Cleraldo Andrade deixa legado de honestidade, fraternidade e amor por Ipiaú

Nascido em 11 de junho de 1939, no distrito de Algodão, quando o atual município de Ibirataia ainda se chamava Tesouras” e pertencia a Ipiaú, Cleraldo Andrade Rezende, filho de Everaldo Guimarães Rezende e Cleonice Andrade Rezende, escreveu com letras maiúsculas sua história.

Seus avós, Marciano e Leovicia Andrade estiveram entre os primeiros habitantes de Ipiaú e seu tio, o também ipiauense, Cleriston Andade, foi prefeito de Salvador e seria governador da Bahia se um trágico acidente área não lhe tivesse ceifado a vida, em plena campanha eleitoral.
Advogado, professor e jornalista, mas, sobretudo um empresário de grande competência, Cleraldo Andrade também se notabilizou na política, exercendo três mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa da Bahia, no período de 1975-1987.

Seus mandatos foram pela ARENA, PDS e PFL, agremiações da direita que na ocasião estavam sob a tutela do governador Antônio Carlos Magalhães, avô de ACM Neto.

Na Assembleia Legislativa, Cleraldo foi 2º vice-presidente da Mesa Diretora (1985-1987), 1º secretário da Mesa Diretora (1981-1983), Presidente da Comissão de Redação e Leis (1977-1978); Relator da Comissão Especial para Estudos da Problemática do Cacau (1978).

Também foi titular das comissões: Redação Final (1975-1976, 1979); Agricultura e Especial para Reforma Constitucional (1976); Turismo e Empreendimentos Sociais (1978-1980); Proteção ao Meio Ambiente (1980; Constituição e Justiça (1979, 1983-1984); Desenvolvimento Econômico Social e Urbano (1983-1984) e da Comissão Especial da CEPLAC (1985).
Do seu currículo consta ainda a condição de suplente das Comissões de Constituição e Justiça (1975-1980); Turismo (1979), Finanças e Orçamento (1983-1984), Agricultura (1976), Agricultura e Incentivo Rural (1977-1978). Seu posicionamento como deputado estadual foi sempre em defesas dos interesses de Ipiaú e região.

Formou-se em Direito pela Faculdade Cândido Mendes, Rio de Janeiro-RJ, 1967. Especializou-se em Extensão em Direito e Legislação Aplicada, pela Universidade Nacional de Brasília (UNB). Em sua trajetória profissional constam diversas atividades, a maioria delas ligadas a cargos de confiança dos governos estadual e federal.

Foi funcionário da Comissão do Vale do São Francisco; Assessor da presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba -CODEVASF; professor de Direito Usual e Legislação Aplicada, Brasília, 1969; diretor administrativo da Coordenação do Desenvolvimento de Brasília -CODEBRAS, Brasília, 1970-1971; Secretário de Justiça do Estado da Bahia (interino), 1971-1975 e Chefe de Gabinete da Secretaria de Justiça, 1971-1975.
Foi ainda Presidente e Conselheiro da Companhia das Docas do Estado da Bahia-CODEBA-entre 1987e 1992 e membro da Sociedade Cultural dos Servidores Públicos. Seguindo a vocação econômica da região estendeu sua atividade empresarial para o ramo da agropecuária.

Em reconhecimento aos relevantes serviços que prestou ao Estado da Bahia, foi agraciado com o Título de Cidadão da Cidade do Salvador, e com a Medalha Tomé de Souza, a mais importante honraria do estado.

Ganhou o título de Cidadão Honorário dos municípios baianos: São Gonçalo dos Campos, Maragogipe, Itiruçu e Lafayette Coutinho.

Vendo a necessidade de contribuir com o desenvolvimento de Ipiaú, investiu na radiofonia, implantando a Rádio Tropical que posteriormente tornou-se a FM Ipiaú. Estava se movimentando para instalar uma nova emissora.
O sonho de ser prefeito de Ipiaú ele não pode realizar. Se concretizasse a comunidade local seria muito beneficiada. Com esse foco deu incondicional apoio para a reeleição da prefeita Maria das Graças, com a qual concorreu à Prefeitura nas eleições de 2016, obtendo 9.342 votos. Anteriormente, na eleição de 2002, lançou-se candidato, mas desistiu da disputa em plena campanha eleitoral.
Bom parceiro, bom amigo, bom patrão, Cleraldo teve a sabedoria de saber curtir bem a vida. Ao lado da sua esposa Veronika percorreu um mundo em muitas viagens turísticas. Aproveitou o máximo que pode.

Nas ocasiões especiais estava em Ipiaú, prestigiando o aniversário da cidade, participando da Festa de São Roque, concedendo entrevista na sua emissora de rádio, exercendo o direito da cidadania, votando em seus candidatos, contribuindo para o bem-estar do povo da sua terra.

Por mera coincidência partiu para o mundo espiritual quando acontecia mais uma eleição geral no Brasil. Infelizmente ele não se fez presente. Foi com a certeza do dever cumprido. Cleraldo deixa a esposa, dona Verônika, e quatro filhos: Marcelo, Christine, Guilherme e Cleraldo Júnior.

*Giro/José Américo Castro

‘Guerreiros da oração’ provocam tsunami bolsonarista nas igrejas evangélicas

“Como guerreiros da oração”, alertava a apóstola Valnice Milhomens, fiéis não poderiam “fechar os olhos” para o que aconteceria neste domingo (2) de ir às urnas escolher o novo presidente da nação. “Temos que ativar todas as armas espirituais em direção a estas eleições.”

Ela está com o cabelo armado por escova e uma camisa com as cores do Brasil. Sobre o coração repousa o miolo azul da bandeira e a diretriz: “Ore pelo Brasil”.

A onda verde-amarela que coloriu cultos neste fim de semana é um termômetro para a força de Jair Bolsonaro (PL) nas igrejas evangélicas. Trajes com a cor da flâmula nacional, tanto em pastores quanto nos fiéis, eram a declaração de voto que bastava.

Nas redes sociais, sem as amarras de uma legislação eleitoral que proíbe o uso do púlpito para defender candidatos, líderes e influencers evangélicos abraçaram o bolsonarismo sem timidez.

Postagens de Milhomens, que em agosto esteve num chá de mulheres organizado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada, davam o tom. Ela é o que podemos chamar de classe média pastoral. Tem um bom alcance, com 300 mil seguidores no Instagram, por exemplo. Mas não um império religioso para chamar de seu. Como ela, há milhares.

“Você cheira a Jesus. A fragrância do amor inextinguível agora flui através de você” foi uma das pílulas proselitistas que a apóstola intercalou com o conteúdo político revestido pela escatologia que ressoa em templos pentecostais —a doutrina que trata do fim dos tempos.

A disputa entre Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou notas apocalípticas em boa parte do segmento. Se o PT vencer, é o fim do mundo como o conhecemos.

Na postagem seguinte, Milhomens reproduziu um trecho da Bíblia: “Quando os justos governam, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo geme”. Um seguidor comentou: “Eu declaro para a nação Lula no primeiro turno!”. Outro, desgostoso do aparte, respondeu: “Tá repreendido”.

E seria esse Armagedom todo se o PT voltasse ao poder? O “sim” não é uníssono entre evangélicos, mas retumbou forte, como no vídeo divulgado pelo cantor gospel Fernandinho.

“Se você se diz um cristão evangélico, e você vota ou você defende partidos da esquerda, quero te dizer que duas coisas acontecem com você: ou você está debaixo de um forte engano, e eu oro para que esse engano caia agora, em nome de Jesus, ou você não é um cristão evangélico.”

Cabos eleitorais graúdos de Bolsonaro no evangelicalismo subiram ao altar com piscadelas pouco discretas para o pleito que se desenrolava ao longo do dia. A bispa Sônia Hernandes começou seu culto à frente do nome da sua igreja, a Renascer em Cristo, iluminado por verde, amarelo, azul e branco.

No Instagram, ela havia replicado um vídeo gravado pelo ex-presidente americano Donald Trump para desejar que Bolsonaro seja o líder brasileiro “por um longo tempo”.

Na rua, uma senhora de vestido vermelho se desculpava pela desatenção —que horror ter vindo com a cor-símbolo do PT. Uma amiga tentou dar uma força: “É a cor do sangue de Jesus, pensa por aí”.

Também de camisa do Brasil no púlpito, o pastor Silas Malafaia voltou a expressar seu desejo por uma pane no sistema eleitoral caso as eleições sejam alvo de fraude —suspeita infundada repetida por Bolsonaro, eleito cinco vezes deputado e uma vez presidente desde que as urnas eletrônicas das quais diz desconfiar foram implantadas.

O pastor afirmou, então, que uma jornalista o havia questionado sobre declarações prévias nas quais disse orar para que a apuração travasse por oito horas pelo menos, se alguma adulteração acontecesse. “Você quer se meter na minha fé agora? Agora quer determinar sobre minhas crenças e valores? Tenho direito de orar pelo que eu quiser, isso é entre Deus e eu.”

Disse, na sequência, que estava apenas usando uma “arma espiritual” e pediu, sem jamais citar o nome do presidente: “Que venham tempos de bênção e prosperidade para a nação brasileira”.

A predileção por Bolsonaro dominou também os principais portais evangélicos.

No Pleno News, a manchete na véspera dava uma colinha ao eleitor: “Confira o número de Bolsonaro e de seus candidatos a governador”. Abaixo, o link para híbridos de reportagem e ativismo: “Michelle Bolsonaro: ‘Amanhã daremos resposta nas urnas'” e “Falcão declara voto em Bolsonaro: ‘O Brasil vai crescer'”.

O mesmo site publicava, já perto do fechamento das urnas, fotos de celebridades votando, a maioria com as cores da bandeira nacional. O destaque foi para a vice-campeã do Miss Bumbum 2012 Andressa Urach e as atrizes Karina Bacchi e Antonia Fontenelle, todas bolsonaristas roxas.

Das 5 notícias mais lidas do Fuxico Gospel, 4 eram simpáticas à reeleição do presidente. A exceção veio na declaração pró-Lula de Caio Fábio, que em 2018 foi de Marina Silva (Rede) e agora declarou: “Amanhã eu voto 13 pra decidir no dia 2. Tô velho demais pra esperar”.

Um dos últimos posts no blog do bispo Edir Macedo, ex-aliado do PT, é uma passagem do Evangelho de Mateus que conservadores arrastam para a polarização do século 21. Na parábola, Jesus separa os justos (ovelhas), que ficam à sua direita, dos ímpios (bodes), colocados à esquerda.

No editorial da Folha Universal, jornal da Igreja Universal do Reino de Deus, Macedo dispensou a mensagem subliminar. O texto diz que ele se desiludiu “com vários posicionamentos dos governos petistas” e agora expressa “firme resistência à volta da esquerda”. Se Lula por um segundo acreditou que a igreja pretendia apoiá-lo, foi uma fantasia “que criou em sua cabeça”.

O pacto por Bolsonaro rendeu inclusive alianças ecumênicas. Da dobradinha entre Bolsonaro e o presidenciável do PTB criou-se um meme compartilhado pela base evangélica: “Nunca convide o Padre Kelmon para a festa junina, ele acaba com a quadrilha”.

Figura anônima até semanas atrás, o sacerdote é filiado à Igreja Católica Ortodoxa do Peru, que por sua vez não é reconhecida por outros pares ortodoxos —a existência dessa formação autônoma lembra a estrutura das igrejas evangélicas, sem hierarquia rígida para impedir que qualquer pessoa abra um templo.

No debate da Globo, ele foi chamado de impostor por Lula, a quem atacou sem clemência, e de “padre da festa junina” por Soraya Thronicke (União Brasil).

Enquanto isso, na internet, a apóstola Milhomens voltava à carga. Assim preconizou: “O Brasil cumprirá seu destino profético e será de fato uma nação cristã”.

Anna Virginia Balloussier/Folhapress

Com 60% das urnas apuradas, Jerônimo Rodrigues se mantém na ponta e marca 47,70%

Com 60% das urnas apuradas, o candidato ao governo do Estado pelo PT, Jerônimo Rodrigues, segue na frente momentaneamente, com 47,70% dos votos.

O ex-prefeito ACM Neto, representante do União Brasil, aparece na sequência com 42,06%.

Em terceiro, o ex-ministro bolsonarista João Roma, do PL, está com 9,45%.

Clique aqui e confira a apuração na íntegra.

Mateus Soares

Confira novos números da disputa para Câmara e Assembleia após 10% de urnas apuradas

Com 10,2% das urnas apuradas, os candidatos a deputado federal Antônio Brito (PSD), com 2,37%, Diego Coronel (PSD), com 2,17%, Elmar Nascimento (UB), com 2,15%, e Paulo Magalhães (PSD), com 2,14%, lideram neste momento momento a disputa pelas 39 vagas para a Câmara dos Deputados.

Na disputa pelas 63 vagas na Assembleia Legislativa, aparecem na frente, Rosemberg Pinto (PT), com 2,51%, que continua liderando, seguido de Olívia Santana (PCdoB), com 2,04%, Niltinho (PP), com 1,88% e Sandro Régis (UB), com 1,67%.

Confira aqui a apuração em tempo real.

Decisão de Moraes de censurar reportagens é questionável, dizem especialistas

Sob pena de multa diária de R$ 100 mil, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou neste domingo (2) que o portal O Antagonista removesse conteúdo “sabidamente inverídico” segundo o qual o chefe do PCC Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, declarou voto no ex-presidente Lula (PT).

A censura se estende também à rádio Jovem Pan, aos perfis nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus filhos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, a perfis de outros aliados do presidente e também de sites bolsonaristas. A Jovem Pan não se pronunciou até a publicação da reportagem.

A Folha procurou especialistas e representantes de entidades de imprensa. Não há um consenso entre eles sobre a decisão de Moraes, que tem como eixo central a alegada tentativa de evitar interferência de conteúdos supostamente inverídicos no resultado das eleições.

Na decisão, Moraes destaca que a reportagem mostra um diálogo entre Marcola e outros interlocutores sobre Lula e Bolsonaro. Ao contrário do que diz o título, prossegue o presidente do TSE, não há declaração de voto.

Moraes reforça ainda que por ter sido condenado de forma definitiva, o líder da facção criminosa está com seus direitos políticos suspensos e impedido de votar.

O presidente-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Marcelo Rech, criticou a decisão.

“A Constituição é clara ao não admitir censura à imprensa. A legislação brasileira conta com uma série de mecanismos para dirimir eventuais abusos na liberdade de expressão, mas nele não se encontra a censura. Lamentável, portanto, a decisão, que contraria frontalmente a Constituição”, afirmou.

Para Ivar Hartmann, professor associado do Insper, a decisão restringe a liberdade de imprensa. “Foi uma restrição desproporcional. Não cabe ao Estado determinar se dizer que candidato x é melhor é diferente ou o mesmo que dizer que vota no candidato x”, diz.

Entretanto, ele pondera que a análise do caso foi feita em um contexto de preocupação com os discursos de teor golpistas pelos pelo presidente Jair Bolsonaro e com o efeito da desinformação contra Lula.

“Legalmente, a decisão é frágil, mas não posso garantir que tomaria decisão diferente se estivesse no lugar do ministro Moraes”, afirma.

Por conta disso, outros especialistas também consideram a decisão juridicamente justificável.

A diretora executiva da Artigo 19 no Brasil, Denise Dora, afirma que nesses casos é preciso verificar se há precedentes legais, danos que indiquem a urgência da decisão e se houve proporcionalidade na decisão. Para ela, todos os pontos estão contemplados.

A decisão parece estar alinhada na discussões similares feitas pela justiça sobre a aplicação do conceito de “gravemente descontextualizado”, afirma o professor Caio Mario Pereira Neto, do Observatório da Desinformação Online nas Eleições de 2022, parceria do CEPI (Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação) e do Núcleo de Pesquisa em Concorrência, Políticas Públicas, Inovação e Tecnologia da FGV-SP.

“Apesar de ser possível pensar em alternativas de intervenções menos drásticas, como por exemplo, a suspensão da manchete mas não do conteúdo integral, não parece muito razoável imaginar esse tipo de “edição” pela justiça eleitoral”, afirma.

Prado acrescenta que seria razoável esperar uma fundamentação que tivesse especificamente tratado disso, dada a postura de maior deferência da justiça ao jornalismo profissional em outros casos.

Outro aspecto pontuado pelo advogado Rodolfo Assis, pesquisador do grupo PLEB (Pesquisa sobre Liberdade de Expressão no Brasil) da PUC-Rio, é que decisões da Justiça Eleitoral são tomadas de forma urgente, o que muitas vezes prejudica a análise do contexto.

Sobre se há ou não censura no caso, ele diz que é controverso dizer se Moraes decidiu de forma correta sem acesso às informações usadas pelo ministro. Se esse foi o caso, não houve restrição ilegítima ou censura.

Géssica Brandino, Folhapress

Com 10% das urnas apuradas, Jerônimo Rodrigues mantém liderança com 46,08% contra 43,93% de Neto

Com 10% das urnas apuradas, o candidato ao governo do Estado pelo PT, Jerônimo Rodrigues, mantém a liderança momentânea, com 46,08% dos votos.

O ex-prefeito ACM Neto, representante do União Brasil, aparece na sequência com 43,93%.

Em terceiro, o ex-ministro bolsonarista João Roma, do PL, está com 9,26%.

Clique aqui e confira a apuração na íntegra.

Mateus Soares

Votação nas eleições serve como prova de vida do INSS

Aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que compareceram às urnas neste domingo (2) passaram automaticamente pelo processo de prova de vida anual.

Em fevereiro, o governo federal publicou uma portaria com mudanças nas regras para comprovação de vida. O procedimento passou a ser feito de forma digital, via cruzamento de dados de bases dos governos federal, estadual e municipal.

Com isso, a votação em eleições tornou-se uma das alternativas válidas, assim como os processos de renovação de carteira de motorista, emissão de passaporte e consultas no SUS.

Na tarde deste domingo, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, mencionou a novidade ao comentar as longas filas em locais de votação, mas negou que os testes de biometria seriam a causa do problema.

Nas eleições deste ano, a Justiça Eleitoral está puxando o banco de dados de outros órgãos, como departamentos de trânsito estaduais, para validar cadastros de biometria nas eleições.

Thiago Bethônico/Folhapress

Luto: Morre aos 83 anos o empresário Cleraldo Andrade

 

Foto: Arquivo/Giro Ipiaú

Morreu no final da tarde desse domingo (02), no Hospital Aliança, em Salvador, o empresário, jornalista, advogado e político Cleraldo Andrade Rezende, 83 anos. Ele estava internado há alguns dias lutando contra um câncer. A família deve divulgar nas próximas horas mais informações sobre o falecimento, velório e sepultamento.

Bagagem política e experiência no setor público e privado sobravam ao empresário Cleraldo Andrade que foi deputado estadual por três mandatos e conseguiu grandes conquistas para Ipiaú, a exemplo do Terminal Rodoviário, Complexo Policial, Ginásio de Esportes, Hospital e outras diversas obras de grande relevância para o município.

Cleraldo também foi presidente da antiga Codeba e candidato a prefeito de Ipiaú por duas ocasiões (2004 e 2016). Era proprietário da emissora FM Ipiaú, detentora de maior audiência na microrregião. Ele deixa quatro filhos e a esposa Verônica. (Giro Ipiaú)

Ipiaú: Vereador é preso por policiais Militares por Crime Eleitoral

Por volta 8h desse domingo, após denúncia de distribuição de material gráfico de campanha, a guarnição da 55ª CIPM/Ipiaú deslocou para averiguar a informação sobre uma caminhonete Hilux de placa policial

NZG-3J67, que estava de posse de material de campanha, fazendo "boca de urna".

A guarnição avistou o veículo na avenida Lauro de Freitas e após proceder com a abordagem, foi constatado que o condutor transportava cestas básicas e uma quantidade de santinhos e adesivos do candidato de candidatos.


Todo material e o condutor foram conduzidos e apresentados na Delegacia de Ipiaú para serem tomadas as medidas cabíveis.

Autor: M.C.C., (vereador). Nasc: 15/03/71, Ipiaú-Ba
Material apreendido: 2 cestas básicas, 64 cópias da lista de locais de votação, 1 rolo de adesivo de candidato, Cerca de 14 mil santinhos de candidato, 2 adesivos do candidato Mário Negromonte Jr 1 caminhonete Hilux placa NZG-3J67 licença de Ipiaú-Ba

Informações: Ascom/55ª CIPM -PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Votação na Nova Zelândia teve choro de emoção e harmonia entre bolsonaristas e lulistas, diz mesário

A realização das eleições brasileiras em Wellington, capital da Nova Zelândia, foi marcada por cenas de brasileiros emocionados e até mesmo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) conversando de forma harmoniosa. O relato é do economista Alberto Pedroni, 46, que atuou como mesário neste pleito.

Por causa do fuso horário, o país foi o primeiro do exterior a abrir a votação, o que ocorreu ainda no sábado (1º) —ou às 8h de domingo no horário local. Segundo boletim divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mais de 600 eleitores estavam aptos a votar por meio das urnas instaladas na embaixada brasileira em Wellington.

Residente da Nova Zelândia há cerca de quatro anos, o economista Alberto Pedroni atuou como mesário pela primeira vez neste fim de semana. A nomeação para a função foi recebida por ele há alguns meses, por email.

“Eu poderia até falar que tinha compromisso ou ver como um inconveniente, mas não custa ajudar”, diz Pedroni à coluna. “É a eleição mais importante desde a Constituição de 1988 e o grande primeiro teste da nossa democracia pós-governo militar. [O voto] é a forma de fazer isso funcionar, de ter as instituições agindo da forma correta, independentemente dos resultados”, continua.

De acordo com o economista, a votação em Wellington transcorreu de forma tranquila e sem grandes tensões. O único atrito relatado a ele por mesários de outras seções envolveu uma pessoa que teria tentado fotografar a cabine de votação. Ao ouvir que não poderia votar se insistisse em fazer o registro, no entanto, foi dissuadida.

“Eu, como mesário, estava receoso com a questão do celular, de as pessoas estarem mais resistentes [a deixar o aparelho antes de entrar na cabine de votação], mas na sessão em que eu estava ninguém se opôs. A embaixada tinha seguranças disponíveis, mas em nenhum momento precisou de nada mais ostensivo”, afirma Pedroni.

Ele diz ter visto ainda pessoas que se emocionaram, e até choraram, ao participar das eleições, além de adultos que aproveitaram a oportunidade para falar do Brasil e mostrar o mapa do país exposto na embaixada aos seus filhos pequenos.

“Acho que, por conta da pandemia, tinha algumas famílias com crianças de quatro, cinco anos que nunca tinham ido ao Brasil”, diz o mesário. “[O dia de votação] foi uma coisa importante para algumas pessoas para manter o vínculo.”

Se antes do pleito havia um receio de tumulto entre eleitores durante a divulgação dos boletins de urna, a expectativa não se confirmou. “As pessoas estavam em harmonia. Quando foi sair o resultado da votação, tinha grupos de apoio a Lula e a Bolsonaro entrosados, conversando. Existe a oposição de ideias, mas foi tudo muito bacana”, conta o economista.

A Justiça Eleitoral orientou que os resultados da votação não fossem divulgados antes do encerramento do pleito no Brasil, mas imagens do boletim que totalizou os votos registrados na Nova Zelândia já circulavam nas redes sociais desde a madrugada deste domingo, dando vitória a Lula no local.

Mais de 697 mil brasileiros que moram em outros países poderão votar neste ano. De acordo com o TSE, o número é 39,21% maior que o de 2018, quando foram realizadas as últimas eleições para presidente.

Lisboa, Miami, Boston, Nagoia e Londres são as cidades que concentram a maior quantidade de brasileiros aptos a votar no exterior, segundo o TSE.

Folha de S. Paulo

Eleições no exterior: votação para presidente foi encerrada em 59 países até 12h, diz TSE

BRASÍLIA – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou há pouco a lista de países em que já foi encerrada a votação de brasileiros para a Presidência da República. Até 12h deste domingo, 2, a eleição já havia terminado em 59 países. Segundo a autoridade eleitoral, mais de 697 mil eleitores estão aptos a votar no exterior neste ano, um número 39,21% superior em relação a 2018, quando ocorreram as últimas eleições gerais.

A corte eleitoral informou ainda que a divulgação oficial dos resultados só ocorrerá a partir de 17h, horário de Brasília, quando for encerrada a votação em todo o País. “Mas é importante lembrar que os resultados em cada seção eleitoral podem ser conferidos pelos próprios eleitores por meio do Boletim de Urna”, destacou o boletim.

Fora do Brasil, não há votação para deputados estadual e federal, senador e governador. Quem mora no exterior ou está no estrangeiro a passeio pode votar em trânsito, mas apenas para presidente da República. O primeiro local de votação aberto no pleito deste ano foi na Nova Zelândia, 16h do sábado – 08h de domingo, no horário local. Segundo dados do TSE, há 686 eleitores aptos a votar no país da Oceania.

A votação no exterior também registrou alguns incidentes. A Justiça Eleitoral determinou a impugnação de uma das 58 urnas instaladas em Lisboa após uma tentativa de fraude. Um home de 45 anos foi detido após tentar votar duas vezes em seções eleitorais vizinhas na capital portuguesa.

Confira a lista de países onde a votação para presidente já foi encerrada até 12h:

África do Sul

Alemanha

Arábia Saudita

Austrália

Barein

Bélgica

Bulgária

Catar

China

Hong Kong (Província da China)

Chipre

Coreia do Sul

Dinamarca

Egito

Emirados Árabes Unidos

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Estônia

Filipinas

Finlândia

França

Grécia

Holanda

Hungria

India

Indonésia

Irã

Israel

Itália

Japão

Jordânia

Kuwait

Líbano

Luxemburgo

Malásia

Moçambique

Namíbia

Nepal

Noruega

Nova Zelândia

Omã

Palestina

Polônia

Quênia

República Tcheca

Romênia

Rússia (Federação Rússia)

Singapura

Suécia

Suíça

Tailândia

Taiwan

Tanzânia

Timor Leste

Turquia

Vietnã

Zâmbia

“Agradeço a cada canto da Bahia”, diz Jerônimo

Ao votar, na manhã deste domingo (2), no Colégio Estadual Luiz Viana, no bairro de Brotas, em Salvador, o candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez questão de agradecer à população baiana pelo “carinho, acolhimento e apoio” recebidos durante a campanha eleitoral. Pouco conhecido pelos eleitores antes da caminhada com o time de Lula, Jerônimo enfatizou a receptividade nas cidades que visitou.

“Tenho um grande sentimento de gratidão”, ressaltou o candidato de Lula na Bahia. “Quero agradecer a cada canto da Bahia que fez um ato, que fez um gesto, que nos acolheu, nos apoiou. Até ontem à noite, no último evento, uma caminhada em Cadeias, depois de ter passado por Madre de Deus e Feira de Santana. Foi uma grande festa da democracia.”

Jerônimo também fez um apelo para que as eleições transcorram com tranquilidade. “Quero pedir a toda a população para que seja mantido o clima de paz, o clima de união, em nome da democracia”, disse. “Que as eleições transcorram bem, com serenidade, para a gente poder ter um Brasil melhor e a Bahia assim, cuidando de gente.”

Bolsonaro diz que ‘com eleições limpas, que vença o melhor’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) votou na manhã deste domingo (2) na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele não respondeu se aceitaria os resultados das eleições.

“Com eleições limpas, sem problema nenhum, que vença o melhor”, disse, antes de votar. Após deixar a cabine de votação, repetiu o mote. “Então está tranquilo. Em primeiro turno. E eleições limpas têm que ser respeitadas.”

Questionado sucessivamente sobre se reconheceria o resultado da eleição, Bolsonaro não respondeu.

O presidente chegou à escola acompanhado do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ); da mulher do deputado, Paola; do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ); e do assessor para Assuntos Internacionais, Filipe Martins. A primeira-dama Michelle Bolsonaro não participava da comitiva.

“Expectativa é de vitória hoje. Fui em praticamente todos os estados bem recebido. Ontem em Joinville algo nunca visto no Brasil, tanta gente me apoiando. Não vi na imprensa, mas tudo bem. Faz parte da regra do jogo. O que vale é o Datapovo.”

Italo Nogueira / Folha de São Paulo

Confira os locais de votação em Ipiaú.

As Eleições 2022 acontecem neste domingo, dia 2 de outubro, e para não sair de casa sem saber qual destino seguir é importante que o eleitor saiba qual é o seu local de votação. Confira a seguir os locais de votação em Ipiaú:

1) – CAPI (antigo Centro de Educação)
Sessão: 225;
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2) – Creche Alda Cássia
(Antigo Miguelão)
Sessões: 234, 243;
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3) – CEI – Colégio Estadual
Sessões: 43, 44, 45, 46, 49, 61, 62, 63, 64, 80, 81, 82, 118, 124, 126, 135, 149, 150, 208, 209;
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4) – Colégio Celestina
Sessões: 50, 51, 52, 53, 54, 83, 113, 117, 120, 123, 148;
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5) – Colégio Modelo
Sessões: 56, 57, 58, 59, 60, 93, 94, 95, 108, 137, 143, 144, 200, 204, 205, 206;
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6) – Ângelo Jaqueira
*Sessões: 203, 213, 218
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7) – Colégio José Mendes
Sessões: 235, 241, 301, 304(A);
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8) – Colégio Militar
Sessões: 221, 232, 238;
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9) – Creche Sagrada Familia (Rua Siqueira Campos)
Sessões: 55, 101(A), 130(A), 68, 69((A), 70(A), 133,146, 147(A), 210(A);
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10) – Colégio Adélia Mata
Sessões: 226,239, 303;
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11) – Agostinho Pinheiro
Sessões: 89, 90, 91, 92, 145, 214;
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12) – Escola Coração de Jesus ( Antiga Ciranda das Letras)
Sessões: 74, 75, 76, 79, 84, 85, 86, 87;
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13) – Escola Salvador da Mata:
Sessões: 71, 72, 73, 88, 141, 233;
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14) – Escola Edvaldo Santiago (ACM):
Sessões: 224, 237, 302;
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15) – Escola Maria José Lessa de Moraes:
Sessões: 77, 78, 128, 129, 201, 202;
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16) – Escola Pastor Paulo
Sessões: 47, 48, 65, 66, 67, 211, 212, 219;
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17) – Escola Leovicia Andrade:
Sessões: 96, 97, 98, 139, 236;
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ZONA RURAL:

Córrego de Pedras:
Sessões: 102, 103(A), 104, 105(A), 121;

Fazenda do Povo:
Sessões: 99, 100;

Violência em jogo de futebol deixa ao menos 174 mortos na Indonésia

Ao menos 174 pessoas morreram depois que torcedores invadiram o gramado após um jogo em Malang, na Indonésia, na noite deste sábado (1º), disse o vice-governador de Java Oriental, Emil Dardak, à imprensa local neste domingo (2).

Em um comunicado, o chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta, afirmou que dois policiais estão entre os mortos. Além disso, disse que 34 pessoas morreram dentro do estádio, e o resto no hospital.

Os torcedores do time Arema FC, que perdeu para o Persebaya Surabaya, invadiram o campo, e as forças de segurança atiraram bombas de gás lacrimogêneo. A ação levou a multidão a correr, afirmou a polícia.

A liga indonésia de futebol suspendeu os jogos por uma semana após a tragédia. A Associação de Futebol da Indonésia disse que iniciará uma investigação sobre o que aconteceu após o jogo.

O tumulto, que começou dentro do estádio, seguiu do lado de fora. Dois carros de polícia foram destruídos, um deles queimado. Torcedores também atearam fogo em outras instalações do estádio.

Quatro jogadores brasileiros estiveram em campo durante a partida. Maringá, que é goleiro do time da casa, e Higor Vidal, Léo Lelis e Sílvio Júnior, jogadores visitantes.

O ministro do Esporte da Indonésia, Zainudin Amali, disse que as autoridades reavaliarão a segurança em partidas de futebol.

Em nota, o Arema FC lamentou o ocorrido. “O Arema FC expressa suas profundas condolências pelo desastre em Kajuruhan [nome do estádio]. A direção do Arema FC também é responsável pelo tratamento das vítimas, tanto as que morreram quanto as feridas.”

No texto, o clube afirma, ainda, que os membros da diretoria vão estabelecer um centro de crises ou posto de informações às vítimas para receber relatórios e tratar as que estão hospitalizadas e doentes.

“A direção está pronta para aceitar todas as sugestões de tratamento pós-desastre para que muitos sejam salvos”, diz o trecho final do comunicado.

Folha de S. Paulo

Até 12 governadores devem ser eleitos em 1º turno; confira as pesquisas nos estados

Até 12 das 27 unidades da federação devem ter governadores eleitos no primeiro turno neste domingo (2), indicam as últimas pesquisas eleitorais dos institutos Datafolha e Ipec antes das eleições, divulgadas entre quinta (29) e sábado (1º).

São elas: Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Roraima, Rio Grande do Norte e Tocantins. Em alguns desses estados, os levantamentos indicam que o cenário é provável, devido à vantagem dos líderes em relação aos adversários.

É o caso de Mato Grosso, Paraná, Pará e Rio Grande do Norte, em que os candidatos mais bem colocados têm acima de 60% das intenções de voto. Em outros, a disputa está mais apertada.

Veja abaixo os votos válidos dos candidatos com chances de serem eleitos ou chegarem ao segundo turno, sempre acima de 10%. A contagem exclui os brancos, nulos e indecisos, simulando o cálculo que será usado pelo TSE (Tribunal Superior de Justiça) para aferir os resultados.

Folha de S. Paulo

Nicarágua aumenta isolamento internacional com novas expulsões e rupturas diplomáticas

O governo de Daniel Ortega aprofundou esta semana o isolamento da Nicarágua da comunidade internacional ao expulsar a embaixadora da União Europeia (UE), romper relações diplomáticas com a Holanda e rejeitar a presença do novo embaixador nomeado pelos Estados Unidos.
Segundo uma fonte diplomática, a embaixadora da UE na Nicarágua, Bettina Muscheidt, deixou o país neste sábado (1), após ter sido declarada persona non grata pelo governo Ortega.

Muscheidt, que tinha assumido o cargo há um ano, viajou para o México, de onde seguirá para Paris, informou à AFP uma fonte diplomática, segundo a qual a embaixadora foi "vigiada" discretamente por policiais civis fora de sua residência antes de partir, pois "recebeu instruções das autoridades nicaraguenses para ficar em seu domicílio".
O governo não se pronunciou oficialmente sobre a expulsão de Muscheidt que, segundo se soube, foi convocada na quarta-feira pela chancelaria nicaraguense para ser notificada verbalmente que devia deixar o país.

"Vai para fora por [ser considerada persona] non grata", tuitou o deputado governista Wilfredo Navarro.

A saída de Muscheidt ocorre em meio a fortes questionamentos de Ortega contra a UE, que pediu reiteradamente o fim da repressão a opositores e aplicou sanções contra dezenas de funcionários, pessoas próximas e familiares do presidente.
Coincide, ainda, com a forte investida do governo contra a OEA, a ONU, os Estados Unidos, o Vaticano e países que têm questionado o quarto mandato consecutivo obtido por Ortega em 2021, com seus adversários presos ou exilados.

Neste contexto, Ortega anunciou na sexta-feira o rompimento das relações diplomáticas com a Holanda, à qual acusou de "intervencionista" por criticar sua democracia e suspender o financiamento de um hospital.

"A Nicarágua, diante da reiterada posição intervencionista e neocolonial do reino dos Países Baixos (...) comunica ao governo deste país nossa decisão de descontinuar imediatamente as relações diplomáticas", informou o ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

Pouco antes, Ortega tinha afirmado durante um ato oficial que seu governo não queria ter relações "com esse governo intervencionista".

"A ruptura das relações diplomáticas é um passo excepcional e muito incomum. Tampouco é o desejo dos Países Baixos", afirmou neste sábado à AFP um porta-voz, lamentando a reação "desproporcional" de Manágua.

A ruptura ocorreu depois de a embaixadora holandesa para a América Central, Christine Pirenne, afirmar na quinta-feira, durante visita a Manágua que não iria mais financiar a construção de um hospital.

A medida irritou Ortega, que afirmou: "Fora!... Que vá gritar o que quiser, todas as suas misérias... fora."

- Contra os EUA -

Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse neste sábado que o presidente americano, Joe Biden, deposita "sua máxima confiança" no embaixador designado para a Nicarágua, Hugo Rodríguez, a quem o governo de Ortega desautorizou a exercer suas funções.

Na sexta-feira, a vice-presidente e primeira-dama Rosario Murillo disse que Rodríguez "não será admitido" na Nicarágua por sus "posições intervencionistas".

Manágua já havia expressado oposição à sua designação em 28 de julho, mas na quinta-feira o Senado dos Estados Unidos confirmou sua nomeação ao cargo.

"O senhor Hugo Rodríguez, repetimos, não será admitido em nossa Nicarágua em hipótese alguma, de forma que tenham claro os senhores imperialistas: aqui Hugo Rodríguez não entra", declarou Murillo ao ler uma nota da chancelaria na imprensa oficial.

Manágua recordou que Rodríguez teve a permissão diplomática retirada em julho pelas declarações "desrespeitosas" que fez durante audiência no Senado americano.

Hugo Rodríguez disse que a Nicarágua "está se tornando cada vez mais um Estado pária dentro da região" e chamou o governo Ortega de ditadura. Também defendeu a retirada da Nicarágua do Cafta (Acordo de Livre Comércio entre América Central, República Dominicana e Estados Unidos).

Murillo considerou "insólita" a decisão dos Estados Unidos de manter a candidatura de Rodríguez, que chamou de "intervencionista desrespeitoso nada diplomático". Ele foi nomeado pelo presidente Joe Biden para substituir Kevin Sullivan.

Os Estados Unidos também aplicaram dezenas de sanções contra funcionários e pessoas próximas de Ortega por violação dos direitos humanos e corrupção.

- Expulsões -

Muscheidt foi expulsa depois que uma delegação da UE instou na segunda-feira a Nicarágua a "pôr fim à repressão" contra opositores, sacerdotes e veículos da imprensa independente.

Mais de 200 opositores estão presos no âmbito da crise política em que a Nicarágua está mergulhada desde os protestos da oposição em 2018, que o governo vinculou a um suposto golpe de Estado frustrado, promovido por Washington.

Entre os presos estão sete ex-pré-candidatos à Presidência e ao menos sete religiosos, entre eles o bispo Rolando Álvarez, crítico ao governo em prisão domiciliar desde 19 de agosto.

Ortega, um ex-guerrilheiro reeleito três vezes desde 2007, qualificou os europeus de "fascistas", "colonialistas", "descendentes do franquismo" e "irmãos de Hitler".

As últimas decisões de Ortega se somam à expulsão do núncio apostólico Waldemar Stanislaw Sommertag em março passado.

Em novembro de 2021, a Nicarágua anunciou sua saída da Organização dos Estados Americanos (OEA) e, cinco meses depois, fechou o escritório da entidade em Manágua, antecipando a saída de seus representantes do país.

Este ano, também expulsou o delegado residente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Thomas Ess, entre outros.

bur/ll/atm/fp/mvv

Bolsonaro recebe apoio de políticos de extrema direita

Entre os nomes que externaram apoio ao atual presidente está o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, além de parlamentares de países como Portugal, Espanha e Argentina. Filho de Trump também mandou mensagem.
Na véspera da eleição e em desvantagem nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu neste sábado (01/10) o apoio de políticos de extrema-direita de diferentes países, entre eles do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

"Conheci muitos líderes, mas vi poucos tão excepcionais quanto o presidente Bolsonaro. Foi uma grande honra ter visto e aprendido como ele reduziu impostos, estabilizou a economia, reduziu a criminalidade e preparou o Brasil para um futuro brilhante", disse Orbán sobre Bolsonaro.

O húngaro também afirmou que, apesar da pressão da esquerda e da globalização, Bolsonaro foi "corajoso" em colocar Deus acima de tudo no Brasil.

Orbán, que governa a Hungria desde 2010, foi um dos poucos líderes europeus que compareceu na posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019. Recentemente, membros do Parlamento Europeu votaram pela condenação da Hungria por seu resvalo para o autoritarismo. Para os eurodeputados, o país deveria perder o status de democracia plena, passando a ser considerado um "regime híbrido de autocracia eleitoral".

Em setembro, a Comissão Europeia propôs a suspensão de 65% dos fundos comunitários à Hungria por alegações de corrupção e violações do Estado de Direito por parte do governo de Orbán.

Apoio de parlamentares

Bolsonaro também recebeu apoio de políticos da Europa e da América do Sul e compartilhou alguns vídeos em suas redes sociais.

Em um deles, o deputado português André Ventura, presidente do partido populista de direita Chega, diz que "em Portugal não temos dúvidas: Jair Bolsonaro é o melhor presidente para os brasileiros".

"O regresso de Lula da Silva é uma tragédia para os brasileiros, para a América Latina e para os países de língua portuguesa", afirma o parlamentar.

Outro vídeo compartilhado por Bolsonaro foi do deputado espanhol Santiago Abascal, presidente do partido de extrema-direita Vox.

"Da Espanha, quero enviar todo o meu apoio ao presidente Bolsonaro, que neste domingo lidera a alternativa dos patriotas, a de nós que queremos nações livres, prósperas e soberanas, contra o comunismo e o globalismo. Avante Brasil e avante Bolsonaro", afirma Abascal.

O deputado argentino Javier Milei, principal nome da direita libertária na Argentina, disse que a liberdade do Brasil está em jogo nessas eleições. "É por isso que apoio fortemente Jair Bolsonaro contra a esquerda radical", afirmou.

Na mesma linha, Bolsonaro recebeu o apoio do ultradireitista chileno José Antonio Kast, do Partido Republicano, que perdeu a disputa pela presidência do Chile para Gabriel Boric.

"Neste domingo, o Brasil joga pela liberdade. Tem sido anos de maior progresso e segurança. Do Chile, desejamos todo o êxito para o presidente Jair Bolsonaro para que derrote mais uma vez a esquerda radical", disse Kast no vídeo.

Trump Jr. grava vídeo

Embora não tenha vindo diretamente de um político, outro vídeo empolgou a equipe do atual presidente brasileiro: o de Donald Trump Jr, filho do ex-presidente americano Donald Trump.

"O presidente Bolsonaro, o presidente de vocês, é um grande amigo dos Estados Unidos e a única pessoa que pode parar a disseminação do socialismo e do comunismo na América do Sul", destacou, em um vídeo de 13 segundos.

Anteriormente, o ex-presidente republicado já havia manifestado apoio a Bolsonaro.

"O presidente Jair Bolsonaro ama o Brasil acima de todas as coisas. Ele é um homem maravilhoso e tem meu apoio total e completo", escreveu Donald Trump em setembro em uma rede social.

Na quinta-feira, líderes de vários espectros políticos da Europa haviam externado apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, em uma carta. Entre os signatários estavam o ex-presidente da França François Hollande e o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero.

"Quando a democracia está em perigo, é preciso juntar os divergentes para vencer os antagônicos. É por isso que nós, ex-chefes de Estado e de Governo de diversas tendências políticas, apoiamos a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República", diz o texto.
 (Lusa, ots)

Confira o que o eleitor precisa saber para ir às urnas neste domingo

Mais de 156 milhões de eleitores estão aptos para ir às urnas neste domingo (2) em todo o país, no primeiro turno das eleições 2022. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, haverá votação em 5.570 cidades brasileiras e em 181 localidades no exterior.

Serão escolhidos os nomes que vão ocupar os cargos de presidente da República, governador, senador e deputado federal, estadual ou distrital.

A Agência Brasil separou informações importantes para que o eleitor possa exercer a cidadania e votar com tranquilidade amanhã.















Edição: Juliana Andrade
Por Agência Brasil - Brasília

Ipec: na véspera na eleição, nova pesquisa confirma ACM Neto eleito no 1º turno

Pesquisa Ipec (antigo Ibope) divulgada neste sábado (1º), contratada pela TV Bahia, mostra os números da disputa para o governo do estado em votos válidos. O candidato do União Brasil, ACM Neto, aparece com 51% dos votos válidos. Em segundo lugar aparece o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, com 40%.

Os índices mostram queda nos votos válidos para ACM Neto. Na primeira pesquisa Ipec, divulgada em 26 de agosto, o percentual do candidato era 69%, número que caiu para 54% no levantamento seguinte, que foi divulgado em 23 de setembro.

Para Jerônimo Rodrigues, é possível identificar aumento nos votos válidos. Na primeira pesquisa Ipec, o percentual do petista era 17%, número que subiu para 37% na seguinte.

O candidato João Roma (PL) aparece na terceira colocação. Na pesquisa divulgada neste sábado, ele possui 7% dos votos válidos. Nas duas pesquisas anteriores ele pontuou com 9% e 7%.

Kleber Rosa (PSOL) está com 1% dos votos válidos. Nas duas pesquisas anteriores, ele obteve com 2% e 1%

Nas últimas posições em relação aos votos válidos estão Marcelo Millet (PCO e Giovani Damico (PCB). Millet (PCO) aparece com 1% e nas duas pesquisas anteriores pontuou com 3% e 1%. Já Damico não pontuou na pesquisa de hoje e 1% nas duas anteriores.

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em 92 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BA – 01710/2022 (TRE) e BR – 05440/2022 (TSE).

Saiba o que é o voto de legenda

Neste domingo (2), primeiro turno das eleições, mais de 156 milhões de eleitores estarão aptos a comparecer às seções eleitorais para eleger o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais.

O eleitor poderá votar nominalmente no candidato de sua preferência ou poderá optar pelo voto de legenda, no qual poderá votar no partido. Essa modalidade vale somente para eleições proporcionais, ou seja, para cargos em disputa para o Legislativo.

No caso da votação para presidente, governador e senador, o voto é nominal e os mais votados são eleitos.

A escolha dos parlamentares é feita entre os mais votados do partido que tiveram o número mínimo de votos, conforme o quociente partidário, que também leva em conta o número de votos nominais e os de legenda.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza a simulação do voto na urna eletrônica. Para escolher o voto de legenda, basta digitar os dois números do partido fictício na urna e confirmar.

O eleitor também pode treinar a sequência de votação que será adotada no pleito.

Antes de iniciar a simulação, o eleitor deve escolher a votação de primeiro ou segundo turno. Em seguida aparecerá a tela com o cargo em disputa e os partidos que participam do pleito virtual.

Ao clicar nas agremiações, os nomes e os números dos candidatos fictícios vão aparecer. Basta fazer a escolha, digitar o número correspondente ao partido ou candidato na urna e confirmar.

Agência Brasil

PP e União Brasil trabalham fusão, diz Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou neste sábado (1) que o seu partido, o PP (Progressistas), trabalha para realizar uma fusão com a União Brasil, sigla criada em fevereiro a partir da junção de PSL e DEM.

Caso a fusão se concretize, a nova legenda deverá reunir a maior bancada de deputados federais tanto nesta como na próxima legislatura, que se inicia em fevereiro.

Isso aumentaria também as chances de Lira continuar no comando da Câmara mesmo em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Estamos trabalhando a fusão”, disse Lira, afirmando que a possível união nada tem a ver com a eleição presidencial.

Atualmente o PP integra a coligação de Jair Bolsonaro (PL). A União Brasil tem candidatura própria à Presidência, Soraya Thronicke, e é formado por quadros mais alinhados a Bolsonaro, embora haja interlocução com Lula.

Arthur Lira trabalha para tentar a reeleição ao comando da Câmara, em fevereiro. Sua vitória é dada como certa caso Bolsonaro se reeleja.

Na hipótese de vitória de Lula, o alagoano terá mais dificuldades e precisará reunir em torno de si um arco de apoio que resista à ofensiva de outros nomes na esquerda, ou, mais provavelmente, de siglas de centro e de direita que hoje atuam de forma mais independente ou que planejam aderir ao possível novo governo.

PP e União Brasil têm a mesma origem histórica, a Arena, o partido de sustentação da ditadura militar (1964-1985).

Atualmente os dois partidos reúnem 109 das 513 cadeiras da Câmara —o PP é a segunda maior bancada, com 58 deputados. A União tem 51 (quarta bancada).

Uma fusão PP-União dificilmente seria superada por um único partido isolado. A maior bancada hoje na Câmara é a do PL de Bolsonaro, que tem 76 cadeiras.

O acerto entre os dois partidos tende também a representar mais uma saia justa ao ex-juiz Sergio Moro, que disputa uma vaga de senador pela União Brasil do Paraná. A Lava Jato, cujo ex-magistrado é seu principal símbolo, teve como um de seus principais alvos justamente políticos do PP.

Ranier Bragon / Folha de São Paulo

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