Rússia bombardeia capital da Ucrânia antes de cúpula do G7 na Alemanha

A Rússia bombardeou um bairro residencial em Kiev, capital da Ucrânia, neste domingo (26), horas antes do início da cúpula do G7 na Alemanha, grupo para o qual a Ucrânia voltou a pedir mais apoio para contra-atacar o avanço das tropas russas na região do Donbass, no leste.


Quatro explosões foram registradas por volta das 06h30 (00h30 em Brasília) em Kiev e atingiram um complexo residencial do bairro de Shevchenkivskiy, provocando um incêndio considerável, segundo os jornalistas da AFP presentes no local.

Ao menos uma pessoa morreu e quatro foram hospitalizadas, entre elas uma menina de sete anos, assinalou no Telegram o prefeito, Vitali Klitschko. O balanço ainda pode se agravar já que há pessoas "sob os escombros", acrescentou.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que as informações que apontam que o ataque atingiu uma área residencial eram "falsas" e afirmou que o bombardeio alcançou a fábrica de mísseis Artiom.

A capital ucraniana não registra ataques russos desde o início de junho e os de hoje aconteceram pouco antes do início da cúpula do G7 no sul da Alemanha.

Esta é a terceira vez que o bairro é alvo de ataques desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. A primeira foi em meados de março e a segunda em 28 de abril, quando o secretário-geral da ONU, António Guterres, visitou Kiev.

Mas agora, trata-se de "intimidar os ucranianos [...] diante da proximidade da cúpula da Otan", disse Klitschko.

Além do G7, que reúne os líderes de Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Reino Unido, os aliados da Ucrânia se reunirão a partir de terça-feira na cúpula da Otan em Madri.

- Um ato de 'barbárie' -

"Acordei com a primeira explosão, fui à varanda e vi misseis caindo e ouvi uma explosão enorme, tudo tremeu", contou à AFP Yuri, um morador de 38 anos, que não quis divulgar seu sobrenome.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou os ataques russos sobre Kiev de "barbárie".

"Nossos militares fazem o possível para prevenir os ataques contra nossa cidade. Mas, lamentavelmente, não podemos garantir 100% de segurança em Kiev nem em outras partes da Ucrânia enquanto a agressão [russa] continuar", disse Klitschko.




Segundo o deputado ucraniano Oleksi Goncharenko, Moscou disparou 14 mísseis contra Kiev e arredores pela manhã.

Após a agressão, o governo ucraniano voltou a pedir mais armas e sanções aos líderes ocidentais. "A cúpula do G7 deve responder com mais sanções contra a Rússia e mais armas pesadas para a Ucrânia", exortou no Twitter o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba.

Kuleba também fez um chamado para "derrotar o imperialismo doentio" russo. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participará por videoconferência da reunião do G7 nesta segunda, enquanto o conflito entra em seu quinto mês e corre o risco de se prolongar.

- Embargo ao ouro russo -

À espera de um anúncio coletivo ao término da cúpula na terça-feira, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Japão já se anteciparam e anunciaram um embargo sobre o ouro russo.

As exportações de ouro por parte de Moscou totalizaram cerca de 15,5 bilhões de dólares em 2021, segundo o governo britânico.

Durante a cúpula neste domingo, Biden também fez um chamado à unidade do grupo, que segundo ele não se dividiu, contrariando os desejos do presidente russo, Vladimir Putin.

O premiê britânico Boris Johnson advertiu, no entanto, para o risco de "fadiga" dos países ocidentais e anunciou uma nova ajuda de até 525 milhões de dólares a Kiev.

Johnson desaconselhou o presidente francês, Emmanuel Macron, a buscar "agora" uma solução negociada na Ucrânia, pois isso poderia prolongar a "instabilidade mundial".

Contudo, ambos os líderes concordaram que ainda "era possível mudar o rumo da guerra", segundo um porta-voz do governo britânico.

- Severodonetsk e Lysyschansk -

No sábado, o exército ucraniano informou sobre um "ataque russo em larga escala [...] com mais de 50 mísseis de vários tipos lançados do ar, do mar e da terra" na noite anterior a partir de Belarus.

Putin, por sua vez, anunciou que seu país iria entregar a Belarus mísseis com capacidade nuclear "nos próximos meses". O regime de Alexander Lukashenko não está oficialmente envolvido no conflito, mas, como aliado do Kremlin, lhe oferece apoio logístico.

As forças russas obtiveram avanços importantes no leste da Ucrânia no sábado, com a conquista de Severodonetsk e a entrada das tropas na vizinha Lysychansk.

O governador de Luhansk, província da qual Severodonetsk faz parte, Serhiy Haiday, afirmou que "há danos em 90% da cidade e que será muito difícil sobreviver" nela.

A queda dessas duas cidades industriais separadas por um rio poderia facilitar o avanço das tropas russas a Sloviansk e Kramatorsk, situadas mais a oeste na região de Donetsk.

Luhansk e Donetsk formam juntas o Donbass, uma região que já estava parcialmente nas mãos dos separatistas pró-Rússia desde 2014 e que Moscou deseja controlar.
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Autor de chacina em Cruz das Almas é preso curtindo festa junina

Um dos autores de uma chacina que vitimou cinco pessoas, em abril deste ano, em Cruz das Almas, teve o mandado de prisão cumprido na madrugada deste domingo (26), dentro do circuito do São João, enquanto curtia a festa. Após ser identificado por policiais da Delegacia Territorial (DT) da cidade, o criminoso foi conduzido a Delegacia Especial de Área (DEA).

Na época do crime, quatro homens e uma mulher foram mortos por disparos de arma de fogo. "Ele atribui a disputa pelo tráfico de drogas, como a motivação do crime", explicou o titular da DT de Cruz das Almas, delegado Felipe Ghiraldelli.

A localização do homem, que estava entre as pessoas no circuito da festa, contribuirá para outras investigações. "É uma importante prisão. Estávamos realizando nosso trabalho de investigação e busca de eventuais criminosos no local do festejo, quando foi possível identificá-lo e de forma eficiente, nossa equipe o deteve e fez a condução. Essa captura vai colaborar para a localização dos outros envolvidos", relatou o delegado.

Depois de ser apresentado na (DEA), instalada no circuito, ele foi encaminhado para a sede da DT, onde está custodiado à disposição da Justiça.
Fonte: Ascom PC

Itagibá: Mulher é presa pela policia Militar no Distrito do Japumirim, Por ameaça e porte ilegal de arma de foga


Por volta das 22h30min desse sábado (25/06/22), após denúncia via 190, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou até a Fazenda Mané Grande, localizada no Distrito do Japomerim, em Itagibá, para averiguar uma situação onde uma mulher teria invadido a residência do solicitante, pelas porta do fundo.
No local, a guarnição encontrou a residência toda fechada. Ao tentar conversar com a mulher, não teve resposta, sendo necessário entrar o imóvel. Ao iniciar a entrada, a suspeita foi visualizado no primeiro cômodo da residência com um rifle calibre .38 em punho. Ao receber a ordem para soltar a arma, a mesma não mostrou resistência e deixou a arma em cima da cama.

Autora: F. A. dos S. Nasc: 02/08/1998; End: Rua Ademir Souza Ferreira, Irmã Dulce, Ipiaú - BA

Vitima: J. dos S. B. (Masculino) Nasc: 18/01/1996; Endereço: Fazenda Mané Grande, Japumerim, Itagibá - BA
Material apreendido: Rifle Rossi Cal. 38, 09 munições intactas
Sendo assim, a autora, vítima e o material apreendido foram encaminhados até a Delegacia de Ipiaú

Informação: ASCOM/ 55ª CIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Tasso é aposta de Simone Tebet para diálogo com Ciro, 3ª via e mercado

O senador Tasso Jereissati (CE) aguarda o desfecho das negociações no Rio Grande do Sul entre seu partido, o PSDB, e o MDB para selar o acordo com Simone Tebet e ser anunciado como candidato a vice da senadora, pré-candidata à Presidência. Segundo pessoas próximas, o tucano já aceitou o “desafio”, mas só vai falar do assunto após formalizado o acordo.

Aos 73 anos, o empresário e parlamentar cearense, um dos últimos representantes da velha guarda tucana em atividade na política nacional, tem o apoio integral do PSDB e se prepara para entrar na campanha presidencial enquanto estreita laços com o clã Ferreira Gomes, de Cid e Ciro Gomes, e mantém pontes com o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Após Simone Tebet registrar 1% na mais recente pesquisa Datafolha, a pressão para a indicação do nome de Tasso cresceu. “Minha ligação com o Tasso é umbilical. Tenho uma história de vida com ele. Começou com meu pai e depois fomos colegas no Senado por sete anos. Mas a escolha é do PSDB”, disse Simone em entrevista ao Estadão.

A indicação de Tasso na chapa, segundo tucanos e aliados, sedimenta o apoio do PSDB nos Estados ao palanque de Simone e ainda aproxima a senadora de Ciro Gomes. Além disso, afasta o MDB de vez do bolsonarismo e reforça a hipótese de apoio da terceira via ao ex-presidente Lula em um eventual 2.º turno. O ex-senador José Aníbal (PSDB-SP) lembrou que, em 1993, Tasso chegou a ser cotado como vice de Lula: “Ele sempre teve um bom diálogo com o PT e Ciro. É aberto e bom de conversa”.

Em agosto do ano passado, Tasso recebeu Lula em seu escritório em Fortaleza e eles apareceram juntos em foto divulgada nas redes sociais. O ex-presidente costuma lembrar que se emocionou com uma carta do senador quando estava preso e perdeu o neto.

Não há expectativa de que Ciro ou Simone desistam de suas candidaturas, mas a indicação de Tasso como vice estreita os laços entre os dois projetos, que devem caminhar lado a lado nos debates e eventos da campanha.

“Tasso e Ciro têm a mesma origem política, que foi o enfrentamento às oligarquias do Ceará”, disse o cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundação Joaquim Nabuco, do Recife.

Ciro foi sucessor de Tasso no governo do Ceará, em 1990, e depois ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso por indicação do aliado. Em 2010, eles romperam por causa de divergências locais, mas começaram a se reaproximar após a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Tasso potencializa diálogo de Tebet com a terceira via
Para a cientista política Raquel Macedo, da Universidade Federal do Ceará, a escolha de Tasso na chapa de Simone potencializa o diálogo da pré-candidata com as forças da terceira via. “Ele é um interlocutor com a terceira via, sim. Ele assumidamente não é de esquerda, nem adota pautas bolsonaristas. É um político preocupado com o equilíbrio financeiro, mas também com pautas humanitárias”, afirmou Raquel. “Ele assume a linha que Fernando Henrique já representou. Ele é um liberal moderado.”

Apesar da dedicação à política, Tasso é um empresário bem-sucedido dos ramos de bebidas, shopping centers e comunicação. O tucano tem boa interlocução com o mercado financeiro e grandes empresários, e deve ajudar Simone a construir pontes com o setor.

Senador é citado como nome de convergência

Indicação

O nome do senador cearense Tasso Jereissati foi anunciado no dia 1.º de junho como a indicação do PSDB para ser vice na chapa da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na disputa ao Palácio do Planalto.

Perfil

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse que Tasso era um “nome de convergência” de um partido que, naquele momento, saía rachado de uma prévia presidencial entre os ex-governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS).

Aliança

<No dia 8 de junho, o PSDB anunciou apoio à pré-candidatura presidencial de Simone Tebet como representante de três partidos da “terceira via” – MDB, PSDB e Cidadania.

Entrave

O PSDB aguarda agora o anúncio de apoio do MDB ao pré-candidato tucano Eduardo Leite ao governo gaúcho para anunciar Tasso como candidato a vice na chapa de Simone.

Acerto

O acordo envolveria a desistência do deputado estadual Gabriel Souza (MDB). O primeiro movimento é convencer Pedro Simon, decano do MDB, a declarar apoio a Leite.

Pedro Venceslau/Estadão Conteúdo

Cerimônia transfere sede do Governo para Cachoeira; município ganha Terminal Turístico

A cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, tornou-se sede do Governo do Estado, na tarde deste sábado (25). A cerimônia tem como propósito ressaltar a importância do município nas batalhas travadas pela conquista da Independência do Brasil, que tiveram início no dia 25 de junho de 1822 e neste ano celebra o seu bicentenário. O evento histórico possibilitou na libertação baiana do domínio da coroa portuguesa, em 2 de Julho do ano posterior.
A mudança simbólica da sede do governo ocorre desde 2007, quando a lei 10.695 foi aprovada. A cerimônia contou com a presença do governador Rui Costa, que comentou sobre a relevância do dia para a história. “Nessa data, assim como o 2 de Julho, a gente se sente orgulhoso de ser baiano. A Bahia e os baianos e baianas têm um destaque e uma força especial na história desse País, não só no curso civilizatório, mas uma presença forte na história, na música e cultura”, afirmou.

Desfile cívico, honras militares e o ‘Te Deum’, ato religioso em memória aos que lutaram pela independência, realizado na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, fizeram parte da solenidade.

“Estamos iniciando as comemorações do bicentenário [da Independência] com a presença do governador, que nos presenteou com um pacote de obras importante para a nossa cidade, o povo de Cachoeira está em festa”, exaltou Eliana Gonzaga, prefeita do município.

Terminal turístico

Além da agenda de celebração histórica, o município de Cachoeira foi contemplado com a entrega de um Terminal Turístico. O equipamento, que custou R$ 4,4 milhões em investimentos, conta com um novo píer com atracadouro flutuante e está integrado à requalificação urbana de uma praça adjacente, localizada às margens do Rio Paraguaçu, que banha parte da região do Recôncavo. As obras foram realizadas por meio de parceria entre as secretarias estaduais do Turismo e da Cultura, via Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).

A solenidade contou com a presença do secretário do Turismo, Maurício Bacelar. “O Terminal Turístico além de dar mais segurança ao turista, qualifica também o destino. Daqui deste terminal náutico, Cachoeira se coloca, definitivamente, enquanto patrimônio cultural e turístico da Bahia, se integrando à Baía de Todos os Santos com esse equipamento moderno”. Bacelar reforçou ainda que o Terminal compõe uma estrutura que coloca a cidade como um dos grandes destinos turísticos do País.


Pela primeira vez no município, as amigas Juliana e Márcia aprovaram a estrutura do Terminal e o clima de celebração. “Este Terminal é um mais um ponto turístico que esta cidade ganha, o que amplia ainda mais suas riquezas culturais”, explicou Juliana Vanderlei. Já a sua colega ressaltou a preparação do município para os dias de festa. “A cidade está totalmente organizada para uma data importante como o Bicentenário da Independência, as casas, o comércio, até as pessoas estão num clima de cívicos muito bacana. Amei ter vindo conhecer Cachoeira nesta data” garantiu a visitante Márcia Carvalho.

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Os cachoeiranos também foram contemplados com a ordem de serviço para as obras de contenção de uma encosta que vai proteger as instalações do Colégio Estadual da Cachoeira, unidade educacional localizada no bairro de Pitanga. Além disso, o governador anunciou a licitação de outra contenção de encosta nos bairros do Caquende e Morumbi.

Rui Costa autorizou ainda a Secretaria de Educação do Estado (SEC) a emitir ordem de serviço para modernização do Colégio Estadual Quilombola da Bacia do Iguape, com Implantação de refeitório e quadra poliesportiva coberta com arquibancada. As obras serão executadas pela Conder, empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur).

Quina de São João teve 11 ganhadores; confira os números ECONOMIA

Realizado na noite de ontem (25) em Campina Grande, na Paraíba, o concurso 5.881 da Quina, a Quina de São João, teve 11 ganhadores. Cada um receberá R$ 17.813.226,63.

Veja as dezenas sorteadas:

35 – 36 – 49 – 75 – 80

Outras 2.026 apostas levaram a quadra, que pagará R$ 7.045,11 para cada vencedor. Para bilhetes com três números corretos, o prêmio é de R$ 87,18, enquanto apostas que acertaram apenas dois números receberão R$ 3,34.

O maior prêmio dado pela Quina de São João continua sendo o realizado em junho de 2021, quando a Caixa ofereceu R$ 204.813.741,28. Este foi o segundo maior prêmio pago pelo concurso desde sua criação.

Agência Brasil

Ipiaú: Homens são presos pela Polícia Militar por: Crime de trânsito, desobediência e desacato


Por volta das 03h50min desta quinta-feira (23/06/22), a guarnição da 55ª CIPM/PETO estava fazendo policiamento ostensivo na saída de Ipiaú, sentido Jequié, quando avistou um veículo suspeito que entrou num posto de combustível próximo a área das bombas do referido estabelecimento comercial.

A guarnição procedeu com abordagem aos três ocupantes do veículo e um dos envolvidos começou a resistir a voz de abordagem, gesticulando, gritando alto e tentando intimidar a guarnição dizendo que é amigo de autoridades civis e militares e que a guarnição iria ver. Foi necessário o uso de algemas para conter as três pessoas.

Foi feita busca no veículo de placa PKH 8853, sendo encontradas latas de cerveja vazias no interior do veículo.

Os envolvidos e o veículo foram apresentados na Delegacia de IPIAÚ para as providências cabíveis.

Autores: U. Q. S. (Masculino), End: BR 330, Mercearia Andrade, Bairro Aparecida, Ipiaú, J. C. M. da S. (Masculino), Nasc. 18/03/1971, End: Rua Antônio Araponga, Bairro Irmã Dulce, Ipiaú, D. O. dos S. (Masculino), Nasc: 26/09/1993, End: Rua Francisco José de Souza, Bairro Nossa Senhora Aparecida, Ipiaú. Veiculo apresentado: Fiat Mobi Way, Placa PKH8853, cor prata de Ubatã

Informação: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Ipiaú: Homem é preso pela Policia Militar por agredir a companheira em plena Praça Pública (Lei Maria da Penha)

Por volta das 12h dessa sexta-feira (24/06/22), após denúncia boa 190, de briga de casal na Praça da Ciência, a guarnição da 55ª CIPM/1º Pelotão deslocou para verificar a situação .

No local, a guarnição conteve o agressor, dando voz prisão em flagrante por agressão a sua companheira. Fato ocorrido em praça pública. A vítima se encontrava com vários hematomas pelo corpo, tendo relatado que, após um desentendimento que teve com seu companheiro na casa de familiares do autor, ela teria saído para voltar para sua residência, quando o autor interceptou e começou agredi-la no meio da rua.

Autor: A. DOS S. B. (Masculino), idade: 38 Anos, END: Rua 2 Dezembro, Bairro 2 de dezembro, Ipiaú-Ba  Vitima: B. M. DOS S. (Feminino), idade:20 Anos, END: Rua 2 de Dezembro, Bairro 2 de Dezembro, Ipiaú-BA

Assim, a guarnição conduziu o autor e vítima para Central de Flagrante na Delegacia de Jequié.

Informação: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Aiquara: Homem é preso pela Policia Militar por desacato e desobediência

Durante os festejos de São João, na noite dessa quinta-feira (23/06/22), por volta das 23h30, na Avenida Jonival Lucas, a Patrulha da PM de serviço na festa se deparou com um indivíduo, que estava em visível estado de embriaguez alcoólica, causando desordem. Após abordagem da patrulha, o suspeito veio a desacatar os policiais militares com palavras de baixo calão, sendo dado voz de prisão, porém, ele resistiu, sendo necessário o uso da força. Autor: C. J. S. (Masculino); Nasc: 15/04/1984; End: Bairro Kit Moradia, Aiquara. O suspeito foi apresentado na delegacia de Aiquara.

Informação: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão

Dário Meira: Homem é preso pela Polícia Militar por; Perturbação do sossego alheio e desobediência

Por volta das 14h20 dessa quinta-feira (23/06/22), na Travessa Cemitério, Centro de Dário Meira, a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira foi solicitada, via telefone devido a um som automotivo que estava perturbando o sossego alheio.

A guarnição deslocou para a ocorrência, onde foi constatado que o veículo Astra, estava com o porta malas aberto e com o som muito alto. Foi dada ordem para o proprietário do veículo desligar o referido som, porém, ele se recusou, limitando-se apenas a abaixar o volume do aparelho sonoro, insistindo em incomodar os moradores do local. Sendo necessário o uso de algema, pois o individuo estava fazendo uso de bebidas alcoólicas e estava muito alterado, de maneira que poderia colocar em risco a integridade física dos envolvidos na situação.
Diante disso, a guarnição conduziu o infrator, juntamente com todo material apreendido para a delegacia de Itagibá.

Autor: E. F. de S. Nasc: 29/08/1968.
Material apreendido: 01 Alto falante, 01 Mesa com toca fitas 3 canais.1 Stetson stn0803, um som pioneer. 01 Bateria de caminhão 150 ahd targent. 01 Caixa de som pequena com um alto falante trinto mg920. 01 Caixa de som grande vulcano, uma fonte jfa 200a. 01 Modulo expert eletronicis. 01 Módulo taramps ds120 x4. 01 Modulo stetson ex 300 waats. 01 Celular Samsung cor branca. 07 Cartões Bancários. 01 Bateria portátil de celular. 980 reais em espécie. 01 Veículo GM Astra Sunny, cor Cinza, placa GYC 9E89.

Informações: 55ª CIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
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Drogas avaliadas em R$ 400 mil são apreendidas pela PC e PM

Noventa e oito tabletes de drogas (maconha e cocaína) foram apreendidos por equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico e pela 13ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pituba), na madrugada deste sábado (25). Ação conjunta ocorreu no bairro de Pituaçu, em Salvador, após informações de que os entorpecentes seriam comercializados no festejo junino da capital.

Quando as equipes chegaram no local indicado, dois homens fugiram e abandonaram os tabletes em uma residência desabitada, como conta comandante da Rondesp Atlântico, major Valdino Sacramento.

“Com as denúncias anônimas e o trabalho investigativo da Polícia Civil tivemos o conhecimento de que os criminosos identificados como donos do material levariam os ilícitos para vender em um dos circuitos do festejo de São João em Salvador”, disse o oficial.

O diretor do Draco, José Bezerra Júnior, informou que a carga está avaliada em aproximadamente R$400 mil, além de acrescentar que o trabalho conjunto continuará para coibir o tráfico.
Fonte: Ascom | Poliana Lima

Queda de avião mata três no interior de São Paulo

Três pessoas morreram em um acidente aéreo neste sábado (25) em Salto do Pirapora, a 120 quilômetros de São Paulo. O avião de pequeno porte pegou fogo após a queda em uma plantação de eucalipto e os corpos foram encontrados carbonizados.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os tripulantes eram o piloto, sua esposa e uma funcionária do casal. O órgão, porém, não divulgou a identidade das vítimas. A informação teria sido repassada pelo funcionário da fazenda de onde decolaram, em Sorocaba, a cerca de 40 quilômetros.

A aeronave foi totalmente consumida pelo fogo, dizem os bombeiros, o que impediu também a identificação do prefixo. As causas do acidente ainda não foram esclarecidas.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da Força Aérea Brasileira não havia respondido ao contato da reportagem até a publicação deste texto.
Nicola Pamplona/Folhapress

Lula tem quarto jantar com empresários em dez dias

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais um jantar com empresários, agendado para a noite desta sexta-feira (24).

O anfitrião será o dono da operadora Qsaúde, José Seripieri Junior, como antecipou “O Globo”.

Mantida a programação iniciada na segunda-feira (20), serão pelo menos quatro jantares entre Lula e representantes do empresariado em menos de dez dias.

Na primeira reunião do conselho político da campanha, em 23 de maio, Lula disse que, depois de pronto, colocaria seu plano “debaixo do braço” para apresentá-lo aos diversos setores da economia.

É o que o petista tem feito desde a segunda-feira (20), quando acompanhou a redação final das diretrizes de seu programa, lançado no dia seguinte.

Na terça-feira (21), no lançamento dessas diretrizes, ele contou ter participado na véspera de um jantar oferecido pelo fundador do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), o engenheiro e economista Cláudio Haddad.

À mesa, o presidente do conselho da administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, o presidente da Natura, Fábio Barbosa, e o presidente da rede Magazine Luiza, Frederico Trajano.

Além de Lula e de seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, participou do encontro.

Segundo relatos de quem esteve no jantar, empresários se mostraram preocupados com falas de Lula sobre a proximidade de sua chapa com movimentos sociais e sobre “recuperar o país”.

Líderes empresariais perguntaram qual seria a âncora fiscal, já que o plano de governo anunciado pela chapa do petista prevê a revogação do teto de gastos.

Em resposta, Lula tem dito que os governos dele e de Alckmin são a prova de que não haverá sobressaltos.

Na terça-feira (21), o ex-presidente fez outro aceno para o chamado setor produtivo ao afirmar que em um programa de governo não se pode ser irresponsável de propor o inexequível.

Segundo aliados, esses encontros também acabam por desfazer a ideia de que Lula estaria rancoroso após 580 dias na prisão.

No domingo (26), Lula e Alckmin participarão de jantar em um restaurante no Itaim Bibi, zona nobre de São Paulo.

Organizado pelo Grupo Prerrogativas, o evento contará com cerca de 130 comensais, entre eles empresários e advogados.

Como antecipou Mônica Bergamo, os convites custaram de R$ 3.000 a R$ 20 mil, destinados ao PT. O jantar, segundo organizadores, seria uma forma de agradecimento aos apoiadores do partido.

Assim como Bolsonaro e o pedetista Ciro Gomes, Lula foi convidado para um encontro organizado pelo Grupo Esfera, que reuniria cerca de 50 empresários.

Lula e Ciro já manifestaram interesse em participar. Bolsonaro ainda não deu resposta.

Na próxima terça-feira (28), Lula tem marcada mais uma reunião. Mantida em sigilo, a lista de convidados inclui, por exemplo, nomes do setor financeiro, de saúde, farmacêutica e transporte aéreo.

Anfitrião do jantar previsto para a noite desta sexta-feira, José Seripieri Junior é amigo de Lula desde 2011, quando foram apresentados.

Em julho de 2020, Junior foi preso em operação que investigava irregularidades relacionadas à campanha eleitoral de José Serra de 2014, quando o tucano foi eleito senador por São Paulo.

Em dezembro, ele apresentou proposta de delação premiada.

Catia Seabra/Folhapress

Ipiaú: Festas juninas animaram foliões na semana do São João

A festa de São João aconteceu com muita animação nos arraiais montados pela Prefeitura de Ipiaú na Avenida São Salvador e pela escola municipal Raulina Rodrigues de Santana no distrito de Córrego de Pedras. Em ambas localidades as atrações foram os artistas da terra que apresentaram um repertório adequado para a ocasião e esquentaram o povo para a folia de São Pedro, a partir da próxima quinta-feira, 30, na Praça Álvaro Jardim.
O Forró da Tradição Meu Xodó, na Avenida São Salvador, esteve sob o comando do sanfoneiro Andinho Brito, que se apresentou na noite do dia 23, e do cantor Lucas Moraes, no dia 24. A chuva fina não foi suficiente para esfriar o ânimo do público aquecido com os licores de jenipapo e outras bebidas típicas. Os forrozeiros de plantão curtiram a festança com alegria e muita tranquilidade.
                                       Arraiá da Escola Raulina - Córrego de Pedras
Arraiá da Escola Raulina – CÓRREGO DE PEDRAS
No distrito de Córrego de Pedras, o Arraiá da Raulina teve a programação elaborada pela própria escola que carrega o nome do arraiá, com o apoio da Secretaria de Educação e Cultura, com início na manhã de quarta-feira, 22, com uma cavalgada pelas ruas da comunidade, seguida da tradicional brincadeira do pau-de-sebo. No período da tarde o movimento foi nas barraquinhas de comidas típicas, jogos e quermesses, e nas apresentações dos alunos e professores dos cursos Fundamental 1 e 2, Educação de Pessoas Jovens, Adultas, Idosas (EPJAI); Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA) e Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITEC). Tiveram ainda as barracas do Jovens Empreendedores Primeiros Passos (Jepp/Sebrae), do Programa Despertar, da EPJAI/PROAJA e EMITEC.
José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom

STJ dá atrasados para quem pediu aposentadoria no INSS e na Justiça

O segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem direito aos valores atrasados do processo judicial mesmo se ele conseguiu a aposentadoria administrativamente, após ter feito um novo pedido.

O julgamento do tema 1.018, feito pela 1ª Seção do STJ no último dia 8, deverá ser aplicado a todos os processos do tipo no país por se tratar de um recurso repetitivo. Para ter direito aos atrasados, o aposentado precisa ter obtido vitória na Justiça.

No caso debatido pelos ministros, o trabalhador buscou a Justiça após o INSS negar o pedido administrativo. Como a ação demorou para ser concluída, ele fez novo pedido no instituto e teve a aposentadoria concedida.

Com a decisão, ele poderá receber os valores atrasados, que são as diferenças não pagas pelo INSS no período em que deveria estar aposentado, mas teve o direito negado. O pagamento dos retroativos será entre a data do pedido inicial e o dia em que foi concedido o benefício administrativo.

“O segurado tem direito de receber os atrasados desde a data da DER [Data de Entrada do Requerimento] do primeiro benefício até a data em que começa o segundo requerimento. Essa foi a decisão do STJ no 1.018”, explica Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).

Segundo o advogado Roberto de Carvalho Santos, do Ieprev (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), a Justiça pode demorar anos para decidir sobre uma causa. Se o segurado continua no mercado de trabalho, ele consegue, anos depois, ter condições melhores para pedir o benefício no INSS e, dessa forma, a aposentadoria é concedida administrativamente.

Outra vantagem, apontam os advogados, é que mesmo conquistando o direito ao primeiro benefício na Justiça, o STJ entendeu que é possível continuar recebendo o segundo, se a renda previdenciária for maior. “Acontece muito, porque a Justiça demora demais”, afirma Santos.

No julgamento, o ministro Mauro Campbell concordou com parte do que propunha o relatório e indicou que aos ministros a seguinte tese: “o segurado tem direito de opção pelo benefício mais vantajoso, concedido administrativamente no curso da ação judicial em que se reconheceu o benefício menos vantajoso. Nessa hipótese, em fase de cumprimento de sentença, é legítimo o direito de execução dos valores compreendidos entre o termo inicial fixado em juízo para a concessão do benefício e a data de entrada do requerimento administrativo que deferiu o benefício a maior, situação que não se confunde com o instituto denominado pela doutrina como desaposentação”.

QUEM PODE SER BENEFICIADO PELO JULGAMENTO

Advogados previdenciários consultados pela reportagem afirmam que há diversos perfis de segurados que podem ser beneficiados pela decisão, já que a demora em ações judiciais é uma constante. No entanto, é preciso se ater a dois fatores. O primeiro deles é que só haverá certeza da tese fixada após a publicação da decisão, o que ainda não ocorreu.

Um segundo ponto é que o INSS poderá, ainda, recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que os ministros definam se o tema é constitucional. Se julgarem pela constitucionalidade, os segurados poderão ser beneficiados. Caso contrário, perdem.

A decisão tomada, no entanto, atende a segurados que tiveram o pedido negado porque o INSS deixou de reconhecer algum período de trabalho ou não aceitou provas no processo administrativo e vale para todo tipo de benefício: aposentadorias, auxílios, pensões e BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Isso é comum a quem pede o reconhecimento de período especial, por exemplo, que garante contagem mais vantajosa do tempo de contribuição, a quem tem atividades com carteira assinada e períodos como autônomos, em que o tempo de trabalho por conta pago por carnê pode não ser reconhecido, ou quem pede a pensão por morte alegando união estável.

Se, no posto, não conseguir o direito ao benefício porque o INSS não aceitou as provas apresentadas, é comum o segurado ir à Justiça e, mesmo assim, depois de algum tempo, voltar ao instituto com provas mais contundentes ou condições mais vantajosas e conseguir o pagamento.

A orientação, nestes casos, é receber a renda previdenciária administrativa e continuar esperando a resposta da ação na Justiça.

Cristiane Gercina/Folhapress

Câmara de Ipiaú emite Nota de Pesar pelo falecimento do Sr. André Inácio de Souza

A Câmara Municipal de Ipiaú manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do comerciante André Inácio de Souza, 77 anos, pai do vereador Cleber Gadita.

 O óbito ocorreu às 23 horas de ontem, sexta-feira, 24, em decorrência de insuficiência cardíaca. O sepultamento ocorreu na manhã deste sábado, 25, no Cemitério Novo.

O Presidente da Câmara, Robson Moreira, decretou “Luto Oficial” de três dias e envia  a seguinte mensagem: 

“. Somando à dor do nosso colega e sua família, esta Casa Legislativa através de todos os seus vereadores, apresenta as condolências a toda família enlutada, lamentando profundamente a perda “.

O falecido era mais conhecido como “André da Venda”, morava na Rua Prótogenes Jaqueira, Bairro da Democracia, era casado com dona Maria Santos Souza e deixa dois filhos: o vereador Cleber Gadita e a agente comunitária de saúde Cleudes Santos Souza.

Igreja Presbiteriana adota silêncio e decide não afastar Milton Ribeiro.

Às 20h13 de quarta-feira (22), o presbítero Antônio César de Araújo Freitas enviou uma mensagem num grupo de WhatsApp a colegas da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil). ​

“Meus irmãos, estive com o Reverendo Milton [Ribeiro], na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, agora no início da noite, conversamos um pouco, orei com ele e deixei um abraço dizendo que seus irmãos estão em oração.”

“Maravilha, César. Oremos por ele”, respondeu o chanceler do Mackenzie, Robinson Grangeiro.

A conversa de Antônio com Milton durou cerca de 10 minutos na sala em que o ex-ministro ficou detido por um dia, segundo relatos feitos à Folha por interlocutores do presbítero.

A visita servia para mostrar apoio ao amigo, ex-ministro e pastor presbiteriano, que foi preso preventivamente por suspeita de ter cometido os crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

No dia seguinte, Ribeiro foi solto por ordem do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

Antônio César é vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto Prebisteriano Mackenzie. Ele conseguiu visitar Milton por ser advogado, mesmo sem defender o ex-ministro em nenhum processo. “Fui fazer uma visita de cortesia na condição de amigo”, limitou-se a dizer à Folha, acrescentando que não tem autorização para dar detalhes da conversa.

A prisão de Milton desencadeou a maior crise na Igreja Presbiteriana do Brasil em décadas, segundo seus integrantes. A IPB é pressionada nas redes sociais e por igrejas a se manifestar sobre o caso, enquanto os integrantes da cúpula da instituição divergem em discussões sobre a postura que deve ser adotada.

O presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Roberto Brasileiro, no entanto, pediu para os membros dos altos cargos da instituição manterem silêncio e esperarem os desdobramentos da investigação da PF (Polícia Federal).

A Folha conversou com 11 integrantes e interlocutores da alta cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil nos últimos três dias.

O caso Milton foi o principal tema na reunião bimestral do Conselho de Administração do Mackenzie, na quinta (23). No início do encontro, segundo relatos, Roberto Brasileiro pediu para os conselheiros ficarem como “passarinho na muda”, uma expressão que significa manter-se em silêncio.

Brasileiro ainda disse que Milton, ex-vice-reitor do Mackenzie, não será afastado pela cúpula da igreja e que a instituição não fará nenhuma manifestação pública sobre o assunto.

Segundo integrantes do colegiado, o presbítero Antônio César disse na reunião que, durante a visita de quarta, Milton falou que suas mãos estavam limpas e que a investigação da PF irá comprovar a sua inocência.

As avaliações feitas pelos membros da cúpula da IPB à Folha são diversas. A maioria acredita que Milton foi ingênuo ao abrir as portas do Ministério da Educação aos pastores pentecostais Gilmar Santos e Arilton Moura. Segundo eles, esses pastores usaram o ex-ministro para pedir propina.

Outros acreditam que Milton tem culpa por ter misturado o cargo público com a vocação pastoral e eliminado critérios técnicos para a distribuição de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

A postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou de defender a inocência do ex-ministro, também foi considerada decepcionante por membros da Igreja Presbiteriana.

Roberto Brasileiro está em seu quinto mandato e segue desde 2002 no mais alto posto da IPB. Religiosos e aliados o descrevem como um pastor conciliador, com interlocução com todas as alas da igreja presbiteriana.

Um dos filhos dele, Gustavo Brasileiro, foi assessor especial de Milton Ribeiro no Ministério da Educação. Ele pediu exoneração em 1º de abril, na mesma semana em que o ministro deixou o governo. Gustavo é pré-candidato pelo Novo para o cargo de deputado estadual por Minas Gerais.

A Folha enviou mensagens para Roberto Brasileiro, mas ele não se manifestou.

A Igreja Presbiteriana do Brasil tem 162 anos e, durante sua história, desenvolveu uma estrutura organizada. As igrejas de determinada região compõem um Presbitério. O conjunto de presbitérios de uma cidade ou estado forma um Sínodo. Acima dele está o Supremo Concílio.

A Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, cujo pastor é Milton Ribeiro, faz parte do Presbitério de Santos —também presidido pelo ex-ministro. Qualquer processo contra o pastor dentro da IPB deve ser inicialmente apurado por essa instância.

O vice-presidente do Presbitério de Santos, pastor Vulmar Dutra, não vê na prisão de Milton motivo para a abertura de um processo interno contra o ex-ministro.

“[Qualquer processo] só será aberto se ele for julgado [pelo Judiciário] ou se houver alguma denúncia formal. Do contrário, vamos continuar. Esse é o trâmite da igreja. Não há nada, nenhuma denúncia formal. A gente não julga ninguém por presunção”, disse à Folha.

“A gente ora para que tudo se esgote o mais rápido possível e não vá nada à frente, que ele consiga se defender. Essa é a nossa esperança”, completou.

A reunião anual do Supremo Concílio está prevista para o fim de julho, em Cuiabá (MT). A expectativa da cúpula da IPB é ignorar o caso Milton nas discussões, mas há receio de que alguém levante o assunto durante o encontro.

Milton Ribeiro foi preso na quarta com os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos por suspeita de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE.

O ex-ministro saiu da prisão após conseguir um habeas corpus do juiz federal Ney Bello, do TRF-1, na quinta (23).

Nesta sexta-feira (24), a Justiça Federal do Distrito Federal encaminhou o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), indicando suspeitas de interferência de Bolsonaro nas apurações.

A operação foi batizada de Acesso Pago e, segundo a PF, investiga a prática de “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE.

A suspeita é que os pastores Gilmar e Arilton negociavam com prefeituras a liberação de recursos do Ministério da Educação mesmo sem ter cargos no governo. Em troca, prefeitos disseram ter recebido pedidos de propina da dupla.

Em áudio revelado pela Folha, Milton Ribeiro disse que priorizava pedidos dos amigos de um dos pastores a pedido de Bolsonaro.

Na gravação, o então ministro ainda mencionava pedidos de apoio que seriam supostamente direcionados para a construção de igrejas. A atuação dos pastores junto ao MEC foi revelada anteriormente pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Cézar Feitoza/Folhapress

Bolsonaro estava com ministro da Justiça em dia de conversa citada por Milton Ribeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) estava nos Estados Unidos com o ministro da Justiça, Anderson Torres, quando, segundo Milton Ribeiro, telefonou para avisar sobre um “pressentimento” de que haveria uma operação da Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação.

Como titular da Justiça, Torres tem sob a aba do seu ministério a Polícia Federal, responsável pela operação Acesso Pago, que prendeu e fez busca e apreensão em endereços de Ribeiro e pastores citados em irregularidades na liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação).

O atual diretor-geral da PF é Márcio Nunes, amigo de Torres. Ele ocupava o cargo de secretário-executivo da Justiça antes de ser nomeado como chefe do órgão.

A Folha apurou que a ida de Torres na comitiva com Bolsonaro foi decidida de última hora e que, a princípio, não havia previsão para o ministro acompanhar o presidente na Cúpula das Américas.

Procurado, o ministro da Justiça não respondeu.

O suposto vazamento da operação e a suspeita de interferência de Bolsonaro na investigação resultaram em pedido do MPF (Ministério Público Federal) para que o caso fosse enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A solicitação foi aceita pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, que encaminhou o inquérito para a ministra Cármen Lúcia, do Supremo.

Em sua decisão, o magistrado citou que o MPF apontou o “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”.

O MPF e a PF sustentam a versão de possível vazamento e interferência com base em interceptações telefônicas feitas ao longo da investigação.

Em conversa em 9 de junho com sua filha, Ribeiro disse que falou com Bolsonaro naquele dia e que ele teria dito estar com o “pressentimento” de que iriam atingi-lo por meio de uma investigação contra o ex-ministro.

“Hoje o presidente me ligou, ele está com pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim. É que tenho mandando versículos para ele”, disse Ribeiro na conversa revelada pela GloboNews e confirmada pela Folha.

Questionado pela filha sobre se Bolsonaro queria que o ministro parasse de enviar mensagens, Ribeiro negou e citou a suspeita levantada pelo presidente. “Não, não é isso. Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste”, disse.

Como mostrou a Folha, outra conversa, gravada na quarta (22) —dia em que Ribeiro foi preso—, reforça a tese da PF de que o ex-ministro foi informado com antecedência sobre a possibilidade de ocorrer uma operação contra ele.

Segundo a esposa disse a um interlocutor de nome Edu, Ribeiro “não queria acreditar”, mas os “rumores do alto” apontavam que uma operação iria ocorrer.

“Ele tava, no fundo ele não queria acreditar, mas ele estava sabendo. Para ter rumores do alto é porque o negócio estava certo”, disse a esposa de Ribeiro no telefonema.

A cronologia dos atos dentro da investigação mostra que em 9 de junho, quando Bolsonaro estava com Torres nos Estados Unidos, o delegado Bruno Calandrini já havia solicitado as buscas e apreensões contra Ribeiro.

O pedido foi feito em 4 de abril e autorizado pelo juiz Renato Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, em 17 de maio.

Em oficio encaminhado a Borelli nesta sexta (24), o delegado Calandrini afirmou que as datas das conversas interceptadas reforçam as evidências de que Ribeiro “estava ciente da execução de busca e apreensão em sua residência”.

“Nos chamou a atenção a preocupação e fala idêntica quase que decorada de Milton com Waldemiro e Adolfo e, sobretudo, a precisão da afirmação de Milton ao relatar à sua filha Juliana que seria alvo de busca e apreensão, informação supostamente obtida através de ligação recebida do presidente da República”, disse o delegado.

Para o investigador, “os indícios de vazamento são verossímeis e necessitam de aprofundamento diante da gravidade do fato”.

O delegado também abordou em seu ofício quais as diligências que estavam sendo efetuadas no período de 9 de junho, quando Bolsonaro estava com Torres nos EUA.

Segundo ele, entre 23 de maio e 13 de junho, a PF fazia levantamentos para confirmar os endereços de Ribeiro, dos pastores Gilmar e Arilton e do ex-assessor do MEC Luciano Musse.

Advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef disse nesta sexta-feira (24) que não houve a conversa entre o presidente e o ex-ministro Milton Ribeiro e que o chefe do Executivo não interfere na Polícia Federal.

O advogado afirmou ainda que caberá a Ribeiro explicar o uso “indevido” do nome do presidente.

“Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro. Eles não têm contato, eles não se falam”, disse Wassef. “Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização. Ele que responda. Compete ao ex-ministro explicar por que é que ele usa de maneira indevida o nome do presidente da República.”

Um dia após ser preso em operação da Polícia Federal sobre um balcão de negócios montado no MEC, o ex-ministro foi solto por decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

O juiz federal Ney Bello decidiu na quinta (23) pela revogação da prisão preventiva de Ribeiro e dos demais detidos na operação Acesso Pago, entre eles os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura,​ ambos ligados a Bolsonaro.

Ribeiro é investigado pelas suspeitas de crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, num caso que enfraquece ainda mais o discurso anticorrupção de Bolsonaro.

Ainda na quinta, Bruno Calandrini, delegado da PF responsável pelo pedido de prisão, afirmou em mensagem enviada a colegas que houve “interferência na condução da investigação” e citou tratamento diferenciado ao ex-ministro, que não foi transferido para a sede da corporação em Brasília —como havia decidido na quarta o juiz Borelli.

Já Ney Bello, que revogou as prisões, está em campanha para ser indicado por Bolsonaro para uma das duas vagas de ministros abertas no STJ (Superior Tribunal de Justiça).


LINHA DO TEMPO
18.mar.2022 – O jornal O Estado de S. Paulo publica reportagem sobre pastores que atuam junto ao MEC por liberação de verbas

21.mar.2022 – A Folha revela áudio em que o ministro Milton Ribeiro diz priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton, atendendo a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro. Revelação faz situação do então ministro se agravar

23.mar.2022 – O procurador-geral da República, Augusto Aras, pede ao STF a abertura de inquérito contra Milton Ribeiro para apurar suspeitas de prática dos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa

24.mar.2022 – A ministra Cármen Lúcia, do STF, autoriza abertura de inquérito contra Milton Ribeiro

28.mar.2022 – Milton Ribeiro é exonerado do Ministério da Educação e deixa carta em que afirma que revelação de áudio pela Folha fez sua vida mudar

4 abr.2022 – Polícia Federal pede ao STF para que houvesse interceptação telefônica e busca e apreensão sobre Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton

12.abr.2022 – Complementação do pedido da PF para inclusão das medidas também contra Luciano Musse, ex-assessor do MEC

5.mai.2022 – Após a exoneração e perda de foro de Ribeiro, Cármen Lúcia manda processo para ser distribuído na 1ª instância da Justiça Federal

17.mai.2022 – Juiz Renato Coelho Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, dá primeira decisão autorizando grampo telefônico, quebra de sigilo e buscas e apreensões no caso

9.jun.2022 – Em interceptação telefônica, Milton Ribeiro diz à filha que recebeu naquele dia um telefonema do presidente Jair Bolsonaro no qual ele teria dito estar com um “pressentimento” de que haveria busca e apreensão. Nesse dia, Bolsonaro estava nos Estados Unidos em companhia do ministro da Justiça, Anderson Torres

20.jun.2022 – Borelli autoriza medidas mais duras contra Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Para eles, foi determinada a prisão preventiva. Além disso, ele autoriza a prisão domiciliar de Luciano Musse e de Helder Bartolomeu, além de quebras de sigilo bancário

22.jun.2022 – A operação Acesso Pago é deflagrada e o ex-ministro é preso. Ligação interceptada pela PF mostra esposa de Milton Ribeiro afirmando que marido “não queria acreditar”, mas os “rumores do alto” apontavam que uma operação iria ocorrer

23.jun.2022 – A Folha revela mensagem de delegado da PF responsável pelo caso em que ele afirma ter havido interferência na investigação. TRF-1 manda soltar Ribeiro e pastores

24.jun.2022 – O juiz Borelli determina o envio dos autos ao STF novamente, ao mencionar o telefonema em que Milton Ribeiro cita o presidente Bolsonaro

Fabio Serapião e José Marques/Folhapress

Genro de ‘pastor do MEC’ recebeu dinheiro em negociação de evento com Milton Ribeiro BRASIL

O genro do pastor Gilmar Santos, investigado por operar um balcão de negócios no MEC (Ministério da Educação), também recebeu dinheiro a partir de tratativas de um encontro com o ex-ministro Milton Ribeiro no interior de São Paulo em agosto de 2021.

Wesley Costa de Jesus, que também é pastor e já esteve com o presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu R$ 17 mil.

O comprovante de pagamento de transferência, obtido pela Folha, foi entregue à CGU (Controladoria-Geral da União) pelo empresário José Edvaldo Brito.

As informações prestadas por Edvaldo fazem parte do processo que baseou a operação Acesso Pago, que prendeu Milton Ribeiro e os pastores Gilmar e Arilton Moura, além do ex-assessor do MEC Luciano Musse e de Helder Bartolomeu, que é genro de Arilton.

A Polícia Federal investiga o balcão de negócios no MEC. Os pastores, ligados a Bolsonaro e Milton Ribeiro, negociavam com prefeitos a liberação de verbas da educação mesmo sem cargos no governo.

Ribeiro deixou a Esplanada no fim de março, uma semana depois que a Folha revelou um áudio em que ele diz priorizar pedidos dos pastores sob orientação de Bolsonaro. A prisão de Ribeiro se tornou um grande desgaste político para Bolsonaro a menos de quatro meses da eleição.

A investigação foi remetida para o STF (Supremo Tribunal Federal) após o Ministério Público Federal apontar “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do presidente da República”.

O pagamento a Wesley Costa de Jesus não é citado, no entanto, na manifestação do Ministério Público Federal nem na decisão da Justiça Federal que determinou as prisões.

Wesley recebeu a transferência de R$ 17 mil no dia 5 de agosto de 2021. No mesmo dia, foram pagos R$ 20 mil para Luciano Musse e R$ 30 mil para Helder, conforme comprovantes também obtidos pela Folha.

Casado com a filha de Gilmar Santos, Wesley Costa de Jesus, 35, é tratado como presbítero. Ele vai frequentemente a eventos religiosos com o sogro.

Em 14 de outubro de 2020, ele acompanhou Gilmar Santos em encontro com Bolsonaro em Brasília. Na ocasião, Santos divulgou nas redes sociais que o presidente confirmara a presença em um encontro evangélico na cidade de Balsas (MA) naquele mês.

O presidente desistiu da viagem a Balsas em outubro de 2020 alegando problemas de segurança. Wesley também esteve com os pastores no MEC, como ocorreu, por exemplo, em 27 maio de 2021.

A Folha procurou Wesley Costa de Jesus e o advogado do pastor Gilmar, Reginaldo Silva, mas eles não responderam.

Os depósitos para Wesley, Musse e Helder somaram R$ 67 mil, valor citado por José Edvaldo Brito à CGU.

Esses pagamentos foram realizados dias antes de um evento em Nova Odessa (SP) com a presença de Milton Ribeiro. Ocorrido em 21 de agosto, a reunião com prefeitos da região foi organizada pelos pastores e seu grupo de apoio.

A Folha mostrou em março que o prefeito de Piracicaba (SP) disse ter recebido pedido de dinheiro para fazer um evento com Milton Ribeiro na cidade poucos dias antes do encontro ser confirmado em Nova Odessa.

Foi o empresário Edvaldo Brito que negociou com os pastores a realização do evento após saber que ambos controlavam a agenda do MEC. Eles se reuniram no hotel Grand Bittar em Brasília, onde também encontraram Luciano Musse (enquanto era assessor do MEC).

Esse hotel era usado como QG das negociações dos religiosos e assessores do MEC com prefeitos.

Edvaldo Brito é presidente do Avante em Piracicaba e é ligado ao tema da educação. Ele conta que soube do projeto de gabinete itinerante do MEC e entendeu que poderia ser útil para que gestores locais conseguissem preencher os trâmites técnicos para acessar os recursos federais.

“Uma pessoa me indicou que procurasse os pastores no hotel, e fui lá. Depois é que o Arilton falou do trabalho da igreja e pediu uma doação missionária. Em nenhum momento entendi isso como propina”, disse ele à Folha.

Os dados das três contas para pagamento foram repassados por Arilton. Quem fez os depósitos, de acordo com Brito, foi um outro empresário da região, chamado Danilo Felipe Franco, do ramo da dedetização.

“Pedi ajuda a esse amigo, que também entendeu que era uma doação”, disse Brito.

Segundo Brito, ele passou a desconfiar dos pastores poucos dias antes do evento, quando solicitações de passagens aéreas para aliados passaram a se avolumar. Ele recebeu um novo pedido de Arilton de mais R$ 10 mil no dia do evento.

Isso fez com que ele reclamasse com uma assessora concursada do MEC, que o chamou a relatar as denúncias. “Fui ao MEC em setembro, agenda. Estava o Milton, o Victor [Godoy Veiga, atual ministro], o Marcelo [Lopes da Ponte, presidente do FNDE]. Ai o ministro disse: estou sabendo que estão usando meu nome? Chegou a botar a mão na cabeça e perguntou se eu topava depor à CGU, o que aceitei, claro”.

Na primeira vez em que Brito falou com a CGU, ele apenas contou o que viu, segundo ele próprio. Somente numa segunda oportunidade, depois que as denúncias já haviam sido publicadas, é que ele entregou os comprovantes de pagamentos.

Ao se defender das denúncias, Milton Ribeiro citou essa denúncia encaminhada à CGU e disse ter se afastado de Arilton. Os registros de agenda provam o contrário. Além disso, houve a venda de carro entre Ribeiro e Arilton em fevereiro deste ano, o que é citado como suspeito nas investigações.

O ex-assessor Luciano Musse, que recebeu R$ 20 mil, só foi nomeado no MEC porque não deu certo a tentativa de empregar o próprio Arilton na pasta, como a Folha mostrou.

Além das transferências de R$ 67 mil, José Edvaldo Brito gastou mais R$ 23,9 mil com passagens aéreas para o grupo dos pastores.

Paulo Saldaña/Folhapress

Em Gandu, Jerônimo participa de arrastão junino com prefeitos da região

O pré-candidato ao Governo do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), foi ao município de Gandu, nesta sexta-feira (24), dando continuidade à maratona junina. É a 4º cidade, em três dias, a receber a visita do indicado de Rui Costa para sucedê-lo com apoio de Lula. Jerônimo percorreu as ruas da cidade do Baixo Sul do estado no Arrastão do Sabiá, uma festa tradicional que volta a acontecer após dois anos de interrupção por conta da pandemia.

“O São João da Bahia é o maior e melhor do Brasil, não dá para ficar apenas em um ou dois municípios, então a maratona continua até terça-feira (28), com pelo menos 15 cidades no roteiro. A festa em Gandu foi muito animada e vou fazer questão de voltar como governador a partir de 2023″, disse Jerônimo, que foi recebido pelo prefeito Léo de Neco. As prefeitas de Taperoá, Kitty Guimarães, e de Teolândia, Rosa, entre outras lideranças municipais e regionais, participaram do evento. Ainda nesta sexta, Jerônimo vai aos festejos juninos em Castro Alves e Dom Macedo Costa.

Bolsonaro anuncia Auxílio Brasil de R$ 600 sem explicar como o valor será ampliado

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 24, que vai ampliar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600. O chefe do Executivo não detalhou como o benefício social será turbinado, especialmente em ano eleitoral.

“Como a imprensa está anunciando, o Auxílio Brasil vai passar de R$ 400 para R$ 600. É o governo entendendo os sofrimentos dos mais humildes e, dessa forma, buscando atender a todos”, disse durante discurso em cerimônia de entrega de moradias do Programa Casa Verde e Amarela em João Pessoa (PB).

Bolsonaro não explicou, porém, que um eventual reforço do benefício precisará ainda de aprovação no Legislativo para virar, de fato, realidade. O governo acertou com o Congresso incluir um aumento do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600, até o fim do ano na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis. A cem dias da eleição, em que Bolsonaro pretende se reeleger, o pacote ainda deve incluir uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil mensais e aumento no vale-gás para famílias de baixa renda (hoje, de R$ 53 a cada dois meses). Os benefícios só valeriam até o fim deste ano.

O plano em análise é usar os R$ 29,6 bilhões previstos na PEC e que seriam destinados à compensação de Estados que zerassem o ICMS sobre diesel e gás até dezembro deste ano. O valor ficaria fora do teto de gastos, âncora fiscal que limita o crescimento das despesas públicas à inflação registrada no ano anterior.

Além das restrições fiscais, especialistas avaliam que a proposta esbarra na legislação eleitoral, que proíbe a distribuição gratuita de bens ou benefícios pela administração pública no ano em que se realizam as eleições.

Comparação

Como forma de exaltar o Auxílio Brasil, criado durante sua gestão, o presidente fez comparações com o Bolsa Família, programa instituído na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na corrida presidencial. “Lá atrás com Bolsa Família, quem ia trabalhar perdia o Bolsa Família. Com Auxílio Brasil, (o cidadão) pode trabalhar que não vai perder o Auxílio Brasil”, afirmou Bolsonaro.

O presidente destacou ainda as obras concluídas durante o seu governo, citando a transposição do Rio São Francisco, iniciada durante a gestão petista. “Não queremos novas obras, nós queremos é concluir obras pelo Brasil. É fácil começar uma obra, difícil é concluí-la. Assim foi a transposição do Rio São Francisco. A água passou a ser uma realidade para grande parte do nosso Nordeste”, exaltou.
Giordanna Neves e Igor Soares/Estadão Conteúdo

Damares celebra decisão dos EUA sobre aborto e espera impacto no Brasil

 ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, comemorou a decisão desta sexta-feira (24) da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre o aborto. A interpretação dos magistrados foi de que a interrupção da gravidez não é um direito abraçado pela privacidade prevista pela Constituição e devolve a definição de regras sobre o assunto ao Legislativo.

“Hoje é dia de vitória da vida e de muita coerência. Eles decidiram que o que muda uma Constituição não é uma Corte e, sim, o Congresso. Estão devolvendo ao Congresso o direito de mudar e construir a Constituição do país e reconhecendo que avançaram o sinal há 50 anos”, disse Damares. Ela acredita que haverá reflexos nas supremas cortes do mundo inteiro, já que a decisão americana serviu de farol para diversos países permitirem a interrupção de gestações.

“Sob a pressão de grupos contrários ao aborto, aos poucos os países vão ouvindo o Congresso e o Congresso reflete a vontade do povo. O povo não quer um método tão primitivo de planejamento familiar, que envolve matar uma criança. Aborto é matar a criança enquanto ela dorme. Envolve dor, sangue e sofrimento”, defendeu. No Brasil, Damares espera que a decisão norte-americana interrompa a discussão no STF (Supremo Tribunal Federal) de permitir a interrupção da gestação em qualquer situação até os três meses.

Ela não vê espaço para mudança na legislação vigente, que permite o fim da gravidez em caso de estupro e de risco de vida para a mãe. Mas defende que os parlamentares se debrucem em como evitar a violência sexual, especialmente de crianças. “O povo quer acabar com os estupradores no Brasil, não quer remédio para o estupro. O maior pacto de segurança pública no Brasil precisa ser feito, pacto pelo fim do estupro e pelo fim da violência contra nossas crianças. Estamos invertendo prioridades no Brasil. Até quando?”, diz.

Damares defendeu a educação sexual nas escolas para empoderar as crianças a identificarem e denunciarem casos de violência e citou a própria experiência como exemplo. “Durante o governo se discutiu muito a minha história. Se eu soubesse que era um estupro, eu teria denunciado”, relatou. A ex-ministra lamentou que, mesmo no Executivo, não tenha conseguido avançar em legislações para proteger crianças e afirmou que, por isso, quer se eleger senadora. Uma das suas prioridades será criar uma comissão permanente da infância, para dar prioridade às crianças.

Por fim, Damares comentou o caso da menina de 11 anos em Santa Catarina, que teve o direito ao aborto por estupro negado quando buscou um hospital e, em audiência, foi questionada pela juíza Joana Zimmer se aguentaria a gravidez “mais um pouquinho”. A ex-ministra diz se preocupar com a interrupção de uma gestação tão avançada – a menina só conseguiu realizar o procedimento com 30 semanas. E, lembrando o caso de outra criança, que também teve o direito negado e que Damares foi acusada de atuar para impedir, afirmou que o problema é que o trauma não se encerra no aborto.

“As pessoas só recebem a minha fala como religiosa. É muito ruim, não me ouvem como técnica, nem como mãe, nem como mulher. Eu fico pensando: cadê a menininha? Onde ela está? Como está a saúde dela, quem ta cuidando dela? Alguém está abraçando essa menina? O abuso é para vida inteira. Ele não se encerra no ato nem no aborto. Espero que a menina do Espírito Santo e a de Santa Catarina estejam bem, e que recebam um bom tratamento depois do procedimento.”
Juliana Braga, Folhapress

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