Ministério interdita fábrica de petiscos após morte de cachorros
Uma fábrica de petiscos e rações animais foi interditada hoje (2) após a morte de nove cachorros em Minas Gerais e São Paulo. Fiscais do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiram pelo fechamento depois de inspecionarem a unidade da empresa Bassar Indústria e Comércio Ltda, em Guarulhos (SP).
O Ministério da Agricultura também determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de petiscos da marca, sob a suspeita de contaminação por substâncias tóxicas. Caberá à empresa fazer o recolhimento e armazenar os petiscos em armazéns de sua propriedade.
Os produtos identificados com suspeita fundamentada de contaminação são os petiscos Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). Em nota, o Ministério da Agricultura informou que as medidas são preventivas e que poderão ser alteradas conforme o resultado das investigações.
Durante a inspeção, a equipe de fiscalização do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal recolheu amostras dos produtos, que serão analisadas pelos laboratórios do Ministério da Agricultura. Em relação ao fechamento da fábrica, a unidade poderá ser reaberta após a apresentação de todas as informações requeridas pelo ministério.
Segundo investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, nove cães morreram depois de ingerirem os petiscos dos dois lotes. Seis mortes ocorreram em Belo Horizonte, uma em Piumhi (MG) e duas na cidade de São Paulo.
Em nota, a Bassar Pet Food informou que está colaborando com as investigações e que contratou uma empresa especializada para inspecionar todos os processos de produção e o maquinário da fábrica, em Guarulhos. No texto, a companhia informou ter acionado todos os fornecedores para que rastreiem os insumos utilizados e ofereceu o e-mail sac@bassarpetfood.com.br para que os consumidores tirem dúvidas.
Edição: Aline Leal
Por Agência Brasil - Brasília
Veja a agenda dos candidatos à Presidência para este sábado (3/9)
Os eventos de campanha dos candidatos à Presidência da República deste sábado (3) incluem atividades como caminhadas, eventos, lançamentos de candidatura e encontros com a militância. Confira as agendas de hoje dos presidenciáveis:
Ciro Gomes (PDT): pela manhã, a agenda é na cidade de Serra (ES), com uma caminhada no centro da cidade, às 10h. À tarde, viaja para Contagem (MG), onde faz uma caminhada na feira livre do bairro Eldorado, às 14h30. Às noite, às 21h, faz live para a Ciro TV no Aglomerado da Serra.
Constituinte Eymael (DC): o candidato cumpre agenda em Taboão da Serra (SP), a partir das 11h.
Felipe D’Ávila (Novo): em Santa Cruz do Sul (RS), participa, às 12h30, de lançamento de candidaturas do Novo na região, no Galeto com Pinga Fogo. Às 19h, estará no jantar de lançamento da candidatura de um correligionário, no Ratskeller Restaurante.
Jair Bolsonaro (PL): participa de evento com mulheres, às 9h, na Fenac de Novo Hamburgo (RS).
Léo Péricles (UP): cumpre agenda em Aracaju, onde faz caminhada no Mercado Central Albano Franco às 11h, participa de feijoada e bate papo na Ocupação João Mulungu, às 13h, depois segue para uma caminhada na Maloca - Quilombo urbano, às 15h30 e às 19h participa de plenária de apoio às candidaturas na sede da UP.
Lula (PT): visita, às 10h, o Casarão das Quebradeiras de Coco do Maranhão, próximo ao Convento das Mercês, em São Luís (MA).
Pablo Marçal (Pros): às 6h, participa da serie diária Brasileiro Rico, ao vivo no YouTube; às 8h, faz caminhada na Rua 44, em Goiânia; às 9h, tem adesivaço na Arena Passeio, em Goiânia; às 12h, participa novamente da série Brasileiro Rico; às 17h, tem adesivaço em Rio Verde (GO); às 18h30, faz palestra em Rio Verde; e às 21h, participa da série diária Brasileiro Rico.
Simone Tebet (MDB): pela manhã, tem agenda em Belém (PA), onde visita, às 8h30, a Usina da Paz, em Cabanagem. À tarde, tem compromisso em São Paulo, onde participa, às 16h30, da Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, na Expo Imigrantes, em Jabaquara.
Sofia Manzano (PCB): às 9h, participa do evento Mulheres com Sofia: As Candidaturas de nossas camaradas em Goiás; às 15h, faz pronunciamento no encontro cristãos pelo socialismo, transmitido pela internet; às 17h, participa, em Taguatinga, no Distrito Federal, do aniversário da União da Juventude Comunista.
Soraya Thronicke (União): em Barueri (SP), às 9h, faz caminhada e corpo a corpo com eleitores; em Itapevi (SP), às 15h45, participa da cerimônia de inauguração da Organização Não-Governamental (ONG) Ser Amor; em Cotia (SP), às 17h30, tem reunião com os ativistas da causa animal, o advogado e vereador de São Paulo, Felipe Becari, e o advogado Rafael Saraiva.
Vera Lucia (PSTU): participa de plenária com militância e apoiadores em Curitiba (PR), às 15h, no Hotel Dan Inn (Praça Santos Andrade).
Matéria atualizada às 7h55.
Edição: Vitor Abdala
Por Agência Brasil - Brasília
Datafolha: 56% dizem que política e valores religiosos devem andar juntos
Tema abordado desde a largada da campanha presidencial deste ano, a questão dos valores tem grande peso para os brasileiros na hora de decidir seu voto.
Para 56% dos eleitores, religião e política têm de estar de mãos dadas em prol do país, e 60% consideram que é mais importante um candidato defender valores familiares do que ter boas propostas para a economia.
Por outro lado, 74% dizem que seu voto em outubro tem como objetivo aumentar a prosperidade pessoal. Foi o que aferiu o Datafolha em nova pesquisa, realizada de terça (30) a quinta-feira (1º).
Já 36% das pessoas não concordam com a ideia de que a economia está à frente dos valores, 19% dessas totalmente e 17%, em parte.
O discurso da defesa da família é central para Jair Bolsonaro (PL), que está atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa do primeiro turno: ele tem 32%, ante 45% do antecessor.
Desde o início da campanha, ambos têm lidado com a temática: o petista busca alcançar conservadores que lhe são refratários e viu o rival “possuído” pelo diabo, e o presidente acirrou o discurso de que o pleito é uma luta entre “bem e mal” —na qual o PT é o mal, claro, associado até ao demônio em fala de aliados e de sua mulher, Michelle.
No debate presidencial promovido pela Folha, UOL e TVs Cultura e Bandeirantes, o presidente voltou a falar que é o principal nome contrário a pontos sensíveis nesse campo, como o aborto. Lula vinha sendo mais ambíguo na pré-campanha, para dialogar com as fatias esquerdistas que compõem sua base.
Assim, o eleitor bolsonarista é mais identificado com a afirmação sobre a suposta dicotomia entre valores e economia: 71% concordam com ela. Mas 59% dos de Lula também o são, índice que cai com Simone Tebet (MDB, quarto lugar na disputa, com 5%) para 53% e com Ciro Gomes (PDT, terceiro, com 9%) para 41%.
O corte religioso é homogêneo, diferentemente da impressão do mundo político de que os evangélicos em que Bolsonaro têm mais apoio são mais conservadores nesse sentido. Entre eles, que somam 26% da amostra da pesquisa, 67% concordam com a ideia.
Já os majoritários (54% da amostra) mas menos organizados politicamente católicos empatam no limite da margem de erro de dois pontos, com 63% de concordância.
Mais um indício do conservadorismo brasileiro é visível quando o entrevistado é questionado se concorda com a ideia de que valores religiosos e política devem andar de mãos dadas em favor da prosperidade do país.
São majoritários 56% que pensam assim, 41% deles totalmente e 16%, em parte. Tal pensamento é mais disseminado entre pessoas de baixa instrução, que completaram o ensino fundamental (62%), número que cai a 26% entre quem tem diploma universitário.
Os eleitores de Bolsonaro e de Lula tendem a concordar da mesma forma (51% entre os do petista e 52%, entre os do presidente) com essa leitura, na base do sucesso dos políticos conservadores no Brasil: basta ver a frequência com que as palavras Deus e família surgem nas candidaturas vendidas no horário político.
Ao mesmo tempo, e isso não é contraditório com a promoção da prosperidade no discurso das igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais, o voto em outubro é visto como instrumento de melhoria pessoal.
Para 74%, a eleição servirá para aumentar a prosperidade. O número vai a 82% entre quem vota em Lula, 75% entre bolsonaristas, 62% nos que apoiam Ciro e 57%, Tebet. Já a ideia de que o voto é um protesto chega a 44% dos eleitores, enquanto a maioria (53%) discorda disso.
Foram ouvidos 5.734 eleitores em 285 municípios. Com margem de erro de dois pontos (para mais ou para menos), a pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, está registrada sob o número BR-00433/2022 no Tribunal Superior Eleitoral.
Igor Gielow/Folhapress
CNJ cria juizados especializados em violência política
O corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Luís Felipe Salomão, baixou uma norma que autoriza os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais de todo o país a criarem juízos especializados no combate à violência política.
Eles poderão atuar também na criminalidade eleitoral de grupos armados, como as milícias. A regra libera expressamente juízes a darem voz de prisão em flagrante a pessoas que promovam desordem ou que se envolvam com violência política durante o período eleitoral.
Neste ano, inúmeros casos de agressão já foram registrados envolvendo disputas eleitorais –o mais grave deles, em julho, foi o assassinato do petista Marcelo Arruda, no Paraná. Ele foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho, que se apresentava como bolsonarista nas redes sociais.
O CNJ afirma que a medida visa combater com mais eficiência grupos criminosos que atuam contra a democracia e o processo eleitoral.
Os tribunais poderão, a partir de segunda (5), criar os novos juízos provisoriamente, ou estabelecê-los de forma permanente para centralizarem casos que envolvam o tema.
De acordo com o CNJ, a medida visa priorizar e acelerar os julgamentos desses crimes e centralizar e especializar a atuação dos tribunais para combatê-los com maior eficiência. Outro objetivo é coletar dados para que possam ser avaliados nacionalmente. Eles serão enviados a cada dez dias úteis ao conselho, para análise e eventuais estratégias de combate a crimes que se repitam em diversos locais.
A regra assinada por Salomão define como atos de violência político-partidária toda conduta praticada com violência física ou moral, inclusive crime contra a honra, “que tenha como motivação direta ou indireta”: questões de fundo político, eleitoral ou partidário, intolerância ideológica contra espectro político diverso e “inconformismo direcionado a valores e instituições do Estado democrático de Direito, especialmente os relacionados ao processo eleitoral, à posse dos eleitos, à liberdade de expressão e à legitimidade das eleições ou de seus partícipes”.
Mônica Bergamo/Folhapress
Senado tem 3 candidaturas coletivas nas eleições de 2022
Foram registradas 235 candidaturas para o Senado Federal nas eleições deste ano em todos os Estados e no Distrito Federal, segundo estatísticas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ao todo, 3 dos registros são de candidaturas coletivas, que praticam o chamado “mandato coletivo”, com decisões compartilhadas por um grupo.
Esse tipo de candidatura propõe a tomada de decisão coletiva em relação aos posicionamentos nas votações e demais atos legislativos do mandato conquistado. Embora, sem amparo legal, o conceito já está em prática em algumas assembleias legislativas e em câmaras municipais.
Hoje, não existem “candidaturas coletivas” na legislação eleitoral, muito menos “mandatos coletivos” previstos na Constituição. Entretanto, uma resolução do TSE fala na possibilidade de uma candidatura ser divulgada como iniciativa de um grupo ou coletivo.
Segundo a resolução do TSE, essas candidaturas podem ser promovidas coletivamente, mas o registro permanece de caráter individual, ou seja, apenas uma pessoa do grupo é o candidato oficialmente registrado e é essa pessoa que será empossada em caso de vitória nas urnas. O nome do candidato oficial pode aparecer na urna eletrônica com o nome do coletivo ou grupo ao lado. E é só a foto do candidato oficial que aparece na urna na hora da votação.
Candidatos ao Senado
No Distrito Federal o tribunal eleitoral registrou a candidatura para o Senado de Pedro Ivo Mandato Coletivo (Rede). No Estado de São Paulo, o TSE registrou a candidatura Mancha Coletivo Socialista (PSTU). Já no Estado de Espírito Santo foi registrada a candidatura Gilberto Campos Coletiva (Psol) para o Senado.
Na avaliação de Ana Luiza Backes, consultora legislativa da Câmara dos Deputados, o exercício coletivo pode dar mais transparência ao mandato. Ela é autora de um estudo sobre o tema, recentemente publicado na revista Agenda Brasileira nº 5.
“Candidaturas coletivas ao Senado são uma bela novidade, não tenho conhecimento que tenha havido nas eleições anteriores. O cargo de senador tem certas características que talvez até facilitem o exercício coletivo do mandato —o senador é eleito com dois suplentes. Desta forma, são possíveis acordos entre o titular e os substitutos para partilhar o exercício do cargo. Observe-se que acordos deste tipo já são uma prática comum, como muitas vezes é noticiado”, disse a consultora legislativa.
Assim, diz a Resolução 23.609 do TSE, de 2019, “no caso de candidaturas promovidas coletivamente, a candidata ou o candidato poderá, na composição de seu nome para a urna, apor ao nome pelo qual se identifica individualmente a designação do grupo ou coletivo social que apoia sua candidatura, respeitado o limite máximo de caracteres”.
Em seguida, no entanto, a resolução proíbe “o registro de nome de urna contendo apenas a designação do respectivo grupo ou coletivo social”.
Essas duas disposições foram criadas em 2021, por meio de outra resolução (Resolução 23.675), que alterou a norma de 2019. É uma mudança imposta pela dinâmica social, como avalia o consultor legislativo da Câmara dos Deputados Roberto Carlos Pontes.
“A lei formal não traz nada de disciplina a respeito disso. Essa foi uma construção que partiu da própria sociedade, esse tipo de organização. O TSE, por meio de suas resoluções, até avançou um pouquinho. Porque esse é um fenômeno que se adiantou em relação à lei. É provável que o Congresso discipline isso mais adiante”, disse o consultor.
Desse modo, embora as candidaturas coletivas não existam na forma de lei, elas podem ser promovidas coletivamente e anunciadas ao eleitorado. Para todos os efeitos legais, entretanto, só a pessoa que toma posse no cargo é considerada parlamentar de pleno direito.
Propostas
Tramitam no Congresso uma PEC (proposta de emenda à Constituição), um projeto de lei complementar e projetos de lei que buscam regulamentar candidaturas coletivas ou mandatos coletivos.
A PEC 379/2017, da deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP), acrescenta dispositivo ao art. 14 da Constituição determinando que os mandatos, no âmbito do Poder Legislativo (vereadores, deputados e senadores), “poderão ser individuais ou coletivos, na forma da lei”, ou seja, cria a possibilidade, mas deixa a regulamentação para lei futura.
“O mandato coletivo revela-se uma alternativa para reforçar a participação popular e expandir o conceito de representação política”, afirma a autora da PEC.
O PLP 112/2021, da deputada Soraya Santos (PL-RJ), ficou conhecido como Novo Código Eleitoral. Essa proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados em setembro de 2021, lembra o consultor Roberto Pontes, e depende agora de decisão dos senadores.
O texto aprovado pelos deputados promove ampla reformulação na legislação eleitoral e autoriza a prática de candidaturas coletivas para os cargos de eleições proporcionais: deputados federais, estaduais, distritais e vereadores. O partido terá que regulamentar essa candidatura em seu estatuto ou por resolução do diretório nacional, mas a candidatura coletiva será representada formalmente por apenas uma pessoa.
O PL 4.475/2020, do deputado João Daniel (PT-SE), foca em regras para registro das candidaturas coletivas. O projeto altera a Lei Geral das Eleições (Lei 9.504, de 1997) para estabelecer que o nome do candidato poderá ser acompanhado pelo nome do coletivo ou grupo que o apoia. O projeto proíbe que o nome na urna eletrônica seja apenas o do grupo ou coletivo social.
Na visão do autor, “a organização coletiva de campanhas eleitorais representa um anseio legítimo de promoção da renovação política por meio de um modelo de campanha participativa, compartilhada e menos personalista”.
Outros 3 projetos que tratam do tema foram apensados ao PL 4.475/2020, entre eles o PL 1.593/2021, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que também busca regulamentar as candidaturas coletivas. Já o PL 4.724/2020 e o PL 1.422/2021 vão além e propõem a regulamentação do exercício de um mandato coletivo.
O PL 4.724/2020, do deputado André Figueiredo (PDT-CE), dispõe sobre o “exercício coletivo” de mandatos legislativos federais, estaduais, distritais e municipais.
“Nesse novo modelo de mandato, duas ou mais pessoas se unem em torno de um nome para tentar uma vaga eletiva no Legislativo e passam a compartilhar o mandato depois de eleitos. Isso significa que o mandato não é de um, mas de todos que contribuíram para a eleição. Toda e qualquer decisão será tomada pelo grupo, como as votações dos projetos e as ações em Plenário. Assim, todos os posicionamentos do político são resultantes dos diálogos e das interações com o grupo”, afirma André Figueiredo.
Já o PL 1.422/2021, do deputado Bacelar (Podemos-BA), cria o Coletivo Parlamentar, grupo que será composto por um membro-representante (que será o parlamentar eleito) mais dois membros-participantes, que também terão direito a algumas prerrogativas, como imunidade parlamentar e participação nas decisões do mandato coletivo.
“As vantagens do mandato coletivo são muitas, podendo ser citadas a menor dispersão de votos alinhados com pautas semelhantes, o aumento da representatividade dos grupos e a ampliação da capacidade de unir esforços para a organização de campanhas eleitorais”, argumenta o autor.
Mandatos coletivos
Atualmente, já existem mandatos coletivos em assembleias legislativas e câmaras de vereadores em praticamente todos os Estados.
Veja alguns exemplos em atividade:
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tem a deputada estadual Monica da Mandata Ativista (Psol);
Na Câmara Municipal de Arapiraca (SP), uma das cadeiras é ocupada pela vereadora Silvia Morales “Mandato Coletivo” (PV);
Na Câmara Municipal de Florianópolis, capital de Santa Catarina, há 2 mandatos coletivos: Baratieri Coletivo Saúde (PT) e Cíntia Coletiva Bem Viver (Psol);
A Câmara Municipal de São Luís (MA) tem como titular de uma das cadeiras o Coletivo Nós (PT), com 6 co-vereadores.
Com informações da Agência Senado.
Justiça determina que Silas Malafaia exclua publicações contra a jornalista Vera Magalhães
A 21ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou nesta sexta-feira (2) que o pastor Silas Malafaia remova de suas redes sociais oito publicações contra a jornalista Vera Magalhães. A corte ainda ordenou que o líder religioso se abstenha de veicular ofensas e informações falsas contra a profissional.
Os dois travaram um embate nas redes sociais após Malafaia endossar ataques contra Magalhães iniciados durante o debate com presidenciáveis realizado por Band, Folha, UOL e TV Cultura, no domingo (28). Na ocasião, a jornalista foi ofendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) após fazer uma pergunta sobre vacinação.
“Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disse Bolsonaro, exaltado.
Em suas redes, Silas Malafaia afirmou, sem provas, que Vera Magalhães foi contratada pelo ex-governador João Doria (PSDB) e recebia R$ 500 mil por ano da TV Cultura para fazer ataques sistemáticos ao governo federal.
A informação foi desmentida pela jornalista nas redes sociais —ela recebe R$ 22 mil mensais da Fundação Padre Anchieta, que mantém a emissora.
“O senhor vai levar um processo e ter de provar que eu ganho 500 mil por ano, pastor. Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe”, escreveu Magalhães nas redes sociais.
Na decisão, a vara do tribunal paulista considerou haver provas de que as publicações apresentavam conteúdo falso e ofensivo.
“Está delineado o perigo de dano, pois a manutenção na internet de conteúdo falso, difamatório e injurioso causa um grande constrangimento à autora, salientando-se que quanto maior o tempo de disponibilização do conteúdo ofensivo, haverá maior exposição negativa da imagem daquela”, afirma a juíza Maria Carolina de Mattos Bertoldo em sua decisão.
“O réu [Malafaia], pessoa pública, deve agir com responsabilidade ao utilizar as redes sociais, abstendo-se de publicar notícias falsas”, segue a magistrada.
A defesa da jornalista é feita pelos advogados Igor Sant’Anna Tamasauskas e Beatriz Canotilho Logarezzi, do escritório Bottini&Tamasauskas Advogados.
Para os defensores, o comportamento de Malafaia é inadmissível e demonstra, para além de ofensa à honra, a intenção de inibir o livre exercício da profissão de jornalista e de cercear a liberdade de imprensa.
Na saída do evento, Bolsonaro negou que tenha sido misógino em seu ataque à jornalista.
Mônica Bergamo/Folhapress
Preço da gasolina acumula queda de 30% desde cortes de impostos
O preço da gasolina caiu mais 1,5% nos postos brasileiros nesta semana, segundo a pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Foi a décima semana consecutiva de queda, motivada por cortes de impostos e por reduções nas refinarias da Petrobras.
De acordo com a ANP, o preço médio do combustível ficou em R$ 5,17 por litro, R$ 0,08 a menos do que o verificado na semana anterior. É o menor patamar desde novembro de 2020, em valores corrigidos pela inflação.
Desde o pico de R$ 7,39 atingido na penúltima semana de junho, a queda acumulada é de 30%, ou R$ 2,22 por litro. A expectativa é de novo recuo na próxima semana, já que a Petrobras reduziu novamente, nesta sexta-feira (2), o preço de venda em suas refinarias.
A forte queda nos preços foi iniciado no fim de junho, quando o Congresso aprovou isenção de impostos federais e um teto para a alíquota do ICMS sobre o combustível. Se intensificou com cortes promovidos pela Petrobras no preço de venda de suas refinarias, acompanhando a queda das cotações do petróleo.
Entre julho e agosto, o preço da gasolina foi reduzido quatro vezes nas refinarias da Petrobras, com uma queda acumulada de 19,2%.
Esta semana, a gasolina mais barata do país foi encontrada pela ANP em Passo Fundo (RS), a R$ 4,33 por litro. A mais cara foi encontrada em Tefé (AM), a R$ 6,76 por litro. O combustível já pode ser encontrado a menos de R$ 5 por litro em 20 estados e no Distrito Federal.
De acordo com a pesquisa da ANP, o preço do diesel caiu 0,4% nesta semana, para R$ 6,90 por litro. Menos impactado pelos cortes de impostos, o produto acumula queda de 8,8%, ou R$ 0,67 por litro, desde o pico de R$ 7,57 observado no fim de junho.
O preço do etanol hidratado caiu 3,4% na semana, para R$ 3,71 por litro, informou a ANP. O combustível foi encontrado a menos de R$ 3 por litro em dois estados: Mato Grosso e São Paulo.
O governo conta com a queda dos preços dos combustíveis para reverter danos à imagem provocados pela escalada inflacionária do início do ano. A Petrobras chegou a rever sua política de divulgação, emitindo comunicados sobre cortes nos preços de produtos que não eram divulgados antes.
Nomeado para comandar a Petrobras com a missão de segurar os preços, Caio Paes de Andrade tem tido seu trabalho facilitado pela queda das cotações internacionais, em resposta a temores de recessão global e a novos lockdowns na China.
Mesmo com o corte de 7% anunciado nesta quinta (1º) pela Petrobras, o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras abriu o pregão desta sexta R$ 0,21 por litro acima da paridade de importação, conceito utilizado pela estatal em sua política de preços dos combustíveis.
Já o diesel estava R$ 0,20 por litro mais caro, de acordo com estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Nicola Pamplona/Folhapress
Por 5 a 2, Justiça forma maioria pra impedir candidatura de Daniel Silveira
BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) - O TRE-RJ (Tribunal Superior Eleitoral do Rio de Janeiro) formou maioria de cinco votos para cassar a candidatura do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) ao Senado. O desembargador Tiago Santos pediu mais tempo para analisar o caso, e o julgamento só deve ser concluído na próxima semana, quando a magistrada Kátia Junqueira também deverá ler seu voto.
Os cinco integrantes do TRE que votaram para impugnar a candidatura do bolsonarista seguem entendimento da procuradora regional eleitoral Neide Cardoso de Oliveira, que afirmou que o indulto individual concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) não afasta a inelegibilidade do congressista.
"O decreto presidencial tem se sujeitado a muita controvérsia, no âmbito acadêmico e político, entretanto, o que não é controverso, muito pelo contrário, e sedimentado pela jurisprudência, não é de hoje, é que o indulto não alcança os efeitos secundários da pena", afirmou a PRE.
A manifestação do MPF (Ministério Público Federal) no Rio vai na contramão do que recomendou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que defendeu a extinção das proibições impostas ao parlamentar, multado em cerca de R$ 2 milhões, pelo ministro Alexandre de Moraes.
"O decreto presidencial é existente, válido e eficaz, sendo que o gozo dos benefícios da graça concedida está na pendência da devida decisão judicial que declare extinta a pena, nos termos do Código Processual Penal, da Lei de Execução Penal e do Código Penal, com retroatividade dos correlatos efeitos jurídicos à data de publicação do decreto presidencial", escreveu Lindôra.
Por 10 votos a 1, Sillveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão, multa, perda do mandato e suspensão dos direitos políticos por estimular atos com pautas antidemocráticas no país. Em seguida, Bolsonaro anunciou que havia assinado um decreto concedendo graça ao deputado, extinguindo a pena de prisão.
"O aludido decreto do indulto tem se sujeitado a muita controvérsia, no âmbito acadêmico e político. Entretanto, o que não é controverso, muito pelo contrário, e sedimentado pela jurisprudência pátria, não é de hoje, é que o indulto não alcança os efeitos secundários da pena ou extrapenais, fruto de decisão condenatória, no caso, do STF, por incitar crime de tentar impedir o livre exercício de qualquer dos poderes da União e coação no curso do processo", afirma a procuradora ao TRE.
O congressista está impedido de usar recursos públicos em sua campanha e foi condenado a devolver o dinheiro que tenha recebido do fundo partidário e do fundo especial de financiamento de campanha. Este texto será atualizado em caso de manifestação da defesa do PTB, que representa Silveira na Justiça Eleitoral.
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Sesab confirma mais dois casos de varíola dos macacos em Salvador; total na Bahia chega a 57
Mais dois casos de varíola dos macacos foram confirmados na Bahia, nesta sexta-feira (2). De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), os registros são de dois residentes de Salvador.
Segundo a Sesab, com estes novos casos, a Bahia totaliza 57 casos da doença dividios assim: Salvador (42), Lauro de Freitas (2), Santo Antônio de Jesus (2), Cairu (1), Conceição do Jacuípe (1), Feira de Santana (1), Ilhéus (1), Itabela (1), Juazeiro (1), Maracás (1), Mutuípe (1), Teixeira de Freitas (1), Xique-Xique (1) e Pé de Serra (1).
A Bahia tem notificados 147 casos suspeitos que aguardam diagnóstico laboratorial, informa a secretaria.
Bahia registra 651 casos de Covid 19 e mais seis óbitos BAHIA
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 651 casos de Covid-19 e seis mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.687.321 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.656.007 são considerados recuperados, 654 encontram-se ativos e 30.660 pessoas foram a óbito.
Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta sexta-feira (2) contabiliza ainda 2.007.430 casos descartados e 359.130 em investigação. Na Bahia, 68.359 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19, informa a secretaria.
Vacinação
A Sesab ainda informa que a Bahia contabiliza 11.681.006 pessoas vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.852.798 com a segunda ou dose única, 7.169.076 com a de reforço e 1.997.978 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.033.495 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 655.838 tomaram também a segunda. Do grupo de 3 e 4 anos, 38.158 tomaram a primeira dose.
Atentado em mesquita no Afeganistão mata ao menos 18
Uma explosão nesta sexta-feira (2) do lado de fora de uma mesquita na cidade de Herat, no oeste do Afeganistão, matou pelo menos 18 pessoas, incluindo um clérigo pró-Talibã de alto escalão, no que as autoridades disseram ser um atentado.
Imagens postadas no Twitter mostram o que parecem ser corpos cheios de sangue espalhados pela mesquita de Gazargah, uma das maiores do oeste do país.
Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Abdul Nafi Takor, 23 ficaram feridos com a explosão.
O porta-voz da polícia de Herat, Mahmood Rasoli, afirmou que Mujib Rahman Ansari —o clérigo pró-Talibã— estava entre os mortos, junto com alguns de seus guardas e civis. A explosão ocorreu no momento em que eles se aproximavam da mesquita para as orações de sexta.
Zabiullah Mujahid, porta-voz do Talibã, expressou condolências pela morte de Ansari e escreveu em uma postagem em uma rede social que os agressores seriam punidos. “Um forte e corajoso erudito religioso deste país morreu como mártir em um ataque brutal”, disse ele.
O clérigo morto nesta sexta falou fortemente em defesa do Talibã em uma grande reunião de milhares de acadêmicos organizada pelo grupo terrorista no final de junho, condenando qualquer um que se opusesse à sua administração.
“Quem cometer o menor ato contra nosso governo islâmico deve ser decapitado”, disse Ansari na ocasião. “Esta bandeira [do Talibã] não foi hasteada facilmente e não será baixada facilmente.”
Antes mesmo de o Talibã voltar ao poder, em agosto do ano passado, Ansari já era conhecido por suas posições contra governos anteriores apoiados pelos Estados Unidos.
Um ano após o Talibã retomar o poder no Afeganistão, o país tem registrado atentados com frequência. Em meados de agosto, um homem-bomba detonou explosivos dentro de uma escola religiosa em Cabul, em um ataque que matou o clérigo talibã Rahimullah Haqqani e seu irmão. O religioso era conhecido em particular por seus discursos inflamados contra o grupo extremista Estado Islâmico, que reivindicou o ataque.
Em abril, mês sagrado do Ramadã, uma série de atentados com bombas foi registrada, com um balanço de dezenas de mortos.
A maioria dos ataques é reivindicada pelo Estado Islâmico, geralmente direcionados contra minorias como os xiitas, mas também contra os talibãs. Os fundamentalistas afegãos têm dito que derrotaram os militantes do Estado Islâmico, mas a rivalidade entre os grupos mantém altas a tensão e a violência no país.
As Nações Unidas levantaram preocupações sobre o número crescente de ataques e algumas explosões foram reivindicadas por uma filial local do Estado Islâmico.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pela explosão desta sexta.
Folhapress
STF autoriza estados a adiarem descontos de até R$ 10 bi nas contas de luz
A redução adicional de R$ 10 bilhões na conta de luz dos brasileiros, que poderia ser um dos trunfos da campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), não deve chegar às faturas de 22 estados brasileiros antes da eleição.
O Supremo Tribunal Federal decidiu que a redução pode ser feita apenas depois que os governos estaduais forem indenizados pelo governo por perdas de arrecadação. Uma vez recebida a compensação, o desconto seria repassado na conta de luz do mês seguinte.
Caso os descontos do ICMS —que foi unificado em 17%— fossem aplicados integralmente, como prevê a nova legislação, a conta de luz dos assinantes residenciais e empresariais desses 22 estados sofreria uma redução de 7,38%, segundo cálculos da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres).
Para a indústria, base de associados da entidade, esse desconto seria menor —5,8%. No total, isso representaria algo em torno de R$ 10 bilhões em descontos.
A lei unificou o ICMS de combustíveis e serviços essenciais para todos os entes federativos. No caso da energia elétrica, passou a ser cobrado ICMS de 17%.
Além disso, isentou da cobrança desse imposto os encargos setoriais de geração, distribuição e transmissão, e determinou compensação financeira em caso de perdas superiores a 5% da arrecadação anterior (com ICMS mais elevado do que 17%) .
Argumentando que perderiam receita, 22 estados foram ao STF pedir compensação antecipada dessa parcela do custo que compõe a conta de luz. Técnicos das secretarias de Fazenda afirmam que a lei não deixou claro se, no caso dos encargos, a compensação por parte da União deveria ocorrer antes ou depois do repasse do desconto para as contas de luz.
Ao menos três estados —AC MG e RN— já obtiveram decisão favorável do ministro Gilmar Mendes, relator das ações que tramitam no Supremo questionando a alíquota de ICMS no setor e pleiteando a antecipação automática.
Em seus despachos, o ministro Gilmar Mendes permitiu a compensação antecipada no que “excederem a 5%, calculadas mês a mês, com base no mesmo período do ano anterior e com correção monetária (pelo IPCA-E), sem a cobrança de quaisquer encargos moratórios daí decorrentes”.
O ministro também vetou a inclusão do estado em quaisquer cadastros de inadimplência. Decidiu ainda impedir a “alteração ou reclassificação de rating [nota de crédito] da Capacidade de Pagamento (Capag), base para avaliação para que o estado possa tomar empréstimos no mercado.
Embora todos os entes federativos apliquem a nova alíquota de ICMS sobre a tarifa de energia, somente cinco deles –MG, ES, SP, PR e RS– estão isentando automaticamente os encargos setoriais. Esse grupo concentra mais da metade da arrecadação. Os demais recorreram ao STF.
Nos autos, eles afirmam que os estados já perderam dinheiro demais com os descontos de ICMS nas tarifas que, em alguns estados, chegava a 32%.
Para eles, não houve mecanismos eficazes de compensação para essas perdas. Além disso, afirmam que a lei que criou o teto do imposto estadual inclui um gatilho que permite aos estados abater dívidas com a União, caso as medidas levem a uma queda maior que 5% na arrecadação total com o ICMS.
Julio Wiziack, Folhapress
CNJ proíbe publicações de juízes nas redes contra o sistema eleitoral
O Corregedor Nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, assinou regra nesta sexta-feira (2) proibindo juízes de publicarem nas redes sociais manifestações contra o sistema eleitoral brasileiro.
Pelo texto, ficam vedadas aos magistrados “manifestações públicas, especialmente em redes sociais ou na mídia” que contribuam para o “ou que gerem infundada desconfiança social acerca da Justiça, segurança e transparência das eleições”.
O CNJ também determinou que os juízes ajustem até 20 de setembro as suas redes sociais e outros registros pessoais ou profissionais à nova regra.
A regra também impede que o juiz faça a “associação de sua imagem pessoal ou profissional” a pessoas públicas, empresas, organizações e qualquer canal de comunicação que atue pela “deterioração da credibilidade dos sistemas judicial e eleitoral brasileiro” ou que “fomentem a desconfiança social acerca da Justiça, segurança e transparência das eleições”.
O texto (provimento número 135/2022) foi divulgado após o CNJ firmar um termo de cooperação com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para prevenir e reprimir condutas que causem perturbação às eleições.
A Corregedoria fiscaliza a atividade dos juízes e pode aplicar sanções que vão desde advertência à demissão.
A regra estabeleceu ainda “diretrizes sobre condutas e procedimentos dos magistrados e tribunais no período eleitoral e posteriormente a ele”.
O texto também determinou que inquéritos policiais e ações penais por crimes de violência político-partidária devem ter tramitação prioritária.
O CNJ cita como fatores para endurecer a vigilância sobre os juízes a “escalada da intolerância ideológica e de atos violentos com motivação político-partidária”, além da “singularidade do atual cenário político-democrático”. O texto afirma que este cenário “exige pleno alinhamento e união de esforços entre magistrados”.
O TSE tem feito uma série de acordos para evitar a violência política durante as eleições e os questionamentos às urnas.
Mais cedo, o tribunal encerrou a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais, em cerimônia acompanhada por militares, partidos políticos, Forças Armadas, entre outras instituições.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse no evento que não há nada de “secreto” na Justiça Eleitoral”.
“Não há nada, absolutamente nada de secreto na Justiça Eleitoral. A única coisa secreta e sigilosa é o voto do eleitor, que a Justiça Eleitoral garante que isso ocorrerá”, disse Moraes.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) é vetor de desinformação sobre as eleições e já afirmou que a apuração dos votos é feita em “sala secreta” do TSE.
Na cerimônia, Moraes declarou que os brasileiros confiam nas urnas.
“A Justiça Eleitoral confia, assim como os brasileiros confiam nas urnas eletrônicas, e nada melhor do que jogar luz nas questões que se problematizam. O TSE jogou luz [sobre o processo eleitoral]”, disse o presidente do TSE.
Mateus Vargas/Folhapress
INSS terá novas regras para aposentadoria em 2023; confira as mudanças
Desde a Reforma da Previdência Social em 2019, as regras para as aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sofrem alterações gradativas a cada ano para não prejudicar os segurados que estão próximos de terem o benefício aprovado.
Dessa maneira, as regras para 2023 terão modificações e quem pretende se aposentar terá de se enquadrar em uma dessas três regras: por pontos; por idade mínima; e aposentadoria por idade.
Regra por pontos
Nesta situação é necessário somar a idade mais o tempo de contribuição, sendo que em 2023 será necessário atingir a seguinte pontuação:
• 90 pontos para mulheres, com ao menos 30 anos de contribuição;
• 100 pontos para homens, com ao menos 35 anos de contribuição.
Essa regra seguirá sofrendo alterações até chegar:
Em 2028, quando os homens terão que alcançar 105 pontos;
Em 2033, quando as mulheres terão que alcançar 100 pontos.
Idade mínima
A regra para a aposentadoria pela idade mínima progressiva em 2023 exigirá os seguintes requisitos:
• Mulheres: 58 anos de idade e 30 anos de contribuição;
• Homens: 63 anos de idade e 35 anos de contribuição.
E, seguindo as alterações já previstas para os próximos anos, quando a regra terá o acréscimo de seis meses a cada ano, as modificações ocorrerão até:
2027 para homens, que precisarão chegar aos 65 anos para se aposentar;
2031 para mulheres, que precisarão chegar aos 62 anos para se aposentar.
Aposentadoria por idade
Na regra da aposentadoria por idade do INSS para 2023, somente as mulheres sofreram alterações. Dessa forma, os requisitos são:
Mulher: 62 anos de idade e ao menos 15 anos de contribuição;
Homens: 65 anos de idade e ao menos 15 anos de contribuição.
Com a alteração prevista para 2023, a regra da aposentadoria por idade ficará fixada nestas condições, sem modificações para os próximos anos
https://www.msn.com/
‘Vou fazer mais e melhor que Rui’, declara Jerônimo Rodrigues
Acompanhado de oito dos 13 prefeitos do Extremo-Sul da Bahia, além de vice-prefeitos, deputados estaduais e federais que representam a região, bem como do governador Rui Costa e do senador e candidato a reeleição Otto Alencar (PSD) e de dezenas de lideranças, o candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) declarou, durante comício em Medeiros Neto, a 727 quilômetros de Salvador, que vai “fazer mais e melhor” que o governador Rui Costa.
“(Jaques) Wagner trouxe para a Bahia uma forma diferente de governar, escutando e dialogando, inclusive com a oposição, ele trouxe a política da verdade, a política da vida; aí veio o Rui (Costa)… E o Rui, em seu último ano de mandato, tem mais de 80% de aprovação da população”, ressaltou Jerônimo. “O amadurecimento que Wagner e Rui trouxeram para a política baiana vai continuar. Mas vou fazer mais e melhor que o Rui, porque ainda vou ter o apoio do presidente Lula.”
O evento encerrou uma grande jornada da chapa governista pela região ao longo desta quinta-feira (01). Ao todo, foram percorridos mais de 240 quilômetros, com eventos em sete municípios. O governador Rui Costa aproveitou o encontro para anunciar que vai inaugurar, ainda em seu mandato, o Hospital Regional Costa das Baleias, que está sendo construído em Teixeira de Freitas e vai atender todo o Extremo-Sul do Estado. A unidade tem investimentos de R$ 200 milhões entre obras e equipamentos e oferecerá atendimento de média e alta complexidade, incluindo tratamento oncológico, com 180 leitos, sendo 30 de UTI, e sete salas de cirurgia.
“Estamos há oito anos em segundo lugar entre os Estados com maiores investimentos públicos de forma geral, ficando atrás apenas de São Paulo, que arrecada sete vezes mais que a Bahia”, lembrou Rui. “Este Estado precisa continuar sendo cuidado por quem gosta de gente.”
O prefeito de Medeiros Neto, Beto Pinto (Pros), ressaltou que o governador Rui Costa rapidamente prestou assistência ao município e a toda a região após as fortes chuvas do fim de 2021, que deixaram boa parte das cidades da região em situação de calamidade pública, e isso fez com que a normalidade pudesse ser restaurada com mais velocidade. “Agora, precisamos continuar com o desenvolvimento da nossa cidade, da nossa região”, afirmou. “Jerônimo tem esse compromisso e ainda traz um sangue novo, uma energia nova, que é muito importante.”
O senador e candidato a reeleição Otto Alencar (PSD) lembrou da enchente para comparar as candidaturas ao governo da Bahia. “Quando aconteceu a enchente, o governador Rui Costa veio, esteve presente, para dar assistência, enquanto o adversário estava na Europa, incapaz de prestar um gesto de solidariedade”, lembrou.
Oposição a Bolsonaro marca atos em resposta ao 7 de Setembro para o dia 10
Movimentos de oposição a Jair Bolsonaro (PL) escolheram o dia 10 de setembro para realizar atos de rua em resposta às manifestações em apoio ao presidente marcadas para o Dia da Independência. A ideia é a de realizar protestos em todas as capitais.
A primeira convocatória para as manifestações de oposição está sendo realizada por movimentos populares como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Central de Movimentos Populares, Movimento Negro Unificado, Marcha Mundial de Mulheres, entre outros.
Nos próximos dias, convocatórias para os atos serão realizadas por outros setores, como centrais sindicais, grupos religiosos, estudantes e associações jurídicas.
A estratégia é a de criar uma onda que estimule uma adesão crescente de setores até 10 de setembro. Além disso, os movimentos dizem acreditar que Bolsonaro pode repetir ataques ao sistema eleitoral, às urnas eletrônicas e ao Supremo Tribunal Federal, o que também impulsionaria a mobilização.
“Convidamos todas as pessoas que acreditam na democracia, na solidariedade, na convivência plural das diferenças, que almejam a superação da fome, do desemprego e da desigualdade e que tenham esperança e coragem de construir um futuro melhor para estarmos juntos no próximo dia 10 de setembro”, diz o texto da convocatória, intitulada ‘A Esperança Vai Vencer o Medo’.
Guilherme Seto/Folhapress
Como André Janones virou o ‘cachorro louco’ e o ‘Carlucho do bem’ de Lula
Há quem chame André Janones (Avante-MG) de piromaníaco, dada a habilidade em tocar fogo no debate. Circulam em Brasília outros apelidos para esse deputado federal em primeiro mandato que, há até pouco tempo, ocupava o rodapé do noticiário político.
“Cachorro louco”, pela forma indômita com que se atraca com asseclas de Jair Bolsonaro (PL), seus arqui-inimigos desde que desistiu de disputar a Presidência para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na mesma linha, já foi definido por um aliado como “Carlucho do bem”, versão lulista do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), o cão de guarda do pai nas redes sociais.
O ex-petista de 38 anos evoca sensações ambíguas no partido que deixou dez anos atrás. A boa notícia para a sigla é que ele é um fenômeno digital, com 10,7 milhões de seguidores ao todo em Facebook, Instagram, Twitter e TikTok –acima de influencers conservadores como Silas Malafaia (8,4 milhões).
Janones é versado na linguagem das redes, campo em que a direita costuma ir melhor. Hábil em furar a bolha da esquerda, já criticou, por exemplo, a carta pela democracia lida na Faculdade de Direito da USP. Não pelo que diz, mas por como diz. O povão não entende “o linguajar da elite intelectual”, reclamou.
O tom belicoso, por outro lado, incomoda uma ala petista, que teme contaminações na imagem moderada que quer grudar em Lula. Há receio, ainda, que Janones ganhe muito poder na campanha. O deputado Rui Falcão, ex-presidente do PT, tentou traçar um limite ao reduzir seu papel ao de “um freelancer”.
Janones fez jus à fama de fio desencapado no debate do último domingo (28), quando xingou e foi xingado pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, um barraco registrado por celulares ao redor.
O deputado se aproximou para gravar um vídeo enquadrando Salles, que tinha acabado de chamar Lula de mentiroso. Ameaçou “plantar uma árvore na porta da casa dele”, contou depois.
O bolsonarista o recebeu aos berros de “seu bosta” e “rachadones”, referência a uma suspeita levantada por um ex-assessor de que Janones fez “rachadinha” em seu gabinete, a mesma prática ilegal imputada ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). O deputado devolveu o “seu bosta” para Salles, acrescentou um “miliciano vagabundo” e desafiou: “Bate aqui, machão”. A dupla foi separada por seguranças.
O novo amigo de Lula já tinha provocado a claque bolsonarista antes, com uma selfie não solicitada com o vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL). Dias antes, tinha dito que convocaria Alexandre Kalil (PSD), candidato de Lula ao Governo de Minas Gerais, para dar “umas palmadas” no conterrâneo.
“Cheio de gado frouxo por aqui”, postou no Twitter junto com a foto. No dia seguinte, Ferreira publicou um vídeo comparando o parlamentar ao burro da animação “Shrek”.
Janones conseguiu o que queria: pôr um bolsonarista na defensiva. “A armadilha das redes é que, se você entra em pauta, deixa que o outro te paute”, disse à Folha uma semana antes do bate-boca público.
A estratégia bebe da fonte que energizou o bolsonarismo: dominar o falatório, sobretudo o das redes, e impor a narrativa antes que o outro lado tenha chance de respirar. Daí a meta de tirar adversários do sério.
Já tentou atiçar Bolsonaro (“seu merda”), que falava ao vivo na Jovem Pan. Chegou a sugerir que ele tinha ligação direta com o assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco. Instado por apresentadores do “Pânico”, Bolsonaro foi breve ao comentar sobre Janones, numa descrição que caberia a si mesmo nos tempos de deputado: “Ele não tem relacionamento com ninguém do Parlamento. Ele quer aparecer”.
Já Carlos acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) contra Janones, que correu às redes para capitalizar o episódio. “Carlos Bolsonaro acaba de ingressar com ação no STF pedindo R$ 20 mil por eu ter emitido a opinião de que ele é miliciano, bandido e vagabundo! Faz por R$ 10 mil? Pago em dinheiro ‘vivo'”, referindo-se à compra de imóveis da família Bolsonaro com dinheiro em espécie.
“Ele sempre foi esse cara que usa bem a internet”, diz Carlos Zarattini, seu colega na Câmara. Petistas como ele, admite, não são tão ágeis no tatame virtual. “A gente não tem essa característica de lacrar, e você tem que lacrar. O Janones terminava o discurso na tribuna e emendava uma live metendo bronca.”
O estilo não é unânime no partido, mas tem seus trunfos, afirma Zarattini. “Ele obriga os caras a responderem, e isso evidentemente nos ajuda.”
Janones é vaidoso de sua expertise digital. Riu de Bolsonaro comemorando “míseros 550 mil de audiência ao vivo” no Flow Podcast e se gabou do “recorde mundial de 3,3 milhões” de visualizações numa live.
Foi em setembro de 2020, durante a pandemia de coronavírus, quando, em transmissão no Facebook, defendeu manter o auxílio emergencial em R$ 600 –o governo pretendia reduzi-lo à metade. O vídeo de menos de cinco minutos gerou quase 180 mil comentários e, de fato, bateu recorde de acessos simultâneos na plataforma, lembra o pesquisador Fábio Malini, da Universidade Federal do Espírito Santo, que na época observou os dados pela ferramenta de análise Crowdtangle.
Quando faz convocações virtuais, Janones escreve em caixa alta. Com frequência, usa “ATENÇÃO” ou “URGENTE” no início e não costuma perder a energia da oratória até o fim da transmissão. Agrega quase 8 milhões de seguidores só no Facebook –mais que Lula, Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) juntos.
Quando desistiu da disputa à Presidência, reunia 1% das intenções de voto em pesquisa do Datafolha. O PT já investia para construir a aliança, com ligações e elogios públicos de Gleisi Hoffman, presidente do partido. Foi pela rede que oficializou o respaldo ao PT. “Quis, antes de comunicar à imprensa, comunicar a vocês, em primeira mão, que Lula está encampando nossas propostas pelo auxílio”, disse, com o petista ao lado.
Como cabo eleitoral do ex-presidente, precisou ficar mais ativo no Twitter. Seu número de seguidores chegou a crescer 30% de uma semana para a outra, de acordo com a consultoria Quaest. No dia seguinte à briga com Salles, ganhou quase 25 mil seguidores.
Até julho, o deputado era mais um no pelotão de nanicos desta eleição. Teve em abril seu momento de inglória ao responder, na GloboNews, que o presidente da Argentina se chamava Emmanuel Macron, na verdade o titular da França —depois buscou remediar dizendo que entende de realidade brasileira “muito mais do que de política externa” e poderia listar “a cesta básica inteira”.
Não raramente o confundiam com um representante da direita, pela projeção que ganhou na Greve dos Caminhoneiros de 2018, encampada em peso pelo bolsonarismo. Sem nunca ter cruzado o país na boleia de um caminhão, virou um agitador das redes, com a mesma sanha incendiária que traz para o pleito de 2022. Chamava de safado Michel Temer, então presidente, em vídeo visto mais de 14 milhões de vezes.
Após tentativa frustrada de se eleger prefeito da sua cidade natal dois anos antes, o mineiro de Ituiutaba, cuja população é de cerca de 100 mil pessoas, garantiu sua vaga no Congresso com 178,6 mil votos. Ao ser diplomado deputado, pediu que não contassem com ele para defender nem Lula nem Bolsonaro.
Ele foi filiado ao partido de 2003, ano 1 do governo Lula, a 2012. Contou ao UOL, no início do ano, ter ficado desiludido com o que o PT havia virado: uma seita. Dali pulou para o PSC e, depois, ao Avante.
No Congresso, compra brigas pelos previdenciários —foi contra a reforma no setor aprovada no primeiro ano do governo Bolsonaro. Janones gosta de destacar a origem pobre. A mãe é empregada doméstica, e o pai, cadeirante, morreu quando o filho era bebê. Formou-se em direito com uma bolsa para alunos carentes, enquanto trabalhava como cobrador de ônibus.
No campo amoroso, já se relacionou com Íris Stefanelli, ex-BBB por quem diz ter profundo respeito. “Alguém que teve que vencer preconceitos e trabalhar muito para conquistar seu espaço. Admiração resume”, escreveu no Twitter quando fotos suas ao lado de Íris vieram à tona.
Em 2016, veio a conversão evangélica. Está até hoje na Batista da Lagoinha, igreja da família Valadão, próxima ao clã Bolsonaro. A fé não o levou a incluir seu nome na Frente Parlamentar Evangélica.
Diz achar “extremamente perigosa” a mistura de religião e política. “Para mim, essas pessoas são ateias”, afirma sobre pastores que ajudam a campanha de Bolsonaro. “Não acredito que sejam cristãs.”
Fogo no parquinho.
Anna Virginia Balloussier e Paula Soprana/Folhapress
Brasileiro tenta atirar em Cristina Kirchner na Argentina e é preso
A polícia argentina prendeu na noite desta quinta-feira (1º) um homem que aparentemente tentou disparar uma pistola contra a vice-presidente Cristina Kirchner quando ela chegava em casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
A polícia o identificou como Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos com antecedentes criminais -em março de 2021 ele tinha sido detido portando uma faca de 35 centímetros, no bairro de La Paternal, onde supostamente morava.
Canais de TV captaram as imagens de quando a ex-presidente deixava seu carro, rodeada por uma multidão de apoiadores. Em determinado momento, ela abaixa a cabeça quando alguém com o que parece ser uma pistola se aproxima a menos de 1 metro dela. Imagens publicadas nas redes sociais mostram o momento de diversos ângulos.
O ministro da Segurança, Aníbal Fernández, disse que o homem estava armado com uma pistola 3.8 e que ele teria tentado puxar o gatilho, sem sucesso. Segundo a emissora C5N, a arma teria falhado. O presidente Alberto Fernández deve fazer um pronunciamento ainda na noite desta quinta.
Momentos depois do ataque, a oposição divulgou um comunicado pedindo uma investigação urgente e condenando o que chamou de ato de violência. A militância ligada ao peronismo fez novas convocações para que apoiadores se reúnam em frente à casa de Cristina.
Políticos no Brasil também se manifestaram. “Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade”, escreveu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Twitter. “Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa.”
O homem teria saído correndo depois de tentar atirar. Segundo a polícia, cinco pessoas teriam seguido atrás dele, permitido aos agentes o identificarem como autor do ataque. A pistola teria sido encontrada na calçada.
Segundo o jornal Clarín, sua passagem pela polícia se deu quando ele foi interceptado por dirigir sem a placa traseira -ele afirmou às autoridades que ela havia caído dias antes por causa de um acidente. Os agentes pediram então que ele saísse do veículo e, quando a porta do carro se abriu, uma faca de 35 centímetros de comprimento caiu no chão.
O brasileiro afirmou que usava o objeto para se defender, e foi autuado pelo porte de arma. Segundo registros comerciais encontrados pelo mesmo jornal, ele atuaria como motorista de aplicativo e tinha um Chevrolet Prisma em seu nome.
Há mais de uma semana, a residência de Cristina se transformou em ponto de encontro de manifestantes pró e contra a ex-mandatária. Os protestos começaram quando o promotor Diego Luciani pediu uma pena de prisão de 12 anos para a política, que é acusada de chefiar um esquema de associação ilícita e fraude ao Estado no período em que foi presidente (2007-2015).
Luciani também solicitou que Cristina seja inabilitada a concorrer a cargos públicos para o resto da vida e que sejam devolvidos aos cofres públicos 5,3 bilhões de pesos (R$ 200 milhões).
“Estão esperando que matem a um peronista”, havia dito na tarde desta quinta o filho de Cristina, Máximo Kirchner, referindo-se ao fato de a polícia da cidade de Buenos Aires, governada pela oposição, ter abandonado a vigilância do local depois dos incidentes da noite do último sábado (27), quando houve enfrentamento com apoiadores da ex-presidente.
Um grupo de militantes do movimento La Cámpora estourou fogos de artifício e derrubou barreiras que haviam sido colocadas pelo governo local para, segundo a versão oficial, impedir o trânsito de veículos e “respeitar os vizinhos, que não dormem”. O argumento foi lido por apoiadores de Cristina como provocação.
Houve tumulto quando os manifestantes encontraram os agentes de segurança e a polícia reprimiu os atos com jatos de água e gás lacrimogêneo. Duas pessoas foram presas e sete policiais ficaram feridos, segundo a agência Reuters.
Ao fim da confusão, Fernández escreveu no Twitter que a operação policial “longe de contribuir para a tranquilidade, gerou um clima de insegurança e intimidação”. Já o ex-presidente Mauricio Macri culpou Cristina pelo tumulto.
Além de enfrentar problemas na Justiça, a vice-presidente passa por uma crise dentro do governo, travando uma disputa por espaço com Alberto Fernández, que sofre com a baixa popularidade.
No mês passado, a gestão criou um “superministério” da Economia, atribuído a Sergio Massa, com a missão de tirar o país da crise financeira -que envolve uma inflação que pode chegar a 90% ao ano e a disparada do dólar no mercado paralelo.
Sylvia Colombo/Folhapress
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