos da quimioterapia das sanções começarão a afetar o paciente como um todo. Há sinais disso aqui e ali, e quando o jogo chegar, de fato, aos setores de hidrocarbonetos, será mais fácil mensurar o estrago fora da Rússia.

Sujeito oculto desse jogo, a China mira o distanciamento. Quando tudo acabar, se não for com o apocalipse, será o principal ator a observar. Aliado de Putin, a quem abraçou como irmão numa cruzada contra as pressões ocidentais, Xi Jinping tem se mantido discreto.

Não condenou a guerra e criticou as sanções, como seria óbvio, mas tem adotado uma linha de buscar ponderação. Olhou de lado quando foi acusado de saber do conflito e ter pedido seu adiamento devido aos Jogos de Inverno de Pequim, encerrados quatro dias antes da primeira explosão.

Xi está tomando nota das lições que vê, e Washington resolveu desenhar ao reunir o Quad nesta semana. A aliança com Japão, Índia e Austrália lembrou os chineses que a reação à invasão é um modelo a ser seguido no caso de Taiwan, a ilha que Pequim vai tentar reabsorver.

À falta de sutileza se soma o fato de que a China teria muito mais a perder do que a Rússia num embate desses. Se alguma acomodação entre a ditadura e os EUA sairá desse entrechoque, que no outro extremo verá um mundo dividido em blocos e os russos no colo dos chineses por falta de opção, é algo a ver.

Mas as condições de navegabilidade para Xi são razoáveis enquanto aguarda o butim, até porque o Ocidente não sairá bem dessa crise por mais que se venda como unido nas telas de TV e celular.

Igor Gielow / Folha de São Paulo

Bahia tem 4.346 casos ativos de Covid-19; 21 óbitos são registrados

Foto: Carol Garcia/GOVBA/Arquivo

O boletim epidemiológico deste sábado (5) registra 4.346 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.585 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,11%) e 1.992 recuperados (+0,14%) e mais 21 óbitos. Dos 1.508.971 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.475.268 já são considerados recuperados e 29.357 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.770.588 casos descartados e 326.345 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 62.287 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Vacinação

Até o momento temos 11.417.740 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.394.008 com a segunda dose ou dose única e 3.889.176 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 618.394 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 14.557 já tomaram também a segunda dose.

Em oposição a Rui e Wagner, bases petistas lançam “Movimento por candidatura própria do PT” em plenária

Foto: Divulgação/Arquivv

Indignadas com as informações de que o governo já teria feito maioria para aprovar o apoio à candidatura ao governo do senador Otto Alencar (PSD) na executiva estadual do PT, correntes e militantes da legenda que se auto-declaram independentes decidiram lançar mão de um ato político cujo objetivo é assegurar exatamente o contrário: o lançamento de uma candidatura própria pelo partido.

Trata-se de uma plenária, com a presença de diretórios municipais, militantes, correntes e parlamentares contrários à ideia de o PT abrir mão da cabeça de chapa nestas eleições em favor do aliado do PSD, que será realizada nesta segunda-feira, em caráter híbrido (online e presencial), a partir das 18h30, na sede do Sindprev, no bairro de Nazaré.

“Todos/as/es pela candidatura própria do PT! Se você quer candidato/a do nosso partido, tá na hora de sair da inércia. Venha para a Plenária Popular nesta segunda-feira (7),às 18h30, no SINDPREV. ( R. Eng. Silva Lima,Nazaré). Nossa plenária será híbrida (presencial e on-line). Vem!”, diz o card com que os petistas estão divulgando o chamado “Movimento pela candidatura do PT”.

Participam da articulação do evento as correntes Articulação de Esquerda, Avante, ManifestA ColetivA, Núcleo Popular, O Trabalho, PT da Saúde e Quilombo Socialista. O ex-presidente do PT em Salvador Ademário Costa, um dos articuladores do encontro, diz que considerar que o partido já decidiu o que fazer na sucessão e em favor de uma candidatura de outro partido é um engano.

“O PT quer discutir o que fazer na sucessão levando em conta seu legado de quase 16 anos na gestão do Estado da Bahia com índices elevados de aprovação por parte da população”, afirma Ademário, observando que sequer os aliados têm exigido liderar a chapa do grupo ao governo, como mostra a demora na definição das posições, o que significa que os principais quadros do partido simplesmente resolveram abrir mão do projeto petista sem consultar as bases.

Considerada uma instância basicamente política do PT, sem caráter decisório, a plenária é usada normalmente na agremiação para dirimir dúvidas em relação a estratégias e mesmo influir nas decisões de colegiados, como a executiva estadual, onde têm assento apenas os representantes da legenda em número de 28 membros.

Ademário destaca que o “Movimento” não tem nada contra a candidatura de Otto, considerado um quadro aliado do mais alto nível e preparo pelo PT baiano e nacional, como enfatiza, mas visa atender decisões partidárias tomadas há mais de dois anos, no sentido de que o partido teria candidato próprio ao governo e que o nome mais adequado para representar a legenda seria o do senador Jaques Wagner, com o seu consentimento público.

Pessoalmente, Ademário, aliás, defende que o candidato do PT ao governo seja Wagner, que abriu mão da disputa em favor do nome de Otto, depois que o governador Rui Costa (PT) manifestou interesse em concorrer ao Senado, uma condição que, desde o princípio, o ex-governador petista disse que não aceitava para disutar a sucessão estadual.

Política Livre

Número de refugiados ucranianos pode chegar a 1,5 milhão

Foto: Reuters/Volodymyr Potrov/Direitos reservados
A situação na Ucrânia continua grave e o total de refugiados que fugiram da invasão russa pode subir para 1,5 milhão até o encerramento do fim de semana, do atual número de 1,3 milhão, disse o diretor da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) neste sábado (5).

"Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse o alto comissário das Nações Unidas para refugiados, Filippo Grandi, à Reuters em entrevista por telefone.

Grandi também disse que a maioria dos refugiados no momento está entrando em contato com amigos, familiares e outros conhecidos que já vivem na Europa, mas alertou que as ondas futuras serão mais complexas.
Por Reuters - Praga (República Tcheca)

Histórias da Bíblia que desapareceram misteriosamente

Histórias da Bíblia que desapareceram misteriosamente
A Bíblia está cheia de histórias fascinantes. Algumas até já foram confirmadas pela ciência como verdadeiras! Mas apesar de existir algumas figuras proeminentes e histórias que muitos de nós estamos familiarizados, outras narrativas parecem ter desaparecido por completo da memória coletiva...

Clique na galeria a seguir para saber mais sobre essas histórias misteriosas!



Gilmar, Aras e Maiurino debatem combate ao crime depois da Lava Jato

Foto: Carlos Moura/SCO/ST
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, debatem na próxima segunda-feira, 7, os rumos do combate ao crime no Brasil.

O evento virtual será transmitido a partir das 10h pela TV ConJur. O pano de fundo da discussão é o legado deixado pela extinta Lava Jato, maior operação já desencadeada no País contra a corrupção. Por meio da implantação de um modelo sem precedentes de força-tarefa, que reuniu numeroso grupo de procuradores da República e efetivos da Polícia Federal em Curitiba, Rio, Brasília e São Paulo, a Lava Jato varreu esquema de cartel e fraudes que se instalou na Petrobras, entre 2003 e 2014. Em 80 fases, a primeira delas nas ruas em março de 2014, a Lava Jato prendeu, processou e condenou doleiros, empreiteiros, lobistas e políticos de diferentes partidos. Excessos e arbítrios atribuídos a seus protagonistas levaram ao esvaziamento da operação, agora página virada.

Também estarão na pauta práticas bem-sucedidas que podem ser replicadas, como o uso de câmeras em uniformes policiais e a formação de bancos de dados criminais nacionais.

A desembargadora federal Simone Schreiber (TRF2); o advogado Walfrido Warde, autor do livro O Espetáculo da Corrupção; e o advogado Pierpaolo Bottini, criminalista que atuou na defesa de investigados pela Operação Lava Jato, também participam do debate.

Estadão

Ipiaú: Gestantes recebem Kit Enxoval através da Secretaria de Ação Social

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dicom
Na última semana a Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Ação Social, realizou a entrega do Kit Enxoval para as gestantes cadastradas no Programa "Criança Feliz", e acompanhadas pelo Centro de Referência da Assistência Social - CRAS.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dicom
O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento humano a partir do apoio à gestantes e a família na preparação para o nascimento e os cuidados necessários a serem tomados com o bebê.

Nos 10 kits entregues na ação, foi incluso materiais de higiene, roupas, bolsas, e outros acessórios para um melhor cuidado do recém-nascido.

Prefeitura de Ipiaú / DIRCOM

Comunidade ucraniana no Brasil pede cassação de mandato de Arthur do Val

                                   Entidade diz que deputado é perigoso para a função pública

Foto: Reprodução/Instagram

A Representação Central Ucraniana-Brasileira pediu ao presidente da Assembleia Legislativa de SP, deputado Carlão Pignatari (PSDB), a cassação do mandato de Arthur do Val (Podemos).
A entidade reúne organizações civis e religiosas que representam 600 mil brasileiros descendentes de ucranianos.

“O deputado Arthur do Val revelou-se uma pessoa de índole perigosa para o exercício de funções públicas onde sempre há que se tratar com mulheres em situação de vulnerabilidade”, diz a entidade no documento.

A representação ucraniana também quer que Pignatari solicite às autoridades policiais internacionais uma investigação sobre o possível aproveitamento sexual de mulheres vulneráveis atingidas pela guerra.

Os áudios de teor sexista atribuídos a Arthur do Val dizem que as mulheres ucranianas são “fáceis porque são pobres” e que a fila de refugiados tem mais mulheres bonitas do que a “melhor balada do Brasil”.

O deputado e outro líder do MBL (Movimento Brasil Livre) anunciaram uma viagem à Ucrânia para ajudar na guerra, em movimento de contraposição à neutralidade do presidente Jair Bolsonaro (PL). Arthut do Val divulgou foto em que dizia fazer coqueteis molotov.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

‘Pai da urna eletrônica’ diz que hackers jamais vão conseguir acessá-la

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Secretário de Tecnologia do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por 15 anos, o gaúcho Giuseppe Janino, 61, refuta a possibilidade de manipulação dos resultados das eleições e diz garantir que a urna eletrônica é imune a ataques cibernéticos.

“O hacker pode fazer qualquer ataque, por mais violento que seja, conseguir quebrar os firewalls [soluções de segurança] e entrar na rede da Justiça Eleitoral, mas ele nunca vai conseguir entrar na urna eletrônica”, afirmou.

Janino deixou o cargo no ano passado, em meio a ataques ferozes ao sistema eleitoral desferidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores.

Em entrevista à Folha, ele disse que teorias que inundam as redes sociais quanto à vulnerabilidade do equipamento, incluindo aquelas levantadas pelo próprio Bolsonaro, são suspeitas infundadas, sem comprovação fática e já superadas.​

Janino participou do processo de criação e de toda a evolução tecnológica das urnas eletrônicas, o que lhe rendeu nos corredores de TSE o apelido de “pai da urna”.

Autor do livro “O Quinto Ninja”, referência ao grupo do qual participou ao lado de militares na concepção do equipamento, Janino disse que não se recorda de interesse tão acentuado das Forças Armadas no tema como agora.

Fabio Serapião e Marcelo Rocha / Folha de São Paulo

Visitas e atendimentos domiciliares se destacam no elenco de serviços da Secretaria de Saúde de Ipiaú

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A Secretaria Municipal de Saúde, tem realizado dois importantes serviços aos ipiauienses com restrições de mobilidade (acamados) que necessitam de cuidados especializados em função de doenças agudas e crônicas graves, e com pacientes que têm dificuldade de locomoção ou estejam impossibilitados de ir à Unidade de Saúde da Família para receber assistência.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A visita domiciliar e o atendimento domiciliar, desenvolvidos, respectivamente, pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os profissionais da Unidade de Saúde da Família e do Núcleo de Apoio de Saúde da Família (NASF) evitam e reduzem a permanência dos pacientes nos hospitais, garantindo acompanhamento seguro e humanizado com mais comodidade.

Atribuição específica dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) a visita domiciliar tem como finalidade acompanhar todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. Essas visitas são programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes.

Já o atendimento domiciliar fica a cargo dos profissionais da Unidade de Saúde da Família (médico, enfermeiro, odontólogo, técnico de enfermagem, dentre outros profissionais) e do NASF (Núcleo de Apoio de Saúde da Família). Conforme o próprio nome sugere, consiste no atendimento ou acompanhamento dos usuários no seu local de residência. Em caso de Urgência/emergência esse atendimento é realizado imediatamente.

Exames, aplicação de medicações venosas, fisioterapia e outros procedimentos, são direcionados para pacientes de todas as idades, que necessitem de cuidados diários para recuperação de problema agudo de saúde, seja por infecções, traumas, descompensações de doenças crônicas ou pessoas com necessidade de cuidados paliativos, como pacientes com doenças terminais.

Tais procedimentos acontecem nas áreas das 14 Unidades de Saúde da Família do município. No ano de 2021 a Secretaria Municipal de Saúde realizou um total de 190.875 visitas domiciliares e 2.964 atendimentos domiciliares. Muitos outros atendimentos domiciliares já aconteceram nos meses iniciais deste ano de 2022, o mesmo ocorrendo em relação às visitas domiciliares. As duas ações são amplamente incentivadas pela prefeita Maria das Graças

A secretária municipal de Saúde, Laryssa Dias, adianta que o atendimento em domicílio realizado pelos médicos, enfermeiros e agentes comunitários da atenção básica é cada vez mais requisitado, assim como os demais serviços prestados pela sua equipe de trabalho.

”De casa em casa, nos postos de saúde, na comunidade, no comércio, nas escolas e em toda cidade a gente vai levando nosso trabalho, nosso cuidado e carinho com cada usuário do SUS. Tudo feito com amor, ética e responsabilidade”, concluiu a secretária. (José Américo Castro).

Conheça as armas usadas por Rússia e Ucrânia na guerra

Países têm origem comum soviética, mas há diferenças importantes de equipamento
Foto: Genia Savilov/AFP
Entrando em sua segunda semana, a invasão russa da Ucrânia tem um cardápio de itens a serem observados por quem é interessado em minúcias militares.

Elas podem ser resumidas no fato de que ucranianos têm usado fitas amarelas ou azuis, suas cores nacionais, nos braços, enquanto alguns russos vão com o adereço vermelho.

Os veículos blindados de Vladimir Putin são marcados com letras na carroceria. As onipresentes Z e V, não só, vão ganhando significados diários nas mãos das redes sociais do Ministério da Defesa russo. Mas o que importa é que elas, assim como as fitas coloridas, evitem o fogo amigo da tr opa.

Aqui se chega ao ponto central. Ambos os países eram a linha de frente da União Soviética, e herdaram equipamento militar comum. Até mísseis nucleares Kiev tinha quando se tornou independente em 1991, mas os devolveu a Moscou três anos depois.

Assim, muitos dos tanques e blindados que se veem em imagens de lado a lado são iguais. Ao menos por fora, claro: com um orçamento militar dez vezes maior, a Rússia tem forças mais modernas. Opera lá uma versão atualizada do antigo tanque T-72, enquanto as tropas ucranianas estão um pouco atrás.

Até aqui, contudo, essa diferença não impediu que os russos tenham enfrentado dificuldades, em especial ao não ter suprimido completamente as defesas aéreas de Kiev.

Análise de desempenho à parte, os ucranianos têm a seu favor alguns equipamentos estrangeiros próprios para a resistência que apresentam, como mísseis antitanque Javelin e antiaéreos portáteis Stinger, ambos americanos. E drones de ataque turcos Bayraktar-TB2, que já ganharam fama destruindo colunas blindadas russas no conflito.

A Rússia tem uma capacidade aérea muito superior à do vizinho, com versões mais avançadas dos caças Su-27 ou do avião de ataque Su-24.

Mas, até aqui, não tem feito uso intensivo, talvez pela ideia de evitar a derrubada e captura de pilotos, o que seria péssimo para a moral em casa.

Sua guerra se baseia nos mísseis superiores que tem, como o balístico Iskander e o de cruzeiro Kalibr, e na velha artilharia soviética em versões modernizadas. Aqui, a linha vermelha do conflito parece ser a presença do TOS-1, que lança temidos foguetes termobáricos, armas que destroem tudo com uma forte onda de pressão e fogo.

São as armas mais poderosas do cardápio russo fora do capítulo de ogivas nucleares, que se espera que sigam tabu.

Mas o serviço pesado por ora está sendo feito com modelos soviéticos mais antigos, como o Grad, usado em dezenas de guerras mundo afora, e Smerch. Ambos podem usar as perigosas bombas de fragmentação, itens proibidos na maioria dos países, mas não na Rússia e na Ucrânia, embora ambos neguem o emprego.
Igor Gielow / Folha de São Paulo

Esquerda petista fala em aliança temerária de Lula com Alckmin e eleva pressão contra chapa

 Descontentes querem submeter nome de ex-tucano à próxima reunião da cúpula partidária
Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert
Reunidos na noite desta sexta-feira (4), dirigentes de correntes da esquerda do PT decidiram levar ao diretório nacional —principal instância do partido— sua objeção à escolha do ex-governador Geraldo Alckmin como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a corrida presidencial.

Convidados a participar da reunião virtual, o deputado federal Rui Falcão (SP) e o ex-deputado José Genoino —dois ex-presidentes da sigla— criticaram a trajetória política do ex-tucano. A reunião do diretório está programada para o dia 18.

No encontro virtual desta sexta, que chegou a reunir 342 pessoas, Falcão chamou de temerária a eventual escolha de Alckmin. Escalado para integrar o conselho político de Lula, Falcão afirmou que, em São Paulo, ninguém desconhece Alckmin e que, em outros estados, já há uma noção pelo menos aproximada da devastação que foi a gestão tucana à frente do Palácio Bandeirantes.

Falcão lembrou ainda de críticas feitas por Alckmin a Lula e ao PT. Entre elas, a que destacou que, ao disputar nova eleição presidencial, Lula pretendia voltar ao local do crime.

“O que leva as pessoas a, sabedoras de tudo isso, aceitarem ou pelo menos não se manifestarem contra, em escala nacional, a essa temeridade que é escolher Alckmin para a vice de Lula?”, perguntou o deputado.

Falcão —que integra a tendência Novo Rumo— minimizou o argumento de que o que Lula quer está decidido, frequentemente lançado para se enterrar debates internos no partido.

“É contraditório o Lula não ir ao bate-papo com o [banco] BTG e trazer consigo a candidatura do Alckmin. Não vai ao BTG para não fazer concessões ao mercado, mas a candidatura do Alckmin aparece como apaziguadora das resistências do mercado, como uma espécie de carta aos brasileiros com outro nome”, afirmou Falcão.

Genoino também comparou a opção de Alckmin para a vice com uma reprodução da Carta ao Povo Brasileiro, divulgada durante a disputa de 2002 para abrandar resistências ao nome de Lula.

“Aceitar o ex-governador de São Paulo como vice do Lula é uma concessão que pode representar a segunda Carta ao Povo Brasileiro. Hoje esse equívoco seria maior porque está exigindo concessões ao modelo neoliberal”, disse.

Assim como Falcão, Genoino defendeu que uma aliança com Alckmin seja submetida à votação partidária.

Em 2002, o nome de José Alencar (PL) como vice chegou a ser rejeitado, sendo aprovado após intervenção direta de Lula e do então presidente do partido, José Dirceu.

“Nós, da esquerda petista, não temos direito à omissão, ao pragmatismo, ao medo perante às instâncias partidárias e lideranças do PT”, disse Genoino.

Segundo Genoino, essa será uma eleição dura, exigindo grande mobilização popular, um grande encantamento, um grande entusiasmo.

“No nosso entender esse tipo de campanha não comporta uma aliança com quem representou o projeto tucano em São Paulo, com quem representou o pensamento privatista, com quem representou um pensamento à direita”, afirmou o ex-deputado, a criticando uma tentativa de humanização de neoliberalismo.

O ex-deputado Renato Simões também ressaltou a falta de debate interno sobre o vice da chapa de Lula.

“Lutamos para tirar o Lula da cadeia para que ele nos lidere. Não para que nos substitua”, reclamou em alusão à concentração de decisões nas mãos de Lula.

A incompatibilidade da trajetória de Alckmin com as propostas do PT foi também lembrada por Celso Marcondes, ex-diretor do Instituto Lula.

“Podemos fazer uma ficha corrida do Alckmin que nos remete aos programas de governo. Não tem como fechar com o Alckmin e manter os pontos essenciais do programa”, disse.

Além de lembrar que o diretório nacional do PT não se reúne há dois meses, o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont disse que o partido nasceu na contramão das alianças com o que chamou de setores da burguesia.

Referindo-se a Alckmin como “esse cidadão” ou “essa figura”, afirmou que o ex-governador foi um dos maiores privatistas que passaram pelo governo de São Paulo, perguntou a que partido Alckmin se filiará e que compromissos programáticos assumirá.

“Não vejo possibilidade que essa pessoa faça uma autocrítica de sua vida política dos últimos 30, 40, anos”, disse.

A exemplo de outros participantes, o ex-prefeito admitiu o temor de Lula, se eleito, ter o mandato cassado, sendo substituído por uma pessoa sem afinidade com o programa político.

Dirigente da corrente Democracia Socialista, Joaquim Soriano afirmou que bloquear o debate dentro do PT é inaceitável. Chamou de tragédia a hipótese de ter Alckmin como vice. Ele perguntou qual será o discurso da campanha de Fernando Haddad a governador tendo Alckmin como cabo eleitoral.

“Como o Haddad vai fazer em São Paulo? Porque o Alckmin estará ao lado dele, né? Vai dizer que é um governo de continuidade, só não vai espancar professor e estudante e colocar fogo em sem-teto?”

Artífice da aliança entre Lula e Alckmin, o ex-prefeito de São Paulo foi citado como beneficiário do acordo como potencial candidato ao governo de São Paulo. Os participantes da reunião chegaram a criticar a priorização de São Paulo em detrimento de outros estados.

Catia Seabra / Folha de São Paulo

Bolsonaro: pets poderão embarcar com brasileiros na Polônia

                       Avião da FAB vai repatriar brasileiros que fogem da guerra na Ucrânia

Foto: Força Aérea Brasileira/FAB

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta sexta-feira (4) que a Força Aérea Brasileira (FAB) vai transportar os animais de estimação de brasileiros que estão em Varsóvia, na Polônia, e que serão repatriados na semana que vem em um voo que está sendo organizado pelo governo brasileiro.

"Após contato com os Ministros das Relações Exteriores e da Defesa, dei sinal verde à FAB para o embarque dos cães que acompanham aqueles brasileiros no retorno à Pátria", postou o presidente no Twitter. Os cidadãos brasileiros estão na Polônia após terem fugido da Ucrânia, país vizinho, que vem sofrendo uma invasão militar da Rússia.

A previsão é que a aeronave multimissão KC-390 Millennium parta da Base Aérea de Brasília na segunda-feira (7), com destino a Varsóvia, onde os brasileiros embarcarão de acordo com definições do Ministério das Relações Exteriores, que coordena a missão de resgate em conjunto com o Ministério da Defesa.

No voo de ida, serão transportadas 11,5 toneladas de material de ajuda humanitária a ser doado pelo Brasil. A previsão é que o KC-390 retorne ao Brasil na quinta-feira (10) pela manhã.

Edição: Fábio
Por Agência Brasil - Brasília

Fluminense enfrenta Resende buscando título da Taça Guanabara

Foto: Mailsson Santana/Fluminense
Com a possibilidade de conquistar a Taça Guanabara do Campeonato Carioca de forma antecipada, o Fluminense enfrenta o Resende, a partir das 16h (horário de Brasília) deste sábado (5) no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

O Tricolor das Laranjeiras chega muito animado à partida, em especial após alcançar a ótima sequência de 10 vitórias consecutivas (entre elas os triunfos nos clássicos contra Flamengo, Vasco e Botafogo, e nos jogos contra o Millonarios na Libertadores).
Foto: Mailsson Santana/Fluminense
E o próximo desafio do Fluminense pela competição continental (contra o Olimpia [Paraguai], na próxima quarta [9], a partir das 21h30, no estádio Nilton Santos pela terceira fase prévia da Libertadores) certamente influenciará a forma como o técnico Abel Braga escalará a sua

A expectativa é que o treinador opte por uma equipe alternativa, como fez no último domingo no clássico com o Vasco, que terminou com vitória de 2 a 0. Um dos jogadores que pode ter oportunidade nesta partida é o colombiano Jhon Arias, um dos destaques do Tricolor na temporada com três gols marcados.

“Sempre que tenho a oportunidade procuro fazer o melhor que posso. Sinto que posso jogar e estou à disposição para quando precisarem de mim”, declarou o meia-atacante, que tem sido um pedido constante da torcida na equipe titular.

Para garantir o título antecipado da Taça Guanabara, a equipe comdada por Abel Braga (que ldiera a competição com 24 pontos) precisa de uma vitória simples sobre o Resende, equipe que ocupa a quinta posição com 12 pontos e que ainda sonha com uma classificação para as semifinais.
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

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