Desemprego cai para 8,9% em trimestre encerrado em agosto, diz IBGE
O desemprego no Brasil diminuiu para 8,9% com a queda de 0,9 ponto percentual registrada no trimestre encerrado em agosto, em comparação com o período anterior, terminado em maio.
O percentual é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando atingiu 8,7%. O contingente de pessoas ocupadas ficou em 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, que representa o nível de ocupação, foi estimado em 57,1%. O resultado significa avanço em relação ao trimestre anterior. Naquele período o nível de ocupação ficou em 56,4%. Ficou também acima do mesmo período do ano passado, quando registrou 53,4%.
Para a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho mostra recuperação. “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, observou.
De acordo com a pesquisa, três atividades contribuíram para o recuo do desemprego em agosto com aumento da ocupação. O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve alta de 3% em relação ao trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho.
O crescimento de 2,9% em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais representou mais 488 mil pessoas empregadas, enquanto a alta de 4,1% no grupo outros serviços significou a entrada de 211 mil pessoas.
Evolução
O número de trabalhadores desocupados atingiu 9,7 milhões de pessoas e caiu ao menor nível desde novembro de 2015. Segundo a pesquisa, o resultado corresponde a uma queda de 8,8% ou menos 937 mil vagas formais na comparação trimestral e queda e 30,1%, (menos 4,2 milhões de trabalhadores), na comparação com o mesmo período do ano passado.
O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,2 milhões de pessoas. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre passado, houve alta de 2,8% no trimestre ou mais 355 mil trabalhadores sem carteira assinada. Na comparação anual, houve alta de 16% na informalidade - 1,8 milhão de pessoas.
Já o total de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos, subiu 1,1% e atingiu 36 milhões.
O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões de pessoas e manteve a estabilidade se comparado ao trimestre anterior. No setor público alta foi de 4,1% e contingente chegou a 12,1 milhões.
A pesquisa indicou ainda que há 4,3 milhões de pessoas (3,8%) que o instituto classifica como desalentada - que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuram vagas por achar que não encontrariam. O resultado neste quesito manteve a estabilidade.
Rendimento médio
Após dois anos sem crescimento, pelo segundo mês seguido, o rendimento real habitual registrou alta. Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 2.713. O valor representa um avanço de 3,1% em relação ao trimestre anterior, apesar de mostrar estabilidade na comparação anual.
“Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também é fator que colabora”, completou a coordenadora.
Pesquisa
A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho brasileira. De acordo com o IBGE, a amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. “Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE”, informou.
Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE desenvolveu a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. A volta da coleta de forma presencial ocorreu em julho de 2021.
“É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, destacou.
Edição: Denise Griesinger
Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Estado da Bahia entrega nova maternidade em Camaçari
O município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), agora conta com uma nova maternidade, com oferta de 110 leitos para atendimento em obstetrícia, ginecologia, neonatal e cirurgia plástica reparadora. Localizada ao lado do Hospital Geral de Camaçari (HGC), na Avenida Jorge Amado, o equipamento foi inaugurado nesta sexta-feira (30) pelo Estado da Bahia. As obras são resultado de uma parceria entre as secretarias da Saúde (Sesab) e de Desenvolvimento Urbano (Sedur), via Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e o investimento foi de cerca de R$ 65,5 milhões, na estrutura e equipamentos. O governador Rui Costa esteve presente no ato.
A Maternidade de Camaçari vai beneficiar também aos municípios de Conde, Dias D'Ávila, Mata de São João, Pojuca e Simões Filho, atendendo os casos de alta complexidade. A previsão é realizar até 5.400 atendimentos mensais, com a média de 547 partos/mês. Os atendimentos começam na segunda-feira (3), com acesso tanto por demanda espontânea quanto por meio da regulação estadual.
A nova maternidade possui três pavimentos mais cobertura, configurando um total de área construída de 10.296,91m². Serão ofertados 64 leitos de internação nas especialidades de obstetrícia clínica e cirúrgica, com gestão de alto risco, além de dez leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal, dez de unidade de cuidados intensivos (UCI) neonatal, cinco de UCI neonatal Canguru, oito de neonatologia, quatro de ginecologia, quatro de cirurgia plástica e cinco de pré-parto, parto e pós-parto (PPP). Há, também, banco de leite e um laboratório.
O atendimento em obstetrícia que era realizado no HGC foi desativado e toda a demanda será transferida para a Maternidade de Camaçari. Esta é a sexta maternidade inaugurada pelo Estado da Bahia nos últimos oito anos, ampliando o número de vagas e aumentando a complexidade dos atendimentos em diferentes regiões.
Repórter: Lina Magali
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Motorista é preso transportando malas ‘recheadas’ de pasta base de cocaína
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu aproximadamente 107 kg de pasta base de cocaína durante abordagem de rotina em um carro Peugeot, na manhã desta quinta-feira (29), em Rondonópolis (MT). O motorista de 22 anos foi preso e deve responder pelo crime de tráfico de drogas.
Conforme informações da PRF, durante a abordagem o motorista apresentou atitude suspeita. Diante dos fatos, durante verificação e fiscalização os policiais encontraram três malas recheadas de entorpecente.
O motorista disse que pegou a droga na cidade de Vilhena (RO) e que entregaria na cidade de Campo Grande (MS). Ele disse ainda que ia deixar o carro, que inclusive é alugado, em um posto de combustível e que o dono da droga iria buscar as malas com os entorpecentes.
O suspeito confessou que ia receber R$ 2 mil pelo transporte da droga.
Diante dos fatos, o indivíduo foi detido e encaminhado para a Delegacia de Polícia
Informações: AgoraMT
Ubaitaba: Homem é morto a tiros na avenida Presidente Vargas
Um homem identificado como Jonathan Batista de Jesus foi morto na noite desta quinta-feira, 29, em Ubaitaba, no sul da Bahia. Conforme informações da Polícia Militar, Jonathan transitava com seu veículo na avenida Presidente Vargas quando foi alvejado por homens que estariam numa motocicleta. A vítima ainda tentou fugir, mas acabou colidindo num outro veículo que estava estacionado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e o conduziu a vítima ao Hospital São Vicente de Paula, mas acabou evoluindo a óbito após dar entrada na unidade hospitalar. Não foi informado se Jonathan teria passagem pela Polícia. A Polícia Civil investigará o caso. (Ubatã Notícias)
Partidos se aliam até a rivais e formam mais de cem coligações nas eleições 2022
Enquanto luta do “bem contra o mal” e polarização entre “nós e eles” dão o tom de uma campanha eleitoral marcada por episódios de violência política, partidos relativizam questões ideológicas e rivalidades nacionais ao formar coligações para as disputas nos estados.
No Ceará, por exemplo, o progressista PSOL e o conservador PRTB caminham de mãos dadas pela eleição de Elmano de Freitas (PT) ao governo. As legendas ocupam posições opostas no espectro político, como reforça a métrica criada pela Folha para situar ideologicamente os partidos brasileiros.
Considerando seis dos sete indicadores calculados —à exceção justamente das coligações–, o PSOL aparece próximo a 3, e o PRTB, a 98, em uma escala variando de 0 a 100 do ponto mais à esquerda ao mais à direita (veja a metodologia).
O grupo de apoio a Freitas no Ceará tem ainda o PC do B e o PP, posicionados com 15 e 94, respectivamente, nesta mesma régua. Rede, PV, Solidariedade e MDB completam a coalizão.
Para as eleições deste ano, os partidos formaram 146 coligações, de acordo com os dados das candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Das 32 legendas, apenas PCB, PCO e PSTU não participam de nenhuma composição.
No Pará, a articulação em torno da reeleição do governador Helder Barbalho (MDB) uniu 16 partidos, formando assim a maior coligação do país em 2022.
O arranjo coloca no mesmo palanque cinco siglas posicionadas à esquerda (PT, PC do B, PSB, PDT e PV), seis ao centro (Cidadania, Avante, PSD, MDB, PSDB e Podemos) e outras cinco à direita (Republicanos, DC, PTB, PP e União Brasil).
A extensão da aliança levou Barbalho a se equilibrar entre acenos aos presidenciáveis que o apoiam. Além de Simone Tebet, do próprio MDB, a campanha reúne as legendas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União). E conta ainda com PP e Republicanos, duas das três siglas que sustentam a candidatura de Jair Bolsonaro (PL).
Protagonistas no principal embate nacional, entre Lula e Bolsonaro, PT e PL não aparecem juntos em nenhuma coligação, mas não se furtaram de parcerias com aliados diretos do rival.
O partido de Bolsonaro se associou em três estados ao PSB de Geraldo Alckmin, candidato a vice-presidente na chapa de Lula. Em Roraima, por exemplo, as duas siglas apoiam o nome de Romero Jucá (MDB) para o Senado.
O PL participa ainda de coalizões com Solidariedade, Agir, Avante e Pros, outras legendas da base de apoio à candidatura petista à Presidência. Também se aliou ao PDT, de Ciro Gomes.
“Não podemos errar. Sabemos que é uma luta do bem contra o mal. O lado de lá quer o comunismo […] Essa praga sempre está contra a população”, afirmou Bolsonaro durante evento de campanha no Tocantins, referindo-se à corrida presidencial contra Lula.
Já o PT costurou seis alianças com o PP do ministro Ciro Nogueira e três com o Republicanos, sigla ligada à Igreja Universal do Reino de Deus. Apoia, por exemplo, a candidatura de Neri Geller (PP) ao Senado pelo Mato Grosso.
Além disso, o partido de Lula está associado em ao menos um estado com PSC, Patriota, União Brasil, PTB, PRTB e DC, siglas posicionadas à direita no espectro político nacional.
“A polarização é saudável. O importante é não confundir com estímulo ao ódio […] Agora, nós precisamos vencer o antagonismo do fascismo e da ultradireita”, disse Lula ao ser questionado sobre a expressão “nós contra eles” em sabatina no Jornal Nacional.
As maiores alianças, obviamente, são aquelas formadas pelas federações, uma novidade desta edição. Na prática, é como se as siglas federadas funcionassem como um único partido por quatro anos.
PSOL e Rede aparecem lado a lado em 28 coligações, assim como PT, PC do B e PV. Isto é, caminham juntos em todos os estados, no Distrito Federal e também no pleito presidencial. PSDB e Cidadania estão unidos em 27, pois não lançaram nem apoiaram candidatos para governador ou senador no Rio Grande do Norte.
Fora das federações, a parceria mais recorrente é entre o PSB e o trio que sustenta a candidatura de Lula à Presidência. O partido de Alckmin se coligou ao grupo formado por PT, PC do B e PV em 14 unidades da federação e também na corrida presidencial.
Na sequência aparecem as alianças formadas por MDB e Podemos, União Brasil e Republicanos, e PP e Solidariedade, com 14 coligações entre si.
Os partidos que se aliaram a mais siglas diferentes são MDB, PP e Solidariedade, com um leque de 27 parceiros dentre 31 possíveis.
A análise sobre a coerência ideológica e programática das coligações está baseada na métrica criada pela Folha para posicionar os partidos no espectro político nacional.
A afinidade entre as siglas foi calculada a partir de seis indicadores: votação dos deputados na Câmara, migração partidária, formação de frentes parlamentares, autodeclaração dos congressistas, opinião de especialistas e posicionamento no GPS Ideológico, atualizado neste ano.
Para inferir o posicionamento de cada partido, o modelo estatístico avalia como as siglas se comportam em relação a cada um desses quesitos. Nos casos em que não existem dados para uma legenda –se não possui congressistas eleitos, por exemplo–, o modelo estima o valor do quesito faltante a partir dos demais e, aplicando os devidos pesos, calcula a métrica final.
Segundo a cientista política Graziella Testa, os acordos tendem a refletir a formação de grupos políticos regionais, cuja organização nem sempre se dá em torno de questões ideológicas. A professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas) avalia que o fim das coligações nas eleições proporcionais –para vereador e deputado– reduz as contradições geradas por esse tipo de composição.
“Isso era um problema mais grave quando a coligação contava para a distribuição de votos e o quociente eleitoral. Isso fazia com que a vontade do eleitor fosse pouco respeitada. Essa mudança foi muito salutar na reforma política de 2017. É uma tentativa de federalizar as legendas. Mas é um processo. Até que esses grupos regionais se organizem em torno de ideologias, vai levar um tempo”, afirma.
Pelas regras atuais, as coligações são válidas apenas nas disputas majoritárias –para presidente, governador, senador e prefeito. Elas influenciam, por exemplo, no tempo destinado aos candidatos no horário eleitoral gratuito de televisão e rádio. Os acordos também podem incluir distribuição de cargos no governo.
O cientista político e professor da UFG (Universidade Federal de Goiás) Robert Bonifácio afirma que os partidos têm dificuldade para alcançar uma coerência político-programática nos 26 estados e no Distrito Federal. “O que predomina é a lógica regional, não a nacional. Isso tem se mostrado uma constante ao longo das décadas”, diz.
“A cláusula de desempenho fortalece esse aspecto, uma vez que tornou necessário um bom resultado nas urnas para os partidos continuarem recebendo dinheiro de fundo partidário e um bom espaço na propaganda eleitoral. O que se verá, cada vez mais, é uma diminuição do número efetivo de partidos enquanto durarem a cláusula e a impossibilidade de coligações proporcionais”, conclui.
Daniel Mariani, Diana Yukari e Cristiano Martins/Folhapress
Quem ganhou o debate presidencial na Globo? Veja opinião dos analistas do ‘Estadão’
O terceiro debate com candidatos à Presidência das eleições 2022 aconteceu nesta quinta-feira, 29, na Rede Globo. O evento foi o último confronto dos presidenciáveis antes das votações para o primeiro turno, no próximo domingo, 2. Marcado por violação das regras, dobradinhas para defesa de ideias em comum e menção constante à corrupção, o debate teve como alvos principais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Padre Kelmon (PTB) protagonizou alguns dos momentos mais tensos do confronto, ao interromper candidatos durante suas respostas e sendo reprimido pelo jornalista William Bonner, mediador do debate. Soraya Thronicke (União Brasil) foi o principal alvo dos ataques de Kelmon. Simone Tebet (MDB) manteve o bom desempenho na defesa de propostas para um eventual governo da emedebista.
Ciro Gomes (PDT) seguiu a estratégia de se posicionar contra a polarização, representada por Lula e Bolsonaro. Felipe d’Ávila (Novo) reiterou em diversos momentos suas propostas liberais e a favor da redução da presença do estado.
Mariana Carneiro: Lula ganharia debate, não fosse escorregar em pegadinha de ‘padre candidato’
Para a editora da Coluna do Estadão, Mariana Carneiro, o ex-presidente Lula se preparou para o “ataque” no debate da Globo. Na avaliação dela, o petista elaborou perguntas sobre diferentes assuntos de maneira espontânea, rebateu acusações de corrupção, mas caiu em uma pegadinha do ‘padre candidato’, que provocou o ex-presidente. “Como debate na TV é mais briga do que proposta, destacou-se Padre Kelmon (PTB), controverso sacerdote que nesta eleição veste, além de uma roupa estranha, o figurino de linha auxiliar de Jair Bolsonaro (PL). Ele conseguiu tirar Lula do sério no terceiro bloco, quando o programa passava da meia-noite”, afirma.
Leia análise de Mariana Carneiro.
Daniel Fernandes: Debate era só polarização mergulhada em gasolina
A tensão do último debate antes do primeiro turno se transformou em agressões verbais pesadas a partir de uma fagulha, de acordo com Daniel Fernandes, editor e coordenador das Eleições 2022 no Estadão. “Propostas? Muito pouco. O debate era só polarização mergulhada em gasolina”, afirma.
Fernandes observa que Lula e Bolsonaro se tornaram alvos de questionamentos duros de Luiz Felipe d’Avila e Simone Tebet, respectivamente. “O candidato do Novo questionou Lula sobre corrupção, tema que perseguiu o petista em todo o encontro. Tebet, por sua vez, confrontou Bolsonaro com dados - negativos - sobre sua gestão ambiental”, apontou.
Com as discussões entre Kelmon e os outros candidatos, Daniel Fernandes considera que o debate deixou a tensão para se tornar “uma comédia da pior qualidade”, seguida pelo silêncio — ou a tentativa da produção de silenciar os bate-bocas. “A iniciativa (tática?) fez Kelmon ser advertido por Bonner de maneira veemente. Talvez algo inédito na história dos debates presidenciais realizados desde 1989. Bonner, em silêncio, tentava administrar o caos com visível incredulidade. Sua aparente indignação deveria ser a da população, que em vez de possivelmente vibrar nas redes sociais com as brigas, poderia exigir dos candidatos nas ruas mais propostas, mais projetos”, defende.
Leia a análise de Daniel Fernandes.
Colunista do Jogo Político, do Broadcast, Marcelo de Moraes acredita que o cenário de “vale-tudo” pode afetar o resultado das urnas no primeiro turno, aumentando o desinteresse dos eleitores. “Sob o risco de perder a eleição no primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro apostou suas fichas na tentativa de desgastar Luiz Inácio Lula da Silva para impedir a derrota antecipada”, explica.
A estratégia do chefe do executivo foi bombardear o petista com ataques, associando Lula com acusações de corrupção e travando o debate de propostas. “Cada acusação gerou um direito de resposta, que gerou outro direito de resposta, alimentando um bate-boca no lugar da apresentação de propostas, esquecidas ao longo do debate”, observou.
Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria e doutor em Ciência Política, acredita que o último confronto entre presidenciáveis mantém aberta a possibilidade de vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno. “O petista tem basicamente duas tarefas para conseguir a vitória de oposição em primeiro turno: convencer indecisos e cansados da polarização e especialmente, convencer ao comparecimento eleitoral”, analisa.
Vídeo relacionado: Assista aos melhores momentos do debate presidencial na Globo
Já as opções do presidente Jair Bolsonaro são convencer o eleitorado do desempenho no seu governo ou aumentar a rejeição do petista, para evitar o voto útil. “O debate foi um fiel retrato da campanha presidencial. As alianças tácitas estiveram presentes, com alguma inflexão ideológica”, aponta.Para Cortez, o debate pouco contribuiu para Bolsonaro reverter a imagem negativa e a rejeição ao seu governo. “O destino da eleição deve passar fundamentalmente pela taxa de comparecimento eleitoral”, conclui.
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Polarização mergulhada em gasolina chamusca a democracia; leia análise
O debate começou em alta temperatura, tenso, nervoso. Não seria diferente. Era o último debate antes do primeiro turno das eleições. Mas o que era tensão se transformou em agressões verbais pesadas com uma fagulha: respondendo a pergunta feita pelo candidato Kelmon, com quem fez mais uma vez parceria, como havia ocorrido no debate do Estadão, Jair Bolsonaro riscou o fósforo. Partiu para o ataque contra Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de chefe de quadrilha. Lula atacou de volta.
Tudo desandou a partir daí.
Só no primeiro bloco, foram oito pedidos de resposta na discussão inicial entre o presidente e o ex-presidente. Entre um presidente e um ex-presidente! Quatro pedidos feitos por Lula foram concedidos. Quatro pedidos foram feitos por Bolsonaro, dois concedidos e dois negados. O debate terminou com 19 pedidos de respostas. Dezenove!
Propostas? Muito pouco. O debate era só polarização mergulhada em gasolina
.De acusadores a alvos
Protagonistas de um intenso duelo no primeiro bloco, Lula e Bolsonaro se tornaram alvos de questionamentos duros de Luiz Felipe d’Avila e Simone Tebet, respectivamente. O candidato do Novo questionou Lula sobre corrupção, tema que perseguiu o petista em todo o encontro. Tebet, por sua vez, confrontou Bolsonaro com dados - negativos - sobre sua gestão ambiental.
Ciro Gomes, usando um tom abaixo do que vinha apresentando publicamente, conseguiu mostrar propostas quando questionado sobre educação e geração de empregos, por exemplo. Isso apesar de precisar ‘dialogar’ com Kelmon, que disse serem as universidades as formadoras de estudantes esquerdistas.
D’Avila, em conversa com Bolsonaro, também indicou como poderia evitar relações pouco republicanas com o Congresso Nacional. Falou da reforma trabalhista e indicou como diminuir o risco das empresas com passivos trabalhistas. Tebet, por sua vez, falou com propriedade sobre como lidar com a questão do meio-ambiente envolvendo o agronegócio e a agricultura familiar.
Mas as propostas ficaram por aí: Soraya Thronicke preferiu bater-boca com Kelmon, a quem chegou a chamar de ‘Kelson’, ‘Kevin’ e, finalmente, de ‘candidato padre’ e ‘padre de festa junina’.
O que era tensão, se tornou uma comédia da pior qualidade.
No terceiro bloco, depois da tensão e da comédia, o silêncio. Ou a tentativa de silêncio. O jornalista William Bonner pediu à produção para cortar o microfone do ex-presidente Lula e de Kelmon. Ambos batiam-boca após o candidato do PTB acusar o atual líder da corrida eleitoral, segundo o agregador de pesquisas do Estadão Dados, de corrupção. Kelmon interrompia as respostas de Lula sistematicamente, como havia feito no segundo bloco com Soraya Thronicke.
A iniciativa (tática?) fez Kelmon ser advertido por Bonner de maneira veemente. Talvez algo inédito na história dos debates presidenciais realizados desde 1989. Bonner, em silêncio, tentava administrar o caos com visível incredulidade. Sua aparente indignação deveria ser a da população, que em vez de possivelmente vibrar nas redes sociais com as brigas, poderia exigir dos candidatos nas ruas mais propostas, mais projetos.
Diante de tanto e de tão pouco, resta uma certeza aterradora: a democracia perdeu mais uma vez
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Bolsonaro chama Moraes de ‘patife’ e pede suspeição de ministro a 3 dias das eleições
Três dias antes do primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu uma nova onda de ataques contra o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.
O chefe do Executivo chamou o ministro de “moleque” e “patife” nesta quinta-feira (29), na mesma data em que pediu à corte para afastar Moraes de julgamento de ação que vetou que sejam feitas transmissões com cunho eleitoral no Palácio da Alvorada.
A nova ofensiva de Bolsonaro começou após reportagem da Folha ter revelado que Moraes autorizou quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, principal ajudante de ordens de Bolsonaro, por suspeitas levantadas pela Polícia Federal sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República.
“Repito, Alexandre, seja homem uma vez na vida. Divulga os valores da quebra de sigilo telemático, deixa de ser um patife”, disse Bolsonaro em transmissão nas redes sociais nesta quinta. As lives de Bolsonaro após o veto do TSE ao Alvorada têm sido feitas em local não identificado.
Em paralelo, Bolsonaro foi ao TSE para pedir que Moraes seja declarado suspeito no caso que limitou as transmissões eleitorais. O mandatário afirma o ministro revelou “comportamento parcial” ao passar o dedo pelo pescoço, lembrando uma degola, durante a votação que confirmou o veto na terça (27).
O TSE ainda não se manifestou oficialmente sobre o gesto do ministro, mas interlocutores de Moraes dizem que o sinal foi uma brincadeira dirigida a um assessor e não teve relação com Bolsonaro.
O chefe do Executivo pede, no documento apresentado nesta quinta-feira (29), para o tribunal derrubar decisão liminar (urgente e provisória) que impediu a realização das lives na residência oficial da Presidência, enquanto não houver julgamento final sobre o pedido de declarar Moraes suspeito no caso.
O requerimento está sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.
Na transmissão feita nas redes sociais, Bolsonaro novamente acusou Moraes de ter vazado a quebra de sigilo. “Você quer um presidente, Alexandre de Moraes, refém teu. E eu não sou refém teu. Porque, se eu fosse, eu não teria assinado o indulto, a graça, ao deputado Daniel Silveira”, afirmou, em referência ao parlamentar preso por ataques ao Supremo Tribunal Federal.
“Mas eu estou do lado de cá e aí vem o Alexandre de Moraes com essas baixarias, quebra o sigilo do meu ajudante de ordem. Ele quebrou foi o meu sigilo, Alexandre. Isso não é papel de homem. É de moleque, é de moleque”, completou Bolsonaro, que atacou Moraes em três transmissões diárias seguidas.
O atrito entre chefe do Executivo e o presidente do TSE é uma marca da gestão de Bolsonaro.
Na quarta-feira (28), Moraes reagiu ao documento apresentado pelo partido de Bolsonaro com contestações às urnas e levou o caso ao inquérito das fake news, que ele mesmo relata no STF.
No pedido apresentado ao TSE, Bolsonaro afirma que é “notória a animosidade” entre ele e Moraes.
“Diversos são os veículos de comunicação social que divulgam, diuturnamente, conflitos pessoais e de posicionamentos entre os envolvidos.”
O gesto foi compartilhado por bolsonaristas, como o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Bolsonaro afirma ao TSE que o gesto da “degola” foi feito quando o julgamento estava 2 a 1 para derrubar o veto às lives.
“Conforme já relatado, por ocasião do referido julgamento, durante a colheita dos votos dos demais ministros e antes de proferir seu voto sobre a matéria controvertida, o e. ministro presidente externalizou um gesto de ‘degola’, passando o dedo em seu pescoço, em clara manifestação antecipada, refletindo um nítido interesse pessoal na solução da demanda”, afirma a ação de Bolsonaro.
A decisão do TSE foi tomada a partir de um pedido do PDT, partido de Ciro Gomes. A decisão impede lives com atos de apoio a Bolsonaro ou a aliados, mas não veta transmissões para divulgar atos de governo.
Bolsonaro diz que Moraes “praticou ato público e objetivo em flagrante contradição com sua condição imparcial de magistrado”.
“Ao demonstrar, através do gesto de degola, animosidade e interesse pessoal em desfavor do então representado, presidente Jair Bolsonaro, o excepto afastou-se da impositiva imparcialidade judicial, consagrada como uma das bases da garantia do devido processo legal, sujeitando-se à presente arguição”, diz ainda o pedido do chefe do Executivo.
O veto a lives eleitorais onde Bolsonaro mora havia sido dado no sábado (24) pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e foi chancelado por 4 a 3 pelo plenário do tribunal na terça (27).
Bolsonaro já chamou de “estapafúrdia” a decisão. Ele tem feito transmissões de um local não identificado após a proibição.
“Eu não tenho ascendência, eu não mando no TSE. Argumento, mas não tem como convencê-los. Por exemplo, estou proibido de fazer live dentro da minha casa oficial, tem que ir para casa de alguém. Perseguição política”, disse ainda Bolsonaro na segunda-feira (26).
Mateus Vargas/Folhapress
Ministério da Saúde recebe remédios para fase inicial da covid-19
O Ministério da Saúde recebeu hoje (29) um lote de Paxlovid, antiviral de uso oral indicado para tratamento inicial da covid-19. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro Marcelo Queiroga disse que o medicamento será distribuído para as unidades básicas de saúde e ficará disponível para pacientes acima de 65 anos de idade com alto risco de desenvolver formas graves da doença.
O remédio, composto por nirmatrelvir e ritonavir, é indicado para o uso nesses pacientes, assim que possível, a partir do resultado positivo para covid-19 e no prazo de cinco dias após início dos sintomas, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento foi aprovado pela Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano.
“Agora, com a chegada dessa medicação, teremos mais um medicamento para os médicos que, com autonomia, poderão prescrever naqueles casos que estão indicados dentro do manual do uso”, disse Queiroga.
Poliomielite
Na entrevista à Voz do Brasil, Queiroga também falou sobre campanha de vacinação contra a poliomielite. Ele disse que apenas 6,2 milhões de crianças, de um total de 15 milhões de menores de cinco anos de idade, foram vacinadas contra a pólio, também conhecida como paralisia infantil. A meta do Ministério é imunizar pelo menos 14,3 milhões, ou seja, 95% do público-alvo, portanto ainda falta aplicar a vacina em cerca de 8 milhões para se atingir a meta.
“Ainda está muito aquém dessa meta e é necessário um empenho redobrado para trazermos essas crianças para a sala de vacinação. Essa doença foi erradicada no Brasil em 1994. E nós não queremos mais poliomielite”.
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite foi estendida até amanhã (30). Queiroga explicou, no entanto, que mesmo após o fim da campanha, as vacinas continuarão disponíveis nos postos de saúde. “É inaceitável que crianças sofram por doenças que são evitáveis por vacinas”, disse.
Multivacinação
Junto com a campanha de imunização contra a pólio, também está sendo realizada uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes até 15 anos de idade, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal no país.
“O sarampo foi reintroduzido [no país] em 2019. Temos trabalhado fortemente para erradicar o sarampo no Brasil. A febre amarela também é motivo de preocupação”, disse o ministro.
Queiroga afirmou ainda que 50 mil doses de vacina contra varíola dos macacos estão chegando ao Brasil, para serem aplicadas em um grupo específico de pessoas.
Edição: Vitor AbdalaPor Agência Brasil - Brasília
‘João Roma é o candidato que está alinhado com os valores da família e de Deus’, diz Michelle Bolsonaro
A primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, fez um pedido aos baianos para que, no dia 2 de outubro, votem em João Roma (PL) para governador da Bahia. “Meus queridos baianos, neste 2 de outubro, quero pedir para vocês votarem em João Roma, um grande ministro que foi peça fundamental na criação do Auxílio Brasil que ajudou milhares de brasileiros”, disse a primeira-dama, em vídeo gravado em apoio ao ex-ministro da Cidadania e candidato a governador da Bahia.
Michelle Bolsonaro também destacou as qualidades de João Roma que o tornam o candidato a governador mais alinhado com o presidente Jair Bolsonaro. “João Roma é o candidato que está alinhado com os valores da família e de Deus. Vamos votar nos verdadeiros aliados do presidente Jair Bolsonaro. Eu desejo uma Bahia de mãos dadas com o Brasil”, declarou a primeira-dama, que pediu que os eleitores votem no número do ex-ministro da Cidadania.
José Carlos Aleluia pede investigação da PF sobre morte de policial em Itajuípe: ‘Foi um crime político’
O ex-deputado José Carlos Aleluia disse nesta quarta-feira (28) que a Polícia Federal deve investigar a morte do subtenente Alves, alvejado em um quarto de hotel em Itajuípe, no Sul da Bahia. Segundo Aleluia, se trata de crime político e que exige uma investigação isenta e aprofundada para que todos os fatos sejam esclarecidos e os culpados, punidos.
“Estamos diante de um crime político, uma vez que todos os indícios apontam que este policial, que trabalhava para a campanha do candidato rival do PT, foi executado a tiros enquanto dormia. A Polícia Militar foi utilizada pelo governo do PT para fins políticos. Não há precedentes em nosso estado para um crime de tamanha gravidade”, afirmou.
“Esse caso deve ser investigado pela Polícia Federal, de forma aprofundada e isenta, para que os fatos sejam esclarecidos e os culpados, punidos. É um absurdo que a Polícia Militar seja utilizada de forma tão perversa pelo PT para matar policiais. Tudo precisa ser esclarecido”, acrescentou o deputado.
Além do subtenente Alves, também foi alvejado o sargento D’Almeida, que estava no mesmo quarto do hotel, mas sobreviveu, ao contrário do amigo. Em vídeo que circula nas redes sociais, D’Almeida negou a versão do governo de que houve confronto e afirmou que os tiros foram efetuados enquanto eles dormiam.
“Uma investigação séria e rigorosa precisa esclarecer quem deu a ordem para executar este policial, além de apontar as motivações do crime. A Polícia Militar é uma instituição valorosa e crucial para a nossa sociedade e não pode ser utilizada de forma tão vil por um grupo político”, ressaltou Aleluia.
Vera Cruz: Grupo invade igreja e assalta participantes de culto
Um centro de reabilitação de uma igreja em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi alvo de assalto nesta quarta-feira (28). Câmeras de segurança registraram o ocorrido. Segundo o G1, homens armados invadiram o espaço, dentro da Igreja Batista Querite, na Ilha de Tairu, e anunciaram o assalto.
Na ocasião ocorria um culto onde cerca de 60 pessoas estavam presentes, o que incluía missionários, pastores e internos. Pelo menos quatro acusados participaram da ação, levando celulares, alimentos e uma câmera fotográfica das vítimas.
Ainda segundo informações, nas imagens os assaltantes aparecem armados, e um deles tenta destruir o aparelho de monitoramento, ao perceber que está sendo filmado. Até o começo da tarde desta quinta-feira (29) não havia informações da prisão dos suspeitos nem de alguma recuperação dos itens roubados.
Polícia Militar nega aquartelamento da tropa no dia do pleito eleitoral
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) negou nesta quinta-feira (29) a informação de que estaria programando o aquartelamento da tropa visando o pleito eleitoral do domingo (2).
Ainda segundo a nota encaminhada pela PM-BA, o efetivo nas ruas será o programado visando garantir a segurança da população. “A Polícia Militar da Bahia esclarece que é inverídica a informação de aquartelamento da tropa no pleito eleitoral de 2022. A corporação ressalta que o efetivo policial militar escalado para trabalhar no domingo (2/10) vai exercer o direito de voto, bem como garantir a segurança da população durante o exercício da cidadania no sufrágio universal”.
‘Revelações de que veículos da campanha de ACM Neto eram monitorados pela Polícia são gravíssimas’, afirma Paulo Azi
O deputado federal Paulo Azi, presidente do União Brasil na Bahia, classificou como gravíssimas as revelações de que veículos da campanha de ACM Neto eram monitorados pela Polícia e pediu apuração célere e rigorosa sobre a ação que terminou com a morte do subtenente da PM Alberto Alves dos Santos, em Itajuípe, no sul da Bahia.
Também baleado na ação, o sargento Adeilton Rodrigues D’Almeida afirmou que os policiais entraram atirando no quarto em que ele e o subtenente estavam, em uma pousada. Ambos faziam parte da equipe de segurança do candidato a governador ACM Neto (União Brasil).
“De onde partiu a ordem para que a pousada fosse invadida? Já que o governador foi tão rápido em chamar a ação desastrosa de confronto, esperamos que seja rápido para se pronunciar diante das evidências que estão vindo à tona”, afirmou Azi, ao comentar o fato de que veículos da campanha de Neto já eram monitorados dias antes pela polícia.
“As revelações de que os veículos da campanha da chapa majoritária estavam sendo monitorados são gravíssimas. Tudo leva a crer que os policiais que executaram a ação desastrosa em Itajuípe, que levou a óbito o subtenente Alves, foram levados ao erro. Nada justifica a violência aplicada”, apontou.
Segundo o parlamentar, há evidências de que os carros da campanha eram monitorados pela PM com a justificativa de que transportavam um criminoso. “O Comando da PM e o governador precisam dar informação, precisam explicar o que aconteceu. Há indícios de que os policiais foram levados ao erro por acreditar que havia um traficante no veículo. Quem inventou que havia um traficante lá?”, questionou o deputado.
Rui Costa volta a chorar publicamente ao citar reta final de mandato: ‘Me sinto realizado’
O governador Rui Costa (PT) voltou a chorar publicamente. Desta vez, em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira (29), ao lembrar que está na reta final do seu mandato.
“Final de mandato a gente sempre fica emocionado, mas eu me sinto realizado por estar terminando esse ciclo com dignidade e com todo o carinho dos baianos”, disse Rui.
Na oportunidade, o petista relembrou a sua trajetória política. “Minha mãe não queria que eu entrasse na política, mas a vida foi me levando”, contou.
“Quando o mandato terminar eu vou seguir trabalhando, como faço desde os 17 anos, ganhando meu salário para terminar de criar minhas filhas”, emendou Rui.
Mateus Soares
Adolescente de 12 anos mata amiga com tiro no interior de SP
Uma jovem de 13 anos foi assassinada por outra adolescente, de 12 anos, no Jardim Paulista, em Taubaté, no Vale do Paraíba, na manhã da última terça-feira, 27. A vítima, Ana Lívia, foi atingida por um disparo de arma de fogo na nuca.
O crime aconteceu por volta das 11h30 e os policiais do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) foram acionados por volta das 15h. A garota foi encontrada pela mãe, Jessica Higino, quando ela voltou do trabalho no início da tarde.
Após checar câmeras de segurança próximas ao local do crime, a polícia identificou como suspeita uma adolescente de 12 anos, que era amiga da vítima. Ela foi apreendida em uma escola municipal da cidade.
Segundo a polícia, a adolescente confessou o crime durante interrogatório na delegacia. Ela estava acompanhada do pai e afirmou aos policiais que, após o disparo, voltou para casa, escondeu a arma calibre 380 e foi para a escola. A adolescente pegou a arma de fogo na residência de um parente no domingo, 25. Agora os policiais trabalham para identificar o proprietário do armamento.
Na casa da vítima foram encontrados bilhetes que demonstravam afeto entre as duas adolescentes. Conforme a investigação policial, um desentendimento entre as garotas foi a motivação do assassinato. A adolescente foi encaminhada para uma unidade da Fundação Casa, em São José dos Campos.
De acordo com uma familiar da vítima, foi um choque quando descobriu quem matou Ana Lívia, já que as duas adolescentes eram amigas e sempre estavam juntas. Além disso, ainda segundo ela, na manhã do crime, Ana Lívia, que estava sozinha em casa, pediu à mãe permissão para receber a amiga. O velório ocorreu manhã desta quarta-feira, 28.
www.msn.com
Itagibá: Homem é presopor policiais militares no Distrito de Acaraci, por ameaçar e tentar arrombar residência de ex-companheira (Lei Maria da Penha)
Por volta das 00h20min dessa terça-feira (27/09/22), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá foi informada, via telefone funcional por uma mulher, que seu ex marido estava drogado e querendo invadir sua localizada na Rua da Laranjeira no Distrito de Acaraci em Itagibá.
A guarnição deslocou ao local, onde foi encontrado o autor, totalmente transtornado. A vítima informou que o autor havia dito que iria lhe matar, tentou arrombar porta da casa, ainda jogou gasolina na porta mais não conseguiu atear fogo.
O autor foi conduzido para Delegacia de Dário Meira, por não ter custódia em Itagibá, onde foi apresentado para os procedimentos de polícia judiciária.
Autor: R. de J. A. (Masculino). NASC: 20/10/1987; End. Faz. Sem terra, Acaraci, Itagibá-BA
Vitima: C. O. S. (Feminino); Nasc: 05/05/1977; End. Rua da Laranjeira, Acaraci, Itagibá-BA
Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!o
Mãe é suspeita de matar as filhas de 6 e 10 anos para se vingar do marido
Crianças foram encontradas com ferimentos causados por faca
Uma mulher, identificada como Isadora Alves, de 30 anos, é a principal suspeita de ter matado as duas filhas, Maria Alice, de 6, e Lavínia, de 10. O duplo homicídio ocorreu na casa da família, na cidade de Edéia, em Goiás. As informações são da Record TV.
De acordo com as investigações, o principal motivo do crime seria uma vingança contra o marido, que havia pedido o divórcio. Foi ele quem encontrou os corpos das filhas na garagem de casa.
As meninas tinham ferimentos causados por faca, mas a polícia não descarta a possibilidade de que elas tenham sido envenenadas e torturadas antes. Isso porque, perto dos corpos das crianças, os agentes encontraram veneno de rato e um reservatório de água com um fio de energia dentro dele.
A mulher tentou fugir após o crime, mas foi identificada sete horas depois, após as buscas da polícia. Ela estava escondida em uma mata e coberta por folhas.
Aos agentes, Isadora falou que teria tomado veneno para tirar a própria vida. Ela precisou ser encaminhada ao hospital e está internada sob escolta.
Ainda de acordo com a investigação, há três semanas ela tentou comprar uma arma, mas não passou pelo teste psicológico. Isso leva a polícia a acreditar que Isadora teria premeditado o crime.
Os vizinhos da família dizem que não esperavam que isso pudesse acontecer. Eles contam que a mulher era muito amorosa com as filhas e sempre aparecia sorrindo em fotos com elas.
AgoraMT
Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 300 milhões
O concurso 2.525 da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (28) no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 03 - 20 - 22 - 37 - 41 - 43.
O próximo concurso (2.525), no sábado (1º), deve pagar um prêmio de R$ 300 milhões.
A quina teve 404 ganhadores e cada um vai receber R$ 43.914,62. Os 30.194 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 839,40.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.
O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.
Edição: Fábio
Por Agência Brasil - Brasília
Eleições 2022: saiba para quem o voto é obrigatório e facultativo
Mais de 156 milhões de eleitores, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), escolherão, no próximo domingo (2), os nomes que vão ocupar os cargos de presidente da República, governador, senador e deputado federal, estadual ou distrital.
Você sabe para quem o voto é obrigatório e quem pode optar por não votar? O parágrafo 1º do Artigo 14 da Constituição estabelece duas categorias do eleitorado para as quais o voto é obrigatório ou facultativo nas eleições. Conforme o dispositivo, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os eleitores maiores de 18 anos, sendo facultativo para os analfabetos e os maiores de 70 anos, bem como para os maiores de 16 e menores de 18 anos.
Para o TSE, o voto, mesmo para quem o direito de não votar, é fundamental. “O exercício da cidadania começa pela escolha dos representantes da população para os cargos dos Poderes Executivo e Legislativo nas esferas federal, estadual ou municipal. Por isso, é muito importante que todos os eleitores – mesmo aqueles para os quais o voto é facultativo – compareçam às urnas eletrônicas no domingo (2), primeiro turno das eleições gerais, e no dia 30 de outubro (em eventual segundo turno) para contribuir com a definição do destino do país”, ressalta o tribunal.
Números
De acordo com dados da Justiça Eleitoral, divulgados em 15 de julho, houve aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. À época, o número de eleitores habilitados a votar era de 147.306.275. Nas Eleições 2022, são 2.116.781 jovens de 16 e 17 anos aptos a votar de maneira facultativa. Em 2018, essa faixa etária atingiu 1.400.617. Esse número corresponde aos eleitores com 16 e 17 anos que terão essa idade no dia 2 de outubro, data do primeiro turno do pleito.
Também em relação a 2018 houve crescimento de 51,13% nessa faixa etária do eleitorado. Segundo a Justiça Eleitoral, o aumento é resultado, principalmente, das ações promovidas durante a Semana do Jovem Eleitor. Somente nos quatro primeiros meses de 2022, o Brasil ganhou mais de 2 milhões de eleitores jovens.
O eleitorado acima de 70 anos também aumentou. O salto foi de 23,82%, passando de 12.028.608 em 2018 para 14.893.281 em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado habilitado a votar em 2 de outubro.
Edição: Graça
Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Estado paga nesta quinta-feira (29) R$ 1,041 bilhão em precatórios do Fundef
O Estado da Bahia paga nesta quinta-feira (29) R$ 1,041 bilhão dos precatórios do Fundef a 57 mil profissionais da educação. Neste primeiro crédito, os educadores beneficiados vão receber 90% do valor total a que têm direito.
Ao todo 84 mil fazem jus ao abono. Os precatórios do Fundef são valores oriundos de julgamento judicial, no qual a União foi condenada a pagar a complementação das verbas do Fundef que deixaram de ser repassadas pelo Governo Federal para estados e municípios, entre 1998 e 2006, devido a um erro de cálculo.
Os beneficiários que não foram contemplados com o crédito neste momento vão receber a totalidade dos valores após a fase de atualização cadastral e de apresentação de requerimentos. Do mesmo modo, aqueles que já receberam 90% do total, vão receber os 10% restantes. O montante total a ser destinado aos 84 mil beneficiários será de R$ 1,4 bilhão.
Possuem direito a receber os precatórios professores, coordenadores pedagógicos, diretores, vice-diretores e secretários escolares que ocuparam cargo público ou que estavam em emprego público, em efetivo exercício na educação básica da rede pública de ensino, no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2006.
Também serão contemplados aqueles que ocupavam cargos comissionados do quadro do Magistério e professores contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), que atuavam na educação básica no mesmo período.
Estão incluídos servidores ativos e inativos, além de herdeiros daqueles profissionais que se enquadram nos mesmos critérios.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Sandro Régis cobra resposta sobre ação contra policiais em Itajuípe: ‘o governador não pode se esquivar’
O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil), líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), cobrou que o governador Rui Costa (PT) apresente explicações sobre a ação que considerou desastrosa da Polícia Militar na cidade de Itajuípe, no sul da Bahia, que terminou com a morte do subtenente Alberto Alves dos Santos e deixou ferido o sargento Adeilton Rodrigues D’Almeida, ambos policiais militares que trabalhavam na campanha de ACM Neto (União Brasil).
“O governador não pode se esquivar disso, tem que dar explicações. De onde partiu a ordem para essa incursão? Não podemos deixar esse caso sem resposta. O governador, como chefe da segurança da Bahia, tem que responder sobre essa ação desastrosa”, afirmou Régis. Santos e D’Almeida estavam hospedados em Itajuípe nesta terça-feira (27) quando foram baleados por policiais em exercício que faziam uma incursão no local. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) diz que a guarnição chegou ao local após informações de que havia homens armados na pousada. Lá, teria ocorrido um confronto, que deixou seguranças da equipe de Neto baleados.
“Lamentável que o serviço de inteligência da Segurança Pública não tenha funcionado para evitar essa tragédia”, criticou o líder da Oposição. A versão de “confronto”, porém, é negada pelo capitão da PM André Prado, que também integra a segurança do candidato do União Brasil. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que os colegas estavam dormindo no momento da abordagem. “O governador do Estado e o comandante-geral estão mentindo”, afirmou.
“A Bahia vive dias de horror por causa do descaso como os governos do PT tratam a segurança no estado, sem fazer os investimentos necessários e com uma estrutura arcaica. O governador precisa responder sobre isso”, acentuou Sandro Régis.
Partido de Bolsonaro questiona urnas antes da eleição, e TSE chama relatório de mentiroso
Quatro dias antes das eleições, relatório apresentado pelo PL, partido de Jair Bolsonaro (PL), questionando a segurança das urnas eletrônicas fez o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) elevar o tom, chamar o documento de fraudulento, abrir investigação e citar que parlamentares já foram cassados por divulgar informações falsas sobre o pleito.
O TSE afirmou que as conclusões do partido são falsas, mentirosas, fraudulentas e visam tumultuar as eleições.
“Sem nenhum amparo na realidade, reunindo informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”, disse o tribunal presidido por Alexandre de Moraes.
O relatório foi divulgado no momento em que Bolsonaro repete insinuações golpistas e aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto a presidente, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Chamado de “resultado da auditoria de conformidade do PL no TSE”, o documento apresentado pelo PL nesta quarta-feira (28) tem duas páginas e afirma que “o quadro de atraso encontrado no TSE” gera “vulnerabilidades relevantes” e pode resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais. “Com grave impacto nos resultados das eleições”, diz ainda o partido.
Em nota, o tribunal afirma que “diversos dos elementos fraudulentos” citados no documento do partido de Bolsonaro são objetos de investigações no Inquérito das Fake News, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), sob relatoria de Moraes.
O tribunal ainda cita que já cassou parlamentares que divulgaram informações falsas sobre o pleito, e anunciou que enviou o documento do PL ao inquérito do Supremo e para o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.
“Para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário”, afirmou o TSE.
O relatório foi apresentado no momento em que a legenda dá sinais divergentes sobre o pleito. Enquanto Bolsonaro tem repetido ataques ao TSE, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, faz acenos à corte. Ele esteve com Alexandre de Moraes na terça-feira (27) e, no dia seguinte, disse que não há “sala secreta” de apuração dos votos, ao contrário do que afirma o mandatário.
A repercussão sobre o documento ainda marca novo episódio de atrito entre Moraes e Bolsonaro.
Na terça-feira (27), o chefe do Executivo disse que Moraes “ultrapassou todos os limites” com a decisão de quebra de sigilo bancário de seu principal ajudante de ordem, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, por ter atingido gastos da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Há uma série de barreiras de segurança e procedimentos de auditoria e fiscalização que permitem a terceiros, como a PF (Polícia Federal), as Forças Armadas e partidos políticos, fiscalizar a atuação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Não há nenhum caso de fraude confirmada no sistema eletrônico de votação. Ainda assim, Bolsonaro levanta uma série de teorias da conspiração sobre a urna desde antes de chegar ao Planalto.
Neste ano, Bolsonaro ainda tem usado questionamentos feitos pelas Forças Armadas como combustível para os ataques ao sistema eleitoral.
A existência do documento havia sido noticiada pela Veja. O papel foi divulgado à imprensa na tarde desta quarta-feira (28) pelo deputado Capitão Augusto (PL-SP).
Os partidos políticos podem fiscalizar as eleições. O PL contratou equipe comandada pelo engenheiro Carlos Rocha para este trabalho.
“Estes fatos recomendam à alta direção da organização [o TSE] tomar ações de precaução e a realização de auditoria independente do funcionamento da urna eletrônica, na seção eleitoral”, disse Rocha à reportagem. Ele afirmou que o documento é um resumo de trabalho de 130 páginas.
Questionado sobre a chance de Bolsonaro usar o documento para levantar a tese de fraude no pleito, Rocha disse que “o objetivo do PL é colaborar de forma construtiva com a Justiça Eleitoral”.
“Quem audita constrói valor para a organização auditada. O objetivo do PL é colaborar de forma construtiva com a Justiça Eleitoral. Com esta intenção positiva foi marcada uma audiência com o Ministro Alexandre de Moraes ontem, para apresentar os resultados e propor uma auditoria independente do funcionamento da urna eletrônica”, disse o engenheiro.
Rocha é fundador do IVL (Instituto Voto Legal), entidade que chegou a ser indicada por Bolsonaro para uma auditoria privada das eleições. Como essa fiscalização não saiu do papel, o PL contratou o engenheiro para representar o partido na análise do pleito.
O relatório foi encaminhado ao secretário-geral do TSE, José Levi Mello do Amaral Junior, no último dia 19.
No email enviado ao TSE, Rocha diz que tenta, desde 1º de agosto, uma reunião para apresentar o relatório “à alta direção do TSE”. Em anexo, ele envia dois documentos, sendo que o relatório completo da auditoria ainda não foi divulgado.
“Documentos que descrevem um quadro de riscos elevados de quebra de segurança nos sistemas eleitorais que merecem atenção urgente e medidas preventivas”, escreveu.
No documento já apresentado, o partido de Bolsonaro afirma que “o Relatório de Autoavaliação do TSE de 2021 apresentou sete notas zero, dadas pelos próprios servidores do tribunal”, em áreas como “gestão de continuidade do negócio, gestão de incidentes de segurança da informação”, entre outras.
O PL também afirma que “um grupo restrito de servidores e colaboradores” do TSE controla os códigos-fonte dos sistemas eleitorais.
O tribunal, porém, abriu este código em outubro de 2021 para análise dos partidos. Representantes do PL foram à corte, assinaram uma lista de presença, mas não fizeram a análise.
O relatório também diz que não foram encontrados mecanismos “para proteger estas pessoas expostas politicamente (PEP) [que lidam com o código] contra a coação irresistível, gerando outro risco elevado”.
Auxiliares de Valdemar tentam desvincular o presidente do PL da versão de que o relatório vai servir para dar lastro às acusações golpistas de Bolsonaro. Eles afirmam que uma ala bolsonarista do partido decidiu divulgar o texto com este viés.
Valdemar conversou com Moraes sobre o relatório. O dirigente partidário teria afirmado que o espírito da fiscalização é de colaboração, não de contestação, apesar de Bolsonaro já ter citado a auditoria em tom de ameaça ao TSE.
A intenção do presidente do PL seria contribuir com o processo eleitoral, mas não questionar o resultado das urnas, dizem ainda estes interlocutores de Valdemar.
Na avaliação de integrantes do partido ligados ao dirigente, a realização da auditoria e a divulgação do resultado dela também é uma forma de o ex-deputado prestar contas a Bolsonaro e mostrar que endossa seus argumentos para evitar atritos com o mandatário.
Bolsonaro, porém, tem repetido ataques às urnas e insinuações golpistas. Ele se nega a afirmar que vai deixar o poder caso seja derrotado no pleito deste ano.
Aliados do presidente do PL, no entanto, dizem que o dirigente não pretende embarcar em questionamentos ao resultado do pleito.
Nesta quarta-feira (28), Valdemar acompanhou uma visita de representantes de presidenciáveis à sala de totalização dos votos.
“Não tem mais [sala secreta]. Agora é aberta”, disse Valdemar ao visitar o setor. O espaço, porém, já era aberto aos partidos e fiscais das eleições em pleitos anteriores.
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