Petistas contestam alianças costuradas por Lula nos estados

Foi em meio a vaias e gritos de “golpista” que o pré-candidato a governador de Pernambuco Danilo Cabral (PSB) subiu ao palco em uma casa de shows em Olinda (PE) no final de julho. Ele foi um dos deputados que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, ato pelo qual hoje se diz arrependido. Ao perceber os apupos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao seu encontro. O pessebista tentou quebrar o gelo e passou o braço por cima do ombro do petista: “Vem para cá, presidente”.

A reação hostil é resultado de um descompasso entre as decisões das cúpulas partidárias e os desejos da militância, fenômeno que não se limita a Pernambuco. Em estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, militantes e líderes contestam as alianças locais costuradas por Lula com base na eleição presidencial.

Na estratégia definida pelo PT para 2022, a prioridade é a eleição de Lula para a Presidência, seguida da eleição de deputados federais e senadores. Governos estaduais ficaram em segundo plano. Um dos casos mais emblemáticos é o Amazonas, onde um acordo imposto de cima para baixo fez o PT apoiar o senador Eduardo Braga (MDB) para o governo e Omar Aziz (PSD) para a reeleição ao Senado.

A aliança mira intensificar dissidências dos dois partidos, que não estarão formalmente aliados a Lula: o MDB lançou a senadora Simone Tebet ao Planalto, e o PSD deve ficar neutro.

Governador de 2003 a 2010, Braga tentará um terceiro mandato, mas aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. O cenário não é dos mais favoráveis: ele nunca venceu uma eleição para o governo na oposição e enfrenta desgaste político —em 2018, por pouco não se reelegeu para o Senado. Pesa contra o senador o seu voto a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Quando questionado sobre o assunto, limita-se a dizer que a questão ficou no passado.

Entre os petistas, por exemplo, há deputados estaduais que fazem parte da base de apoio a Wilson Lima (União Brasil) e vão apoiar a reeleição do governador, que fechou aliança com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado. É o caso do próprio presidente do PT no Amazonas, deputado estadual Sinésio Campos. Além de ser aliado de Lima, ele é um defensor de pautas que geram controvérsia na esquerda, caso da mineração em terras indígenas.

“Eu defendo a mineração na Amazônia e em terra indígena há mais de 20 anos. Bolsonaro defende há menos de três anos”, disse Sinésio em março à rádio BandNews Difusora. A posição contrasta com os planos de Lula, que se opõe à exploração mineral em áreas demarcadas.

Sinésio defendia que a federação não apoiasse nenhum candidato ao governo, mas diz que respeitará a decisão de apoio a Braga. Outro ponto de conflito está na relação entre Eduardo Braga e Omar Aziz, que têm um histórico de brigas políticas e chegaram a trocar farpas durante a CPI da Covid no Senado.

Omar Aziz foi vice-governador de Braga em dois mandatos. Os dois romperam politicamente em 2014, quando Omar apoiou o então vice-governador, José Melo, na disputa pelo governo contra o senador do MDB, que foi derrotado. Nesta eleição, Omar aceitou firmar aliança com o MDB após conversas com Lula. Mas a tendência é que seja um casamento de aparências: na convenção do PSD, não houve convite nem citação a Braga.

Omar Aziz tem relação próxima com Wilson Lima e apoiou o governador durante o processo de impeachment na Assembleia Legislativa, que acabou arquivado.

Outro estado onde há descompasso entre as bases e as decisões da cúpula do PT é Mato Grosso. Líderes locais do partido criticam a aliança com o deputado federal Neri Geller (PP), um dos principais membros da bancada ruralista, que vai concorrer ao Senado. Empresário e produtor rural, Geller vai liderar o palanque de Lula no estado. Ao seu lado estão outros nomes de peso do agronegócio, caso do senador Carlos Fávaro (PSD) e dos empresários Blairo e Eraí Maggi.

A aliança foi costurada com o comando nacional do PT, que viu na parceria uma oportunidade de criar pontes com o setor, uma das principais bases eleitorais de Bolsonaro. Petistas de Mato Grosso, contudo, queriam lançar candidaturas próprias ao governo e ao Senado e veem a aliança com reservas. “Somos como água e óleo. O nosso eleitorado não é o mesmo eleitorado dessa turma. Temos condições de conseguir um bom resultado sem essa aliança”, dispara o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que concorreu ao governo do estado em 2014 e ficou em segundo lugar.

Ele afirma que é importante o diálogo de Lula com representantes do agronegócio, mas diz não ver sentido que uma aliança seja imposta no estado, onde há um histórico de antagonismo. “Não vejo sentido que o PT se subordine ao projeto político do agronegócio em Mato Grosso, a não ser que eles façam uma autocrítica ou revejam suas posições. A gente precisa de coerência programática”, completa o deputado.

Em Pernambuco, parte da militância petista critica a retomada da aliança com o PSB em 2018 e a manutenção da parceria em 2022. Os pessebistas governam o estado há 16 anos e tentam dar continuidade à hegemonia. Para manter o apoio ao PSB, o PT preteriu, pela segunda vez consecutiva, o pleito da deputada federal Marília Arraes de concorrer ao governo do estado. Ela deixou o PT e migrou para o Solidariedade em abril e vai disputar o governo rodeada por ex-aliados do PSB no estado.

Marília levou consigo o apoio de uma parcela expressiva da militância petista, incluindo políticos petistas com mandato. O PT contra-atacou no início deste mês e expulsou 11 filiados por não seguirem a orientação partidária. A principal mágoa da militância está no apoio dado pelo PSB de Pernambuco em 2016 ao impeachment Dilma Rousseff. Danilo Cabral, que votou pelo afastamento da presidente, agora diz que se arrepende, mas segue ouvindo gritos de “golpista” em atos com a militância petista.

Lula tem repetido que Danilo Cabral é o seu candidato a governador em Pernambuco e não deve participar de atos com Marília Arraes. Em discursos, o presidente defende o cumprimento da aliança com o PSB e diz que respeita os acordos feitos “no fio do bigode”. Na reta final até o fim do prazo para a realização das convenções, que se encerram em 5 de agosto, a cúpula do PT ainda intensifica negociações para alianças em estados como Goiás e Mato Grosso do Sul.

O partido tem pré-candidaturas ao governo lançadas, mas não estão descartadas composições com o MDB ou PSD em Mato Grosso do Sul e com o PSDB em Goiás.

João Pedro Pitombo e Rosiene Carvalho/Folhapress

Piratas atacam traficantes e garimpeiros, simulam PF e ampliam violência em rios da Amazônia.

O setor de inteligência da Polícia Federal passou a investigar a atuação de piratas que atacam narcotraficantes e garimpeiros ilegais na região do alto rio Solimões, no Amazonas, depois que grupos criminosos começaram a usar lanchas com a inscrição “Polícia Federal” para abordar outras embarcações. Os grupos de piratas estão cada vez mais armados, usam lanchas de alta potência e intensificaram os ataques a tiros, segundo investigadores ouvidos pela Folha —muitas mortes causadas pela ações seguem sem solução.

Os policiais afirmam que a violência praticada por piratas era rara há dez anos, mas cresceu nos últimos anos por uma série de motivos: o aumento do garimpo ilegal de ouro, a intensificação das rotas de cocaína pelos rios da região e o aprofundamento da ausência do Estado, especialmente de forças de segurança e Forças Armadas, numa região marcada pelo isolamento. Os confrontos entre piratas, narcotraficantes e garimpeiros resultaram numa troca de tiros no começo de julho, na região de Tonantins (AM), a 860 quilômetros de Manaus. Na ação, os piratas usaram até lançadores de granadas, segundo investigadores da Polícia Civil do Amazonas.

Na cidade, são comuns ocorrências sobre corpos cravejados de balas encontrados em áreas de vegetação e alagadas. Um desses casos foi registrado em abril, mas os corpos desapareceram antes da chegada dos policiais. As possibilidades de desova de corpos se intensificam no período da cheia, de dezembro a julho, em razão do incremento de rotas de fuga e esconderijo por rios, igarapés e igapós –área de mata inundada por água à margem do rio.

A polícia também investiga relatos de linchamento de auxiliares de piratas pela população de uma cidade do alto rio Solimões. A cocaína transportada pelos rios da Amazônia tem origem na Colômbia e no Peru. Uma das principais rotas de entrada da droga no Brasil é pela tríplice fronteira entre os três países, segundo investigações da polícia. Foi nessa região que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados, em 5 de junho.

Três pessoas envolvidas na pesca ilegal foram denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) como responsáveis pelo duplo homicídio. Os conflitos decorrentes da atividade –Bruno foi o responsável por estruturar um serviço de fiscalização da terra indígena Vale do Javari– foram apontados como motivação para o crime. A PF também investiga se o narcotráfico teve ligação com o crime, mas até agora não encontrou evidências fortes nesse sentido. Segundo investigadores das rotas de tráfico na região, é comum que traficantes driblem a polícia de Tabatinga, cidade colada ao território colombiano e que tem unidades da PF e do MPF (Ministério Público Federal).

Para isso, as embarcações trafegam por rios menores na altura de Benjamin Constant, cidade mais colada no Peru, e seguem pelo Solimões até cidades como São Paulo de Olivença, e de lá para Manaus e o restante do país. Grupos de piratas estão organizados em pelo menos sete cidades ao longo do Solimões, segundo investigações da polícia: Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí, Juruá, Tefé e Coari. A atuação desses grupos não se restringe à região do alto Solimões. Há relatos de piratas atuando em Manacapuru, a 100 quilômetros de Manaus, onde uma sequência de assassinatos teria ocorrido em 2017, segundo a polícia. E existe uma segunda rota suspeita de pirataria, no rio Madeira.

Conforme as investigações em curso, há suspeitas de participação de integrantes de facções criminosas brasileiras e de policiais militares na prática da pirataria. As abordagens incluem embarcações grandes e pequenas, como forma de minimizar as desconfianças. Há relatos de uso de drones para mapeamento de embarcações a serem atacadas. Os grupos buscam saquear os próprios produtos do crime –drogas e ouro– e galões de combustível. Policiais admitem a dificuldade de abordagem de piratas em exercício nos rios, em razão da falta de equipes para fiscalização e investigação.

Vinicius Sassine/Folhapress

Dividendo elevado gera críticas a estratégia da Petrobras

O anúncio de distribuição de dividendos recordes pela Petrobras agradou o mercado, mas gerou questionamentos sobre a estratégia da empresa, que reduziu investimentos e vem priorizando usar seu caixa para remunerar os acionistas, entre eles o governo. Em teleconferência para detalhar o lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo semestre de 2022, a direção da empresa defendeu que a distribuição de R$ 87,8 bilhões em dividendos não prejudica a saúde financeira da companhia. E adiantou que novos valores devem ser pagos este ano.

Com os dividendos do segundo trimestre, a Petrobras terá distribuído R$ 136,3 bilhões pelo desempenho no primeiro semestre de 2022. Precisando de dinheiro para bancar auxílios emergenciais e renúncias fiscais, o governo fica com quase R$ 40 bilhões. Os valores do segundo trimestre estão “significativamente acima das expectativas do mercado”, nas palavras dos analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, do banco Goldman Sachs. As ações da estatal reagiram forte alta na Bolsa.

O analista Daniel Cobucci, do BB Investimentos, porém, alerta para riscos dessa política de prioridade à remuneração aos acionistas gerar “implicações para o crescimento e atuação estratégica para o longo prazo”. Esse movimento, diz, ocorre em meio a um processo de venda de ativos e redução do endividamento, “elementos que permitiriam, em nossa opinião, um posicionamento da companhia em investimentos focados na diversificação das receitas em mercados promissores e voltados para a transição energética.”

Essa visão já vem sendo levantada por sindicatos de empregados da companhia e pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ligado à FUP (Federação Única dos Petroleiros). E encontra eco no próprio conselho da estatal. Membro independente do colegiado, o advogado Francisco Petros diz que a estratégia da empresa não contempla uma visão integrada que considere necessidade de redução das emissões, satisfação dos usuários de energia e redução do custo de energia.

“Consideradas as variáveis estratégicas, o pagamento de dividendos no nível atual caracteriza a empresa ‘sem projeto'”, afirma. “Afora os excessos do controlador contra a governança da Petrobras, mesmo diante de um histórico já conhecido e penoso, agora temos a utilização dos dividendos como um meio de ajuste fiscal”. A estratégia foi implantada na gestão Roberto Castello Branco, o primeiro presidente sob o governo Bolsonaro, que acelerou venda de ativos, ampliou o foco no pré-sal e aprovou a política atual de remuneração dos acionistas.

Retirou ainda a empresa de segmentos em que atuava havia tempo, como biocombustíveis, e novos negócios renováveis, como geração eólica, sob o argumento de que o caixa deve ser usado para investir no pré-sal. Essa política prevê a distribuição de 60% da geração de caixa da companhia, descontados os gastos com investimentos, a cada trimestre em que a dívida bruta estiver abaixo de US$ 65 bilhões. Permite ainda a distribuição de dividendos extraordinários, como ocorreu neste segundo trimestre.

Para a FUP, a estratégia “reduz a capacidade de investimento da empresa e representa transferência de renda do trabalhador brasileiro em meio à escalada de reajustes dos combustíveis e da inflação provocadas pela equivocada política de preços”. Nesta sexta-feira (29), o diretor de Finanças da companhia, Rodrigo Araújo, defendeu que a distribuição de dividendos é vista como “a melhor alocação de capital da companhia” e que não impacta na decisão de investimentos.

“Todos os investimentos que se mostram rentáveis no nosso cenário de preços foram aprovados”, afirmou ele. “A companhia não deixa de fazer investimentos para distribuir dividendos.”
Nicola Pamplona/Folhapress

Neto diz que eleição na Bahia será plebiscitária e Roma será votado por um nicho

Pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União Brasil) não acredita que haja espaço para uma terceira via na eleição estadual. Para ele, o pleito será uma disputa entre ele e o candidato da situação, Jerônimo Rodrigues (PT). “É uma eleição totalmente plebiscitária. Eu tenho uma pesquisa interna, que eu fechei essa semana, que mostra claramente. Hoje, a gente, graças a Deus, em uma posição muito a frente, muito vantajosa. Imagino que o pré-candidato do PT ainda tem algum espaço de crescimento, natural. Tem a máquina, né, tem a história do PT na Bahia, mas não vejo o espaço para qualquer alternativa”, disse ACM Neto, em entrevista ao jornal Tribuna.

O ex-prefeito de Salvador afirmou ainda que o candidato bolsonarista João Roma (PL) ao governo da Bahia deve ser votado por um nicho apenas. Neto negou que atue para retirar a candidatura de João Roma. “A candidatura de João Roma pertence a um nicho, na minha visão, bastante limitado do espectro político. Mas ela é legítima e deve ser respeitada. E, da minha parte, jamais houve nem haverá qualquer desejo de retirar a candidatura dele, até porque eu não tenho nenhum entendimento nem com o PL nem com as forças que ele representa”, declarou.

Ainda na entrevista, ACM Neto fala sobre a definição do seu candidato a vice-governador, da participação em debates eleitorais, e faz uma análise do cenário nacional. O ex-prefeito não descartou a possibilidade de apoiar Lula (PT) em um eventual segundo turno entre o ex-presidente e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). “Eu não descarto nada agora. Não descarto nenhuma hipótese”, disse ele.

Tribuna – O senhor acha que a eleição na Bahia será plebiscitária?

ACM Neto – Ah, eu acho que já está. Claro que é, né? Nunca duvidei disso. É uma eleição totalmente plebiscitária. Eu tenho uma pesquisa interna, que eu fechei essa semana, que mostra claramente. Hoje, a gente, graças a Deus, em uma posição muito a frente, muito vantajosa. Imagino que o pré-candidato do PT ainda tem algum espaço de crescimento, natural. Tem a máquina, né, tem a história do PT na Bahia, mas não vejo o espaço para qualquer alternativa. Então, está claro, e até pela polarização dos debates, das declarações, eu não tenho dúvida que é uma eleição de dois lados.

Tribuna – O deputado federal Elmar Nascimento, do União Brasil, declarou que era melhor o ex-ministro João Roma retirar a candidatura ao governo da Bahia. Disse ele que até conversou com o governo federal. O senhor acha que Roma tira votos seus?

ACM Neto – Eu não concordo com a declaração do deputado Elmar, com todo carinho e amizade que temos. E com o respeito que eu tenho a ele. Ele é líder do meu partido e tem o direito de dizer o que ele pensa. Mas, eu em nenhum momento articulei, trabalhei para retirar a candidatura do deputado João Roma. O deputado, tendo o título eleitoral aqui na Bahia, e tendo o partido que tem, obviamente tem o direito de ser candidato a governador do Estado. E eu nunca guiei o meu caminho pelo que os meus adversários fazem ou deixam de fazer, e sim pela minha estratégia e pela minha visão. Então, a candidatura de João Roma pertence a um nicho, na minha visão, bastante limitado do espectro político. Mas ela é legítima e deve ser respeitada. E, da minha parte, jamais houve nem haverá qualquer desejo de retirar a candidatura dele, até porque eu não tenho nenhum entendimento nem com o PL nem com as forças que ele representa.

Tribuna – O governador Rui Costa disse que o senhor pediu ao PT a retirada da candidatura de Jerônimo Rodrigues ao governo da Bahia. Em troca, o União Brasil desistiria da candidatura de Luciano Bivar à Presidência, segundo a imprensa nacional. Rui disse que o senhor está “desesperado” com medo de perder. Como viu essa fala do governador?

ACM Neto – Quero que o governador diga quem pediu a quem. Esse tipo de especulação é bem próprio de quem quer criar factoides para dar holofote a quem não tem.


Rodrigo Daniel Silva e Paulo Roberto Sampaio/Tribuna da Bahia

Mara Gabrilli recebe sondagem para se vice de Tebet e disse que aceitaria

Com a resistência do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em ser o vice de Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República, Mara Gabrilli (PSDB-SP) passou a ser a principal opção para a vaga.

A senadora, no meio do mandato, foi consultada pelas cúpulas tucana e emedebista nos últimos dias e disse que aceitaria a missão. Estrategistas da campanha destacam que Gabrilli traz a pauta inclusiva e, mais, dá um gás em São Paulo, estado vital para impulsionar Tebet e no qual a tucana teve seis milhões de votos em 2018.

A troca deve ser sacramentada nesta segunda-feira (1), em uma reunião da federação entre PSDB e Cidadania. O anúncio, no entanto, só deve ocorrer na terça, porque Simone já tem agenda marcada com empresários na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta segunda.

A mudança ocorre porque Jereissati, o nome escolhido inicialmente, sinalizou não ter mais interesse em assumir o posto.

Diante dos sinais de desânimo, o Cidadania vinha articulando nos últimos dias indicar, pela federação, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Os emedebistas, no entanto, temiam uma falta de envolvimento dos tucanos no pleito, caso o Cidadania ficasse com o posto.

Mara Gabrilli amarraria o PSDB, partido com mais musculatura, à candidatura de Simone Tebet.

Procurada, Mara Gabrilli disse por meio da assessoria a parlamentar vem participando das conversas para a escolha do melhor nome para a chapa, mas que o martelo ainda não foi batido.

Fábio Zanini/Folhapress

Arábia Saudita revela projeto de edifício no deserto que terá 170 km de comprimento

A Arábia Saudita revelou projetos para seu ambicioso projeto urbano “The Line”, apresentado como uma cidade em um único edifício no deserto que se estenderá por 170 quilômetros e abrigará 9 milhões de pessoas.
Parte do projeto Neom, a cidade proposta ficará no noroeste do país do Golfo, perto do Mar Vermelho, de acordo com um anúncio do príncipe herdeiro do reino, Mohammed bin Salman. The Line é um edifício de 200 metros de largura que atua como uma cidade vertical, projetada para ficar a 500 metros acima do nível do mar. E, além disso, ele terá 34 quilômetros quadrados, de acordo com o comunicado de imprensa.

Investimento no turismo

Os críticos lançaram dúvidas sobre se o projeto é tecnologicamente viável, enquanto outros descreveram-no como “distópica”. The Line faz parte de um plano para competir com seus vizinhos do Golfo, como Dubai e Abu Dhabi, com locais de viagens e para remodelar a economia do reino.

Com o objetivo de atingir 100 milhões de visitantes anuais até o final da década, espera-se que o aumento impulsione a economia local em bilhões de dólares.
No entanto, a Arábia Saudita continua a ser atormentada por críticas sobre seu histórico de direitos humanos. Em março, 81 homens foram executados na maior execução em massa em décadas. Enquanto isso, bin Salman aprovou a operação para capturar ou matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi, de acordo com um relatório da inteligência dos EUA.
Por fim, confira o vídeo com mais detalhes desse projeto:
https://www.msn.com/

STF autoriza São Paulo e Piauí a compensar perdas com teto do ICMS

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou os governos de São Paulo e Piauí a compensar perdas do ICMS da gasolina, energia elétrica e comunicações por meio de descontos nas parcelas das dívidas dos estados com a União.

As decisões liminares se somam a autorizações semelhantes já concedidas ao Maranhão e Alagoas. Os estados alegam perdas de arrecadação com a sanção da lei que fixa um teto de 17% ou 18% para as alíquotas de ICMS que incidem sobre itens que passaram a ser considerados essenciais.

O argumento dos estados é que a lei que criou o teto do imposto estadual inclui um gatilho que permite aos estados abater dívidas com a União, caso as medidas levem a uma queda maior que 5% na arrecadação total com o ICMS.

Conforme estudos da Secretaria da Fazenda e Planejamento, estima-se que o estado de São Paulo deixará de arrecadar, no exercício de 2022, o valor de R$ 3,2 bilhões, relativo ao ICMS incidente sobre gasolina, energia elétrica e comunicações", disse o governo paulista, na ação inicial.

No caso paulista, a determinação de Moraes estabelece que o governo estadual poderá efetuar "já a partir do próximo mês de agosto, a compensação imediata das parcelas vincendas do contrato de dívidas do Estado de São Paulo com a União, administradas pela Secretaria do Tesouro Nacional, com as perdas do ICMS incidente sobre gasolina, energia elétrica e comunicações, no que excederem a 5%, calculadas mês a mês com base no mesmo período do ano anterior, com correção monetária."

Também impede a União de inserir o estado de São Paulo em qualquer cadastro de adimplência pelo não pagamento de serviços da dívida em razão da compensação; bem como "constranger o estado de São Paulo em trâmites de operações de Crédito e Convênios e na sua classificação de rating (risco de crédito) em âmbito federal, como consequência da compensação ora requerida".

O secretário de Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, disse que a decisão de Moraes "restaura o equilíbrio federativo mínimo". "Com a liminar, São Paulo, que tem as contas em ordem, será compensado com redução do pagamento de juros e parcelas da dívida com a União. Nada mais justo."

A sanção do teto do ICMS para combustíveis e outros itens ocorreu em 23 de junho.

A mudança faz parte da ofensiva do Palácio do Planalto para reduzir o preço da gasolina e do diesel a poucos meses das eleições.

Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O projeto foi alvo de intensa disputa entre estados e municípios, que alertaram para a perda de receitas, e o governo federal, que, com apoio do Congresso, usou o momento de alta na arrecadação para alegar cofres cheios nos estados e espaço para o corte de tributos.

No aniversário de Lauro de Freitas, Jerônimo promete nova estação do Metrô na cidade

Na celebração dos 60 anos de emancipação política de Lauro de Freitas, neste domingo (21), o candidato a governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), assegurou a ampliação do Metrô com mais uma estação no município da Região Metropolitana (RMS) , bem como outras obras de mobilidade, saneamento e novos investimentos em saúde e educação. “A partir de 2023, o Governo do Estado vai investir ainda mais na cidade e garantir muitas oportunidades de emprego a esse povo trabalhador”, afirmou Jerônimo.

O candidato esteve presente na missa solene na Igreja Matriz de Santo Amaro de Ipitanga, no Centro, acompanhado do candidato a vice-governador, Geraldo Júnior (MDB), do senador Jaques Wagner (PT), da prefeita da cidade, Moema Gramacho (PT), de vereadores e secretários laurofreitenses, além de candidatos aos cargos de deputado federal e estadual nas eleições deste ano.

Ibirataia: Homem é preso pela Polícia Militar em cumprimento de Mandado de Prisão por falta de pagamento dê pensão alimentícia

Por volta das 16h20min dessa sexta-feira (29/07/22), a guarnição da 55ª CIPM/Ibirataia foi acionada por um Oficial de Justiça que estava em posse de um Mandado de Prisão por não pagamento de pensão alimentícia, em desfavor de um cidadão, morador da localidade da estrada das três barras.

A guarnição chegou no local, onde foi feita a prisão do senhor do acusado, que foi conduzido à delegacia de Ibirataia, em seguida conduzido para a delegacia de Ipiaú, para os procedimentos de polícia judiciária.

Autor: R. N. dos S. N. (Masculino), Nasc: 05/09/1993. End: Fazenda Santa Rita, Região do vermelho, Ibirataia.

Informações: 55ª CIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Bahia registra 206 casos de Covid-19 e mais 2 óbitos

A Bahia registrou ontem 206 casos de Covid-19 e 997 recuperados e mais 2 óbitos. Dos 1.660.584 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.624.881 já são considerados recuperados, 5.347 encontram-se ativos e 30.356 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações.

O boletim epidemiológico deste domingo (31) contabiliza ainda 1.956.260 casos descartados e 357.835 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste domingo. Na Bahia, 67.688 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Itapitanga X Ipiaú - Intermunicipal 2022


A seleção de Ipiaú, tricampeã do Intermunicipal, entra em campo neste domingo, 31, contra a Seleção de Itapitanga, em partida válida pela primeira rodada do Campeonato Baiano de Futebol Intermunicipal. Giro

IBGE lança Censo 2022 nesta segunda

“O Censo brasileiro é uma das maiores operações censitárias do mundo, no sentido de visita domiciliar, de você bater de porta em porta e colocar 180 mil recenseadores na rua. O Censo não é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É uma instituição que pertence ao Brasil. O IBGE coordena o Censo, mas é o Censo do Brasil.” A afirmação é do diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, que, em entrevista à Agência Brasil, destacou a importância do 13º Censo Demográfico, que será iniciado amanhã (1º), com lançamento oficial no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, acompanhado por agências da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para Azeredo, responder o Censo é um ato de cidadania. “É como votar, como tirar um documento. É fundamental que todo cidadão procure ser recenseado e receba o recenseador do IBGE.”

O Censo é uma operação importante para o país porque permite conhecer os detalhes de como a população vive, quantas são as pessoas e onde elas estão. “É importante para a sociedade, para o governo, para as empresas públicas e privadas, para os gestores públicos e da iniciativa privada. Se você vai abrir uma empresa em determinado município, precisa conhecer detalhes daquele município”.

Vacinas
Como exemplo, o diretor de Pesquisas chamou a atenção para a importância do Censo durante a distribuição de vacinas contra a covid-19. Sem o Censo atualizado, muitos prefeitos não sabiam exatamente qual era a população de suas cidades. Com isso, alguns municípios receberam vacina a mais e outros, a menos.

A pandemia foi ainda a responsável pelo adiamento do Censo, que deveria ter ocorrido em 2020. Para Azeredo, é fundamental atualizar o quantitativo da população em cada município. “Até porque toda distribuição do número de vereadores, do número de deputados, tudo isso corre em função dos números do Censo da estimativa de população”.

O 13º Censo Demográfico do Brasil será realizado durante dois meses e meio. A perspectiva é atingir 50% do país no primeiro mês (agosto) e 90% no segundo. O Censo deverá ser encerrado em outubro.

Os primeiros resultados preliminares relacionados ao tamanho da população por município devem ser publicados no dia 30 de dezembro deste ano. Os dados serão enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU) para produção do Fundo de Participação dos Municípios e do Fundo de Participação dos Estados.

Geolocalização
Azeredo informou que o processo do Censo 2022 será feito 100% de forma digitalizada. “A gente está com um orgulho muito grande de ter conseguido fazer, desta vez, não só a coleta eletrônica, mas cada smartphone ou dispositivo móvel de coleta (DMC), utilizado para fazer o Censo, vai estar com um chip que vai permitir a transmissão direta dos dados coletados. Isso dá maior segurança”. Caso esses equipamentos venham a ser extraviados ou sofram algum acidente, a informação já foi transferida.

Outro ponto importante é que, para a entrevista, o cidadão precisa estar domiciliado. A expectativa é identificar 76 milhões de domicílios particulares, de acordo com o diretor de Pesquisas do IBGE.

Além disso, todas as casas serão geolocalizadas. Com isso, é possível saber com exatidão a quantidade de domicílios em determinado local. A ferramenta pode ser útil, inclusive, em situações de desastres como as ocorridas em Brumadinho, em janeiro de 2019, e em Petrópolis, em março deste ano.

“Se a gente tivesse captado, em 2010, as marcas de GPS, teria ali a marcação de todas as casas que foram afetadas pelas chuvas e ajudaria, inclusive, a Defesa Civil, a identificar onde poderia ter uma residência ou não. Essa é uma grande novidade do Censo brasileiro para maior segurança e cobertura da operação. Eu acho que é um dos pontos fundamentais do Censo essa captura das coordenadas de GPS”, afirmou.

Recenseadores
Todos os recenseadores do IBGE estarão identificados com boné, colete e crachá. Dentro do crachá há um QR Code que pode ser lido pelo celular. Com isso, o cidadão pode confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele pertence ao quadro de servidores do Instituto. Em caso de dúvida, basta ligar para o IBGE no número 0800 721 8181.

Questionário específico
Outras novidades introduzidas pelo Censo 2022 incluem a maior identificação de pessoas que vivem em comunidades quilombolas e em comunidades indígenas, que terão questionários específicos.

O Censo inclui também perguntas específicas para pessoas com deficiência e para pessoas diagnosticadas por profissional de saúde com transtorno de espectro autista (TEA).

O Censo é constituído de dois questionários: um menor, que demora cinco minutos para ser preenchido; e outro maior, que demora em torno de 16 minutos. Cerca de 10% da população vai precisar responder ao questionário mais completo.

Imigrantes
O diretor do IBGE afirmou que os imigrantes estarão dentro da população estimada de 215 milhões de pessoas no Censo 2022. Segundo ele, o número pode ser menor em razão do aumento da mortalidade e da queda da fecundidade no país.

Tendo em vista o elevado fluxo de venezuelanos que entram no país via Roraima, o IBGE está realizando um trabalho especial naquele estado por conta da Operação Acolhida e das pessoas abrigadas. Nessa tarefa, o IBGE conta com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), ambas agências da Organização das Nações Unidas (ONU), para realizar o Censo em Roraima, com suporte do governo estadual.

A Operação Acolhida é uma operação deflagrada pelo Exército brasileiro desde fevereiro de 2018 que visa proteger os venezuelanos que atravessam a fronteira, prestando auxílio humanitário aos imigrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade, refugiados da crise política, institucional e socioeconômica que acomete a República Bolivariana da Venezuela.

Como há imigrantes em outros locais do Brasil, Cimar Azeredo informou que o IBGE segue o conceito de morador da ONU, referente à pessoa que tem um domicílio e não está afastada da residência por um período superior a 12 meses. “Com certeza, esse Censo vai ser muito importante para que a gente possa ter a identificação dessa população migrante no país”.

Tecnologia
O IBGE conta este ano com um data center para auxiliar no processamento das informações do Censo Demográfico 2022.

O arcabouço tecnológico desenhado para o Censo permitirá que os resultados sejam divulgados de forma mais célere, ao contrário do que ocorreu em edições anteriores.

A meta é publicar, no início de 2023, as primeiras informações. Em dezembro de 2022, serão divulgados resultados preliminares do Censo referentes à população. Os resultados sobre domicílio, pirâmide etária, escolaridade e mercado de trabalho serão disponibilizados ao longo do ano de 2023.

Ainda na estrutura tecnológica, há uma parte relativa à proteção e segurança dos dados. Toda a equipe do IBGE, que alcança cerca de 220 mil pessoas, foi treinada para mostrar os códigos de ética e boas práticas em relação a sigilo e confidencialidade.

Os dados dentro dos equipamentos estão criptografados e contarão com um sistema de proteção. Mesmo depois da realização do Censo, o IBGE tem uma política de sigilo e confiabilidade, além de comitês de ética, responsáveis por essa questão internamente.

“A população pode ficar tranquila que as informações não serão disponibilizadas nunca. A confidencialidade e o sigilo das informações fazem parte da criação de um instituto de estatística como o IBGE”, afirmou Azeredo

Recado
Azeredo, que foi recenseador em 1980 e, agora, está na Diretoria de Pesquisas, diz que tem orgulho da história que construiu dentro do IBGE e pede que a população receba o entrevistador do instituto.

“O Censo é fundamental para você, para o país, para todo mundo. É importante que um país se conheça. E é fundamental receber o recenseador do IBGE, tratar o recenseador com cordialidade, responder corretamente ao Censo. Se, por acaso, o seu domicílio não for recenseado, procure o IBGE, não fique de fora. Não é legal ficar de fora do Censo. O legal é dizer que foi recenseado.”

Agência Brasil

Após mudança da regra, precatórios alimentares ficam pendentes pela primeira vez

O Judiciário conclui no início de agosto o pagamento dos precatórios previstos para 2022 e, pela primeira vez, deixará de pagar verbas alimentares, ou seja, aquelas necessárias para a subsistência de quem vai recebê-las.

São recursos referentes a decisões que discutiram salários, pensões, benefícios previdenciários e indenizações por morte e invalidez que deixarão de ser pagos devido à PEC dos Precatórios, que estabeleceu um limite de R$ 45 bilhões para este ano. O governo havia separado, inicialmente, R$ 89 bilhões para este fim.

De acordo com dados levantados pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), o percentual de precatórios alimentares deste ano que ficaram de fora ainda é residual, mas esse problema tende a crescer no ano que vem, quando o restante do previsto para 2022 precisará ser quitado.

Se seguir desta forma, a previsão da associação é de que em 2026, quando acabam os efeitos da PEC dos Precatórios, devem ser pagos apenas 50% dos referentes ainda a 2024. Ao fim da vigência, algo em torno de R$ 225 bilhões estarão pendentes, estimam.

“A PEC dos Precatórios é mais uma medida que enfraquece o Poder Judiciário. Estamos falando de decisões judiciais que não serão cumpridas com a anuência da lei”, afirma o presidente da Ajufe, juiz Nelson Alves.

A expectativa no Judiciário é de que, ao tomar posse na presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Rosa Weber dê celeridade a duas ações que questionam a legalidade da emenda, as quais ela relata. Essas ações argumentam que o teto dos precatórios prejudica a separação entre os Poderes ao dar a última palavra sobre os pagamentos de decisões judiciais ao Executivo.

O Congresso Nacional promulgou em dezembro de 2021 a PEC dos Precatórios, que adiou o pagamento de dívidas da União já reconhecidas pela Justiça e, assim, abriu espaço no Orçamento para promessas do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Juliana Braga/Folhapress

PF elabora regras para evitar desgastes à sua imagem durante eleição


A 15 dias do início oficial da campanha eleitoral, a Polícia Federal prepara a edição de um conjunto de regras para restringir o uso dos símbolos da corporação, como o brasão e o uniforme, por seus integrantes em ambientes públicos. A norma também deverá restringir a exposição das imagens vinculadas à entidade nas redes sociais. A reportagem é do jornal “O Globo”.

O novo regramento visa a impedir que policiais publiquem símbolos da PF ou participem de eventos de cunho político usando uniforme da instituição. A ideia da instrução normativa, que ainda está sendo analisada internamente, é evitar eventuais desgastes ao órgão, sobretudo por publicações nas redes sociais.

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Brasil registra 162 mortes por Covid e 24 mil casos da doença neste sábado (30)

O Brasil registrou 162 mortes por Covid-19 e 24.259 casos da doença neste sábado (30). Com essa atualização, o país chega a 678.537 óbitos e a 33.819.451 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

A média móvel de casos permanece em queda (38% em relação ao dado de duas semanas atrás) e agora é de 34.387 infecções por dia. A média de mortes é de 223 por dia, o que representa uma queda de 29% (também em relação ao dado de duas semanas atrás).

Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são compiladas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

O consórcio de veículos de imprensa deixou de atualizar os números de vacinados contra a Covid-19 nos fins de semana e feriados. Nos dias úteis, os dados serão atualizados normalmente. A medida visa evitar imprecisões nos números informados ao leitor.

A mudança ocorre devido a problemas na consolidação dos dados de vacinação pelas secretarias estaduais. Diversos estados não atualizam o total de vacinados aos fins de semana e feriados, e mesmo os que o fazem, por vezes, informam números desatualizados, que não correspondem à realidade e costumam ser corrigidos nos dias seguintes.

Folhapress

Na semana passada, a OMS declarou estado de emergência global por conta do surto


A governadora do estado de Nova York, nos Estados Unidos, Kathy Hochul, declarou estado de emergência por conta da disseminação da varíola dos macacos.

"Estou declarando uma emergência estadual de desastre para fortalecer nossos esforços contínuos para enfrentar o surto de varíola dos macacos", escreveu no Twitter Hochul, na sexta-feira (29).

Segundo a governadora, um em cada quatro casos da doença no país estão em Nova York, que também registra um grande impacto nos grupos de risco.

Nesta semana, Brasil e Espanha registraram as primeiras mortes em decorrência da varíola dos macacos fora do continente africano.

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência global por conta do surto.

https://www.msn.com/

Bahia registra 1.489 casos de Covid-19 e mais 5 óbitos

A Bahia registrou neste sábado (30) 1.489 casos de Covid-19 e 2.105 recuperados e mais 5 óbitos. Dos 1.660.378 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.623.884 já são considerados recuperados, 6.140 encontram-se ativos e 30.354 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações.

O boletim epidemiológico deste sábado (30) contabiliza ainda 1.955.983 casos descartados e 357.760 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado.

Dia de Luta contra as Hepatites Virais encerra a campanha do Julho Amarelo em Ipiaú

Durante todo este mês a Secretaria de Saúde de Ipiaú, através da Vigilância Epidemiológica, em parceria com o Grupo Nova Vida e o Conselho Municipal de Saúde, esteve engajada na campanha do “Julho Amarelo” cuja finalidade é reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

Rodas de conversa, palestras, testes rápidos para detectar a doença, vacinação e outros procedimentos foram intensificados nesse período nas unidades da rede municipal, obtendo um bom resultado. As ações prosseguem no decorrer do ano.

Na última quinta-feira, 28, data em que se comemora o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, as ações do “Julho Amarelo” foram concluídas em Ipiaú com uma palestra proferida pela médica Clara Manoela, na Unidade de Saúde Epifânio Vieira, no Bairro Antônio Lourenço.

Na oportunidade foram realizados testes rápidos, vacinação e exame preventivo junto ao público presente que também participou de um sorteio de brindes.

TEM CURA
No dia 26, terça-feira, os profissionais de saúde do município assistiram, no auditório do Colégio Celestina Bittencourt, a uma palestra do médico hepatologista Marcelo Costa a respeito da situação atual do país frente à doença. Ele também trouxe informações de se pode reagir e a meta de até 2030 erradicar a hepatite C no mundo.

O hepatologista destacou que 97% da população que tem hepatite C desconhece ser portadora da doença e acrescentou que a estratégia simples de enfrentamento e a realização do teste. “ A doença tem cura, o diagnóstico é simples. O kit tratamento é entregue o mais rápido possível após o diagnóstico", acrescentou o palestrante.

Participaram também do encontroa Secretária de Saúde, Laryssa Dias, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Gabriele Prazeres, a enfermeira Joana Mesquita do Serviço de Hepatologia e o membro do Conselho Municipal de Saúde e líder do Grupo Nova Vida, José Vaz, parceiro no trabalho de conscientização e combate à doença.

"As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, causando 1,4 milhão mortes por ano. É a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose.

A hepatite é evitável, tratável e, no caso da hepatite C, curável. No entanto, mais de 80% das pessoas que vivem com hepatite carecem de serviços de prevenção, testagem e tratamento. (José Américo Castro).

Ipiaú: Bandido morre em confroto com a Polícia Militar.

Por volta das 22h dessa sexta-feira (29/07/22), quando em rondas pelo bairro Irmã Dulce, na tentativa de encontrar os bandidos que haviam cometido homicídio na noite anterior naquele bairro, as guarnição da 55ª CIPM/PETO e ROTAM se depararam com alguns elementos armados, que atiraram contra os policiais militares, que imediatamente, revidaram contra os meliantes.

Após o cessar dos disparo, foi avistado um homem caído ao solo com sinais vitais portando um revólver. Os demais indivíduos conseguiram fugir das guarnições, em meio do matagal não sendo possível alcancá-los.

Foi prestado o socorro imediato ao indivíduo atingido, sendo encaminhado para o HGI sendo constatado o óbito pelo médico plantonista


Resistente: IGNORADO (ainda não identificado) Material apreendido: 01 Revólver calibre 32, 03 cartuchos deflagrados e 01 picotado

Informações: ASCOM/55ª CIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão!o

Com maioria feminina na chapa, Roma garante combater violência às mulheres

O pré-candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), garantiu que, se eleito, fará um combate intenso à violência contra a mulher na Bahia. Segundo dados da Rede de Observatórios da Segurança, a cada dois dias uma pessoa do sexo feminino é vítima de violência no estado.

“A prova de nosso respeito e compromisso na defesa das mulheres são as minhas duas parceiras nesta caminhada, as candidatas Dra. Raíssa ao Senado, e minha vice Leonídia Umbelina. As mulheres são maioria em nossa chapa, onde têm voz ativa e vão estar firmes comigo nesta luta!”, afirmou Roma durante a Convenção Estadual do PMB, em Feira de Santana, na manhã deste sábado (30).

No evento que oficializou a entrada do PMB na chapa majoritária “A Bahia de Mãos Dadas com o Brasil, liderada pelo PL, Roma destacou que, no governo do presidente Jair Bolsonaro, foi quando houve a sanção do maior número de leis em defesa das mulheres. “Seguiremos esse exemplo. E vamos vencer as eleições para acabar com esses vergonhosos índices, implantando uma rede eficiente de proteção e apoio às mulheres”.

Rui alfineta adversários em convenção do PT: “Tem gente que não tem o que mostrar e tenta pegar carona”

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), alfinetou o pré-candidato ao Palácio de Ondina, ACM Neto (União Brasil), durante a convenção partidária na manhã deste sábado (30), no Parque de Exposições, em Salvador. Segundo o petista, a maioria das obras em Salvador foram feitas pela gestão estadual.

“Tem gente que não tem o que mostrar e tenta pegar carona […] Imagine a nossa capital sem as obras do governo do Estado. Sobra o quê? Wagner trouxe uma Bahia republicana, para acabar com a panelinha. Vi ontem na rede social uma pessoa que se acha príncipe tomando o microfone de um apoiador dele. Mais violento do que isso foi o motivo. Foi porque o apoiador iria compará-lo a outro candidato a deputado, filho de empresário. É como se dissesse: ‘Eu tenho linhagem'”, discursou. Na ocasião, o PT oficializou a candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) à sucessão.

Rui também disse que, dos candidatos ao governo da Bahia, “dois são do Bozo (Bolsonaro)”. “Um deles tem a coragem de assumir. O outro tenta vestir pele de cordeiro para enganar o povo”, disse.

Política Livre
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Críticas de Bolsonaro a manifesto ecoam reação de ditadura a carta de 1977

Quase meio século separa o manifesto pela democracia e a Carta aos Brasileiros de 1977, que a inspirou, mas são muitas as semelhanças na reação dos governantes nos dois momentos.

Se Jair Bolsonaro (PL) referiu-se ao documento como “cartinha”, o então líder da ditadura no Senado, Eurico Resende, menosprezou o texto, chamando-o de “carta, bilhete, ofício ou nome que o tenha”. “Nunca dei importância a manifestos”, ecoou o também governista José Bonifácio (Arena-MG).

Também há eco nas juras dos governos de turno de respeito à democracia e à Constituição. “Nosso caminho é a democracia, a liberdade, respeito à Constituição”, disse Bolsonaro.

“Temos uma ordem constitucional convivendo com a ordem revolucionária, e ambas são legítimas”, afirmou o então presidente da Arena, partido oficial, Francelino Pereira.

Ambos os governos viram ainda interesses ocultos no timing das manifestações. Bonifácio, que era líder da ditadura na Câmara, disse que “publicar o documento nesta hora é parte da ação comunista no mundo”. Para Bolsonaro, é “uma nota política em ano eleitoral”.

Nesta quinta (28), o presidente ironizou o manifesto em um texto com apenas 27 palavras, publicado em uma rede social.

“Carta de manifesto em favor da democracia. Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia. Assinado: Jair Messias Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil”, escreveu.

Fábio Zanini/Folhapress

Igreja Presbiteriana desiste de veto a cristão de esquerda para evitar racha interno BRASIL

Diante da maior crise em décadas, a cúpula da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil) se articulou para evitar que um relatório contra “cristãos de esquerda” virasse uma posição institucional.

A discussão girava em torno de uma consulta feita ao Supremo Concílio da IPB, a instância decisória máxima da igreja. Em relatório, o pastor Osni Ferreira sugeria que a Igreja Presbiteriana criasse uma comissão para repudiar o “pensamento de esquerda”.

Ele pedia ainda que a IPB firmasse posição contra cristãos de esquerda ou progressistas. Segundo o documento, eles deveriam ser orientados sobre “suas inconsistências” pelos pastores das igrejas —e, como consequência, poderiam ser afastados de cargos de liderança.

Com o risco de o documento ser aprovado, o pastor Cid Pereira Caldas apresentou na manhã de sexta-feira (29) um relatório substitutivo sobre o assunto.

No texto, Caldas diz que a “IPB tem mantido equidistância de radicalismos” e defende que “não é finalidade da IPB manifestar-se sobre partidos políticos”.

O relatório substitutivo foi aprovado pelo Supremo Concílio, na sexta, por 738 votos contra 538.

Cid Pereira Caldas é presidente do Conselho de Administração do Instituto Presbiteriano Mackenzie e pastor da Igreja Presbiteriana de Botafogo. Ele é próximo do presidente do Supremo Concílio da IPB, Roberto Brasileiro.

Apesar de Caldas ter apresentado o substitutivo horas antes da votação, o texto começou a ser discutido uma semana antes entre lideranças da igreja.

Três membros da cúpula da IPB e interlocutores de Cid afirmaram à Folha, sob reserva, que o relatório inicial tinha potencial para rachar a igreja como ocorreu na década de 1970, durante a ditadura militar.

Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil apoiava o governo militar. Indignados, pastores decidiram romper com a liderança da instituição e criaram a Igreja Presbiteriana Unida.

Cid, assim como Roberto Brasileiro, é considerado uma liderança moderada dentro da IPB. Segundo os relatos, ele resolveu apresentar o relatório para esfriar a crise e reforçar a independência da igreja em relação à política partidária e as eleições de outubro.

O relatório substitutivo aprovado manteve o entendimento da IPB de 1954 que define a “incompatibilidade entre o comunismo ateu e materialista e a doutrina bíblica”.

Após a derrota no Supremo Concílio, Osni Ferreira, que defendeu voto em Bolsonaro no púlpito da igreja, afirmou que a discussão jamais tratou sobre perseguir cristãos de esquerda.

“Toda vez que eu respondia a uma pergunta, eu falava que não estávamos tratando de candidato A ou B. Claro que você tem um candidato, claro que eu tenho. Isso é uma liberdade do pastor. O voto é secreto, é da consciência. O que nós estamos falando é que o cristão ou o presbiteriano não deve votar em nenhum candidato que defende princípios que a Bíblia é contra”, disse na sexta ao canal da Sexta Igreja Presbiteriana de Uberlândia.

Mesmo sem adotar posicionamentos públicos a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), a Igreja Presbiteriana do Brasil criou ligações com o governo.

Antes de vencer a eleição, Bolsonaro já visitava o Mackenzie e mantinha contato com representantes da universidade para conhecer as pesquisas sobre o grafeno. No governo, dois pastores da IPB viraram ministros: André Mendonça e Milton Ribeiro.

Diferente de Mendonça, Ribeiro tinha proximidade com a cúpula da Igreja Presbiteriana. Quando assumiu o MEC, levou para a assessoria especial Gustavo Brasileiro, um dos filhos de Roberto Brasileiro.

A prisão de Ribeiro, em junho, foi o principal fato que desencadeou a maior crise na Igreja Presbiteriana do Brasil em décadas, segundo seus integrantes. Ele é investigado pelos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

Mesmo pressionada a se manifestar, a IPB decidiu adotar silêncio e esperar os desdobramentos da investigação da Polícia Federal antes de definir qual postura adotar no caso.

Cezar Feitoza/Folhapress

“Tenho convicção que seremos mais uma vez vitoriosos”, diz Major Denice sobre Jerônimo e Lula

Candidata a prefeita de Salvador em 2020, Major Denice afirmou, na manhã deste sábado (30), que acredita na vitória de Jerônimo Rodrigues (PT), na Bahia, e de Lula, para o Palácio do Planalto. A petista, que é candidata a deputada federal, participa da convenção petista no Parque de Exposições.

“Tenho convicção que seremos mais uma vez vitoriosos. Estamos votando num projeto que revolucionou a Bahia. E no plano nacional é um projeto que revolucionou o Brasil. Eu, como mulher negra, de periferia, sei o que vi e vivi de evolução na perspectiva da gestão do PT”, disse.

Ela disse ainda que conta com os votos das mulheres para se eleger. “Tenho certeza que a revolução será feminina. A força das mulheres baianas será um fator decisivo nessa eleição”, disse.

Flávio Sande e Guilherme Reis

Ipiaú: Homem morre em intervenção policial no bairro Irmã Dulce

Um homem morreu na noite dessa sexta-feira (29) após ser baleado numa intervenção policial no bairro Irmã Dulce. O indivíduo chegou a ser socorrido por policiais militares para o Hospital Geral de Ipiaú, mas acabou não resistindo e faleceu. Até o início da manhã desse sábado ele ainda não tinha sido identificado.

De acordo com informações preliminares, uma guarnição da PM foi recebida a tiros durante rondas no bairro, houve confronto e um dos indivíduos acabou sendo baleado. Os demais suspeitos conseguiram fugir. A 55ª CIPM deve divulgar nas próximas horas detalhes da ação policial.

Vale ressaltar que na noite anterior, no mesmo bairro, um jovem de 23 anos foi morto e um adolescente de 17 anos baleado, após a casa onde eles estavam ser invadida por três indivíduos armados com pistolas e espingarda calibre .12. (Giro Ipiaú)

Morre aos 96 anos o ex-comerciante Nel Matos, fundador da Casa Vitória

Faleceu às 19 horas dessa sexta-feira, 29, no Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador, o comerciante aposentado Manoel Matos que era mais conhecido como “Nel Matos”, proprietário da antiga Casa Vitória, um dos estabelecimentos mais famosos do comércio varejista de Ipiaú.

Ele tinha 96 anos e foi vitimado por uma embolia pulmonar, sete dias depois de ter sido submetido a uma cirurgia, a vídeo, para selar uma fratura do fêmur da perna esquerda, decorrente de uma queda sofrida em sua residência, na Rua Silva Jardim, em Ipiaú.

O corpo será velado neste sábado (30) na PIB de Rio Novo e o sepultamento ocorrerá no Cemitério da Saudade, também conhecido como Cemitério Velho, em Ipiaú.

Seu Nel era natural de Ubaíra, antiga Areia, no Vale do Jiquiriçá, foi casado com dona Eunice Correia Matos, já falecida, com a qual gerou 11 filhos que lhes deram 25 netos e oito bisnetos.

Reconhecendo os relevantes serviços prestados ao município de Ipiaú, a Câmara de Vereadores lhe concedeu título de cidadania ipiauense, do qual ele muito se honrava. Seu Nel era membro da Primeira Igreja Batista (Pib) de Rio Novo e um bom torcedor do Vasco da Gama.

CASA VITÓRIA

Na história do comércio varejista de Ipiaú existe um capitulo garantido à tradicional CASA VITÓRIA e ao seu fundador Manoel Matos (Nel). O estabelecimento teve sua origem na zona rural, precisamente na Fazenda Baixa Alegre, mas na segunda metade da década de 1950 foi transferido para a Rua Dois de Julho, onde permaneceu por várias décadas, até 2020.

Bom atendimento, boas ofertas, pronta entrega e a qualidade da mercadoria foram fatores que contribuíram para que as empresas cativassem uma freguesia fiel e constante.

Empresa de cunho familiar, a Casa Vitória sempre teve no quadro de seus funcionários os próprios filhos de Nel Matos e alguns parentes mais próximos, a exemplo do seu cunhado Samuel Peteca, figura que entrou no folclore da cidade pela criatividade e bom humor. Da Casa Vitória originaram-se outros estabelecimentos comerciais geridos pelos filhos de Nel.

Reconhecendo os relevantes serviços prestados ao município de Ipiaú, a Câmara de Vereadores lhe concedeu título de cidadania ipiauense. Nel Matos fica na história de Ipiaú como um dos mais importantes ícones do comercio varejista.

Deixa um legado de trabalho e honradez, além de um solido patrimônio material. Quando alguém lhe perguntava qual era o segredo do seu sucesso, ele prontamente respondia: “Eu sempre fui muito controlado”.( Giro-José Américo Castro).

Comissão vai debater produção de etanol em microdestilarias e cooperativas

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados realiza na quarta-feira (3) audiência pública para debater a produção de etanol em microdestilarias e cooperativas de pequenos produtores. Também vão ser discutidas a comercialização direta e a tributação do setor.

"As microdestilarias poderão contribuir para aumentar a oferta de combustível com valores mais baixos e ainda gerar empregos. Para isso, é fundamental que haja incentivos fiscais e uma flexibilização da atual estrutura de comercialização do etanol hidratado combustível", afirma o deputado Padre João (PT-MG), que solicitou o debate. A audiência também foi sugerida pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

Padre João é autor do Projeto de Lei 9625/18, que autoriza as microdestilarias e as cooperativas a vender etanol diretamente para o consumidor final ou para postos revendedores. Entre outros pontos, o texto também prevê a criação de linhas de crédito para o setor.

"O processo de montagem e operação de pequenas unidades produtoras de etanol hidratado é simples, barato e acessível aos produtores rurais. Por isso, deve ser estimulado, principalmente no Brasil, que tem potencial para ser o grande fornecedor mundial desse produto", diz Padre João.

O deputado ressalta que a produção e a comercialização de etanol combustível podem melhorar as condições econômicas da propriedade rural, aumentando a renda do produtor.

O projeto aguarda votação na Comissão de Finanças. A proposta já foi aprovada por outras duas comissões da Câmara: a de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e a de Minas e Energia.

Convidados
Foram convidados para o debate: o professor Juarez de Souza e Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e representantes do Ministério de Minas e Energia; do Ministério da Economia; da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil; da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

A audiência está marcada para as 10 horas, no plenário 4.



Da Redação
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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