Guerra na Ucrânia: cessar-fogo fracassa, e Rússia segue atacando cidades do país; veja tudo sobre o 11º dia

Guerra fogo de cinco horas para retirada de civis de duas cidades

Um novo cessar-fogo temporário de 11 horas foi anunciado em Mariupol, uma cidade portuária no sul da Ucrânia, das 10h às 21h, horário local (05h às 16h, no horário de Brasília), de acordo com o conselho da cidade.

Os civis poderão deixar a cidade ao longo de uma rota acordada a partir das 12h, hora local (7h em Brasília).

Um plano semelhante anunciado no sábado (5/3) fracassou logo após ser anunciado, por conta de novos bombardeios. A Rússia acusou "nacionalistas" ucranianos de quebrar o cessar-fogo. Já o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia culpou a Rússia, acusou o país de seguir com a ofensiva em uma "violação grosseira dos acordos sobre a abertura de corredores humanitários".

Apenas 400 pessoas deixaram Volnovakha e assentamentos próximos durante o curto cessar-fogo, segundo autoridades ucranianas. O plano inicial era evacuar mais de 15 mil civis da cidade.

Volnovakha tem apenas 25 mil pessoas e fica localizada no meio do caminho entre Mariupol e Donetsk.

Os moradores de lá disseram ao Guardian que quase todos os prédios foram destruídos ou danificados pelas forças russas.

O deputado local Dmytro Lubinets disse que a luta foi tão intensa que os corpos não foram recolhidos.

O governador regional Pavlo Kyrylenko disse que, "embora tivéssemos a intenção e o transporte necessário para levar muito mais pessoas, tivemos que parar o movimento da coluna porque os russos mais uma vez começaram a bombardear Volnovakha sem piedade, e era muito perigoso se locomover por lá".

Veja a seguir os principais acontecimentos mais recentes da guerra.

Batalhas continuam em outras cidades da Ucrânia

Fortes bombardeios foram relatados em Irpin - uma cidade nos arredores do noroeste de Kiev.

Um grande número de civis está fugindo por uma travessia improvisada que atravessa um rio, porque a
Ponte foi destruída em Irpin
         Civis estão fugindo por uma travessia improvisada
 Pesados bombardeios atingiram Kharkiv e Sumy, no leste, durante a noite

Os combates pesados a noroeste da capital Kiev, em torno do principal aeroporto Hostomel, continuaram no sábado

As forças russas persistem nas tentativas de cercar Kiev, que, junto com Kharkiv, permanece sob controle ucraniano, apesar do pesado bombardeio

As cenas em Markhalivka após ataques aéreos

Pelo menos seis pessoas - incluindo uma criança - foram mortas em um ataque aéreo russo em uma vila rural na região de Kiev, na sexta-feira , segundo autoridades ucranianas.


Escrevendo no Facebook ontem, a polícia disse que mais dois adultos e mais duas crianças também foram hospitalizados no bombardeio na vila de Markhalivka, a cerca de 10 km dos arredores da capital Kiev.
Essas fotos mostram a devastação no local hoje, quando os moradores começaram a limpar os escombros.



Fotos: GETTY IMAGENS
https://www.bbc.com/portuguese/internaciona

Acidente na Praça Salvador da Matta envolve quatro veículos

Foto: Giro Ipiaú

Quatro veículos sofreram danos em um acidente por volta das 21h desse sábado (05), na Praça Salvador da Matta, antiga Praça da Feira, no centro de Ipiaú. O acidente foi provocado por um automóvel modelo Corsa, conduzido por Josimar, proprietário do veículo.

Foto: Giro Ipiaú

Ele conta que perdeu o controle da direção após uma das rodas cair em um buraco. O impacto teria causado o rompimento do pivô da direção. O corsa atingiu uma das rodas traseiras de uma picape Touro, capotando em seguida.

Foto: Giro Ipiaú

Após a colisão, a Toro avançou e colidiu na traseira de um trolete acoplado em um automóvel modelo Pálio que acabou atingindo uma motocicleta. Todos esses três veículos estavam estacionados e pertencem a família proprietária de um supermercado.

Foto: Giro Ipiaú

Testemunhas contaram que o Corsa não estava em alta velocidade e que o seu capotamento foi como em câmera lenta. O condutor sofreu apenas arranhões, principalmente em um dos pulsos. O motorista revelou que esse foi o segundo capotamento que ele sofre com esse mesmo veículo. A Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência. (Giro Ipiaú)

Itagibá: Motociclista morre após veículo colidir com animal na BA-650

Foto: Redes Sociais 
O condutor de uma motocicleta morreu após o veículo colidir com um equino na BA-650, trecho entre a cidade de Itagibá e Dário Meira, na noite desse sábado (05). A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O homem foi identificado como Leone de Souza Andrade, de 33 anos. Ele era de Itagibá e atualmente residia na zona rural do município. Leone deixa esposa e um casal de filhos. O animal causador do acidente sobreviveu. A morte de Leone causa consternação e revolta na comunidade itagibense com o recorrente caso de acidente provocados por animais na pista. O Departamento de Polícia Técnica foi acionado para remover o corpo e encaminhar para o IML em Jequié. (Giro Ipiaú)

Carro cai em valeta de esgoto do bairro ACM

Foto: Giro Ipiaú

Na manhã desse domingo (06) moradores Residencial ACM encontraram um carro caído dentro da valeta da rede de esgoto do bairro, ao lado de uma grande manilha. Nossa reportagem esteve no local, mas nenhum dos moradores ouvidos souberam informar o horário do acidente e a quem pertence o veículo.
Foto: GiroIpiaú
Especula-se que o carro modelo Grand Siena tenha caído no local entre o final da noite de sábado e madrugada desse domingo. Também não há informações se houve feridos. No local onde o veículo caiu está sendo realizada a obra de drenagem de águas pluviais do bairro que sofre há vários anos com as enchentes. (Giro Ipiaú)

Lula soma vitórias 1 ano após STF liberar candidatura; entenda a situação do petista

Foto: Reprodução/

Em decisão inesperada há um ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou as condenações do ex-presidente Lula (PT) na Lava Jato, devolvendo os direitos políticos ao petista e mudando completamente o xadrez da eleição presidencial de 2022.

Desde então, Lula acumulou vitórias nos tribunais, sendo a mais significativa a ocorrida logo depois, com o julgamento da corte que declarou que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao conduzir procedimentos em Curitiba.

Outro marco simbólico para o petista ocorreu na última semana, quando o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a única ação penal ainda ativa contra o ex-presidente, que tramitava em Brasília, da Operação Zelotes.

Com o arquivamento de acusações e a declaração de prescrição de casos, hoje é improvável que Lula volte a ser condenado criminalmente na Lava Jato e operações relacionadas. O ex-presidente permaneceu preso por 580 dias entre 2018 e 2019 em decorrência de sentença do caso tríplex de Guarujá (SP). À época, foi solto graças a decisão do Supremo que reviu prisões de condenados que estejam recursos pendentes em instâncias superiores.

A disputa acerca dos casos tem deixado os tribunais e migrado para a arena política, com o lançamento das pré-candidaturas de dois símbolos da Lava Jato: Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, ambos filiados ao partido Podemos.

Lula e o PT comemoram as decisões afirmando que a Justiça reconheceu que houve perseguição. Apoiadores da Lava Jato dizem que os arquivamentos refletem a existência de brechas no Judiciário e não são um atestado de inocência.

A contenda de narrativas deve ter novos capítulos no pleito deste ano, quando Lula e Moro devem se enfrentar. O ex-presidente lidera todas as pesquisas eleitorais, à frente do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

A REVIRAVOLTA

Em 8 de março de 2021, Edson Fachin decidiu de maneira individual anular as duas sentenças expedidas contra Lula em Curitiba e enviar os casos para a Justiça Federal no DF.

Fachin argumentou em decisão que não havia ligação direta daquelas acusações com a Petrobras —requisito que fixava os casos da Lava Jato na Vara Federal paranaense. Outras duas ações penais que ainda estavam em tramitação no Paraná também foram incluídas na ordem.

O ministro citou em sua decisão precedentes do Supremo nesse sentido que haviam beneficiado outros réus antes do petista. Com a anulação das condenações nos casos do tríplex e do sítio de Atibaia, Lula deixou de ser ficha-suja, fator que havia barrado sua participação nas eleições presidenciais de 2018.

A medida de Fachin seria posteriormente confirmada por seus colegas na corte.

À época, no entanto, a decisão do ministro era vista como um modo de ele evitar que a corte julgasse outro pedido do ex-presidente Lula, de consequências mais amplas: a declaração de parcialidade de Moro à frente de casos da Lava Jato.

Fachin entendia que, com a anulação dos casos no Paraná, o julgamento sobre a conduta de Moro havia perdido objeto. A tese não vingou.

JUIZ DECLARADO PARCIAL

Mesmo com a oposição de Edson Fachin, o julgamento sobre a imparcialidade de Moro foi adiante no STF por iniciativa do ministro Gilmar Mendes, um dos principais críticos do ex-juiz.

A sessão sobre o assunto começou logo no dia seguinte à anulação das condenações. Gilmar e o colega Ricardo Lewandowski votaram por declarar Moro suspeito. Após pedido de vista, o julgamento foi concluído no dia 23 de março, com o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia. Ela mudou posicionamento declarado em 2018 e também votou contra o ex-juiz paranaense.

Os ministros entenderam que um conjunto de atitudes mostrou que Moro agia de modo parcial. Foram incluídos no rol a interceptação telefônica de advogados, a divulgação de trechos de delação do ex-ministro Antônio Palocci nas vésperas da eleição de 2018 e a liberação de áudios de conversas com a ex-presidente Dilma Rousseff.

Recurso contra essa decisão acabou levado ao plenário do Supremo, onde votam os 11 integrantes da corte. O julgamento só foi encerrado em junho, com o placar de 7 a 4 a favor da tese de Lula.

As mensagens de procuradores no aplicativo Telegram, hackeadas em 2019, foram citadas nos votos de Gilmar e Lewandowski, embora o Supremo até hoje não tenha decidido quanto à validade do uso delas em julgamento.

AS PRESCRIÇÕES

Após as decisões do STF, os processos foram enviados do Paraná para o Distrito Federal. Os procuradores no DF podiam pedir a revalidação das denúncias elaboradas anteriormente pela força-tarefa de Curitiba.

A iniciativa da acusação não prosperou no caso do sítio de Atibaia (SP), que havia sido sentenciado no Paraná pela juíza substituta Gabriela Hardt.

Em agosto, a juíza Pollyana Kelly Alves, da 12ª Vara Federal do DF, rejeitou a denúncia reapresentada pelo Ministério Público. Considerou que a Procuradoria deixou de readequar a acusação em consonância com as decisões do Supremo e que o caso prescreveu.

Ela não se manifestou sobre o mérito das acusações, ou seja, se os denunciados eram culpados ou não.

A prescrição ocorre quando o Estado perde a possibilidade de punir devido ao tempo decorrido desde os fatos ou desde o início do processo.

No crime de corrupção, esse intervalo é de 16 anos. No caso do ex-presidente, a contagem do prazo cai pela metade por ele ter mais de 70 anos de idade.

A outra declaração de prescrição ocorreu no mais importante dos processos do ex-presidente na Lava Jato, o do tríplex. Foi devido a essa ação penal que o petista foi preso em 2018.

Em dezembro passado, a Procuradoria no DF afirmou em manifestação à Justiça que não haveria como reapresentar a denúncia devido à prescrição dos fatos. Pouco mais de um mês depois, a juíza Pollyana Kelly Alves confirmou o entendimento e mandou arquivar o caso.

‘ÁRVORE ENVENENADA’

A declaração de parcialidade de Moro não provocou efeitos só sobre as duas sentenças expedidas por ele e por Gabriela Hardt.

Outros casos que tramitavam fora do Paraná também foram afetados pela anulação de provas que tinham sido obtidas a partir de decisões do ex-juiz.

A única ação penal aberta contra Lula em São Paulo foi um deles. Acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região a respeito citou a tese dos “frutos da árvore envenenada”. Essa figura é usada no direito para ilustrar a necessidade de anulação de atos expedidos em decorrência de uma medida anterior com vícios.

Esse processo abordava doações da empreiteira ARG, que possuía negócios em Guiné Equatorial, ao Instituto Lula.

Em setembro, o juiz federal no DF Frederico Botelho Viana mandou trancar outra ação penal, que tramitava desde 2019 contra Lula e que tratava de negócios da Odebrecht. Também houve reflexos da decisão que invalidou as provas em investigação com a atuação de Moro.

“Tal circunstância minguou a estrutura argumentativa inicial da imputação realizada nesta ação penal”, escreveu o juiz Viana.

ARQUIVAMENTOS DE INVESTIGAÇÕES

Também no caso de investigações que estavam em aberto houve desdobramentos da anulação das provas obtidas a partir de ordem de Moro. Um exemplo é o inquérito que apurava negócios de um dos filhos de Lula, Fábio Luís, com a telefônica Oi. A investigação, que se converteu na 69ª fase da Lava Jato, em 2019, foi arquivada em janeiro porque tinha partido de elementos considerados nulos.

Também houve o arquivamento de inquérito sobre o não pagamento de impostos nas reformas no tríplex e no sítio.

Decisão favorável ao ex-presidente também ocorreu em caso que não envolveu a declaração de parcialidade de Moro. Uma investigação aberta a partir de um trecho da delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, sobre suposto tráfico de influência no exterior, foi arquivada no ano passado.

AS ABSOLVIÇÕES

Lula chegou a ser réu, não de maneira simultânea, em 11 ações penais no Paraná, DF e São Paulo.

As absolvições de fato do ex-presidente já haviam começado antes mesmo da chamada Vaza Jato, a divulgação de diálogos dos procuradores que abalou a credibilidade da operação.

Em 2018, a Justiça Federal arquivou ação penal na qual Lula era acusado de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O processo surgiu a partir da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.

Em 2019, a Justiça Federal também decidiu absolvê-lo sumariamente no caso do chamado “quadrilhão do PT”, em que líderes petistas eram acusados de integrar organização criminosa. A ex-presidente Dilma também foi beneficiada dessa decisão.

Um ano depois, houve o trancamento de ação penal em que Lula era acusado de receber propina para influenciar contratos firmados entre o BNDES e a Odebrecht em Angola.

Já após a anulação das sentenças por Fachin, houve absolvição em um dos casos da Operação Zelotes, em que era acusado de beneficiar montadoras na edição de uma medida provisória, em troca de benefícios ao PT.

A DECISÃO DE LEWANDOWSKI

Na última quarta-feira (2), o ministro Lewandowski decidiu suspender a tramitação de ação penal a qual Lula respondia no DF junto com seu filho mais novo, Luís Cláudio.

Era a última ação penal contra o petista que ainda não havia sido suspensa, trancada, anulada ou que houvesse a absolvição pela Justiça.

Esse processo trata da compra de caças suecos pelo governo brasileiro e aborda repasse a Luís Cláudio de R$ 2,55 milhões de um escritório apontado como sendo de lobistas. A acusação afirma que o filho apresentou textos tirados da internet para provar que produziu relatórios em atividade de consultoria.

No ano passado, com base nas mensagens dos procuradores, a defesa questionou a atuação do Ministério Público também nesse caso, falando em conluio com os integrantes da força-tarefa no Paraná.

Lewandowski concordou com os argumentos. Citando trechos dos diálogos, disse que os procuradores “agiam de forma concertada”, para urdir a acusação de forma artificiosa.

DESDOBRAMENTOS AINDA PENDENTES

O caso da Operação Zelotes ainda precisará ser analisado pelos demais ministros da corte. Em tese, poderá voltar a tramitar e ser sentenciado.

Houve decisão recente do Supremo também em outra antiga pendência judicial do ex-presidente: a ação que tramitava em Curitiba referente à compra, pela Odebrecht, de um terreno para o Instituto Lula.

Esse caso também foi enviado para o DF em 2021 e teve o andamento suspenso por Lewandowski.

Em fevereiro, o ministro e os colegas Gilmar Mendes e Kássio Nunes Marques votaram por barrar provas do acordo de colaboração da Odebrecht nessa ação.

Lewandowski, entre outros argumentos, afirmou que Moro atuou na “recepção do acordo de leniência celebrado pela Odebrecht, como prova de acusação”.

Com a anulação dos atos de Moro e a retirada da delação, essa ação também tende a ficar esvaziada.

Há ainda outro caso com origem em Curitiba e que não teve decisão definitiva de arquivamento. Ele trata de doações da Odebrecht ao Instituto Lula e havia sido iniciado no Paraná em 2020, já após a exoneração de Sergio Moro.

Em 2021, Lewandowski também determinou a suspensão da tramitação no DF.

Felipe Bächtold / Folha de São Paulo



Defensores da candidatura de Eduardo Leite dizem que ele agrega mais partidos do que Doria

Foto: Divulgação/Assessoria João Doria

Defensores da candidatura presidencial de Eduardo Leite, seja pelo PSDB ou pelo PSD, apontam que ele teria mais facilidade de agregar apoios do que o governador de SP, João Doria.

Segundo um dos seus principais apoiadores entre os tucanos, o atual governador do Rio Grande do Sul teria condições bem mais favoráveis para juntar o União Brasil e o MDB em uma eventual coligação eleitoral.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo

Brasil registra 645 mortes por Covid e 55.821 casos em 24 horas

Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress
O Brasil registrou 645 mortes por Covid e 55.821 casos da doença, neste sábado (5). Com isso, o país chega a 651.988 mortes e 29.030.136 casos registrados de Covid-19 desde o início da pandemia.

As médias móveis de mortes e de casos permanecem em queda, em relação aos dados de duas semanas atrás. A média de óbitos agora é de 428, redução de 49%, e a de infecções é de 41.006, queda de 60%.

O recurso estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados, é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 20 estados.​

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022.

Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 378.416 doses de vacinas contra Covid-19, neste sábado. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 50.133 primeiras doses, 99.752 segundas doses. Além disso, foram registradas 536 doses únicas e 227.995 doses de reforço.

Ao todo, 172.990.867 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Já são 155.727.963 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. ​ Quanto às doses de reforço, foram aplicadas 65.963.437.​

Assim, o país já tem 80,53% da população com a 1ª dose e 72,49% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen, e 30,70% da população com reforço vacinal.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 46,91%. Na mesma faixa etárias, 1,40% receberam a segunda dose ou a dose única.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 86,43% recebeu uma dose e 77,80% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​
Folha de S. Paulo

Onda de mulheres vices reflui, e eleitas em 2018 traçam novos planos para 2022

Foto: Reprodução/Instagram

Quatro anos depois de uma onda que abriu espaço para uma presença recorde de mulheres em disputas majoritárias, as eleições de outubro indicam que haverá menos espaço para candidaturas femininas aos cargos mais importantes em disputa em 2022.

No ano em que a conquista do voto feminino no Brasil completa 90 anos, o país vive um panorama de maior pragmatismo dos partidos, o que fortalece a aposta em nomes da política tradicional, em sua maioria homens, para a disputa nacional e também nos estados.

O principal sintoma do menor espaço está nas vice-governadoras. Das sete que foram eleitas em 2018, nenhuma vai concorrer ao mesmo cargo este ano. Duas são cotadas para concorrer a governos estaduais, mas sem garantia de apoio aos seus nomes pelas coalizões nos estados.

O avanço do número de vices há quatro anos aconteceu na esteira da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que definiu que ao menos 30% do fundo público de financiamento de campanhas deve ir para candidaturas femininas. Naquele ano, foram 67 candidatas a vice, contra 45 em 2014.

Para os demais cargos majoritários, a situação não é diferente. Até fevereiro, foram lançadas ao menos 24 pré-candidaturas a governos estaduais, mas apenas 10 dentre os maiores partidos do Congresso. Para o Planalto, são pré-candidatas a senadora Simone Tebet (MDB) e a líder sindical Vera Lúcia (PSTU).

Única governadora eleita em 2018, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, concorrerá à reeleição. Também são cotados nomes como os da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), em Pernambuco, e o da ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), em Roraima.

Dentre as vice-governadoras, Izolda Cela deve assumir o governo do Ceará em abril, com a renúncia do governador Camilo Santana (PT) para concorrer ao Senado. Mesmo com a missão de completar o mandato, ela ainda disputa com outros três postulantes a pré-candidatura ao governo do estado pelo PDT.

De perfil técnico e com uma trajetória ligada à educação, Izolda começou a ganhar força nos últimos dias, sobretudo por um nome que enfrentaria menos resistência da ala do PT cearense que defende candidatura própria em detrimento da manutenção da aliança com o PDT.

Não é o caso de Lígia Feliciano (PDT), da Paraíba, que adotou nos últimos meses um discurso de oposição ao governador João Azevêdo (PSB), candidato à reeleição. Apesar de se assumir como candidata ao governo, está isolada politicamente frente aos três principais grupos políticos do estado.

Assim como Izolda Cela, a vice-governadora do Piauí, Regina Sousa (PT), também deve assumir o comando do governo do estado em abril com a renúncia do governador Wellington Dias (PT) para ser candidato ao Senado.

Mas Regina não é cotada para concorrer à sucessão: o PT escolheu o secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, como pré-candidato ao governo, em uma chapa que deve ter outro homem, o deputado estadual Themístocles Filho (MDB), como candidato a vice.

À Folha Regina celebra a provável ascensão ao cargo de governadora em abril e diz que não pleiteou concorrer à sucessão por uma decisão pessoal: “Se quisesse concorrer, teria apoio. Mas não tenho mais muito apetite para fazer política”.

As articulações em curso devem resultar em uma chapa sem presença feminina, ao contrário de 2018 e 2014, quando Wellington Dias teve mulheres como vice. Para Regina Sousa, o cenário é resultado das negociações para manter a aliança que sustenta o governo petista no Piauí.

“Pesa essa questão da coalizão. Não é uma coisa simples, e às vezes, a gente perde espaços. Ninguém governa sozinho”, diz.

Das outras quatro vice-governadoras eleitas em 2018, ao menos três anunciaram que são candidatas a deputada federal, a despeito de poderem legalmente concorrer ao mesmo cargo. São elas Eliane Aquino (PT), de Sergipe, Daniela Reinehr (PL), de Santa Catarina, e Jacqueline Moraes (PSB), do Espírito Santo.

Luciana Santos (PC do B), vice-governadora de Pernambuco, é pré-candidata ao Senado. Mas sua candidatura ainda depende de um consenso na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB), que tem outros pré-candidatos ao cargo.

Presidente nacional do PC do B, ela afirma que seu partido dá espaço e valoriza candidaturas de mulheres para cargos majoritários. Por outro lado, lembra que a escolha para candidaturas de governador e senador, por exemplo, são fruto de ampla composição de diferentes forças políticas.

“Quanto mais ampla a frente, mais a subjetividade do machismo se apresenta e, portanto, há mais dificuldade para viabilizar as mulheres em posições de candidaturas majoritárias”, afirma.

Apesar de reconhecer o crescimento da presença de mulheres nas majoritárias em 2018, Luciana destaca que será difícil repetir este cenário nas eleições de outubro.

“Estamos em um ambiente de muitos retrocessos sob a presidência de Bolsonaro, há uma ausência completa de políticas que promovam o papel da mulher. O cenário não é muito alvissareiro em função desse retrocesso”, diz.

Eliane Aquino (PT), vice-governadora de Sergipe, tem uma avaliação semelhante. Ela diz que falta continuidade na trajetória política de parte das mulheres que assumem cargos eletivos, resultado da falta de espaço em ambientes de decisão nos partidos.

“A mulher ocupar a posição de vice em uma chapa majoritária é importante. Mas daí para chegar nos espaços centrais de poder é outra luta”, diz Aquino, que se lançou pré-candidata a deputada federal.

Primeira vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes (PSB) também vai disputar um assento na Câmara dos Deputados –segundo ela, esse é o “trajeto normal” dos vice-governadores no estado.

Ex-camelô e ex-vereadora, Jacqueline também reforça que, historicamente, os partidos políticos não dão espaço às mulheres. Em 2016, idealizou a campanha Não Seja Laranja, que condena práticas que colocam a mulher como uma espécie de figurante do processo eleitoral e político. Em 2019, a Folha revelou a existência esquemas de candidaturas laranjas nos estados de Pernambuco e Minas Gerais.

Para Jacqueline Moraes, ainda há uma série de obstáculos a serem superados. “Assumi o governo três vezes nesses últimos quatro anos e sempre escutei coisas do tipo ‘a senhora vai dar conta?’, ‘a senhora tem medo?’ como se fosse uma incapacidade. Existe o conceito de que a mulher não dá conta do recado e esse é um estereótipo que precisamos quebrar”, diz ela.

No campo bolsonarista, deve ser candidata a deputada federal a vice-governadora de Santa Catarina Daniela Reinehr (PL), rompida com o governador Carlos Moisés (sem partido) desde 2020.

Professora da Universidade Federal de Pernambuco, a cientista política Priscila Lapa reforça que a consolidação de um ciclo político conservador entre 2019 e 2022 tende a deixar em segundo plano a pauta da participação das mulheres na política.

“A gente vinha numa crescente das agendas femininas, seja com mais mulheres candidatas, seja com candidaturas mais competitivas. Mas em 2022 devem prevalecer pautas mais pragmáticas. A variável do voto feminino perde fôlego em comparação com 2018”, avalia.

Por outro lado, ela destaca que o bolsonarismo abriu espaços para a ascensão de mulheres no campo conservador, caso da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), que deve ser candidata ao Senado.

“É um perfil de candidata que defende que a mulher na política não necessariamente representa o rompimento com a tradição”.

Victoria Azevedo e João Pedro Pitombo / Folha de São Paulo

Fomos traídos por Putin com essa guerra, acusa magnata russo das motos

© Getty Images

ARTHUR CALDEIRA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O CEO da MV Agusta, Timur Sardarov, divulgou uma carta aberta à imprensa, na qual critica a invasão da Ucrânia pela Rússia e se diz traído pelo governo de Vladimir Putin. O empresário russo também tem publicado críticas ao conflito em suas redes sociais.

"Para mim, como russo, é a maior tragédia dos meus 40 anos de existência. Nunca pensei que me sentiria tão traído pela ação do meu próprio país", diz um trecho da carta.

Sardarov, que assumiu a MV Agusta em 2018, vem de uma família de oligarcas bem estabelecidos em seu país natal e é a figura russa mais proeminente na indústria de motocicletas.

O magnata afirma que tem muitos amigos na Ucrânia e, durante toda sua criação e de acordo com a educação que recebeu de seus pais aprendeu que as duas nações eram irmãs muito próximas. "Toda a minha família está chocada, todas as pessoas que conheço estão chocadas, com raiva e se sentem traídas", afirma Sardarov.

A cobertura da guerra feita pela mídia russa e ocidental também foi alvo de críticas por parte do empresário, que considerou a retórica polarizada. "Acredito que a maioria dos russos também sente o mesmo. Os russos são uma nação muito orgulhosa e em nossa história ninguém nos traiu mais do que este regime liderado por Putin", em mais uma crítica ao governo do seu país.

Sardarov encerra o comunicado dizendo que está rezando pelo povo ucraniano e também pelos jovens soldados russos que, segundo ele, "foram jogados neste conflito de matança de irmãos".Além da reação do CEO da MV Agusta, a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) já havia anunciado o cancelamento da 7ª etapa do Campeonato Mundial de Motocross 2022, que seria realizado em Orlyonok, na Rússia.

Segundo a FIM, devido à situação atual, não é possível realizar o Grande Prêmio previsto para 1º de maio na cidade russa. Em breve, a federação deverá anunciar uma etapa substituta.

Sem candidato ao governo, articulação governista joga toalha em relação à atração do MDB

 Ex-secretário Fábio Villas-Boas, considerado uma das prioridades na eleição de deputado do grupo governista, pode ir para outro partido

Foto: Divulgação/Arquiv

Premida pela indefinição da chapa governista, a articulação política do governo dá sinais de que jogou a toalha em relação à atração do MDB para a base e a campanha à sucessão estadual.

Ontem, prepostos do grupo passaram a procurar uma outra legenda à qual filiar o ex-secretário estadual de Saúde Fábio Villas-Boas, que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

A preferência é por um partido que possa integrar a federação partidária, na qual as chances de eleições são consideradas mais seguras por todos.
Política Livre

Zelenski pede ajuda dos EUA para conseguir caças russos para combater Moscou

Foto: AFP

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, realizou uma reunião por vídeo com senadores dos Estados Unidos e pediu ajuda para conseguir aviões para sua Força Aérea.

O líder ucraniano “fez um pedido desesperado para que países europeus providenciem aviões russos para a Ucrânia”, disse Chuck Schumer, líder da maioria do Senado, sobre a reunião que aconteceu neste sábado (5).

“Farei tudo que eu puder para ajudar”, completou o democrata, em um comunicado. Mais de 280 senadores estiveram presentes na conversa.

Não está claro, porém, como Washington pode auxiliar na transferência dessas aeronaves russas, que teriam que vir de países europeus que já disponham delas.

É possível, por exemplo, que os EUA ajudem a Ucrânia a pagar por elas. Ou então providenciem caças de reposição para os países aliados que cederem os aviões.

Zelenski também pediu que seja implementada uma área de exclusão sobre o espaço aéreo ucraniano, mas até agora os EUA e a Otan (aliança militar do Ocidente) negaram tal demanda, temendo aumentar as tensões com Moscou.

Senadores publicaram mensagens de apoio ao ucraniano após a conversa, como Marco Rubio e Lindsey Graham, ambos do partido Republicano.

O líder da minoria, Mitch McConnell (também republicano), está trabalhando junto ao democrata Schumer para conseguir auxílios para a Ucrânia, afirmou uma fonte com conhecimento sobre a reunião.

O pacote incluiria um total de US$ 10 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) em ajuda econômica, humanitária e de segurança.

Folha de S. Paulo

Premiê de Israel fala com Putin, Zelenski, Scholz e Macron para discutir guerra da Ucrânia

Foto: Mikhail Klimentiev e Jack Guez/AFP

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, fez neste sábado (5) uma rodada de conversas com alguns dos líderes que protagonizam a guerra da Ucrânia.

Presencialmente, em Moscou, encontrou-se com o russo Vladimir Putin. Depois, por telefone, falou com o ucraniano Volodimir Zelenski. Na sequência, voou para Berlim para se reunir com o alemão Olaf Scholz. Mais cedo, antes de ir à Rússia, Bennett conversou com o francês Emmanuel Macron.

Israel, lar de uma população substancial de imigrantes russos, ofereceu-se para mediar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia —embora as autoridades tenham minimizado as expectativas de um avanço nas negociações.

Apesar de ser aliado dos Estados Unidos, ter condenado a invasão russa, expressado solidariedade a Kiev e enviado ajuda humanitária à Ucrânia, Israel afirmou que manterá as conversas com Moscou na esperança de ajudar a aliviar a crise.

Além disso, o país do Oriente Médio está atento ao apoio militar de Moscou ao ditador Bashar al-Assad na vizinha Síria, onde Israel ataca regularmente alvos militares iranianos e do Hizbullah. O contato com Moscou evita que forças russas e israelenses se ataquem por acidente.

De acordo com o porta-voz de Bennett, que segue a religião judaica, o premiê não violou o descanso sagrado do sábado ao viajar a Moscou e conversar com outros líderes porque o judaísmo prevê exceções quando o objetivo é preservar a vida humana.

Folha de S. Paulo

China espera o butim enquanto velocidade da guerra na Ucrânia agonia Rússia e Ocidente

Foto: Alexei Drujinin/AFP
Nesses dez dias que abalaram o mundo, roubando aqui o título do clássico de John Reed sobre o golpe revolucionário bolchevique de 1917, muitas verdades de consumo instantâneo surgiram sob as lagartas dos tanques de Vladimir Putin na Ucrânia.

Uma das mais repetidas é a suposta ressurreição da Otan, a aliança militar ocidental criada em 1949 para deter o rolo compressor de Stálin sobre as ruínas europeias. Suposta pois, como aliança militar, a Otan não cumpre seu objetivo de fundação. Mostra-se fraca e insegura.

A definição é de quem está com as bombas sobre a cabeça, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. Ele se queixava de que o clube não havia topado fazer uma zona de exclusão aérea sobre seu país, o que colocaria ocidentais e russos um na mira do outro.

Para o mundo, claro, é melhor que seja assim: uma Otan que fosse inclinada a agir militarmente nos garantiria uma Terceira Guerra Mundial, o que dá a Putin uma vantagem de saída algo assustadora. E mesmo esse risco segue no radar, a depender da leitura que o russo fizer de movimentos como o envio de armas ofensivas para Kiev ou mesmo de sanções mais duras, como ele já ventila.

Por ora, os EUA, secundados pelos aliados, apostam na Primeira Guerra Mundial das Sanções, com o isolamento sem precedentes da Rússia do sistema internacional. É um cabo de guerra. Até agora, por toda a destruição prevista de sua economia e talvez base de apoio interna, Putin não piscou.

Mesmo quando associou as sanções a atos de guerra, na sexta (4) e no sábado (5), ele o fez desdenhando do efeito até aqui. Mas se a carestia vertical na sociedade, dos oligarcas bilionários aos moradores dos rincões russos, apertar, como tudo indica que irá, a ideia de um presidente acuado com armas nucleares não soa confortável.

Seja como for, a esta altura, sua campanha, problemática como está sendo para ele por não ter quebrado Kiev de forma rápida, prossegue num crescendo de violência.

A perspectiva de um conflito mais longo apavora a todos. Ucranianos, pelo evidente sofrimento de sua população. O Kremlin, por abrir a porta para a exaustão militar que obrigue a escaladas de violência que podem ou não condizer com seu objetivo —que é sempre presumido. Ninguém sabe até onde Putin irá.

O Ocidente, pois sem uma derrota rápida de Putin os efeitos da quimioterapia das sanções começarão a afetar o paciente como um todo. Há sinais disso aqui e ali, e quando o jogo chegar, de fato, aos setores de hidrocarbonetos, será mais fácil mensurar o estrago fora da Rússia.

Sujeito oculto desse jogo, a China mira o distanciamento. Quando tudo acabar, se não for com o apocalipse, será o principal ator a observar. Aliado de Putin, a quem abraçou como irmão numa cruzada contra as pressões ocidentais, Xi Jinping tem se mantido discreto.

Não condenou a guerra e criticou as sanções, como seria óbvio, mas tem adotado uma linha de buscar ponderação. Olhou de lado quando foi acusado de saber do conflito e ter pedido seu adiamento devido aos Jogos de Inverno de Pequim, encerrados quatro dias antes da primeira explosão.

Xi está tomando nota das lições que vê, e Washington resolveu desenhar ao reunir o Quad nesta semana. A aliança com Japão, Índia e Austrália lembrou os chineses que a reação à invasão é um modelo a ser seguido no caso de Taiwan, a ilha que Pequim vai tentar reabsorver.

À falta de sutileza se soma o fato de que a China teria muito mais a perder do que a Rússia num embate desses. Se alguma acomodação entre a ditadura e os EUA sairá desse entrechoque, que no outro extremo verá um mundo dividido em blocos e os russos no colo dos chineses por falta de opção, é algo a ver.

Mas as condições de navegabilidade para Xi são razoáveis enquanto aguarda o butim, até porque o Ocidente não sairá bem dessa crise por mais que se venda como unido nas telas de TV e celular.

Igor Gielow / Folha de São Paulo

Bahia tem 4.346 casos ativos de Covid-19; 21 óbitos são registrados

Foto: Carol Garcia/GOVBA/Arquivo

O boletim epidemiológico deste sábado (5) registra 4.346 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.585 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,11%) e 1.992 recuperados (+0,14%) e mais 21 óbitos. Dos 1.508.971 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.475.268 já são considerados recuperados e 29.357 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.770.588 casos descartados e 326.345 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 62.287 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Vacinação

Até o momento temos 11.417.740 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.394.008 com a segunda dose ou dose única e 3.889.176 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 618.394 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 14.557 já tomaram também a segunda dose.

Em oposição a Rui e Wagner, bases petistas lançam “Movimento por candidatura própria do PT” em plenária

Foto: Divulgação/Arquivv

Indignadas com as informações de que o governo já teria feito maioria para aprovar o apoio à candidatura ao governo do senador Otto Alencar (PSD) na executiva estadual do PT, correntes e militantes da legenda que se auto-declaram independentes decidiram lançar mão de um ato político cujo objetivo é assegurar exatamente o contrário: o lançamento de uma candidatura própria pelo partido.

Trata-se de uma plenária, com a presença de diretórios municipais, militantes, correntes e parlamentares contrários à ideia de o PT abrir mão da cabeça de chapa nestas eleições em favor do aliado do PSD, que será realizada nesta segunda-feira, em caráter híbrido (online e presencial), a partir das 18h30, na sede do Sindprev, no bairro de Nazaré.

“Todos/as/es pela candidatura própria do PT! Se você quer candidato/a do nosso partido, tá na hora de sair da inércia. Venha para a Plenária Popular nesta segunda-feira (7),às 18h30, no SINDPREV. ( R. Eng. Silva Lima,Nazaré). Nossa plenária será híbrida (presencial e on-line). Vem!”, diz o card com que os petistas estão divulgando o chamado “Movimento pela candidatura do PT”.

Participam da articulação do evento as correntes Articulação de Esquerda, Avante, ManifestA ColetivA, Núcleo Popular, O Trabalho, PT da Saúde e Quilombo Socialista. O ex-presidente do PT em Salvador Ademário Costa, um dos articuladores do encontro, diz que considerar que o partido já decidiu o que fazer na sucessão e em favor de uma candidatura de outro partido é um engano.

“O PT quer discutir o que fazer na sucessão levando em conta seu legado de quase 16 anos na gestão do Estado da Bahia com índices elevados de aprovação por parte da população”, afirma Ademário, observando que sequer os aliados têm exigido liderar a chapa do grupo ao governo, como mostra a demora na definição das posições, o que significa que os principais quadros do partido simplesmente resolveram abrir mão do projeto petista sem consultar as bases.

Considerada uma instância basicamente política do PT, sem caráter decisório, a plenária é usada normalmente na agremiação para dirimir dúvidas em relação a estratégias e mesmo influir nas decisões de colegiados, como a executiva estadual, onde têm assento apenas os representantes da legenda em número de 28 membros.

Ademário destaca que o “Movimento” não tem nada contra a candidatura de Otto, considerado um quadro aliado do mais alto nível e preparo pelo PT baiano e nacional, como enfatiza, mas visa atender decisões partidárias tomadas há mais de dois anos, no sentido de que o partido teria candidato próprio ao governo e que o nome mais adequado para representar a legenda seria o do senador Jaques Wagner, com o seu consentimento público.

Pessoalmente, Ademário, aliás, defende que o candidato do PT ao governo seja Wagner, que abriu mão da disputa em favor do nome de Otto, depois que o governador Rui Costa (PT) manifestou interesse em concorrer ao Senado, uma condição que, desde o princípio, o ex-governador petista disse que não aceitava para disutar a sucessão estadual.

Política Livre

Número de refugiados ucranianos pode chegar a 1,5 milhão

Foto: Reuters/Volodymyr Potrov/Direitos reservados
A situação na Ucrânia continua grave e o total de refugiados que fugiram da invasão russa pode subir para 1,5 milhão até o encerramento do fim de semana, do atual número de 1,3 milhão, disse o diretor da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) neste sábado (5).

"Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse o alto comissário das Nações Unidas para refugiados, Filippo Grandi, à Reuters em entrevista por telefone.

Grandi também disse que a maioria dos refugiados no momento está entrando em contato com amigos, familiares e outros conhecidos que já vivem na Europa, mas alertou que as ondas futuras serão mais complexas.
Por Reuters - Praga (República Tcheca)

Histórias da Bíblia que desapareceram misteriosamente

Histórias da Bíblia que desapareceram misteriosamente
A Bíblia está cheia de histórias fascinantes. Algumas até já foram confirmadas pela ciência como verdadeiras! Mas apesar de existir algumas figuras proeminentes e histórias que muitos de nós estamos familiarizados, outras narrativas parecem ter desaparecido por completo da memória coletiva...

Clique na galeria a seguir para saber mais sobre essas histórias misteriosas!



Gilmar, Aras e Maiurino debatem combate ao crime depois da Lava Jato

Foto: Carlos Moura/SCO/ST
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, debatem na próxima segunda-feira, 7, os rumos do combate ao crime no Brasil.

O evento virtual será transmitido a partir das 10h pela TV ConJur. O pano de fundo da discussão é o legado deixado pela extinta Lava Jato, maior operação já desencadeada no País contra a corrupção. Por meio da implantação de um modelo sem precedentes de força-tarefa, que reuniu numeroso grupo de procuradores da República e efetivos da Polícia Federal em Curitiba, Rio, Brasília e São Paulo, a Lava Jato varreu esquema de cartel e fraudes que se instalou na Petrobras, entre 2003 e 2014. Em 80 fases, a primeira delas nas ruas em março de 2014, a Lava Jato prendeu, processou e condenou doleiros, empreiteiros, lobistas e políticos de diferentes partidos. Excessos e arbítrios atribuídos a seus protagonistas levaram ao esvaziamento da operação, agora página virada.

Também estarão na pauta práticas bem-sucedidas que podem ser replicadas, como o uso de câmeras em uniformes policiais e a formação de bancos de dados criminais nacionais.

A desembargadora federal Simone Schreiber (TRF2); o advogado Walfrido Warde, autor do livro O Espetáculo da Corrupção; e o advogado Pierpaolo Bottini, criminalista que atuou na defesa de investigados pela Operação Lava Jato, também participam do debate.

Estadão

Ipiaú: Gestantes recebem Kit Enxoval através da Secretaria de Ação Social

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dicom
Na última semana a Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Ação Social, realizou a entrega do Kit Enxoval para as gestantes cadastradas no Programa "Criança Feliz", e acompanhadas pelo Centro de Referência da Assistência Social - CRAS.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dicom
O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento humano a partir do apoio à gestantes e a família na preparação para o nascimento e os cuidados necessários a serem tomados com o bebê.

Nos 10 kits entregues na ação, foi incluso materiais de higiene, roupas, bolsas, e outros acessórios para um melhor cuidado do recém-nascido.

Prefeitura de Ipiaú / DIRCOM

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