‘Me sinto preparada para liderar’, diz Simone Tebet sobre união da terceira via

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A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou, neste domingo, 10, que se sente preparada para liderar a candidatura presidencial organizada pelo que chamou de “centro democrático”. Ela disse ter certeza que o grupo de partidos que articula lançar um nome único à corrida presidencial pela “terceira via” chegará em um consenso e argumentou que os pré-candidatos respeitarão a escolha das siglas. “Quem quer apoio tem que estar disposto a dar apoio”, disse.

“Óbvio que todos nós nos sentimos preparados. Eu me sinto preparada para liderar essa legião que existe por trás de nós que não quer nem o atual governo nem voltar ao passado”, afirmou em sabatina da Brazil Conference, em Boston (EUA), evento apoiado pelas universidades Harvard e MIT. Realizada anualmente, a conferência tem parceria do Estadão, que faz a cobertura dos debates.

A sabatina com Simone Tebet foi moderada pela jornalista e colunista do jornal O Globo Vera Magalhães. Também participaram a jornalista e colunista do Estadão Eliane Cantanhêde, a advogada criminalista Dora Cavalcanti, a presidente do Instituto Igarapé Ilona Szabó, e o graduando de Boston College, João Ferraz.

Os dirigentes do PSDB, MDB, Cidadania e União Brasil decidiram lançar uma candidatura conjunta à presidência, cujo nome será anunciado no dia 18 de maio. Questionada pela colunista do Estadão Eliane Cantanhêde sobre a disputa interna das siglas na escolha do nome, Tebet citou apenas o tucano João Doria e o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, como pré-candidatos que concorrem com ela o endosso da coligação, descartando o ex-juiz Sérgio Moro da lista.

“É claro que João Doria vai dizer que é pré-candidato até o final, o próprio deputado Luciano Bivar, mas todos nós temos um pacto a favor do Brasil. Estamos deixando nossos projetos pessoais porque o que interessa é o centro democrático estar no segundo turno”, argumentou, minimizando a existência de um racha no MDB, que se divide em apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente Jair Bolsonaro nos Estados.

“Me desculpe o ministro Sérgio Moro, mas hoje ele não é, por enquanto, o pré-candidato do União Brasil, que vai ter um pré-candidato que é o Luciano Bivar”, completou. Em sabatina realizada no mesmo evento, no sábado, 9, o ex-juiz disse seguir à disposição para a candidatura presidencial.

Propostas

Entre as propostas discutidas para um possível governo liderado por ela, Tebet defendeu que questões referentes à segurança pública precisam ser coordenadas pelo governo federal. Neste contexto, sugeriu a criação de um ministério da Segurança Pública separado do Ministério da Justiça.

Em meio a diversas críticas ao governo federal, a senadora aproveitou, ainda, para levantar a bandeira de uma reforma tributária que, segundo ela, poderia diminuir a desigualdade de renda no Brasil. Ela propôs, por exemplo, a readequação de tributos para a faixa mais rica da população. “As faixas mais pobres, dividindo em 10 faixas, pagariam menos impostos e apenas a última faixa, portanto os 10% mais ricos teriam um aumento da carga tributária. Isso se chama justiça social.”

Estadão

Depois de ’10 anos em 1′, Roma quer ’40 anos de realizações em 4′ na Bahia

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Autointitulado como “pai do Auxílio Brasil”, o ex-ministro da Cidadania e pré-candidato a governador da Bahia, deputado federal João Roma (PL), destacou a necessidade de o estado retomar seu protagonismo nacional em pronunciamento durante o lançamento da pedra fundamental do distrito industrial de Cruz das Almas.

“Não dá para ver o Brasil seguindo em frente e o governo da Bahia remando pro lado. Perdemos peso na economia nacional”, afirmou ele, lembrando que hoje Santa Catarina tem o PIB maior que o baiano, e outros estados, a exemplo de Goiás, Pernambuco e Ceará, se aproximam. “Salvador que liderava a economia nordestina já foi superada por Fortaleza”, disse Roma.

Para o pré-candidato liberal ao governo baiano, a Bahia não é um problema para o Brasil. “A Bahia é solução para o Brasil, com as inúmeras potencialidades que tem nos mais diversos setores que precisam ser exploradas para o desenvolvimento social e econômico do povo baiano e de todo o país”.

Roma citou o exemplo da matriz energética da Bahia, que é 70% renovável, não se restringindo à hidroeletricidade, mas que vem se diversificando com outras fontes, como a eólica e solar. “Chegou a hora também de despontarmos na área de tecnologia. Direcionar a criatividade genuína do povo baiano para o desenvolvimento desse dinâmico setor da economia”.

O ex-ministro disse que, caso seja eleito governador da Bahia, pretende repetir o mesmo ritmo de trabalho de quando esteve no Ministério da Cidadania.

“Em Brasília, desenvolvemos inúmeras ações, com destaque para o Auxílio Brasil, que representaram o trabalho de 10 anos em apenas um. Na Bahia, vamos nos esforçar para, em quatro anos, fazermos o trabalho que duraria 40 e colocar o nosso estado na posição de liderança que merece”, disse o pré-candidato bolsonarista.

Neste final de semana, além de Cruz das Almas, João Roma esteve, no domingo, em Feira de Santana e Conceição do Coité, pela tarde. No sábado, visitou Parapiranga e Coronel João Sá.

Três senadores recuam, e CPI do ‘balcão de negócios do MEC’ pode ser engavetada

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A instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar a existência de um “balcão de negócios” no Ministério da Educação sofreu duro golpe durante este fim de semana, após uma ação intensa do governo para barrar a apuração —que teria na mira lideranças partidárias, pastores e liberação de emendas.

Três parlamentares decidiram retirar o apoio para criação da comissão, o que torna praticamente inviável a sua instalação. Mudaram suas posições Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton (PDT-MA).

Na sexta-feira (8), o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que havia reunido as 27 assinaturas necessárias para instalar a comissão.

No entanto, no mesmo dia, senadores relatavam uma grande operação do governo para tentar reverter assinaturas. A avaliação dos governistas é que uma CPI em ano eleitoral poderia ter fortes consequências para os projetos de reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

“O governo montou de fato uma força tarefa contra a CPI. O mesmo governo que diz que CPI não dá em nada, que é circo, corre agora desesperadamente para impedir que a comissão ocorra, investigue. Se tivesse esse mesmo esforço e empenho para combater a pandemia, para combater a inflação e o desemprego, o Brasil estaria bem melhor”, afirma Randolfe.

O parlamentar reconhece as dificuldades, uma vez que o governo atacou em “várias frentes, que não apenas com orçamento secreto”. No entanto, afirma que vai continuar tentando angariar as assinaturas que agora faltam e que já tem duas ou três pessoas dispostas a aderir.

Senadores ouvidos pela Folha apontam que há pastores ligados à bancada evangélica entrando em contato com parlamentares direta ou indiretamente para tentar a retirada das assinaturas. Isso porque o escândalo envolve dois religiosos.

A liberação de emendas parlamentares e apoio nos estados para as eleições de outubro também são citados, relataram esses parlamentares.

O primeiro senador a anunciar a retirada foi Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Em suas redes sociais, ele argumentou que a CPI do MEC neste momento acabaria virando um palanque político.

“Resolvi retirar a minha assinatura da CPI do MEC. Continuo acreditando que existem fatos graves no MEC que precisam ser investigados. Porém, uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”, escreveu em redes sociais.

Na manhã de domingo (10), outro senador do Podemos, Styvenson, anunciou a retirada de seu nome da lista. O parlamentar usou o mesmo argumento de seu correligionário, alegando que a CPI poderia se transformar em palanque político.

“Styvenson declarou que todas as denúncias de crime devem ser investigadas e os criminosos punidos, mas avaliou que trazer essa discussão para dentro do Congresso Nacional em um ano eleitoral serviria apenas para dar palanque político para a oposição”, informou o gabinete em nota.

Entre os senadores, circula a informação de que houve pedido da liderança do Podemos no Senado para que os senadores da legenda retirassem suas assinaturas. A articulação teria envolvido o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), em contato com o líder Álvaro Dias (Podemos-PR).

O senador Álvaro Dias nega a informação de que teria atuado para retirada de assinaturas.

“Jamais admitiria isso. Quem me conhece sabe do meu comportamento de independência e seriedade. Eu fui certa vez expulso do PSDB por assinar CPI para investigar o governo do meu próprio partido”, afirmou.

O líder do Podemos no Senado ainda acrescenta que orientou inicialmente os parlamentares de seu partido contra a instalação da CPI, mas por ter feito uma avaliação política do momento. Essa orientação se deu ainda no início das discussões e não teve, argumenta, qualquer relação com a atuação do governo.

“Há algum tempo eu alertei os colegas de bancada no nosso grupo de WhatsApp que nesse ano eleitoral não deveríamos assinar nenhum requerimento de CPI, porque trata-se de palanque eleitoral, banalização de um instituto fundamental no parlamento, que é a CPI”, afirmou.

No caso de Oriovisto, senadores também apontaram sua relação com o grupo Positivo, de educação e tecnologia, para ser mais susceptível à pressão do governo. O senador é um dos fundadores do grupo e repassou sua participação aos filhos ao se candidatar.

Apenas a Positivo Tecnologia tem três contratos com o governo federal, em um total de R$ 6,7 milhões.

O senador não quis dar entrevista à Folha, apenas descartou por mensagem que o motivo da retirada de sua assinatura tenha sido pressão do governo ou que essa pressão tenha envolvido os negócios de sua família.

“Claro que não!”, escreveu.

O terceiro parlamentar a retirar o seu apoio foi o pedetista Weverton, segundo confirmou sua assessoria de imprensa à Folha.

O gabinete do senador afirma que nunca chegou a subscrever o documento e que sua assinatura não chegou a ser lançada no sistema. O nome dele era contabilizado por Randolfe Rodrigues.

Questionada sobre os motivos da retirada do apoio dado ao requerimento —ao menos informalmente— o gabinete do parlamentar negou que a decisão tenha sido tomada em decorrência de pressão do governo e que o senador apenas avaliou que essa era a decisão correta a ser tomada.

As assinaturas para a CPI já haviam sido alvos de polêmica, após acusação da senadora Rose de Freitas (MDB-ES) de que sua assinatura havia sido incluída indevidamente e depois retirada. A parlamentar chegou a pedir uma investigação formal no Senado.

No entanto, o senador Randolfe Rodrigues afirma já ter tido acesso ao IP dos computadores usados para incluir e retirar a assinatura digital da parlamentar. E isso teria sido feito no gabinete da parlamentar. Randolfe, portanto, vai insistir na investigação e, caso ela não ocorra ou termine sem resultados, promete acionar o Conselho de Ética para averiguar o caso.

Outra possível dificuldade a ser enfrentada pela CPI é a posição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que põe em xeque a sua instalação, mesmo se houver assinaturas.

Na quinta-feira (7), Pacheco afirmou que o recolhimento das assinaturas não é a única condição para a instalação de uma CPI e que também é necessário um “crivo” da presidência. O próprio presidente já havia pedido dois dias antes “cautela” com mecanismos legislativos que podem ter “viés eleitoral”.

A pressão pela instalação da CPI surgiu com a divulgação de denúncias de existência de um balcão de negócios para a distribuição de recursos para a educação, esquema que seria operado pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O escândalo derrubou o ministro da Educação Milton Ribeiro, exonerado em 28 de março.

A crise ganhou novas proporções com a divulgação de um áudio pela Folha, no qual o então ministro afirma que prioriza amigos e indicações do pastor Gilmar Santos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Ele ainda indica haver uma contrapartida supostamente direcionada à construção de igrejas.
Renato Machado / Folha de São Paulo
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Governo abandona obras paradas e monta um esquema de ‘escolas fake’

Com aval do FNDE, controlado pelo ministro Ciro Nogueira, deputados ‘vendem’ aos seus eleitores a ideia de que conseguiram recursos para construir colégios e creches
Foto: Rodrigo Salviano/Estadão
Apesar da falta de recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de outras 2 mil unidades. Bom para mostrar no palanque de campanha, o projeto não tem recursos previstos no orçamento, o que deve aumentar o estoque de escolas não entregues pelo governo e esqueletos de obras inacabadas. Mesmo assim, os colégios já são anunciados por deputados e senadores aos seus eleitores.

O esquema de “escolas fake” tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado. O fundo precisaria ter R$ 5,9 bilhões para tocar todas as novas escolas contratadas. Com o orçamento atual, levaria 51 anos para isso. Ao priorizar obras novas em detrimento das iniciadas, o governo fere leis orçamentárias.

Em publicação em seu Instagram, o deputado Zé Mário (MDB-GO) diz aos seus seguidores que conseguiu R$ 6,93 milhões para construir uma escola rural no interior do município de Morrinhos, em Goiás. “Recurso viabilizado junto ao FNDE”, escreveu, com uma foto sua em que aparece sorridente. Na verdade, o governo liberou apenas R$ 30 mil e não há previsão orçamentária de que o restante do valor sairá. “Eu não tenho como iniciar uma obra desse valor”, disse o prefeito Joaquim Guilherme (PSDB). “Com esse pequeno empenho que foi feito aí?” Procurado, o prefeito Zé Mário alegou que a publicação foi erro de sua assessoria.

No Paraná, o prefeito do município de Ubiratã, Fábio D’Alécio (Cidadania), recebeu autorização para construção de uma escola de R$ 3,2 milhões. Até agora, foram empenhados, isto é, reservados, R$ 5 mil. “Do ponto de vista global, realmente as contas parecem que não estão casando”, afirmou o prefeito ao Estadão. “Dá a impressão de que é um compromisso só político e não técnico. A expectativa minha é a de que o convênio tenha começo, meio e fim. Agora, não tenho como avaliar se isso vai, de fato, acontecer.”

Correligionário de Ciro Nogueira, o deputado Vicentinho Junior (Progressistas-TO) disse aos seus eleitores nas redes sociais que conseguiu R$ 206 milhões para construção de 25 escolas, 12 creches e três quadras poliesportivas para 38 cidades do seu Estado. Deu inúmeras entrevistas sobre a suposta conquista. Os empenhos (reserva) que ele obteve, contudo, foram de R$ 5,4 milhões. Valor equivalente a 2,6% do total. Com essa cifra, não é possível construir uma única escola. É mais uma promessa falsa. O volume de recursos ultrapassa tudo o que o FNDE tem para investir este ano de recursos próprios.

Os números do FNDE expõem como funciona o esquema das “escolas fake”. Faltando oito meses para o fim do governo, foram liberados 3,8% dos recursos previstos para a construção das 2 mil escolas e creches, sendo que 560 obras receberam apenas 1% dos valores empenhados.

Neste ano, o fundo tem R$ 114 milhões de recursos próprios. Seriam necessários R$ 5,9 bilhões para as 2 mil novas escolas que se comprometeu a fazer. Além disso, o governo precisaria de mais R$ 1,7 bilhão para concluir as 3,5 mil obras em andamento no País.

Na última quinta-feira, o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, apadrinhado de Ciro Nogueira, disse na Comissão de Educação do Senado que a prioridade do órgão é terminar obras inacabadas. E omitiu os novos termos de compromisso. “A prioridade é executar obra inacabada?”, perguntou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Obra inacabada”, respondeu Pontes.

As prioridades para realização de novos empreendimentos atendem a critérios políticos, com a necessidade de aprovação de Ciro Nogueira. Como o Estadão tem mostrado, o fluxo de verbas do FNDE prioriza redutos do partido do ministro, o Progressistas.

O advogado e professor Heleno Taveira Torres, titular de Direito Financeiro da Universidade de São Paulo, disse que essa previsão, além da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), está presente também na Constituição Federal. “Os empenhos picados, sem créditos orçamentários, fere a Lei 4.320. É algo muito grave.”

A professora Élida Graziane Pinto, da FGV, afirmou que “alocar recursos sabidamente insuficientes para obras novas, quando há um saldo significativo de obras paralisadas, ofende a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias”. “É uma alocação gerencialmente irracional e fiscalmente irresponsável que apenas atende ao curto prazo eleitoral dos que desejam tão somente inaugurar placas”, disse Élida.

O esquema de distribuição a conta-gotas de recursos para novas obras soma-se a outros casos de captura da área da educação no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na gestão do então ministro Milton Ribeiro pastores circulavam com desenvoltura no MEC, intermediavam recursos e cobravam propina, como relataram prefeitos ao Estadão. As cobranças eram feitas até em ouro. Ribeiro deixou o cargo.

No FNDE, órgão que concentra boa parte das verbas de investimento da área, Ciro Nogueira exerce influência política. O presidente do fundo, Marcelo Ponte, foi seu assessor. Outro diretor do órgão, Garigham Amarante, chegou ao cargo apadrinhado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Os dois patrocinaram licitação para compra de ônibus escolares com preços inflados. Após o Estadão revelar o risco de sobrepreço no leilão, o governo ajustou a cotação dos veículos. O certame está embargado pelo Tribunal de Contas da União. Procurado, o FNDE não quis comentar.

‘É muito dinheiro público aqui estragando’, diz prefeito

O prefeito de Inhumas (GO), Dr. João Antônio (PSDB), fez peregrinações ao Ministério da Educação, em Brasília, para finalizar obras de uma escola e duas creches. Em março do ano passado, esteve num dos encontros com o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, mediados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que intermediavam um esquema de propina na pasta, segundo prefeitos relataram ao Estadão.

No auditório, Dr. João pediu a palavra. Reclamou da falta de repasses pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “A gente olha aquelas obras com a tristeza maior de ver o dinheiro público, dinheiro nosso, nosso imposto, que nós pagamos, detonado, sendo jogado pelo lixo”, disse o prefeito.

Partiu do deputado Professor Alcides (PL-GO) a sugestão insólita: começar uma obra do zero. O Estadão apurou que prefeitos que tentam convencer parlamentares a destinar recursos para a conclusão de obras inacabadas são aconselhados pelos congressistas a buscar uma nova para, assim, se apresentarem como autores do projeto.

Na última quarta-feira, a reportagem acompanhou o prefeito numa visita às escolas inacabadas. No local, o mato cresce e urubus fazem ninhos. “Eu pedi a todos os deputados, solicitei a senadores, procurei o próprio ministro (Milton Ribeiro). Nós batemos na porta, tentando liberar o mais rápido possível. Não foi possível”, afirmou Dr. João. “É muito dinheiro público aqui estragando, deteriorando.”

O Estadão perguntou ao deputado por que ele não ajudaria na conclusão das obras antigas, em vez de conseguir um termo de compromisso para uma nova escola. O parlamentar disse desconhecer a falta de recursos para conclusão das obras antigas. “Aquilo que ele tem procurado, eu tenho procurado atender. Eu não sei adivinhar, né?”, respondeu.

Em Uruçuca, na Bahia, a nova escola está orçada em R$ 18,58 milhões – dos quais R$ 13,1 milhões já foram pagos. A obra está 85% pronta, mas a demora para a conclusão dos trabalhos frustra os moradores, pois o esforço da comunidade pela construção se arrasta desde 2012.

Pelo projeto, a escola atenderá cerca de 2 mil crianças na comunidade de Serra Grande, um distrito do município. A arquiteta do projeto, Beatriz Goulart, disse que a unidade foge do padrão tradicional do FNDE. “As pessoas da comunidade decidiram que queriam fazer uma escola diferente e, na época, o FNDE achou interessante construir lá a primeira escola sustentável financiada por eles”, disse ela. “A obra começou, e a gente achou que era um milagre. Mas aí começaram a atrasar muito os pagamentos e, desde julho de 2021, eles não pagam mais nada.”

Beatriz relatou que, na comunidade, a impressão é de que MEC e FNDE pararam de trabalhar. “As pessoas com quem conversávamos lá sumiram, simplesmente não respondem mais”, afirmou a arquiteta. Agora a comunidade tenta concluir o trabalho com dinheiro privado e da prefeitura.

A Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que transferências de verbas federais devem priorizar recursos para concluir obras iniciadas, e não para novos projetos, com vistas a promover a funcionalidade da infraestrutura já instalada. Estadão

Franceses vão às urnas para eleger novo presidente

@Benoit Tessier/Direito Reservado

As mesas de voto abriram hoje (10) na França para o primeiro turno das eleições presidenciais. O presidente Emmanuel Macron, e a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, de acordo com pesquisas, estão muito próximos nas urnas.

Em todo o país, 48,8 milhões de cidadãos estão aptos a votar e podem escolher entre 12 candidatos.

Os eleitores podem votar entre as 8h e as 19h locais na maior parte do país e até as 20h (locais) nas grandes cidades.

As últimas pesquisas mostraram que Macron e Le Pen são os que concentram as maiores intenções de voto e poderão passar ao segundo turno, previsto para 24 de abril.

Nos últimos dias, Le Pen tem ameaçado a liderança de Macron, e as pesquisas divulgadas sexta-feira (8) dão ao presidente de dois a três pontos tanto no primeiro quanto no segundo turno.

Há cinco anos, os dois também foram ao segundo turno, em que Macron venceu com 66,10% dos votos, enquanto Le Pen terminou com 33,90%.

Na prática, os primeiros eleitores franceses a irem às urnas, ainda no sábado, foram os de São Pedro e Miquelão, um arquipélago no Atlântico Norte ao largo da Terra Nova com 10 mil habitantes. Depois foi a vez dos eleitores das Índias Ocidentais, Guiana e Polinésia.

Os cidadãos franceses inscritos nos registros dos consulados estrangeiros (cerca de 1,8 milhão) podem votar ali ou nas embaixadas.

Uma das chaves do dia poderá ser o nível de abstenção, que durante a reta final da campanha estava previsto ser muito elevado, uma tendência que parece ser confirmada na Polinésia Francesa, onde após quatro horas de votação, a afluência às urnas foi de apenas 12,34%, em comparação com 22,24% no mesmo período, nas eleições de 2017.

Na França, a publicação de quaisquer resultados, parciais ou finais, é proibida até as últimas mesas de voto fecharem às 20h locais. Só então os meios de comunicação social divulgarão as primeiras estimativas baseadas nas sondagens finais.

De acordo com protocolo sanitário estabelecido para essas eleições, não é obrigatório usar máscara ou manter as distâncias que foram necessárias durante o auge da crise de covid-19, embora o governo o recomende para algumas pessoas em situações vulneráveis e, sobretudo, em caso de infecção.


Por RTP* - Paris

Otan pensa em presença militar permanente no Leste europeu

                             Secretário-geral diz que aliança passa por transformação fundamental
@Reuters: Johanna Geron/Diretos Reservados
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que a aliança atlântica considera o estabelecimento de presença militar permanente no Leste europeu para conter possível invasão russa.

"Independentemente de quando e como termine a guerra na Ucrânia, ela já teve consequências de longo prazo para a nossa segurança", disse Stoltenberg ao jornal britânico The Telegraph.

Em entrevista divulgada nesse sábado (9), o secretário disse que "a organização precisa adaptar-se a essa nova realidade. E é exatamente isso que estamos fazendo".

A Otan está "no meio de uma transformação fundamental", que tomará decisões sobre um destacamento permanente no Leste europeu, na cúpula da aliança, agendada para 29 e 30 de junho em Madri, afirmou.

Para ele, a Otan é a aliança mais bem-sucedida da história por duas razões. "Uma é que conseguimos unir a Europa e a América do Norte. A outra é que conseguimos mudar quando o mundo está mudando".

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a organização mobilizou 40 mil, incluindo tropas portuguesas, para o flanco Leste, que se estende do Báltico ao Mar Negro.

Em 25 de março, Stoltenberg defendeu o reforço da presença militar da Otan no Ártico como resposta à maior atividade russa na região, que considerou de importância estratégica.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre eles 197 menores, segundo dados recentes da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.
Por RTP* - Bruxelas

China critica ‘acusações infundadas’ dos EUA sobre sua política anti-Covid

País asiático enfrenta pior surto da doença e resistência da população a políticas de confinamento

A China manifestou “forte insatisfação” com os Estados Unidos na noite de sábado (9) após autoridades americanas expressarem preocupação em relação às políticas de contenção da Covid no país asiático.

Na véspera, o Departamento de Estado dos EUA havia autorizado funcionários não essenciais de seu consulado em Xangai a deixarem a cidade, que impôs um lockdown para conter seu pior surto de coronavírus desde o início da pandemia.

O governo americano também aconselhou cidadãos do país a reavaliar viagens à China devido à “aplicação arbitrária de leis locais e de restrições anti-Covid”. Já no sábado, um porta-voz da embaixada dos EUA em Pequim disse em comunicado que a missão diplomática havia levado às autoridades chinesas suas preocupações em torno das políticas de controle da doença.

A reação da China veio em um comunicado do porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian. “Expressamos forte insatisfação e firme oposição às acusações infundadas dos EUA em seu comunicado contra a política da China de prevenção da pandemia.”

A chancelaria chinesa disse ainda que a política anti-Covid do país é “científica e efetiva” e que as autoridades locais têm prestado assistência a funcionários de missões diplomáticas estrangeiras.

O confinamento em Xangai foi imposto às pressas e incluiu a prática de separar crianças infectadas de suas famílias e levá-las para centros de quarentena, política que foi revertida após críticas da população.

Moradores da cidade mais populosa da China, com 26 milhões de habitantes, também relatam dificuldades para comprar alimentos, ainda que o governo distribua kits de comida para os habitantes.

O Exército de Libertação Popular, nome das Forças Armadas do país, despachou mais de 2.000 médicos de seus quadros para auxiliar na realização de testes de detecção de Covid na população da cidade. Além disso, outros 38 mil médicos civis e enfermeiros de diferentes províncias foram enviados por Pequim.

A China registrou um recorde de quase 25 mil casos de Covid no sábado. O número é baixo para os padrões de contágio em países do Ocidente, mas representa um desafio para a política de Covid zero adotada pelo país asiático. A China contabilizou oficialmente, até agora, 4.638 mortes por Covid.

Folha de S. Paulo

Partido de Bolsonaro, PL cresce nas Assembleias do ‘cinturão do agronegócio’

Partido de Jair Bolsonaro, o PL teve crescimento na janela partidária em todas as casas legislativas do Centro-Oeste, demonstrando que o presidente ainda tem forte representatividade política na região, dominada pela força do agronegócio.

No Mato Grosso, o PL não tinha deputados estaduais e passou a ter três, tornando-se assim a maior bancada na Assembleia. No Mato Grosso do Sul, tinha um parlamentar e chegou a três. Em Goiás, foi o que mais cresceu no período, tendo partido de zero e chegado a cinco. O PL também virou o principal partido da Câmara Legislativa do Distrito Federal, filiando dois e chegando a quatro deputados distritais.

Ao todo, o PL ganhou 12 deputados estaduais na região na janela partidária, chegando a 15. O PT, sigla do principal adversário eleitoral de Bolsonaro hoje, Luiz Inácio Lula da Silva, manteve-se com oito parlamentares.

A exemplo de 2018, o setor rural deve ser estratégico para a campanha de reeleição do presidente.

No Nordeste, onde o PT costuma concentrar mais força, o PL cresceu em 6 dos 9 estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. No balanço, entre saídas e filiações na região, saiu da janela com 5 deputados a mais e chegou a 21. O PT filiou 15 e chegou a 44.

Estado de um dos principais aliados de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP, Casa Civil), o Piauí concentrou a pior sangria PL na região, com a saída de 3 deputados, e o melhor desempenho do PT, que recebeu 7 novos parlamentares e chegou a uma bancada com 12.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo

RMS: Durante operação contra maus-tratos 4 homens são presos e 120 aves são resgatadas

Foto: Divulgação
Quatro homens foram presos na manhã deste sábado (9), em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Com eles foram apreendidas 120 aves silvestres. A prisão faz parte de uma operação de combate ao tráfico e comércio ilegal de animais silvestres.

De acordo com as informações divulgadas pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), entre as espécies apreendidas estão canário da terra, papa-capim, pássaro preto, cardeal, azulão, sangue de boi, sabiá, chapéu de couro, dentre outras.

O major Sérgio Dias, responsável pela operação, sinalizou que um dos presos foi preso pela Coppa em 2015 pelo mesmo crime, mas responde em liberdade. "Por ser um crime de menor potencial ofensivo, essas pessoas são soltas e voltam a reincidir no crime", explicou.

De acordo com o Portal G1, Dias comentou ainda que, além de prejudicar o ecossistema, esse tipo de crime coloca em risco os seres humanos. “Muitos animais silvestres são hospedeiros de vírus que causam doenças como a febre amarela, leishmaniose e toxoplasmose”, pontuou. Os suspeitos, as aves e os materiais apreendidos na ação foram levados à 22ª delegacia de Simões Filho.

Leão diz que estratégia de ligá-lo ao Centrão e a Bolsonaro é narrativa de quem tem medo de perder a eleição

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O vice-governador João Leão (PP) cutuca a estratégia do PT de evitar divulgar fotos com medalhões do MDB baiano, como Geddel e Lúcio Vieira Lima.

“Quem anda querendo esconder certos políticos e novas alianças não sou eu”, provoca o ex-aliado do grupo liderado pelo governador Rui Costa (PT), hoje pré-candidato ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto (União Brasil) ao governo.

Nos últimos dias, após o rompimento com o vice, Rui tem tentado de todas as formas ligar Leão ao centrão e ao bolsonarismo. Para o vice-governador, trata-se de uma “narrativa de quem está com medo de perder a eleição”.

“Eu não entro nessa. Meu candidato a governador é Neto. Meus adversários são os pré-candidatos ao Senado e ponto. Junto com Neto, vamos buscar os votos do povo baiano que têm esperança de uma nova Bahia”, diz o pepista.

“Respeito todos os meus adversários. Se tem uma coisa que é característica minha é o seguinte: eu não tenho um ex-amigo, não cultivo inimigos. Então, não vou fazer o que eles têm feito comigo, falando mal de mim depois de 14 anos de aliança e muito trabalho”, afirma.

Confira a íntegra da entrevista que concedeu a este Política Livre:

Política Livre: Quais características o senhor avalia como necessária hoje para compor a vice na chapa encabeçada por ACM Neto na disputa pelo governo do Estado?

João Leão: Essa decisão é exclusiva do nosso pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto. A condução é dele. Mas uma coisa eu tenho certeza: seja quem for o escolhido ou escolhida, vai reforçar nosso time e vamos caminhar rumo à vitória, no primeiro turno, bonitão.

Fala-se muito em combate às Fake News e o PT é um dos que encampam esse tema. Mas, apesar do acordo que houve para o senhor assumir o governo estadual, o governador Rui Costa apresenta uma outra versão. A disputa eleitoral que se avizinha será mais sobre versões do que sobre fatos?

O próprio governador confirmou o acordo, em entrevista à Rádio Sociedade. Tentou negar, se atrapalhou todo e confirmou. A verdade é cristalina, ela sempre aparece. Além disso, o senador Wagner falou do acordo na entrevista a Mário Kertész, quando anunciou o descumprimento do acordo sem sequer me avisar antes. Depois gravou um vídeo pedindo perdão. Ora, quem pede desculpas é porque cometeu um erro, ou não é? Então, o povo da Bahia já viu quem falou a verdade e quem tentou criar narrativas. Eu sigo em paz, de cabeça erguida e falando a verdade.

A Bahia tem hoje os piores índices de educação e o pré-candidato petista é o secretário da pasta que teve uma atuação pouco eficaz para reverter esse quadro. Como avalia esse atual quadro da educação no estado?

Eu quero falar de futuro. Neto e eu estamos empenhados em construir uma plataforma de governo que priorize uma educação integrada, inovadora e conectada com o que há de mais moderno na gestão do ensino. Para formarmos, além de alunos, empreendedores, para mudarmos a mentalidade dos nossos jovens e prepará-los como agentes de transformação da Bahia, não apenas para o mercado de trabalho. Temos estudado modelos bem sucedidos de capacitação e educação, como Senai-Cimatec, SESI, Senac, Senar. Queremos unir estado e iniciativa privada, setor produtivo, para ampliar o conhecimento dos alunos. É isto o que queremos, colocar a Bahia no mais elevado patamar de educação do Brasil.

Para o senhor, foi um erro do time adversário, liderado por Rui Costa, escolher Jerônimo Rodrigues para encabeçar a chapa diante dos baixos índices da educação na Bahia?

Foi um acerto meu caminhar com Neto, um gol de placa. Ganhei um ‘netinho’. Além disso, ACM Neto é o político mais preparado para governar a Bahia e fazer o estado avançar. É no que tenho focado. O que passou está no passado, não me pertence mais.

Existe acordo para o PP assumir a Assembleia Legislativa da Bahia se ACM Neto for eleito? O PP tem esse desejo?

Nosso acordo é uma aliança forte para juntos transformarmos a Bahia. Nosso acordo é eleger Neto governador, Leão senador e fortalecer as bancadas estaduais e federais dos partidos que estão nesta base de sustentação da majoritária encabeçada por Neto.

O governador Rui Costa disse que, com a ida do PP para a base de Neto, o quadro é: o centrão e bolsonaristas de um lado e a turma de Lula do outro lado. Como o senhor vê essa declaração?

Parece narrativa de quem está com medo de perder eleição. Eu não entro nessa. Meu candidato a governador é Neto. Meus adversários são os pré-candidatos ao Senado e ponto. Junto com Neto, vamos buscar os votos do povo baiano que têm esperança de uma nova Bahia. Agora, quem anda querendo esconder certos políticos e novas alianças não sou eu.

Avalia Geraldo Júnior na chapa de Jerônimo como uma resposta do grupo de Rui Costa por ter “perdido” o senhor para Neto?

Respeito todos os meus adversários. Se tem uma coisa que é característica minha é o seguinte: eu não tenho um ex-amigo, não cultivo inimigos. Então, não vou fazer o que eles têm feito comigo, falando mal de mim depois de 14 anos de aliança e muito trabalho, pois suei, rodei essa Bahia, vocês da imprensa sabem, para poder trazer obras, projetos, investidores, para ajudar a desenvolver nosso Estado. O que sei é que Neto ganhou um avião, ou melhor, um Leão, que vai trabalhar muito para eleger essa chapa majoritária, nossos deputados, e depois para continuar ajudando o povo da Bahia.

Mateus Soares

Rússia aponta general que lutou na Síria para comandar guerra na Ucrânia, diz emissora

© Getty Images

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Rússia nomeou o general Alexander Dvornikov, que tem experiência de combate na Síria, para comandar a invasão da Ucrânia, informou a emissora britânica BBC neste sábado (9).

Uma autoridade ocidental afirmou à BBC, em condição de anonimato, esperar que "o comando e o controle em geral melhorem" após uma série de reveses de Moscou na ação militar deflagrada contra o vizinho em 24 de fevereiro.

Segundo essa fonte, Dvornikov "tem muita experiência em operações russas na Síria", país em guerra civil onde Moscou apoia a campanha do ditador Bashar al-Assad contra grupos rebeldes desde 2015, com sucesso.

A autoridade disse que a ofensiva russa na Ucrânia tem esbarrado na resistência das tropas de Kiev, ainda que possua um contingente mais numeroso. "A menos que a Rússia consiga mudar as suas táticas, é muito difícil ver como podem ter sucesso mesmo nesses objetivos limitados que eles restabeleceram para si mesmos", afirmou.

Até aqui, nunca houve um comandante único designado para a guerra, ao menos em público. Segundo analistas militares russos, as decisões eram tomadas no âmbito do Estado-Maior das Forças Armadas, sob o comando do general Valeri Gerasimov, mas descentralizadas para generais no campo.

Isso pode explicar a diversidade de objetivos, às vezes conflitantes, que marcou a fase inicial da operação. Sem foco e concentração de forças, os russos se dispersaram em frentes separadas, levando ao sucesso no sul da Ucrânia e ao fracasso na tentativa de cercar Kiev –alvo abandonado em favor da ação no Donbass (o leste controlado por separatistas desde 2014).

A indicação de Dvornikov, se confirmada, mostra que Vladimir Putin está preocupado com uma solução mais coordenada para a nova etapa do conflito, que já foi anunciada como sendo a tomada das áreas totais das antigas províncias de Lugansk e Donetsk.

O general é conhecido como um comandante implacável, com fama de ações brutais na guerra civil da Síria.

Bahia registra 1.007 casos ativos de Covid-19 e mais 14 óbitos

Dos 1.536.287 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.505.518 já são considerados recuperados, e 29.762 tiveram óbito confirmado
O boletim epidemiológico desta sexta-feira (08) registra 1.007 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 248 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,02%) e 319 recuperados (+0,02%) e mais 14 óbitos. Dos 1.536.287 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.505.518 já são considerados recuperados, e 29.762 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.825.937 casos descartados e 329.520 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta sexta-feira. Na Bahia, 63.047 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Vacinação

Até o momento temos 11.449.249 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.526.227 com a segunda dose ou dose única e 5.051.334 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 830.974 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 217.707 já tomaram também a segunda dose.

Mais de 4,4 milhões de ucranianos já fugiram do país

                              Cerca de 90% dos que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças
Mais de 4,4 milhões ucranianos fugiram do país desde a invasão ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro, de acordo com os dados atualizados pelo Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur). O Acnur contabilizou hoje 4.441.663 refugiados ucranianos, mais 59.347 do que na sexta-feira. Desde a Segunda Guerra Mundial que a Europa não assistia a um afluxo de refugiados tão grande.

Cerca de 90% dos que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças, dado que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar devido à lei marcial. A ONU também estima o número de deslocados internos em 7,1 milhões, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), divulgados na passada terça-feira.

No total, mais de 11 milhões de pessoas, ou seja, mais de um quarto da população, tiveram que abandonar as suas casas e atravessar a fronteira para chegar aos países vizinhos ou encontrar refúgio noutras localidades da Ucrânia. Antes do conflito, a Ucrânia tinha mais de 37 milhões de habitantes, sem incluir a península da Crimeia (sul), que foi anexada pela Rússia em 2014, e as regiões de Donetsk e Lugansk controladas por separatistas pró-russos.

Agência Brasil

CPI do MEC perde uma assinatura; Randolfe diz que seguirá atrás de apoio

                             Governo faz ofensiva para tentar impedir número mínimo de assinaturas
Após ter atingido o número de assinaturas exigido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar corrupção no Ministério da Educação, o Senado registrou um recuo. O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) desistiu de apoiar a abertura da CPI, que agora depende de uma nova assinatura para estar apta a ser instaurada. A decisão de Guimarães foi anunciada em suas redes sociais neste sábado, 9. O quórum necessário, de 27 subscrições, tinha sido alcançado nesta sexta-feira, 8, mesmo com a ofensiva do governo para tentar impedir o mínimo de assinaturas.

Na tarde deste sábado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de instauração da Comissão, confirmou o quadro atual de apoio à CPI do MEC, agora de 26 senadores. Nas redes sociais, Rodrigues afirmou que seguirá atrás de mais assinaturas “para passar a limpo o #BolsolaodoMEC e investigar os escândalos de corrupção desse Governo!”. “Eles não podem sair impunes!”, disse o senador, que foi vice-presidente da CPI da Covid.

Em nota para justificar a decisão de retirar a assinatura, Oriovisto Guimarães disse continuar acreditando na existência de “fatos graves” no ministério, que precisam ser investigados. Porém, afirmou que uma CPI “tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”. “Então, é melhor que a investigação seja feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Assim, teremos uma investigação imparcial e técnica”, disse o senador.

Se alcançar novamente o apoio mínimo exigido, a abertura da comissão dependerá de decisão do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Caso ele se recuse a criar a comissão, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser acionado para garantir a investigação parlamentar.

Na proposta de abertura da CPI, apresentada na semana passada, Randolfe afirmou serem necessários “11 membros titulares e 11 membros suplentes, para, no prazo de 90 dias, com limite de despesas de R$ 90 mil, apurar as irregularidades e crimes praticados na destinação das verbas públicas do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”.

A atuação de um gabinete paralelo operado pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no MEC, envolvendo até mesmo cobrança de propina para liberação de recursos do FNDE para escolas, foi revelada pelo Estadão. Prefeitos relataram que os religiosos pediam contrapartida em ouro, dinheiro e até compra de Bíblias.

A Comissão de Educação do Senado tem ouvido depoimentos sobre o caso. Três prefeitos confirmaram aos parlamentares a cobrança de propina. Nesta quinta-feira, 7, o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, foi ouvido pelos senadores sobre o risco de sobrepreço de R$ 732 milhões em um pregão para compra de ônibus escolares. O caso foi revelado pelo Estadão.

Ponte tentou negar, durante audiência na Comissão de Educação, que o governo tenha recuado após risco de sobrepreço vir à tona. Documentos internos do FNDE, no entanto, desmentem a versão apresentada por ele aos senadores. A pressão por uma CPI para investigar as denúncias recentes no MEC subiu de tom após as audições no Senado.

Como mostrou o Estadão nesta quinta-feira, o governo deflagrou uma operação para tentar impedir o mínimo de assinaturas para instauração da CPI. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, procurou senadores para barrar a coleta de assinaturas pró-CPI. Ciro, que é senador licenciado e hoje tem poder para liberar recursos do Orçamento a parlamentares, está diretamente ligado à distribuição.

O presidente da Comissão de Educação no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), que conduziu sessões em que três prefeitos confirmaram ter recebido cobrança de propina para ter acesso a recursos do MEC, estava entre os que defendiam apuração do caso. Mudou o discurso, e agora, mesmo diante dos relatos, diz que vai “analisar a possibilidade” só após ouvir o novo ministro da Educação.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR), que costuma apoiar investigações, também não quis aderir ao movimento. Em linha similar à apresentada por Guimarães neste sábado, alegou que não quer dar palanque eleitoral para oposição. O senador Carlos Viana (PL-MG), indicado para assumir a liderança do governo no Senado, foi na mesma linha. “Eu não acredito que a gente prospere com as assinaturas ou mesmo que a gente vá se instalar uma CPI em ano eleitoral.”

Estadão

Ausência de Haddad expõe ‘climão’ e impasse em SP após aliança Lula-Alckmin

No dia em que a aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ganhou corpo, as diferenças entre PT e PSB na disputa pelo Governo de São Paulo também ficaram evidentes.

Na reunião desta sexta-feira (8), em São Paulo, o PSB indicou Alckmin formalmente para a vice de Lula, mas o tema de São Paulo ficou fora da pauta para não estragar o ambiente festivo.

O PT vai lançar Fernando Haddad e espera o apoio do PSB. Do outro lado, o PSB insiste em Márcio França e também afirma esperar uma aliança com o PT.

O evento reuniu as cúpulas de PT e PSB, mas Haddad estava ausente. O ex-prefeito viajou para São José do Rio Preto (SP) para reuniões com estudantes, empresários e políticos. Sua agenda na região nos próximos dias, no entanto, foi cancelada, na noite desta sexta, para que Haddad estivesse na capital, neste sábado (9), para o velório de Dalmo de Abreu Dallari.

Nos bastidores, sua ausência foi encarada como uma forma de evitar um climão.

França foi à reunião e chegou a admitir que o cenário em que ambos concorram de forma paralela, com o apoio de Lula e Alckmin, é o mais provável hoje. Os dirigentes dos partidos, no entanto, ainda trabalham pela unificação.

“Eu sempre defendo a unidade desse campo. Vou trabalhar o que eu puder para que a gente saia unido aqui em São Paulo. Acho muito importante, porque isso fortalece. […] A gente tem condição de ganhar a eleição aqui, não tenho dúvida”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Ela afirmou que o imbróglio deve ser tratado em reuniões com o PSB na próxima semana.

Já o presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que o ideal é a unidade, mas já admite a possibilidade de que França e Haddad disputem votos no primeiro turno.

“A chance [de dois palanques] é alta. Pode acontecer. O ideal é que não aconteça, estamos fazendo esforço para que não ocorra, mas se tiver que ocorrer não há nada de anormal nisso. […] Os partidos políticos têm sua autonomia, cada um tem seus candidatos. Quando é possível ter uma candidatura unificada, ótimo, como é o caso de alguns estados”, disse.

No caso de São Paulo, Siqueira afirmou que o PSB espera apoio do PT. “Não sei se terá, mas estamos esperando. Temos um bom candidato, que aparece cada dia melhor nas pesquisas. Ele tem uma taxa de rejeição muito baixa, enquanto seu concorrente [Haddad] tem uma taxa bem mais alta.”

O dirigente ainda alfinetou o ex-prefeito ao ser questionado sobre a ausência do petista na reunião. “Nem percebi”, respondeu.

Presente na reunião, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que “o ideal é juntar Haddad, França, [Guilherme] Boulos e Alckmin no mesmo palanque”. Boulos (PSOL) desistiu recentemente da sua candidatura ao Governo de São Paulo em nome da unidade.

Questionado sobre a falta de Haddad, Guimarães desconversou e não citou o ex-prefeito. “O evento foi tão belo e singelo que qualquer outro fato poderia tirar o brilho”, disse.

França afirmou que Haddad é um nome competitivo para o Senado ​—enquanto o PT já reservou a vaga do candidato ao Senado para França.

Como mostrou a Folha, a hipótese de que ambos concorram teria vantagens aos olhos do PT e do PSB, já que França poderia estancar votos de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB).

O fato de ter eleitores no campo da direita é o argumento usado por França para declarar sua candidatura mais competitiva e mais ampla que a de Haddad, embora o pessebista esteja atrás nas pesquisas.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (7) mostra Haddad com 29%, França com 20%, Tarcísio com 10% e Rodrigo com 6%. No cenário sem França, o petista vai a 35%, e Tarcísio e Rodrigo empatam com 11%.

Haddad é conhecido por 94% dos eleitores, enquanto França é conhecido por 74%. O petista é o mais rejeitado entre os eleitores, com 34%. Já França tem 20% de rejeição.

França afirmou a jornalistas que ainda busca a unidade com Haddad. “Claro que temos eleitores diferentes, o que é bom. Vamos tentando, temos algum tempo para isso. […] A chance maior é cada um ter sua candidatura. Mas vamos fazer um esforço até o final porque quem sabe uma luz ilumina”, disse.

O ex-governador ponderou que sua proposta de que um dos dois seja escolhido por meio de pesquisas em meados de maio ou junho segue de pé, mas os critérios precisariam ser definidos. França quer levar em conta cenários de segundo turno e rejeição, enquanto petistas argumentam que Haddad lidera em intenções de votos.

França afirmou ainda que Lula e Gleisi foram favoráveis à sua ideia. “Agora temos que convencer o PT de São Paulo, que também, entendo, tem todo direito de falar: não, mas eu não quero pesquisa com Márcio França porque de repente ele ganha. De repente eu ganho, faz parte.”

Ele disse ainda que as candidaturas baseadas apenas em padrinhos são mais frágeis. “Haddad é Lula. Tarcísio é [Jair] Bolsonaro. Rodrigo é [João] Doria. E o Márcio França é quem? É alguém que não se sente apadrinhado por ninguém, mas é competitivo”, disse.

França afirmou que será bom ter o apoio de Alckmin, mas que ele seria o padrinho do ex-governador, já que foi um dos articuladores da chapa Lula-Alckmin, e não o contrário.​

Em meio às divergências a respeito de São Paulo, Lula e Alckmin trocaram afagos e posaram para fotos na reunião.

Formalizada a indicação do PSB, o diretório nacional do PT deve se reunir no próximo dia 13 para indicar a chapa para aprovação durante o encontro nacional do partido, em 4 e 5 de junho. Em 30 de abril, está previsto um ato público com a participação de Lula e Alckmin. ​

“Estamos dando uma demonstração muito forte ao Brasil”, disse Lula, referindo-se à aliança entre antigos rivais. O movimento foi defendido como necessário para superar Jair Bolsonaro (PL).

“Este dia para mim é importante. Alckmin, eu tenho certeza que o Partido dos Trabalhadores irá aprovar o seu nome como candidato a vice”, afirmou o ex-presidente. “Você será recebido como um velho companheiro dentro do nosso querido Partido dos Trabalhadores.”

Em seu discurso, Alckmin falou em grandeza política e desprendimento. “A política não é uma arte solitária. A força da política é centrípeta. Nós vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país”, disse o ex-governador. ​
Catia Seabra e Carolina Linhares / Folha de São Paulo
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SEC publica edital de inscrições para auxílio permanência de estudantes nas universidades públicas estaduais

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) publicou, neste sábado (9), o edital para abertura de inscrição, confirmação e atualização de informações para o auxílio permanência de estudantes nas universidades públicas estaduais. O procedimento poderá ser feito a partir desta segunda-feira (11), no endereço, e é voltada para estudante regularmente matriculado em curso de graduação presencial, desde que não tenha concluído nenhum outro curso de nível superior, com situação de vulnerabilidade socioeconômica comprovada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Os estudantes interessados na participação do Projeto Estadual de Auxílio Permanência (Programa Mais Futuro) deverão identificar, no momento da inscrição, um dos perfis: 1) Perfil Básico - estudantes em município localizado até 100 km do campus de matrícula e frequência do curso superior, corresponderá ao auxílio de R$ 300,00; 2) Perfil Moradia- estudantes em município localizado a uma distância superior a 100km do campus de matrícula e frequência do curso superior, e que mudou de domicílio para frequentar o curso, corresponderá ao auxílio de R$ 600; 3) Perfil Complementar: estudantes beneficiários de auxílio estabelecido por atos normativos de instituições de Ensino Superior ou entes federativos diversos que atendam aos critérios estabelecidos pelos Perfis Básico e Moradia, sendo o auxílio variável e limitado aos valores estabelecidos.

O coordenador de Projetos e Programas Estratégicos da SEC, Marcius Gomes, falou da importância do benefício para os estudantes universitários. "O Governo do Estado dá continuidade a este programa que é importante para os universitários e foi fundamental, também, durante a suspensão das aulas ocasionada pelo combate à Covid-19. Com a retomada presencial, vamos fortalecer as universidades garantindo que os estudantes com maior vulnerabilidade socioeconômica tenham seu direito de permanecer cursando o Ensino Superior em nossas universidades públicas estaduais".

Entre os documentos exigidos estão: Carteira de Identidade ou documento oficial com foto; Cadastro de Pessoas Física (CPF); Folha Resumo do registro, individual ou familiar, atualizado no CadÚnico, que deverá estar carimbada e assinada pelo órgão responsável pelo fornecimento das informações, e na ausência de carimbo, o servidor responsável deverá registrar o número da matrícula funcional e assinar; Comprovante de matrícula emitido/disponibilizado no semestre vigente; Comprovante de Residência em nome do estudante, mãe, pai, avós, ou outro responsável legal; e Declaração de inexistência de vínculo empregatício e de não estar cursando e nem ter concluído outro curso de nível superior (Ver relação completa no edital).

A inscrição segue até o dia 29 de abril e, após essa etapa a documentação exigida, será analisada e homologada pelas Comissões de Seleção, equipes correlatas, ou setor responsável pela assistência e permanência estudantil de cada universidade. É de inteira responsabilidade do estudante o acompanhamento regular no sistema de inscrição online, mesmo endereço utilizado no momento da inscrição. A lista dos estudantes homologados será disponibilizada pela SEC, em articulação com as universidades e divulgada por cada uma das respectivas instituições em seus portais eletrônicos (ver cronograma abaixo).

Cronograma

- Publicação do Edital de Inscrição 2022.1 - 09/04

- Período de Pré-inscrição - 11 a 29/04 (até às 17h)

- Confirmação das inscrições - 02 a 11/05

- Período da 1ª análise de homologação - 13/04 a 13/05

- Correções das inscrições pelos estudantes - 16 a 20/05

- Finalização do Processo de Homologações - 16 a 28/05


- Publicação da Lista Parcial de Homologados - 30/05


- Recursos Contra o Resultado das Homologações - 31/05 e 01/06

- Publicação da Lista Final de Homologados - pós recursos - 03/06








Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

ipiau: Reportagem: conheça o Projeto Crescer em Ipiaú, pioneiro na região em atender crianças com espectro autista

Essa semana foi comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e nessa reportagem você vai conhecer a família do pequeno Nathan Endrew, que é uma das mais de 50 famílias que participa do programa. 

Veja sobre as ações desse projeto pioneiro na região: equipe, estrutura, e a importância que tem para o sistema de saúde municipal.

Prefeitura de Ipiaú / DIRCOM

Guerra na Ucrânia alivia pressão e dá sobrevida a Boris Johnson no Reino Unido

Foto: Ben Stansall/AFP

Mais de 55% de desaprovação, figurões do próprio partido pedindo sua renúncia e revelações, dia após dia, de festas promovidas no gabinete durante o pior período da quarentena contra a Covid-19 no país. Em janeiro, parecia inevitável que Boris Jonhson deixaria o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.

O “partygate”, como o escândalo dos eventos ficou conhecido, custou a popularidade e o capital político do premiê, e candidatos a sucedê-lo já circulavam nas bolsas de apostas —e no Parlamento.

Até que veio a guerra na Ucrânia. Em 24 de fevereiro, após semanas de tensão no Leste Europeu, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o início do que chama de “operação militar” no país vizinho. E o estouro do conflito aliviou a tensão que também durava semanas em Londres.

Com isso, saiu dos holofotes a investigação de ao menos 16 eventos irregulares entre maio de 2020 e abril de 2021, incluindo reuniões de servidores no jardim de Downing Street (sede do Executivo), despedidas de funcionários, noite de jogos às vésperas do Natal e até uma festa de aniversário para o premiê.

Pesquisa do instituto britânico YouGov aponta que a popularidade do primeiro-ministro, que chegou a 22% em janeiro, em meio à pressão por sua renúncia, voltou a subir e atingiu 30% em março, após o início da guerra —ainda que em recuperação, o índice permanece em mínimas históricas.

“É horrível falar assim, mas politicamente a guerra foi muito útil para ele”, diz o professor de relações internacionais da Universidade de São Paulo Kai Enno Lehmann, que fez carreira acadêmica na Universidade de Liverpool. O alívio, no entanto, deve ser momentâneo.

Primeiro porque o “partygate” está longe de acabar. Ainda há investigações em curso, e o primeiro-ministro, até onde se sabe, não entrou na primeira lista de pessoas multadas por descumprir as regras do lockdown. Quando as multas chegarem a Downing Street, o assunto certamente voltará a estampar os tabloides britânicos.

Em segundo lugar, porque, embora Boris tenha oferecido ajuda militar e financeira para a Ucrânia, seu governo tem sido criticado por abrigar poucos refugiados do conflito —até agora, quase 4,4 milhões de ucranianos deixaram o país, na diáspora mais rápida desde a Segunda Guerra Mundial.

O Reino Unido acolheu apenas 12 mil deles. Portugal, por exemplo, nação com 15% da população e 8% do PIB do Reino Unido, já recebeu mais de 27 mil ucranianos. A situação tem causado embaraços ao governo britânico, e a ministra do Interior, Priti Patel, pediu desculpas em entrevista à BBC. “Tem sido frustrante”, disse. “Peço desculpas, com frustração.”

Boris viu seus colegas Emmanuel Macron e Olaf Scholz —líderes, junto com ele, das maiores economias do continente europeu— assumirem papel de destaque na tentativa de reduzir as tensões do conflito, sobretudo nas semanas que antecederam a guerra, com negociações presenciais e telefonemas a Putin.

O britânico não chegou a ir ao Kremlin nem assumiu protagonismo diplomático. Ele telefonou ao russo uma vez, em 2 de fevereiro, em conversa na qual os dois falaram em “aplicar o espírito do diálogo nas tensões correntes para encontrar uma resolução pacífica”, segundo a nota de Downing Street.

Lehmann avalia que a presença mais tímida na mesa de negociações se deve ao fato de o Reino Unido não fazer mais parte da União Europeia, de modo que não mais seria de sua responsabilidade o problema da dependência do bloco em relação ao gás natural russo, entre outras coisas —o governo britânico diz que menos de 4% do produto usado no país vem de Moscou.

Desde o começo da guerra, então, o britânico optou por outro caminho, o do confronto, a exemplo do americano Joe Biden. Rússia e Reino Unido já vinham de um ambiente diplomático tenso, sobretudo depois de gafes da ministra do Exterior, Liz Truss, sobre a geografia russa. Ela confundiu mar Báltico com mar Negro em uma entrevista e, em reunião bilateral, caiu em uma pegadinha do chanceler Serguei Lavrov, que lhe perguntou se reconhecia a soberania russa em Rostov e Voronej, que fazem parte da própria Rússia —não há questões diplomáticas envolvendo as regiões.

O clima levou Boris a fazer discursos fortes contra Putin, chamando-o de ditador e criminoso de guerra desde os primeiros dias do confronto.

À reação do Kremlin, alegando que o premiê era “o mais ativo antirrusso”, o britânico respondeu com ironia. “Não acredito que haja uma única pessoa na mesa da Otan ou do G7 que seja contra a Rússia ou o povo russo. Muito menos eu. Sou provavelmente o único primeiro-ministro na história do Reino Unido com o nome Boris.”

Apesar do tom inflamado contra Putin, Londres recebeu críticas por demorar a aplicar sanções contra membros do Kremlin e oligarcas russos —em alguns casos citaram-se anos de atraso.

O bilionário Oleg Deripaska, por exemplo, industrial com relações próximas com o presidente russo, é alvo de sanções dos EUA desde 2018 e só entrou na lista de vetos do Reino Unido no último 10 de março, durante a guerra. O mesmo se dá com Andrei Kostin, presidente do banco estatal russo VTB.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, e o chefe de gabinete, Anton Vaino, também foram alvos de sanções dos britânicos mais de 15 dias depois de a medida ser tomada pela União Europeia, bem como o primeiro-ministro russo, Mikhail Michustin.

Isso porque os oligarcas e a elite russa em geral têm forte ligação com o Reino Unido, onde moram, estudam e compram ações e empresas —a capital britânica é chamada, em tom de piada, de “Londongrado”. O exemplo mais conhecido é o de Roman Abramovich, influente figura nos círculos de poder na Rússia e dono do Chelsea (ele hoje tenta vender o clube de futebol).

Se por enquanto Boris tem se equilibrado nessa corda bamba entre discurso forte e ações reticentes desde a eclosão da guerra, ele e seus correligionários terão um bom termômetro em menos de um mês. No dia 5 de maio eleições locais para prefeitos e outras autoridades locais devem indicar a popularidade do Partido Conservador — e mostrar se os britânicos esqueceram ou não as festas de seu líder.

Thiago Amâncio / Folha de São Paulo

Investigadores flagram homem com duas pistolas e cocaína

Um homem, de 22 anos, foi preso em flagrante com duas pistolas, calibre 9 milímetros, e 162 pinos de cocaína, em Nova Brasília de Valéria. A ação ocorreu durante diligências de investigadores do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), na tarde de quinta-feira (7).

As equipes apuravam uma denúncia, quando localizaram o endereço do suspeito e foram recebidos pela mãe dele. A mulher negou que o filho estivesse em casa, mas os policiais perceberam que alguém tentava jogar um material na casa vizinha. O homem foi identificado e conduzido para Central de Flagrante

Após ser autuado pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, o flagranteado está à disposição do Tribunal de Justiça. A droga e as armas foram encaminhadas para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde serão submetidas à perícia.
Fonte: Ascom PC

Rondesp Chapada localiza 122 kg de cocaína

Cerca de 122 kg de cocaína foram apreendidos, na madrugada desta sexta-feira (8), por policiais da Rondesp Chapada. O flagrante aconteceu durante um bloqueio em um trecho da BA-046, bairro de Açude Novo, local que liga as cidades de Itaberaba e Iaçu.

Segundo o comandante da unidade, capitão Ronald Fiuza, os PMs perceberam o nervosismo do condutor do veículo modelo Agile, placa ELK5F59, e pararam o automóvel.

Durante a inspeção foram encontrados 11 sacos de tamanhos diferentes de cocaína e 15 tabletes de pasta base da droga.

O condutor do veículo informou que foi contratado por R$ 2 mil para levar a droga até o município de Amargosa. Ele foi apresentado na 12ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Itaberaba).
Fonte: Ascom: Marcia Santana

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