Ações contra Bolsonaro no TSE sobre 7 de Setembro devem ter efeito limitado na campanha
Os questionamentos judiciais feitos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre atos de campanha promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no feriado de 7 de Setembro devem ter efeito limitado na candidatura à reeleição do chefe do Executivo. Na leitura de especialistas em direito e integrantes da Justiça Eleitoral, eventuais decisões para torná-lo inelegível são improváveis e não devem ocorrer antes das eleições deste ano, devido ao longo período de tramitação de processos do tipo.
Há, porém, margem para o tribunal restringir o uso de imagens das manifestações na propaganda eleitoral de Bolsonaro. O presidente usou as comemorações oficiais do Bicentenário da Independência para encorpar comícios de campanha em Brasília e no Rio de Janeiro, onde pediu votos e atacou adversários. Bolsonaro negou que tenha cometido abuso de poder durante as manifestações e disse que os atos institucionais foram separados dos comícios políticos.
“Que abuso de poder? Não gastei um centavo. Paguei todas a minhas despesas, houve separação clara entre o ato cívico-militar e o ato lá de fora”, afirmou Bolsonaro em transmissão nas redes sociais, nesta quinta-feira (8). O tipo de ação que pode ter maior impacto contra a candidatura no TSE é a chamada Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral). Esse procedimento avalia se houve desequilíbrio na eleição por abuso de poder econômico, político, de autoridade, além do uso indevido de meios de comunicação.
Em casos mais graves, a Aije tem poder de cassar o registro da chapa ou o diploma dos eleitos e também de tornar os alvos inelegíveis por oito anos. A tramitação, no entanto, é lenta. “Uma ação como essa não deve ter impacto nesta eleição. São muito trabalhosas, levam tempo de maturação e discussão”, afirma a professora da FGV Direito Rio Silvana Batini.
Em 2017, o TSE absolveu a chapa formada por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) por 4 votos a 3, em ação apresentada em 2014 pelo PSDB.
Em outra Aije, o tribunal também levou cerca de três anos para votar e rejeitar a cassação de Bolsonaro e Hamilton Mourão (Republicanos) por participação em esquema de disparo em massa de fake news nas eleições de 2018. Magistrados de tribunais superiores ouvidos de forma reservada pela coluna Mônica Bergamo, da Folha, também avaliaram que a possibilidade de o TSE tornar Bolsonaro inelegível neste ano por causa do 7 de Setembro é praticamente nula.
Um caminho mais curto para limitar o ganho político de Bolsonaro envolveria pedidos ao tribunal para impedir o uso das imagens das manifestações em propagandas eleitorais. “Nada impede que a Justiça Eleitoral promova medidas para salvaguardar o pleito. As imagens produzidas para evento bancado pelo cofre público não podem ser usadas na campanha, é uma conduta vedada, caracterizaria crime eleitoral”, diz Batini.
Na leitura do advogado eleitoral Sidney Neves, mesmo impedir o uso das imagens não seria simples. Ele afirma que seria necessária uma apuração para comprovar que o ato foi ilegal, o que tomaria tempo para colher manifestações de todas as partes envolvidas.
“A Justiça Eleitoral tem tomado decisões para não criar uma censura prévia”, argumenta Neves.
Os atos de campanha de Bolsonaro no 7 de Setembro também devem levantar discussões sobre a declaração de gastos do candidato. Para Hélio Freitas de Carvalho, ex-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, será uma espécie de confissão de culpa se a coligação de Bolsonaro declarar como gastos de campanha as despesas dos comícios promovidos no feriado.
Carvalho ainda afirma que as origens das despesas das manifestações têm de ser apuradas, pois promoveram desequilíbrio na campanha. “A cobertura foi estrondosa, com todas as televisões ao vivo. Além da vantagem natural que já possui o presidente que disputa a reeleição, ele teve a projeção dos eventos”, diz o advogado. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral pode apresentar ações de investigação até a data de diplomação dos candidatos, prevista para 19 de dezembro neste ano.
Legendas de oposição já anunciaram que vão acionar o TSE contra a chapa atual de Bolsonaro, que tem o general Braga Netto (PL) de vice, por causa dos atos do feriado da Independência. O PDT, de Ciro Gomes, foi a primeira legenda a formalizar o questionamento ao tribunal, argumentando que Bolsonaro usou a estrutura da celebração do bicentenário para promover a campanha à reeleição.
Advogado da campanha de Bolsonaro e ex-ministro do TSE, Tarcisio Vieira também negou que tenha ocorrido abuso de poder e disse que o comício não se misturou com as celebrações de 7 de Setembro. “Ao final do desfile, houve o encerramento oficial do evento, sendo certo que o presidente até retirou a faixa presidencial; e depois o candidato Bolsonaro, já não na condição de presidente do Brasil, foi a pé ao encontro de populares onde proferiu discurso de natureza política, sem qualquer gasto sustentado pelo erário”, diz Vieira.
O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, que atua em ações no TSE, ainda não se manifestou sobre os atos de Bolsonaro. Segundo autoridades que acompanham as discussões da Justiça Eleitoral, é comum que o Ministério Público leve mais tempo que os partidos para agir, pois o órgão costuma abrir uma apuração prévia sobre os casos.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta quinta-feira que qualquer manifestação sobre possíveis crimes eleitorais será feita por Gonet Branco e dentro dos processos. Aras tem tido uma atuação alinhada a Jair Bolsonaro, que o indicou ao cargo mesmo ele não integrando a lista tríplice elaborada pelos procuradores. O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro decidiu, também nesta quinta, instaurar um inquérito civil para apurar o possível desvio de finalidade dos atos oficiais pelo Bicentenário da Independência em Copacabana.
A Procuradoria afirma não ter notado “cuidado necessário e suficiente esforço de autocontenção para diferenciar as celebrações do bicentenário da independência da manifestação político-partidária que se realizou no local”.
Mateus Vargas, Julia Chaib Italo Nogueira
TSE tem batalha entre Lula e Bolsonaro em ações sobre fake news e discurso de ódio
Sem previsão na legislação, “fake news” e “discurso de ódio” viraram armas estratégicas das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Justiça Eleitoral.
São mais de 30 ações ajuizadas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com alegação de fake news, sendo 26 contra bolsonaristas: o presidente, seus aliados ou influenciadores. Dessas, 18 foram movidas pelo PT e partidos da coligação e oito pelo PDT, de Ciro Gomes, segundo dados da corte de janeiro a 2 de setembro. De outro lado, o Partido Liberal já ingressou com sete ações contra Lula acusando o petista de discurso de ódio, em especial por se referir a Bolsonaro como genocida.
Com menção a fake news, moveu duas ações. Uma é contra o empresário Gabriel Thomaz, por conteúdos considerados gravíssimos publicados no site www.bolsonaro.com.br, domínio que até o ano passado era usado para divulgar feitos do governo. A outra é direcionada a Lula e ao deputado federal André Janones em razão de uma live “sensacionalista e quase teatral” intitulada “URGENTE AO VIVO: VOCÊ VAI PERDER SEU AUXÍLIO!”, feita pelo parlamentar e compartilhada por Lula.
As duas campanhas amparam as ações em artigos relacionados à propaganda negativa ou irregular, mas citam explicitamente fake news ou discurso de ódio. Os termos são usados com frequência pelo TSE, seja nas campanhas da corte contra a desinformação eleitoral ou nos discursos do ministro Alexandre de Moraes, que preside o tribunal nesta eleição.
Especialistas ouvidos pela Folha apontam que existe um apelo das campanhas para sensibilizar a corte com a utilização desses discursos.
“Em 2018, já se usava esses termos, mas as menções a fake news e discurso de ódio cresceram muito em 2022. Discurso de ódio não existe na legislação, o que existe é violência política. Adotá-lo é uma maneira de criar narrativa e sensibilizar”, afirma Samara Castro, advogada especialista em direito eleitoral. Uma das mentiras que mais mobilizou a equipe do petista foi a de que, se eleito, Lula fecharia igrejas evangélicas.
Para que o candidato não sofresse danos de imagem entre o eleitorado religioso, a campanha criou flyers e peças em vídeo para mostrar que ele “nunca fechou e nunca fechará igrejas”, além de ter assinado a Lei da Liberdade Religiosa, em 2003, e sancionado a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009. A legenda ainda pagou anúncios no Google e impulsionou vídeos sobre a temática no YouTube, a fim de alcançar mais pessoas e dizer que as igrejas permanecerão abertas caso Lula vença o pleito.
Na semana passada, a campanha do petista encaminhou um documento a dez redes sociais e aplicativos com propostas para combater a disseminação de conteúdos falsos e violentos. Há relatos de dificuldade para derrubar conteúdos explicitamente violentos, como ameaças à integridade do ex-presidente.
O documento é assinado por Gleisi Hoffmann, presidente da legenda e coordenadora da campanha de Lula, e foi enviado a plataformas como Facebook, Instagram, YouTube, Twitter e Tik Tok. Entre as sugestões estão a derrubada imediata de conteúdos com ameaças e incitação à violência e o pedido que denúncias “sejam apreciadas com urgência”. As empresas de redes sociais só têm obrigação de remover conteúdo por ordem judicial. No entanto, contam com políticas internas contra discurso de ódio e desinformação eleitoral, e entraram em acordo com o TSE para cumprirem tais diretrizes.
O PT diz ter recebido, em cinco meses, 7.000 denúncias de ataques ou fake news pela plataforma “Verdade na Rede”. Parte desse conteúdo é filtrado e analisado e as checagens são distribuídas em grupos de WhatsApp e nos canais oficiais de Lula. As mentiras que culminaram em ações acusam Bolsonaro e os filhos Carlos, Eduardo e Flavio, além das deputadas federais Carla Zambelli e Bia Kicis, da ex-ministra Damares Alves, do empresário Luciano Hang e de ativistas.
Entre as fake news estão a suposta conexão entre o PT o PCC, uma cartilha do governo Lula que ensinaria jovens a fumar crack, a ideia de que Lula participa de compromissos eleitorais alcoolizado, de que revogaria o Pix e de que contaria com um advogado que incentiva a manipulação de pesquisas eleitorais. A coligação também alega ataques ao sistema eleitoral em uma ação contra Zambelli. A deputada compartilhou publicação enganosa sobre um suposto QR Code do novo título de eleitor que contabilizaria votos automáticos a Lula.
O TSE passou a julgar ataques e conteúdos sabidamente inverídicos contra o sistema eleitoral. A lei veda “a divulgação ou compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinja a integridade do processo eleitoral”. Do lado de Bolsonaro, a equipe jurídica faz uma ofensiva contra os discursos do petista que associam o atual mandatário a genocídio, em referência à sua condução política na pandemia de Covid. As representações dizem que o petista comete “ofensa gravíssima” ao chamá-lo dessa forma, como o fez em vários comícios em cidades do Nordeste, cujos trechos dos vídeos circulam nas redes sociais petistas.
Os advogados também consideram reprováveis as falas de Lula ao acusar Bolsonaro de desumano, fascista e possuído pelo demônio e ao se referir a seus apoiadores como milicianos.
“O genocida acabou com o Minha Casa Minha Vida e prometeu Casa Verde e Amarela. Eu quero dizer para ele que vocês vão ganhar essas eleições para mim, e que nós vamos voltar, nós vamos voltar e vamos fazer o Minha Casa Minha Vida” é um dos exemplos dos discursos de Lula que foram alvo de processo. Em 10 de agosto, o ministro Raul Araújo Filho, do TSE, determinou a remoção de vídeos das redes sociais contendo essa narrativa. O magistrado considerou que houve “propaganda eleitoral extemporânea negativa por ofensa à honra e à imagem” do presidente.
O magistrado é o mesmo que tentou censurar manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no Lollapalooza, em março.
Em outra decisão perante um pedido semelhante do PL, a ministra Carmen Lúcia, do TSE, foi no sentido oposto do colega. Alegou que “não é qualquer crítica contundente a candidato ou ofensa à honra que caracteriza propaganda eleitoral negativa antecipada, sob pena de violação à liberdade de expressão”. Para Tarcisio Vieira, ex-ministro do TSE e integrante da equipe jurídica de Bolsonaro, Lula não faz uso da liberdade de expressão, “mas comete crime gravíssimo” ao acusar o adversário de genocida.
“Mesmo entre os países que usam o sentido mais alargado do conceito de liberdade de expressão, existem limites, e um deles é o discurso de ódio”, diz, explicando que usa essa nomenclatura nas representações. Segundo ele, a corte precisará estabelecer o limite da liberdade de expressão.
Chamar Bolsonaro de genocida é uma das questões que estão em aberto no entendimento do tribunal.
Paula Soprana e Victoria Azevedo/Folhapress
Rússia ameaça 4 países europeus que impuseram restrições de fronteira
A Rússia ameaçou, esta quinta-feira, a Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia por terem aplicado restrições nas suas fronteiras a cidadãos russos A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin, Maria Zakharova, reagiu a estas ações prometendo que a Rússia não "se fechará" para o mundo, mas prometeu medidas de retaliação.
Maria Zakharova, porta-voz deste ministério, indicou à agência Reuters que "os interesses do povo russo será tido em conta em primeiro lugar" quando forem escolhidas as medidas de retaliação. Recorde-se que o primeiro-ministro da Estónia, Kaja Kallas, anunciou que o seu governo vai fechar-se ao turismo russo em resposta a "sérias ameaças de segurança públicas".
Numa declaração conjunta feita hoje, os quatro países que fazem fronteira com a Rússia assumiram-se "cada vez mais preocupados com o influxo substancial e crescente de cidadãos russos para a União Europeia e o espaço Schengen" através das suas fronteiras.
Por considerarem tratar-se de uma "séria ameaça", o grupo decidiu fechar-se ao turismo proveniente da Rússia. O primeiro-ministro da Estónia indicou que, apesar disso, haverá exceções. As novas restrições entram em vigor no dia 19 de setembro.
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Por: Noticias ao Minuto
Ministro diz que ‘mão de Deus’ ajudou preço do diesel a cair no Brasil
BRASÍLIA - Após uma série de medidas para reduzir os preços dos combustíveis - de troca no comando da Petrobras à redução de impostos cobrados sobre diesel e gasolina - o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que “a mão de Deus” ajudou na redução na bomba.
“Primeiro, a mão de Deus nos ajudou que o preço do diesel caísse. Segundo, tínhamos um plano e o mantivemos. Não podemos é sair com medidas do lado oposto ao que queremos”, afirmou, lembrando do momento que considerou mais tenso - junho, mês seguinte ao que assumiu a Pasta, quando o barril do petróleo tipo Brent era comercializado acima de US$ 120, atingindo a maior cotação em dois meses e um dos maiores em quatro anos.
“O câmbio continuou a ajudar e sabemos que, depois de muitos dias chovendo, vai fazer sol”, disse Sachsida, um dos ministros mais dedicados a Bolsonaro, que viu na alta dos preços dos combustíveis o seu maior desafio na campanha para se manter no Palácio do Planalto por mais quatro anos.
Sachsida foi definido como ministro na mesma reunião em que Caio Mario Paes de Andrade foi escolhido para presidir a Petrobras - ambos levados a Bolsonaro por Paulo Guedes. Recentemente, o governo anunciou redução dos preços dos combustíveis no Brasil, feito que tem sido alardeado pelo presidente. Bolsonaro trocou o comando da estatal três vezes desde que assumiu o Executivo e tem dito que, se necessário, faria mais 20 substituições de seu gestor se os preços não caíssem. A intervenção no comando da petroleira chegou a fazer com que o valor de mercado da estatal caísse R$ 27,3 bilhões em um único dia.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Sachsida relata que foi sincero com o presidente Jair Bolsonaro sobre o papel limitado que o governo poderia desempenhar no setor quando foi chamado para o cargo.
“Desde que conversei com o presidente quando me indicou para ser ministro, deixei claro o que era possível ser feito e sobre o que não tínhamos controle. O preço do Brent, por exemplo, não controlamos. Então, poderíamos atuar, talvez, na parte do câmbio”, afirmou, explicando que não se referia a medidas feitas pelo Banco Central no mercado, mas a um conjunto de ações que pudessem atrair investimento estrangeiro ao País. “Com isso, o câmbio se valoriza, o que pode deixar as coisas elas por elas”, avaliou.
O ministro salientou que sempre insistiu na adoção de medidas estruturais desde que comandava a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
Ele lembrou as várias sugestões de medidas que começaram a surgir no País, no auge da disparada dos preços internacionais. Uma delas foi a criação de impostos sobre lucros extraordinários da Petrobras. “Eu disse não! E o presidente me apoiou. Se aumento imposto agora, como quero atrair capital? Não mexemos na lei do petróleo, não mexemos na política de preços”, argumentou, acrescentando que 11 tributos sofreram redução no País de forma permanente nos últimos anos. “A estratégia sempre foi essa.” Para manter a desoneração dos combustíveis em 2023, o governo propôs ao Congresso abrir mão de R$ 52,9 bilhões.
Críticos à redução dos tributos, principalmente o estadual ICMS, dizem que o governo agiu eleitoralmente ao incluir combustíveis como “bens essenciais” e esvaziar os cofres de Estados e municípios.
Para o ministro, a decisão pela não taxação dos lucros da estatal foi uma forma de sinalizar para o mercado sobre a seriedade do governo. Por isso, afirmou, a escolha foi pelo corte de ICMS sobre esses produtos. A decisão causou confronto com alguns governadores, que viram a maior fonte de suas receitas diminuir. “A desoneração tem eficácia e todos os outros benefícios”, argumentou.
Sachsida disse que, em um cenário de nova pressão sobre preços lá fora por causa de um corte de oferta da commodity pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o governo prefere manter a tática já adotada antes. “O que podemos fazer? Realocação no portfólio de investimentos. A parte dos recursos que iria para outros lugares tem que chegar ao Brasil. É o momento de o Brasil mostrar que é a bola da vez. Sai da Rússia, Ucrânia, Ásia, e investe no Brasil”, afirmou. Nas últimas horas, no entanto, o preço da commodity tem desabado por causa das expectativas de forte desaceleração da atividade na China.
O ministro também disse ser contra a criação de um fundo de estabilização, que serviria para amortecer internamente momentos de maior volatilidade internacional dos preços. Para ele, seria uma ineficiência tributar um insumo básico da economia, como combustível ou energia. “Sem contar o impedimento por causa da lei de aumento do teto dos gastos, seria uma forma de congelar preços. Então, o que queremos é um choque de proatividade”, afirmou. “O fundo de estabilização tem uma boa intenção, mas seria uma bola de neve fiscal.”
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‘Milhares de patriotas foram à Barra defender o Brasil e o voto auditável’, diz Tatiana Mandelli
A candidata a deputada federal Tatiana Mandelli (Republicanos) participou do ato de bolsonaristas que comemoraram os 200 anos de Independência do Brasil. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes fizeram o trajeto entre o Farol da Barra e o Morro do Cristo. Uma das pautas foi a reivindicação de eleições com voto auditável.
“Nossa comemoração dos 200 anos da Independência foi muito emocionante. Foi um ‘mar’ de gente em verde e amarelo na Barra, que já virou tradicional ponto de encontro em Salvador de patriotas que amam a Bahia e o Brasil e querem uma nação livre e próspera. Fiquei muito feliz com o apoio de diversas pessoas à minha candidatura ao Congresso Nacional. Vamos em frente, Brasil”, disse Tatiana Mandelli.
O candidato ao governo do Estado João Roma (Republicanos) também participou do ato, realizado na manhã de domingo (7).
Paulo Azi se solidariza com jornalista “desrespeitada” por Jerônimo durante entrevista
Presidente estadual do União Brasil, o deputado federal Paulo Azi se solidarizou com a jornalista Silvana Oliveira, que, segundo ele, foi desrespeitada pelo candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) durante entrevista nesta quinta-feira (8) na Rádio Sociedade. Para Azi, a reação do candidato petista é lamentável.
“Além de despreparado, Jerônimo mostrou que também é grosseiro quando confrontado sobre os problemas da Bahia, como a educação, que esteve sob seu comando durante todo o segundo mandato de Rui Costa”, disse o deputado, ao lembrar que a Bahia tem o pior ensino médio do país, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Para o parlamentar, Jerônimo perdeu a linha por não conseguir justificar o fato de a Bahia não alcançar a média do Ideb desde 2013. “Não adianta ele ficar nervoso, subir o tom de voz e tentar calar quem o questiona. Me solidarizo com a jornalista Silvana Oliveira, profissional competente que foi desrespeitada enquanto estava fazendo o seu trabalho”, afirmou Azi.
“É lamentável ver um candidato a governador ter uma atitude tão desrespeitosa como aquela. Ele mostrou que, quando confrontado sobre problemas deixados pelo partido dele, prefere elevar o tom de voz do que apresentar ao eleitor baiano explicações e soluções. Não é a jornalista que diz que a Bahia é a última no IDEB, são os próprios dados, que são públicos”, complementou.
Charles 3º é o novo rei; saiba quem foram Charles 1º e Charles 2º
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O novo rei da Inglaterra teve a opção de escolher seu nome. Ao optar por Charles 3º, o monarca dá sequência à uma linhagem que remonta ao século 17 e que foi responsável por aumentar o poderio britânico.
Charles 1º foi rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1625 e 1649, ano em que foi executado.
Ele era o segundo filho do rei Jaime I da Escócia, mas, depois que seu pai herdou o trono inglês, em 1603, mudou-se para a Inglaterra, onde passou grande parte de sua vida. Charles foi entronado após a morte do pai.
À época, a Inglaterra vinha de uma crise econômica por investir mais dinheiro do que podia em seu Exército, que lutou contra e venceu a Espanha numa guerra em 1558.
Charles 1º, tão logo virou monarca, assinou um documento que proibia a Coroa de convocar o Exército ou tomar medidas econômicas sem a aprovação do Parlamento. Ele também estendeu uma cobrança de impostos de navios, que valia somente para a área litorânea, para toda a Inglaterra.
Acreditando --assim como o seu pai-- que o soberano era designado por Deus para comandar o império, dissolveu e convocou o Parlamento diversas vezes. Também tentou impor aos escoceses a prática do anglicanismo, sendo que a maioria era presbiteriana.
Foi decapitado por traição à pátria e por governar como tirano, em 30 de janeiro de 1649.
Filho sobrevivente de Charles 1º, Charles 2º foi rei da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia entre 1660 e 1685. O tempo em que ficou no poder é conhecido como o período da Restauração, pois representou a pacificação da Inglaterra após as guerras civis entre católicos e protestantes. Também significou o fim de um período republicano no país.
Seu reinado foi marcado pelo aumento da colonização e do comércio na Índia, nas Índias Orientais e na América --os britânicos tomaram Nova York dos holandeses em 1664-- e por atos de navegação que garantiram o futuro do Reino Unido como potência marítima.
Enfrentou ainda a Peste Negra, em 1664, quando um quarto da população de Londres à época morreu. Em seguida, um grande incêndio forçaria a reconstrução de parte da cidade.
Ele fez várias tentativas para formalizar a tolerância a católicos, mas foi forçado a recuar diante de um Parlamento fortemente hostil.
Embora Charles 2º tivesse vários filhos ilegítimos com várias amantes, não teve nenhum com sua esposa, Catarina de Bragança. Seus esforços para se tornar um governante absoluto o levaram a entrar em conflito com o Parlamento, que ele dissolveu em 1681. Desde então, até sua morte, em 1685, governou sozinho.
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Ipiauenses são atendidos em Mutirão de Catarata através da parceria entre Estado e Município
A Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, proporcionou o atendimento de cerca de 60 pessoas no Mutirão de Catarata, que aconteceu nos dias 03 e 04 de setembro no Bela Vista Hospital dos Olhos em Jequié, em parceria com o Governo do Estado.
Antes de serem encaminhados para a cirurgia, os pacientes passaram por um processo de triagem, consulta médica e todos os exames necessários para a cirurgia.
Em transporte e lanche custeado pela Prefeitura, os pacientes se deslocaram com acompanhantes e foram assistidos por dois profissionais de saúde do Município. Os pacientes retornam nos dias 24 e 25 deste mês para realizar a cirurgia.
José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Apresentador perde a linha, comemora morte de rainha Elizabeth II e web detona: "Merece repúdio mundial"
Durante a última quinta-feira (8), o mundo recebeu a notícia de que a rainha da Inglaterra faleceu
O mundo foi surpreendido na tarde de ontem, quinta-feira (8), com a notícia de que a rainha Elizabeth II morreu aos 96 anos. Entretanto, dentre várias homenagens à falecida, um momento ganhou repercussão mundial: um apresentador comemorou a morte da monarca, a ofendeu e brindou com um champanhe.
Segundo informações do portal "Ana Maria UOL", o responsável por proferir os insultos à Elizabeth II foi o apresentador argentino Santiago Cúneo. O famoso decidiu brindar com seus companheiros e chamou a monarca de "velha de merd*". "Morreu a velha filha da pu**, finalmente acabou. Uma salva de palmas para satanás, que a recebeu", começou dizendo ele.
Em sequência, ele pegou uma garrafa de champanhe e brindou. "Eu prometi que faríamos um brinde", disse o argentino. "Champanhe para todos. O filho da pu** do marido dela já morreu, e estamos comemorando a morte de todos os malditos ingleses de m*rda que fazem parte dessa coroa imunda, pirata, ladra, genocida, assassina, que tanto nos atormentou.", finalizou ele.
Nas redes sociais, diversas pessoas saíram em defesa da monarca, alegando que as palavras de Santiago passaram dos limites. “Impossível existir neste mundo pessoas que se alegram com a morte de alguém, isso merece repúdio mundial”, disse um internauta. Já outras pessoas, concordaram com o apresentador, alegando que o Reino Unido foi maléfico para a Argentina no passado.
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Morre Rainha Elizabeth II aos 96 anos
Palácio de Buckingham afirma que médicos estão preocupados com estado de saúde da monarca, de 96 anos. Integrantes da família real viajaram até o palácio de Balmoral, na Escócia, onde a rainha está.
A rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos.
Últimas atualizações
Charles já é considerado rei
Filho mais velho de Elizabeth II, Charles já oficialmente considerado rei do Reino Unido.
Segundo o jornal britânico "Guardian", ele será oficialmente declarado rei no palácio de Saint James, em Londres, ainda sem data definida.
Há 3 minutos
Rainha morreu pacificamente, diz família real
O twitter oficial da família real já anunciou a morte da rainha.
"A rainha morreu de forma pacífica nesta tarde.
O Rei e a Rainha consorte permanecerão em Balmoral nesta noite e retornarão amanhã".
A rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos.
A rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, de acordo com a rede BBC. A monarca britânica estava em sua residência de férias, o Castelo de Balmoral, na Escócia. Ela teve o reinado mais longo da história do Reino Unido.
Há 14 minutos
BBC suspende programação normal para transmitir apenas notícias sobre a rainha Elizabeth II
A TV estatal do Reino Unido, a BBC One, suspendeu a programação normal do canal e está transmitindo notícias sobre a condição da saúde da rainha Elizabeth II nesta quinta-feira (8).
A programação normal do principal canal da rede foi interrompida pelo anúncio do Palácio de Buckingham de que os médicos estavam preocupados com a saúde de Elizabeth II.
O programa BBC News Special está sendo apresentado pelo âncolra Huw Edwards, que está usando um terno escuro com uma gravata preta (essa é a etiqueta da rede para os momentos em que um membro da família real morre).
De acordo com o jornal “The Guardian”, Edwards é um dos setoristas de monarquia britânica desde 1998. Além dele, há um outro apresentador que conhece bem a família real, Nichlas Witchell.
Há 19 minutos
Príncipe William, neto de Elizabeth II, chega dirigindo um carro no castelo de Balmoral. Junto com ele estão os príncipes Edward e Andrew, filhos da monarca, que foram visitar a rainha após o anúncio de que a monarca está sob cuidados médicos.
Biden fala sobre estado de rainha
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (8) que seus pensamentos estão com a rainha Elizabeth II e sua família, segundo um porta-voz da Casa Branca.
Ele disse que Biden foi informado sobre o estado de Elizabeth II nesta manhã.
TSE não tornará Bolsonaro inelegível, avaliam magistrados
A opinião é de magistrados de tribunais superiores –e inclusive de integrantes da própria corte eleitoral.
Uma investigação pode até ser aberta nos próximos dias –mas dificilmente seria encerrada até o fim de outubro, quando se realiza o segundo turno das eleições no Brasil.
Em primeiro lugar, seria preciso abrir espaço para o contraditório, ouvindo a defesa de Bolsonaro, num processo de idas e vindas que poderia demorar meses, ou até mesmo anos.
A corte levou quase três anos, por exemplo, para julgar uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Quando os dois foram inocentados, em 2017, a petista já nem ocupava mais a Presidência da República.
O histórico do TSE, por outro lado, mostra que dificilmente a corte cassaria um presidente eleito com os votos de milhões de brasileiros.
E mesmo que Bolsonaro seja derrotado nas eleições, a possibilidade de que ele se torne inelegível futuramente, punição extrema caso fosse condenado por causa do 7 de setembro, é considerada remota.
O comportamento do presidente, confundindo um ato oficial de governo com sua própria campanha, mereceria melhor exame, na opinião de ministros.
Embora não seja usual, por exemplo, um mandatário discursar no evento que celebra a Independência do Brasil, não há lei que o impeça de se pronunciar.
A confusão da figura do presidente com a do candidato, portanto, seria indesejada, mas difícil de ser comprovada, na opinião de um juiz.
Nesta segunda (8), o PDT recorreu ao TSE pedindo que a corte abra uma investigação contra Bolsonaro.
O partido pede que tanto ele quanto o candidato a vice Braga Netto (PL) se tornem inelegíveis por abusos de poder político e econômico nas manifestações do 7 de setembro.
A legenda argumenta que Bolsonaro usou a estrutura da celebração do bicentenário da Independência para promover a candidatura à reeleição.
“Além do uso da estrutura do evento (palanque, veiculação através da TV BRASIL), que foi custeado com o Erário, o primeiro Investigado [Bolsonaro] cumprimentou pessoas, posou para fotos com aliados”, diz o PDT.
“Em discurso realizado de cima de um trio elétrico, conclamou apoiadores a votarem nele no primeiro turno e convencer aqueles que pensam ‘diferente de nós”‘, afirma ainda a ação.
A legenda foi a primeira a apresentar uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) por causa dos atos do sete de setembro. A coligação de Lula (PT) afirma que também entrará com uma ação deste tipo.
Além de pedir que a ação seja acolhida, e Bolsonaro se torne investigado, o partido de Ciro requer que o TSE declare a inelegibilidade do presidente e de Braga Netto nas eleições de 2022 e nos próximos 8 anos, “bem como cassação do seu registro ou diploma”.
Se for aceita, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral será conduzida pelo corregedor eleitoral do TSE, Benedito Gonçalves.
Mônica Bergamo, Folhapress
Trump anuncia apoio a Bolsonaro e o chama de ‘homem maravilhoso’
O ex-presidente americano Donald Trump anunciou publicamente seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), em post em sua rede social, a Truth Social.
“O presidente Jair Bolsonaro ama o Brasil acima de todas as coisas. Ele é um homem maravilhoso e tem meu apoio total e completo”, escreveu Trump na manhã desta quinta-feira (8).
Trump e Bolsonaro têm uma relação próxima, e o brasileiro é rotineiramente comparado ao ex-presidente republicano no estilo e ideologia.
Em seu anúncio, o próprio americano faz referência à semelhança entre os dois. “O presidente Jair Bolsonaro do Brasil, ‘o Trump tropical’ como ele é chamado afetuosamente, tem feito um grande trabalho para o maravilhoso povo brasileiro”, afirma.
Trump acrescentou que, quando era presidente, “não havia outro líder de país que me chamasse tanto quanto Jair, buscando corte de impostos e tarifas, renegociações comerciais, políticas de reforço para fronteiras e contra as drogas (para colocar os ‘caras maus’ na cadeia) ajuda militar e mais”, escreveu.
Fábio Zanini/Folhapress
Campanha de Lula recorre ao TSE por sorteio da ordem de sabatinas na Record
A coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na terça (6) para exigir que a Record sorteie a ordem das sabatinas com presidenciáveis que serão realizadas no canal.
Diferentemente da concorrente TV Globo, a emissora não usou o recurso para definir a ordem em que os candidatos serão entrevistados no Jornal da Record entre 23 e 28 de setembro. Em vez de sorteio, o critério usado foi a ordem dos postulantes ao Planalto na pesquisa Ipec divulgada em 29 de agosto.
Assim, Lula, líder nas intenções de voto na sondagem usada como referência, seria o primeiro a ser sabatinado, no dia 23, uma sexta-feira. O presidente Jair Bolsonaro (PL) viria em seguida, na segunda (26).
Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), nesta ordem, fechariam o ciclo de entrevistas na emissora.
Na representação, a campanha petista argumenta que, num primeiro momento, o canal havia decidido realizar as sabatinas entre 7 e 21 de setembro, e a ordem das entrevistas seria “inversa à da colocação dos candidatos na pesquisa contratada pela Record TV junto à empresa RealTime Big Data, a ser divulgada em 15 de agosto de 2022”. Ou seja, os últimos colocados abririam as entrevistas.
O convite, porém, foi cancelado no começo de agosto para dar lugar às novas datas. O formato também mudou: as sabatinas foram limitadas aos quatro candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, e a ordem das entrevistas passou a ser decrescente, com o mais bem colocado inaugurando a série.
“A emissora inverteu absolutamente os critérios de definição da ordem de entrevistas, de modo que se pode identificar violação à isonomia e à paridade de oportunidade entre os candidatos”, defende a campanha na representação à ministra Maria Claudia Bucchianeri, da corte eleitoral.
Baseada na lei 9.504, que estabelece normas para as eleições, a coligação pede aplicação de multa para a emissora no caso de descumprimento da lei e, no pedido ao TSE, destacou que Lula seria sabatinado numa sexta-feira, “dia de menor audiência”, enquanto Bolsonaro ganharia exposição em data mais próxima do primeiro turno. A coligação diz ter solicitado o sorteio para a emissora, o que teria sido negado.
A lei eleitoral não obrigada as emissoras a fazer sorteios para definir a ordem de entrevistas, e sim para debates. “O que a legislação exige é que o veículo de comunicação dê tratamento isonômico a todos os candidatos”, diz José Paes Neto, membro da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político).
Num primeiro momento, o advogado diz não ver quebra de isonomia. Segundo Paes, o veículo precisa estabelecer um critério claro de escolha da ordem, e a pesquisa de intenção de voto tem de ser válida.
“O sorteio seria o melhor critério. Mas a partir do momento que a legislação não impõe essa condição para as entrevistas, outros critérios podem ser adotados pelo veículo de imprensa”, afirma ele.
A Record não respondeu às tentativas de contato da Folha até a publicação desta reportagem.
Daniela Arcanjo, Folhapress
Conab prevê safra de grãos superior a 271 milhões de toneladas
Os agricultores brasileiros devem colher em torno de 271,2 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022. A estimativa é dos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, se atingida, representará um acréscimo de quase 14,5 milhões de toneladas em comparação com o ciclo anterior.
Apesar da expectativa positiva, a produtividade do principal grão cultivado no país, a soja, foi prejudicada por condições climáticas desfavoráveis registradas em importantes regiões de plantio, como os estados do Paraná, Santa Catarina e em parte do Mato Grosso do Sul. Além disso, no Rio Grande do Sul, a estiagem derrubou à metade a produção da leguminosa.
Diante dos prejuízos registrados nessas e em outras unidades, os técnicos da Conab calculam que os sojicultores colherão cerca de 125,6 milhões de toneladas do grão – uma redução de cerca de 10% em relação à safra 2020/2021. Com isso, o estoque de passagem da safra 2020/21 passou para 8,85 milhões de toneladas e a projeção de exportação para 77,19 milhões de toneladas, das quais 66,6 milhões de toneladas já foram exportadas entre janeiro e agosto deste ano.
As estimativas constam do 12º Levantamento da Safra de Grãos, que a Conab divulgou hoje (8). Os responsáveis pelo estudo calculam que a produção total de milho cresça 30% em relação ao resultado anterior, atingindo cerca de 113,2 milhões de toneladas. Graças, principalmente, à retomada da produtividade na segunda safra, que deve responder por algo em torno de 86,1 milhões de toneladas do total previsto.
Alta também para o estoque de passagem para o trigo em 2023, influenciado pela maior produção esperada para o cereal. A previsão é que o estoque finalize em 1,6 milhão de toneladas para a safra com ano comercial de agosto de 2022 a julho de 2023. No caso do milho, a queda na produtividade de importantes regiões produtoras na segunda safra, reduziu o volume esperado para o consumo e exportação do cereal, agora estimados em 76,5 milhões de toneladas e 37 milhões de toneladas respectivamente. Mesmo com essas quedas, a projeção para o estoque final também foi ligeiramente diminuída, saindo de 9,7 milhões de toneladas para 9,4 milhões de toneladas.
Se por um lado a falta de chuva afetou parcialmente a eficiência das lavouras de algodão, agora favorece a colheita, prevista para ser encerrada em setembro, com a possível marca de 2,55 milhões de toneladas. Além disso, as condições climáticas também conferiram uma “muito boa” qualidade à pluma do algodão colhido. Em função do resultado, a Conab ajustou o volume do produto a ser exportado, estimando que as vendas externas não devem ultrapassar 1,9 milhão de toneladas.
No levantamento, também são destacados, positivamente, o plantio de sorgo, e, negativamente, o de feijão. O primeiro, impulsionado pelos preços do milho, registra uma produção recorde de 2,85 milhões de toneladas, um crescimento de 36,9% em relação à safra passada. Já os produtores de feijão enfrentaram problemas climáticos em todas as três safras da leguminosa, cuja produção só deve atingir 3 milhões de toneladas, o que é suficiente para suprir apenas a demanda interna nacional.
Já no caso do arroz, os técnicos da Conab estimam que serão colhidos cerca de 10,8 milhões de toneladas, o que representa uma diminuição em relação a 2020/21 e também suficiente para abastecer o mercado interno. Segundo o estudo, isso se deve à menor destinação de área para o plantio, bem como pela redução na produtividade média nacional.
Ao mesmo tempo, os técnicos preveem um consumo menor do arroz quando comparado com o levantamento divulgado em agosto. Com isso, estimam que os estoques de passagem estarão em níveis “mais confortáveis”, com previsão de que fechem o ano em 2,36 milhões de toneladas. Além disso, reviram as previsões quanto aos volumes do produto a ser exportado e importado.
A nova previsão é que o Brasil exporte 1,4 milhão de toneladas e importe 1 milhão de toneladas de arroz em 2022, sendo a motivação dos ajustes o acompanhamento da evolução das exportações até o momento.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da Conab
Agência Brasil
Roma: ‘Ausência que o Estado induz na nossa sociedade, cria a sugestão do cidadão de querer fazer justiça com as próprias mãos’
Candidato ao governo do Estado pelo PL, o ex-ministro João Roma afirmou, em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta quinta-feira (8), que acredita ser necessária uma mudança de postura por parte do governador no tratamento da Polícia Militar da Bahia (PM-BA).
“Precisamos fortalecer e mudar a forma com que o governo trata o policial. O governo da Bahia não dá respaldo às nossas forças policiais. Segurança pública se resolve, sim, com policiamento na rua”, disse Roma.
“Primeiro a gente precisa do império das leis. Essa ausência que o Estado induz na nossa sociedade, cria a sugestão do cidadão de querer fazer justiça com as próprias mãos. Nós não queremos um estado de justiceiros”, continuou.
Mateus Soares
Rainha Elizabeth 2ª está sob cuidado médico; príncipe Charles e William são chamados
A rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, de 96 anos, está sob supervisão médica, afirmou um comunicado do Palácio de Buckingham divulgado nesta quinta-feira (8). Segundo a nota, a monarca seguirá no Castelo de Balmoral, na Escócia, uma das residências da família real. A informação é da Reuters.
O filho mais velho e herdeiro da monarca, o príncipe Charles, e seu neto, o príncipe William, viajaram até o castelo para encontrá-la após o alerta dos médicos.
Empossada na véspera pela rainha, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, disse que todo o país está “profundamente preocupado” com a saúde de Elizabeth. “Meus pensamentos – e os pensamentos das pessoas em todo o Reino Unido – estão com Sua Majestade a Rainha e sua família neste momento”.
Polícia Militar prende homem em Itagibá por agressão a companheira (Lei Maria Da Penha)
Por volta das 19h50min dessa quarta-feira (07/09/22), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá foi solicitada, via telefone funcional, para atender uma ocorrência de uma briga entre casal, na Rua Ciciliano Alves Novaes, Centro de Itagibá.
No local da ocorrência, os policiais militares mantiveram contato com a vítima, que relatou ter sido agredida pelo seu companheiro após uma crise de ciúmes. Além disso, a vítima apresentava um edema próximo ao olho esquerdo e ferimentos nos lábios. Já o autor, em visível estado de embriaguez, relatou ter sido uma simples desavença entre eles.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao agressor e, em seguida, a guarnição conduziu a vítima à Unidade de Saúde de Itagibá a fim de providenciar atendimento médico, em seguida os envolvidos foram apresentados na sede da 9° Corpin (Jequié) para adoção das medidas de polícia judiciária.
Autor: V. A. DOS S. Nasc: 13/07/1981. End: Rua Ciciliano Alves Novaes, centro, Itagibá. Vitíma: A. M. M. O. Nasc: 01/11/1984.End: Rua Ciciliano Alves Novaes, centro, Itagibá.
Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.
Prefeita participa do hasteamento das bandeiras no Dia da Pátria
A exemplo dos anos anteriores, desde o início da sua primeira gestão, a prefeita Maria das Graças participou na manhã de ontem (quarta-feira), 7 de setembro, da cerimônia de hasteamento das bandeiras e entoação do nino nacional, atividades alusivas à Semana da Pátria e celebração dos 200 anos de independência do Brasil.
A solenidade foi simples e contou com as participações do presidente da Câmara Municipal, vereador Robson Moreira, do vereador Ivoniltom do Bairro Novo, além do coronel Jocevan Oliveira, comandante da 55 ª Companhia Independente da Policia Milita, e parte do efetivo da unidade. O Cortejo Afro, organizado pelo seguimento Afro-Indígena no Conselho Municipal de Cultura também marcou presença no ato cívico. (José Américo Castro).
No RJ, cristãos conservadores levaram trios e ônibus cheios de fiéis para ato bolsonarista
Do alto do trio elétrico, o pastor e candidato a deputado estadual pelo PTB do Rio de Janeiro, Liomar Oliveira, gritava para agitar a multidão. Ele é coordenador do Movimento Cristão Conservador, que levou um trio elétrico para a manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro neste 7 de setembro, na praia de Copacabana, Zona Sul (RJ). O evento foi marcado pela participação ativa de lideranças religiosas, que levaram carros de som, trios elétricos e ônibus cheios de fiéis. O próprio Bolsonaro discursou em cima de um trio financiado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
O movimento conservador cristão tem quase 2,5 mil lideranças em todo o país, que estão engajadas com a campanha de Bolsonaro nas igrejas. “Já visitamos 62 cidades do Rio de Janeiro conscientizando cristãos de que eles precisam se posicionar politicamente”, disse Liomar, que é pastor auxiliar da Igreja de Deus Sede São Cristóvão, uma congregação com mais de 1,5 mil membros junto com o pastor Joel Serra, também candidato a deputado estadual pelo PTB no Rio de Janeiro. O pastor Joel transformou sua casa em um comitê da campanha de Bolsonaro. Ele faz parte de um grupo chamado Casas da Pátria, que estimula eleitores a oferecerem suas residências para ações e distribuição de material de campanha.
“Cada casa tem o objetivo de engajar sua vizinhança e conquistar votos na sua região”, detalhou Joel por telefone. Ele disse que o recurso para o trio elétrico levado à manifestação do 7 de setembro veio de doadores do movimento cristão e não dos membros de sua congregação. “Não misturamos com a igreja”, garantiu.
Mas o coordenador da União dos Movimentos Conservadores, Pedro Wernek contou que os fiéis também ajudaram a pagar o trio elétrico. Ele disse que os recursos vieram de vários movimentos conservadores, entre eles grupos pró-armas. “Parte dos recursos foram angariados em uma vaquinha entre os membros que levantou R$ 3,5 mil. As igrejas fizeram um rateio entre os membros que contribuíram espontaneamente”. Ele não detalhou o valor arrecadado no rateio, nem as igrejas participantes.
O grupo ultraconservador católico Centro Dom Bosco também levou um trio elétrico para Copacabana. Diante de uma imagem de Nossa Senhora, um participante do grupo que não quis se identificar nem falar com a reportagem, conclamava: “Rezaremos pela derrota do abortista Luiz Inácio Lula da Silva. Nossa Senhora, pisa a cabeça da serpente Luiz Inácio Lula da Silva”. Às 14h, os manifestantes foram convocados a rezar um terço “contra o comunismo, pela pátria e pela queda de ideologia de gênero”.
Ataques ao PT e Lula
Evangélica da Assembleia de Deus de Parque Jequiti, a cuidadora de idosos Miria Falcão levou um banner com um versículo bíblico para a Avenida Atlântica. Ela contou que sua denominação se juntou à igreja do pastor Silas Malafaia no apoio ao ato bolsonarista. Silas, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, financiou o trio elétrico de onde Bolsonaro discursou junto a seus apoiadores mais próximos.
“A igreja de Silas trouxe mais de 30 ônibus com fiéis. Nossa igreja trouxe dois”, contou Miria. “Vim porque acho que nossa liberdade religiosa está sendo travada. A religião se mistura sim com política porque Deus levantou reis, príncipes. Temos que orar pelos nossos governantes”, disse.
“Somente da igreja Vitória em Cristo em Campo Grande saíram dois ônibus cheios de fieis”, contou o empresário Michel Douglas da Silva, frequentador da denominação que é comandada pelo pastor evangelista RR Soares. “Ninguém pagou passagem, foi a própria igreja que patrocionou”, disse.
Durante sua fala, Silas Malafaia fez ataques ao PT, que chamou de “quadrilha de corruptos” e “saqueadores do país”, e destacou o caráter cristão de Bolsonaro. A multidão respondeu aos ataques ao PT bradando em uníssono: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Antes do discurso de Bolsonaro, o locutor da festa de peão em Barretos, São Paulo, Zé Carlos, que fazia as vezes de cerimonialista do evento, puxou a oração do Pai Nosso. Do alto do trio, Bolsonaro discursou para o público religioso. “Seu presidente é cristão”, disse, e acenou para temas que mobilizam o eleitorado conservador, como aborto e drogas, algo que tem sido sua prática em boa parte das aparições públicas este ano. “Nós defendemos a vida desde sua concepção. Não existe no nosso governo ideia de legalizar aborto. Esse governo nem aceita discutir legalização das drogas.”
Em torno do trio de Silas, milhares de apoiadores do presidente se aglomeravam, bebendo e esperando o “mito” chegar. As aparições da esquadrilha da fumaça e as salvas de tiros de canhão, vindas do Forte de Copacabana, arrancavam gritos da multidão, quase toda vestida a caráter, com verde e amarelo da cabeça aos pés. O “data povo”, como gosta de falar o presidente, funcionou bem. “Essas pesquisas são todas mentirosas. Olha essa multidão, como que o Lula pode estar na frente?”, questionou uma apoiadora.
Segundo o canal CNN, partidos como PDT, PT, PV, Rede e União Brasil pretendem entrar na Justiça alegando que o presidente Bolsonaro utilizou evento financiado com dinheiro público para fazer campanha eleitoral
https://www.msn.com/
Feriado de 7 de Setembro é marcado por manifestações liderada pelo Sind-ACS/ACE de Jequié e Região.
Manifestantes Agentes Comunitários e Agentes de Endemias promovem manifestação em prol da valorização salarial da categoria no dia 07 de Setembro na cidade de Jequié, dando o grito Valorização Já, prefeito Zé Cocá.
Os ACS/ACE Manifestantes foram as ruas protestar contra a falta de valorização ao Servidor Público ACS/ACE. (Um Sete de Setembro diferente)
Paralelamente aos tradicionais desfiles do dia 7 de Setembro, centenas de Profissionais da Saúde e Comunidade percorreram as ruas de Jequié, em um ato de protesto contra o desprezo, a valorização e a falta de respeito do prefeito Zé Cocá para com a categoria. Cerca de 300 Agentes andaram pelas principais ruas da cidades com apitos e muitos cartazes de protesto.
O Presidente do Sindicato, Senhor ELON Oliveira, disse que não descansará enquanto o direito desses Profissionais não sejam valorizados e nem vai se acomodar, segundo ele, é preciso reivindicar sempre quando se mexe em direitos de Profissionais e profissionais esse que não só cora pra se, mas contribui com o município trazendo recursos.
O Dia 7 de Setembro, por ser o dia em que se comemora a Independência do Brasil, acreditamos ser um momento oportuno para manifestar”, disse ELON.
Hoje para o o Sind-Acs/Ace foi o grito de socorro, porque já estamos saturados com tanta falta de respeito.
Nossa categoria está esquecida por esse governo e o que queremos é apenas a implantação da emenda constitucional 120 na tabela do nosso plano de cargos e salários.
Petróleo desaba no exterior com risco de desaceleração da economia da China
Os preços do petróleo no mercado internacional registraram forte baixa nesta quarta-feira (7), com dados da economia chinesa renovando os temores dos investidores sobre o risco de desaceleração e possível recessão econômica global nos próximos meses.
Os preços do barril do tipo Brent oscilaram em queda firme ao longo de toda a sessão e fecharam o dia com desvalorização de 5,6%, a US$ 88,00 (R$ 459,55), renovando as mínimas desde o final de janeiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Dados da balança comercial do gigante asiático vieram significativamente abaixo das previsões, com o impacto negativo do aumento da inflação para a demanda no exterior, ao mesmo tempo em que o país voltou a conviver com novas restrições por causa da Covid-19 e com ondas de calor que interromperam a produção.
Os números divulgados nesta quinta mostraram que as importações de petróleo pela China caíram 9,4% em agosto em relação ao ano anterior, com a extensão das restrições de mobilidade por causa da pandemia reduzindo a demanda por combustível.
Em termos consolidados, as importações chinesas cresceram apenas 0,3% em agosto, de 2,3% no mês anterior, e bem abaixo do aumento previsto de 1,1%, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.
Já as exportações aumentaram 7,1% em agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, reduzindo o ritmo ante a alta de 18% em julho. Analistas esperavam um crescimento de 12,8%. Tanto as importações quanto as exportações cresceram no ritmo mais lento em quatro meses.
INVESTIDORES VEEM MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO DENTRO DAS EXPECTATIVAS
Na contramão dos preços do petróleo no dia, os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras, que chegaram a cair mais de 2% no início da sessão, inverteram de tendência e fecharam leve alta de 0,2%.
Os ADRs são recibos de ações negociados nas Bolsas americanas vinculados aos papéis das empresas cotados na B3, que ficam sujeitos ao humor dos investidores em relação aos ativos em dia de feriado no Brasil.
Já o índice de mercado EWZ, que acompanha as ações brasileiras e é cotado no exterior com base na carteira teórica do MSCI Brasil registrou alta de 0,9%.
A percepção de agentes do mercado ouvidos pela reportagem até aqui é a de que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e as manifestações não trouxeram um fato novo com peso suficiente para causar algum impacto mais negativo para os preços dos ativos no mercado brasileiro.
“Me parece que foi ok, sem nenhum rompante de nenhum lado, sem nada muito sério. Acho que a novidade é que não teve nenhum problema, já que muita gente tinha a expectativa de que aconteceria algum problema neste 7 de Setembro, e acabou não acontecendo, pelo menos até agora”, diz Luiz Fernando Figueiredo, CEO da gestora Mauá Capital.
“Do ponto de vista do mercado, todas as vezes que as coisas ruins não acontecem, acaba sendo bom, então acho que é um motivo para o mercado ficar um pouco mais tranquilo na abertura de amanhã [quinta, 8]”, acrescenta o ex-diretor do BC (Banco Central).
Sócio da gestora Adam Capital, André Salgado afirma que o mercado está tratando as eleições de maneira equilibrada, ponderando aspectos positivos e negativos de cada um dos dois principais candidatos, que “na, soma; são equivalentes”.
“Acho que as manifestações podem diminuir a diferença em favor de Bolsonaro, mas ainda com margem maior para Lula, pelo menos por enquanto”, afirma Salgado.
“Pelo que estou acompanhando, não teve nada de diferente. Mais do mesmo. O mercado já chegou a discutir como risco algum tipo de ruptura institucional. Mas a percepção é que essa probabilidade tem diminuído”, endossa Rafael Ihara, sócio e economista-chefe da Meraki Capital.
Leandro Saliba, sócio da gestora mineira AF Invest, interpreta as manifestações de maneira mais positiva. Ele diz que o tamanho das manifestações deve ser bem recebido pelo mercado, pela perspectiva de uma condução econômica de caráter mais liberal em um cenário de reeleição.
“Em Belo Horizonte, o desfile e a Praça da Liberdade estavam completamente lotados pelas famílias de verde e amarelo. Acredito que a repercussão será positiva para o mercado”, diz Saliba.
Economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito também não vê nas manifestações observadas até agora algo que possa alterar de maneira relevante o sentimento dos investidores em relação ao desempenho do mercado.
“Acho que não teremos nenhum grande ruído, nem para cima nem para baixo, a não ser que a gente tenha algo muito exótico, no sentido de o Bolsonaro sugerir algum tipo de ruptura democrática”, afirma Perfeito.
“Se o presidente esticar demais a corda, podemos ter um evento político novo, mas não acho que isso vai acontecer”, diz o economista.
Ele acrescenta que os movimentos do mercado local devem seguir sob maior influência dos fatores macroeconômicos globais.
A própria alta das ações brasileiras no exterior vem na esteira da valorização das principais Bolsas americanas nesta quarta —o S&P 500 avançou 1,83%, o Dow Jones teve ganhos de 1,1,40%, e o Nasdaq subiu 2,14%.
A perspectiva de desaceleração da economia global contribui para uma menor necessidade de aumento dos juros, com um horizonte que passa a se desenhar mais favorável para as ações de empresas negociadas nas Bolsas, diz o economista da Necton.
Relatório publicado nesta quarta pelo Federal Reserve (banco central dos EUA) conhecido como Livro Bege reforçou esse cenário, ao mostrar que as empresas relataram algum alívio na escassez de mão de obra e nas pressões sobre os preços.
“As condições gerais do mercado de trabalho permaneceram apertadas, embora quase todos os distritos tenham destacado alguma melhora na disponibilidade de mão de obra”, disse o Fed no relatório em que analisa as condições macroeconômicas americanas.
Lucas Bombana/Folhapress
Desfile em comemoração ao Bicentenário reúne multidão na Esplanada
Sob os olhares e aplausos de milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios, tropas das Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros Militar desfilaram na manhã de hoje (7) nas comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. O desfile ocorreu após um hiato de dois anos devido à pandemia de covid-19.
O sol intenso, geralmente presente nos últimos meses em Brasília, na época de seca, não apareceu como se esperava neste feriado de Independência, fazendo com que o desfile ocorresse em um dia nublado e de vento frio na Esplanada.
Perto das 9h, o presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou. Antes de ir para a tribuna, o presidente quebrou o protocolo e decidiu caminhar pela pista, acenando para as arquibancadas, repletas de apoiadores. Nesse momento, paraquedistas do Exército desceram na Esplanada trazendo uma bandeira do Brasil. Em seguida, o presidente ocupou seu lugar na tribuna para o início do desfile, que foi marcado pela passagem da Esquadrilha da Fumaça. Os aviões cortaram o céu da Esplanada e deixaram um rastro de fumaça nas cores da Bandeira Nacional.
Entre os presentes na tribuna de honra, junto do presidente e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, estavam os ministros da Economia, Paulo Guedes, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da Saúde, Marcelo Queiroga, além do vice-presidente Hamilton Mourão. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, também esteve no local.
Uma diferença do desfile deste ano para os passados foi a presença de 27 tratores, cada um representando um estado brasileiro e o Distrito Federal. A presença desses veículos no desfile buscou representar a importância do setor agropecuário no país.
Em campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro viu seus apoiadores na grande maioria do público presente. Pessoas com camisetas e bonés com o rosto e o nome do presidente gritavam seu nome a todo momento.
Uma multidão se espalhou pelo gramado da Esplanada durante o desfile, sem conseguir acessar as arquibancadas já lotadas. No meio do público, avistavam-se faixas com críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao comunismo.
Bolsonaro não discursou durante o desfile.
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Bahia registra 685 casos de Covid-19 e mais dois óbitos
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 685 casos de Covid-19 e duas mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.689.127 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.657.920 são considerados recuperados, 539 encontram-se ativos e 30.668 pessoas foram a óbito confirmado.
Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta quarta-feira (7) contabiliza ainda 2.012.058 casos descartados e 359.673 em investigação. Na Bahia, conforme a secretaria, 68.405 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Falta de sinal impediu transmissão com Bolsonaro para público na Paulista, diz líder do Nas Ruas
O candidato a deputado federal pelo PTB-SP e presidente do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch, afirmou que problemas técnicos não possibilitaram o estabelecimento de um link ao vivo com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para o ato na avenida Paulista.
Mais cedo na manifestação, Abduch havia dito aos manifestantes que o chefe do Executivo falaria ao público remotamente.
Às 17h, quando o ato naquele carro de som foi encerrado, o presidente não tinha falado. Abduch afirmou então que o link não tinha dado certo por falta de sinal.
Grandes grupos começam a ir embora da manifestação, com o início de uma chuva na região.
Os manifestantes que tomavam um grande trecho da via seguiam, também por volta das 17h, em direção às estações de metrô mais próximas.
Bruno B. Soraggi/Artur Rodrigues/Folhapress
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