HGRS inaugura unidade de coleta de sangue junto à requalificação da Central de Transplantes e do Serviço de Fonoaudiologia

O governo do Estado da Bahia investiu cerca de R$ 2,7 milhões na instalação da nova UCT- Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue e na readequação da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos, além do serviço de Fonoaudiologia do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). A entrega dos novos serviços foi realizada hoje, 5, pela secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro.

“Temos uma Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue três vezes maior que a antiga Agência Transfusional, com capacidade suficiente para dar total autonomia ao Hospital Roberto Santos, e ainda, uma Central de Transplantes que vai ampliar o serviço que já é oferecido aos baianos”, destacou a titular da Sesab.
UCT de Sangue

Projetada para o processamento de cerca de mil coletas de sangue mensais, a nova UCT do HGRS foi totalmente dimensionada para ser uma unidade mais avançada, com a instalação de 4 poltronas de coleta e quase 100 funcionários. “A meta é tornar o HGRS, uma unidade com 640 leitos, autossuficiente em coletas de sangue, com capacidade para captar, triar, coletar e processar o sangue e hemocomponentes”, informa o hematologista Fernando Araújo, coordenador da UCT.

Central de Transplantes

Em funcionamento há mais de 20 anos, o sistema Estadual de Transplantes da Bahia ganhou mais um reforço com a requalificação da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos do hospital Roberto Santos.

Com 6 salas, a Central Estadual de Transplantes do HGRS funciona 24horas de forma ininterrupta e conta com o apoio de sete Organizações de Procura de Órgãos que estão implantadas em hospitais do estado da Bahia. O sistema é responsável por gerenciar, executar e fiscalizar as condições para a retirada de órgãos, partes e tecidos, para a realização de transplantes ou enxertos, garantir a legalidade das ações, no âmbito estadual.

Serviço de Fonoaudiologia

Instalado num espaço mais moderno, o serviço de fonoaudiologia do HGRS conta com 27 profissionais, distribuídos nas seguintes áreas: Unidades de Terapia Intensiva Adulto, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCo). A capacidade de atendimento nos setores adulto, neonatologia e pediatria é em média de 1800 por mês.

Imprescindível para o atendimento do paciente internado, o fonoaudiólogo é um profissional de saúde, responsável pela habilitação e reabilitação da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição.

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Quatro pessoas são denunciadas por traficar drogas e corromper agentes públicos do Conjunto Penal de Lauro de Freitas

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou nesta quarta-feira (5) três custodiados do Conjunto Penal de Lauro de Freitas e um condenado que cumpre pena em regime aberto pelos crimes de corrupção ativa e passiva, contra a administração da Justiça, relacionado à inserção de aparelhos celulares na unidade prisional, e de pertencimento a organização criminosa (Orcrim) de tráfico de drogas que atua dentro e fora do sistema penal baiano. Trata-se de um desdobramento da “Operação La Rochelle”, que busca reprimir a entrada de drogas e aparelhos celulares em estabelecimentos prisionais.

A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) contra Adriano Patric Britto da Silva, que cumpre pena em regime aberto, Cláudio Pereira Santos, James Andrade de Oliveira e Judson Pádua Queiroz, os três custodiados no Conjunto Penal de Lauro de Freitas.

As investigações apuraram, por meio da análise de dados de aparelhos apreendidos com os detentos do conjunto penal, que eles, via aplicativo de mensagens, realizavam negócios de compra e venda de drogas, e articulavam atos de corrupção, com o auxílio de monitores de ressocialização, para inserir drogas e outros celulares no conjunto prisional.

Além dos crimes de corrupção, tráfico de drogas e pertencimento a Orcrim, as investigações revelaram a prática de recebimento de vantagem indevida por funcionários públicos da unidade. No último dia 1º de setembro, uma ação da “La Rochelle” resultou no cumprimento de dez mandados de prisão preventiva contra agentes prisionais do conjunto penal e na apreensão de cinco aparelhos celulares na unidade prisional. As investigações do Gaeco seguem e eles também podem responder criminalmente.

Bispo recebe Bolsonaro em culto e indica que imprensa não é bem-vinda

O bispo Samuel Ferreira, da igreja evangélica Assembleia de Deus, indicou nesta terça-feira (4) que a imprensa não era bem-vinda em culto que fez parte de agenda de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Antes de Bolsonaro subir ao púlpito para falar aos fiéis que lotavam a igreja no bairro do Brás, na zona central de São Paulo, o bispo ameaçou de processo veículos de comunicação que registrassem o culto sem autorização.

“Receberemos aqui algumas autoridades que foram convidadas por nós. Somente esses e membros da igreja podem permanecer aqui”, afirmou o bispo.

“Se algum órgão de imprensa não autorizado estiver presente saiba que está atrapalhando o bom andamento desta assembleia e saiba que pode ser processado por atrapalhar o culto em local que é guardado pela Constituição. […] Esse é um assunto de família”, completou.

No momento em que Bolsonaro subiu ao púlpito, seguranças da igreja pediram aos fiéis que desligassem os celulares.

Uma fotojornalista da agência Reuters foi expulsa do culto. Depois, uma equipe da Globo foi vaiada por apoiadores de Bolsonaro e teve de deixar o local escoltada por seguranças.

Mais cedo, em outro culto na unidade Belém da Assembleia de Deus, onde Bolsonaro também discursou, parte da imprensa foi impedida de entrar pelos seguranças da igreja. A justificava é que se tratava de um evento fechado.

Participaram dos cultos a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o senador recém-eleito Marcos Pontes (PL), a senadora recém-eleita Damares Alves (Republicanos), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), além do candidato ao Governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e da deputada federal Carla Zambelli (PL).

Diante de centenas de fiéis, Bolsonaro lembrou seu batizado nas águas do rio Jordão, em 2016, em Israel, pelo Pastor Everaldo, que chegou a ser preso em 2020 em uma operação da Polícia Federal.

“Não é o momento de falar sobre outras coisas aqui hoje, mas […] não é novidade que eu sou católico, [que a] a minha esposa é evangélica. Eu fui batizado, […] eu estava lá no rio Jordão e o pastor me convidou”, disse o candidato à reeleição.

A recordação foi compartilhada no mesmo dia em que um vídeo de Bolsonaro discursando em um templo maçônico viralizou nas redes sociais. O conteúdo que sugere ligação de Bolsonaro com a organização foi reprovado por grupos bolsonaristas.

Em 1983, o então cardeal Joseph Ratzinger, que depois se tornou o Papa Bento 16, assinou documento em nome da Santa Sé reforçando “o parecer negativo da igreja a respeito das associações maçônicas”.

Segundo Bolsonaro, o batismo no rio Jordão foi um “testemunho público da crença”. “E eu respeito qualquer religião e até quem não tem religião, que porventura, pode um dia se descobrir, aceitar, passar a respeitar, se integrar cada vez mais a nossa sociedade”, afirmou o presidente, sem mencionar o vídeo em que aparece no templo maçônico.

Além das reminiscências do batismo simbólico, o discurso foi marcado também por ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu adversário na disputa à Presidência. O atual mandatário foi aplaudido quando disse que “lugar de bandido é na cadeia”, em referência ao petista.

Ele voltou a dizer que “certas mudanças podem vir para pior”. “Não adianta termos uma Ferrari em casa se o motorista gosta de tomar uma cachacinha de vez em quando. Ele vai capotar a Ferrari.”

Em relação à votação no domingo (2), quando obteve 43,2% dos votos válidos, Bolsonaro chamou o resultado de um “milagre”.

“Estavam todos contra mim, […] a grande imprensa, os institutos de pesquisa, parte dos magistrados togados lá da praça dos Três Poderes [em Brasília], outros países de esquerda que querem voltar ao poder”, disse Bolsonaro, que ficou atrás de Lula —o ex-presidente teve 48,43% dos votos.

Para virar a eleição no segundo turno, Bolsonaro pediu para as pessoas irem às urnas e citou a abstenção como fator determinante para a vitória do presidente Gabriel Boric, de esquerda, no Chile. “Lá, quem decidiu as eleições não foi quem foi as urnas, foi quem não foi as urnas”, disse.

O presidente e pastores também pediram que os fiéis foquem em buscar votos de eleitores nordestinos no segundo turno. “A culpa não é do povo nordestino”, disse o presidente no culto. “Lá eles foram administrados por muito tempo por pessoas desse partido político”, completou.

Após peregrinar entre os evangélicos, Bolsonaro foi ao Hospital das Clínicas, por volta das 22h, visitar dois policiais militares baleados em uma seção eleitoral no domingo.

Bolsonaro desistiu de utilizar a entrada principal, onde o esquema de segurança o aguardava. A comitiva do presidente tomou a medida diante da presença de um grupo que protestava contra o presidente.

Dezenas de profissionais da saúde e estudantes exibiram cartaz no qual dizia 700 mil mortes. Uma alusão aos óbitos em decorrência da Covid-19.

Dentro do hospital, apoiadores e críticos cercaram Bolsonaro. O presidente conversou com os familiares dos policiais. O HC não informa o estado de saúde dos policiais.

O crime ocorreu na Escola Estadual Deputado Aurélio Campos, no bairro Cidade Dutra, zona sul da capital. Uma PM foi atingida no abdômen, enquanto seu colega foi atingido na cabeça e no ombro.

Mariana Zylberkan/Carlos Petrocilo/Renan Marra/Folhapress

Polícia Civil prende homem que abusava de enteada de 12 anos e de filha de 6

O suspeito era companheira da mãe das vítimas e aproveitava a proximidade com as menores para praticar os abusos
Um homem suspeito de estupro de vulnerável cometidos contra a enteada, de 12 anos e a própria filha, de 06 anos, teve o mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (05), em ação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Confresa.

O suspeito de 39 anos teve a ordem de prisão decretada pelo crime de estupro de vulnerável pela Comarca de Porto Alegre do Norte com base em investigações da Polícia Civil. Além dos abusos contra a enteada e a filha, o suspeito também é investigado pelo estupro de outra adolescente de 14 anos.

O suspeito é casado com a mãe das vítimas, sendo o padrasto da adolescente e pai biológico da criança. Segundo as investigações, os abusos vinham ocorrendo há algum tempo e de forma reiterada, sendo que o suspeito aproveitava dos momentos de ausência de sua companheira para praticar os atos.

As investigações iniciaram há poucos dias, quando a família decidiu denunciar o suspeito à Polícia. Segundo o delegado da Derf Confresa, Bruno Gomes Borges, durante as apurações foi possível confirmar as práticas dos abusos que não foram denunciados anteriormente em razão de ameaças que o suspeito fazia a familiares e aos demais enteados.

Diante dos fatos, foi representada pela prisão preventiva do suspeito que foi deferida pela Justiça e cumprida na manhã desta quarta-feira (05). “Os fatos não são recentes e por meio da ação foi possível cessar os abusos praticados pelo suspeito que responderá preso pelo crime de estupro de vulnerável até a sua condenação pelos atos cometidos”, destacou o delegado.
AgoraMT

Jovem de 18 anos é preso após ameaçar fazer massacre em escola de Mato Grosso

A Polícia Civil, em investigações realizadas pela Delegacia de Cáceres, identificou um jovem responsável por uma ameaça de massacre em uma Escola Estadual da cidade. O suspeito de 18 anos utilizou um perfil falso e usou em uma rede social e foi autuado em flagrante, na segunda-feira (03), pelos crimes de falsa identidade e ameaça.

As investigações iniciaram após a organização da Escola Estadual Senador Mário Motta procurar a Polícia Civil para comunicar sobre uma ameaça na rede social Facebook, em que a pessoa anunciava que cometeria um massacre contra alunos da escola.

Um trecho do texto divulgado na rede social o suspeito dizia “Espero que abracem suas famílias, que esta semana o sangue vai derramar e só vou observar”.

Logo após a comunicação dos fatos, a equipe da Delegacia de Cáceres iniciou as diligências conseguindo identificar e prender o autor das ameaças, evitando qualquer tipo de atentado no ambiente escolar. O suspeito foi conduzido à Delegacia de Cáceres, onde após ser interrogado foi lavrado o flagrante.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Igor Sasaki, as investigações continuam em andamento com objetivo de identificar se há outros envolvidos na ação criminosa.
AgoraMT

Deputados do Republicanos divulgam voto “BolsoNeto” no 2º turno

Os deputados federais Márcio Marinho e Alex Santana, bem como o deputado estadual Samuel Júnior, todos do Republicanos, usaram as redes sociais para declarar apoio às candidaturas de ACM Neto (União), ao Governo do Estado, e de Jair Bolsonaro (PL), à presidência da República.

A declaração de voto no presidente acontece justamente quando se é especulado um possível apoio de João Roma (PL) ao ex-prefeito de Salvador neste 2º turno e, por consequência, o palanque de Neto ao presidente. O Republicanos, em âmbito estadual, apoia a candidatura de ACM Neto desde o começo e indicou o nome de Ana Coelho para a vice na chapa majoritária

Adolescente com arma de CAC atira em três colegas dentro de escola no Ceará

Um adolescente 15 anos foi apreendido na manhã desta quarta-feira (5) suspeito de atirar em três colegas dentro de uma escola estadual em Sobral, no Ceará. Uma das vítimas foi atingida na cabeça e está em estado grave. As outras foram atingidas na perna e de raspão na cabeça.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a arma utilizada no crime está registrada em nome de um CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). Os disparos ocorreram na Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, no Bairro Sumaré, segundo a Secretaria Estadual da Educação.

Dos três jovens feridos, um levou tiro na cabeça e está intubado. Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa de Sobral, médicos conversavam com familiares para explicar os próximos procedimentos.

Um segundo jovem, atingido na perna, recebe atendimento no setor de ortopedia do hospital. A terceira vítima foi atingida por um tiro de raspão na cabeça. Ela foi medicada e já recebeu alta.

Informações preliminares da polícia apontam que, em depoimento, o adolescente contou que sofria bullying na escola e, por conta disso, teria premeditado o ataque.

REFERÊNCIA
Sobral é um dos municípios referência no país em qualidade de educação. A cidade se destacou no cenário nacional por ter conseguido, em pouco mais de uma década, dobrar o desempenho de seus alunos dos anos iniciais do fundamental (do 1º ao 5º ano).

O município enfrentava graves problemas de repetência e abandono escolar, mas a melhoria nos resultados educacionais começaram a aparecer após a cidade estabelecer como meta erradicar o analfabetismo infantil.

Apesar de nos últimos anos ter figurado entre os municípios com melhor desempenho na educação básica, desde 2018 Sobral sofre com uma escalada de violência por conta de facções criminosas que disputam bairros inteiros da cidade.

Paulo Eduardo Dias/Folhapress

Homem é suspeito de matar amigo bolsonarista em SP após discussão política

Um homem de 42 anos, que seria apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi preso na tarde desta terça (4) em Itanhaém, no litoral de São Paulo, suspeito de matar a facadas outro homem, 59, que seria seu amigo e defensor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.

A assessoria de imprensa da SSP (Secretaria de Segurança de São Paulo) confirmou a motivação política como possível causa do assassinato. Segundo a Polícia Militar, o corpo da vítima tinha vários ferimentos no rosto, costas e pescoço, causados pela faca.

Em depoimento, o apoiador de Lula teria dito que os dois moravam juntos e que a vítima é quem estaria com a faca. No momento da discussão, o bolsonarista teria caído sobre ela.

Foi solicitado perícia ao local, além de exame de corpo de delito à vítima. A faca foi apreendida. O caso foi registrado como homicídio na DIG (Divisão de Investigações Gerais) de Itanhaém.

ASSASSINATOS POR MOTIVAÇÃO POLÍTICA

Assassinatos cometidos por apoiadores de Lula ou Bolsonaro ocupam o noticiário nos últimos dias. Um caseiro de sítio foi morto em um bar em Cascavel, no Ceará, após dizer que votaria no ex-presidente Lula. O caso aconteceu no último dia 24 e a Polícia Civil do Estado investiga o crime. Segundo a corporação, o autor foi identificado pelo nome de Edmilson Freire da Silva, 59, preso preventivamente nesta quarta (5).

Segundo apurou a reportagem com presentes ao local no momento do crime, um homem de 59 anos, com passagens por lesão corporal dolosa, entrou no estabelecimento e questionou “quem é eleitor do Lula”. Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos, respondeu que votaria no petista e foi esfaqueado na costela. A polícia confirmou que o crime se deu após discussão política. No mesmo dia, um homem de 34 anos morreu após ser esfaqueado em um bar no município de Rio do Sul, em Santa Catarina. A Polícia Civil investiga se o crime teve motivação política ou se foi uma briga familiar. Ele usava uma camisa que fazia menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no momento do crime. A corporação identificou o autor do crime, um homem de 58 anos, e informou que ele é conhecido por ser simpatizante do PT, mas não revelou o nome dele.

Hildor Henker foi atingido na artéria femoral, chegou a ser levado ao hospital, passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu. À reportagem, o delegado do caso Juliano Tumitan explicou que uma briga por política aconteceu pouco antes do crime, mas não confirmou se isso foi o principal motivo para o assassinato.

Em julho, a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, apoiador do ex-presidente Lula, ganhou repercussão internacional. O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a festa de aniversário do petista e matou a tiros o aniversariante, em Foz do Iguaçu (PR). O evento celebrava os 50 anos de Arruda, em uma comemoração temática do PT, com bandeiras e cores do partido e foto de Lula.

Segundo o boletim de ocorrência, ao invadir a festa, o atirador gritou “aqui é Bolsonaro”. Nas redes sociais, Guaranho demonstra apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e às pautas defendidas por seu governo.

UOL/Folhapress

Bahia ultrapassa a marca de 1 milhão de MPEs e ocupa o 1º lugar do Nordeste

O Serviço de Atendimento ao Empreendedor registrou mais de 28,9 mil atendimentos ao Micro e Pequeno Empreendedor em 2022
A Bahia ultrapassou a marca de 1 milhão de Micro e Pequenas Empresas (MPEs), ocupando o 1º lugar do Nordeste e o 6º do país. De acordo com o Sebrae, no primeiro semestre de 2022, as empresas de pequeno porte foram responsáveis pela criação de 66,8% dos empregos gerados no Estado. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) contribui para o desenvolvimento do segmento das MPEs desde 2007, por meio do trabalho do Serviço de Atendimento ao Empreendedor (SAE), antigo SAC empresarial. Entre janeiro e agosto de 2022, o Estado registrou mais de 28,9 mil atendimentos ao Micro e Pequeno Empreendedor.

“No Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, celebrado em 5 de outubro, é importante ressaltar que esses empreendimentos formam a base da pirâmide da economia brasileira. Em agosto 2022 quando comparado ao mesmo período de 2021, a Bahia registrou um acréscimo de 11.878 empresas abertas. Aproveito para chamar atenção de duas questões fundamentais, a formalização e o registro da empresa, que geram oportunidades e ganhos para o negócio. Um empreendimento formal tem mais chances de fechar parcerias, acessar linhas de crédito, exportar e receber subsídios do governo”, destaca José Nunes, secretário de Desenvolvimento Econômico.

Em 2021, o Banco do Nordeste (BNB) aplicou R$ 763 milhões em crédito para as MPEs na Bahia. Os ramos de atividade que mais captaram recursos foram comércio (49%) e serviço (33%). O investimento é a principal finalidade apontada pelos empresários baianos no momento da contratação. Os financiamentos para esse fim somaram R$ 450 milhões no Estado. Para o capital de giro, foram R$ 295 milhões.

Atualmente existem 25 unidades do SAE, de competência da SDE, implantadas e em funcionamento dentro das dependências dos SACs na capital e interior, onde são oferecidos diversos serviços para a formalização e a legalização de microempreendedor individual, micro e pequenas empresas. Em Salvador, o empreendedor pode encontrar unidades nos SACs do Comércio e Cajazeiras e nos Shoppings da Bahia, Salvador shopping, Barra e Bela Vista. Já a Região Metropolitana de Salvador abriga duas unidades, uma no Shopping Boulevard, em Camaçari e outra no Shopping Multicenter, em Simões Filho.

Outras 17 unidades municipais estão localizadas em Alagoinhas, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Teixeira de Feitas, Valença, Vitória da Conquista, Itapetinga e Itaberaba. Mais duas unidades estão em fase final de implantação nos municípios de Barreiras e Eunápolis.

Ascom/SDE

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Desprezada por Rui dois anos após ser lançada por ele à Prefeitura, Major Denice amarga derrota à Câmara dos Deputados

Lançada de sopetão candidata à Prefeitura de Salvador em 2020 como uma escolha pessoal do governador Rui Costa (PT), Major Denice Santiago amargou uma derrota humilhante nas urnas no último domingo.

Ela obteve 33.980 votos para deputada federal. Mas a culpa não foi da candidata e sim reflexo direto do abandono por parte de quem a tirou dos meios militares para jogá-la no centro da disputa política no Estado há dois anos.

Na época, sua candidatura foi recebida com desconfiança no PT, que tinha, entre seus quadros, várias mulheres com o mesmo perfil para disputar com o então candidato Bruno Reis (União Brasil), todas elas com experiência política.

Sem apoio ou qualquer posição de destaque na estratégia do partido para a disputa, apesar de lhe ter salvado na sucessão passada, Denice contou basicamente com o recall do eleitorado de sua participação nas eleições municipais.

Preterida por Rui à época dentro do partido, a socióloga Vilma Reis chegou agora à terceira suplência à Câmara, com mais do que o dobro dos votos de Denice, apesar de não ter tido a projeção que ela obteve na campanha de 2020.

Além disso, também foi vítima da total falta de interesse da própria legenda e do governador. Por este motivo, Vilma está sendo considerada uma estrela em ascensão no PT, devendo se constituir num nome fortíssimo para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores em 2024.

“Ela foi uma guerreira, trabalhou praticamente sozinha”, contou a este Política Livre sobre Denice um quadro do PT impressionado com a capacidade de luta da candidata e, ao mesmo tempo, sua resignação.

Segundo a mesma fonte, a Major, apesar de ter enfrentado toda a sorte de dificuldade, nunca abriu a boca para se queixar do governador durante a campanha. Ela ficou na sexta suplência do PT para a Câmara dos Deputados.

“Hoje, temos clareza de que o governador usou uma mulher negra para tapar um buraco na articulação partidária em 2020, só isso. Isso ficará em sua biograria”, lamentou a mesma fonte.

Política Livre

União Brasil se aproxima de Bolsonaro, mas ACM Neto e Bivar resistem

Cobiçados tanto por Jair Bolsonaro (PL) como pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dirigentes da União Brasil divergem sobre o rumo a seguir no segundo turno.

A maioria dos estados —segundo líderes do partido— tende a apoiar Bolsonaro, mas o respaldo ao chefe do Executivo esbarra em duas figuras-chave do partido: Luciano Bivar, que preside a União Brasil, e ACM Neto, secretário-geral.

De acordo com aliados, Bivar gostaria de declarar apoio a Lula, mas não tem condições políticas de fazer uma articulação interna que leve a sigla para esse caminho.

Outros integrantes da União, como Mauro Mendes, governador reeleito de Mato Grosso, querem empurrar a legenda para o campo de Bolsonaro. O governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado, também sinalizou a correligionários que deve declarar apoio ao presidente.

A expectativa de dirigentes é que a posição da sigla saia até esta quinta-feira (6). Nesta eleição, a União Brasil elegeu 59 deputados, a terceira maior bancada da Câmara. O partido teve ainda uma candidata ao Planalto, Soraya Thronicke, que recebeu 0,51% dos votos.

A aproximação de integrantes da legenda com a campanha de Bolsonaro já começou. O vice-presidente da União Brasil, Antônio Rueda, participou nesta segunda (4) de reunião no Palácio da Alvorada para discutir os rumos da candidatura de Bolsonaro no segundo turno.

Já o ex-prefeito de Salvador ACM Neto esteve em Brasília nesta segunda, conversou com os correligionários e defendeu a liberação dos diretórios estaduais.

Ele disputa o segundo turno da eleição para o Governo da Bahia com Jerônimo Rodrigues (PT) e atua para evitar um apoio formal da União Brasil a Bolsonaro.

Na Bahia, Lula recebeu 69,73% dos votos, contra 24,31% para Bolsonaro. O candidato petista ao governo estadual, por sua vez, não venceu no primeiro turno por pouco: obteve 49,45% dos votos, contra 40,8% para ACM Neto.

O principal pedido do ex-prefeito é para que os estados tenham autonomia para resolver seus rumos, independentemente de uma orientação nacional da União Brasil.

Neto já decidiu que, no nível estadual, não deve declarar apoio a nenhum dos dois presidenciáveis. A pressão para manter a neutralidade do diretório nacional da União Brasil é justamente para evitar uma decisão que acabe contaminando o quadro local —ele conta com eleitores que votam em Lula para o Planalto.

No domingo (2), após o fim da apuração na Bahia, Neto indicou que deve manter o discurso de neutralidade no segundo turno.

“Temos uma linha que não vou, de maneira nenhuma, modificar. Vou mostrar aos baianos que estamos prontos para governar com o presidente que o Brasil escolher”, disse.

Aliados de ACM Neto estimam que cerca de metade dos 3,3 milhões de votos obtidos pelo ex-prefeito no primeiro turno foram de eleitores de Lula. Em Salvador, tanto o ex-presidente como o ex-prefeito venceram em todas as zonas eleitorais da cidade.

Por outro lado, o ex-prefeito de Salvador precisa também dos 738 mil votos dos eleitores de João Roma (PL), que terminou a disputa para o governo baiano com 9%.

A conta não é simples. João Roma tem uma trajetória política que começou como assessor e secretário de ACM Neto, mas ambos romperam em janeiro de 2021. Na ocasião, Roma assumiu o Ministério da Cidadania no governo Bolsonaro.

O rompimento descambou para o campo pessoal na campanha, quando Roma disse querer distância do antigo aliado. ACM Neto rebateu acusando Roma de traição e lembrando que é padrinho da filha do ex-ministro.

Há a expectativa, porém, que alguns integrantes da União Brasil na Bahia declarem apoio a Bolsonaro. Dessa forma, pode haver uma mobilização entre militantes e bases eleitorais baianas para levar o voto de Roma a Neto.

Candidato ao Governo de Alagoas, Rodrigo Cunha (União Brasil) vive situação semelhante. Ele não apoiou Bolsonaro, embora tenha se aliado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, principal fiador do presidente no Congresso.

Cunha disputa o segundo turno contra Paulo Dantas (MDB), candidato apoiado por Lula e pelo ex-governador Renan Filho (MDB). Até o momento, ele não se pronunciou publicamente sobre a eleição nacional.

Outros políticos do partido no Nordeste, que não concorrem no segundo turno, devem esperar as primeiras pesquisas de intenção de voto da corrida presidencial para avaliar os cenários e decidir qual rumo tomar.

A tendência na União Brasil hoje é liberar os estados, como fez o PSDB nesta terça. O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), eleito senador pelo Paraná, declarou apoio a Bolsonaro e irritou correligionários por não ter aguardado uma posição do partido.

O outro foco refratário a uma aproximação com Bolsonaro é Luciano Bivar, deputado federal que abrigou o presidente no antigo PSL. Ele rompeu posteriormente com o mandatário.

O deputado já foi procurado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

“Eles [da União Brasil] têm uma situação mais difícil, porque a posição deles em vários estados é uma posição sempre mais à direita, mas temos um bom relacionamento. Pode ser que tenha setores da União Brasil que nos apoiem”, disse Gleisi.

Em entrevista à Folha em agosto, Bivar indicou se posicionar contra a reeleição de Bolsonaro. “Claro que a União Brasil se posiciona. Não é no segundo turno, posiciona-se hoje. Ela é a favor da democracia”, afirmou o dirigente, que à época avaliava haver risco de ruptura institucional.

Aliados dizem que, se dependesse de Bivar, o partido apoiaria Lula. Mas não há como construir maioria nesse sentido internamente.

Bolsonaro deu a largada no segundo turno com acordos importantes, fechando acordos com os governadores de três estados do Sudeste, a região com o maior número de eleitores no país. Ele recebeu o endosso dos governadores reeleitos Romeu Zema (Novo-MG) e Cláudio Castro (PL-RJ), além de Rodrigo Garcia, terceiro colocado na disputa pelo governo de São Paulo.

Já Lula conquistou adesão do PDT com aval tímido do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) —que teve 3% no pleito deste ano e divulgou sua anuência sem citar o petista diretamente— e do partido Cidadania, além da sinalização apoio de Simone Tebet (MDB).

O PSDB, por sua vez, decidiu não se posicionar a favor de Bolsonaro nem de Lula e liberou os filiados para apoiarem quem quiserem no segundo turno da eleição.

Julia Chaib e João Pedro Pitombo/Folhapress

Críticos do STF se elegem e ministros temem escalada de crise com Bolsonaro e aliados

Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) temem que a eleição de diversos críticos da corte no pleito de domingo (2) escale a crise do tribunal com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados nos próximos anos.

A avaliação feita em conversas reservadas é que a vitória expressiva de nomes que se notabilizaram por ataques ao tribunal representa um recado que deve ser levado em consideração. Além do mais, o diagnóstico é que o resultado eleitoral tem potencial para mudar a postura do Supremo em relação a pautas conservadoras e, principalmente, à atuação dos ministros como barreira de contenção de abusos do bolsonarismo.

Para o Senado, Casa Legislativa responsável por analisar pedidos de impeachment de ministros do Supremo, Bolsonaro elegeu aliados em 14 estados. A avaliação é que o mandatário, se reeleito em 30 de outubro, não terá força suficiente para depor magistrados —como já tentou fazer— ou para ampliar o número de integrantes do tribunal.

No entanto, Bolsonaro viu aumentar seu poder de pressão e conseguiu alterar a correlação de forças entre os Poderes. Nos bastidores, a análise de parte da corte é que um cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito será mais confortável para o tribunal, mas não o suficiente para desarmar totalmente a ofensiva bolsonarista contra a cúpula do Judiciário.

As deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, lideraram, nos últimos anos no Congresso, as brigas com o Supremo e ampliaram significativamente o desempenho eleitoral em seus respectivos estados.

O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado pelo tribunal a 8 anos e 9 meses de prisão, não se elegeu, mas teve desempenho eleitoral expressivo para o Senado e obteve 19% dos votos. Já Cleitinho Azevedo (PSC-MG) tornou-se senador com um jingle com provações ao STF.

Em conversas reservadas, ministros afirmam que o ideal no momento é o ministro Alexandre de Moraes, principal algoz de Bolsonaro no STF, iniciar uma mudança na forma de atuar já na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Relator no STF de inquéritos que atingem diretamente o presidente, familiares e correligionários, Moraes foi autor de duras decisões contra o bolsonarismo. Ele seguiu o mesmo tom na corte eleitoral.

No TSE, Moraes mandou o mandatário e pessoas próximas excluírem diversas postagens das redes sociais. Na última decisão, determinou censura à reportagem do portal O Antagonista segundo a qual o chefe do PCC Marcola teria declarado voto em Lula. Ele obrigou Bolsonaro a retirar do ar postagem sobre o tema.

Agora, na visão de integrantes do Supremo, o magistrado tem que aguardar o desfecho da eleição. Durante o pleito, deve agir contra Bolsonaro apenas em casos mais graves, ainda de acordo com membros do tribunal.

Com isso, Moraes poderia preservar a imagem do TSE e fortalecer o tribunal em eventual enfrentamento contra o bolsonarismo caso o mandatário perca as eleições e decida fazer uma ofensiva contra o sistema eletrônico de votação.

Em relação ao Supremo, a avaliação é que o resultado da eleição dificultou a ideia de uma ala da corte de avançar em pautas progressistas. A descriminalização das drogas, que já teve julgamento iniciado e votos favoráveis, por exemplo, deve seguir na gaveta da corte sem que o debate seja concluído, a fim de evitar a criação de rusgas com a base conservadora do Congresso. O mesmo raciocínio serve para a discussão sobre aborto.

Apesar de ministros acreditarem que Bolsonaro ganhou força, eles avaliam que o presidente não conseguiria levar à frente o impeachment de algum integrante do STF —ele já pediu a deposição de Alexandre de Moraes e costuma fazer duros ataques a Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

Para isso acontecer, seriam necessários 41 votos no Senado para abrir o processo e 54 votos para aprovar a cassação, algo inédito na história do país. Além disso, teria outra missão: fazer com que o presidente do Senado dê início ao procedimento.

Nos bastidores, magistrados consideram extremamente importante uma reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar o Senado. Ele tem uma atuação alinhada com o STF e costuma fazer uma contraposição à ofensiva de Bolsonaro ao Judiciário.

Contudo, uma recondução de Pacheco está longe de estar certa. Ele se elegeu para o comando da Casa com apoio de Bolsonaro e, ao longo do mandato, afastou-se do presidente. Com isso, ganhou a simpatia de partidos de esquerda.

A mudança na composição do Senado após a eleição, porém, mudou o jogo de forças internamente e a reeleição dele na presidência da Casa não é vista como sacramentada, ainda mais na hipótese de Bolsonaro conseguir a recondução ao Palácio do Planalto.

Matheus Teixeira/Folhapress

Tucanos dizem que apoio de Rodrigo a Bolsonaro prejudica PSDB nacionalmente

Lideranças tucanas avaliam que a decisão de Rodrigo Garcia (PSDB) de apoiar Jair Bolsonaro (PL) prejudica a estratégia eleitoral do partido nacionalmente e ignora a necessidade que o PSDB tem de buscar alianças com siglas da esquerda em disputas de segundo turno nos governos estaduais.

O governador de São Paulo também declarou apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) contra Fernando Haddad (PT).

O caso mais evidente de potencial prejuízo ao PSDB é o de Eduardo Leite (PSDB), que briga no Rio Grande do Sul com o ex-ministro bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL) e que superou Edegar Pretto (PT) por apenas 2.500 votos no primeiro turno.

Raquel Lyra, que tem Marilia Arraes (Solidariedade) como concorrente em Pernambuco, e Eduardo Riedel, que enfrenta o bolsonarista Capitão Contar (PRTB) no Mato Grosso do Sul, também podem sofrer com os efeitos da iniciativa do tucano paulista.

Como mostrou o Painel, Fernando Alfredo, presidente do PSDB-SP, diz que Garcia decidiu anunciar o apoio a Bolsonaro e a Tarcísio sem informar a cúpula do partido na cidade.

Guilherme Seto/Folhapress

Empresários pedem a Lula definição de ministro e reformas para manter apoio

O resultado acirrado da disputa presidencial e a liderança de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida pelo governo de São Paulo mudaram o clima eleitoral em boa parte do empresariado nacional, que agora pressiona o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por um plano bem definido para a economia em troca da manutenção de apoio no segundo turno.

A mudança se deve a uma surpresa com os resultados das eleições, diante da demonstração de força de Jair Bolsonaro (PL) como cabo eleitoral, elegendo grande parte de seus candidatos ao Congresso e a governos estaduais.

Freitas, ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, conquistou 42% dos votos válidos em São Paulo contra 35% de Fernando Haddad (PT), que liderava com ampla margem nas pesquisas de opinião.

Um banqueiro disse, sob condição de anonimato, que, diante desse novo cenário, Lula passou a ficar a um telefonema de distância da vitória se ligasse para Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central que deu apoio ao petista recentemente.

Meirelles é um nome bem visto entre o setor privado. Como ministro da Fazenda de Michel Temer (MDB), sua gestão foi responsável pela aprovação do teto de gastos e da reforma trabalhista.

Para essa pessoa, o empresariado —tanto do setor produtivo, quanto do mercado financeiro— quer estar do lado vitorioso e exige condições para demonstrar apoio público a partir de agora.

Uma das reivindicações já chegou diretamente a Lula, segundo assessores e amigos do ex-presidente. Para eles, a simples indicação do ministro da Fazenda já atenderia a parte das expectativas.

Caso contrário, querem um compromisso claro de Lula em relação ao controle de gastos e obediência a uma forte âncora fiscal –atualmente, está em vigor o teto de gastos (medida que corrige os gastos de um ano pela inflação do ano anterior).

Além disso, pregam a defesa das reformas, especialmente a administrativa e a tributária. Também não querem a revisão das novas regras trabalhistas, embora aceitem algumas propostas aventadas por Lula durante a campanha.

Um empresário da indústria, que não quis se identificar, afirmou que estava apoiando Lula, mas que, com o crescimento de Bolsonaro, poderia ficar com o atual presidente.

Ele considera que Bolsonaro tende a manter o ministro Paulo Guedes à frente da Economia —com um plano que, apesar de não ser liberal como prometido, deu conta de melhorar alguns parâmetros econômicos, particularmente emprego e ambiente de negócios. Segundo esse industrial, o cenário torna difícil demonstrar apoio a algum candidato publicamente.

No varejo, outro grande nome afirmou que, apesar de Lula ser matematicamente favorito no segundo turno, o desempenho de Bolsonaro causou uma “pressão psicológica” juntamente à divergência entre os resultados da eleição e as pesquisas eleitorais.

Em sua avaliação, há chances de que Bolsonaro possa virar o jogo, especialmente entre os mais pobres no Nordeste e em Minas Gerais. O uso de palanques nos estados também será relevante.

Lula teria de virar votos no Sudeste —enfrentando Bolsonaro com palanque de Tarcísio de Freitas em São Paulo.

Integrantes da campanha do presidente afirmam que o governador reeleito de Minas, Romeu Zema (Novo), prometeu ao presidente uma virada no estado. Historicamente, o resultado da eleição em Minas indica o placar final da votação para Presidente da República.

No entanto, esses assessores acham difícil que essa reversão ocorra, especialmente no norte do estado, que prefere Lula. Essa situação se repete no Norte e no Nordeste, onde os votos de Lula estariam consolidados.

Para vencer, Bolsonaro teria de virar mais de 60% dos votos atribuídos a Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) —algo considerado improvável, mas não impossível.

Um importante empresário de Minas disse que houve um susto geral com o resultado das eleições, mas que continua valendo a máxima dos políticos mais experientes do estado segundo a qual “eleição e mineração, só depois da apuração”.

Um banqueiro importante em São Paulo explica que essa imprevisibilidade trouxe cautela no segundo turno.

O empresariado também se preocupa com um possível aumento de abstenções no segundo turno, especialmente no Norte e Nordeste —base de apoio de Lula.

Para esse grupo, os eleitores dessas regiões foram às urnas motivados por candidatos regionais —deputados e senadores— que já foram eleitos. A pressão desses candidatos para que compareçam às urnas novamente inexistiria na segunda rodada.

Esses empresários também ficam inseguros diante da divisão de partidos no apoio a Lula —como o MDB, de Simone Tebet, e o PDT, de Ciro Gomes.

No caso dos pedetistas, embora o partido tenha apoiado integralmente Lula, Ciro nem pronunciou o nome do ex-presidente ao divulgar um vídeo de apoio.

Julio Wiziack/Folhapress

Maria visita obra de pavimentação asfáltica da Rua Jorge Montanha

Mantendo a rotina de visitação às inúmeras obras em desenvolvimento na cidade de Ipiaú, a prefeita Maria das Graças esteve na tarde dessa terça-feira, 4, inspecionando os serviços de pavimentação asfáltica da Avenida Jorge Montanha, na área do Centro de Abastecimento. Na oportunidade a gestora estava acompanhada da secretária municipal de Infraestrutura, Andreia Suzart e do diretor de Trânsito, Antônio Carlos “Itaibó”

O serviço é uma extensão do asfaltamento das ruas Juracy Magalhães e José Muniz Ferreira e faz parte de um projeto em convenio com o Governo do Estado que abrangerá outras vias públicas da região central da cidade, a exemplo da Walter Hollenwerger e Celso Barreto, além da rodovia que liga a sede do município à Fazenda do Povo. Na área do Centro de Abastecimentos a Prefeitura de Ipiaú também está investindo na construção de uma praça.

A prefeita Maria das Graças disse da importância da parceria com o Governo do Estado, que tem permitido muito desenvolvimento na cidade e poderá ter continuidade nos próximos anos. Ela ressalta a dedicação do governador Rui Costa para com Ipiaú e lembra que foi dele a autorização para o conjunto da obra que vem dando ao Centro de Abastecimento um aspecto bem mais adequado e civilizado. ( José Américo Castro).

Bahia registra 294 caso de Covid-19 e mais três óbitos

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 294 casos de Covid-19 e três mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.698.395 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.666.839 são considerados recuperados, 848 encontram-se ativos e 30.708 pessoas foram a óbito.

Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta terça-feira (4) contabiliza ainda 2.034.615 casos descartados e 358.561 em investigação. Na Bahia, conforme a secretaria, 68.612 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que a Bahia contabiliza 11.680.218 pessoas vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.831.794 com a segunda ou dose única, 7.378.042 com a de reforço e 2.301.133 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.048.875 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 688.939 tomaram também a segunda. Do grupo de 3 e 4 anos, 50.751 tomaram a primeira e 10.805 tomaram a segunda dose.

Bolsonaro enfileira alianças no Sudeste; Lula fica com apoio tímido de Ciro e sinal de Tebet

Dois dias depois das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) selou acordo para o segundo turno com os governadores de três estados do Sudeste, a região com o maior número de eleitores no país.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou adesão do PDT com aval tímido do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) —que teve 3% no pleito deste ano e divulgou sua anuência sem citar o petista diretamente— e do partido Cidadania, além da sinalização de provável apoio de Simone Tebet (MDB).

O PSDB, por sua vez, decidiu não se posicionar a favor de Bolsonaro nem de Lula e liberou os filiados para apoiarem quem quiserem no segundo turno da eleição.

A campanha de Bolsonaro ficou otimista com o resultado das articulações desta terça-feira (4). Bolsonaro garantiu palanque com os gestores dos três maiores colégios eleitorais do país. Em Brasília, ele recebeu os governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

Em São Paulo, deu entrevista e posou ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno e afirmou que dará “apoio incondicional” à reeleição do presidente na segunda etapa do pleito nacional.

Além disso, Ratinho Jr (PSD), reeleito no Paraná, afirmou que manterá apoio a Bolsonaro e o vencedor na disputa ao Senado no estado, o ex-juiz Sergio Moro, declarou voto no presidente.

Moro foi ministro da Justiça de Bolsonaro e deixou a Esplanada acusando o mandatário de tentar interferir na Polícia Federal.

Já Lula telefonou para Simone Tebet (MDB), que acabou em terceiro na corrida pelo Palácio do Planalto com 4,2% dos votos. Um encontro entre os dois é esperado para quarta-feira (5). O provável apoio da senadora ao petista abriu uma disputa interna no MDB entre as alas mais próximas e refratárias ao PT.

Como Tebet já informou aliados que sua decisão é irreversível, emedebistas que são adversários do PT em suas regiões passaram a pressionar para que o apoio ocorra de forma contida e em caráter pessoal —para evitar que o gesto seja lido como uma aliança nacional com os petistas.

Por outro lado, o grupo formado por políticos do MDB no Nordeste e pelo governador reeleito do Pará, Helder Barbalho, devem apoiar Lula.

O petista minimizou o efeito eleitoral do apoio de Rodrigo Garcia a Bolsonaro e disse contar com adesão de senadores do PSD à sua candidatura.

Lula disse que irá se reunir na próxima quinta-feira (6) com senadores do PSD que irão declarar apoio à sua candidatura, apesar de o presidente da legenda, Gilberto Kassab, apoiar Tarcísio na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o encontro está sendo articulado pelos senadores da legenda Otto Alencar e Carlos Fávaro.

Lula também garantiu o apoio do Cidadania, mas não do PSDB, que está na mesma federação.

A executiva tucana decidiu nesta terça liberar os diretórios estaduais e filiados no segundo turno das eleições presidenciais a optarem pelo petista ou por Bolsonaro. No primeiro turno, a sigla apoiou Tebet e ocupou a vice na chapa com a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

Mara afirmou que votará em branco no próximo dia 30. “No 2° turno opto pelo voto em branco. Não dou meu voto para nenhum dos dois. Fico ao lado dos brasileiros e apoiarei o governo que defender meus ideais de país: inclusão, ciência, combate à corrupção, à fome e desigualdade. Serei oposição sensata. Serei sempre construção”, escreveu no Twitter.

O PSDB teve o pior resultado eleitoral de sua história no primeiro turno e viu a bancada no Congresso, hoje com 22 deputados, ser reduzida para 13 no ano que vem.

Cacique do partido, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declarou apoio a Lula. Candidato à reeleição no Rio Grande do Sul contra o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL-RS), Eduardo Leite (PSDB) se disse aberto ao diálogo com o PT.

Correligionário no estado, o deputado federal reeleito Lucas Redecker (PSDB-RS), porém, afirmou que irá votar em Bolsonaro.

Enquanto isso, o atual mandatário planeja intensificar a campanha no Sudeste para recuperar votos perdidos em relação a 2018. Na região, ele venceu por 47,6% dos votos, contra 42,6% de Lula.

Nesta terça, Bolsonaro afirmou que vai focar 40% das agendas no Sudeste e disse acreditar que o apoio dos governadores poderá o ajudar a virar votos e garantir a vitória no segundo turno.

“Pode ter certeza que a gente vai tirar mais de 1 milhão de votos [no Rio de Janeiro]. Ele [Castro] tinha a campanha dele, agora vai ser integralmente para nosso lado. Hoje de manhã fechei com o Zema. O Zema, acredito que a gente tira mais de 3 milhões de votos [em Minas]”, disse.

Bolsonaro também disse que está aberto a conversar com ACM Neto (União Brasil), que disputará o segundo turno das eleições para governador da Bahia contra Jerônimo Rodrigues (PT), que tem o apoio de Lula. “Se o ACM Neto quiser, estou à disposição”, afirmou.

O chefe do Executivo anunciou ainda que já conversou com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), mas não deu detalhes de como foi o diálogo. “Devemos encontrar brevemente”, afirmou.

No primeiro turno, Bolsonaro apoiou o deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) para o governo goiano, mas Caiado acabou se reelegendo em primeiro turno.

Ambos sempre tiveram uma relação próxima, mas se distanciaram durante a pandemia da Covid-19 por divergências em relação à adoção de medidas sanitárias para evitar o alastramento da doença.

Matheus Teixeira/Victoria Azevedo/Catia Seabra/Julia Chaib/Folhapress

Ministro da Justiça manda Polícia Federal investigar institutos de pesquisa

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou nesta terça-feira (4) que encaminhou à PF (Polícia Federal) um pedido para abrir inquérito sobre os institutos de pesquisas eleitorais.

“Esse pedido atende a representação recebida pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), que apontou ‘condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados’ por alguns institutos”, disse o ministro nas redes sociais.

O advogado do jornal Folha de S.Paulo, Luís Francisco de Carvalho Filho, disse que não há fundamento jurídico para o inquérito contra os institutos.

“Ainda não conheço detalhes, mas não há fundamento jurídico para este inquérito. É uma tentativa de intimidação bisonha. O Datafolha tem uma vocação histórica de bem informar e vai continuar a exercer seu papel.”

Desde domingo (2), ministros do governo Jair Bolsonaro (PL), aliados no Congresso e apoiadores passaram a criticar os institutos de pesquisa pela disparidade com o resultado da eleição divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, pediu nesta terça aos apoiadores do presidente que façam um boicote aos institutos de pesquisa e não respondam às perguntas.

“Divulgar pesquisas como arma de manipulação do eleitor deve ser proibido. Não vamos permitir que os institutos prestem esse desserviço. Peço a todos que apoiam o presidente que NÃO respondam nenhuma pesquisa do Ipec, Datafolha e similares no 2º turno”, publicou nas redes.

Na segunda (3), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também criticou as pesquisas. “O Ipec e o Datafolha tentaram explicar como a diferença entre 15 e 5 milhões de votos pró-Lula NÃO é erro! Conclusão: as desculpas das empresas de pesquisas 100 POR CENTO não convencem NINGUÉM!”, escreveu.

Em meio à ofensiva bolsonarista contra os institutos de pesquisa, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou um requerimento para criação de uma CPI para investigar as pesquisas eleitorais de intenção de voto.

Segundo o documento, o objetivo é “aferir as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo, e os resultados apurados”.

Nesta terça, o senador disse já ter conseguido 12 dos 27 apoios necessários de senadores para a abertura da CPI.

Segundo o Datafolha, Lula tinha 50% dos votos válidos, ante 36% de Bolsonaro –a margem de erro era de dois pontos para mais ou menos. De acordo com o Ipec, o petista alcançava 51%, ante 37% do atual presidente, com mesma margem. Finalizada a apuração nacional, o TSE anunciou 48,43% para Lula e 43,20% para Bolsonaro.

Após ser alvo de críticas de Bolsonaro e aliados, o Datafolha afirmou que as pesquisas eleitorais servem para mostrar tendências, e não o resultado final de uma eleição.

“Pesquisa não é prognóstico. Cada pesquisa é a fotografia de um determinado momento. O resultado final é só na urna”, disse Luciana Chong, diretora do Datafolha, que refuta a tese de ter acontecido algum tipo de erro metodológico.

“As pesquisas eleitorais medem a intenção de voto no momento em que são feitas. Quando feitas continuamente ao longo do processo eleitoral, são capazes de apontar tendências, mas não são prognósticos capazes de prever o número exato de votos que cada candidato terá”, afirmou a direção do Ipec em nota.

Segundo Chong, é bastante provável que tenha emergido nas horas finais um voto útil pró-Bolsonaro oriundo dos eleitores que antes declaravam preferência por Simone Tebet e, principalmente, por Ciro Gomes. O temor de que Lula fosse eleito no 1º turno pode, segundo ela, ter contribuído para esse comportamento.

Folhapress

Governador de SP declara ‘apoio incondicional’ a Bolsonaro e Tarcísio

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), declarou seu apoio incondicional a Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e a Jair Bolsonaro (PL) na corrida pela Presidência da República.

“Eu, como candidato a governador do partido, e pessoalmente, como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio”, disse ele na tarde desta terça-feira (4), ao lado de Bolsonaro e Tarcísio, no aeroporto de Congonhas, na capital paulista.

Rodrigo afirmou ainda que o PSDB nacional decidirá, nesta terça, pela neutralidade no segundo turno, liberando seus filiados a apoiar Bolsonaro ou o ex-presidente Lula (PT). O governador disse ainda que comunicou sua decisão ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e ao presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi.

O apoio declarado dos tucanos paulistas a Tarcísio e Bolsonaro é um revés para as campanhas de Fernando Haddad (PT) e Lula, que também buscavam atrair a sigla nesta segunda etapa da disputa em que enfrentam os bolsonaristas. Tarcísio terminou com 42,32% contra 35,70% do petista.

Rodrigo terminou o primeiro turno da eleição em terceiro lugar, com 18,4% dos votos válidos, e não avançou para o segundo turno, numa derrota histórica para o PSDB em São Paulo.

Ao lado de Rodrigo, Bolsonaro afirmou que eles irão trabalhar juntos até o dia 30, data do segundo turno, e depois disso. Também exaltou a experiência de Rodrigo. O presidente afirmou que o governador “faz parte desse projeto com mais intensidade a partir de agora”.

“Ele declarando que quer o bem do Brasil, o mesmo que eu digo para o lado de cá. É o bem da nossa pátria, é a nossa liberdade que está em jogo. Nós aqui temos uma política completamente diferente da do outro lado. Inclusive e obviamente nas questões espirituais”, completou Bolsonaro.

Em seguida, ainda com Rodrigo ao seu lado, falou contra as drogas, o aborto e a ideologia de gênero. Voltou a afirmar que seu governo não teve corrupção, apesar das investigações em curso contra a sua família e no Ministério da Educação, por exemplo.

Ao comentar o apoio de Rodrigo mais cedo, Tarcísio afirmou, no entanto, que não fazia sentido ter o PSDB em seu palanque —o que gerou irritação entre os tucanos. Também declarou que o apoio do governador é mais importante para Bolsonaro.

“Eu preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles [PSDB] no palanque. Agora, eles têm capilaridade, têm boas políticas que precisam ser preservadas. E entendo que eles podem ter um papel fundamental na eleição do presidente. Eu vou seguir na linha que eu me comprometi com o Estado de São Paulo, que é uma linha de mudança, preservando o bom legado”, disse à imprensa.

Folhapress

Arimateia é eleito deputado estadual mais votado com domicilio em Feira de Santana

Com 77.995 votos, José de Arimateia (Republicanos) é o deputado estadual com domicílio em Feira de Santana mais votado nas Eleições 2022. Neste ano, o parlamentar, que já foi vereador por duas vezes na Princesa do Sertão, foi reconduzido para o quinto mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

Enquanto celebrava o resultado da votação no comitê do partido, em Salvador, Arimatéia destacou a construção da sua vitória. “Esta foi uma das campanhas que mais marcou a minha vida. Foram momentos difíceis, mas Deus honrou. Fé, coragem e confiança foram as palavras que conduziram nossa caminhada.”

E continuou, “Os últimos 45 dias foram de grandes desafios e muito trabalho regado diariamente pela fé, que nos fez olhar para frente e seguir com alegria dia após dia, de rua em rua, para conquistar os votos que nos deu a reeleição. Agradeço primeiramente a Deus por tornar esse resultado possível e aos quase 78 mil cidadãos baianos que acreditaram em uma história construída na vida pública há 24 anos.”

Sobre o seu apoio para o 2º turno no estado, o deputado reafirmou seu voto já declarado ao candidato ACM Neto (União Brasil) para governador.

José de Arimatéia | Além de ter ocupado o cargo de vereador em Feira de Santana, por dois mandatos, é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Bahia, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Idosos, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins, vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento e secretário estadual do movimento Idosos Republicanos, bandeiras as quais, defende desde o início da sua trajetória política em 1998. Em 2020, Arimatéia foi candidato à prefeito de Feira de Santana, ficando em 3º lugar.

Governo anuncia que vai zerar fila e dar Auxílio Brasil a 500 mil famílias antes do 2º turno

O governo Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (4) que vai zerar a fila do Auxílio Brasil, com a inclusão de cerca de 500 mil novas famílias no programa de transferência de renda, até o final de —no dia 30, ocorre o segundo turno das eleições presidenciais.

Ao todo, 21,13 milhões de famílias –sendo 17,2 milhões encabeçados por mulheres– receberão o benefício de R$ 600 neste mês. Em setembro, foram 20,65 milhões de famílias contempladas pelo programa.

Na segunda (3), o governo já havia anunciado a antecipação do calendário de pagamentos do Auxílio Brasil do mês de outubro. Com a mudança, o auxílio começará a ser pago pela Caixa Econômica Federal no dia 11 e os depósitos terminarão no dia 25, de acordo com o número NIS dos cidadãos. O calendário original previa pagamentos entre os dias 18 e 31 de outubro.

Nesta terça, Bolsonaro também prometeu pagar um 13º do Auxílio Brasil para famílias encabeçadas por mulheres.

Com as medidas, o governo tenta impulsionar a campanha pela reeleição do presidente. No primeiro turno, Bolsonaro contabilizou 43,2% dos votos, contra 48,43% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A diferença entre o atual mandatário e o petista foi de pouco mais de 6 milhões de votos.

Neste mês, 5,9 milhões de famílias também receberão o Auxílio Gás turbinado de R$ 112, um acréscimo de 200 mil famílias em comparação com agosto, quando foi paga a primeira parcela de R$ 110 do vale-gás, que é um benefício bimestral.

Segundo o ministro Ronaldo Bento (Cidadania), 100% da população em situação de vulnerabilidade está sendo atendida pelo governo.

“Caminhamos mais uma vez para zerar a fila, outro legado que o Auxílio Brasil chega para deixar. Hoje, temos 100% da população brasileira em situação de vulnerabilidade social na faixa da pobreza extrema recebendo o Auxílio Brasil”, disse.

“Não temos nenhuma família regularmente cadastrada no CadÚnico pleiteando o Auxílio Brasil, atendendo às condições, fora dessa rede de acolhimento e proteção”, continuou.

Nesta terça (4), também foi anunciado que a Caixa prevê iniciar o pagamento do empréstimo consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil a partir da segunda quinzena do mês de outubro, ou seja, antes do segundo turno das eleições.

De acordo com a presidente da Caixa, Daniella Marques, o banco vai operar com uma taxa de juros abaixo do teto de 3,5% ao mês, fixado pelo Ministério da Cidadania em portaria divulgada no fim de setembro.

“A gente vai operar certamente abaixo desse teto, um pouco abaixo, ainda a definir pela área de risco do banco”, afirmou.

O valor do consignado do Auxílio Brasil está limitado a 40% do repasse permanente de R$ 400 do benefício, ou seja, o desconto máximo será de R$ 160 mensais. Conforme simulações da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o valor a ser emprestado está limitado em R$ 2.569,34.

A pasta também estabeleceu que o empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil poderá ser feito em até dois anos, em 24 parcelas mensais e sucessivas, e o valor será liberado em dois dias úteis após a aprovação do crédito.

O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo na qual os contratantes têm os seus débitos descontados diretamente na fonte —no caso, no pagamento das parcelas do Auxílio Brasil.

Segundo o ministro da Cidadania, 60 instituições financeiras estão em fase de habilitação após demonstrarem interesse em conceder o empréstimo consignado do Auxílio Brasil.

Diversas instituições, como Itaú Unibanco, C6, BMG, Bradesco e Santander, além da financeira BV, já afirmaram que não oferecerão essa linha de crédito. Especialistas consideram arriscada a modalidade de empréstimo para beneficiários do Auxílio Brasil, população com renda já comprometida com gastos essenciais.

A presidente da Caixa diz ter conversado com outros bancos e, segundo ela, entende que o problema é saber como operar com o público de baixíssima renda. “A Caixa conhece profundamente a baixa renda e está confortável em conceder crédito consignado consciente.”

Marques ressalta que a Caixa não quer estimular o endividamento das famílias. Segundo ela, clientes que têm empréstimos com taxas de juros maiores poderão contratar o consignado e utilizar o valor para quitar essas dívidas.

“A gente vai entrar com uma conscientização muito grande para que pessoas troquem uma dívida mais cara por uma mais barata, para substituição de dívida e para apoio ao empreendedorismo”, disse.

Nathalia Garcia, Folhapress

Moro ataca Lula e declara apoio a Bolsonaro no 2º turno

O ex-juiz Sergio Moro (União), afirmou nesta terça-feira (4) que o ex-presidente Lula (PT) não é uma opção eleitoral para o país e declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.

“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, afirmou no Twitter.

Moro deixou a magistratura em 2018 para ser ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL). Ele permaneceu no cargo por um ano e quatro meses, mas rompeu com o presidente em 2020 e saiu do governo acusando o mandatário de tentar interferir na Polícia Federal. Após a demissão, foi trabalhar para uma consultoria americana que tinha entre clientes empreiteiras envolvidas na Lava Jato.

No domingo, Moro foi eleito senador pelo Paraná com 1,9 milhão de votos, superando seu padrinho político, o senador Alvaro Dias (Podemos), que terminou em terceiro lugar.

Durante a campanha, o ex-juiz adotou o discurso antipetista. Ele prometeu liderar no Senado a oposição a um eventual governo liderado pelo PT, partido que foi o principal alvo dos processos que conduziu nos anos em que esteve à frente da Lava Jato. Ele assumirá o mandato de oito anos em fevereiro.



Géssica Brandino/Folhapress

Faltaram 44,9 mil votos para Jerônimo Rodrigues vencer no primeiro turno, e 747,8 mil para Neto

Com 49,45% dos votos válidos, o candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), precisaria de mais 44,7 mil votos para ter vencido a eleição no primeiro turno.

O petista foi votado por 4.019.830 milhões de eleitores, contra 3.316.711 em ACM Neto (União), que teve 40,8% dos votos.

Para que o ex-prefeito de Salvador conseguisse sair vitorioso no domingo (02), ele deveria ter tido 747,8 mil votos a mais.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 8.129.042 válidos na Bahia. Para um candidato a governador vencer em primeiro turno, ele precisa ter 50% desse número, acrescidos de mais 1 voto.

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